GERACAO13 COMPLETA NELSON - UniCEUB - Centro ... · que almejam ingressar na ... mente, fi zemos um...

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JOVENS CIENTISTAS Programa de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) leva aluna à final de premiação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) # 13 U niCEU B

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JOVENSCIENTISTASPrograma de Bolsas de Iniciação

em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) leva aluna à fi nal de premiação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

# 13UniCEUBUniCEUB

O UniCEUB incentiva os

que almejam ingressar na

pesquisa científi ca. Esta

edição apresenta os desta-

ques nesse campo de ati-

vidade acadêmica. Além

disso, Geração UniCEUB

mostra o que pensa e o que anda fazendo o lendário

navegador Amyr Klink, que faz parte do Instituto Uni-

CEUB de Cidadania (IUC). Em Páginas Internas, o lei-

tor vai conhecer diretrizes e peculiaridades do curso

de Direito. Em maio, o UniCEUB completa 48 anos, e,

com as comemorações, virão inaugurações de espa-

ços signifi cativos, além de megaevento que integra

empreendedorismo e semanas acadêmicas, o TEIAS

2016. Maio vai brilhar!

UniCEUB

e d i t o r i a l

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Diretor Acadêmico:Carlos Alberto da Cruz

Diretor do Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento:João Herculino Lopes Filho

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Redação: Camila Bandeira, Felipe Vaz, Harley Alves, Mateus Melis, Paulo Brant, Renata Angoti, Gabriela Queiroz

Coordenação do curso de Jornalismo: Manoel Henrique Tavares Moreira

Programacão visual: André Ramos, Nelson Dantas e Luiz Carlos

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Revisão: Juliana Andrade

Fotografi a: Brito Junior, João Felipe Souza, Luiz Finotti, Pedro França, Sergio Alberto e Tereza Sá

Impressão: Gráfi ca Qualytá

Tiragem: 5.000 exemplares

Geração UniCEUB é uma publicação institucional do Centro Universitário de Brasília - UniCEUB

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e n t r e v is t a

Você publicou cinco livros, entre eles, Cem dias entre o céu e o Mar, e Paratii entre Dois Po-los, que ficaram, em média, 50 semanas na lista dos mais ven-didos.

O que é mais difícil: velejar ou escrever?

Eu comecei a velejar velho na verdade, comecei a descobrir o mundo dos barcos pela literatu-ra, porque estudei muitos anos a literatura francesa. Gosto muito de ler e escrever e me encantei com as leituras sobre a fase heroica da exploração da Antártica, mas a vida no mar veio depois.

Hoje, você pensa em escrever novo livro?

Não. Eu sou muito cobrado pela família e pelo meu editor, e, em-bora tenha muitos trabalhos pron-tos, não penso em publicar nada agora. Eu gosto da atividade que nós temos hoje. Estamos atuando na formação técnica de mão de obra e temos um ciclo completo dos projetos; quero dizer, come-çamos com o projeto das em-barcações, dos sistemas e das soluções até a construção e ter-minamos com a operação final. Hoje, nós estamos encampando, nesse processo, o desdobramen-to final que não é um negócio de operar, construir e planejar, mas que é um projeto de manter em-barcações. É uma atividade que gera riqueza e que, curiosamen-

te, no Brasil, não prospera por um erro na legislação do trabalho. O profissional da Marinha é obri-gado a fazer Marinha Mercantil. Isso é muito simples; ele tinha de ir além, para incrementar receita. Algumas cidades, como Palma de Maiorca, geram, por ano, o equivalente a 18 bilhões de reais, e essa atividade está banida do Brasil por uma falha na esfera do trabalho. É a atividade de guarda e afretamento de embarcações, de que eu gosto muito, e eu en-tendo que, em vez de ficarmos vendendo commodities e lutando de maneira desigual, no mercado internacional, considerando os custos que temos no Brasil, nós podemos exportar serviços, re-forçar a indústria. Mas, nós pre-cisamos de uma formação técni-

e n t r e v is t a Ciclos evolutivosÍcone da navegação mun-

dial, Amyr Klink é autor de 5 livros. Paulistano, ele é pai de

três filhas. O empreendedor construiu veleiros e embar-cações e é protagonista de conferências em cidades e capitais em todo o mundo. Também é membro do Ins-

tituto UniCEUB de Cidadania (IUC) e por isso passa a ser

mais um personagem a oferecer aos alunos e à co-

munidade de Brasília conhe-cimento além da sala de aula. Geração UniCEUB entrevis-

tou Amyr Klink.

4UniCEUBEstá na hora de ver Brasília como a capital das soluções de que a gente precisa.

Como você, não sendo da área jurídica, pode contribuir para o Instituto UniCEUB de Cidadania?

Eu gostei das três palavras que abriram a instalação desse novo instituto: ação, ética e solidarieda-de. Eu sou uma pessoa de ação, eu gosto mais de fazer do que falar. Eu estou cansado de fi car esperando as coisas acontecerem. Eu tenho uma atividade que é técnica e que envolve riscos grandes, em que não podemos cometer erros, fa-lhas ou redundância. Estamos num momento de compartilhar conheci-mento, e me agradou muito a ideia de estar envolvido em um grupo de pessoas que procura soluções. Estamos vivendo uma crise ética que me incomoda. Eu completei 60 anos, minhas fi lhas ganharam a maior idade, e eu gostaria de fazer alguma coisa que transformasse o que está acontecendo. Não tenho dependência de nenhum órgão e não quero depender de empresas, bancos ou qualquer apoio fi nan-ceiro externo. Tenho autonomia para decidir o que fazer e estou com vontade de fazer as coisas acontecerem. Nós estamos viven-do uma crise ética. Viajo bastante e me incomoda a imagem lá fora do Brasil de corrupção e violência. O Brasil é um país violento. Temos perto de 50 mil mortes por assassi-natos, mais de 50 mil por acidentes de trânsito e um número de mutila-dos e feridos muito grande. Na raiz de todos esses problemas, está o que sempre escutamos falar, o as-pecto da educação, então espero que esse grupo sirva para instruir as pessoas que podem, direta-

“EU ACHO QUE, EM BRASÍLIA, ESTÁ A RAIZ DE MUITOS PROBLEMAS BRASILEIROS

E, TAMBÉM, A SOLUÇÃO. ESTÁ NA HORA DE VER BRASÍLIA COMO A CAPITAL DAS

SOLUÇÕES DE QUE A GENTE PRECISA”.

ca adequada que não existe por aqui. Existem exemplos isolados e algumas inciativas pontuais. Deveríamos fazer um esforço no sentido de aperfeiçoar o proces-so de formação técnica.

Você tem feito uma campanha sobre isso?

Eu faço silenciosamente e na prática. Os profi ssionais que te-mos hoje são cobiçados no mun-do inteiro. Os barcos que fazemos são melhores do que os feitos nos Estados Unidos. Conseguimos um nível de excelência numa área de tecnologia sofi sticada, usando soluções próprias, desenvolvidas aqui, e o objetivo é mostrar o po-tencial que nós temos e que está sendo desperdiçado. Recente-mente, fi zemos um trabalho na Suíça, e eu fi quei impressionado com um dado que não conhecia: 80% dos jovens suíços têm uma formação técnica tão rica e dinâ-mica que entram para o mercado de trabalho. É um caso interes-sante em que a formação técni-ca mostra o seu potencial, e isso pode ocorrer no país.

Como as faculdades brasi-leiras podem colaborar com isso?

Não são só as faculdades iso-ladamente; tem de ser um pro-cesso comum. É preciso um pla-no nacional de aperfeiçoamento do ensino, e nós sabemos que o Brasil padece de vários proble-mas estruturais. Começa pela formação, depois, vem o pro-blema da remuneração, então é um desafio importante que deve entrar na pauta. Eu não vou ficar parado, estou montando uma escola técnica que tem suas difi-culdades de licenciamento, mas nós não vamos desistir.

E as navegações? Os Planos?Sempre tem. Nós lançamos três

barcos por ano e vamos testar um deles em viagens mais longas.

Para onde? Para a Antártica, o Pacífi co ou a

Patagônia.O que você acha de Brasília?Eu acho que, em Brasília, está

a raiz de muitos problemas bra-sileiros e, também, a solução.

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mente, trabalhar com ações, para melhorar nosso caminho.

Você já rodou o mundo e ain-da roda. Já viu outro Amyr Klink por aí?

Há vários. Na Antártica, todo ano, tem uns vinte, e são colegas nossos, são pessoas idealistas, que têm uma paixão semelhante pelo mar. Eu acho que faço parte do grupo que não existe mais. Eu sou o único idealista que não vai lá para ganhar dinheiro. Eu não quero patrocínio de petroleira nem tenho interesse em vender pas-sagem no barco para viver disso. Hoje, eu tenho autonomia financei-ra para decidir o que eu gosto de fazer e tenho orgulho de mostrar as soluções que temos. Somos o único grupo que vai para lá, com o equipamento que nós mesmos desenhamos, construímos e ope-ramos. Nós verticalizamos des-se jeito, porque, no começo, era

pura necessidade por falta de re-cursos, e eu percebi que, muitas vezes, a falta de recursos obriga a buscar excelência, ser criativo e pensar nos problemas financeiros e técnicos. Ao mesmo tempo, eu sou, talvez, o único que viaja há mais de 20 anos, que nunca teve uma ocorrência, porque nunca perdemos um tripulante, e não é por acaso e nem por sorte, eu não acredito em sorte. Nós nos dedi-camos com unhas e dentes a não cometer erros, e isso virou para as pessoas com quem trabalho uma espécie de valor que prezamos muito, que é fazer bem feito. Se não for para ser bem feito, a gente não faz.

Apesar de esses problemas no Brasil vivem à tona, todos jun-tos e misturados, alguns eco-nomistas e cientistas políticos dizem que é bom, porque isso provoca debate, fazendo as pes-

soas questionarem e indigna-rem-se. Você acredita no Brasil?

Claro! Eu tenho a chance de tra-balhar em Estocolmo e morar na Noruega ou em Miami, como tan-tos amigos meus, e eu me recuso. Temos a possibilidade de entrar para história, fazendo o Brasil en-trar pela porta da frente. Eu faço questão de participar disso. Embo-ra sejam graves os problemas que temos, acredito que podemos re-vertê-los, pois somos um país que ainda não passou por uma crise realmente profunda. Vivemos uma crise silenciosa e sorrateira, que é a violência e a falta de valores mo-rais. É extremamente positivo que isso tenha gerado indignação. As pessoas estão sofrendo e estão-se indignando com o que está acon-tecendo, e, nesses momentos, po-demos explorar o fundo da nossa competência, as soluções e os ca-minhos. Acredito, profundamente, no Brasil embora não esteja numa

6UniCEUB

nos preocupar, severamente, com o que fazemos. Por exemplo, o padrão de consumo de hoje em alguns países, como os Estados Unidos, não cabe em uma nação, como a Índia ou a China, então te-mos de repensar a quantidade de insumos de que necessitamos para cada tipo de consumo e vamos ter de mudar nossa matriz energéti-ca para fontes que tenham menos efeitos colaterais. Curiosamente, a energia hidroelétrica não é a mais limpa que existe, e a gente sabe isso hoje. São várias as ações que temos de começar a tomar, para mitigar esses efeitos.

que, a partir de 1996, passou a ser comandada pela Ucrânia), surgiu dúvida sobre a ação ul-traviolenta e o efeito da falha de ozônio. Existe o fato de que a alteração dos gases para refri-geração provocou um efeito de melhora nesse problema, mas é claro que a imprensa tem uma tendência alarmista e não gos-ta de divulgar as boas notícias desse assunto ambiental. Então, na minha visão, há, sim, efeitos ruins da ação humana na Terra, e, ao mesmo tempo, há soluções. Para resumir a resposta, eu diria que temos, daqui para frente, de

“AS PESSOAS ESTÃO SOFRENDO E ESTÃO-SE INDIGNANDO COM O QUE ESTÁ ACONTECENDO, E, NESSES MOMENTOS, PODEMOS EXPLORAR O FUNDO DA NOSSA COMPETÊNCIA, AS SOLUÇÕES E OS CAMINHOS.”

situação boa, e acredito que fi que ruim por algum tempo. Estou en-tusiasmado, porque sei que isso é saudável, que a situação seja, de fato, profunda, para ser trans-formadora. Essa crise tem de nos transformar.

Você conhece mares e oce-anos por todo o globo. Acredi-ta em mudanças climáticas e aquecimento global pela ação do homem? O que pensa sobre isso? Há saídas para provável desequilíbrio?

A experiência de um indiví-duo não é suficiente para fazer afirmações conclusivas, mas o assunto é interessante, porque não há resposta muito clara para isso. Na minha visão, sim, exis-tem efeitos climáticos que resul-taram da ação humana, mas não é tão simples, porque há ciclos evolutivos da Terra, onde é mais calor ou mais frio e onde há al-terações climáticas. Então, acho que estamos vivendo um perí-odo interessante em que estão ocorrendo alterações climáticas importantes, e, ao mesmo tem-po, existe um efeito da nossa ação sobre o clima que, no fun-do, não conhecemos plenamen-te. Por exemplo, em relação ao uso do CFC (clorofluorcarbone-to), causador do buraco na ca-mada de Ozônio, detectado uns anos atrás, na base de Faraday, na Antártica (estação britânica

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professora afirma que valoriza a im-portância de os alunos perceberem “a pessoa por trás do professor” e, a partir disso, fortalecerem a experi-ência e o aprendizado.

vel, juntamente com o professor Paulo Afonso Cavichioli Carmona, mestre e doutor em Direito Urbanís-tico, organizaram a obra intitulada Urbanismo e saúde ambiental, pu-blicada pela editora Le Calman. O lançamento foi no campus da Asa Norte e teve a presença de alunos da pós-graduação, da graduação, professores da casa e convidados.

O livro reúne artigos de onze alu-nos da pós-graduação em Direito Urbanístico e Regulação Ambiental, especialmente direcionada aos ser-vidores da TERRACAP e da Secre-taria de Desenvolvimento Urbano do GDF. A coordenadora Lilian Rose ressaltou ser regra que, ao final de cada curso, principalmente corpo-rativo, o resultado seja em forma de

A coordenadora de Pós-Gradu-ação em Direito Lilian Rose Lemos Rocha, mestre em Políticas Públi-cas e Desenvolvimento Sustentá-

Meio ambiente nas cidadesl e i t u r a

Nascida em Belo Horizonte, Ca-rolina Assunção e Alves, 36 anos, desembarcou em Brasília, em 2010 e, naquele mesmo ano, passou a integrar a equipe de professores do UniCEUB. Após a graduação em Jornalismo, trabalhou durante 10 anos, em telejornal, estudou em Pa-ris e não pensava em dar aulas. Fez mestrado e doutorado em Letras, para aprimorar a redação e mudou--se para a capital federal, para ser consultora em um projeto. “No meio do caminho, eu virei professora”, brincou ela.

Há 6 anos nas salas de aula, no UniCEUB, ela demonstra a satisfa-ção em ser professora de comuni-cação: “Estou realizada na função de formar profissionais”, declarou. Influenciada pelo pai, cresceu enfei-tiçada pelo cinema. Sua experiência

A paixão que vem das telonasno campo das letras e da sétima arte rendeu-lhe várias ideias, a últi-ma delas foi levada a cabo: o projeto de extensão Cine UniCEUB, do qual é coordenadora e que já projetou mais de 50 filmes para os alunos no campus da Asa Norte.

A professora Carolina destacou que os debates após os filmes ge-ram reflexão. “Visões de mundo, às vezes estereotipadas, podem mu-dar de acordo com a intensidade do filme e das discussões em torno dele”, defendeu ela. Os debatedo-res convidados são especialistas, conhecedores da produção cine-matográfica ou do assunto enfoca-do pela trama. Ela considera-se uma pessoa multisonhos, e um deles é ver o Brasil e o mundo com mais es-paço para a carreira literária. Falan-do sobre o ambiente universitário, a

produção científica.Dessa vez, os alunos Ana Caroli-

na Iemini, Ana Machado Vieira, Ana Valéria Bueno, Carla Godoi Azeve-do de Oliveira, Christopher William Fagg, Cibelle Dell’Armelina Rocha, Estela Maria Oton de Lima, Luciana Barbosa Gomes, Luciana de Oli-veira Ramos, Mara Souto Marquez, Paula Ferri Paixão, juntamente com a coordenadora Lilian Rocha e o professor Paulo Carmona, produ-ziram artigos sobre qualidade de vida, princípios do Direito Urbanísti-co, desmatamento e relação com a saúde ambiental na área de influên-cia da BR-163, preservação do cer-rado no perímetro urbano do Distrito Federal, Estatuto das Cidades, en-tre outros temas.

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Em meio ao clamor cívico que se abateu sobre a sociedade brasileira, em razão do momento político, a pós-graduação do UniCEUB convidou para proferir a aula inaugural do Centro Bra-sileiro de Estudos Constitucionais (CBEC) o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A aula, que seria a primeira reunião do CBEC, geralmente reservada aos membros da entidade e aos professores da casa, foi aberta aos alunos da graduação e da pós-graduação a pedido do próprio ministro como um fato inédito. O tema tratou de Estado, sociedade e Di-reito: diagnóstico e propostas para o Brasil. Jornalistas acompa-nharam as declarações do ministro.

Em sua explanação, o ministro Barroso revelou ser defensor de uma reforma política com novo sistema eleitoral e partidário. “Te-mos o pior sistema eleitoral do mundo. 90% dos deputados não

“TEMOS O PIOR SISTEMA ELEITORAL DO MUNDO. 90% DOS DEPUTADOS NÃO FORAM ELEITOS PELO VOTO DIRETO E, SIM, PELO DESASTRE DO CÁLCULO DO COEFICIENTE DOS PARTIDOS”

Estado regulador

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foram eleitos pelo voto direto e, sim, pelo desastre do cálculo do coefi -ciente dos partidos”, disparou. Ele defendeu a eliminação dos custos das eleições em todos os níveis. “O gasto de campanha de um depu-tado federal, por exemplo, é cinco vezes superior ao que ele recebe-ria em quatro anos de mandato”. No seu entender, essa conta não fecha, e o eleito tem de buscar ou-tros recursos durante a legislatura. “Os partidos políticos viraram ne-gócio privado”, opinou. “Para mim, o ideal seria o voto distrital misto”, esclareceu.

O ministro mostrou-se a favor de um Estado, em suas palavras, “me-nos ofi cialista e patrimonialista” com mais empreendedorismo vindo da iniciativa privada. Para ele, o Esta-do teria forte papel regulador num modelo semipresidencialista, com a função do primeiro ministro. “O presidente não cuidaria do varejo político”, explicou. Barroso lançou

“O GASTO DE CAMPANHA DE UM DEPUTADO FEDERAL, POR EXEMPLO, É CINCO VEZES SUPERIOR AO QUE ELE RECEBERIA EM QUATRO ANOS DE MANDATO”

também a ideia de uma revolução no sistema punitivo brasileiro. “Te-mos uma polícia mal estruturada e violenta; precisamos de uma refor-ma na polícia e no sistema peniten-ciário”, recomendou. Ele considera que o debate sobre o sistema pu-nitivo brasileiro, incluindo o de me-nores, ainda não está qualifi cado e acrescentou que a sociedade bra-sileira não é igualitária. “Somos de-pendentes do Estado, e seria muito bom o surgimento de uma socieda-de civil mais robusta”, preconizou.

Ao fi nal, o ministro Barroso falou sobre índoles sociais e iniciativas de fi lantropia. “Recursos particu-lares deveriam ser investidos em ações que poderiam resultar em ganhos locais”. Ele referia-se a in-vestimentos em quadras públicas esportivas, escolas, bibliotecas, arenas culturais e de arte, ofi cinas profi ssionalizantes, museus e outros espaços de convivência popular “que seriam benefi ciados não com

dinheiro público e, sim, com verbas de entidades particulares”. O mi-nistro lembrou que se fala muito, e com razão, em ética pública, “mas não podemos ignorar a questão da ética privada”, emendou. Ele admi-tiu que há muita expectativa sobre o STF. “Mas, não é possível ‘judiciali-zar’ tudo na vida”, fi losofou. A aula inaugural do CBEC foi transmitida pelo portal do UniCEUB e on-line, pelos meios eletrônicos e pelas re-des sociais.

“RECURSOS PARTICULARES DEVERIAM SER

INVESTIDOS EM AÇÕES QUE PODERIAM RESULTAR

EM GANHOS LOCAIS”.

10UniCEUB 10UniCEUB

Depois da boa receptividade ao ciclo de palestras Questões jurídi-cas atuais, ocorrido no fi nal do ano passado, alunos do curso de Direito acompanharam o seminário Carrei-ras jurídicas: presente e futuro, que teve o mesmo formato do ciclo: três dias de palestras com profi ssionais de São Paulo e de outros estados. Em seguida, os alunos puderam fa-zer perguntas ao palestrante. O se-

UniCEUB celebra o quinto Selo OAB Recomenda durante seminário que reuniu personalidades do contexto nacional

minário foi retransmitido em algumas salas de aula e on-line, pelo portal e pelas mídias eletrônicas do Uni-CEUB.

O coordenador do evento, advo-gado e professor de Direito Empre-sarial, Rui Celso Reali Fragoso, ao abrir as palestras, falou sobre o tema Advocacia. O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira afi rmou que “crime é um fenômeno social”.

Para ele, a internet facilita a vida do advogado, mas é preciso identifi car as armadilhas dessa mídia. “Não podemos abrir mão da pesquisa em livros, nos índices. O raciocínio tem de ser pessoal”, considerou.

Em tom provocador, Mariz decla-rou que “nosso papel é atrapalhar a magistratura”. Ele disparou críticas à mídia de modo geral. “A mídia em-barcou em certo populismo penal,

Com a presença da Reitoria, o seminário serviu de palco para a entrega do Selo OAB Recomen-da ao UniCEUB. Coube ao presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, fazer, pessoalmente, a entrega da placa que simboliza a honraria ao reitor Getúlio Américo Moreira Lopes (foto). Essa foi a quinta vez consecutiva que o UniCEUB recebe o selo, tornando-se o único centro universitário do país a conseguir tamanho reconhecimento. O Selo OAB Recomenda é a mais alta conde-

coração da Ordem dos Advogados do Brasil aos cursos que são melhor avaliados. O presidente da OAB/DF acrescentou que os resultados alcançados pelos alunos nas provas da OAB refl etem o mérito dos professores. “Vida longa ao UniCEUB e seus alunos!”, bradou ele, ao passar o certifi cado para as mãos do reitor. Getúlio Lopes agradeceu o reconhecimento e ressaltou que a instituição alia tradição e qualidade com incentivo à capacidade criativa do corpo docente e discente.

Ensinamento que não está nos livros

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Presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto

Subprocuradora-geral da República, Deborah Duprat

a espetacularização”. Segundo ele, direito penal não é direito de puni-ção, e delação é tortura. “Isso é dis-torção, e o jornalismo aplaude, só estão interessados em IBOPE, em faturamento, especialmente a mídia televisiva”, acusou. Para ele, o advo-gado não pode aceitar mentiras de seu cliente. “Ao assumir um caso, não convém ao advogado trair a rea-lidade”, frisou.

Ministério Público e magistratura foi o assunto discutido pela subpro-curadora-geral da República, Debo-rah Duprat de Britto Pereira, e pelo ministro do Superior Tribunal de Jus-tiça Rogério Schietti Machado Cruz. Deborah Duprat elogiou o trabalho da Procuradoria como esteio da democracia brasileira junto a outros órgãos de fiscalização e controle. A procuradora discorreu sobre o pa-pel do Poder Judiciário para garantir os direitos das minorias, como, por exemplo, casamento de pessoas do mesmo sexo.

O ministro Schietti enfatizou aos alunos que concursos públicos para ocupação de vagas nos tri-bunais têm mesmo de ser difíceis. “Pois, têm de abranger uma gama enorme de assuntos”, justificou. Ele lembrou que o concurso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ),

no ano passado, teve 90 vagas em aberto, e somente 17 foram preen-chidas. Schietti tratou de funções do Poder Judiciário. De acordo com ele, com o Poder Legislativo em cri-se, o juiz ocupa espaço maior no destino das cidades do país. “Mas, o Poder Judiciário não deve ser im-parcial, e juiz não pode ser o herói de uma nação”, ressaltou o ministro.

O atual presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, falou sobre a formação profissional do advoga-do. Ele reafirmou que, mesmo com números excedentes de faculdades distribuídas pelo país, há merca-do de trabalho para todos os ba-charéis. “Somente no DF, a Ordem concede três mil carteiras por ano”, contabilizou. Ele contou sua história profissional e salientou que, desde cedo, procurou estagiar. Durante a sua palestra, Costa Couto lançou frases de efeito, como “o desafio do advogado é a perseverança”, ou “não existe advogado pela meta-de”, ou “advogado ganha e perde, juiz ganha e perde, promotor ganha e perde”. O idealizador do seminá-rio foi o vice-reitor, professor doutor Edevaldo Alves da Silva. A pró-rei-tora acadêmica, Elizabeth Manzur, sintetizou o evento da seguinte for-ma: “advogados mais antigos falam

a futuros colegas com show de en-tusiasmo pela carreira”. Ela desta-cou que “os alunos não encontrarão isso nos livros”.

Doutor Rui Celso Reali Fragoso

Ministro Rogério Schietti Machado Cruz

Doutor Antônio Cláudio Mariz de Oliveira

12UniCEUB

Dando um pontapé inicial no pri-meiro semestre letivo do curso de Medicina, o UniCEUB realizou a aula magna com o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, doutor Clau-dio Lottenberg. Considerado um dos oftalmologistas mais respeitados do país, ele ministrou a palestra intitula-da O futuro da saúde. Estiveram pre-sentes o reitor Getúlio Américo Mo-reira Lopes, o coordenador do curso de Medicina, Alberto Vilar Trindade, o assessor da Reitoria para a área da saúde, doutor Mario Lúcio Morei-ra Lopes, e o pró-reitor administrati-vo e fi nanceiro, Gabriel Costa Malab, que representou o professor doutor Edevaldo Alves da Silva, vice-reitor.

Lottenberg apresentou a história da

Humanização da saúdeUniCEUB recebe o presidente do Hospital Albert Einstein, doutor Claudio Lottenberg,

convidado para ministrar a aula magna do curso de Medicina

organização que preside e a narrati-va da medicina no país, que teve seu início datado a partir da vinda dos portugueses para o Brasil. Segundo o médico, há poucos documentos referentes à chegada das caravelas de Portugal por aqui, mas a comiti-va de Pedro Alvares Cabral tinha um profi ssional conhecido como mestre João com conhecimentos médicos e astrônomos. Lottenberg ressaltou que os primeiros médicos a exercer, de fato, a profi ssão no país foram Jorge de Valadares e Jorge Fernan-des, que vieram com as comitivas dos governadores-gerais, Tomé de Souza e dom Duarte da Costa, res-pectivamente.

A principal ponderação foi sobre os desafi os que o futuro da área re-serva aos profi ssionais, sobretudo, quando entra em questão a dualida-de entre a tecnologia e a humaniza-ção. Lottenberg propôs uma refl exão

e questionou se a Medicina do futuro não se encontra na área médica do passado e fez questão de ressaltar a importância que a liderança pode ter em um centro hospitalar. “A for-mação que, normalmente, nós ob-temos no contexto acadêmico, que eu tive e vocês têm, não é sufi ciente para alguém que queira lidar com a pessoa, que, muitas vezes, precisa de alguém que cuide de suas an-gústias. É preciso humanizar o trata-mento”, afi rmou.

Para Lottenberg, tem-se cuidado mais com as doenças e menos com os doentes, e essa atenção, que é do que o paciente necessita, tem faltado nos hospitais. “Estamos es-quecendo o lado humano de nossos pacientes, o que é um erro”. Sem empatia, não se desenvolve o sen-timento de confi ança, que é respon-sabilidade do profi ssional”, afi rmou.

Parte desse contato com o hu-mano tem como causa o avanço da tecnologia não somente na área médica, mas também em outras profi ssões. Para o palestrante, não podemos acreditar que a tecnologia vá resolver todos os males, mas ela é um instrumento interessante para o aprimoramento. “Hoje, o conheci-mento médico duplica-se em coisa de quatro ou cinco anos. Imagine o que seria de nós se não houvesse infraestrutura e suporte de caráter digital”, fi nalizou.

A aula magna de Medicina foi transmitida pelo portal do UniCEUB e on-line, pelas redes sociais.

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Pés e rodasA aluna de Arquitetura e Urbanis-

mo Laura de Castro concorre ao 13º Prêmio Destaque na Iniciação Cien-tífi ca e Tecnológica pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). A pesquisa intitulada Piezoeletricida-de: a energia sob os pés e rodas, faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desen-volvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e é candidata ao prêmio na categoria Ciências Exatas da Terra e Engenharia. O trabalho de Laura Castro foi avaliado em várias etapas e aprovado pela comissão julgadora da Universidade de Brasília (UnB) e pelo Conselho Nacional de Pesqui-

sa (CNPq), depois de receber des-taque e incentivo do UniCEUB.

A pesquisa apresenta um estudo aprofundado sobre nova forma de tecnologia sustentável. O trabalho foi desenvolvido sob orientação da professora doutora Eliete de Pinho Araújo e teve contribuições das alu-nas Ivana Moreno e Fabiana Lemos, que participaram como pesquisa-doras voluntárias.

A professora e as alunas indicam que é possível adequar a pesquisa à realidade brasileira. “O Brasil tem muitos investimentos nessa área”, informa Laura Castro. Segundo ela, o projeto pode tornar-se viável fi nan-ceiramente à medida que o Estado não só brasileiro e outras nações evoluídas mantiverem investimentos em energia renovável e sustentabili-dade. O concurso está na reta fi nal. O resultado será revelado durante a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciên-cia (SBPC), a realizar-se de 03 a 09 de julho, na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), na cidade de Porto Seguro. A premiação em

Esse desenho ilustra como funciona a piezoeletricidade: nele pode-se ob-servar o cristal, no caso, um quartzo, sendo pressionado entre duas placas metálicas. A pressão causa no cristal uma deformação que tem por efeito a energia elétrica.

Essa imagem é a representação de como se dá a forma de captação da pressão necessária dentro da cida-de. O desenho mostra como seriam o trajeto do pedestre e do veículo. A pressão desses trajetos nas placas forneceriam energia que seriam ar-mazenadas em baterias, e posterior-mente usadas na iluminação.

várias categorias prevê valores em dinheiro e bolsas de mestrado.

Para saber mais sobre o Progra-ma de Iniciação em Desenvolvi-mento Tecnológico e Inovação PIC / PIBIC / PIBITI, entre no portal do UniCEUB.

Professora doutora Eliete de Pinho Araújo, orientadora do projeto

14UniCEUB

e econômicos da Áustria e da Europa Central e da relação da União Euro-péia com a América Latina.

O professor, diretor do Instituto Ideaz, disponibilizou arquivos sobre a matéria a ser discutida “o que tor-nou as aulas bastante interessantes, pois não eram apenas expositivas, mas também dialogadas e conta-

vam com total participa-ção dos alunos”, decla-rou Bárbara Teles.

As aulas eram apre-sentadas em espanhol e as visitas externas em inglês, permitindo a prá-tica das habilidades em línguas estrangeiras.

O dia a dia em Viena

Num país centralizado politicamente, os alunos

tiveram experiência com o sistema de mobilidade urbana, e vivencia-ram a qualidade de vida dos ci-dadãos de Viena. Tiveram de lidar com o clima e a cultura. “Um frio tre-mendo e pessoas tão diferente de nós”, relembra Ana Formiga.

Alunos do curso de Relações In-ternacionais passaram vinte dias em Viena, participando do curso em parceria com o Instituto IDE-AZ. Adrianne Martins, Ana Clara Formiga, Bárbara Teles, Felipe Ba-tista, Felipe Caio, Jéssica Santana, Matheus Ranna e Rafael Oliveira aproveitaram a oportunidade para conhecer a capital da Áustria, eleita pela 7ª vez como a cidade com me-lhor qualidade de vida no mundo.

O tema estudado foi Áustria, União Europeia e América Latina em di-álogo. “O período foi ri-quíssimo do ponto de vista intelectual e huma-no”, afi rmou Ana Clara Formiga. Os alunos do UniCEUB visitaram, jun-tamente com a coordenadora do curso Renata Rosa, escritórios de organizações internacionais e mu-seus, tais como, o Museu de Artes Aplicadas, a Universidade de Vie-na, o World Public Forum, a Sede da Organização das Nações Unidas

(ONU), a Academia Diplomática de Viena, o Museu de Populismo Políti-co, o escritório da Organização de Segurança e Cooperação da Euro-pa (OSCE), a sede da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) e a Embaixada do Brasil. O Instituto IDEAZ é uma associação cujo fi m é promover a aproximação

entre acadêmicos, especialmente do Hemisfério Sul.

O métodoO curso foi ministrado pelo profes-

sor Johannes Maerk, e as aulas trata-ram dos aspectos históricos, culturais

Diálogo com a Áustria

15

Grandes negócios digitais:o poder também está online

Ele começou tímido, sofreu resistências e, hoje, permeia todas as nossas atividades. O universo digital virou cultura na sociedade atual e já é palco dos maiores negócios do mercado.

Em cerca de 20 anos de sua popularização, a internet tornou-se um am-biente próspero para desenvolvimento de projetos diversos. Vendas, entre-tenimento, comunicação e tecnologia são só algumas áreas que passam por constantes transformações por conta dessa realidade. No meio digital, inúmeras empresas surgiram já nativas, como os sites de rede social, as lojas virtuais, os serviços de streaming, os jogos digitais e outras. Algumas se tornaram gigantes em menos de uma década e, hoje, lideram a lista nas bolsas de valores por todo o mundo.

Como ocorre com qualquer tipo de negócio, conforme as empresas cres-cem, é possível expandir a outros segmentos. O mesmo acontece com os gigantes do ambiente digital. O que já se torna prática recorrente são ofertas irresistíveis a empresas menores, para apropriar-se de novas ideias e man-ter o crescimento dos negócios. No fundo, mudam os meios e as formas de atuação, mas não mudam as estruturas e os pensamentos em termos de negociação e disputa por poder no mercado.

Para explicar isso, o Vida Online conversou com Renato Rosa, diretor de Criação da Isobar, uma das maiores agências de publicidade para ambien-te digital do mundo e professor da pós-graduação em Marketing Digital do UniCEUB.

Na sua opinião, por que tantas startups são vendidas a empre-sas de grande porte depois do boom inicial?

Quando uma startup apresenta boa atratividade, logo recebe inves-timento principalmente no Brasil. A avaliação que atrai o investidor é de-terminada pelo ineditismo da ideia, pelo público potencial, pelo contex-to interno e externo do mercado e, principalmente, pela relevância do produto para o usuário. Essa com-binação de fatores gera visibilidade

à marca e, consequentemente, aos investidores e aos compradores. Alguns negócios nem chegam ao grau de maturidade adequado para receber uma injeção de capital, o que causa problemas na sustentabi-lidade e na determinação de metas que balizam o plano de expansão condicionado pelo investimento. No Brasil, a maioria das startups são criadas para ser vendidas. Fora do país, isso é uma consequência de um plano de crescimento. Essa re-alidade é cultural e determinante no sucesso do negócio.

GRANDES AQUISIÇÕES NO MERCADO DIGITAL

$ $$

Facebo

ok

Instagram

US$ 1 bilhão2012

Whatsapp

US$ 19 bilhões2014

Tw

itter

Tweetdeck

US$ 40-60 milhões 2011

PeriscopeUS$ 50-100 milhões2015

Goo

gle

Waze

US$ 1,3 bilhão2013

YouTube

US$ 1,65 bilhão2006

Link

edIn

Lynda

US$ 1,5 bilhão2016

SlideShare

US$ 119 milhões2012

16UniCEUB

Seria menos arriscado para negócios em expansão, como o Snapchat, aceitar a proposta de compra de uma empresa maior? Por quê?

Essa é uma discussão bastan-te difícil: quando vender a ideia ou a startup? Existem dois momentos para a venda de uma startup. Um é baseado no share conquistado do mercado, no espaço que a marca já possui no ambiente digital, sua base de usuários e seu comportamento junto à sua base de usuários, como o caso do Snapchat. Outro é basea-do na necessidade de crescimento, em que o investidor condiciona seu investimento à meta de crescimento e sua participação na empresa. Os modelos de investimento não são excludentes, mas requerem diferen-tes análises. No caso do Snapchat, a proposta não deve ser analisada apenas pela ótica fi nanceira, mas em detrimento da visão futura de produto, principalmente pelas inte-grações já conhecidas da empresa compradora.

O Google, por exemplo, é uma empresa que tem condição de desenvolver sistemas diversos. Por que opta pela compra de serviços já existentes?

Por diversos motivos, como custo de desenvolvimento, base de usuá-rios já consolidada, maturidade do modelo de uso das aplicações e, principalmente, porque daria muito trabalho lançar um produto concor-rente a outro que já é utilizado. Esse é um dos motivos que nos faz prefe-rir o Facebook ao invés do Google+.

Os grandes negócios digitais estão em crescimento constan-te. Você acha que esse mercado ainda tem muito para expandir ou começa a fi car saturado?

Tem muito a expandir. Nós muda-mos de comportamento baseados no que consumimos, no que vemos e em como nos relacionamos. As-sim como nós mudamos, nossas necessidades também mudam. Nós nos adequamos e necessitamos de novos produtos, novos consumos. Hoje, temos muitas soluções dispo-níveis, mas ainda buscamos novas. Sempre haverá espaço.

Em termos de negócio, o que está em jogo na disputa pela inovação e pelos melhores ser-viços do mercado digital?

Aderência ao comportamento hu-mano. As empresas projetam ideias, serviços e produtos, sem analisar sua relevância ou questionar seus princípios. Quanto mais relevan-te, mais inclusivo e inédito, maior a chance de atrairmos a atenção mundial. Temos muitos produtos e ideias testadas, disponíveis e que não deram certo. Mas, o espaço a ser conquistado é maior.

17

O guarda-chuva do Google

Em 2015, o Google apresentou mudanças em seu formato. Foi cria-da a Alphabet, um grupo “guarda--chuva” que abrange outras empre-sas, e o Google é uma delas. Isso permite que a corporação aumente sua capacidade de administração sobre as diferentes áreas da empre-sa com que não têm ligação direta. Nos Estados Unidos, a Alphabet é a companhia mais valiosa do país na bolsa, com valor estimado em mais de 500 bilhões de dólares.

1º de abrilNo dia da mentira de 2016, circu-

lou pela internet a notícia de que o Facebook havia adquirido o apli-cativo Snapchat por 49 bilhões de dólares, sendo a maior transição na história de negócios digitais. A notí-cia não passava de uma brincadeira de primeiro de abril. O Snapchat já recusou negociações com o Face-book em alguns momentos e seu posicionamento é o de que não pre-tende vender a plataforma, que se mantém em constante crescimento.

De Brasília para o mundo

A Boo-Box, startup pioneira em tecnologia para publicidade e mí-dias sociais, foi vendida para a FTPI Digital, agência que representa, comercialmente, empresas, como Spotify, Sensacionalista, Catraca Livre e Jovem Nerd. A Boo-Box foi apontada como uma das 50 empre-sas mais inovadoras do mundo em 2012, pela revista Fast Company.

Outra empresa brasiliense que foi comprada por uma gigante do mer-cado foi a startup ZeroPaper, desen-volvedora de um sistema de geren-ciamento financeiro na nuvem, que foi comprada pela norte-americana Intuit. O valor da transição não foi re-velado, mas a ZeroPaper já contava com mais de 450 mil usuários.

18UniCEUB

Campus de Taguatinga

DE JANEIRO A MARÇOo q u e r o l o u

Os calouros e os veteranos dos campi da Asa Norte e de Ta-guatinga foram recepcionados pelo UniCEUB, que ofereceu um lanche especial em comemoração ao primeiro dia de aulas do semestre.

Antes do início das aulas, os professores e os coorde-nadores do UniCEUB participaram da Semana Peda-gógica. Nela, aconteceram palestras de docentes de vários cursos da instituição, apresentação do quarteto musical Amor de Serenata e ofi cinas pedagógicas.

O UniCEUB é patrocinador do TOP 10 Em-presarial, principal evento para o mercado corporativo do Distrito Federal. Na primeira edição do ano, as atrações foram o líder de Desenvolvimento de Mercado do Facebook, Wesley Barbosa (foto), e os professores Flá-vio Tófani e José Ricardo Noronha.

Boas-vindas

Comportamento

Campus da Asa Norte

2202

2702

TOP 10 Empresarial

2501

abc

Psicologia

Em parceria com o Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC), o UniCEUB realizou o minicurso Terapia Analítico-Comportamental Infan-til, que apresentou o tema A atuação do terapeuta diante de difi culdades comportamentais da crian-ça, ministrado pela doutora Giovana Del Prette.

Semana Pedagógica

1502

abc

19

Na segunda edição, o evento teve a participação do só-cio diretor da Ponto de Referência e proprietário da Nicho de Bichos Pet Shop, Edmour Saiani; da consultora da Ponto de Referência Vânia Carvalho; da MBA em Gestão Empresarial pela Business School de São Paulo Norma da Matta; do diretor de Capacitação da Associação Bra-sileira de Franchising Rio (ABF), Paulo Mendonça.

0403

Campus da Asa Norte Campus de Taguatinga

0103

Em sua terceira temporada, o projeto Cine Uni-CEUB estreou em 2016, com a projeção do fi lme Jasão e os argonautas, de Don Chaffey. A pa-lestra, em seguida, fi cou a cargo do professor e fi lósofo alemão Martin Winkler, e a mediação foi da professora doutora em Comunicação Social Carolina Assunção e Alves.

O presidente do Hospital Albert Einstein, doutor Cláu-dio Lottemberg (foto), foi o profi ssional convidado para ministrar a aula magna de Medicina sobre o tema O futuro da saúde. Matéria à página 12.

Saúde

abc

Café da manhã

2702Recepcionando os novos alunos, a coordenação

de Medicina ofereceu aos calouros e aos fami-liares o tradicional café da manhã especial, se-guido de visita aos laboratórios e às instalações do curso.

TOP 10 Empresarial

abc

2902

Cine UniCEUB

O maior evento de hacking, segurança e tecnologia da América do Sul (ROADSEC) ocupou o campus da Asa Norte. Foram ministradas palestras com profi ssionais da área da tecnologia da informação, e realizadas ofi ci-nas e campeonatos nacionais de hackfl ag e cryptorace.

ROADSEC

abc

Medicina

0503

20UniCEUB

Campus de Taguatinga

o q u e r o l o u

O reitor do UniCEUB, Getúlio Américo Moreira Lopes (foto), compareceu à abertura da Sema-na de Justiça pela paz em casa. No evento, foi formalizada a assinatura de cooperação técni-ca entre o UniCEUB, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSPDF), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), para oferecer orientação e assistência psico-lógica e jurídica a usuários do Juizado de Vio-lência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Núcleo Bandeirante e da Delegacia de Atendi-mento à Mulher (DEAM).

PROMOÇÃO E APOIO:

Foto

: Cal

é M

ereg

e

UniCEUB - CAMPUS DA ASA NORTESEPN 707/907 - Brasília - DF

auditório do bloco 1

Informações e inscrições:WWW.ARCHAI.UNB.BR

Gastronomia

Medeias

Campus da Asa Norte

1503

0703

A professora e pesquisadora na área de Didática de Línguas e Culturas Estrangeiras Dora François (foto) foi a profi ssional convidada para ministrar a aula inaugural do curso de Gastronomia. Sobre o tema Gostar e não gostar: representações culturais na gastronomia, a es-pecialista expôs a evolução da gastronomia brasileira no exterior e o crescente sucesso das comidas gour-mets.

Cooperação técnica

0703

abc

Gastronomia`

abc

Psicologia

A professora doutora em Comunicação Carolina Assunção e Alves foi mediadora da mesa-redonda Entre Sêneca e Eurípedes: as medeias de Tier e Ripstein. O evento fez parte do XIII Seminário In-ternacional Archai, que recebeu intelectuais para debater sobre a personagem Medeia.

Minicurso

0503

Em parceria com o Instituto Brasiliense de Análise do Comportamento (IBAC), o UniCEUB realizou o minicurso Esquizofrenia, transtornos equizofrenifor-mes e, transtornos delirantes e transtornos alimenta-res, ministrado pelo doutor Roosevelt Starling (foto).

DE JANEIRO A MARÇO

abc

abc

21

1803

Campus da Asa Norte Campus de Taguatinga

1703

Em parceria com o Centro Cultural Brasil Turquia (CCBT), o UniCEUB recebeu a exposição Fotos de paisagens naturais e urbanas da Turquia e a arte turco-islâmica, que apresenta a cultura e as belezas da região.

Uma das novidades desta nova temporada do Cine Uni-CEUB é a exibição de filmes também durante o turno matutino. O primeiro longa-metragem projetado para os estudantes da manhã foi o clássico do neorrealismo italiano, Ladrões de bicicleta, de Vittorio de Sica. A pro-fessora doutora em Comunicação Social Sandra Araújo de Lima foi a debatedora convidada para comandar as discussões.

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) promoveu, juntamente com os Centros Acadêmicos, a 1ª Sema-na de Saúde, Esporte, Interação e Arte (SEIA), que ofereceu oficinas, palestras além de exposição sobre a Marinha.

Ladrões de bicicleta

OAB

1503

1503

Turquia

abc

Direito

O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Machado Cruz (foto) e o atual pre-sidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, proferi-ram palestras no evento Carreiras Jurídicas. No último dia de evento, o UniCEUB recebeu, pela 5ª vez consecutiva, o prêmio OAB Recomenda, con-cedido às instituições de ensino que são desta-ques no campo jurídico. Matéria à página 10.

SEIA

abc

22UniCEUB

Campus de Taguatinga

Dívida Pública em debate

CBEC universitário

Campus da Asa Norte

2903

2303

abc

Direito

abc

Fisioterapia

Com proposta de reproduzir um ambiente de pesquisa, de debates e de produção científi ca, o Centro Brasileiro de Estudos Constitucionais Universitários (CBEC) rea-lizou a primeira reunião do semestre sobre o tema Reforma do Estado e ativação da sociedade civil.

O Núcleo de Atividades Complementares (NAC) do UniCEUB promoveu evento de lançamento do livro Dívida pública em de-bate, cuja autora é a professora doutora Maria Lúcia Fatorelli.

O doutor Marcelo Tannure, médico responsável pela as-sistência à saúde dos atletas da maior organização de Mixed Martial Arts (MMA) do mundo, o Ultimate Fighting Championship (UFC), ministrou palestra aos graduan-dos em Fisioterapia e aos alunos da pós-graduação em Fisioterapia Tráumato-Ortopédica.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler proferiu palestra à comunidade aca-dêmica do UniCEUB sobre o tema A lei anticorrupção na visão do controle externo.

Fisioterapia

Anticorrupção

1903

2203

abc

abc

abc

DE JANEIRO A MARÇOo q u e r o l o u

23

A terceira projeção do semestre do Cine UniCEUB foi o longa-metragem Interlúdio, do consagrado di-retor Alfred Hitchcock. O professor doutor Carlos Timo Brito foi o convidado para conduzir as discus-sões.

Campus da Asa Norte Campus de Taguatinga

TOP 10 Empresarial

3003O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis

Roberto Barroso (foto) foi o convidado do Centro Bra-sileiro de Estudos Constitucionais (CBEC) para proferir a aula inaugural. Ele falou sobre Sociedade e Direito: diagnósticos e propostas para o Brasil. Matéria à pá-gina 8.

STF

abc

Com patrocínio do UniCEUB, o TOP 10 Empresa-rial realizou o terceiro evento do ano com pales-tras do especialista em Planejamento Estratégico com ênfase no Crescimento Luis Augusto Lobão Mendes, a fundadora do Laboratório Sabin de Análises Clínicas, doutora Janete Vaz (foto), e o economista e presidente do grupo Algar, Luiz Alexandre Garcia.

Cinema

3003

abc

Direito

3003

21º workshop doempreendedor

CAMPUS DA ASA NORTEDAS 8H ÀS 12H E DAS 19H ÀS 22H

31maio2016

Mostra de projetos dos alunos das disciplinas de Empreendedorismo

3ºworkshop do

3ª Mostra de Empreendedores empreendedor

CAMPUS II DE TAGUATINGADAS 19H ÀS 22H

1 2 JUNHO2016

24UniCEUB

e n t r e v is t a

Sensibilidade social

O Direito do UniCEUB é uma das principais referências de qua-lidade no Brasil. Quais são os fa-tores predominantes para o reco-nhecimento do curso no contexto nacional?

O Direito do UniCEUB alia a di-mensão de um dos maiores cursos do Brasil e a excelente qualidade de formação, o que é algo raro e extre-mamente difícil de ser alcançado. O UniCEUB atingiu essa extrema qualidade pelos valores próprios da nossa cultura institucional. Há inves-timento constante nas pessoas que conosco trabalham, professores e funcionários, em capacitação e atu-alização, além de serem oferecidas oportunidades de crescimento pes-soal e profi ssional. Os alunos são

“O DIREITO DO UniCEUB ALIA A DIMENSÃO DE UM DOS MAIORES CURSOS DO BRASIL E A EXCELENTE QUALIDADE DE FORMAÇÃO, O QUE É ALGO RARO E EXTREMAMENTE DIFÍCIL DE SER ALCANÇADO.”

Roberto Freitas Filho é mestre e doutor pela Universidade de

São Paulo (USP) e assumiu a coordenação do curso de

Direito do UniCEUB em 2010. É professor de Introdução ao Estudo do Direito e membro

da Comissão de Especialistas em Ensino Jurídico do MEC.

Em entrevista à Geração UniCEUB, ele aponta aspectos

técnicos e pedagógicos do curso, descreve ações voltadas

aos direitos humanos e à iniciação à pesquisa. Confi ra!

acolhidos e respeitados desde o primeiro dia em que são recebidos com o envolvimento direto, o pro-tagonismo e a valorização da Alta Administração. As condições de ensino e aprendizagem estão entre as melhores do Brasil. Nossos do-centes estão entre os mais prepara-dos tanto em formação acadêmica quanto em experiência profi ssional e inserção nacional e internacional no campo jurídico. Para que se te-nha ideia da grandeza e da impor-tância do corpo docente, temos mais de 50 doutores e 120 mestres no Curso de Direito. Em termos de infraestrutura, temos salas de aula equipadas com projetor, com-putador e ar-condicionado. Nossa biblioteca dispõe de amplo acer-

25vo físico e eletrônico de excelente qualidade, além de obras raras na área jurídica e dependências clima-tizadas para estudo individual e em grupo, o que estimula a permanên-cia dos alunos nos campi, tudo isso com amplo acesso à internet, o que facilita a pesquisa e o estudo dos discentes. Em relação aos aspectos pedagógicos e administrativos, os alunos dispõem de canais abertos de comunicação com a Coordena-ção do curso, levando à maior efe-tividade da condição de formação de excelência.

Há vários ministros, desembar-gadores, juízes, procuradores, promotores e advogados que lecionam no UniCEUB. O que é mais importante: a aspiração que estes profissionais de sucesso provocam nos alunos ou a expe-riência em sala de aula, onde os modelos teóricos do Direito são estudados mediante casos reais desenvolvidos sob a orientação de juristas renomados?

Ambos os aspectos são igualmen-te importantes. O Direito é um dos campos profissionais mais concorri-dos e difíceis, o que leva o bom alu-no a ter de se preparar com dedica-ção integral aos estudos. O fato de termos, em nosso grupo de profes-sores, profissionais destacados na-cional e internacionalmente agrega às condições objetivas de ensino e aprendizagem outros componentes

de grande importância: a motiva-ção e o interesse despertados pelo aprendizado ancorado na experiên-cia do docente. Além disso, o aluno que está em contato cotidiano com professores de sucesso em suas respectivas atividades profissionais toma-os como referências, modelos a ser seguidos.

Como o senhor avalia o mer-cado, público e privado, para os alunos formados pelo UniCEUB? O que esperar de um egresso de Direito no exercício de suas fun-ções?

O mundo do trabalho é um espa-ço intensamente competitivo, como sabemos. No Direito, a realidade não é diferente, e podemos afirmar que, no campo jurídico, a competi-ção profissional é mais acirrada do que em outros espaços do merca-do e das carreiras públicas. Daí, há a necessidade da formação de excelência, como a que temos no UniCEUB. É isso que nos diferencia e permite aos alunos estar em po-sição privilegiada no mercado. Sa-bemos, por exemplo, por pesquisas de percepção junto aos escritórios de advocacia, que há predileção pelos estagiários do nosso curso, dada a qualidade de formação que possuem. No âmbito das carreiras públicas (Advocacia Pública, Mi-nistério Público, Defensoria Públi-ca, Magistratura, por exemplo), o UniCEUB está entre os que mais

aprovam. Para que se tenha uma ideia, no último Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de acordo com os dados disponíveis, somos a instituição de ensino supe-rior que aprovou o maior número de candidatos no Distrito Federal, 258, enquanto a prestigiada UnB apro-vou 75. É uma diferença de mais de 300% de inserção no mercado de profissionais qualificados reco-nhecidos pela OAB. Como mais um exemplo, houve, recentemente, um concurso para juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal no qual, dos sete aprovados, seis eram egressos do UniCEUB. O egresso do UniCEUB tem, portanto, excelen-te contexto profissional à sua frente, para exercer seus conhecimentos técnicos segundo a pauta humanís-tica e ética que os dez semestres do curso lhe apresentam.

Quais são as áreas mais pro-missoras do Direito para Brasília, nos próximos anos? Quais serão as novas demandas no ambiente jurídico?

O aluno do curso de Direito do UniCEUB é formado para atuar de maneira excelente em quaisquer das atividades profissionais jurídi-cas. Cada um dos “ramos” do Di-reito tem sua atratividade e pode tornar-se um espaço de satisfação e sucesso profissionais seja pela oportunidade de poder fazer justi-ça, seja pela possibilidade de obter

“O ALUNO DO CURSO DE DIREITO DO UniCEUB É FORMADO PARA ATUAR DE MANEIRA EXCELENTE EM QUAISQUER DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS QUE DESEJE DESEMPENHAR.”

26UniCEUB

tutelares que atuam junto a ado-lescentes e jovens; a Clínica de Di-reitos Humanos do UniCEUB, que atua em Direitos Humanos à saúde, à moradia, justiça restaurativa e se-gurança. No NPM, os alunos têm a oportunidade de produzir, duran-te três semestres, uma monografi a sob a orientação de um professor que o atende individualmente e conduz a pesquisa como forma de qualifi car e aperfeiçoar as capaci-dades cognitivas e a sensibilidade do aluno para a empiria e, virtual-mente, para a docência. O expres-sivo grupo de professores é com-posto de 120 orientadores, mestres e doutores com grande experiência de pesquisa e dedicação acadêmi-ca. No NPJ, os alunos entram em contato, durante dois anos ou mais, com a realidade da vida profi ssional nos mais de 15 Núcleos de Assis-tência Jurídica (NAJ) localizados nas diversas regiões do Distrito Federal, além do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do TJDFT, onde fazem o atendimento à comunida-de de forma gratuita e altamente qualifi cada. Nossos egressos tem, no NPJ, a oportunidade de exercer a primeira experiência profi ssional como advogados por meio do Pro-jeto Primeiro Emprego, iniciativa do UniCEUB, que proporciona aos recém-formados uma plataforma segura para a prática jurídica e, ao mesmo tempo, o retorno, em termos de serviços prestados à comunida-

“A PESQUISA É INCENTIVADA POR MEIO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PIC/PIBIC UniCEUB,

OPORTUNIDADE DADA AOS ALUNOS DE ATUAR COMO PESQUISADORES JUNTO A UM PROFESSOR DOUTOR E

PRODUZIR REFLEXÕES CONJUNTAS.”

boa remuneração. A nossa localiza-ção e inserção estratégica no centro do poder permitem ao profi ssional trabalhar junto a tribunais, agên-cias, organismos internacionais e nos maiores escritórios do Brasil sediados ou com fi liais em Brasília. Com relação ao futuro da profi ssão jurídica, certamente, uma atividade que ganhará importância é a de so-lução extrajudicial de confl itos, para a qual o jurista é o mais preparado dos profi ssionais. Vale ressaltar que o curso de Direito do UniCEUB ofe-rece formação e capacitação para a mediação e a arbitragem aos seus alunos, e tem uma Câmara de Me-diação em seu Núcleo de Prática Jurídica.

O curso de Direito do UniCEUB tem ido muito além dos modelos tradicionais de ensino. Iniciativas, como o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), o Projeto Desenvolvimento Integral (PRODI), o Núcleo de Ati-vidades Complementares (NAC) e o Núcleo de Pesquisa e Monogra-fi a (NPM) transcendem o ambien-te da sala de aula, prestando ser-viços à comunidade e discutindo temas relevantes para a socieda-de brasileira. Quais resultados o curso tem alcançado com essas iniciativas?

Essa resposta poderia integrar a primeira desta entrevista, pois os três Núcleos componentes do cur-so de Direito são fundamentais na

qualidade da formação do aluno. São eles: o Núcleo de Atividades Complementares (NAC), o Núcleo de Pesquisa e Monografi a (NPM) e o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ). Aos nossos alunos são oferecidos, no NAC, palestras, cursos e ofi ci-nas, que tratam de temas atuais e de relevância social e jurídica. Os palestrantes, profi ssionais do Direi-to e acadêmicos e, são referências nas suas áreas. Os projetos de ex-tensão à comunidade são voltados a questões sociais sensíveis, como inclusão de catadores de materiais recicláveis e meio ambiente, vio-lência doméstica contra a mulher, direito à saúde e à moradia, entre outras. A construção da agenda de eventos é feita mediante propostas de alunos e professores. Fruto des-sa construção coletiva são os proje-tos de extensão entre os quais des-taco: o Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica (PROVID), que, em parceria com o Tribunal de Justiça do Distrito Fe-deral e Territórios (TJDFT), a Secre-taria de Segurança e a Polícia Civil do DF, é voltado à atenção jurídica e psicológica a mulheres vítimas de violência intrafamiliar; o Violên-cia Contra Criança, Adolescente e Jovem (VICAJ), que desenvolve ações voltadas ao atendimento de adolescentes e jovens vítimas de violência e exploração sexual e à capacitação de profi ssionais, tais como, educadores e conselheiros

27da experiência humana tanto indi-vidualmente quanto em sociedade. Se pudéssemos sintetizar as carac-terísticas do bom aluno em Direito, acho que elas seriam a curiosidade, o hábito de leitura, os interesses di-versificados além de dedicação aos estudos e sensibilidade social. Ao escolher o UniCEUB, o aluno en-contrará ampla gama de oportuni-dades de formação, será acolhido, e serão respeitados os seus interesses e suas características pessoais, em um curso que alia o rigor da exce-lência de formação a um ambiente acadêmico plural e democrático.

de, da formação que receberam da Instituição. O Projeto Direito Integral (PRODI) é uma atividade de exten-são acadêmica voltada à prepara-ção de estudantes com interesse e comprometimento para desenvol-ver habilidades práticas geradoras de inovações no campo jurídico e que requeiram raciocínio crítico exigido por contextos e problemas complexos que desafiam o pro-fissional do Direito no mundo con-temporâneo. Os alunos egressos do PRODI têm ocupado espaços relevantes em grandes escritórios de Brasília, nos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, além de ob-terem reconhecimento acadêmico por meio de premiações conferidas, a exemplo das duas alunas que re-ceberam menções honrosas no 11º Congresso de Iniciação Científica do Distrito Federal. Todas essas atividades são, como já enfatizado, oportunidades de formação dispo-níveis aos alunos do curso de Direi-to que resultam no reconhecimento público da sociedade e dos atores do mundo do trabalho da qualidade dos egressos do UniCEUB.

O UniCEUB é uma instituição que estimula a iniciação científica e a pesquisa. Como funcionam os projetos de pesquisa em Direito?

Temos diversos grupos de pes-quisa liderados por professores doutores que conduzem investiga-ções sobre suas linhas de interesse acadêmico, com participação ativa de alunos. A pesquisa é incentiva-da por meio do Programa de Ini-ciação Científica PIC/PIBIC Uni-CEUB, oportunidade dada aos alunos de atuar como pesquisa-dores junto a um professor dou-tor e produzir reflexões conjuntas. Os alunos têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos no Con-gresso de Ensino, Pesquisa e Ex-tensão e no Encontro de Iniciação

Científica, oportunidade anual em que toda a produção acadêmica da Instituição é dada a público.

Que dica o senhor daria para alguém no ensino médio que se prepara para cursar Direito? Quais são os desafios? Por que escolher o UniCEUB?

O aluno do ensino médio que pre-tende seguir uma das profissões jurídicas deve ter em mente que o Direito é um saber prático e apli-cado à vida das pessoas. Nessa medida, é importante que o aluno tenha interesse em tudo que é parte

“SE PUDÉSSEMOS SINTETIZAR AS CARACTERÍSTICAS DO BOM ALUNO EM DIREITO, ACHO QUE ELAS SERIAM A CURIOSIDADE, O HÁBITO DE LEITURA, OS INTERESSES DIVERSIFICADOS ALÉM DE DEDICAÇÃO AOS ESTUDOS E SENSIBILIDADE SOCIAL.”

HOMENAGEM AOS 56 ANOSDA CAPITAL DO BRASIL

Céu de Brasília

Esporte de Brasília

Arquitetura de Brasília

Centro Universitário de Brasília

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