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Natal - Rio Grande do Norte Sábado, 17 de agosto de 2019 7 geral encerrado em maio, interrom- pendo o crescimento observa- do nos dois trimestres anterio- res, reflexo do fraco desempe- nho da indústria extrativa no Pará, parcialmente compensa- do pelo comércio regional e pe- la produção do Polo Industrial de Manaus”. O Índice de Ativi- dade Econômica do Banco Central – Região Norte (IBCR- N) caiu 0,3% no período, em relação ao trimestre encerra- do em fevereiro (1%), de acor- do com dados dessazonaliza- dos, ou seja, foram excluídos os efeitos de variações típicas de cada período. Conforme o BC, a ativida- de econômica no Centro-Oeste registrou recuo no trimestre encerrado em maio, após cin- co trimestres consecutivos de elevação, impactada, em espe- cial, pela contração nos seto- res industriais, com destaque para segmentos da transfor- mação e de energia e sanea- mento. “A perspectiva de de- sempenho positivo nas safras de inverno tende a favorecer a retomada do crescimento na região, principalmente pelos desdobramentos na indústria de alimentos e no setor de transportes”, diz o boletim. Adicionalmente, acrescenta o BC, o mercado de trabalho mostrou sinais positivos bem como o crédito às famílias, o que favorece o crescimento da economia. O IBCR-CO decres- ceu 0,5% no trimestre até maio, em comparação ao fina- lizado em fevereiro, na série isenta de sazonalidade. A economia da região Su- deste manteve trajetória de re- cuperação gradual, evidencia- da por aumentos consecutivos do índice de atividade econô- « PRODUÇÃO INDUSTRIAL » Boletim Regional do Banco Central divulgado nesta sexta, 16, mostra recuo e acomodação do ritmo de crescimento da economia na região, que também acumula eliminação de empregos Atividade econômica no NE cai 0,1% A atividade econômica da região Nordeste recuou 0,1% no trimestre encer- rado em maio, ante o trimestre finalizado em fevereiro. A infor- mação é do Boletim Regional do Banco Central (BC) divulgado nesta sexta-feira, 16. Segundo o BC, a atividade econômica do Nordeste conti- nua a evidenciar acomodação do ritmo de crescimento. “O comportamento, na margem, decorreu da combinação de ele- vação no volume de serviços prestados e, principalmente, nas vendas do comércio, com a retração da produção fabril", avaliou o BC. A instituição pontuou ainda que o desempenho mais fraco da economia do Nordeste no tri- mestre encerrado em maio “re- percutiu sobre o mercado de tra- balho, sendo a única região a apresentar eliminação de pos- tos de trabalhos formais". No documento do Banco Central, a análise da atividade nas regiões leva em conta os da- dos até maio deste ano. Na última segunda-feira, o BC divulgou seu Índice de Ati- vidade (IBC-Br) referente a to- do o País, em junho de 2019, que indicou alta de 0,30% an- te abril, na série com ajuste sa- zonal. Em relação a maio de 2018, houve queda de 1,75% pela série sem ajuste. Brasil A economia está operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, como má- quinas e mão de obra, em todas as regiões do país e com inflação em níveis confortáveis. Segundo a publicação, “o nível da atividade econômica no Norte recuou no trimestre Dados do Banco Central apontam que, na região Nordeste, houve retração da produção fabril no trimestre encerrado em maio mica do Banco Central, desde dezembro, na avaliação trimes- tral. Nos últimos meses, entre- tanto, alguns dos principais pa- râmetros de atividade sugerem arrefecimento do ritmo de re- cuperação, notadamente a pro- dução industrial – impactada principalmente pela atividade extrativa –, e o volume de ser- viços. O IBCR-SE variou 0,1% em relação ao trimestre encer- rado em fevereiro, quando cres- cera 0,7% na mesma base de comparação, considerados da- dos dessazonalizados. De acordo com o BC, a evo- lução dos principais indicado- res econômicos da região Sul reforça o processo de acomo- dação da atividade no primei- ro semestre do ano, em linha com a trajetória observada no país. “No entanto, em horizon- te mais longo, a região apre- senta crescimento mais inten- so do que a média nacional. A indústria desempenha papel fundamental nesse processo, com maior disseminação da recuperação entre as ativida- des, embora permaneça a ele- vada ociosidade da capacida- de instalada”. No mercado de trabalho, por um lado, acrescenta o BC, o emprego com carteira assina- da dá sinais de arrefecimento no ritmo de expansão, por ou- tro, o recuo da taxa de desocu- pação e a expansão da massa de rendimentos sugerem a amplia- ção da demanda nos próximos trimestres, que deverá ser am- pliada pela liberação de recur- sos das contas do Fundo de Ga- rantia do Tempo de Serviço (FGTS). O IBCR-S variou 0,2% no trimestre encerrado em maio, na comparação com o fi- nalizado em fevereiro. Em horizonte mais longo, a região apresenta crescimento mais intencional do que a média nacional” TRECHO DA NOTA DO BC ADRIANO ABREU

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Natal - Rio Grande do Norte Sábado, 17 de agosto de 2019 7geral

encerrado em maio, interrom-pendo o crescimento observa-do nos dois trimestres anterio-res, reflexo do fraco desempe-nho da indústria extrativa noPará, parcialmente compensa-do pelo comércio regional e pe-la produção do Polo Industrialde Manaus”. O Índice de Ativi-dade Econômica do BancoCentral – Região Norte (IBCR-N) caiu 0,3% no período, emrelação ao trimestre encerra-do em fevereiro (1%), de acor-do com dados dessazonaliza-dos, ou seja, foram excluídosos efeitos de variações típicas

de cada período.Conforme o BC, a ativida-

de econômica no Centro-Oesteregistrou recuo no trimestreencerrado em maio, após cin-co trimestres consecutivos deelevação, impactada, em espe-cial, pela contração nos seto-res industriais, com destaquepara segmentos da transfor-mação e de energia e sanea-mento. “A perspectiva de de-sempenho positivo nas safrasde inverno tende a favorecer aretomada do crescimento naregião, principalmente pelosdesdobramentos na indústria

de alimentos e no setor detransportes”, diz o boletim.Adicionalmente, acrescenta oBC, o mercado de trabalhomostrou sinais positivos bemcomo o crédito às famílias, oque favorece o crescimento daeconomia. O IBCR-CO decres-ceu 0,5% no trimestre atémaio, em comparação ao fina-lizado em fevereiro, na sérieisenta de sazonalidade.

A economia da região Su-deste manteve trajetória de re-cuperação gradual, evidencia-da por aumentos consecutivosdo índice de atividade econô-

« PRODUÇÃO INDUSTRIAL »Boletim Regional do Banco Central divulgado nesta sexta, 16, mostra recuo e acomodação do ritmo de crescimento da economia na região, que também acumula eliminação de empregos

Atividade econômica no NE cai 0,1%

A atividade econômica daregião Nordeste recuou0,1% no trimestre encer-

rado em maio, ante o trimestrefinalizado em fevereiro. A infor-mação é do Boletim Regional doBanco Central (BC) divulgadonesta sexta-feira, 16.

Segundo o BC, a atividadeeconômica do Nordeste conti-nua a evidenciar acomodaçãodo ritmo de crescimento. “Ocomportamento, na margem,decorreu da combinação de ele-vação no volume de serviçosprestados e, principalmente,nas vendas do comércio, com aretração da produção fabril",avaliou o BC.

A instituição pontuou aindaque o desempenho mais fracoda economia do Nordeste no tri-mestre encerrado em maio “re-percutiu sobre o mercado de tra-balho, sendo a única região aapresentar eliminação de pos-tos de trabalhos formais".

No documento do BancoCentral, a análise da atividadenas regiões leva em conta os da-dos até maio deste ano.

Na última segunda-feira, oBC divulgou seu Índice de Ati-vidade (IBC-Br) referente a to-do o País, em junho de 2019,que indicou alta de 0,30% an-te abril, na série com ajuste sa-zonal. Em relação a maio de2018, houve queda de 1,75%pela série sem ajuste.

BrasilA economia está operando

com alto nível de ociosidade dosfatores de produção, como má-quinas e mão de obra, em todasas regiões do país e com inflaçãoem níveis confortáveis.

Segundo a publicação, “onível da atividade econômicano Norte recuou no trimestre

Dados do Banco Central apontam que, na região Nordeste, houve retração da produção fabril no trimestre encerrado em maio

mica do Banco Central, desdedezembro, na avaliação trimes-tral. Nos últimos meses, entre-tanto, alguns dos principais pa-râmetros de atividade sugeremarrefecimento do ritmo de re-cuperação, notadamente a pro-dução industrial – impactadaprincipalmente pela atividadeextrativa –, e o volume de ser-viços. O IBCR-SE variou 0,1%em relação ao trimestre encer-rado em fevereiro, quando cres-cera 0,7% na mesma base decomparação, considerados da-dos dessazonalizados.

De acordo com o BC, a evo-lução dos principais indicado-res econômicos da região Sulreforça o processo de acomo-dação da atividade no primei-ro semestre do ano, em linhacom a trajetória observada nopaís. “No entanto, em horizon-te mais longo, a região apre-senta crescimento mais inten-so do que a média nacional. Aindústria desempenha papelfundamental nesse processo,com maior disseminação darecuperação entre as ativida-des, embora permaneça a ele-vada ociosidade da capacida-de instalada”.

No mercado de trabalho,por um lado, acrescenta o BC,o emprego com carteira assina-da dá sinais de arrefecimentono ritmo de expansão, por ou-tro, o recuo da taxa de desocu-pação e a expansão da massa derendimentos sugerem a amplia-ção da demanda nos próximostrimestres, que deverá ser am-pliada pela liberação de recur-sos das contas do Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço(FGTS). O IBCR-S variou 0,2%no trimestre encerrado emmaio, na comparação com o fi-nalizado em fevereiro.

Em horizonte mais longo, a região apresentacrescimento maisintencional do que a médianacional”

TRECHO DA NOTA DO BC

ADRIANO ABREU