geomorfo_2014_20

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Resumo

DESENVOLVIMENTO DA MORFOLOGIA CÁRSTICA EM SERGIPE

HELENO DOS SANTOS MACEDO, CHRISTIANE RAMOS DONATO

INTRODUÇÃOPara formação do relevo cárstico diversos fatores são necessários tais como sua posição estratigráfica e hipsométrico em relação a outras sequencias de rochas, bem como pela sua pujança, grau de litificação, porosidade, densidade e composição química. Em Sergipe, verifica-se a presença de parte dessas condições, porém o grau de desenvolvimento desse modelado não assume grandes proporções externamente e internamente. A ausência de um modelado significativo abre uma série de questionamentos, como por exemplo, do porque as cavidades em Sergipe não apresentam um número significativo de espeleotemas? Ou o porquê não são encontradas formas desenvolvidas de exocársticos como dolinas, uvalas, entre outros?OBJETIVODentro desse contexto, a presente pesquisa teve como principal objetivo, determinar as razões que levaram ao ambiente cárstico sergipano a não desenvolver formas abundantes de exocárste e endocarste.MÉTODOSPara atingir o objetivo principal da presente pesquisa, foram necessários realizar alguns procedimentos metodológicos: consulta de várias obras que abordam a evolução morfológica superficial da crosta e mudanças climáticas; adoção de técnicas de geoprocessamento, por meio do uso de Imagens de satélite LANDSAT para delimitação do modelado cárstico; utilização do SIG ArcGis 9.3 com as extensões Hydrology Modeling e Spatial Analys para construção das cartas e trabalhos de campo. RESULTADOS De acordo com as primeiras análises obtidas, percebe-se que entre os fatores de maior preponderância para insuficiência de modelados cársticos bem caracterizados em Sergipe são as limitações impostas pela evolução morfológica superficial e a questão climática. O carste em Sergipe se faz presente nas três principias unidades geomorfológicas, a Planície Costeira, os Tabuleiros Costeiros e o Pediplano Sertanejo. Nessas unidades não são encontrados vales profundos, que proporcionem intenso movimento descendente de águas subterrâneas percolando o pacote rochoso. Isso, é reflexo do grau de entalhamento sofrido nas porções mais antigas do terreno, esses originados da fragmentação da antiga Gondwana, como é o caso dos Grupos Estância, Miaba, Vaza-Barris e Macururé e aos sucessivos movimentos de transgressão e regressão marinha ocorridos no pleistoceno inferior sobre a bacia sedimentar de Sergipe e as coberturas Cenozóicas, não permitindo uma atuação mais incisiva do intemperismo químico no retrabalhamento do modelado cárstico. O segundo fator é o clima, principalmente no que se refere às variações climáticas durante o Quaternário, onde as glaciações com cerca de ±100 mil anos se alternaram com fases de temperaturas quentes e períodos mais chuvosos, e as fases de menor duração, os interglaciais, com períodos de menor pluviosidade (C.Terra (1): 15, 2007).CONCLUSÃODiante desses fatos, não foi possível ao cenário local, o pleno desenvolvimento do modelado cárstico e de suas formas exuberantes, ficando assim o mesmo, restrito a algumas poucas áreas.