GESTÃO DE PROJETOS - maigonp.com.br 1 de Gestão de Projetos 0 ... Introdução ao PMBOK 5 edição...
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Apostila 1 de Gestão de Projetos 0
CEULJI ULBRA – Sistemas de Informação Disciplina Gestão de Projetos
1 semestre de 2016 – Primeiro Semestre
GESTÃO DE PROJETOS APOSTILA DE AULA 1
O que é um projeto?
Projeto X Operação
Ciclo de Vida de Projeto
Partes envolvidas no projeto (stakeholders)
O que é Gerência de projetos
História da gerência de projeto
Funções do gerente de projeto
A tríplice restrição: Escopo, Tempo, Custo
O Project Management Institute
Introdução ao PMBOK 5 edição
Material de aula desenvolvido pelo Prof. Jose Carlos Abreu -
UFF
Apostila 1 de Gestão de Projetos 1
CAPITULO 1 - GESTÃO DE PROJETOS
Material de aula desenvolvido pelo Prof. Jose Carlos Abreu -
UFF
O que é um projeto?
Project Management Institute (PMI)
“Um empreendimento temporário, com objetivo de criar um produto, serviço ou
resultado único (novo).”
International Standard Association (ISO-10006)
“Um processo.... consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com
datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme
requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos”.
Google - Wikipédia
“Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou
resultado exclusivo. Os projetos e as operações diferem, principalmente, no fato de que
os projetos são temporários e exclusivos, enquanto as operações são contínuas e
repetitivas.”
Os projetos
Os projetos são normalmente autorizados como resultado de uma ou mais considerações
estratégicas. Estas podem ser uma demanda de mercado, necessidade organizacional,
solicitação de um cliente, avanço tecnológico ou requisito legal.
As principais características dos projetos são:
Temporários, possuem um início e um fim definidos.
Planejados, executado e controlado.
Entregam produtos, serviços ou resultados exclusivos.
Desenvolvidos em etapas e continuam por incremento com uma elaboração
progressiva.
Realizados por pessoas.
Com recursos limitados.
Esse é um resumo da definição de projeto feita pelo Guia PMBOK, um guia que
identifica o subconjunto do conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos,
amplamente reconhecido como boa prática na maioria dos projetos na maior parte do
tempo e utilizado como base pelo Project Management Institute ( PMI).
O contexto da gerência de projetos descreve o ambiente em que um projeto opera. Sua
observação é fundamental, já que o gerenciamento das atividades do dia-a-dia é
necessário, mas não é o suficiente para o sucesso do projeto.
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Projeto X Operação
Principais diferenças:
Projeto - temporário e único. Busca atingir o objetivo para o qual foi
criado e então terminar.
Operação – repetitiva e rotineira. Seu objetivo é manter o funcionamento
da área/negócio já existente. Não tem data pré-definida para término.
Principais semelhanças:
Os recursos são limitados;
Devem ser planejados, executados e controlados.
Problemas mais frequentes
Maiores Reclamações (Times e Gerente do Projeto) (PCI Global, 2004):
Estimativas frágeis e iniciais transformadas em objetivos firmes;
Membros do time constantemente retirados dos projetos;
Time determinado pela disponibilidade e não pela adequação.
Maiores Causas de Fracassos (Executivos) Info-Tech Research Group (2005):
Prazos irreais (68%)
Time de projeto inadequado (64%)
Escopo pobremente definido (62%)
Fases de um Projeto – Ciclo de Vida de Projeto
O conjunto de fases do projeto é chamado “ciclo de vida do projeto”. De um modo
geral, as fases do projeto apresentam as seguintes características:
Cada fase do projeto é marcada pela entrega de um ou mais produtos, como
estudos de viabilidade ou protótipos funcionais;
No início de cada fase, define-se o trabalho a ser feito e o pessoal envolvido na
sua execução;
O fim da fase é marcada por uma revisão dos produtos e do desempenho do
projeto até o momento;
Uma fase começa quando termina a outra. Quando há overlapping entre as fases,
chamamos essa prática de "fast tracking". Nesse caso, começa-se a trabalhar nas
próximas fases do projeto antes do fim da fase corrente (entrega e revisão dos
produtos);
Os custos são geralmente crescentes à medida que a fase avança;
Os riscos são geralmente decrescentes à medida que a fase avança;
A habilidade das partes envolvidas alterarem os produtos de cada fase é
decrescente à medida que a fase avança;
Cada indústria apresenta diferentes fases específicas para seus projetos, sendo
que muitas têm suas fases detalhadamente descritas, em padrões.
Apostila 1 de Gestão de Projetos 3
Partes envolvidas no projeto (stakeholders)
São indivíduos e organizações ativamente envolvidos no projeto, cujos interesses são
afetados (positiva ou negativamente) por ele, ou que exercem influência sobre o mesmo.
Incluem o gerente de projeto, o cliente, a organização que fará o projeto, os membros da
equipe de projeto, o sponsor/patrocinador (indivíduo/grupo interno ou externo que
provê os recursos financeiros para o projeto).
Inclui também partes externas, como fundadores, vendedores, fornecedores, agências
governamentais, comunidades afetadas pelo projeto e a sociedade em geral.
É boa prática identificar cada uma das partes envolvidas no projeto, identificar e
gerenciar possíveis áreas de conflito entre elas. Uma orientação geral é resolver as
diferenças entre as partes favorecendo o cliente.
Gerência de projetos
Gestão de projetos, gerenciamento de projetos ou ainda administração de projetos é a
área da administração aplicada de conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração
de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos pré-definidos, num
certo prazo, com um certo custo e qualidade, através da mobilização de recursos
técnicos e humanos.
Definição
Vários autores abordam a gestão de projetos, com ligeiras variações de conceito:
Kerzner (1992), a gestão de projeto de relativamente curto prazo que foi
estabelecido para a concretização de objetivos específicos;
Turner (1994), refere que a gestão de projetos é um processo através do qual um
projeto é levado a uma conclusão. Tem três dimensões: objetivos (âmbito,
organização, qualidade, custo, tempo); processo de gestão (planejar, organizar,
implementar, controlar); níveis (integrativo, estrategico, tatico e operacional);
PMI (Project Management Institute) (2004), define gestão de projetos como
sendo o processo através do qual se aplicam conhecimentos, capacidades,
instrumentos e técnicas às actividades do projeto de forma a satisfazer as
necessidades e expectativas dos diversos stakeholders que são indivíduos
ativamente envolvidos no projeto ou cujo resultado do mesmo poderá afetá-los
positivamente ou negativamente;
Reduzida à sua forma mais simples, e confinada a uma das suas doze áreas do
conhecimento (de acordo com o PMBOK), a gerência de projetos, pode ser aplicada
como disciplina de manter os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto
necessário durante o ciclo de vida do projeto, potenciando, ao mesmo tempo, as
oportunidades de ocorrência de eventos favoráveis do projecto. O risco de fracasso,
decorrente da ocorrência de ameaças, aumenta de acordo com a presença de incerteza
do evento, e da sua probabilidade de ocorrência, durante todos os estágios do projeto. A
variação da probabilidade (P) de ocorrência dos riscos (sob a forma de ameaças ou
oportunidades) diminui, ao longo do ciclo de vida do projecto, aumentando o impacto
(I) da possível ocorrência do mesmo, na razão inversa, sem que seja, necessariamente,
na mesma proporção. A relação entre estas duas variáveis (PxI), é designada, na gestão
dos riscos do projeto, como valor esperado (Ve), e consiste numa medida de avaliação
da importância e influência do risco, para alcançar o objectivo do projeto em causa.
Apostila 1 de Gestão de Projetos 4
Um ponto-de-vista alternativo diz que gerenciamento de projetos é a disciplina de
definir e alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se otimiza o uso de recursos
(tempo, dinheiro, pessoas, espaço, etc).
A gerência de projetos é frequentemente a responsabilidade de um indivíduo intitulado
gerente de projeto. Idealmente, esse indivíduo raramente participa diretamente nas
atividades que produzem o resultado final. Ao invés disso, o gerente de projeto trabalha
para manter o progresso e a interação mútua progressiva dos diversos participantes do
empreendimento, de modo a reduzir o risco de fracasso do projeto, podendo arcar com
qualquer ônus.
História da gerência de projeto
Como uma disciplina, a gerência de projeto foi desenvolvida de diversos campos de
aplicação diferentes, incluindo a construção civil, a engenharia mecanica, projetos
militares, etc. Nos Estados Unidos, o "pai" da gerência de projeto é Henry Gantt,
chamado o pai de técnicas do planejamento e do controle, que é conhecido pelo uso do
gráfico de barras como uma ferramenta de gerência do projeto, para ser um associado às
teorias de Frederick Taylor de administração científica, e para seu estudo do trabalho e
da gerência do edifício do navio da marinha. Seu trabalho é o precursor a muitas
ferramentas de gerência modernas do projeto, tais como a WBS (Work Breakdown
Structure) ou EAP (Estrutura Analítica do Projeto) de recurso que avalia o trabalho.
Os anos 1950 marcam o começo da era moderna da gerência de projeto. Outra vez, nos
Estados Unidos, antes dos anos 50, os projetos foram controlados basicamente se
utilizando os gráficos de Gantt, técnicas informais e ferramentas. Nesse tempo, dois
modelos de projeto matemático foram desenvolvidos:
1. Program Evaluation and Review Technique ou o PERT, desenvolvido como a
parte programa do míssil do submarino Polaris da marinha dos Estados Unidos'
(conjuntamente com o Lockheed Corporation);
2. Critical Path Method (CPM) desenvolvido em conjunto por DuPont
Corporation e Remington Rand Corporation para projetos da manutenção de
planta. Estas técnicas matemáticas espalharam-se rapidamente em muitas
empresas.
Em 1969, o Project Management Institute foi dando forma para servir ao interesse da
indústria da gerência de projeto. A premissa do PMI é que as ferramentas e as técnicas
da gerência de projeto são terra comum mesmo entre a aplicação difundida dos projetos
da indústria do software à indústria de construção. Em 1981, os diretores do PMI
autorizaram o desenvolvimento do que se transformou em um guia de projetos o Project
Management Body of Knowledge, contendo os padrões e as linhas mestras das práticas
que são usados extensamente durante toda a carreira profissional do gestor de projetos.
O gerente de projeto
Um projeto é desenvolvido pelo profissional denominado gerente de projeto. Este
profissional raramente participa das atividades diretas do projeto que produzem os
resultados. Sua função é gerenciar o progresso do empreendimento e através das
variáveis (qualidade, custo, prazo e âmbito) verificar seus desvios. Desta forma, seu
objetivo geral é proporcionar que as falhas inerentes aos processos sejam minimizadas.
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Um gerente de projeto tem que determinar e executar as necessidades do cliente,
baseado nos seus próprios conhecimentos. A habilidade de adaptar-se aos diversos
procedimentos pode lhe proporcionar um melhor gerenciamento das variáveis e desta
forma uma maior satisfação do cliente.
Em campo, um gerente de projeto bem sucedido deve poder imaginar o projeto inteiro
do seu começo ao seu término e desta forma assegurar que esta visão seja realizada.
Qualquer tipo de produto ou serviço — edificios, veiculos, eletrônicos, software de
computador, serviços financeiros, ...... — pode ter sua execução supervisionada por um
gerente de projeto e suas operações por um gerente de operações.
Abordagens
Na indústria de informatica, geralmente há dois tipos de abordagens comumente
utilizadas no gerenciamento de projetos. As abordagens do tipo "tradicional"
identificam uma sequência de passos a serem completados. Essas abordagens
contrastam com a abordagem conhecida como desenvolvimento ágil de software, em
que o projeto é visto como um conjunto de pequenas tarefas, ao invés de um processo
completo. O objetivo desta abordagem é reduzir ao mínimo possível o overhead. Essa
abordagem é bastante controversa, especialmente em projetos muito complexos. Mesmo
assim, tem conquistado adeptos em números crescentes.
Nas últimas décadas, emergiram uma série de abordagens na indústria em geral. Dentre
essas abordagens se destaca a abordagem do PMBOK, que tem se tornado um padrão de
facto em diversas indústrias.
Abordagem tradicional
Na abordagem tradicional, distinguem-se cinco grupos de processos no
desenvolvimento de um projeto:
1. Iniciação;
2. Planejamento;
3. Execução;
4. Monitoramento e controle;
5. Encerramento.
Nem todos os projetos vão seguir todos estes estágios, já que alguns podem ser
encerrados antes do inicialmente esperado. Outros projetos passarão pelos estágios 2, 3
e 4 múltiplas vezes. O projeto ou empreendimento visa a satisfação de uma necessidade
ou oportunidade, definida no texto acima como fase inicial na qual existem muitas áreas
e/ou pessoas envolvidas.
Em geral sempre existe mais que uma solução ou alternativas para atender às mesmas
necessidades. A técnica usada para definir a solução final passa pelo desenvolvimento
de alternativas extremas. A primeira, de baixo custo, que atende as necessidades
mínimas para ser funcional. A segunda tenta atender a maior parte das exigências das
diversas áreas envolvidas no escopo, que resulta num projeto com custo muito maior e
pouco competitivo. A partir de ambas as alternativas é desenvolvida uma solução
intermediária entre as mesmas, que atende a uma boa parte das exigências com um
custo competitivo.
Vários setores utilizam variações destes estágios. Por exemplo, na construção civil, os
projetos tipicamente progridem de estágios como pré-planejamento para design
conceitual, design esquemático, design de desenvolvimento, construção de desenhos (ou
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documentos de contrato) e administração de construção. Embora os nomes difiram de
indústria para indústria, os estágios reais tipicamente seguem os passos comuns à
resolução de problemas (problem solving): definir o problema, balancear opções,
escolher um caminho, implementar e avaliar.
Para manter o controle sobre o projeto do início ao fim, um gerente de projetos utiliza
várias técnicas, dentre as quais se destacam:
• Planejamento de projeto;
• Análise de valor agregado;
• Gerenciamento de riscos de projeto;
• Cronograma;
• Melhoria de processo
As Variáveis
Alguns empreendimentos necessitam ser executados e entregues sob determinadas
variáveisou restrições. As variáveis principais também podem ser denominadas como
tradicionais. O gerenciamento de projetos tenta adquirir controle sobre três variáveis:
Tempo
Escopo
Custo
Na versão atual do PMBOK, tríplice restrição foi eliminada, passando a existir
restrições do projeto que são elas: Escopo, Qualidade, Cronograma, Orçamento,
Recursos e Riscos. Portanto, qualquer alteração em um desses itens certamente haverá
restrições em um ou mais dos demais itens.
Isto é conhecido também como "triângulo da gerência de projeto", ou “triangulo de
restrições” onde cada lado representa uma variável. Um lado do triângulo não pode ser
mudado sem impactar no outro. Como comentado anteriormente, alguns profissionais
entendem que a variável qualidade está separada do escopo e o definem como sendo
uma quarta variável, considerando a, desta forma, como parte do triângulo de restrição
triplo expandido.
A restrição do tempo influencia o prazo até o término do projeto. A restrição de custo
informa o valor monetário incluído no orçamento disponível para o projeto. Já a
restrição do escopo designa o que deve ser feito para produzir o resultado de fim do
projeto. Estas três variáveis estão freqüentemente competindo: o escopo aumentado
significa tipicamente o tempo aumentado e o custo aumentado, uma restrição apertada
de tempo poderia significar custos aumentados e o escopo reduzido, e um orçamento
apertado poderia significar o tempo aumentado e o escopo reduzido.
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A disciplina da gerência de projeto trata de fornecer as ferramentas e as técnicas que
permitem a equipe de projeto, e não apenas ao gerente de projeto, organizar seu trabalho
para lidar com essas variáveis.
Tempo
O tempo requerido para terminar os componentes do projeto é normalmente alterado
quando se pretende baixar o tempo para execução de cada tarefa que contribui
diretamente à conclusão de cada componente. Ao executar tarefas usando a gerência de
projeto, é importante dividir o trabalho em diversas partes menores, de modo que seja
fácil a definição das condições de criticidade e de folgas.
Custo
O Custo para desenvolver um projeto depende de diversas condições iniciais
disponíveis para o desenvolvimento de cada projeto tais como: taxas labor, taxas
materiais, gerência de risco, planta (edifícios, máquinas, etc), equipamentos e lucro.
Escopo
São as exigências especificadas para o resultado fim, ou seja, o que se pretende, e o que
não se pretende realizar. A qualidade do produto final pode ser tratada como um
componente do escopo. Normalmente a quantidade de tempo empregada em cada tarefa
é determinante para a qualidade total do projeto.
Essas variáveis podem ser dadas por clientes externos ou internos. A definição dos
valores das variáveis remanescentes fica a cargo do gerente do projeto, idealmente
baseada em sólidas técnicas de estimativa. Os resultados finais devem ser acordados em
um processo de negociação entre a gerência do projeto e o cliente. Geralmente, os
valores em termos de tempo, custo, qualidade e escopo são definidos por contrato.
Padrões de gerência de projetos
Ao longo do tempo, houve diversas tentativas para desenvolver padrões internacionais
de gerência de projetos. Dentre elas, destacam-se:
• Project Management Body of Knowledge (PMBOK), um conjunto de
conhecimentos gerenciado pela organização Project Management Institute. Tem-se
tornado um padrão de fato em diversas indústrias;
• ISO 10006: 1997, Quality management - Guidelines to quality in project
management;
• PRINCE2™: Projects IN a Controlled Environment;
• Referencial Brasileiro de Competências (RBC), um dos conjuntos de
conhecimentos mais recentes sobre gerenciamento de projetos, aborda além dos
processos de gestão, competências Associação Brasileira de Gerenciamento de Projetos
(ABGP);
• ''IPMA Competence Baseline'' (ICB), edição mais recente do corpo de
conhecimento desenvolvido pelo International Project Management Association, cuja
representação no Brasil é realizada pela ABGP. Trata do olho da competência em
gerenciamento de projetos e tenta trazer à área uma visão mais holística e inovadora do
gerenciamento de projetos.
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PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE
O Project Management Institute (PMI) é uma instituição internacional sem fins
lucrativos que associa profissionais de Gestão de Projetos. No início de 2011 já era
considerada a maior associação do gênero no mundo, uma vez que integra mais de
260.000 membros em cerca de 170 países.
O escritório central localiza-se em Newtown Square, na periferia da cidade da
Filadélfia, em Pensilvânia (Estados Unidos). Seus principias objetivos são:
formular padrões profissionais de gestão de projetos;
gerar conhecimento por intermédio da investigação;
promover a gestão de projetos como profissão através de seus programas de
certificação.
História do PMI
O PMI foi fundado em 1969 por cinco voluntários. Seu primeiro seminário se realizou
em Atlanta (Estados Unidos), do qual participaram mais de oitenta pessoas. Na década
de 70 se realizou o primeiro capítulo, o que permitiu realizar fora dos Estados Unidos o
primeiro seminário. No término de 1970, quase 2.000 membros formavam parte da
organização. Na década de 80 se realizou a primeira avaliação para a certificação como
profissional em gestão de projetos (PMP por sua sigla em inglês); além disto, se
implantou um código de ética para a profissão. No começo dos anos 90 foi publicada a
primeira edição do Guia do PMBOK (Project Management Body of Knowledge), o qual
se converteu no pilar básico para a gestão e direção de projetos. Já no ano 2000, o PMI
era integrado por mais de 40.000 pessoas na qualidade de membros ativos, 10.000 PMP
certificados e quase 300.000 cópias vendidas do PMBOK.
Desde então, o PMI cresceu e tornou-se o maior defensor mundial da profissão de
gerenciamento de projetos. O PMI conta com mais de 350.000 associados – em mais de
160 países. Todos os principais setores estão representados, inclusive tecnologia da
informação, defesa e aeroespacial, serviços financeiros, telecomunicações, engenharia e
construção, agências governamentais, seguro, saúde e muitos outros.
A meta principal do PMI é avançar na prática, na ciência e na profissão de
gerenciamento de projetos em todo o mundo, de uma maneira consciente e pró-ativa,
para que as organizações em todos os lugares apóiem, valorizem e utilizem o
gerenciamento de projetos – e então atribuam seus sucessos a ele.
Além das oportunidades de associação, o PMI administra e coordena um programa de
credenciamento mundialmente reconhecido, que promove o desenvolvimento da
profissão e da carreira. Embora existam atualmente três designações diferentes de PMI
disponíveis, o Profissional de gerenciamento de projetos (PMP), que foi iniciado em
1984, é o mais conhecido.
Existem atualmente mais de 240.000 portadores da credencial de PMP certificados em
todo o mundo. A designação PMP é universalmente reconhecida e aceita porque
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significa experiência, realização educacional e conhecimento profissional – as
verdadeiras bases para uma prática competente como gerente de projetos.
Ao se filiar ao PMI, os gerentes de projetos se associam a uma organização
comprometida com a excelência. Os associados são convidados a se filiarem a um
capítulo na região geográfica mais próxima, um dos 248 disponíveis em todo o mundo.
A associação ao capítulo possibilita o contato com uma rede local de especialização e
oportunidades para interação com a presença física dos pares de diversos setores.
Existem também 30 grupos de interesse específico (SIGs), que atuam como fóruns para
as pessoas ou organizações que compartilham interesses comuns, setor ou foco do
projeto. Existem, ainda, dois colegiados que se concentram em disciplinas específicas:
gerenciamento de desempenho e elaboração de cronogramas.
Para conveniência de seus associados internacionais, o PMI possui dois centros de
serviços regionais fora dos Estados Unidos. Os associados na Europa, Oriente Médio e
África (EMEA) têm um escritório em Bruxelas, Bélgica, enquanto o escritório de
Cingapura presta assistência aos associados na Ásia (Pacífico). Os escritórios de
representação do PMI na China (em Beijing) e nos EUA (em Washington) permitem
que o Instituto amplie o escopo e o impacto de seu alcance e educação.
Project Management Body of Knowledge
O guia Project Management Body of Knowledge, também conhecido como PMBOK
é um livro que apresenta um conjunto de práticas em Gestão de Projetos publicado pelo
PMI e constitui a base do conhecimento em gerenciamento de projetos do PMI. A 5a
Edição (2013) é o documento resultante do trabalho atual realizado pelo PMI (PMI
Product - 00101388701/ISBN13 - 9781935589679).
Trabalho 1
Elaborar com no máximo 8 paginas um artigo que explique para uma pessoa leiga os
seguintes pontos;
a) O que é um projeto ?
b) O que é gestão de projetos ?
c) Quais são as 3 variáveis principais na gestão de projetos? O que significa cada uma?
Trabalho 2
Tema PMI; O que é o PMI ? O que é o PMBOK ?
Para que serve ser credenciado pelo PMI?
Como fazer para ser credenciado pelo PMI?
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GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM 7 PASSOS
Um projeto é um empreendimento temporário, com data de início e fim, cujo objetivo é
mudar, alterar, criar ou aperfeiçoar um bem; produto ou serviço. Gerenciar um projeto é
atuar de forma a atingir os objetivos propostos dentro de parâmetros de qualidade
determinados, obedecendo a um planejamento de escopo, qualidade, prazos
(cronograma) e custos (orçamento).
1. Escolha e adote uma metodologia
Uma metodologia é um processo a seguir que dá maior controle sobre os recursos que
serão utilizados no projeto. Controlando melhor o processo a equipe será mais eficiente
pois entregará o projeto com maior grau de acerto em termos de prazos e custos. O bom
uso de uma metodologia é importante porque permite evitar práticas que levam ao
insucesso e com isso reproduzir o sucesso.
Em última instância, uma metodologia é um conjunto de regras de como conduzir um
projeto com sucesso.
2. Comunique-se: não é só o peixe que morre pela boca!
Quando falta comunicação, os boatos e outras formas de ruídos tomam seu lugar. Na
falta de versão oficial, ficam circulando informações que podem minar a moral da
equipe e levantar suspeitas sem fundamento. O gerente de projeto deve evitar esse tipo
de prática, conhecida por "rádio-peão", dando informações claras e confiáveis sobre o
status do projeto. Certamente esta é uma área em que a diplomacia é essencial.
Se há um problema, o gerente de projetos pode e deve não só falar sobre ele, mas
também informar que está trabalhando na solução, e não apenas comunicar que o
problema existe. Problemas sem uma perspectiva de solução são angustiantes e causam
um desconforto na equipe que muitas vezes é desnecessário.
3. Defina o escopo do projeto e detalhe as atividades
O “escopo do projeto” é o QUE deve ser realizado para se obter um produto ou serviço
com determinadas características e recursos. Comece por definir o que deve ser feito e o
que não deve. Esse processo nos permite entender os contornos do projeto e traçar uma
linha divisória entre o que deve ser feito e o que não deve ser, pelo menos neste
momento. Muitos novatos se perdem em discussões intermináveis sobre recursos do
produto final que o tornariam “perfeito”. Sempre me lembro de um amigo muito
experiente que, ante a minha ânsia em acertar todos os detalhes logo de cara, me dizia
que “o ótimo é inimigo do bom”.
4. Conheça os envolvidos e monte seu time
Todos os envolvidos no projeto são os "stakeholders". Nesse grupo estão não apenas os
membros da equipe, mas também os clientes e fornecedores envolvidos. É importante
que o gerente do projeto conheça os interesses de todos os envolvidos. Imagine como é
arriscado contar com um membro da equipe que não está disposto a colaborar. Em
projetos em que há muito conhecimento técnico envolvido, surge a figura do "líder de
projeto", um profissional com grande conhecimento técnico e com capacidade de
Apostila 1 de Gestão de Projetos 11
liderança entre os técnicos. Em geral é um profissional sênior, com credibilidade junto
aos demais técnicos e com muita bagagem. A experiência desse especialista pode
economizar muito tempo e dinheiro no projeto. Dê-lhe voz ativa, cobre dele insights que
você não tem e respeite a sua opinião. Só assim ele estará sempre do seu lado, mesmo
quando você errar.
5. Desenvolva o cronograma junto com quem põe a mão na massa
Uma vez que temos as tarefas definidas a partir do escopo, temos de estimar a duração
de cada uma. Procure fazer esta estimativa de tempo de execução com a ajuda de quem
está escalado para executar o trabalho. Quem já reformou ou construiu uma casa sabe
que esta tão trivial experiência de gerenciamento de projeto pode acabar mal. Quantas
histórias existem de gente que foi pagando o pedreiro sem atrelar os pagamentos a
entregas de tarefas determinadas. Nestas histórias tristes, o dinheiro acaba antes da obra,
e o pedreiro some, deixando o cliente sem dinheiro e sem a sua casa.
6. Monitore os riscos e seja proativo
Agora que todos sabem o que devem fazer, é importante mitigar os riscos que podem
impedir o bom desenvolvimento do projeto. Desenvolva uma lista de fatores de risco e
um plano para lidar com eles. Mas lembre-se de que são duas coisas diferentes: a
monitoração do risco e controle do risco.
7. Formalize o início e o encerramento do projeto
O início do projeto é um momento solene. O patrocinador deve formalizar a todos os
envolvidos que o projeto está iniciado e o cronômetro está correndo. Sem um
documento que atesta que o projeto começou, o gerente pode não conseguir apoio
algum. Outro momento importante é o do encerramento do projeto. É preciso formalizar
o final para que fique claro para todos os envolvidos, especialmente para o cliente, que
o projeto está concluído e que novas necessidades serão atendidas em um novo projeto.
Conclusão
Acima de tudo, gerenciar projetos é planejar e acompanhar a execução com "um olho no
peixe e outro gato". O gerente do projeto deve se manter alerta e flexível com os
acontecimentos do dia-a-dia mas deve estar sempre se reportando ao plano inicial para
não perder o controle. A principal qualidade do gerente de projeto é saber se comunicar
bem com todos.