Gestão da Emergência

Mário J. Macedo

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LOGO

Temas a abordar

Clarificação

Terminologia

Princípios da Gestão da Emergência

2LOGO ORADOR

Clarificação

Gestão da emergência não é o mesmo que gestão das operações de emergência…

É muito mais do que isso…

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Mitigação

PreparaçãoResposta

Recuperação

Algumas definições

Emergência – Ocorrência de situação não desejada com origem em causas tecnológicas, naturais ou humanas, que podem ter como consequência danos graves ao nível humano, material, ambiental, económico ou para a imagem e reputação da organização

É sempre um processo que possui capacidade de alteração das condições normalmente estabelecidas, obrigando à tomada de medidas extraordinárias

Gestão da emergência – Função da gestão que tem por missão criar uma estrutura em que as comunidades reduzam a sua vulnerabilidade aos perigos e possam lidar com os efeitos dos desastres.

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Gestão da Emergência

Missão

Proteger as comunidades através da coordenação eintegração de todas as atividades necessárias paraconstituir, manter e desenvolver a capacidade para mitigar,preparar, responder e recuperar dos desastres naturais,atos de terrorismo e efeitos de outros riscos de origemhumana

Objetivos gerais

Reduzir a perda de vidas

Minimizar as perdas patrimoniais e os danos ambientais

Proteger a comunidade de todos os perigos e ameaças

Evolução do conceito

O conceito de gestão da emergência não é novo

Mas tem evoluído!

Atualmente a gestão da emergência tem comofinalidade criar comunidades mais seguras eresilientes

Gestão das Operações(Resposta)

Ciclo da Gestão da Emergência

(4 Fases)

Princípios/Características

A Gestão da Emergência deve ser: Abrangente – tendo em consideração todos os riscos, fases, afetados

e todos os impactos relevantes dos desastres Progressiva – antecipando situações futuras e adotando medidas

preventivas e preparatórias de modo a construir comunidadesresilientes

Ajustada ao risco – com recurso a princípios sólidos de gestão derisco (identificação dos perigos, análise do risco e análise dosimpactos) na atribuição de prioridades e recursos

Integradora – assegurando a unidade de esforços entre os váriosníveis de governo e todos os elementos da comunidade

Princípios/Características

Assente na colaboração – através da criação e manutenção de umrelacionamento alargado e sincero entre indivíduos e organizaçõesde modo a desenvolver a confiança, criar espírito de equipa, gerarconsensos e facilitar a comunicação

Assente na coordenação – através da sincronização das atividades detodas as partes interessadas de modo a atingir uma finalidadecomum

Flexível – através de abordagens criativas e inovadoras na resoluçãodos desafios dos desastres

Profissional – assente em pessoas detentoras dos conhecimentoscientíficos baseados na educação, treino, experiência edesenvolvimento e formação contínuas

Os desastres não são novidade

Nem sequer a sua gestão…

Gestão da emergência através dos tempos

Antes do aparecimento da vida Humana no planeta

Não há indícios!

Após o aparecimento da vida humana no planeta

Práticas de mitigação de riscoso Escolha de cavernas para proteção

Práticas de Mitigação e Preparaçãoo Noé e sua arca? (Mitigação, Aviso e Preparação)

Noé

O primeiro gestor de emergência?

Noé

Efetuou uma avaliação de riscos baseada numa previsãometeorológica fiável e identificou uma potencial perda devidas e outros danos

Desenvolveu um plano para mitigar os efeitos da calamidadeque se aproximava (seleção de animais)

Respondeu ao evento (construção da arca) Providenciou abrigo e alimentação (40 dias e 40 noites) e

pôs em prática um plano de evacuação pré-definido No final do evento, implementou um plano de recuperação

libertando os animais restabelecendo a comunidade e abiodiversidade

A abordagem atual

O ciclo da emergência

EVENTO

Fases da Gestão da Emergência

Mitigação

A execução de ações de forma sustentada para reduzir ou eliminaros riscos de longo termo para a organização e sua população,propriedade e ambiente resultantes dos perigos potenciais e dosseus efeitos.

Ferramentas de mitigação -Exemplos

Códigos de construção

Ordenamento do território

Políticas de aplicação de capitais

Aquisição de terrenos e propriedades

Taxação e políticas fiscais

Sensibilização das populações

Medidas técnicas de engenharia

…

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Preparação

A construção de um dispositivo que permita a resposta eficaz a qualquer risco bem como a recuperação dos seus efeitos.

Preparação

Conjunto de ações empreendidas antes daocorrência de um evento de modo a assegurar aresposta adequada aos seus impactos e a assistênciae recuperação das suas consequências

Preparação

Uma vez que não é possível mitigar completamentetodos os riscos, as medidas de preparação podemajudar a reduzir o impacto dos riscos residuaisatravés de ações a tomar antes que ocorra o eventoque causa a emergência.

Inclui a elaboração de planos e outras medidas parasalvar vidas e facilitar as operações de resposta erecuperação

Ferramentas de preparação - Exemplos

Obtenção dos meios e recursos necessários

Formação e treino de equipas

Planeamento de emergência

Plano abrangente de exercícios

Avaliação

…

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Mitigação vs. Preparação

• O esforço continuado para reduzir os impactos dos desastres sobre as pessoas, património ou outro valor através de atividades pré-impacto– Envolve essencialmente decisões

ao nível estratégico– Ocorre meses, anos ou décadas

antes do evento perigoso e continua no futuro numa perspetiva de melhoria

– Focada em soluções de longo prazo– Os seus resultados não são,

normalmente, visíveis no imediato– O sucesso mede-se em termos do

que não ocorre (difícil de quantificar)

• Envolve os aspetos funcionais, logísticos e operacionais da gestão da emergência– Envolve decisões ao nível tático e

operacional• O que fazer se um determinado

evento ocorre

– Ocorre antes do evento– Focada na resposta (ações

imediatas)

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O Resultado…

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Pensamento típico do responsável pela gestão de emergência

(político ou operacional):

Não vou ser despedido se falhar a mitigação mas posso perder o

lugar se falhar a resposta

Ênfase em ações altamente visíveis e orientadas para resultados na

preparação para a resposta imediata a uma emergência e não no

desenvolvimento e implementação de estratégias de mitigação

Don Quixote (Cervantes)

Estar preparado é metade da vitória

Preparação para a Emergência

Planeamento de Emergência

Planeamento vs. Plano

Sempre achei que os planos são inúteis mas o planeamento é indispensável

Dwight D. Eisenhower

Se falhas planear, planeias para falharBenjamin Franklin

Plano de Emergência

Atribui responsabilidades a organizações e a indivíduospara efetuarem ações específicas que excedem acapacidade ou responsabilidade de uma única entidade;

Estabelece linhas de autoridade e de relacionamentoorganizacional e mostra como todas as ações serãocoordenadas;

Descreve como serão protegidas as pessoas e os bensdurante uma emergência ou desastre;

Descreve a forma como a organização ou comunidade funcionarádurante uma emergência

Plano de Emergência

Identifica pessoal, equipamento, instalações e outrosrecursos que podem ser disponibilizados, dentro de umaorganização/comunidade ou por acordo entreorganizações, para serem utilizados durante as operaçõesde resposta e recuperação;

Identifica os passos para incluir aspetos da mitigação nasoperações de resposta e recuperação.

Plano de Emergência

Abordagens

Estruturas/Conteúdos dos Planos -Exemplos

Resolução N.º 30/2015, de 7 de maio, da Comissão Nacional de Proteção Civil que aprova a diretiva relativa aos critérios e normas técnicas para a elaboração e operacionalização de planos de emergência

Guia de Orientação para a elaboração do Plano de Emergência Interno. Publicado pela APA e ANPC em agosto de 2016 (estabelecimentos NSP da Diretiva Seveso III)

Producing Emergency Plans - A Guide for All-Hazard Emergency Operations Planning for State, Territorial, Local, and Tribal Governments (FEMA – agosto 2008)

Developing and Maintaining Emergency Operations Plans (FEMA – novembro 2010)

Plano de Emergência

Realista

Operativo

Fácil de manejar/consultar

Atualizado

Características:

O processo de planeamento de emergência…

Identifica e caracteriza as vulnerabilidades e como são monitorizadas

Estabelece as estratégias da resposta

Define e atribui responsabilidades às entidades envolvidas

Aumenta a probabilidade de se desenvolverem sistemas de apoio

Reduz a probabilidade de falha de sistemas por “esquecimento”

Assegura que serão implementadas as funções de treino e exercício

Aumenta a probabilidade de uma resposta a emergência bem sucedida

Em alternativa…

Resposta

A condução de operações de emergência com o objetivo de salvarvidas e bens materiais através de ações de redução dos riscos aníveis aceitáveis, ou sua eliminação total, evacuação de vítimaspotenciais, fornecimento de alimentação, água, abrigo eassistência médica a quem necessite e de recuperação dos serviçospúblicos essenciais.

Recuperação

A reconstrução do negócio ou da comunidade de modo a que aatividade, as pessoas, os negócios e as entidades oficiais possamfuncionar naturalmente por si sós, retomar a vida normal eproteger-se contra riscos futuros.

Recuperação?

Processo coordenado de apoio a uma comunidade afetada na reconstrução das infraestruturas e na reposição do bem-estar emocional, social, económico e do ambiente natural

É mais do que a simples substituição do que ficou destruído e a reabilitação dos afetados

Possibilita uma oportunidade para melhorar aspetos anteriores ao impacto As organizações podem encarar a situação de emergência como uma

oportunidade para regenerar uma área

Avaliação das necessidades

Identificação de quem necessita Afetados

Sobreviventes

Familiares

Amigos

Grupos específicos

o Crianças e jovens

o Minorias religiosas, étnicas e culturais

o Idosos

o Pessoal envolvido na resposta

Necessidades dos afetados -Exemplos

Abrigo básico

Informação sobre o que aconteceu

Assistência/tratamento médico

Apoio financeiro e legal

Apoio psicológico

Aconselhamento e orientação em como conseguir ajuda e apoio adicional

Disponibilização de canais de comunicação para contactar e encontrar outros

Indicação de um ponto de contacto para apoio e aconselhamento de longo prazo

Avaliação das necessidades

O tipo de apoio necessário (médico, bem-estar material, psicológico, etc.)

O tipo de entidades envolvidas (polícia, serviços camarários, organizações voluntárias, embaixadas, empresas de transporte, serviços de saúde, etc.)

Período de tempo em que o apoio pode ser necessário (imediato, médio prazo, longo prazo,…)

Conclusão

A recuperação é um processo longo e complexo que envolve muito mais entidades e participantes que a fase de resposta

Consiste no processo de reconstrução, reposição e reabilitação de uma comunidade após uma emergência mas é mais do que a simples substituição do que foi destruído

As comunidades afetadas devem olhar para a recuperação como uma oportunidade de regenerar a área afetada

LEI de EVAN e BJORN

O que quer que seja que corra mal, há sempre alguém que já o sabia!