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GESTÃO DE RISCO EM UMA
CARTEIRA DE AÇÕES
Fabio Pinto Coelho
As opiniões e conclusões externadas nesta apresentação são de inteira responsabilidade do palestrante, não refletindo, necessariamente, o
entendimento da Comissão de Valores Mobiliários.
24 de Julho de 2017
Short Bio do Palestrante: Experiência Acadêmica: M.Sc. Em Finanças (COPPEAD-UFRJ), Pós Graduação em Regulação do Mercado de Capitais (IBMEC-RJ), Graduate Diploma em Economia (London School of Economics – em curso), B.Sc. em Administração de Empresas (UFRJ), B.Sc em Direito (UERJ), Aperfeiçoamento em Matemática (Harvard University), Análises e Políticas Macroeconômicas (Pennsylvania State University), entre outros. Professor de cursos de Pós Graduação (MBA e LLM) desde 2006 nas seguintes instituições: IBMEC, PUC RS, PUC PR, Estácio de Sá, HSM Educação e UniBH. Experiência Executiva: Diretor Financeiro (CFO) da Energética Suape II S.A (2009-2014), Diretor Regional (CEO) e Financeiro (CFO) do Senac Rio (2005-2009); Diretor Financeiro (CFO) e Sub-Reitor da Estácio (2003-2004); Analista de Investimentos no mercado de capitais do Brasil e EUA (1991-1999). Atualmente trabalha na Superintendência de Planejamento (SPL) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
APRESENTAÇÃO
Parte 1: Conceitos e técnicas de medição de risco.
Parte 2: Risco de investimento em uma ação.
Parte 3: Risco de investimento em portfólio.
AGENDA
• Risco é um evento incerto, isto é, que pode ou não
ocorrer no futuro.
• É uma medida de dispersão em relação a uma
expectativa (média).
• Sua ocorrência pode ter um efeito adverso, que pode
ser expresso em termos monetários.
• Sua gestão traz grandes benefícios ao investidor,
pois maximiza o potencial de ganhos a longo prazo.
CONCEITO DE RISCO
MENSURAÇÃO DE RISCO: MERCADO
Fonte de Dados: BM&FBovespa
0
10
20
30
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-5,0
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-4,5
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Mai
s
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cia
Bloco
Retorno Diário Ibovespa Período: ago-2014 a out-2016
Freqüência
Média 0,02%
Erro padrão 0,07%
Mediana -0,01%
Desvio padrão 1,66%
Variância da amostra 0,03%
Curtose 57,44%
Assimetria 21,60%
Intervalo 11,37%
Mínimo -4,99%
Máximo 6,39%
Soma 11,47%
Contagem 548
MENSURAÇÃO DE RISCO: AÇÃO
Fonte de Dados: BM&FBovespa
Média 0,05%
Erro padrão 0,10%
Mediana 0,14%
Modo 0,00%
Desvio padrão 2,46%
Variância da amostra 0,06%
Curtose 153,45%
Assimetria 39,18%
Intervalo 19,57%
Mínimo -7,30%
Máximo 12,27%
Soma 28,66%
Contagem 548
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
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Bloco
Retorno Diário BBDC4 Período: agosto 2014 a out. 2016
Freqüência
• Em finanças, o risco costuma ser medido a partir do cálculo do desvio padrão de retornos que seguem uma distribuição normal:
•Veja alguns exemplos do cálculo de risco de ativos no mercado de ações brasileiro.
MEDIÇÃO DO RISCO DE UMA AÇÃO
CÁLCULO DO VALOR EM RISCO (VaR)
Fonte de Dados: BM&FBovespa
Média 0,29%
Erro padrão 0,25%
Mediana 0,39%
Modo 0,00%
Desvio padrão 4,00%
Variância da amostra 0,16%
Curtose 84,20%
Assimetria 17,26%
Intervalo 26,38%
Mínimo -11,29%
Máximo 15,09%
Contagem 250
0
10
20
30
40
50
60
-11,3% -9,5% -7,8% -6,0% -4,3% -2,5% -0,7% 1,0% 2,8% 4,5% 6,3% 8,1% 9,8% 11,6% 13,3% Mais
Fre
qü
ên
cia
Bloco
Retorno Diário Petrobras Período: 14/10/2015 a 17/10/2016
VaR= - 7,54 %
RETORNO E RISCO NO MERCADO DE AÇÕES
Ação E(Ri) σ (Ri) Sharpe
PETR4 0,29% 4,00% 0,06
VALE5 0,06% 3,94% 0,00
BBDC4 0,20% 2,46% 0,06
ABEV3 0,03% 1,32% -0,02
BRFS3 -0,07% 1,97% -0,06
ITUB4 0,16% 2,33% 0,05
PCAR4 0,01% 2,47% -0,02
CESP6 -0,05% 2,85% -0,04
KROT3 0,24% 2,94% 0,06
TOTS3 -0,03% 2,35% -0,04
Rf (dia) 0,05%
Base de dados: cotação diária de fechamento das ações na BM&FBovespa.
• As estatísticas históricas (média e desvio-padrão)
são representativas para estimar retorno e risco ?
• O retorno da ação (base logarítmica) de fato
segue uma distribuição normal no período e
frequência selecionados ? E no futuro ?
• O risco de investimento em uma ação tem
natureza aditiva ou é possível reduzi-lo por meio
da construção de um portfólio ?
QUESTÕES RELEVANTES
MENSURAÇÃO DE RISCO DE PORTFÓLIO DE AÇÕES
• Em mercados eficientes, existe uma relação direta entre retorno e risco.
• O risco inerente ao negócio da empresa (risco não sistemático ou idiossincrático) não impacta no cálculo do retorno do investidor.
• Princípio da Diversificação de Portfólio de Markowitz: os acionistas não devem ser remunerados pela empresa por riscos que podem ser eliminados em uma carteira diversificada de ações.
DIVERSIFICAÇÃO DO PORTFÓLIO
Fonte: http://www.centerfinplan.com/money-centered/2012/2/10/diversification-1st-quarter-2012.html
CÁLCULO DO RETORNO ESPERADO A PARTIR DO RISCO SISTEMÁTICO
• Existem vários modelos para calcular o retorno esperado da ação E(ri).
• O modelo mais utilizado é o Capital Asset Pricing Model (CAPM).
• O CAPM estabelece que o retorno do acionista é função do risco de mercado e é mensurado pela seguinte fórmula:
• Onde E(Ri) é o retorno esperado da ação, bim é o beta da ação em relação ao mercado, E(Rm) é o retorno esperado do mercado e Rf é o retorno do ativo livre de risco.
LINHA DO MERCADO DE CAPITAIS E CAPM
• A Linha de Rf até L é a Linha de Mercado de Capitais (Capital Market Line - CML) • x = prêmio de risco de mercado= E(Rm-Rf) • y = risco = σm
• Coeficiente angular bm= x/y= [E(Rm)-Rf]/ σm
• interseção em y: Rf
CÁLCULO DO RETORNO ESPERADO A PARTIR DE MÚLTIPLOS FATORES DE RISCO
• Modelo alternativo: Arbitrage Pricing Model (APM)
• O APM estabelece que o retorno do acionista em função do risco sistemático é calculado pela seguinte fórmula:
Onde E(Ri) é o retorno esperado da ação e b N é o beta da ação em relação a um fator de risco sistêmico.
• O CAPM é um modelo APT com um único fator (risco de mercado).
• Exemplos de fatores de risco: PIB, taxa real de juros, mudança expectativa de inflação, risco soberano (Credit Default Swaps - CDS).
• Pesquisas empíricas indicam que o APT funciona melhor que o CAPM.