Gerenciamento e to de Obras

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III período – Curso Técnico em Construção Civil Notas de Aula Gerenciamento e Planejamento de Obras II Allyne Rodrigues Ribeiro 1

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III período – Curso Técnico em Construção Civil

Notas de Aula

Gerenciamento e Planejamento de Obras II

Allyne Rodrigues Ribeiro

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Objetivo da Disciplina:

A partir dos conceitos já apresentados e estudados no módulo anterior, Gerenciamento e Planejamento de Obras I, aplicar o Gerenciamento e Planejamento de Obras nas mais diversas situações utilizando as técnicas já estudadas naquele módulo e também ferramentas computacionais (tais como o MS-Project) a serem estudadas neste semestre.

Também Desenvolver habilidades pessoais / profissionais específicas e necessárias a uma gestão de empreendimento (obra).

Desenvolver métodos efetivos para Planejar, Executar, Controlar e Encerrar uma obra fazendo gestão dos recursos disponíveis e custos previstos, método este que utiliza de tabelas, filtros, relatórios e gráficos, análise financeira do projeto e coleta de informação. Apresentar uma visão geral da EAP - Estrutura Analítica do Projeto, os fatores a serem considerados e os passos para a preparação desta estrutura.

Desenvolvimento da curva ABC, desde a criação da lista de atividades até a utilização de recursos e emissão de relatórios.

Ementa da Disciplina:

Desenvolver e executar um Plano Gerencial completo (desde o orçamento até a entrega definitiva da obra). Aplicando todos os itens estudados no módulo anterior.

Executar o projeto a partir de uma Carta Convite (fictícia), levando em conta todos os itens a seguir: Identificar Necessidades; Analisar o Projeto (fictício); Quantificar e temporizar cada elemento – Material; Mao de Obra; Verificar peculiaridades; Definir Escopo; Criar Estrutura Analítica do Projeto (EAP); Definir cronograma a partir da EAP; Seqüenciar atividades; Estimar duração das atividades; Desenvolver Cronograma; Definir Custo; Organizar fluxo de material; Selecionar máquinas e equipamentos convencionais utilizados na construção civil; Conferir subsídios suficientes para controlar a execução de projeto tais como Métodos de supervisão de equipe e execução de projeto, Modelos de classificação de fornecedores, Métodos de avaliação de produtividade, Dimensionamento de equipes de trabalho, Experiências em implantação de infra-estrutura do canteiro de obras, Modelos de memoriais descritivos e relatórios, Estudo sobre Custos diretos e indiretos, Custo de equipamentos, Composição de custos do salário. Análise detalhada de planilha de BDI; Estudo de Normas Técnicas Pertinentes; Estudo de Código de Obras; Importância da Ergonomia e sua relação com a produtividade.

Requisitos do profissional (ou habilidades a serem desenvolvidas):

Comunicar-se de maneira clara e objetiva; Ser organizado em seu posto de trabalho.

Metodologia de Ensino:

Aulas Teóricas; Notas de Aulas; Visitas Técnicas

Objetivo profissional da turma:

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Agregar valor profissional através do Aprendizado; Melhorar a qualidade do trabalho;

Garantir Cumprimento de prazo; Trabalhar com Segurança; Otimizar Custos da obra;Garantir posição no mercado competitivo.

Bibliografia:

NETTO, Antônio Vieira. Como Gerenciar Construções. São Paulo: Pini, 1988. SOUZA, Roberto de. Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras. São Paulo: Pini, 1996. GEHBAUER, Fritz. Planejamento e Gestão de Obras. Curitiba: Cefet – PR, 2002. TCPO Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos é a mais completa e atualizada fonte de informações para elaboração de custos de obras de construção civil no Brasil – PINI Editora. SANTOS, Adriana de Paula Lacerda; JUNGLES, Antonio Edésio. Como Gerenciar as Compras de Materiais na Construção Civil – 1ª edição PINI. NOCÊRA, Rosaldo de Jesus. Planejamento e Controle de Obras com o MS Project 2007 – 1ª Edição - Editora: Rosaldo de Jesus Nôcera.

Bibliografia Complementar

Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) relacionadas;

Notas de Aula;

Revista Téchne, Ed. PINI;

Revista relacionadas;

Sites Sugeridos:

www.piniweb.com.br

www.webcalc.com.br

Curriculum Resumido de Allyne Ribeiro

Engenheiro Civil pela UFU (2005), Mestre em Engenharia Civil pela UFU(2009)

Trabalho como Engenheira de Planejamento e Orçamento

Principais Obras:

Usina Goiasa – Goiatuba-GO (2007/2008)

CSA – Itaguai-RJ (2008)

Projetos Águas Limpas – Grande Vitória-ES (2008/2009)

Alumar – São Luiz Maranhão –MA (2009)

Ambev – Uberlândia (2009)

Expansão Center Shopping – Uberlândia (2009)

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ORÇAMENTO DE OBRA

INTRODUÇÃO

Desta forma, me parece que a melhor forma de se identificar à solução para o orçamento, planejamento e controle de obras é um conjunto de sistemas interagindo e que chamaremos Sistemática de Orçamento, Planejamento e Controle de Obra.

Embora exista norma técnica (NBR-12721) sobre o assunto ORÇAMENTO, falta ainda muito conhecimento e rotina a respeito para que se possa formar um único algoritmo para sua solução global.

Desta forma ao longo deste trabalho iremos discorrer sobre as diversas soluções obtidas pelos sistemas, muitas vezes se interligando ou completando-se para permitir aquela imagem ainda do futuro de orçamento de obra, de planejamento e do controle de obra, de que ao apertar-se uma tecla irá sair uma listagem que venha a solucionar todas questões da valoração, do planejamento e do controle de obras

Projeto

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Definição Geral

O projeto, desenvolvido a partir de definições técnicas, deve ser considerado durante toda a fase da obra, desde o orçamento.

Tipologia Construtiva:

A proposta arquitetônica, especificações e métodos construtivos adotados podem ser questionados, porem a modificação só deverá acontecer mediante a aceitação formal entre as partes – Cliente, Contratado, Autor do Projeto e Fiscalizador.

Responsabilidade Técnica: A executora devera contar com profissional habilitado, que recolhera as taxas no CREA fazendo suas Anotações Técnicas - ART de execução da obra.

Estrutura: Para a estrutura deve-se considerar a condição do solo onde ocorrera a construção, que nesta situação e solo de boa qualidade, não necessitando maiores cuidados.

Destinação de Esgotos:

Como solução de destinação de esgotos, opta-se pela ligação da edificação à rede de

Esgotos publica;

Orçamento:

E preciso preencher planilha para que o orçamento seja cumprido, recomendamos que seja elaborada planilha específica.

Padrão de Acabamento Adotado:

Seguir as especificações contidas no memorial descritivo podendo ajustar conforme o padrão definido para a obra.

Memorial Descritivo:

Descreve os métodos construtivos a serem utilizados e o padrão de acabamento para a construção de residência unifamiliar. Conforme a seguir.

Canteiro de Obras: A empresa executora das obras será responsável pelo fornecimento do material necessário à implantação das unidades, assim como pela mobilização, manutenção e desmobilização do canteiro de obras.

Após a conclusão das obras a área de instalação do canteiro deverá estar nas condições idênticas às encontradas. Sem ônus ao contratante.

Todos os serviços preliminares não previstos, como: instalações provisórias de energia e água, proteção do meio ambiente no entorno da obra e outros serão de responsabilidade da empresa executora, realizados com material próprio e sem ônus para o contratante.

Serviços Preliminares: Os lotes que receberão a edificação devem estar limpos, concluídas as obras de terraplanagem quando estas forem necessárias.

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* As edificações não deverão ser construídas sobre aterros e solos que não apresente condições mínimas exigíveis de suporte para a obra;

* Raspagem e limpeza manual do terreno – executada antes da locação da obra deverá ser retirada a vegetação existente, restos de materiais e demais empecilhos para a execução das mesmas;

* Locação da Obra – executada com gabarito de madeira nas dimensões de projeto. Deverá ser afixada Placa de Obras padrão do programa em local de boa Visibilidade, segundo modelo definido pela CAIXA.

Estrutura: A estrutura é composta por baldrame, viga de travamento após a ultima fiada da alvenaria e laje sobre o banheiro e circulação.

* Escavação Manual – As cavas de fundações deverão ser executadas nas dimensões mínimas de 40x25cm, niveladas e ter os fundos apiloados com maço de 30kg;

* Fundação direta – executada sobre lastro de concreto magro com 5cm de espessura, será composta por vigas baldrame executadas com blocos de concreto tipo calha (14x19x39cm), cheios de concreto estrutural e duas barras metálicas com 5.0mm, conforme projeto. Após execução da fundação, esta deverá receber pintura impermeabilizante em 2 demãos;

* Reaterro e Aterro Interno – O reaterro consiste na reposição do material escavado, complementando os vazios deixados pelos elementos estruturais e o aterro interno consiste numa camada de nivelamento e preparação para execução do contrapiso. O material de reposição deve estar isentos de detritos e ser apiloado em camadas de 20cm de altura, em umidade ótima para compactação. Caso o material escavado não seja de boa qualidade, o reaterro deverá ser executado com material escolhido de jazida próxima.

O aterro interno deverá ser executado com areia para aterro, visando diminuir o efeito de capilaridade da água do solo abaixo da residência e com isso, os danos decorrentes da umidade do terreno;

* Viga de Travamento – Será executada na última fiada da alvenaria viga de travamento (respaldo), constituída por bloco de concreto tipo calha (9x19x19cm), cheios de concreto estrutural e duas barras metálicas com 5.0mm;

* Laje – Será executada laje pré-moldada para forro no banheiro e circulação da edificação, espessura de 8cm, com lajotas e capa de concreto estrutural de 2cm;

* Concreto – A preparação do concreto deverá atender aos parâmetros definidos por norma, de maneira a atingir a resistência mínima de 20Mpa, cabendo à fiscalização da obra, sempre que ocorrer dúvidas, solicitar provas de carga para avaliar sua resistência e qualidade.

O cimento a ser utilizado deverá ser de boa qualidade, novo e ser condicionado em obra, quanto necessário, segundo as recomendações de norma. O agregado graúdo a ser utilizado na mistura deverá ser proveniente de britagem de rocha sã, isento de resíduos e materiais pulverulentos.

A água destinada ao concreto deverá ser limpa e isenta de matéria orgânica;

Lançamento do Concreto – O concreto deverá ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido entre o fim desse e o início do lançamento, um intervalo de tempo superior à duas horas.

Deverão ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto, sendo que a altura de queda livre não poderá ultrapassar 2,00m. O sistema de transporte do concreto deverá permitir o lançamento direto, evitando depósitos intermediários e o adensamento deverá obedecer a todos parâmetros de norma.

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Alvenaria: será composta por painéis de blocos de concreto (9x19x39cm) conforme projeto de paginação das paredes, assentados com argamassa de cimento, cal e areia 1:0,5:8. Junto aos vãos das Janelas deverá ser executada contra-verga com blocos de concreto tipo calha (9x19x19cm), cheios de concreto estrutural e duas barras metálicas com 5.0mm.

Para os vãos das portas deverá ser executado verga nas mesmas especificações.

Os vãos das janelas deverão ser executados conforme projeto e foram programados para estarem com o vão superior junto à viga de travamento (respaldo), economizando a colocação da verga.

Os blocos utilizados deverão apresentar boa qualidade, arestas vivas, sem trincas. As juntas deverão ter no máximo 12mm, rebaixadas a ponta de colher, permanecendo perfeitamente colocados em linhas horizontais contínuas e verticais descontínuas.

Esquadrias: portas em madeira, com acabamento em pintura de esmalte sintético, conforme especificações abaixo:

* Cozinha e sala receberão portas almofadadas em madeira, com e= 3,5cm, fechadura de latão cromado;

* Quartos e banheiro receberão portas em madeira compensada liso, com e= 3,5cm, fecho com tarjeta.

Janelas de alumínio anodizado fosco, com dimensões conforme projetos e as especificações abaixo:

Sala e quartos receberão janelas de correr em duas folhas;

* Cozinha receberá janela tipo maxim-ar com duas bandeiras;

* Banheiro receberá janela tipo maxim-ar com uma bandeira.

Cobertura: O telhado, com inclinação e dimensões previstas em projeto, será executado em telha cerâmica tipo plan, assentadas atendendo às exigências da especificação do fabricante. O madeiramento obedecerá às normas da ABNT, todas as peças da estrutura deverão ser de parajú ou ipê, devidamente aparelhadas, sem apresentar rachaduras, empenos e outros defeitos e seus encaixes serão executados de modo a se obter um perfeito ajuste nas emendas.

Revestimentos: A edificação receberá chapisco com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, espessura de 0,5cm e reboco tipo paulista com argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:2:8, espessura de 2,0cm nas paredes internas, externas e no teto da laje do banheiro.

As áreas molhadas receberão azulejo 20x20cm, assentado com argamassa colante, junta a prumo, incluindo rejuntamento com argamassa industrializada no banheiro e cozinha até 1,60m de altura e junto ao tanque numa área de 60x60cm.

A edificação receberá forra de PVC branco instalado em estrutura de perfis metálicos, incluindo roda forro.

Pisos e Pavimentos: O piso da edificação será executado com caimento mínimo de 3cm no banheiro, em direção ao ralo e 1 cm na cozinha, em direção a porta externa.

* Lastro de Concreto – deverá ser executado lastro de concreto para contra piso FCK 10 Mpa, na espessura de 6cm;

* Calçada – Ao redor da edificação deverá ser executada calçada de proteção em concreto magro, com espessura de 5cm e largura de 60cm, conforme projeto;

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* Acabamento – piso cerâmico esmaltado linha popular 33x33cm PEI 3, assentado com argamassa colante, incluindo rejuntamento com argamassa industrializada e regularização de base com espessura de 2,5cm.

Instalações Hidrossanitárias: As instalações hidráulicas, de esgoto e água pluvial obedecerão às especificações contidas na planilha, bem como às normas da ABNT referentes, nas quantidades especificadas em projeto, serão instalados os seguintes equipamentos:

* Cozinha – Bancada de pia em mármore sintético com dimensão mínima de 1,20m, torneira de parede plástica ½ “, válvula plástica 1” com tampa, sifão plástico (tubo flexível);

* Serviço – Colocação de tanque em PVC ou mármore sintético, externo a casa, fixado pela parede e torneira idem a da cozinha;

* Banheiro – Lavatório e bacia sanitária em louça branca, caixa de descarga, chuveiro plástico com cano, torneira plástica para lavatório, ralo sifonado com fecho hídrico igual ou superior a 5cm, com grelha plástica.

Instalações Elétricas: Deverão ser executadas nas quantidades previstas em planilha e de acordo com normas pertinentes da ABNT.

Pintura: A edificação receberá pintura Látex PVA, 2 demãos, sobre uma camada de selador nas paredes internas e teto da laje do banheiro, pintura Látex acrílica em duas demãos sobre uma camada de selador para as paredes externas. As portas receberão pintura em esmalte sintético, duas demãos sobre uma demão de fundo nivelador.

Vidros: Serão aplicados vidros fantasia canelado 4mm em todas as esquadrias, utilizando-se para fixação massa própria.

Limpeza Final: Deverá ser removido todo entulho do terreno, limpos e varridos os acessos. As pavimentações destinadas a polimentos e lustração deverão ser polidas e lustradas em definitivo. As superfícies de madeira deverão apresentar perfeito estado e acabamento. Será removido qualquer detrito ou salpico de argamassa endurecida nas superfícies das alvenarias e equipamentos, todas as manchas de tinta deverão ser cuidadosamente removidas, os vidros devem estar limpos assim como as esquadrias.

Fundação: Fundação direta tipo baldrame, composta com blocos tipo calha e blocos de concreto, cheios de concreto armado.

Alvenaria: Painéis de blocos de concreto (9x19x39cm), assentados com argamassa de cimento, cal e areia 1:0,5:8.

Esquadrias: Portas externas em madeira de lei maciça com almofadas, acabamento em esmalte, fechaduras de latão cromado, com maçanetas.

Portas internas lisas de compensado, pintadas com esmalte sintético.

Janelas e básculas em madeira de lei e pintura em esmalte sintético.

Cobertura: telhas cerâmicas tipo PLAN, sobre estrutura de madeira de lei sem tesoura.

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Piso: Cimentado liso para toda edificação e calçada de proteção em cimentado áspero.

Instalações Hidráulicas: Caixa d’água em fibra de vidro 500l, vaso e lavatório em louça branca, bancada de pia e tanque em mármore sintético, torneiras de plástico.

Instalações Elétricas: Eletrodutos em PVC, disjuntores termo-magnéticos, condutores em cobre com isolamento 750V, tomadas e interruptores de embutir.

Revestimentos: Reboco paulista com espessura de 2cm nas paredes externas e internas. Azulejos 20X20cm no banheiro, cozinha e junto ao tanque.

Pintura: Pintura interna em PVA Látex e externa em tinta acrílica.

Piso: Piso cerâmico padrão popular e calçada de proteção em cimentado áspero.

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LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES

OBJETIVO

Ao recebermos um projeto, será nosso objetivo calcular as medidas lineares, de superfície e de volumes ou , saber em seus serviços , quantos Ml , M2, M3 , Kg e UN estarão decompostos seus elementos.

(1)Genérico

METODOLOGIA

Tendo como base, os projetos, memoriais descritivos:

1. O primeiro passo será a analise dos desenhos e seus memoriais descritivos.

2. Em seguida, as identificações dos serviços e suas dimensões.

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MEMORIAL DE CÁLCULO DE VOLUME

Cliente : ANALÍTICOObra : Local :

ESPECIFICAÇÃO QTD L1 (M)

L2 (M)

L3 (M)

ID TOTAIS

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Basicamente nesta etapa é que será dada a FORMA do orçamento,é bastante conhecido a conceito de que um bom orçamento se fundamenta num bom levantamento de quantidade.

É conveniente ressaltar que o detalhamento das quantificações dependerá do tipo de projeto, ou seja ,as informações de quantidades serão proporcionais ao seu detalhamento.

Projetos tipo "prefeitura" e anteprojetos demandarão maiores ajustes, ajustes estes que irão sendo confirmado a medida que os projetos sejam mais detalhados.

Em todos os casos, independentemente de seu estagio de projeto iniciaremos com o conceito de “CHECK-LIST”.

O "CHECK-LIST" (nome dado para efeito didático, muito semelhante ao check-list dos aeronautas antes de suas decolagem) servirá para identificar etapas principais da obra, a fim de orientar-nos de termos quantificado a maioria de seus elementos.

Assim para obras em prédios os principais itens são:

1 - Instalação de Canteiro

2 - Serviços Gerais

3 - Movimento de Terra

4 - Fundações e Infra-estrutura

5 - Estruturas

6 - Alvenarias

7 - Instalações Hidráulicas

8 - Instalações Elétricas

9 - Esquadrias de Madeira

10 - Esquadrias Metálicas

11 - Revestimentos Internos

12 - Revestimentos Externos

13 - Forro

14 - Impermeabilizações

15 - Pavimentações Internas

16 - Cobertura

17 - Vidros

18 - Pintura

19 - Pavimentação Externa

20 - Elevadores

21 - Equipamentos

22 - Diversos

23 - Limpeza

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QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE QUANTIDADES

OBJETIVO

Transformar em um único quadro, todas as informações, levantadas,de tal forma, visualizar o conjunto de dados, fornecer condições das verificações das “dicas”, e principalmente, possibilitar ao orçamentista um quantitativo , que sirva igualmente para o pessoal de obras.

O objetivo deste quadro é possibilitar que as quantidades nele expressas, sejam auto-explicativas, evitando as analises das planilhas auxiliares.

METODOLOGIA

A partir das planilhas auxiliares, o tendo-se o plano de contas já definido, pois já foram feitos os levantamentos, distribui-se, todas as quantidades:

1.Na horizontal, as, dependências, ou andares ou prédios

Na vertical, os itens do plano de contas e suas medidas,

2. Considere sempre que a itimização adotada de quantidade deverá ser compatível com o mesmo “idioma” usado pela organização para serviços e insumos/recursos e verbas

3. Ao itimizar os itens do quadro de quantidades, leve em consideração às condições de planejamento e controle de obra.

4. Utilize as unidades de serviço usuais da organização.

(7)Exemplo:

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Edifício Comercial

CÓD. DESCRIÇÃO UN TOTAL SUB SOLO TÉRREO MEZANINO

1º PAV.

2º PAV.

3º PAV. ÁTICO FACHADAS

DESPESAS INICIAISProjetos VB 1,00 1,00

020302 Ligação provisória de luz VB 1,00 1,00 020301 Ligação provisória de água e esgoto VB 1,00 1,00

SERVIÇOS PRELIMINARES020202 Limpeza do terreno M² 600,00 600,00 020403 Tapume em chapa de madeira compensada M² 220,00 220,00

Placas da obra VB 1,00 1,00 020501 Locação da obra M² 480,00 480,00 020404 Abrigo provisório M² 57,15 57,15

MOVIMENTO DE TERRA

FUNDAÇÕESBlocos / Sapatas

050301 Formas M² 42,00 42,00 050405 Aço 5,0 mm KG 43,00 43,00 050403 Aço 6,3 mm KG 306,00 306,00 050403 Aço 10,0 mm KG 72,00 72,00 050404 Aço 12,5 mm KG 174,00 174,00 050404 Aço 16,0 mm KG 59,00 59,00 050404 Aço 20,0 mm KG 434,00 434,00 050514 Concreto M³ 7,90 7,90 050515 Lançamento de concreto M³ 7,90 7,90

QUANTIDADES

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CÓD. DESCRIÇÃO UN TOTAL SUB SOLO TÉRREO MEZANINO

1º PAV.

2º PAV.

3º PAV. ÁTICO FACHADAS

Outros050301 Formas M² 70,00 70,00 050405 Aço 5,0 mm KG 138,00 138,00 050403 Aço 6,3 mm KG 376,00 376,00 050403 Aço 10,0 mm KG - 050404 Aço 12,5 mm KG 1.480,00 1.480,00 050404 Aço 16,0 mm KG 219,00 219,00 050404 Aço 20,0 mm KG - 050514 Concreto M³ 6,30 6,30 050515 Lançamento de concreto M³ 6,30 6,30

ESTRUTURALajes

060103 Formas M² 1.310,00 250,00 400,00 149,00 149,00 149,00 153,00 060205 Aço 5,0 mm KG 1.454,00 513,00 518,00 16,00 55,00 55,00 55,00 75,00 060203 Aço 6,3 mm KG 5.028,00 614,00 1.301,00 106,00 795,00 795,00 795,00 544,00 060203 Aço 10,0 mm KG 213,00 107,00 106,00 060204 Aço 12,5 mm KG 22,00 22,00 060204 Aço 16,0 mm KG - 060204 Aço 20,0 mm KG - 060403 Concreto M³ 127,10 29,90 42,80 12,20 12,20 12,20 12,60 060411 Lançamento de concreto M³ 127,10 29,90 42,80 12,20 12,20 12,20 12,60

Vigas060103 Formas M² 1.093,00 192,00 290,00 84,00 113,00 95,00 95,00 104,00 060205 Aço 5,0 mm KG 1.034,00 222,00 254,00 79,00 100,00 86,00 86,00 99,00 060203 Aço 6,3 mm KG 1.082,00 185,00 274,00 56,00 171,00 89,00 89,00 77,00 060203 Aço 10,0 mm KG 1.445,00 297,00 383,00 158,00 116,00 113,00 113,00 204,00 060204 Aço 12,5 mm KG 1.682,00 440,00 350,00 38,00 207,00 222,00 222,00 70,00 060204 Aço 16,0 mm KG 1.516,00 204,00 527,00 136,00 147,00 138,00 138,00 154,00 060204 Aço 20,0 mm KG - 060403 Concreto M³ 62,80 13,20 16,50 4,30 6,40 5,10 5,10 5,50 060411 Lançamento de concreto M³ 62,80 13,20 16,50 4,30 6,40 5,10 5,10 5,50

Pilares060103 Formas M² 443,00 113,00 70,00 71,00 57,00 57,00 57,00 060205 Aço 5,0 mm KG 643,00 99,00 82,00 83,00 115,00 118,00 109,00 18,00 060203 Aço 6,3 mm KG 354,00 164,00 122,00 68,00 060203 Aço 10,0 mm KG - 060204 Aço 12,5 mm KG 1.607,00 352,00 213,00 185,00 234,00 257,00 244,00 060204 Aço 16,0 mm KG 308,00 49,00 89,00 121,00 49,00 060204 Aço 20,0 mm KG 1.116,00 659,00 333,00 124,00 060403 Concreto M³ 24,60 6,30 4,20 4,20 3,30 3,30 3,30 060411 Lançamento de concreto M³ 24,60 6,30 4,20 4,20 3,30 3,30 3,30

Outros060103 Formas M² 80,00 25,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 060205 Aço 5,0 mm KG 34,00 34,00 060203 Aço 6,3 mm KG - 060203 Aço 10,0 mm KG - 060204 Aço 12,5 mm KG 219,00 219,00 060204 Aço 16,0 mm KG - 060204 Aço 20,0 mm KG - 060403 Concreto M³ 8,80 2,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 060411 Lançamento de concreto M³ 8,80 2,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30

CONTROLE TECNOLÓGICO060415 Controle tecnológico M³ 237,50 59,60 66,90 9,80 24,10 21,90 21,90 21,40 -

QUANTIDADES

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O preenchimento deste QDQ, poderá ser feito por planilhas auxiliares, como na atualidade , levantando as quantidades por DESENHOS ASSISTIDOS POR COMPUTADOR, (os sistemas CAD´s).

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CÓD. DESCRIÇÃO UN TOTAL SUB SOLO TÉRREO MEZANINO

1º PAV.

2º PAV.

3º PAV. ÁTICO FACHADAS

PAVIMENTAÇÃO EXTERNA170103 Contra piso de concreto e= 8 cm M² 135,34 135,34 170331 Regularização para piso de granito M² 135,34 135,34 170333 Granito Amarelo Minas M² 42,53 42,53

Pedra Miracema M² 92,81 92,81

VIDROS100101 Vidro liso 6 mm M² 179,24 14,21 44,11 43,71 43,71 31,40 2,10 100101 Vidro fantasia M² 6,36 1,08 1,92 1,92 1,44 100201 Vidro temperado M² 30,60 30,60

DIVERSOS210101 Muro de divisa M 80,00 80,00

Escada caracol UN 1,00 1,00

SERVIÇOS COMPLEMENTARESPaisagismo VB 1,00 1,00 Limpeza geral interna, externa e fachada VB 1,00 1,00

QUANTIDADES

Page 16: Gerenciamento e to de Obras

PLANILHAMENTO DE QUANTIDADES

OBJETIVO

Estruturar o orçamento de maneira à obtenção dos valores por etapa por serviço e global da obra. Alguns sistemas informatizados particularizam esta fase de serviço, daí estarmos dando este enfoque especifico, quando, no entanto estamos trabalhando em planilhas eletrônicas, este passo, já esta feita quando preenchemos o Q.D.Q.

Porém as observações abaixo são também pertinentes com uso de planilhas eletrônicas.

METODOLOGIA

1. É nesta fase dos serviços que irão ser utilizados as informações do levantamento quantitativo, base de dados de serviços e base de dados de recursos/insumos, portanto é a estruturação a do planejamento e controle de obra.

2. Considere sempre que a base de dados de quantidade é uma personalização das bases de dados de serviços e insumos/recursos.

3. Ao criar a base de dados de quantidade leve em consideração às condições de planejamento e controle de obra.

4. Verifique a correspondência das unidades da base de dados de serviços, e os levantamentos quantitativos.

Embora os sistemas atuais permitam a itimização dos orçamentos é conveniente que na base de dados de quantidades seja preenchida seguindo uma rotina de andamento de obra. Ao estruturarmos a base de dados de quantidade, já estamos com as bases de dados de serviços e insumo sem uso.

Significa, portanto que teremos que administrar as informações de plantas (levantamento quantitativo) e base de dados (listagem de serviço).

.

Assim se seguirmos o exemplo da NB12721 vamos codificar dentro das etapas:

1- Serviços iniciais

16

Page 17: Gerenciamento e to de Obras

2- Serviços preliminares

3- infra-estrutura, etc

Ao seguir o Departamento de Obras do Estado

1- Serviços preliminares

2- Movimento de terra

3- Fundações, etc.

ou se seguirmos a CEF

1- Serviços preliminares

2- Fundações

3- Estrutura, etc.

ou ainda se seguirmos a etapa de conta

1- Projeto

2- Análise de solo

3- Análise de custo, etc.

( consultar bases de dados de serviços e quadro de distribuição de quantidade (QDQ)

modulos I e Modulos II)

Diferentemente da base de dados de serviços, na qual, tínhamos sugerido tentar não repetir serviços dentro de uma mesma etapa, nesta fase de quantidade é conveniente e espelharão a realidade dentro das planilhas de quantidade as repetições de serviços dentro das etapas.

Por exemplo, poderá acontecer que no item fundações, existam paredes, e, portanto dentro da etapa fundações haverá necessidade de codificar serviços parede, isto não significará que se esta estimando serviço na base de dados de serviços, mas que, nesta obra haverá paredes na etapa fundação e na etapa de alvenaria.

Recomendo sistematizar as informações com os seguintes campos:

1- Identificação da obra

2- Código ou especificação da obra, como metragem, cidade, etc

3- Indicação seqüencial das folhas

4- Nome da obra

5- Local da obra

6- Códigos de etapas e serviços

7- Quantidade dos serviços

17

Page 18: Gerenciamento e to de Obras

Ao usar as planilhas de quantidade estaremos fazendo a relação serviços/quantidade/etapa.

A codificação deverá ser da base de dados de serviços e a quantidade das planilhas dos levantamentos.

Desta forma os sistemas desenvolvidos possibilitam emissão de listagem de orçamentos que possuam pelo menos as seguintes informações;

- etapas de serviços

- especificação dos serviços

- quantidades

- preços unitários

- material

- mão-de-obra

- total por serviço

Permitindo a informação com o uso ou seu BDI; preço global e preço por etapa.

18

Page 19: Gerenciamento e to de Obras

PLANILHA DE ORÇAMENTO

Neste momento de nossos serviços, temos em mãos, se estivermos trabalhando com sistemas, nossas bases de dados de insumos (materiais, mão de obra e serviços) , nossa base de dados de composição (seus índices de utilização) e para elaboração de um orçamento, só restará colocarmos no sistema os serviços e suas quantidades e multiplicadores de custo, tipo BDI.

Quando no entanto estivermos trabalhando em planilhas teremos que recorre as informações obtidas de:

Quantidades (quadro de distribuição de quantidades)

Composição de preços unitários ( C.P.U)

Temos condição de montar uma Planilha orçamentária de custo.

Vamos recordar o que foi informado no Quadro de Distribuição de Quantidades.(QDQ)

19

CÓD. DESCRIÇÃO UN TOTAL SUB SOLO TÉRREO MEZANINO

1º PAV.

2º PAV.

3º PAV. ÁTICO FACHADAS

Outros050301 Formas M² 70,00 70,00 050405 Aço 5,0 mm KG 138,00 138,00 050403 Aço 6,3 mm KG 376,00 376,00 050403 Aço 10,0 mm KG - 050404 Aço 12,5 mm KG 1.480,00 1.480,00 050404 Aço 16,0 mm KG 219,00 219,00 050404 Aço 20,0 mm KG - 050514 Concreto M³ 6,30 6,30 050515 Lançamento de concreto M³ 6,30 6,30

ESTRUTURALajes

060103 Formas M² 1.310,00 250,00 400,00 149,00 149,00 149,00 153,00 060205 Aço 5,0 mm KG 1.454,00 513,00 518,00 16,00 55,00 55,00 55,00 75,00 060203 Aço 6,3 mm KG 5.028,00 614,00 1.301,00 106,00 795,00 795,00 795,00 544,00 060203 Aço 10,0 mm KG 213,00 107,00 106,00 060204 Aço 12,5 mm KG 22,00 22,00 060204 Aço 16,0 mm KG - 060204 Aço 20,0 mm KG - 060403 Concreto M³ 127,10 29,90 42,80 12,20 12,20 12,20 12,60 060411 Lançamento de concreto M³ 127,10 29,90 42,80 12,20 12,20 12,20 12,60

Vigas060103 Formas M² 1.093,00 192,00 290,00 84,00 113,00 95,00 95,00 104,00 060205 Aço 5,0 mm KG 1.034,00 222,00 254,00 79,00 100,00 86,00 86,00 99,00 060203 Aço 6,3 mm KG 1.082,00 185,00 274,00 56,00 171,00 89,00 89,00 77,00 060203 Aço 10,0 mm KG 1.445,00 297,00 383,00 158,00 116,00 113,00 113,00 204,00 060204 Aço 12,5 mm KG 1.682,00 440,00 350,00 38,00 207,00 222,00 222,00 70,00 060204 Aço 16,0 mm KG 1.516,00 204,00 527,00 136,00 147,00 138,00 138,00 154,00 060204 Aço 20,0 mm KG - 060403 Concreto M³ 62,80 13,20 16,50 4,30 6,40 5,10 5,10 5,50 060411 Lançamento de concreto M³ 62,80 13,20 16,50 4,30 6,40 5,10 5,10 5,50

Pilares060103 Formas M² 443,00 113,00 70,00 71,00 57,00 57,00 57,00 060205 Aço 5,0 mm KG 643,00 99,00 82,00 83,00 115,00 118,00 109,00 18,00 060203 Aço 6,3 mm KG 354,00 164,00 122,00 68,00 060203 Aço 10,0 mm KG - 060204 Aço 12,5 mm KG 1.607,00 352,00 213,00 185,00 234,00 257,00 244,00 060204 Aço 16,0 mm KG 308,00 49,00 89,00 121,00 49,00 060204 Aço 20,0 mm KG 1.116,00 659,00 333,00 124,00 060403 Concreto M³ 24,60 6,30 4,20 4,20 3,30 3,30 3,30 060411 Lançamento de concreto M³ 24,60 6,30 4,20 4,20 3,30 3,30 3,30

Outros060103 Formas M² 80,00 25,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 060205 Aço 5,0 mm KG 34,00 34,00 060203 Aço 6,3 mm KG - 060203 Aço 10,0 mm KG - 060204 Aço 12,5 mm KG 219,00 219,00 060204 Aço 16,0 mm KG - 060204 Aço 20,0 mm KG - 060403 Concreto M³ 8,80 2,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30 060411 Lançamento de concreto M³ 8,80 2,30 1,30 1,30 1,30 1,30 1,30

CONTROLE TECNOLÓGICO060415 Controle tecnológico M³ 237,50 59,60 66,90 9,80 24,10 21,90 21,90 21,40 -

QUANTIDADES

Page 20: Gerenciamento e to de Obras

Quantidades

Serviços Unidades

CODIGOS

E, lembrarmos que uma planilha de preço nada mais é que

Preço do serviço = Quantidade X Preço Unitário

Multiplicados e somados tantas vezes quantos forem os serviços que foram quantificados.

Bastaria incluir preços unitários a estas informações, que teremos uma planilha de custo. E, observe que usando da tecnica do QDQ, poderiamos ter orçamentos por andar .

E de onde conseguir estes preços?. Aqui é que começa a decisão de usar ou não sistemas de orçamento informatizado.

Se, nosso problema é uma única obra, e quisermos obter uma ordem de grandeza, as informações destes preços virão de diversas fontes, planilhas de órgãos, onde já fornecem os preços (houve um trabalho de coleta de insumos, elaboração de cpu, e, foi emitido este preço para consulta).

Poderão ser consultados revistas, ou fornecedores, montando-se assim os preços dos serviços.

Como estamos tendo as informações de quantidade em planilha excel, com um pouco de pratica de operação de planilha, insere-se uma coluna com as informações de preços ao lado da coluna de quantidade , e , numa coluna seguinte, fazendo-se o produto da quantidade pelo preço vamos obter preço por serviço.

Se, na obtenção destas informações , estes preços vierem separados, em material e mão de obra, bastaria incluir estas informações ao lado das quantidades.

20

Page 21: Gerenciamento e to de Obras

Se,

inclusive obtermos informações de preços de serviços/ equipamentos, igualmente poderão acrescentar à planilha.

Não há diferença na aparência de uma planilha executada em excel e uma planilha executada por sistema .

(11)

Mas, quando estamos trabalhando com as bases de dados já estabelecidas, existe a possibilidade de "estudar" mais os orçamentos.

21

Page 22: Gerenciamento e to de Obras

Com o uso da informática na orçamentação, as composiçoes já estao armazenadas nos bancos de dados, os insumos já estao cotados( daí a necessidade de estarmos constantemente atualizando-os) , os sistemas farão as contas e os totais são obtidos rapidamente, podendo assim simular situações, com mudanças de preços, coeficientes ou mesmo quantidade ,operações estas trabalhosas e arriscadas quando trabalhamos com planilhas(memsos lincadas).

Estas simulações quando trabalhamos com bases de dados e sistemas são possíveis e recomendáveis pois o tempo médio de uma listagem de um prédio é de 5 a 10 minutos.

Além do orçamento propriamente dito. O sistema de orçamentos tem sido direcionado a emitir listagem com informações úteis ao nível de complementação, acionando-se as informações já cadastradas.

São já usuais as seguintes listagens:

A) Listagem de composições de serviços; neste relatório é apresentado:

- caderno de serviço

- código de serviço

- código dos insumos

- nomes dos insumos

- coeficientes dos insumos na composição

- Totais de materiais/equipamentos

- Totais de mão de obra

- Leis sociais

- BDI

- Custo unitário de serviço (9)

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Page 23: Gerenciamento e to de Obras

23

Cliente:

Obra Nº

Planilha de Composição de Preços UnitáriosCódigo Descrição Unidade

08,AO,45 Batente em chapa metálica dobrada n. 14 m

Item Material Unidade Quant. Preço Unit. Preço Total

M105010 Areia lavada m3 0,0016M105080 Cal hidratada kg 0,1200M105170 Cimento portland kg 0,5700M305010 Batente metálico em chapa metálica dobrada 14 m 1,0000

Total 1

Item Mão de Obra Unidade Quant. Preço Unit. Preço Total

F000990 Servente h 0,5500F000200 Pedreiro h 0,5000

Sub-totalEncargos Sociais Enc.Sociais

Total 2

Item Equipamentos Unidade Quant. Preço Unit. Preço Total

Total 3

Total Geral

Page 24: Gerenciamento e to de Obras

B) Listagem resumida das composições de serviços.

Nestes relatórios são apresentados:

- nome e código dos serviços

- preços de materiais/equipamentos

- preços de mão de obra

- preço global

Estas listagens têm sua utilidade na ornamentação no sentido de serem indicativas e orientativas para orçamentos expedidos.

(11)

24

PLANILHA ORÇAMENTÁRIADATA: 03/11/99

Preço Unitário Preço TotalItem Servico Unid. Quant. Mão de Obra Mat./Equip. Serv.Empreit. Total do Serviço

01 DESPESAS INICIAIS01.01 ADMINISTRACAO LOCAL GL 1,00 368.460,00 368.460,00 368.460,0001.02 INSTALACAO DE CANTEIRO DE OBRA GL 1,00 51.280,16 51.280,16 51.280,1601.03 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS GL 1,00 50.471,40 50.471,40 50.471,4001.04 DESPESAS CORRENTES GL 1,00 120.600,00 120.600,00 120.600,00

Subtotal 590.811,5604 REBAIXAMENTO DE LENCOL FREATICO E DRENAGEM04.01 REBAIXAMENTO DE LENCOL FREATICO E DRENAGEM MES 3,00 3.420,00 3.420,00 10.260,00

Subtotal 10.260,0005 FUNDACOES-INFRA ESTRUTURA05.01 FUNDACOES MADEIRA05.01.01 TABUAS DE PINHO P/FUNDACOES,UTILIZACAO 5 VEZES M2 228,08 10,52 2,12 12,64 2.882,9305.03 DIVERSOS05.03.01 APILOAMENTO DE PISO OU FUNDO DE VALAS C/MACO DE 30KG M2 331,78 3,78 3,78 1.254,1305.03.02 LASTRO DE CONCRETO SIMPLES DE 5 CM DE ESPESSURA M2 241,92 2,46 3,64 6,10 1.475,7105.03.03 CONCRETO ESTRUTURAL PRE-MISTURADO FCK 25,0 MPA M3 46,81 42,29 143,02 185,31 8.674,3605.03.04 ARMADURA CA-50 MEDIA DIAM 6,35 A 9,52MM (1/4 A 3/8") KG 3.744,80 0,84 0,68 1,52 5.692,1005.03.05 ARMADURA CA-60B MEDIA DIAM 6,40 A 9,50MM KG 936,20 0,99 0,68 1,67 1.563,4505.03.06 ESCAVACAO MANUAL DE VALAS,EM TERRA,ATE 2M M3 184,08 9,78 9,78 1.800,3005.03.07 REATERRO APILOADO DE VALAS M3 105,89 10,37 10,37 1.098,0805.03.08 RETIRADA DE TERRA P/ BOTA FORA M3 78,19 6,59 6,59 515,27

Subtotal 24.956,33

Page 25: Gerenciamento e to de Obras

Curvas ABC

Nestas listagens são apresentados

- Unidade

- Quantidade

- Preço unitário

- Preço global

- Percentual de participação do insumo no orçamento global

- Percentual de participação acumulado de cada insumo no orçamento global.

Esta listagem é considerada uma das ferramentas mais importantes na análise do orçamento, pois, permite avaliar quais os insumos de maiores "pesos" na obra em análise.

Daí resultando uma análise de maior cuidado no preço e já orientando para a necessidade de acompanhamento em campo.

(12)

D) Curva ABC dos Serviços

Analogamente apresenta o percentual de participação de cada serviço. Também uma ferramenta de análise de grande valia para identificar-se levantamentos, preços e metodologia executiva.

(12)

25

CURVA ABC DE INSUMOS

Código Descrição do Serviço Unid. Quantidade Unitário Total % % Acm

M32501 PLACA DE MARMORE PAGINADO - COLOCADO M2 1.053,01 275,00 289.576,41 32,94 32,94M30114 PORTA DE MADEIRA M2 114,94 430,00 49.422,68 5,62 38,56M38042 MASSA UNICA PRE-FABRICADA PARA REVESTIMENTO KG 89.548,20 0,33 29.550,77 3,36 41,93G64619 MAO DE OBRA PARA EXECUCAO DE ALVENARIA M2 2.955,00 8,58 25.353,78 2,88 44,81M31001 CAIXILHO DE MADEIRA - MAXIM-AR M2 49,91 450,00 22.459,40 2,55 47,36M20511 CONCRETO USINADO FCK=20,0MPA M3 148,71 130,19 19.361,27 2,20 49,57M32504 GRANITO CINZA MAUA POLIDO ESP 3,0CM M2 115,23 164,00 18.897,63 2,15 51,72G69615 INSTALACOES ELETRICAS GL 1,00 17.002,17 17.002,09 1,93 53,65G64615 MAO DE OBRA PARA EMASSAMENTO E PINTURA LATEX ACRILICA M2 2.180,57 7,22 15.743,65 1,79 55,44M38521 PLACA DE GESSO 60x60 M2 972,10 15,00 14.581,39 1,66 57,10G64616 MAO DE OBRA PARA EXECUCAO DE FORMA DE MADEIRA M2 1.480,00 9,43 13.956,34 1,59 58,69M22507 BLOCO DE CONCRETO 09X19X39CM - VEDACAO UN 26.916,50 0,50 13.468,44 1,53 60,22G64967 MAO DE OBRA PARA EXECUCAO DE LIMPEZA GERAL M2 1.343,12 10,00 13.431,14 1,53 61,75G64930 MAO DE OBRA PARA EXECUCAO DE LASTRO DE CONCRETO M2 1.343,17 9,50 12.760,06 1,45 63,20G64927 MAO DE OBRA PARA COLOCACAO DE FORRO DE GESSO M2 900,09 13,50 12.151,16 1,38 64,58M21517 ACO CA-50 DE 5/16' - 7.94MM KG 10.745,00 1,08 11.604,55 1,32 65,90M20512 CONCRETO USINADO FCK=15 MPA M3 94,02 121,00 11.376,60 1,29 67,20G64929 MAO DE OBRA PARA REGULARIZACAO DE PISO M2 1.343,17 8,00 10.745,31 1,22 68,42M21032 CHAPA COMPENSADA RESINADA 12MM (1.10X2.2M) M2 1.427,80 7,10 10.136,15 1,15 69,57

CURVA ABC DE SERVIÇO

Código Descrição do Serviço Unid. Quantidade Unitário Total % % Acm

150431 REVESTIMENTO DE MARMORE PAGINADO M2 607,60 276,66 168.098,62 19,12% 19,12%170328 PISO DE MARMORE PAGINADO M2 445,41 276,66 123.227,13 14,02% 33,14%150421 MASSA UNICA M2 2.984,94 12,73 37.998,29 4,32% 37,46%210227 LASTRO DE CONCRETO COM PROTECAO MECANICA M2 1.343,17 26,28 35.298,51 4,02% 41,48%070192 ALVENARIA COM BLOCO DE CONCRETO 09X19X39CM- VEDACAO M2 2.050,00 16,05 32.902,50 3,74% 45,22%140407 FORRO DE GESSO - PLACAS 60x60CM M2 900,09 32,26 29.036,90 3,30% 48,52%060102 FORMA C/CHAPA COMPENS.RESINADA 12MM.UTILIZ. 2X M2 1.180,00 20,67 24.390,60 2,77% 51,30%050515 CONCRETO ESTRUTURAL FCK 20,0MPA - USINADO M3 144,38 152,10 21.960,20 2,50% 53,80%200606 PINTURA LATEX ACRILICO SOBRE MASSA FINA DESEMPENADO M2 1.482,54 12,32 18.264,89 2,08% 55,88%170339 REGULARIZACAO DE PISO M2 1.343,17 13,40 17.998,48 2,05% 57,92%240121 INSTALACOES ELETRICAS GL 1,00 17.002,17 17.002,17 1,93% 59,86%170365 GRANITO PAGINADO - PISO M2 82,43 203,55 16.778,63 1,91% 61,77%060205 ARMADURA CA-50 DIAM.6.25 A 9.52MM KG 9.145,00 1,73 15.820,85 1,80% 63,57%070190 ALVENARIA COM BLOCO DE CONCRETO 14X19X39CM M2 905,00 17,24 15.602,20 1,77% 65,34%070807 P07 - PORTA EXTERNA CAMARAO (3.50X2,50M) VARANDA UN 4,00 3.702,08 14.808,32 1,68% 67,02%110111 TELHA DE CIMENTO - TIPO TERGULA M2 563,00 25,81 14.531,03 1,65% 68,68%150426 CERAMICA DOLMEN M2 408,98 35,50 14.518,79 1,65% 70,33%

Page 26: Gerenciamento e to de Obras

E) Orçamento por Etapas

Listagem de orçamento resumida aonde é emitido somente os totais por etapa. Em muitos sistemas além dos valores, apresenta-se também o percentual de cada etapa em relação ao total da obra. Estas informações são úteis para avaliar os percentuais básicos nos prédios. Com estas listagens, pode-se então simular, recalcular e elaborar um orçamento mais próximo do real com as informações mais detalhadas.

(11)( 052 Orçamento Geral Modelo)

BDI Bonificação das Despesas Indiretas

Bonificação das Despesas Indiretas é a expectativa do resultado (lucro, também chamado Beneficio ou Bonificação) incluso o valor das despesas indiretas decorridas da execução de um determinado serviço ou obra.

As despesas indiretas incidem diretamente sobre custo das obras ou serviços.

E, vamos considerar que o lucro seja incidente sobre o preço de custo (embora hoje, estudos que o lucro liquido seja incidente sobre o preço de venda).

26

Cliente : Obra : Local :

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA POR ETAPA

Item Descrição Total Incidência

01 DESPESAS INICIAIS 590.811,56 8,71%04 REBAIXAMENTO DE LENCOL FREATICO E DRENAGEM 10.260,00 0,15%05 FUNDACOES-INFRA ESTRUTURA 24.956,33 0,37%06 ESTRUTURA 1.318.973,08 19,45%07 PAREDES 399.737,38 5,89%09 IMPERMEABILIZACAO 27.545,77 0,41%10 COBERTURA 29.954,52 0,44%11 REVESTIMENTO DE TETOS 195.909,42 2,89%12 REVESTIMENTO DE PAREDES INTERNAS 407.995,84 6,02%13 REVESTIMENTO EXTERNO 290.506,52 4,28%14 ESQUADRIAS 738.604,58 10,89%15 RODAPES E SOLEIRAS 115.672,06 1,71%16 PISOS 387.402,08 5,71%17 INSTALACOES ELETRICAS 565.303,20 8,34%18 INSTALACOES HIDRAULICAS 524.251,80 7,73%19 APARELHOS E METAIS SANITARIOS 243.249,96 3,59%20 PINTURA INTERNA 198.904,33 2,93%21 PINTURA EXTERNA 238.472,30 3,52%22 VIDROS 223.211,96 3,29%23 PAISAGISMO 6.044,12 0,09%24 DIVERSOS 45.148,56 0,67%25 LIMPEZA 27.275,48 0,40%26 ELEVADORES 171.000,00 2,52%

TOTAL DA OBRA 6.781.190,85 100,00%

Área (M2) 15.333,05

Preço p/ M2 (R$) 442,26

Page 27: Gerenciamento e to de Obras

Assim,

PV=PC*BDI

Como até agora foram feitos todos os estudos para obter o PC, vamos analisar os pontos que incidem sobre este valor para formar o PV.

Vamos enfocar o BDI sob o ponto de vista de obras publicas e obras privadas.

Inicialmente analisaremos o DI

DESPESAS INDIRETAS

Conceito

São os custos, incidentes sobre uma obra, que não estão contemplados no orçamento direto.

Com este conceito, abrangemos um universo de tópicos, e para que seja viável sua análise, classificaremos para,

OBRAS PÚBLICAS

Despesas com:

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

ADMINISTRAÇÃO DA OBRA

CANTEIRO DA OBRA

FINANCEIRAS

IMPOSTOS E TAXAS

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Diretoria e secretarias

Suprimentos e Compras

Financeiro, incluindo Tesouraria e Contabilidade

Jurídico

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Page 28: Gerenciamento e to de Obras

Recursos Humanos

Planejamento e Orçamentos

Comercial

Apoio e Deposito

Despesas de instalação do Escritório Central

Seguros do Escritório Central e Deposito

Taxas para funcionamento

Material de consumo (limpeza, higiene, escritório).

Consumo de energia, água, telefone etc.

Estes custos incidem na obra, pois a operação de uma empresa que tem em sua sede, uma estrutura montada para atender TODAS as obras em andamento é um custo que deverá ser reembolsado pela obra.

A valoração destes custos deveria ser enfocada em função do faturamento anual da empresa, porem nem sempre estes dados estão disponíveis no momento de estabelecer-se o DI.

Desta forma, usualmente rateia-se os custos acima do escritório central para a obra.

ADMINISTRAÇÃO DA OBRA

Pessoal

Engenheiro Residente

Mestre de Obras

Encarregado Administrativo

Encarregados (carpinteiro, armador, pedreiro etc).

Apontador

Almoxarife

Segurança da obra

Vigia /Porteiro

Serventia para Manutenção do Canteiro

Estes custos incidem na obra, pois são necessários para o seu andamento, independentemente do pessoal do escritório ou dos executantes (oficiais e serventes), são os serviços de dirigir o trabalho dos operários de acordo com as normas e memoriais de execução.

Fiscalizar a qualidade dos serviços em andamento.

Fiscalizar a produtividade dos operários.

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Page 29: Gerenciamento e to de Obras

Contabilizar os consumos de material e mão de obra.

Controlar a presença através de sistema de pontos.

Documentar os acontecimentos do dia a dia através de diário de obra.

Controlar os estoques.

Providenciar os materiais no tempo certo de uso.

Estes serviços são executados por uma equipe que trabalha no canteiro de obra.

Sua estrutura operacional será função do porte da obra, seu prazo, complexidade, distância da Sede e exigências do Contratante.

CANTEIRO DA OBRA

Implantação

Construção Complementar

Vias e Circulação

Desmobilização

Equipamentos de pequeno porte e ferramentas

(betoneiras, magotes, carrinho de mão, girica, furadeiras, etc).

Equipamentos

(gruas, torres, serras circulares, maquinas de cortar ferro etc).

Equipamentos de proteção individual

Equipamentos contra incêndio

Consumo de energia

Consumo de água

Consumo de combustível e lubrificante

Despesas com comunicação

Material de consumo (escritório, limpeza, higiene).

Transporte

Alimentação

Usualmente as instalações provisórias não são custos diretos, pois não são bens vendidos ao Contratante, assim, abrigos de madeiras, tapumes, acessos montados pela Construtora para apoio administrativo durante as obras e depois desmontadas e recolhidas na sua conclusão são despesas indiretas do Construtor.

29

Page 30: Gerenciamento e to de Obras

Há exceções, portanto, antes de calcular este item convém analisar a planilha de custo direto, quando a Contratante expressamente pagará por alguns destes itens, ocasião em que se deva abater dos custos indiretos aqueles que estejam no direto.

Convém ressaltar que nas obras a entrega, o transporte de materiais e a mão de obra de obra que diariamente alimenta as obras é que incidem nestes custos.

Hoje, as comunicações são vitais para o andamento ótimo das obras, estas comunicações são

Feita eletronicamente ou via voz por radio comunicação, e estes custos incidem em todos os serviços da obras.

FINANCEIRAS

Despesas financeiras de capital de giro

E a remuneração do capital de giro necessário para a aquisição dos insumos.

E um empréstimo contínuo ao cliente durante o mês para recebimento por ocasião da fatura.

Caso haja adiantamento, a situação deveria reverter.

IMPOSTOS E TAXAS

Confins................................ 2% sobre o faturamento

Contribuição Social...……… 1% sobre o faturamento

PIS....................................... 0,65% sobre o faturamento

ISS....................................... de 2 a 5% sobre o faturamento

IRRF.................................... +/- 2,5 % sobre o faturamento

É importante considerar que o ISS tem incidência sobre a RECEITA (FATURAMENTO) ABATIDA AS DESPESAS COM Mão DE OBRA DE TERCEIROS (ISS recolhido por sub empreiteiros) E DO MATERIAL GASTO, portanto, é conveniente quando da análise destas taxas e impostos incidentes, considerar, se possível na época do orçamento este diferencial, que por vezes poderá chegar a 50% do valor devido do ISS.

30

Page 31: Gerenciamento e to de Obras

LUCRO

O lucro de uma determinada obra é o resultado financeiro positivo resultante da diferença entre

Todas as receitas e das despesas da obra.

Este valor, após o recolhimento do Imposto de renda é o lucro da Empresa, ou sua remuneração.

Toda a empresa comercial visa o lucro, e, portanto este é o “B” do BDI.

Não entramos no estudo econômico deste assunto, pois, não é o enfoque deste curso e, portanto, consideramos que o orçamentista assessorado por aqueles que detém estas informações, definam este item.

Convém relembrar nesta oportunidade que:

O BDI é um multiplicador sobre TODOS os serviços, e, portanto o bom senso deverá imperar no seu dimensionamento.

(13)

Além das informações acima, relaciono abaixo um “check-list” das Despesas Indiretas, de obras empreitadas, pois considero conveniente seu detalhamento, objetivando não esquecer alguns dos itens no momento de montar o DI de uma obra.

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RESUMOB.D.I ( BONIFICACAO E DESPESAS INDIRETAS)

DESCRIÇÃO %

1 - ADMINISTRACAO CENTRAL 4,00%2 - ADMINISTRACAO LOCAL 2,00%3 - MANUTENCAO DO CANTEIRO DE OBRAS 5,37%4 - DESPESAS FINANCEIRAS 0,00%5 - IMPOSTOS E TAXAS 5,63%6 - LUCRO 8,00%

TOTAL 25,00%

Page 32: Gerenciamento e to de Obras

OBRAS EMPREITADAS

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Pró Labore

Salário do escritório

Aluguel da sede

Aluguel do Deposito

Despesa de

Água

Luz

Telefone

Taxas e Licenças de funcionamento

Material de Escritório

Material de limpeza

Manutenção de Maquinas e utensílios de escritório

OBRA

Documentação para obtenção de cadastro

De personalidade jurídica

Capacidade Técnica

Idoneidade Financeira

Cadastro

Aquisição de Edital

Elaboração da proposta e entrega

Planejamento executivo da obra

Composição de preços unitários/elaboração da planilha

Preparação e apresentação da proposta

Caução em títulos da DIVIDA publica

Reprodução da proposta

Visita ao local da obra

Preposto para participação em licitação

ADMINISTRAÇÃO LOCAL

Contrato

Assinatura do contrato

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Page 33: Gerenciamento e to de Obras

Caução p/ assinatura do contrato

Caução complementar

Preposto com procuração

Anotação de Responsabilidade Técnica

Cronograma Físico-Financeiro

Copias dos documentos contratuais

EXECUÇÃO DAS OBRAS

Matricula da obra no ISS

na Prefeitura

Placa da obra; da Empresa

do Contratante

Identificação dos veículos

Identificação do Pessoal

Licença para desmatamento de vegetação

Instalação de Canteiro de obras

Ligação de Concessionárias

Seguros

Construção de cercas e Tapumes

Licença dos equipamentos

Vacinação dos funcionários

Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho

Equipamento de proteção individual

Uniformes

Extintores de incêndio

Caixas de primeiros socorros

Demolições necessárias

Serviços topográficos

Execução e marcação de gabaritos

Acompanhamento topográfico

Reproduções de plantas

Alteração de projetos de fundação

Elaboração de detalhes técnicos

De Medição de obras

De planos de concretagem

De planos de cimbramento

De gráficos de penetração de estacas

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Page 34: Gerenciamento e to de Obras

Relatórios de execução de obras

Arquivos de notas e serviços

Livro de ocorrência/ou Diário de obras

PESSOAL

Engenheiro de obra

Mestre de obras

Encarregados de turmas

Almoxarife

Apontador

Vigia Diurno/Noturno

Técnicos

Estagiários

Transporte

Transporte de pessoal

De material e equipamentos

De material de demolição e excedentes

Pedágios

Sinalizações de locais de trabalho

Veículos para fiscalização

Veículos de apoio

Seleção de jazidas para substituição de solos

Interferências com redes de serviços públicos

Serviços de fotografias da obra

Esgotamento de valas

Rebaixamento de lençol freático

Controle tecnológico do aço

Do cimento

De agregados

De telhas

De ladrilhos

De blocos etc

Ensaio tecnológico dos solos

Prova de carga em elementos pré - fabricados

das fundações

Limpeza das barras de aço

Consumo de

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Page 35: Gerenciamento e to de Obras

Energia

Água

Telefone

Micro computador e impressoras

Aluguel de programas

Internet

Comunicação no canteiro

Abastecimento de água por carro pipa

Emendas em estacas pré-moldadas

Escoramentos

Torres para transporte vertical

Gruas para transporte vertical

Maquinas e equipamentos de pequeno porte

Ferramentas de uso pessoais e coletivos

Transporte interno de materiais

Manutenção de maquinas e equipamentos

IMPREVISTO

Responsabilidade Civil

Alimentação dos Funcionários

Conservação e manutenção dos gramados

Desmonte e transporte do Canteiro

Placas Comemorativas

FINANCEIROS

Capital de Giro

Prazo de recebimento das faturas

Impostos e taxas

Fim social

Pis

ISS

IRRF

Contribuição SOCIAL

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Page 36: Gerenciamento e to de Obras

(14) Quadro de Custos Indiretos

36

1. CUSTOS DIRETOS (CD) % CT VALOR

1.1 Custo da Parte Civil

1,2 Custo Instalação Elétrica1,3 Custo Instalação Hidráulica1,4 Diferencial de Quantidades1,5 Redução em Sub-empreiteiro

1,6 Outros

CD TOTAL DE CD2. DESPESAS INDIRETAS (DI) % CT

2,1 Administração Local2,2 Inst. Canteiro de Obra2,3 Máquinas e Equipamentos2,4 Despesas Correntes

D.I TOTAL DE DICT CUSTO TOTAL (CD + DI)3. LUCRO BRUTO (LB) % V

3,1 IMPOSTOS E TAXAS

Imposto sobre serviçosHabite-se

3,2 SEGUROSResponsabilidade Civil

IncêndioRiscos de Engenharia

3,3 DESPESAS FINANCEIRAS

FinanciamentoCauçãoRetençãoDiferencial de Reajuste

3,4 DESPESA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Administração Central genéricaAdministração de Contratos de TerceirosAdministração de Mão de Obra Direta

3,5 COMISSÕES3,6 EVENTUAIS RISCOS3,7 HONORÁRIOS / LUCRO

L.B TOTAL DE LBV VENDA

Page 37: Gerenciamento e to de Obras

Além das informações acima, relaciono abaixo um “check-list” das Despesas Indiretas, de obras prediais, pois considero conveniente seu detalhamento, objetivando não esquecer alguns dos itens no momento de montar o DI de uma obra.

Pesquisa de mercado

Avaliações

Viabilidade econômica

Escrituras e registros

Levantamentos topográficos

Sondagens

Demolições

Alvarás e averbações

Projetos

Arquitetura

Estrutural

Fundações

Hidráulica

Elétrica

Paisagismo/decoração

Especiais/segurança/drenagens

Emolumentos/taxas/ART

Orçamentos/planejamento de obras

Ligações provisórias

Água/esgoto

Força /luz

Barracões

Escritório

Alojamento

Deposito

Locação de obras

Limpeza de obras

Indenizações

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

Salários/ ordenados/benefícios/encargos

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Page 38: Gerenciamento e to de Obras

Seguros de empregados

Serviços especiais

Engenheiro residente

Engenheiro de segurança

Mestre de obras

Serviços de cooperativas

Serviços de imunização e desratização

Vistorias de vizinhos

Serviços de Autônomos

Transporte e carretos

Carreto/retirada de entulhos

Fretes e aquisição de materiais

Transporte de pessoal

Motoqueiros

Combustíveis e lubrificantes

EXPEDIENTE

Materiais de escritório

Copias/correio/malotes/fax

Água/luz/telefone

Material de limpeza

Material de copa e cozinha

Refeições

DESPESAS COM SEGUROS

Seguros de obras

Outros seguros

Manutenção /máquinas/ aluguel/ ferramentas

Manutenção de aparelhos

Alugueis maq./equiptos/aparelhos

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Page 39: Gerenciamento e to de Obras

Pequenas ferramentas

DESPESA COM TRIBUTOS E MULTAS

Impostos e taxas

Multas

Despesas

Despesas bancárias

Despesas postais

IMPREVISTOS

Uma industria nômade, num país de política econômica e politicamente instável, e com poucos avanços tecnológicos, com perdas, desperdícios etc, com prazo de duração longo de obras, provocam custos extras, que são de difícil análise no momento de sua proposta.

Desta forma, estes elementos são de decisões subjetivas, o máximo que eu pude avaliar, e orientar, é subdividir os imprevistos em:

Força Maior

Previsíveis

Aleatórios

FORÇA MAIOR

- Terremotos, maremotos, inundações, raios,

- Criação de novos impostos

- Mudança de jornadas de trabalho

- Salários, modificação de pisos salariais

- Confiscos

- Guerras, revoluções, golpe de estado, invasões, pacotes econômicos, Incêndios que geralmente são previstos em contrato, portanto sua incidência pode ser considerada inexistente para efeito de DI.

-

PREVISÍVEIS

- São situações ou acontecimentos que não estão ocorrendo na ocasião do orçamento, mas terão grande chance de ocorrer, daí, ser possível incluir nos DI, por vezes nas composições de preço unitários,

- Ordem natural: períodos de chuvas na região

- Ordem Econômica atrasos de pagamentos

- Ordem humana baixa produtividade de pessoal executante.

- Desta forma convém acrescentar valores ao DI, destes tópicos.

-

39

Page 40: Gerenciamento e to de Obras

ALEATÓRIOS

- Estes são condições imprevistas, geralmente deixando-se um percentual, a ser acrescida ao DI, que podemos classifica-los em

- Roubos de material

- Roubos de ferramentas

- Riscos de demolição nas escavações

- Serviços mal executados e refeitos

- Variações a mais de 10% nos custosa dos insumos

- Desta forma convém acrescentar valores ao DI, destes tópicos.

- Desta forma, levando-se em conta todos os elementos acima, teremos condição de avaliar o DI de uma obra.

- O Lucro, este como dito acima será estimado, podendo ser estudado, (e seria o correto) em função do preço de venda, escopo de será discutido cursos específicos.

40

Page 41: Gerenciamento e to de Obras

PLANEJAMENTO:Cronogramas e Produtividades

OBJETIVO

Cronograma segundo a NB- 12721 é um documento em que é registrado pela ordem de sucessão em que serão executados os serviços necessários à realização da construção e os respectivos prazos previstos, em função dos recursos e facilidades que se supõe serão disponíveis.

Baseado nas informações obtidas do Orçamento e prazos de execução dos serviços (produtividade), e, as metas a serem atingidas dentro de uma estrutura lógica, suas interdependências e duração de tal forma a obter-se informações de materiais, serviços, equipes e valores, distribuída ao longo de um prazo (que espelhem a metodologia executiva admitidas no orçamento) formarão o cronograma de uma obra.

METODOLOGIA

é sempre importante contar com as informações das pessoas chaves envolvidas diretamente na execução, engenheiros executores, empreiteiros, mestres, administrativos, isto porque o resultado de um cronograma significará uma seqüência a ser seguida por toda a equipe executiva.

O uso da informática acelera as informações e permite sua reprogramação, possibilitando simulações e, é exatamente esta possibilidade que veio melhorar na execução dos cronogramas.

A planilha orçamentária e o cronograma têm o mesmo conteúdo, isto é, os serviços que foram orçados são aqueles que serão distribuídos ao longo do tempo possibilitando desta maneira os controles de custos e tempos.

Cronogramas Físicos, são para estabelecer o início,duração e o término de cada item de construção ;

Cronogramas de Compras, são para estabelecer os prazos ótimos para as compras.

Cronogramas de Desembolso, junção do o cronograma de compra e o cronograma de recebimento.

41

Page 42: Gerenciamento e to de Obras

As informações que se pretende dos cronogramas são:

Cronograma Físico

Especificação da atividade

Prazo da obra e sua Data de início e Data de Término

Data de início e término de cada atividade

Quantidade em % de atividade que será executada mês a mês.

Cronograma Financeiro

Especificação da atividade e seu respectivo desembolso mês a mês.

Prazo da obra que será o mesmo do cronograma físico

Resumo do desembolso mês a mês em cruzeiros e/ou outra moeda indexada.

Valor de cada atividade

Valor Total da obra.

Podendo, pois resultar diversas listagens, por exemplo: - listagem de serviços planejados mês a mês, listagem de insumos planejados mês a mês.

O que se pretende ao elaborar um planejamento representado por um cronograma é o equilíbrio do escopo, do tempo e dos custos.

O que significa:

Planejar

Organizar

Controlar as tarefas

Identificar e “agendar” os custos

.

42

Page 43: Gerenciamento e to de Obras

VALOR VALOR mes1 mes2 mes3 mes4 mes5R$ %

FORRO/BRISE/FACHADA

REVESTIMENTOS INTERNOS

ESQUADRIAS

PINTURA

IMPERMEABILIZAÇÕES

ALVENARIA / DIVISÓRIAS

ESTRUTURA

FUNCAÇÃO / INFRA-ESTRUTURA

DEMOLIÇÕES E RETIRADAS

SERVIÇOS PRELIMINARES

SERV. TÉCNICOS-PROFISSIONAIS

ATIVIDADES

Escolhido o “tipo” de cronograma, o passo seguinte é dar a seqüência e produtividade da obra,

isto é feito colocando-se nas etapas a distribuição dos serviços ao longo do tempo,

conforme o exemplo abaixo.

Barra significando duração de 1 mês barra significando duração de 2 meses (produtividade)

(52 modelo de cronograma físico)

Seqüências executivas

Ordenando-se as informações de todas as etapas , estamos gerando um cronograma de barras .

Ao iniciar um cronograma, todas as duvidas da obra são colocadas ao mesmo tempo procurando-se resolver tudo em pouco tempo , e, é muito comum perder-se em detalhes, deixando de obter o resultado esperado.

Recomendo sempre iniciar pela programação das etapas suas interdependências .

.

43

Seqüência, os serviços

Page 44: Gerenciamento e to de Obras

VALOR VALOR mes1 mes2 mes3 mes4 mes5R$ %

FORRO/BRISE/FACHADA

REVESTIMENTOS INTERNOS

ESQUADRIAS

PINTURA

IMPERMEABILIZAÇÕES

ALVENARIA / DIVISÓRIAS

ESTRUTURA

FUNCAÇÃO / INFRA-ESTRUTURA

DEMOLIÇÕES E RETIRADAS

SERVIÇOS PRELIMINARES

SERV. TÉCNICOS-PROFISSIONAIS

ATIVIDADES

VALOR VALOR mes1 mes2 mes3 mes4 mes5R$ %

FORRO/BRISE/FACHADA

REVESTIMENTOS INTERNOS

ESQUADRIAS

PINTURA

IMPERMEABILIZAÇÕES

ALVENARIA / DIVISÓRIAS

ESTRUTURA

FUNCAÇÃO / INFRA-ESTRUTURA

DEMOLIÇÕES E RETIRADAS

SERVIÇOS PRELIMINARES

SERV. TÉCNICOS-PROFISSIONAIS

ATIVIDADES

5.2 modelo de cronograma físico

Esta metodologia permitirá, uma idéia geral do cronograma fazendo-o uma peça lógica, objetivando atingir as metas estabelecidas.

O planejamento é uma ferramenta dinâmica, e é bastante improvável que todas as programações previstas sejam cumpridas a risco, por este motivo, cronogramas e planejamentos deverão ser revistos, tempos em tempos (no mínimo de três em três meses).

Os serviços poderão e certamente sofrerão alterações, mas a condição ótima de um cronograma e quando as etapas, permanecerão dentro dos prazos pré-estabelecidos.

Os cronogramas representam a forma gráfica da obra ao longo do TEMPO, por isso é importantes definir as metas, os prazos e as seqüências executivas e suas possíveis superposições.

52 modelo de cronograma físico

44

Page 45: Gerenciamento e to de Obras

VALOR VALOR mes1 mes2 mes3 mes4 mes5R$ %

FORRO/BRISE/FACHADA

REVESTIMENTOS INTERNOS

ESQUADRIAS

PINTURA

IMPERMEABILIZAÇÕES

ALVENARIA / DIVISÓRIAS

ESTRUTURA

FUNCAÇÃO / INFRA-ESTRUTURA

DEMOLIÇÕES E RETIRADAS

SERVIÇOS PRELIMINARES

SERV. TÉCNICOS-PROFISSIONAIS

ATIVIDADES

Quando na elaboração do orçamento, mencionamos que seria útil colocar os serviços numa seqüência executiva, já tínhamos em mente seguir os itens do orçamento colocando os tempos de sua execução, facilitando assim a elaboração do cronograma.

Haverá sempre a possibilidade nesta fase de mudanças nas premissas iniciais das etapas, mas, já estarão estabelecidos os prazos inicial e final das obras. Na primeira “” rodada “de um cronograma é recomendável definir os prazos de execução para um inicio, pois assim os executores poderão avaliar e projetar os seus próprios prazos, dentro dos limites possíveis, às vezes impostos pelos contratantes, fazendo os executantes cúmplices na sua elaboração, e não, impondo condições que não serão respeitados por serem” teóricos ““.

Nunca é bom deixar de lembrar que “os tempos de execução, são função das produções horárias , das equipes envolvidas do conhecimento dos serviços e portanto mais reais quando acordado com os executores.”

52 modelo de cronograma físico

Neste exemplo estamos indicando que a etapa INFRAESTRUTURA, levará dois meses, para ser completamente executada.

Ou seja, todas as quantidades levantadas de fundação serão executados no período de 60 dias.

45

Page 46: Gerenciamento e to de Obras

sem considerar as seqüências executivas estaríamos afirmando (por absurdo!!!)

A produção horária dos trabalhos seria:

Quantidade/ tempo

Forma: 34,5 m2/60 dias................................................0,575 m2 de forma por dia.

Concreto magro 36,50 m2/ 60 dias..............................................0,608 m3 de concreto por dia., e assim sucessivamente.

Dando um ritmo de produção.

Ao estabelecer uma barra serviço ou etapa devemos sempre levar em conta as seqüências executivas, seus tempos.

Desta forma, deveríamos analisar as informações acima de uma etapa, considerando seus serviços:

Fundação

Escavação manual

Apiloamento de fundo de vala

forma

concreto magro

concreto

aço

reaterro

onde com certeza seria outro número, mesmo porque, quando se estima o prazo de uma etapa, estamos considerando que todos os serviços serão executados em até 60 dias, assim , por exemplo teríamos no exemplo acima:

Forma: 34,5 m2/10 dias................................................3,4 m2 de forma por dia.

Concreto magro 36,50 m2/ 15 dias..............................................2,43 m3 de concreto por dia.,

e assim sucessivamente.

46

Page 47: Gerenciamento e to de Obras

Mostrando como é importante o vinculo da estimativa de tempo com a produtividade e com as seqüências executivas.

Quanto mais adotarmos produtividades , sem conhecimento da produção, mais e mais estaremos contribuindo para um cronograma teórico, por mais sofisticado sejam nossos instrumentos de trabalho (planilhas, programas etc) estaremos sempre elaborando um cronograma “teórico”, pois quando os prazos são impostos sem o respaldo da realidade executiva estamos induzindo uma produção horária e equipes as vezes distantes das realidades de “campo”. Com experiência, pode-se ESTIMAR uma distribuição percentual, mas, esta distribuição será sempre resultado de informações executivas, onde serão consideradas as produtividades e situação especifica da obra.

Transcrevo a seguir a tabela que uso, e, que o ENG. Daniel Consolini, gentilmente nos autorizou a divulgar, de percentuais genéricos em função do tempo de cada etapa.

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO percentual GENERICO

A resposta do bom planejador, deverá nortear os prazos finais do empreendimento, procurando estabelecer produção possíveis, em prazos executáveis, e quando envolver custos, dentro das premissas de custos estabelecidos.

Ao longo de tantos cronogramas elaborados e no intuito de dar o passo inicial, independente de consultas às vezes sem respostas, elaboramos um cronograma em base a produtividades médias, e para que não fiquemos no “acho que” elaborei uma tabela que chamarei: TABELA BADRA DE PRODUTIVIDADE que foi baseado em dados de campo para alguns serviços, equipes, produções e produtividades, que espero seja útil para uma primeira discussão.

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n°de Periodos

1 100 100

2 46 54 100

3 14 66 20 100

4 12 35 45 8 100

5 6 22 43 24 5 100

6 5 14 27 37 13 4 100

7 4 10 18 33 24 8 3 100

8 3 7 14 22 30 16 6 2 100

9 3 5 11 17 25 22 10 4 3 100

10 2 4 8 13 19 25 17 7 3 2 100

11 2 4 6 10 14 20 21 13 5 3 2 100

12 2 3 6 8 12 17 22 15 8 4 2 1 100

13 1,5 2,5 4 6,5 7,5 12 15 19 14 11 5 1,5 1 100

14 1,5 2 3,5 4,5 6,5 11 13 21 15 11 6,5 3 1,5 1 100

15 1,5 2 3 4,5 6,5 9,5 11 15 15 14 8,5 5 2,5 1,5 1 100

16 1 2 3 4,5 6 7,5 9,5 13 16 14 10 6 4 2 1 1 100

17 1 2 2,5 4,5 5,5 7,5 8,5 11 14 15 12 7 4,5 2 1,5 1 0,5 100

18 1 1,5 2,5 3 4 6 7,5 9,5 11 14 12 10 7,5 5,5 2,5 1,5 1 0,5 100

19 1 1 2 2,5 4 5,5 6,5 8,5 10 12 12 11 8,5 7 4 2,5 1,5 1 0,5 100

20 1 1 1,5 2,5 3,5 4,5 6 7 8,5 10 13 12 10 7,5 4,5 3,5 2,5 1,5 1 0,5 100

Periodos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Page 48: Gerenciamento e to de Obras

Longe de considerar, este assunto esgotado, esta listagem é inicial e deverá ser constantemente incrementada.

052 17 tabela de produtividade

Planilha esta que poderá auxiliar na primeira programação, onde poderá a sua direita na tabela (arquivo em anexo) calcular informações úteis para um planejamento.

A elaboração de um cronograma com uso de planilhas eletrônicas facilitou bastante estas operações, pois com a identificação o percentual dos serviços em cada período, suas seqüências executivas, e sua base de dados oriundas do orçamento fica fácil fazer simulações até sua emissão final, que será origem de relatórios gerenciais necessários para uma analise executiva e decisões com os detalhes necessários.

48

TABELA BADRA DE PRODUTIVIDADE

ID Serviço Produtividade Produção Produção dia Equipe

ETAPA SERVICOS PRELIMINARES

limpeza de terreno 1,00h/m2 1,00m2/h 8,00m2/dia

demolições

alvenaria 0,80h/m2 1,25m2/h 10,00m2/dia 2p+5s

concreto armado 1,60h/m3 0,63m3/h 5,00m3/dia 2p+3s

tijolo macico s/aproveitamento 0,67h/m2 1,50m2/h 12,00m2/dia 2p+3s

tijolo macico c/aproveitamento 1,33h/m2 0,75m2/h 6,00m2/dia 2p+3s

pisos ceramicos 0,53h/m2 1,88m2/h 15,00m2/dia 2p+2s

telhados 0,32h/m2 3,13m2/h 25,00m2/dia 1p+1s

tesouras de madeira 0,67h/m2 1,50m2/h 12,00m2/dia 1ca+2s

forros 0,47h/m3 2,13m3/h 17,02m3/dia 1of+1s

esquadrias 0,20h/un 5,00un/h 40,00un/dia 2p+1s

revestimento 0,72h/m2 1,39m2/h 11,11m2/dia 2p+2s

pisos cimentados 0,80h/m2 1,25m2/h 10,00m2/dia 2s

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Sistemática Badra de Dados & Assoc.

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Page 49: Gerenciamento e to de Obras

Formas de Apresentação de Cronogramas ( em excell)

A mesma forma, apresentada em sistemas (no caso, MS PROJECT)

49

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

1 ° Mês 2 ° Mês 3 ° Mês 4 ° Mês

R$ % R$ % R$ % R$ %

01 DESPESAS INDIRETAS 154.647,33 6,34% 11.041,82 7,14% 11.041,82 7,14% 11.041,82 7,14% 11.041,82 7,14%

02 SERVICOS PRELIMINARES 84.739,56 3,47% 38.429,39 45,35% 118,64 0,14% 12.583,82 14,85% 118,64 0,14%

03 FUNDACAO 170.306,14 6,98% 94.502,88 55,49% 4.223,59 2,48% 17.183,89 10,09%

04 ESTRUTURA 455.640,51 18,68% 7.745,89 1,70%

05 ALVENARIA 427.212,58 17,51%

06 IMPERMEABILIZACOES 30.767,48 1,26% 652,27 2,12%

07 ESTRUTURA METALICA 138.657,75 5,68%

08 COBERTURA 18.871,84 0,77%

09 MARCENARIA 13.302,16 0,55%

10 SERRALHERIA 183.101,76 7,51%

11 INSTALACOES ELETRICAS 266.228,16 10,91% 21.298,25 8,00% 21.298,25 8,00%

12 INSTALACOES HIDRO SANITARIAS 84.123,10 3,45% 7.175,70 8,53%

13 REVESTIMENTOS 44.850,16 1,84%

14 FORROS 8.950,83 0,37%

15 PISOS 271.184,47 11,12%

16 VIDROS 43.607,29 1,79%

17 PINTURA 11.649,32 0,48%

18 SERVICOS COMPLEMENTARES 20.446,68 0,84%

19 INSTALACOES ESPECIAIS 11.280,00 0,46%

TOTAL MENSAL 2.439.567,12 100,00% 49.471,21 2,03% 105.663,33 4,33% 49.147,49 2,01% 65.216,46 2,67%

TOTAL GERAL ACUMULADO 49.471,21 2,03% 155.134,54 6,36% 204.282,03 8,37% 269.498,49 11,05%

Item Servico R$ Total %

Page 50: Gerenciamento e to de Obras

(052 16....necessita do programa msproject para sua leitura)

Onde, pode-se planejar, alem das barras e seus prazos, suas interligações, e calcular os caminhos críticos (em vermelho)

Gráfico Pert

No estagio atual da técnica de planejamento usando de sistemas informatizados tem sido possível a elaboração, a partir do Gráfico de Gantt, definindo-se suas interligações aliar-se os gráficos PERT

São sistemas que objetivam ser ferramentas, possibilitando ao planejador maiores simulações, permitindo a inclusão dos “acho que” e suas respostas, obtendo uma seqüência lógica dentro das condições possíveis no momento, com as informações disponíveis.

50

Page 51: Gerenciamento e to de Obras

Desta forma, atualmente, a partir de uma concepção de um diagrama de Gantt, interligando suas Interdependências, colocando-se suas percentagens, ou seus valores, obteremos os diagramas de PERT .(operando os sistemas de planejamento)

(052 16 ...há necessidade do programa Msproject...opção pert)

E’muito importante, quando se passa de excell para sistema, definir as seqüências dos serviços, pois delas dependerão os prazos, e suas conseqüências em custos, dai, relembramos estas condições

1. SERVIÇOS QUE SE INICIAM JUNTOS Inicio /inicio (SS)

2. Serviços que terminam e iniciam o seguinte Fim/inicio (FS)

3. Serviços que terminam conjuntamente Fim/Fim (FF)

4. SERVICOS QUE SE INICIAM APÓS O SERVIÇO ANTERIOS TER COMEÇADO Inicio / Fim (SF)

(Podendo existir “folgas” , isto é, tempos entre os inícios e fins de etapas ou serviços)

Um cronograma será melhor detalhado conforme o orçamento seja também detalhado.

51

Administração eDespesas Gerais

4 1 day

Sat 01/07/00 Sat 01/07/00

Instalações Hidráulicas

17 390 days

Mon 31/07/00Fri 24/08/01

Instalações Elétricas

18 420 days

Sat 01/07/00 Fri 24/08/01

Serviços Complementares

19 90 days

Sun 27/05/01Fri 24/08/01

Page 52: Gerenciamento e to de Obras

É usual a elaboração do cronograma por etapa e, dependendo do detalhamento de acompanhamento,seu desdobramento por serviços.

Ex. detalha-se a etapa concreto, seu início e fim.

Concreto

e, poderá ser feita a divisão dos serviços em formas, ferragens, concreto e deforma.

forma

ferragens

concreto

desforma

Regrinha

Tenha se possível, o orçamento detalhado e orçamento por etapas.

Do orçamento destaque os serviços mais significativos, pois geralmente estes serviços que irão dar "ritmo" da obra.

Estabelecido o prazo estimado da execução dos itens mais significativos, planeje as etapas que tem relação de execução e suas interdependências, estabelecendo no cronograma de barra o andamento previsto da obra.

Elaborado o diagrama gráfico de GANTT com suas interligações, com o uso de processamento atuais torna-se bastante simples o trabalho do planejador, pois as redes de precedência já estarão formadas, e ao planejadores, será solicitado nesta fase a definição do percentuais singulares de distribuição dos serviços.Os programas atuais elaboram os cálculos de somatórias das linhas e colunas do algoritmo do cronograma, elaborando não só o cronograma físico (Quantidade) como também o cronograma financeiro (Valores), e as redes PERT

Resumo

Gráfico de Gantt

Uma lista de tarefas e informações relacionadas e um quadro que mostra, graficamente, tarefas e durações ao longo do tempo.

Gráfico Pert

Um diagrama de rede mostrando todas as tarefas e dependências de tarefas

52

Page 53: Gerenciamento e to de Obras

Com as sistemáticas atuais informatizadas a partir dessas regrinhas será possível avaliar o trabalho, a duração e os recursos, pois você estará criando um vinculo entre as tarefas, estará estimando uma duração, poderá estar calculando as folgas dos recursos e homogeneizando as unidades dos recursos.E, com a possibilidade de incluir um ou mais recursos para cada serviços.

E, sempre se lembre de que:

Procure tornar seu planejamento mais preciso e completo

Reveja as Metas, escopos e suas premissas.

Inclua ou exclua tarefas desnecessárias Calcule o tempo de uma tarefa em função de sua produção e equipes envolvidas

Tenha sempre em mãos a data de termino do projeto.

53

PLANEJAMENTO EXECUTIVO DA OBRAINÍCIO: Dezembro de 2000

Item Comp.Descrição dos Serviços

Unid. Quant.Produt.Un/dia

Duraçãodias

MÊS 01 MÊS 02 MÊS 03 MÊS 04 MÊS 05 MÊS 06

01 010000 SERVICOS PRELIMINARES

01.01 LIMPEZA DE TERRENO

01.01.01 100115 LIMPEZA DO TERRENO (ESPESSURA MÉDIA DE 0.10M ) E BOTA FORA À DISTÂNCIA DE 20KMM2 1.000,00 80,00 12,50 01.01.02 100116 ESCAVAÇÃO E REMOÇÃO DO SOLO VEGETAL ( ESPESSURA MÉDIA DE 0.20M ) PARA ÁREAS DE ESTOCAGEM DENTRO DO PARQUEM2 1.000,00 80,00 12,50 01.02 CANTEIRO DE SERVIÇOS - 01.02.01 010111 LOCAÇÃO DA OBRA E IMPLANTAÇÃO DOS MARCOS DE APOIO M2 1.000,00 66,67 15,00 01.02.02 010112 INSTALAÇÕES DO CANTEIRO COM AS RESPECTIVAS UTILIDADES, HIDRÁULICAS E ELÉTRICAS (MOBILIZAÇÃO/DESMOBILIZAÇÃO)M2 140,00 7,00 20,00 01.02.03 010113 EXECUÇÃO DOS CAMINHOS DE SERVIÇO M2 120,00 12,00 10,00 01.03 ESCAVAÇÃO - 01.03.01 010311 ESCAVACAO DE SOLO DE 1A. CATEGORIA ATE 1,50M DE PROFUNDIDADE M3 1.400,00 46,67 30,00 01.04 REATERRO - 01.04.01 010316 ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO DE SOLOS A 95% EPN , PARA EXECUÇÃO DO CORPO DE ATERROSM3 520,00 12,31 42,24 01.05 TRANSPORTE DE MATERIAL EXCEDENTE - 01.05.01 010318 REMOCAO DE MATERIAL EXCEDENTE, INCLUINDO CARGA,TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO NAS AREAS DE BOTA-FORA LOCALIZADAS A 20KMM3 1.144,00 12,00 95,33 01.06 DRENAGEM E PROTEÇÃO - 01.06.01 010415 ASSENTAMENTO DE BRITA Nº 2 M3 140,00 - 01.06.02 010481 ASSENTAMENTO DE MANTA BIDIM OP 30 M2 450,00 - 01.07 DEMOLIÇÕES E REMOÇÕES - 01.07.08 176089 REMOÇÃO E REPLANTIO DE ÁRVORES VB 1,00 1,00 1,00 01.07.09 100114 REMOCAO DE ENTULHO, INCLUINDO CARGA,TRANSPORTE, DESCARGA E ESPALHAMENTO NAS AREAS DE BOTA-FORA LOCALIZADAS A 20KMM3 100,00 12,00 8,33 01.07.09 REMOCAO DE ALAMBRADO METÁLICO M2 300,00 30,00 10,00

02 020000 FUNDACOES

02.01 ESTACAS

02.01.01 MOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTO PARA ESCAVAÇÃO DE ESTACA HÉLICE CONTÍNUAVB 1,00 1,00 1,00 02.01.02 ESTACA HÉLICE CONTÍNUA D.35CM M 348,00 50,00 6,96 02.01.03 ESTACA HÉLICE CONTÍNUA D.50CM M 708,00 50,00 14,16 02.01.04 CONCRETO FCK 20 MPa CONSUMO MÍNIMO 400KG DE CIM./M3 - USINADOM3 207,00 18,00 11,50 02.01.05 TRANSPORTE DE MATERIAL EXCEDENTE DAS ESCAVAÇÕES M3 224,25 36,00 6,23 02.02 020200 VALAS

02.02.01 020201 ESCAVACAO MANUAL - PROFUNDIDADE IGUAL OU INFERIOR A 1,50M M3 950,00 31,67 30,00 02.02.02 APILOAMENTO DE FUNDO DE VALAS M2 10,00 - 02.02.03 LASTRO DE CONCRETO MAGRO, CONS. 150KG DE CIM /M3. ESP.=5CM M3 5,00 - 02.02.04 REATERRO APILOADO M3 779,14 12,99 60,00 02.02.05 TRANSPORTE DE MATERIAL EXCEDENTE DAS ESCAVAÇÕES M3 222,12 12,00 18,51 02.03 FUNDACAO - FORMA

02.03.01 020301 FORMA COMUM DE TABUAS DE PINHO M2 1.259,22 20,99 60,00 02.04 FUNDACAO - ARMADURA

02.04.01 ARMADURA EM AÇO CA-50 / CA-60 KG 44,97 100,00 0,45 02.05 FUNDACAO - CONCRETO KG

02.05.01 20514 CONCRETO FCK = 25,0 MPA - USINADO M3 170,86 18,00 9,49

03 030000 ESTRUTURA

03.01 ESTRUTURA - CORTINAS

03.01.01 FORMA DE CHAPAS PLASTIFICADAS (12MM) - PLANA M2 962,56 16,04 60,00

CONCRETO FCK = 25,0 MPA - USINADO M3 66,65 44,99 1,48 03.01 ESTRUTURA - PILARES - 03.02.01 030117 FORMA ESPECIAL DE CHAPAS PLASTIFICADAS (18MM) - PLANA M2 947,35 26,58 35,64 03.02.02 030315 CONCRETO FCK = 25,0 MPA - USINADO M3 97,44 44,99 2,17 03.02 ESTRUTURA - VIGAS - 03.02.01 030117 FORMA ESPECIAL DE CHAPAS PLASTIFICADAS (18MM) - PLANA M2 3.370,21 26,58 126,80 03.02.02 030315 CONCRETO FCK = 25,0 MPA - USINADO M3 244,91 44,99 5,44 03.03 LAJES - 03.02.01 030117 FORMA ESPECIAL DE CHAPAS PLASTIFICADAS (18MM) - PLANA M2 3.189,36 26,58 120,00 03.02.02 030315 CONCRETO FCK = 25,0 MPA - USINADO M3 365,36 44,99 8,12 03.04 ESCADAS - 03.02.01 030117 FORMA ESPECIAL DE CHAPAS PLASTIFICADAS (18MM) - PLANA M2 385,79 13,00 29,68 03.02.02 030315 CONCRETO FCK = 25,0 MPA - USINADO M3 115,01 44,99 2,56 03.02.04 DEGRAU M2 188,98 - 03.02.05 SOLEIRA M2 194,46 - 03.02.06 PATAMAR M2 76,33 - 03.05 ARMADURA GERAL (INCUSO FUNDAÇÃO) - 03.05.01 ARMADURA EM ACO CA-50 KG 109.516,00 100,00 1.095,16

Page 54: Gerenciamento e to de Obras

Redefina todas as vezes que necessário às datas com mais precisão.

Consulte os custos projetados em relação ao orçamento.

Cheque e corrija os erros óbvios (afinal todos nós cometemos erros e não é nenhuma desonra descobri-los e corrigi-los a tempo)

Como melhorar a eficiência de um planejamento?

Se após você tiver aplicado as regrinhas acima, e ainda assim seu projeto não estiver conforme suas necessidades, entendo que duas possibilidades ainda restam.

REDUZIR OS PRAZOS (usando mais recursos)

REDUZIR CUSTOS (avaliando as C.P. U e o orçamento).

Para tal recomendo uma analise na curva ABC de recursos e comece pela verificação dos itens mais significativos se será possível sua modificação

Feitas às correções possíveis,

Analise os prazos das tarefas “CRITICAS”

Após estas verificações costuma-se ter o resultado esperado, porém se assim mesmo não atingir os objetivos, ainda restará:

Reduzir o escopo do projeto

Excluir tarefas criticas

Aumentar as horas de trabalho

Atribuir trabalhos em horas extras

Alterar as seqüências das tarefas

Dividir uma tarefa longa em tarefas menores

Alterar tipos de vínculos entre tarefas

Se depois destas alterações seu projeto não atingir seu objetivo, ainda restam algumas dicas para diminuir os Prazos.

Retirar as superposições dos recursos, isto significará uma analise das distribuições ao longo do tempo de cada serviço da sobreposição de recurso num mesmo espaço de tempo.

54

Page 55: Gerenciamento e to de Obras

Às vezes será necessário alocá-los em tarefas menores.

Estas simulações e soluções demandam tempo de execução de planejamento, e, portanto deverá fazer parte dos estudos executivos de um empreendimento.

Obviamente ainda aqui vale nossa observação de que dependerá do detalhamento do projeto, seu memorial descritivo, sua C.P. U, para que o planejamento seja compatível entre si.

É importante ressaltar que não tem nenhum valor ter todo este esforço mental e de sistemas, se estas informações não forem transmitidos aos verdadeiros interessados. Os Executores.

Desta forma, tão logo finalizar seu planejamento envie o produto para o campo, e acompanhe-o.

Com as técnicas atuais não se justifica mais a antiga cultura que planejamento é só papel.

E, uma ultima dica que o Prof.Henrique Hirschfeld aconselha:

“O mundo atual não permite mais execuções empíricas”.

Quem não se atualizar, planejando e controlando seus empreendimentos

verá em pouco tempo a grande distancia que o separa dos que seguiram

as técnicas apropriadas ““.

55

Page 56: Gerenciamento e to de Obras

Seqüência de execução de um cronograma

1.Defina metas escopos e superposições claras do projeto

escopos , já definidos na planilha orçamentária, metas, o prazo total da obra (pelo menos o prazo teórico , que deverá ser comprovado ou não ao termino do planejamento), superposição...pelo menos as clássicas.(item 3)

2. Divida o projeto no mínimo em

Etapas

Serviços, e comece pelas etapas, só depois entre no detalhe dos serviços.

3. Indique os serviços na ordem e no momento certo de sua execução, não esquecendo algumas ordens “clássicas”.

Infra-estrutura,e depois estruturas.

Infra-estrutura

Estrutura

Formas antes de armação

Formas

Armação

Concreto depois de formas e armação

Formas

Armação

Concretagem

56

Page 57: Gerenciamento e to de Obras

Cimbramento antes das formas

Formas

Cimbramentos

Estruturas e depois alvenarias,

Estruturas

Alvenarias

Alvenarias e depois revestimentos

Alvenarias

Revestimentos

Caixilhos e depois vidros

Caixilharias

Vidros

Ar condicionado e depois forro

Forros

Ar Condicionado central

Colocação de vidros e depois limpeza

Vidros

Limpeza

57

Page 58: Gerenciamento e to de Obras

Preparo de base antes de pavimentação

Preparo das bases

Pavimentação

4. Quando tiver que elaborar o cronograma físico e financeiro , estabeleça juntamente coma as seqüências das Etapas, seus “pesos”

(se estes já não tiverem sido estabelecidos na faze de orçamento), se, estivermos planejando sem o orçamento , abaixo transcrevo algumas tabelas que tem sido útil na primeira rodada de um cronograma, estes pesos deverão ser confirmados do orçamento.

Como primeira rodada para efeito de pré analise, poderemos indicar, adotar estes pesos e as distribuições conforme quadro de distribuição genérico.

QUADRO I - QUADRO PERCENTUAL INCIDENTE DE VALOR POR ETAPA (EDIFÍCIO)

Serviços Incidência (%)

Projetos 1,60 a 2,70

Instalação de obra 2,20 a 4,40

Serviços gerais 8,20 a 13,00

Trabalhos em terra 0,50 a 1,00

Fundações 4,50 a 6,50

Estrutura 14,00 a 19,00

Instalações 12,00 a 17,00

Alvenaria 3,30 a 6,50

Cobertura 0,60 a 1,10

Tratamentos 1,00 a 2,70

Esquadrias 5,50 a 7,50

Revestimentos 8,50 a 14,00

Pavimentação 4,50 a 7,50

Rodapés, soleiras e Peitoril 0,80 a 1,60

Ferragens 0,80 a 1,50

Pinturas 2,20 a 4,40

Vidros 1,00 a 2,20

Aparelhos 2,70 a 5,50

Complementação 0,50 a 0,90

58

Page 59: Gerenciamento e to de Obras

Limpeza 0,15 a 0,45

QUADRO II -QUADRO PERCENTUAL (outro valor)

Serviços Incidência (%)

Instalações de canteiro 3,30

Serviços gerais 1

Movimento de terra 1,81

Fundação 5,58

Estrutura 23

Alvenaria 5,5

Instalação hidráulica 8

Instalação elétrica 7

Esquadria de madeira 7

Esquadrias 8,5

Revestimento interno 8

Revestimento externo 2

Forro 0,72

Impermeabilização 1,2

Pavimentação interna 5

Cobertura 1,0

Vidros 1,39

Pintura 3

Elevadores 5

Equipamentos 1

Reservas 0,5

Limpeza 0,5

QUADRO III - CASA

Serviços Incidência (%)

Alvenaria 14,13

Cobertura 12,86

Revestimento externo 10,21

Fundação 9,15

Instalação hidráulica 8,29

Instalação elétrica 7,61

Esquadrias e ferragens 7,46

59

Page 60: Gerenciamento e to de Obras

Forros 5,80

Aparelhos 4,99

Pisos 4,96

Outros 14,54

5. Determine a seqüência para os serviços e atribua os tempos e recursos compatíveis com as Composições de Preços Unitarários

Tem sido muito comum, na elaboração de cronogramas, a ausência no momento de sua execução, das informações das produtividades (composições de preços unitários) , o que nos levou a utilizar tabelas (tabela Badra de produtividade, arq. 17) com estes informes ,de uma maneira genérica produzindo um primeiro cronograma, que deverá ser melhor avaliado com os dados especifico de cada obra.

052 17 tabela de produtividade

Colocando as quantidades de serviços

Obteremos o prazo de execução com a equipe unitária

Colocando o numero de equipes possíveis, obteremos um prazo ótimo

Portanto, permitindo que se possa elaborar um cronograma físico financeiro.

Onde identificamos:

Serviços (etapas do orçamento)

Pesos (percentuais ou adotados numa primeira “virada” ou calculado no orçamento)

Valores (calculado do orçamento, ou produto do peso ,por um valor global da obra (estimado ainda)).

60

TABELA BADRA DE PRODUTIVIDADE Dimensionamento

ID Serviço Produtividade Produção Produção dia EquipeQUANTIDADEPRAZO 1 EQEQUIPESPRAZO

ETAPASERVICOS PRELIMINARES

limpeza de terreno 1,00h/m21,00m2/h 8,00m2/dia 100 12,50 3 4,17

demolições

alvenaria 0,80h/m21,25m2/h 10,00m2/dia2p+5s 100 10,00 3 3,33

concreto armado 1,60h/m30,63m3/h 5,00m3/dia2p+3s 100 20,00 3 6,67

tijolo macico s/aproveitamento 0,67h/m21,50m2/h 12,00m2/dia2p+3s 100 8,33 3 2,78

tijolo macico c/aproveitamento 1,33h/m20,75m2/h 6,00m2/dia2p+3s 100 16,67 3 5,56

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Page 61: Gerenciamento e to de Obras

Para cada etapa

Para cada mês,

Prazo de execução ............ obtido pela Tabela Badra de Produtividade ou cpu

Percentual por mês...............obtido pelo quadro de distribuição genérico ou pelas informações técnicas.

(052 15)

serviços

pesos valores distribuição mensal valores p/mes

Com estes resultados , de totais por mês, e acumulados, será então possível às analises de viabilidades, dando inicio a um cronograma mais real, levando-se em conta informação especifica de cada obra.

61

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

1 ° Mês 2 ° Mês 3 ° Mês 4 ° Mês

R$ % R$ % R$ % R$ %

01 DESPESAS INDIRETAS 154.647,33 6,34% 11.041,82 7,14% 11.041,82 7,14% 11.041,82 7,14% 11.041,82 7,14%

02 SERVICOS PRELIMINARES 84.739,56 3,47% 38.429,39 45,35% 118,64 0,14% 12.583,82 14,85% 118,64 0,14%

03 FUNDACAO 170.306,14 6,98% 94.502,88 55,49% 4.223,59 2,48% 17.183,89 10,09%

04 ESTRUTURA 455.640,51 18,68% 7.745,89 1,70%

05 ALVENARIA 427.212,58 17,51%

06 IMPERMEABILIZACOES 30.767,48 1,26% 652,27 2,12%

07 ESTRUTURA METALICA 138.657,75 5,68%

08 COBERTURA 18.871,84 0,77%

09 MARCENARIA 13.302,16 0,55%

10 SERRALHERIA 183.101,76 7,51%

11 INSTALACOES ELETRICAS 266.228,16 10,91% 21.298,25 8,00% 21.298,25 8,00%

12 INSTALACOES HIDRO SANITARIAS 84.123,10 3,45% 7.175,70 8,53%

13 REVESTIMENTOS 44.850,16 1,84%

14 FORROS 8.950,83 0,37%

15 PISOS 271.184,47 11,12%

16 VIDROS 43.607,29 1,79%

17 PINTURA 11.649,32 0,48%

18 SERVICOS COMPLEMENTARES 20.446,68 0,84%

19 INSTALACOES ESPECIAIS 11.280,00 0,46%

TOTAL MENSAL 2.439.567,12 100,00% 49.471,21 2,03% 105.663,33 4,33% 49.147,49 2,01% 65.216,46 2,67%

TOTAL GERAL ACUMULADO 49.471,21 2,03% 155.134,54 6,36% 204.282,03 8,37% 269.498,49 11,05%

Item Servico R$ Total %

Page 62: Gerenciamento e to de Obras

O cronograma de barra, (Gantt) pode ser feito em planilhas excell, no entanto se o objetivo é evoluir nos resultados, onde estarão interagindo, tempos, interligações, caminho critico, recursos, haverá necessidade de serem adotados técnicas de sistemas de elaboração de cronograma, como o MS PROJECT da Microsoft, (sem demérito dos demais.)

Os sistemas atualmente no mercado, com os diagramas de Gantt como base poderão responder os planejamentos e como dimensionar os recursos, seu inicio, sua duração, seus custos, quando começa e termina sua programação dentro da tarefa.Alem de controlar quando um recurso inicia seu trabalho num serviço, possibilitando sua remoção ou sua substituição.Desta forma, podendo “projetar” e administrar estes recursos ao longo do planejamento da obra.

E, estes recursos podendo ser, insumos (materiais e mão de obra) como equipamentos ou qualquer outro item gerador de despesas.

.

E, se os resultados não foram satisfatórios, há sempre a possibilidade de ajustar o planejamento inicial,

Segundo

regrinhas:

Procure tornar seu planejamento compatível com as peças orçamentárias, possíveis de verificação ao longo das obras.

Para isto, o cronograma começa na montagem do orçamento, e recomendo sempre que possível, que, os serviços constantes na planilha de orçamento façam parte dos itens a serem “planejados” nos cronogramas (o que você orça é aquilo que você planeja, os mesmos serviços com os mesmos cento de custo)

ANALISE NOVAMENTE as Metas, escopos e suas premissas.

A principal meta de um cronograma é o prazo inicial e final da obra, portanto, todas as modificações em sua elaboração, deveriam estar voltadas ao tempo ótimo de sua construção.

Aliado há este tempo, é importante avaliar-se seus desembolsos mensais.Não seria novidade no estudo de um cronograma executivo (ao nível de serviços) para que sejam atendidas condições financeiras de aporte de valores, modificar escopos ou premissas de produtividade, por melhor que estas tenham sido adotadas.

Calcule o tempo de uma tarefa em função de sua produção e equipes envolvidas (consulte a Tabela Badra de Produtividade).

Tenha sempre em mãos a data de termino do projeto

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