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Gestão de resíduos urbanos João Paulo Nardin Tavares

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Gestão de resíduos urbanos

João Paulo Nardin Tavares

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POLUIÇÃO DO SOLOO Solo

É a formação natural na porção superficial da crosta terrestre.

Permite o desenvolvimento vegetal na superfície terrestre

Compreende 29,2% da superfície total da Terra

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POLUIÇÃO DO SOLO

Usos do solo Elemento de fixação e nutrição da vida vegetal;

Fundação para prédios;

Utilizado na área de construção em geral;

Fornece minerais de valor econômico, combustíveis fósseis e água para fins diversos.

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QUALIDADE DO SOLO- Vegetação - Permeabilidade

- Topografia/relevo - Localização da zona saturada

Monitoramento do solo é efetuado por inspeção visual e por levantamento topográfico Prevenção de erosão

Avaliação da permeabilidade do solo Sondagem

Monitoramento da localização da zona saturada Sondagem

Monitoramento das águas subterrâneas a ocorrência de infiltração através do solo.

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FONTES DE POLUIÇÃO DO SOLO

Origem natural (terremotos, vendavais)

Origem antropogênica

- Resíduos de sólidos domésticos, hospitalares e industriais

- Resíduos líquidos sanitários e industriais

- Urbanização e ocupação do solo

- Atividades agropastoris

- Atividades extrativas e de mineração;

- Poluição acidental devido ao transporte de carga.

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DANOS AO SOLO Susceptibilidade à erosão (ação das águas - escoamento

superficial - e vento e remoção das partículas do solo) Alterações no relevo, risco às obras civis e remoção da camada fértil do solo Assoreamento do solo, inundações e alteração no curso d’água.

Construção civil, exploração extrativista, atividade agrícola e irrigação.

Disposição inadequada de resíduos no solo Infiltração de líquidos Contaminação dos mananciais.

Presença de metais nos resíduos (despejos líquidos ind.) Inibe a reposição da vegetação.

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CONTROLE DA POLUIÇÃO DO SOLO

Maneira preventiva: minimização dos riscos

ambientais

Maneira corretiva: manutenção da cobertura

vegetal; alteração da declividade, técnicas de aração e plantio em curvas de nível, sistemas de drenagem e muros de arrimo.

Gerenciamento de resíduos

Medidas que deverão atingir certos objetivos:

- preservar e melhorar a qualidade ambiental;

- contribuir para a saúde humana;

- assegurar uma utilização racional e prudente dos recursos naturais.

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Diretrizes para o Gerenciamento de Resíduos1- Prevenção por tecnologia - Adoção de tecnologias limpas

eliminar/minimizar a geração de resíduos e a demanda de RN.

2- Implantação de processos de reciclagem dos resíduos gerados nas indústrias.

3- Otimização de operações de coleta, segregação, manuseio, transporte e estocagem de resíduos.

4- Adoção do armazenamento dos resíduos.

5- Otimização da disposição final, através do tratamento de resíduos para redução do volume e periculosidade.

6- Busca de soluções para a recuperação da área, depósito e locais.

7- Implantação de programas de auto-monitoramento das áreas e depósitos de resíduos e aterros.

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ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS

Portaria n. 53/1979 - dispõe sobre o controle de poluição provocada por resíduos sólido. Determina normas para tratamento e disposição final de resíduos sólidos.

CONAMA 01/1986 - implementa AIA e RIMA para aterros sanitários e instalações para processamento de resíduos perigosos.

FEDERAL fixa diretrizes. ESTADOS aprovam e fiscalizam projetos de tratamento e disposição de resíduos sólidos. MUNICÍPIOS legislam e atuam na coleta, transporte e depósito de resíduos, serviços de limpeza pública.

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POLUIÇÃO DA ÁGUAA Água

Importância e Características da Água

- Múltipla utilidade

- Essencial à vida

Disponibilidade X Demanda

Gestão Racional do Recurso

- aumentar a eficiência do uso da água

- preservar e gerenciar as fontes de fornecimento de água

- controle e tratamento de efluentes

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PoluiçãoEscassez qualitativa do recurso

Esgotos domésticos - compostos orgânicos biodegradáveis

Despejos industriais - águas residuárias de atividade industrial

Despejos da agropecuária - fertilizantes, pesticidas

Águas urbanas de escoamento superficial - lavagem dos telhados, ruas e rodovias pelas chuvas.

Problemas básicos dos recursos hídricos

- Escassez quantitativa - Escassez qualitativa

- Excesso de água

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TIPOS DE ÁGUA Dura ou salobre - bicarbonatos, sulfatos, cloretos.

Inconveniente para a limpeza corporal e lavagem de roupas e cozimento de legumes.

Salgada ou salina - além dos sais da água dura, apresenta sais de cloreto de sódio.

Mineral - anidrido carbônico, sais neutros de magnésio, potássio e sódio. Valor terapêutico.

Doce - de gosto agradável.

Poluída - substâncias estranhas/pequenos organismos que tornam imprópria.

Contaminada - poluída por germes patogênicos.

Tratada - processos de remoção de impureza.

Pura – sem substâncias estranhas e não serve para o consumo.

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USOS DA ÁGUAConsuntivo - retirada da água de sua fonte natural.

Não consuntivo - não há retirada da água de sua fonte natural.

- Recreação - Preservação da flora e fauna

- Geração de energia - Transporte

Categorias por tipo de água:

Uso primário

- Para o consumo humano, abastecimento doméstico -alimentos e higiene pessoal.

- Requer tratamento de água.

- Padrão de qualidade elevado.

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Uso secundário

- Para fins urbanos e industriais.

Uso público - hospitais, restaurantes, escolas, limpeza pública. Padrão de qualidade = doméstico.

Uso industrial - insumo para processo, geração de vapor a alta pressão - eletricidade. Utiliza água tratada.

Uso terciário

- Utilização da água na própria fonte (sem tratamento).

- Padrão de qualidade é inferior (contaminada ou poluída).

- Hidreletricidade, Irrigação, Agricultura e pecuária, Piscicultura e Navegação.

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QUALIDADE DA ÁGUAO conhecimento da disponibilidade hídrica dos mananciais é importante, dado a escassez deste

recurso e relação com a qualidade H2O.

Assegura certo uso ou conjuntos de usos.

Conhecer e quantificar PARÂMETROS E INDICADORES ESPECÍFICOS

Indicadores de qualidade das águas

Características Físicas das Águas

Temperatura (intensidade de calor). Provoca efeitos danosos à flora e fauna aquática devido a despejos industriais e de usinas térmicas.

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Turbidez (matéria - orgânicas e microorganismos - em suspensão). Reduz ou impede a penetração da luz devido à erosão, mineração, despejos industriais e domésticos.

Sólidos totais em suspensão (sedimentos, argilas e areia).

Cor (substâncias em solução ou colóides). Prejudica a aparência, provoca a turbidez e aumento de temperatura.

Características Químicas das Águas

pH (relação entre H+ e OH-). Provoca danos ao peixe.

Oxigênio dissolvido (OD- quantidade de O2 dis-solvidoem água). Varia com a temperatura e altitude. Fonte: fotossíntese e aeradores.

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A redução da concentração é provocada por despejos orgânicos.

Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO- quantidade de O2 necessária para oxidação da matéria orgânica por bactérias). Aumento da DBO provocado pelos despejos orgânicos.

Demanda Química de Oxigênio (DQO- quantidade de O2 necessária para oxidação da matéria orgânica por agentes químicos). Aumento da DQO provocado pelos despejos industriais. Indicador da presença de matéria.

Metais Fonte: despejos de processos industriais, mineração e garimpos.

Nutrientes (N e P). Essenciais ao crescimento vegetal. Esgotos domésticos aumenta demais. Processo de Eutrofização - proliferação

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Características Microbiológicas das Águas

Coliformes fecais (potencial de contaminação da água por micro patogênicos de origem fecal). Expresso pelo número mais provável (NMP) de organismos do grupo coliforme por 100 ml da amostra. Indicador da presença de organismos patogênicos.

Classificação das ÁGUAS DOCES, SALOBRAS E SALINAS (Conama no 357/2005) em função do USO

Águas Doces - Classe Especial

ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção e à preservação do equilíbrio natural das

comunidades aquáticas.

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Águas Doces - Classe 1

ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado, à recreação e à irrigação de hortaliças.

Águas Doces - Classe 2

ao abastecimento doméstico após tratamento convencional, à recreação e à irrigação de hortaliças e

plantas frutíferas.

Águas Doces - Classe 3

ao abastecimento doméstico após tratamento convencional,à irrigação de culturas arbóreas e à

dessedentação de animais

Águas Doces - Classe 4

à navegação e à harmonia paisagística.

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Águas Salinas - Classe 5

à recreação (1a) , à proteção das comunidades aquáticas e à criação de espécies destinadas à alimentação

humana.

Águas Salinas - Classe 6

à recreação (2a), à navegação comercial e à harmonia paisagística.

Águas Salobras - Classe 7

à recreação (1a), à proteção das comunidades aquáticas e à criação de espécies destinadas à alimentação

humana

Águas Salobras - Classe 8

à recreação (2a), à navegação comercial e à harmonia paisagística.

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Padrões de Potabilidade (Portaria do MS 518/2004)

Aspecto límpido e transparente; não apresenta cheiro ou gosto e não contém nenhum tipo de micro que possa causar doenças.

Os padrões destinados ao abastecimento são medidos por Valores Máximos Permitidos (VMP) de concentrações

das substâncias (mg/l)

Balneabilidade (Conama 274/2000)

Águas destinadas à balneabilidade (recreação de contato primário) enquadradas em categorias:

Excelente Muito Boas Satisfatórias quando 80% das amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores,

colhidas no mesmo local, houver no máximo 250, 500 e 1000 c.f./100 ml, respectivamente.

Impróprias - várias circunstâncias

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ASPECTOS LEGAIS/INSTITUCIONAIS

FEDERAL estabelece normas gerais. ESTADO estabelece programas, controla, executa e fiscaliza os mesmos. MUNICÍPIO estabelece Plano Diretor - uso do solo.

Criação da SEMA (1973) controle da poluição.

Criação do IBAMA (1989) formula, coordena, executa a Política Nacional de Meio Ambiente.

Lei no 9.433/1997- Política Nacional de Recursos Hídricos e Sistema Nacional de Gerenciamento.

Estados instituíram Políticas e Sistemas Esta-duais de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Lei no 9.984/2000- ANA controla, supervisiona ações e atividades associadas aos rec.hídricos.

Resolução CONAMA no 02/1986.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos

Domésticos e Industriais

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Saneamento Básico no Brasil

– 60 milhões de Brasileiros (9,6 milhões de domicílios) não

dispõem de coleta de esgoto. Localizam-se principalmente:

Bolsões de pobreza das grandes cidades;

Cidades com menos de 20.000 habitantes;

Regiões Norte e Nordeste.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Saneamento Básico no Brasil

– Quase 75% de todo o esgoto sanitário coletado nas cidades é

despejado "in natura", o que contribui decisivamente para a

poluição dos cursos d'água urbanos e das praias;

– O esgotamento sanitário requer, portanto, não só a

implantação de uma rede de coleta, mas também um adequado sistema de tratamento e disposição final.

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Representação espacial

do índice de

atendimento total de

coleta de

esgotos, distribuído por

faixas percentuais,

segundo os

estados brasileirosFonte:SNIS(2003)

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos Domésticos

– Águas residuárias provenientes da utilização de água potável

em zonas residenciais e comerciais;

– Caracterizam-se pela grande quantidade de matéria orgânica,

nutrientes (nitrogênio e fósforo) e microorganismos;

– Podem conter microorganismos patogênicos provenientes de

indivíduos doentes (propagação de doenças de veiculação

hídrica);

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos Domésticos

– Composição: Água:99,9% e Sólidos:0,1%

– Sólidos: Substâncias orgânicas:70% e inorgânicas:30%

– Substâncias Orgânicas: proteínas, carboidratos, gorduras;

– Substâncias Inorgânicas: Areia, sais e metais;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos Industriais

– Águas residuárias provenientes das indústrias;

– Podem apresentar produtos químicos que impossibilitem a sua

coleta no mesmo sistema coletor do esgoto doméstico;

– Composição: bastante variada dependendo da indústria;

– Presença de compostos químicos tóxicos e metais pesados;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Efluentes Líquidos Industriais

– Temperatura elevada, provocando desequilíbrios ecológicos no

corpo receptor;

– Nutrientes em excesso, causando a eutrofização da água;

– Um mesmo processo industrial pode apresentar grande

variabilidade nos efluentes dependendo da matéria-prima

utilizada, do processo empregado e do nível tecnológico da

empresa.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Sistemas de Esgotos Sanitários

– Esgoto é o termo utilizado para caracterizar os despejos

provenientes dos diversos usos da água;

– Esgotos sanitários: despejos líquidos constituídos de esgotos

domésticos e industriais lançados na rede pública e águas de

infiltração;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Coletores

• Interceptores

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Coletores– Coletor Predial: canalização que conduz os esgotos sanitários

dos edifícios;

– Coletor de esgotos ou coletor secundário: canalização que

recebe efluentes dos coletores prediais;

– Coletor Tronco: canalização principal de maior diâmetro, que

recebe os efluentes de vários coletores de esgotos,

conduzindo-o a um interceptor e emissário.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores: canalizações de grande porte que interceptam

o fluxo dos coletores com a finalidade de proteger cursos de água,

lagos, praias, etc, evitando descargas diretas

– emissário: conduto final de um sistema de esgotos sanitários,

destinado ao afastamento dos efluentes da rede para o ponto

de lançamento (descarga), sem receber contribuições no

percursso;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores:

– Estações elevatórias: instalações eletromecânicas para elevar

os esgotos sanitários, com o objetivo de evitar o

aprofundamento excessivo das canalizações, proporcionar a

transposição de sub-bacias, a entrada nas estações de

tratamento ou a descarga final no corpo d’água receptor;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores:

– Sifões Invertidos: canalizações rebaixadas que funcionam sob

pressão, destinadas à travessia de canais, obstáculos como

rodovias, ferrovias, etc;

– Órgãos complementares: obras e instalações complementares

que compreendem poços de visita (câmaras de inspeção,

também utilizados como elementos de junção e de mudança

de declividades) e tanques flexíveis;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Interceptores:

– Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs): têm por objetivo

reduzir a carga poluidora dos esgotos sanitários antes de seu

lançamento no corpo de água receptor;

– Obras de lançamento final: destinadas a descarregar de forma

conveniente os esgotos sanitários no corpo de água receptor.

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• Coleta

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• Classificação quanto a eficiência das unidades

–Tratamento preliminar

–Tratamento primário

– Tratamento secundário

– Tratamento terciário

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• Tratamento preliminar

Se dá por meio de grades e caixas de areia, visando à retenção

dos sólidos em suspensão (galhos e demais materiais mais

grosseiros, como terra, areia e gordura decantáveis) que deve ser posteriormente conduzido para aterros sanitários

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• Tratamento primário

Decantação simples por meio da ação da força da gravidade ou

por precipitação química, o que requer o uso de equipamentos.

Nesse estágio é gerado o lodo primário que deve ser

manuseado com cuidado e tratado por processos de secagem ou incineração antes da sua disposição no solo.

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• Tratamento secundário

-Remoção de sólidos finos suspensos que não decantam;

-Filtração biológica;

-Processos de lodos ativados (colônias de

microorganismos mantidas em contato com o líquido);

-Decantação intermediária ou final;

-Lagoas de estabilização.

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• Tratamento Terciário

Quando o lançamento dos efluentes tratados se der em corpos

d’água importantes para a população, seja porque deles se

capta a água para o consumo, seja porque são espaços de

lazer, recomenda-se também o tratamento terciário seguido de

desinfecção, via cloração das águas residuais.

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• Classificação quanto aos meios empregados na remoção ou transformação das características dos esgotos

– Remoção de sólidos grosseiros em suspensão;

– Remoção de sólidos grosseiros sedimentáveis;

– Remoção de óleos, graxa e substâncias flutuantes análogas;

– Remoção de material miúdo em suspensão;

– Remoção de substâncias orgânicas dissolvidas, semidissolvidas e finamente divididas;

– Remoção de odores e controle de doenças transmissíveis

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Classificação quanto a presença de oxigênio

– Processos Aeróbios

A decomposição é feita por bactérias aeróbias que consomem o

oxigênio dissolvido existente na água;

A matéria orgânica é convertida em gás carbônico, água e biomassa

(lodo);

Exemplos: lagoas de estabilização, lagoas aeradas, etc.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Classificação quanto a presença de oxigênio

– Processos Anaeróbios

A decomposição anaeróbia além de transformar a matéria orgânica em

gás carbonico, água e biomassa, promove a formação de gases como o

metano e gás sulfídrico;

A produção de biomassa (lodo) é significativamente menor;

Exemplos: reatores anaeróbios, filtro anaeróbio, etc.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Tratamentos mais utilizados no Brasil

Processos de Tratamento

-Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (UASB);

-Filtro Anaeróbio;

-Lagoas de Estabilização;

-Lagoa Aerada;

-Lodos Ativados;

-Filtro Biológico.

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Representação esquemática de um sistema de tratamentos anaeróbio do tipo UASB

Representação esquemática de um sistema de filtro anaeróbio

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Representação esquemática de um sistema de lagoas de estabilização

Representação esquemática de um sistema de lodos ativados com lagoa aerada

Lagoa Aeróbia

Grade

+

Desarenador Lagoa Facultativa

Corpo Receptor

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Enquadramento dos corpos d’ água– Resolução CONAMA N0 357 de 17/03/2005: estabelece as

condições e padrões de lançamento de efluentes e classifica os

corpos d’ água de acordo com seus respectivos usos;

– O controle do lançamento de efluentes deve ser feito de

maneira que os corpos receptores mantenham-se dentro das

condições estabelecidas pelas respectivas classes;

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Enquadramento dos corpos d’ água– A nova resolução exige mais controle que a anterior

(CONAMA N0 20 de 18/06/1986) e prevê com base na Lei de

Crimes Ambientais, pena de prisão para os que não observarem

os padrões das cargas poluidoras.;

– Dos quase 600 parâmetros da resolução, há 39 novas

condições e 11 valores e condições mais restritivos.

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Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

• Formas potenciais de reuso

Esgotos Domésticos Esgotos Industriais

URBANOS RECREAÇÃOAQÜICULTURA AGRICULTURA INDUSTRIALRECARGA

DE AQÜÍFEROS

NÃO

POTÁVELPOTÁVEL NATAÇÃO

ESQUI AQUÁTICO,

CANOAGEM, ETC.PESCA

DESSEDENTAÇÕES

DE ANIMAIS

POMARES

E VINHAS

FERRAGENS, FIBRAS

E CULTURAS

COM SEMENTES

CULTURAS INGERIDAS

APÓS

PROCESSAMENTOI

PROCESSOS OUTROS

CULTURAS

INGERIDAS

CRUAS

Gerenciamento de Efluentes Líquidos Domésticos e Industriais

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• Monitoramento da rede coletora: Porto Alegre. A câmera de vídeo, em cores e com foco de luz próprio, instalada na

ponta de um cabo, pode ser inserida na tubulação através dos poços-de-

visita e percorrer a distância de até 120 metros, captando imagens do que

se passa por dentro das redes de esgoto cloacal.

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• Monitoramento da rede coletora: Porto Alegre. Permite a determinação do tipo de obstrução que ocorre na rede e se há

rompimentos e ligações irregulares de esgoto;

. O problema pode ser identificado e o procedimento definido sem a necessidade de escavação do solo: economia de tempo e recursos financeiros em escavações desnecessárias;

. Pode-se fazer a intervenção apenas no ponto que está obstruído, diminuindo os transtornos

causados pela interrupção no trânsito de veículos, necessária para realizar os trabalhos em redes de esgoto.

Experiências Inovadoras

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• Sistemas Condominiais: a experiência de Angra dos Reis

. A comunidade é dividida em grupos de vizinhança, denominados condomínios, que serão as unidades básicas do sistema;

. As casas de cada condomínio são ligadas através de um sistema de tubos de PVC, que recolhe o esgoto das residências numa rede coletora formada por tubos mais largos.

. A rede coletora conduz o esgoto para as estações detratamento, que, posteriormente, libera a água semcontaminação.

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• Sistemas Condominiais: a experiência de Angra dos

Reis. As instalações nas residências foram feitas com mão-de-obra e recursos dos

próprios moradores, orientados pelos técnicos da prefeitura;

. Moradores: instalaram a caixa de gordura e a de passagem, e os canos

necessários. Prefeitura: ligação das casas até a caixa de inspeção da rede de

esgotos e estações de tratamento;

. Economia de mais de R$ 800 mil (tubos comprados

diretamente dos fabricantes e contrato com as empresas

apenas para a instalação das redes, divididas em oito lotes de obras.

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•Grãos e Flores produzidos a partir do esgoto: UFRN/Prosab

. As águas do esgoto, se forem devidamente tratadas, podem cultivar milho hidropônico para alimentar o gado com produtividade maior do que os métodos convencionais;

. Os nutrientes presentes nas águasresiduárias funcionam como aduboe provocam crescimento da produção;

. Os pesquisadores da UFRN utilizaramfiltros anaeróbios no tratamentodos esgotos.

Cultivo de milho hidropônico

para forragem

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• Grãos e Flores produzidos a partir do esgoto:

UFRN/Prosab. A pesquisa também testou com sucesso o reaproveitamento desses

efluentes para produção de flores como beneditas, cravos e cravinas por

hidroponia;

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• Próxima aula: Princípios de sustentabilidade