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    SMS - IMPLEMENTAO DOS PRINCPIOS DA QUALIDADE DE VIDA

    Antonio Marcos Souza Maia

    Bacharel em Cincias Biolgicas pela UENFUniversidade Estadual do Norte Fluminense

    Ps-graduado em SMS/ISECENSA

    E-mail: [email protected]

    RESUMO

    Este trabalho se insere no tema Qualidade Total, numa abordagem exclusivamente voltada para aimportncia da Qualidade de vida na Gesto em Segurana, Meio Ambiente e Sade. Um novo ambienteempresarial, associado ao processo de globalizao, est impondo desafios s organizaes, face ao aumentoda complexidade e da acelerao na dinmica das mudanas ambientais. Nesta fase de mudanas profundas,as empresas devero estar mais atentas s novas estratgias que se faro necessrias neste novo ambiente.Particularmente, so citadas a Gesto pela Qualidade Total que requer dos empresrios posturas firmes ecoerentes quanto da implementao a filosofia da qualidade. Quem conseguir entender os sinais do tempofar bons negcios: qualidade gera fidelidade, expanso de clientela, garante o mercado e proporcionamaiores lucros. Qualidade Total exige a participao de todos, empregados e colaboradores sem exceo.Representa uma nova cultura a ser introduzida. Ganhar mais com maiores perspectivas de negcios, numclima de envolvimento e comprometimento de todos dentro da organizao. Este o trajeto a percorrer e sdepende de vontade e determinao. Neste contexto muito se tem falado a respeito da implementao daGesto pela Qualidade Total, mas pouco se tem identificado as reais causas de sucesso ou fracasso daimplementao deste sistema de Gesto. Assim, sendo a partir deste trabalho buscou-se analisar aimplementao dos princpios da Qualidade de Vida na Gesto em SMS como pilar da Qualidade Total,correlacionando a realidade prtica de uma empresa na implementao destes princpios com o que colocamos principais autores da rea em termos de resultados da aplicabilidade dos princpios nas atividadesorganizacionais. Da anlise das informaes obtidas em um estudo de caso, concluiu-se que o Programa deQualidade implantado na Empresa X alcanou as metas estabelecidas, resultando na mobilizao de um

    contingente altamente significativo de pessoas envolvidas para a nova realidade. Esta concluso partiu dodiagnstico da sincronia existente entre a Teoria X Prtica da Empresa X na implementao dos princpiosda Qualidade de Vida na Gesto em SMS, obtendo-se como resultado o sucesso do programa oraestabelecido e a expanso dos negcios. A Qualidade quando bem estruturada, baseada na consonncia entreteoria e prtica dos princpios ora estabelecidos; com envolvimento e comprometimento de todos, resultarem benefcios positivos, evidenciando-se assim o sucesso da organizao.

    Palavras-Chaves: qualidade de vida no trabalho; gesto em SMS; sade do trabalhador.

    ABSTRACT

    This work is about Total Quality, in a boarding exclusively directed toward the importance of the Quality of

    life in the Management in Security, Environment and Health. A new business environment, associated to theprocess of globalizations, is challenging the organizations, face to the increasing of the complexity and theacceleration on the dynamic of the environmental changing. In this phase of deep changes, the companieswill have to be more attentive the new strategies which will be necessary in this new invironment,particularly, the Administration for the Total Quality, which requires from the managers firm and coherentattitudes when implanting the philosophy of the quality. Whoever is able to understand the signs of time willmake good businesses: quality makes faithfullness, enlarges clientele, guarantees the market and alsogenerates greater profits. Total Quality demmandes everyones participation, either from employes orcollaborators, with no exceptions. It also represents a culture just about to be introduced, getting moreatmosphere of participation and commitment from every one within the organization. This is the path to bewalked and it depends only on desire and determination. In this context, much has been said about theimplantation of Total Quality Administration whereas very little has been said that was actually identified as

    the real causes for the sucess of failure of this Administratuin system. Therefore, in this work we attempt toanalyse the implantation of the principles of the Quality of Life in Management in SMS as pillar of theQuality of Total, correlating the practical reality of a company during the implantation of these principles

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    with the main authors opinions in terms of the principles aplicability in organizational activities. From theinformation analyzes achieved in a case considered, we conclude that Quality program implanted onCompany X reached the established goals, resulting in the mobilization of an extremely significantquantity of people involved in the new reality. This conclusion was taken from the sincronys diagnosisbetween Theory versus Practice at Company X in the implantation of the principles of the Quality of Lifein the Management in SMS, resulting in the programs sucess and business expansion. A well structuredquality, based in the relation cause (practive) effect (theory), with everybodys involvement and

    commitment, will result in positive benefits, showing, this way, the organizations success.

    INTRODUO

    Na era da globalizao, interdependncia e competio planetria, as empresas so bombardeadas,diariamente, por novidades oriundas do mundo social, econmico, poltico e tecnolgico. Variaes nodesempenho econmico entre pases, nas alianas polticas, na liberdade de comrcio, surpreendem asempresas a cada dia. Tecnologias de produo desatualizam-se em uma velocidade espantosa. Alm disso, aampliao dos direitos de cidadania reflete-se em prerrogativas de consumidores e usurios aumentando seuspoderes e suas exigncias sobre as empresas que demandam mais e melhores servios e produtos, todas elaslutando pela qualidade e por novas relaes de clientela e de trabalho. Se o mundo melhor, ele tambmdeve ser dramaticamente diferente (Caravantes, 1997).

    A sobrevivncia das empresas torna-se mais rdua pela necessidade de atender s demandas de umasociedade cada vez mais consciente de seus direitos. A incerteza e os novos desafios deixam o futuro dasempresas altamente dependente das formas pelas quais operam e se transformam. Assim a busca daeficincia competitiva e da satisfao de novos interesses e prioridades exige novas tcnicas, conhecimentose habilidades na mudana (Caravantes, 1997).

    Evidncias constatam que estamos at o momento mergulhados num mundo, onde empresrioslimitam seu raciocnio a uma s direo e vem de forma veemente o lucro como nica e exclusivafinalidade de uma organizao. Tomando isto como verdade, infelizmente podamos definir uma empresacomo um bando de autmatos que trocam oito horas do seu dia por um cheque no final do ms para fazer opatro cada vez mais rico. Hoje em dia, porm, o desenvolvimento da mentalidade humana leva as pessoas a

    no mais se submeter a uma relao burocrtico-jurdica, na qual dois teros de seu tempo de vida sodestinados exclusivamente sobrevivncia.O movimento da cidadania, o crescimento tico, o aumento do nvel cultural e da prpria auto-estima

    fazem com que est definio seja substituda por um conceito mais nobre, situado num patamar bem acimado da definio anterior. Uma empresa uma integrao de seres humanos que se juntam numempreendimento para agregar valor ao universo e a humanidade com o objetivo de encantar clientes,desenvolver colaboradores e parceiros, atuar positivamente na comunidade e evidentemente remunerar seusacionistas.

    Face ao conceito de empresa dado anteriormente recorremos chamada nova estrutura decapitalismo, no qual, segundo Junqueira & Vianna (1996) denota a formao de uma estrutura chamada desocial, em substituio ao unilateral capitalismo monetarista. Neste contexto, o lucro para o empresrio passaa ter um novo significado sendo apenas subproduto das coisas bem feitas. O lucro o resultado do trabalho

    bem feito com o envolvimento de todos os membros da organizao. O bem estar e o sucesso da organizaopassaram a ser objetivo de todos, tornando conseqentemente a empresa lucrativa; no como uma obsesso,mas sim num esforo conjunto e crescente.

    A excelncia das organizaes, no resultado somente da tecnologia empregada, dos recursosfinanceiros disponveis ou mesmo dos processos e mtodos adotados pela empresa. A excelncia simresultado de polticas bem definidas e que tem como elemento fundamental para o sucesso organizacional oelemento humano tornando-o a essencialidade do processo produtivo. E no mais acessrio como os objetosque podem ser manipulados, guiados e at mesmo jogados no lixo.

    Segundo Fonseca (2004), a partir do incio da dcada de 80, comeou a ficar evidente que ascrescentes exigncias do mercado, os aspectos custo e qualidade, associados a uma maior concorrnciaecolgica, geraram um novo conceito de qualidade, holstica e orientada, tambm, para a qualidade de vida.

    Diversos fatores, tais como a globalizao da economia, fizeram com que as empresas fossem

    obrigadas a sair do antigo estado de acomodao, para buscar novas vantagens competitivas que garantissema sua sobrevivncia. Para enfrentar um consumidor cada vez mais exigente e uma concorrncia acirrada, asempresas brasileiras vm realizando uma verdadeira Revoluo da Qualidade.

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    A velocidade e a abrangncia com que as mudanas vm ocorrendo atualmente preocupamsobremaneira a alta administrao da empresa, que v como uma oportunidade a implementao doPrograma de Qualidade Total. Baseado na total satisfao dos clientes, oferecendo todas as ferramentasnecessrias, para que a diretoria e empregados possam escolher o melhor caminho a ser trilhado, comogarantia no somente de sobrevivncia, mas tambm da expanso das atividades empresariais.

    A Qualidade tornou-se estratgia bsica para a atual competitividade e sua liderana a chave para osucesso nos negcios a partir da dcada de 90. Qualidade tornou-se simplesmente o fator mais significativo,

    conduzindo empresas nos mercados nacional e internacional ao xito organizacional e ao crescimento. Oretorno sobre o investimento, obtido por meio de eficazes programas da qualidade de vida, est gerandoexcelente rentabilidade nas empresas quando acompanhado de estratgias eficientes para a qualidade total,como exemplo disso temos a Vale e Petrobrs.

    O elemento essencial, para a obteno da qualidade a participao, e o apoio entusistico dostrabalhadores individuais, de departamentos inteiros e o mais importante da cpula. A Orientao para aqualidade o compromisso inequvoco e irretratvel, assumido pela alta cpula e acordado em todos osnveis, de fazer da Gesto da Qualidade Total (GQT) o foco das atenes da empresa; de perseguir sempre,sempre e sempre, a perfeio no desempenho de todas as funes e processos empresariais (Labodov,2003). Assim, sem slido sistema de qualidade de vida no possvel existncia de uma organizaoestruturada da qualidade total.

    A Qualidade no Brasil, baseado no modelo japons, iniciou enfocando os produtos, a produo e aaplicao de tcnicas, sendo que foi a partir da dcada de 80 que se voltou para o comportamento humano,englobando idias de gesto participativa, nfase em treinamento, liderana, motivao, comunicao ecomprometimento.

    A ao dos recursos humanos na produo da qualidade tem sido fundamental e provavelmentecontinuar sendo assim. Ainda que possam ser empregados recursos de automao para a organizao dosistema e a utilizao de dispositivos que visem operar procedimentos nas linhas de produo, sempre sernecessria a presena do elemento humano para gerenciar o processo. Nenhum outro elemento do processoprodutivo tem uma contribuio to relevante para oferecer como o homem. O elemento humano o recursoque exige o maior investimento mas tambm determina o maior retorno, em termos de contribuio para aqualidade (Caravantes, 1997).

    Conforme Deming (1990) a ao da mo de obra fator determinante para a produo da qualidade.

    Representa a mais relevante contribuio para tal fim. Por esta importncia, tem sido conferida ao efetivoenvolvimento da mo de obra na produo da qualidade significativa parcela de todos os esforosdesenvolvidos neste mbito.

    Grandes pesquisadores consideram o homem o centro das atenes, o ponto de partida para amudana no clima organizacional. Para renovar a organizao imprescindvel enfatizar a valorizao dohomem por meio de polticas de qualidade de vida. O empregado deve ser valorizado como pessoa e comoprofissional, pois o indivduo satisfeito com as condies , o tratamento que a organizao oferece e com otrabalho que executa, ir desempenhlo com nveis crescentes de qualidade e eficincia (Caravantes, 1997).

    A partir desta concepo que proponho como objeto de estudo a qualidade de vida como pilarfundamental das prticas da implementao do GQT em empresas, considerando trs estudos de caso locaisna regio do norte-fluminense.

    Segundo Garvin (2002) preciso valorizar a qualidade de vida dos funcionrios de nossas

    organizaes, dando nfase a sua criatividade, habilidades interpessoais, autonomia, entre outras, oucorremos o risco de fecharmos as portas. Os gerentes agora precisam modificar o seu papel de supervisorpara o de facilitador, de capacitador, de algum cuja funo desenvolver as pessoas e suas habilidades,tornando-as capazes de realizar por si prprios processos adicionadores de valor.

    O presente trabalho associa-se a uma curiosidade lanada pela Revista Exame datado de 1997, quenuma edio especial diagnosticava as melhores empresas Brasileiras para se trabalhar. Estas empresastinham como referencial de sucesso a valorizao do ser humano; investindo nas pessoas e criando um bomambiente de trabalho. Todas as empresas (30) destacadas pela pesquisa realizada pela Revista, de uma formaou de outra foram bem sucedidas devido as suas polticas na rea de recursos humanos. Para estas no havianada que pesasse mais para a satisfao e realizao dos funcionrios que a certeza de estarem sendo vistos,valorizados e estimulados. Havendo desta forma, conforme declaraes consonncia entre o que asempresas pregavam e praticavam.

    Diante da valorizao do trabalhador, poltica esta requerida pelos princpios da Qualidade Total,procurar-se- por meio de estudos de caso realizados em trs Empresas da Rede Privada do estado do Rio deJaneiro, caracterizar a possvel dicotomia existente entre a teoria e a aplicabilidade dos princpios da

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    Qualidade Total na gesto dos recursos humanos.Desenvolver-se- este trabalho, objetivando: primeiramente situar a viso do capital humano

    mediante as teorias administrativas; em segundo plano far-se- uma reviso do que dizem os principaisespecialistas a respeito da gesto pela qualidade de vida e suas metodologias; seguindo-se um panoramageral sobre a Qualidade Total; e finalizando a partir de experincia vivenciada em trs empresas privadas doestado do Rio de Janeiro, diagnosticar-se- a possvel dissonncia entre a teoria e a prtica da aplicabilidadedos princpios da Qualidade de Vida na Gesto da Qualidade Total (GQT) com a repercusso deste

    diagnstico na produtividade das organizaes.

    MATERIAIS E METODOS

    O presente trabalho desenvolveu-se em trs etapas: a) Reviso Bibliogrfica; b) Estudo de Caso; c)Anlise dos dados;

    Sobre a etapa de estudo de caso, h a necessidade de se detalhar para melhor compreenso, ametodologia de pesquisa utilizada. Devido s caractersticas do fenmeno pesquisado, o mtodo de pesquisaqualitativa demonstrou ser o mais adequado.

    Os dois mtodos existentes (qualitativo e quantitativo) diferenciam-se no s pela sistemticapertinente a cada um deles, mas, sobretudo pela forma de abordagem do problema. Com isso, faz-senecessrio enfatizar que o mtodo precisa estar apropriado ao tipo de estudo que se deseja realizar, mas anatureza do problema ou o seu nvel de aprofundamento que, de fato, determina a escolha do mtodo(Rychardson, 1989).

    A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador comoum dos seus principais instrumentos. Diante da realidade que se insere os aspectos da pesquisa qualitativapressupem uma ordem de grandeza mensurvel traduzida em informaes. A metodologia qualitativa nose limita a utilizao ilustrativa de caractersticas. Ela se serve do instrumento para mostrar as verdadesescondidas atrs dos nmeros. A qualificao no dispensa considerar os fatores quantitativos, na medida emque ela possvel fornece uma base mais slida ao nosso conhecimento.

    De acordo com Buescu (1983), o emprego dos nmeros (quantificao) pode-se dar nas seguintesmodalidades: a) para caracterizar melhor um fato, b) para fazer comparaes em tempo e espao e c) para

    descobrir aspectos novos por cima dos dados numricos diretos.Caso em que o propsito do projeto implica em medir relaes entre variveis (associao ou causa -efeito), em avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se utilizar preferentemente o enfoqueda pesquisa quantitativa e utilizar o melhor meio possvel de controlar o delineamento da pesquisa paragarantir uma boa interpretao dos resultados. So chamados delineamentos analticos ou relacionais,planejados para explorar as associaes entre variveis especficas.

    Segundo Staw (apud Roesch,1996), a pesquisa quantitativa apropriada para avaliar mudanas emgrandes organizaes. Quando se trata de programas abrangentes, como reestruturao do trabalho, sistemaparticipativo, programa de incentivos, interessante introduzir mudanas numa base experimental. A idia testar se vale a pena introduzir tal sistema ou programa; se o momento oportuno; se as pessoas vo tercondies de oper-lo e, evidentemente, se produz bons resultados. Em pesquisas de carter quantitativo,normalmente se procura identificar relaes de causa e efeito entre fenmenos qualitativos.

    Na coleta de dados podero ser utilizados questionrios, testes padronizados, entrevistas eobservaes, instrumentos esses que so empregados em outros tipos de estudo. O pesquisador deve escolheros instrumentos mais adequados para efetuar a coleta de informaes. Entretanto, vale salientar que a formacomo se elaboram e aplicam instrumentos que varia segundo o tipo de estudo. No caso de estudos decorrelao, as respostas dos indivduos precisam ser quantificadas para possibilitar o tratamento estatsticoque, posteriormente, servir para verificar a consistncia das hipteses. Ainda no mtodo quantitativo, asperguntas do questionrio ou entrevista so formuladas clara e detalhadamente; mantm-se o anonimato doentrevistado para evitar a distoro nas respostas; as definies so precisas e se operacionalizam comindicadores especficos (Ackoff,1975).

    As empresas analisadas apresentam Sistemas de Gesto, e Chiavenato (2000) conceitua sistemacomo sendo um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final maior do que a soma dosresultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada.

    O conceito de sistema aberto perfeitamente aplicvel organizao empresarial (Soler, 2002). Suadinmica pode ser visualizada na figura 3.A, onde so descritas as interaes entre o meio ambiente, noincio e no final do processo, e a organizao.

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    Figura 3.A: A organizao como um sistema aberto.

    Fonte: Adaptado de Chiavenato (2002)

    Analisando-se sob o aspecto empresarial, os objetivos de um sistema de gesto so o de aumentarconstantemente o valor percebido pelo cliente nos produtos ou servios oferecidos, o sucesso no segmento demercado ocupado (atravs da melhoria contnua dos resultados operacionais) a satisfao dos funcionrioscom a organizao e da prpria sociedade com a contribuio social da empresa e o respeito ao meioambiente (Viterbo Jr, 1998).

    Para que tais objetivos sejam alcanados, importante a adoo de um mtodo de anlise e soluode problemas, para estabelecer um controle de cada ao. H diversos mtodos sendo utilizados atualmente.A maioria deles est baseada no mtodo P.D.C.A. Plan, Do, Check, Act, que se constitui em um referencialpara diversos sistemas de gesto conforme a figura 3.B.

    Figura 3.B: Esquema geral do ciclo PDCA adaptado de Lidinei; disciplina Qualidade Total e as Normas ISO Ps-SMS / ISECENSA 2007.

    Com a crescente presso para que as organizaes racionalizem seus processos de gesto, vriasdelas vem na integrao dos Sistemas de Gesto uma excelente oportunidade para reduzir custos

    relacionados, por exemplo, manuteno de diferentes estruturas de controle de documentos, auditorias,registros, dentre outros (Godini & Valverde, 2001). Tais custos e aes, em sua maioria, se sobrepem e,portanto, acarretam gastos desnecessrios.

    A integrao dos sistemas de gesto pode abranger diversos temas, tais como: qualidade, meio

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    ambiente, segurana e sade ocupacional, recursos humanos, controle financeiro, responsabilidade social,dentre outros, conforme esquematizado na figura 3.C. Contudo o presente trabalho tem enfoque no aspectorelativo a qualidade de vida do trabalhador presente na Gesto de Sade e Segurana do Trabalho (SGSST em algumas bibliografias o termo descrito como SGSSO Sistema de Gesto de Sade e SeguranaOcupacional).

    Figura 3.C: Modelo de SGI abrangendo vrios aspectos

    Fonte: www.qsq.com.br

    Na maioria dos casos, as empresas de grande porte tm tomado a iniciativa de tais implantaes.Contudo, acredita-se que a aplicao dos conceitos de SGI em empresas de porte mdio e pequeno poderepresentar uma relevante oportunidade de desenvolvimento, objetivando sua permanncia e crescimento nomercado (QSP, 2008).

    O SGI o acoplamento dos elementos do SGSST e do SGA para a integrao dos mesmos sobre aestrutura do SGQ, tornando-se mais fcil devido ao fato de serem ambos concebidos a partir do modeloP.D.C.A. Plan, Do, Check, Act (Planejar, Executar, Verificar e Agir Ciclo de Melhoria Contnua) emelhor visualizado na figura 3.D (QSP, 2008).

    Figura 2.D: Esquema de um Sistema de Gesto IntegradoFonte: www.qsq.com.br

    Esta destacou os benefcios mais significativos proporcionados pelo SGI para as Organizaes que

    tomaram parte do levantamento. Tais benefcios so: Otimizao de atividades de conscientizao e treinamento; Melhoria na gesto de processos;

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    Anlises crticas pela direo mais eficazes; Maior comprometimento da direo; Reduo de documentos.

    Tambm foram abordados os principais obstculos que tiveram que ser superados para a implantaodo SGI, dentre os quais se destacam:

    Treinamento e conscientizao de funcionrios de unidades descentralizadas;

    Conceitos diferentes envolvidos no SGI; No-comprometimento de gerentes e empregados; No-uniformidade de procedimentos em toda a empresa; Dificuldade na interpretao e correlao das normas; Dificuldade de quebrar o paradigma de que um sistema mais importante que o outro.

    A anlise dos dados do estudo de caso realizado neste trabalho de ps-graduao consiste natabulao dos dados coletados para compreender, esclarecer, validar ou refutar os objetivos iniciais desteestudo.

    RESULTADOS

    As empresas selecionadas para o estudo so: Empresa X de grande (multinacional), uma Y de

    mdio e uma Z de pequeno porte. A considerao quanto ao porte da empresa e sua classificao foramfeitas conforme critrio utilizado pelo SEBRAE quanto ao nmero de trabalhadores, conforme tabela 3.1.

    Tab. 3.1. Classificao das Empresas pelo PorteFonte www.sebrae.com.br

    A maioria das empresas que tem interesse na implementao de um SGSST Sistema de Gesto deSade e Segurana do Trabalho conforme a OHSAS 18001 j tem um Sistema de Gesto de Qualidadeimplementado de acordo com a ISO 9001. Este fato, que o caso das empresas selecionadas, pressupeque as organizaes j possuem uma cultura quanto s prticas gerenciais que, via de regra, facilita aintegrao dos demais sistemas de gesto, formando um Sistema de Gesto Integrado.

    As especificaes e requisitos contidos na OHSAS 18001 e na ISO 14001 foram baseadas na ISO9001 para facilitar a integrao entre as mesmas. apresentada, na tabela 3.2, a transcrio das etapas aserem cumpridas para os casos de implementao de SGSST e SGA, conforme texto da OHSAS 18001 eISO 14001, respectivamente. De fato, percebe-se que a maioria das etapas segue a mesma estrutura.

    Nas referidas normas so definidos elementos e procedimentos mnimos que, se foramadequadamente fundidos, possibilitam organizao implementar um Sistema de Gesto Integrado de

    Segurana, Meio Ambiente e Sade do trabalhador de forma eficiente.

    Etapas a serem cumpridasSGA conforme ISO 14001 SGSST conforme OHSAS 18001

    1. Requisitos gerais 1. Requisitos gerais2. Poltica ambiental 2. Poltica de sade e segurana3. Planejamento 3. Planejamento3.1. Aspectos ambientais 3.1. Identificao de fator de risco, avaliao e

    controle de risco3.2. Requisitos legais e outros requisitos 3.2. Requisitos legais e outros requisitos3.3. Objetivos e metas 3.3. Objetivos3.4. Programas de gesto ambiental 3.4. Programa de gesto de sade e segurana do

    trabalho4. Implementao e operao 4. Implementao e operao4.1. Estrutura e responsabilidade 4.1. Estrutura e responsabilidade

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    4.2. Treinamentos, conscientizao ecompetncia

    4.2. Treinamentos, conscientizao ecompetncia

    4.3. Comunicao 4.3. Consulta e comunicao4.4. Documentao do SGA 4.4. Documentao4.5. Controle de documentos 4.5. Controle de documentos e dados4.6. Controle operacional 4.6. Controle operacional4.7. Preparao e atendimento a emergncias 4.7. Preparao e atendimento a emergncias5. Verificao e ao corretiva 5. Verificao e ao corretiva5.1. Monitoramento e medio 5.1. Monitoramento e medio do desempenho5.2. No-conformidade e aes corretivas epreventivas

    5.2. Acidentes, incidentes, no conformidade, eaes corretivas e preventivas

    5.3. Registros 5.3. Registros e gerenciamento dos registros5.4. Auditoria do sistema de gesto ambiental 5.4. Auditoria6. Anlise crtica pela administrao 6. Anlise crtica pela administraoTabela 3.2 Etapas a serem cumpridas para o atendimento ISO 14001 e OHSAS 18001Fonte: ISO 14001 e OHSAS 18001.

    A partir da anlise e integrao das normas de referncia, foram organizados os itens que englobam

    as diferentes reas. Dessa forma, chegou-se relao de princpios, conforme quadro 3.1. No seroabordados os temas referentes gesto da qualidade, pois se entende que est a base do sistema efundamental para uma organizao sobreviver.

    REQUISITOS GERAIS DO SGI Meio Ambiente e Sade e Segurana do Trabalho POLTICA DO SGI Meio Ambiente e Sade e Segurana do Trabalho PLANEJAMENTO1. Identificao de aspectos e impactos ambientais e identificao de fatores, avaliao e controle de

    riscos associados s atividades, produtos e servios;2. Requisitos legais e outros requisitos;3. Definio e objetivos e metas de Meio Ambiente e Sade e Segurana do Trabalho; e4.

    Programas de SGI Meio Ambiente e Sade e Segurana do Trabalho. IMPLEMENTAO

    1. Estrutura e responsabilidades2. Treinamentos, conscientizao e competncia3. Consulta e comunicao4. Documentos do SGI e controle de documentos5. Controle operacional6. Preparao e atendimento a emergncias VERIFICAO E AO CORRETIVA1. Monitoramento e medio de desempenho2. No-conformidade e aes corretivas e preventivas3. Registros4. Auditoria do SGI Meio Ambiente e Sade e Segurana do Trabalho ANLISE CRTICA PELA ADMINISTRAO

    Quadro 3.1. Metodologia de SGI Sistema de Gesto IntegradaFonte: Adaptao a partir da ISO 14001 e OHSAS 18001

    A implantao de Sistemas de Gesto Integrados visa reduo de custos para as empresas, assimcomo, otimizao dos servios e melhores resultados para as polticas da empresa, tanto no que diz respeito segurana dos funcionrios quanto a sua sade e neste ponto que entra a qualidade de vida do trabalhador.

    A empresa de pequeno porte possui apenas a gesto da segurana e percebe a necessidade comrespeito s questes de sade ao se deparar com nmeros elevados nos casos de afastamento sem leso e comleso. Nmeros estes que chegam a 350% maiores quando comparados ao da empresa de grande porte. Naempresa de mdio porte os nmeros so 100% maiores que as de grande porte conforme Grfico 3.1, pois jse preocupam com a sade e qualidade de vida do trabalhador, porm a implantao do sistema de gesto emsade bem recente, mais j foi possvel ver estatisticamente que reduziram 38% dos nmeros deafastamento anteriores. Acredita-se que este valor chegar a 50% quando o sistema estiver completamente

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    implantado, e com melhoramento contnuo ocorrer ainda maior reduo.Segundo informaes do gestor de sade da empresa de grande porte a sade do trabalhador comea

    pela boca, alm de uma boa alimentao promovida pela empresa ao se utilizar do PAT Programa deAlimentao do Trabalhador, atravs de refeitrios prprios, terceirizados ou ticket alimentao, h tambma distribuio de cestas bsicas para ajudar no reforo da alimentao familiar. Um funcionrio bemalimentado tem o seu rendimento melhorado, pois, todas as suas necessidades bsicas de nutrio sosupridas atravs de uma boa alimentao. Alm do PAT, as empresas podem e devem promover e estimular

    o tratamento dentrio de seus funcionrios que tambm uma necessidade bsica. No adianta alimentar oempregado de maneira adequada se a absoro desses alimentos no bem aproveitada devida uma pssimamastigao.

    O SGSST tem evoludo ao longo dos anos e com isso vrios profissionais da rea de sade tem seespecializado nessa categoria. A Odontologia do Trabalho uma das especialidades que aparecem devido necessidade desse profissional no meio laboral. Promover uma boa sade bucal um dos primeiros passospara evitar vrias doenas que acometem o trabalhador. Com a sade em dia e com uma boa alimentao, otrabalhador falta menos ao trabalho, aumenta a produtividade e, por conseguinte sofre menos acidentes.

    BOLETIM SEMESTRAL

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    GRANDE MEDIO PEQUENO

    PORTE DAS EMPRESAS

    NDEAFASTAMENTOS

    Grfico 3.1. Boletim Semestral do n de afastamentos nas empresas estudadas.Fonte: Controle Interno das Empresas Analisadas.

    Alimentar adequadamente o trabalhador de maneira adequada mais fcil do que se pensa. OPrograma de Alimentao do Trabalhador PAT foi institudo pela Lei n 6.321, de 14 de abril de 1976 eregulamentado pelo Decreto n 5, de 14 de janeiro de 1991. As empresas inscritas no programa podemdeduzir o valor no seu Imposto de Renda devido, ou seja, um bom negcio para as empresas que temtrabalhadores mais saudveis, bom para o governo que ajuda no bem estar social de todos os envolvidos noprograma e bom principalmente para os trabalhadores que tem a sua sade preservada e com garantia devida produtiva e laboral.

    Muitas vezes as solues dos problemas so relativamente simples, o que falta vontade para

    resolv-los. A empresa deve se utilizar de vrios instrumentos para promover a sade do trabalhador, almdas solues citadas anteriormente, h que se criar tambm um programa de orientao e esclarecimentosatravs de palestras freqentes, com profissionais gabaritados para que o trabalhador esteja sempre orientado.

    Um bom programa de Ginstica Laboral ajuda a prevenir acidentes de trabalho. As empresas quetem investido nesses programas perceberam claramente os resultados, pois o ganho de condicionamentofsico dos seus empregados tem reflexo na sade e produtividade.

    Campanhas contra o Tabagismo, Alcoolismo e Sexo Seguro so assuntos que a empresa deve ter empauta nas SIPATs (Semana Interna de Preveno de Acidentes de Trabalho) ou em palestras espordicasdurante todo o ano. A CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes) tem como objetivo observar erelatar as condies de risco nos ambientes de trabalho e solicitar as medidas para reduzir at eliminar osriscos existentes e/ou neutraliz-los, discutindo os acidentes ocorridos e solicitando medidas que osprevinam, assim como orientando os trabalhadores quanto a sua preservao.

    As empresas devem promover treinamentos aos seus empregados, de modo a desenvolver ascompetncias e disseminar a cultura da preveno e sade. Sendo de grande valia as palestras, cursos,seminrios e eventos que busquem tais objetivos. importante tambm que sejam criados dispositivos de

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    avaliao dos treinamentos (testes orais e escritos / observao do desempenho supervisionado).Conscientizar o trabalhador da importncia da correta utilizao dos equipamentos de proteo EPI(equipamento de proteo individual) e do seu uso obrigatrio no ambiente de trabalho, e instalao de EPC(equipamento de proteo coletivo) no ambiente de trabalho para proteo dos riscos de acidentes dotrabalho e dano a sua sade, conforme as normas de segurana e medicina do trabalho.

    Considerando que a sociedade vive novos paradigmas de modos de vida dentro e fora da empresabem diferentes de 30 anos atrs, gerando, em conseqncia, novos valores e demandas de Qualidade de Vida

    no Trabalho. Afinal onde antes havia 3 ou 4 trabalhadores para executar uma tarefa, atualmente tem seapenas 1 trabalhador. Acarretando em maior acumulo de tarefas a serem executadas e maioresresponsabilidades se acompanham. Levando a um desgaste da integridade fsica, mental e social muito maiordos funcionrios.

    O uso e desenvolvimento de capacidades implicam num melhor aproveitamento do talento humano,ou capital intelectual, como est em voga atualmente. foroso, portanto, reconhecer a necessidade deconcesso de autonomia, incentivo utilizao da capacidade plena de cada indivduo no desempenho desuas funes efeedbacks constantes acerca dos resultados obtidos no trabalho e do processo como um todo.A fora de trabalho precisa estar saudvel, motivada e preparada pra a extrema competio atualmenteexistente.

    A integrao social na organizao efetivamente observada na igualdade de oportunidades,independente da orientao sexual, classe social, idade e outras formas de discriminao, bem como se existeo cultivo ao bom relacionamento entre os empregados, pois um ambiente de trabalho saudvel crucial aobom rendimento e aumento da produo.

    A empresa que investe em qualidade de vida dos seus empregados tem muito a ganhar, alm do que,aes como as citadas so alguns dos requisitos para obteno de certificaes como a InternationalOrganization for Standardization ISO.

    Essencialmente, em relao relevncia do trabalho na vida tem se verificado a percepo doempregado em relao imagem da empresa, responsabilidade social da instituio na comunidade, qualidade dos produtos e prestao dos servios. Esses aspectos vm tendo significativos avanosfelizmente, pois existe um comprometimento do trabalhador, identificao, dedicao e orgulho de contribuircom a imagem da empresa na sociedade. Isto apenas ocorre quando o empregado veste a camisa daempresa por se sentir valorizado pela empresa onde trabalha.

    A tabela 3.3 resume alguns critrios e conceitos de QVT Qualidade de Vida no Trabalho.CRITRIOS INDICADORES DE QVT

    1. Compensao justa e adequada Equidade interna e externaJustia na compensaoPartilha de ganhos de produtividade

    2. Condies de trabalho Jornada de trabalho razovelAmbiente fsico seguro e saudvelAusncia de insalubridade

    3. Uso e desenvolvimento de capacidades AutonomiaAutocontrole relativoQualidades mltiplas

    Informaes sobre o processo total do trabalho4. Oportunidade de crescimento e segurana Possibilidade de carreira

    Crescimento pessoalPerspectiva de avano salarialSegurana de emprego

    5. Integrao social na organizao Ausncia de preconceitosIgualdadeMobilidadeRelacionamentoSenso comunitrio

    6. Constitucionalismo Direitos de proteo ao trabalhador

    Privacidade pessoalLiberdade de expressoTratamento imparcialDireitos trabalhistas

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    7. O trabalho e o espao total da vida Papel balanceado no trabalhoEstabilidade de horriosPoucas mudanas geogrficasTempo para lazer da famlia

    8. Relevncia social do trabalho na vida Imagem da empresaResponsabilidade social da empresaResponsabilidade pelos produtosPrticas de emprego

    Tabela 3.3. Categorias conceituais de Qualidade de Vida no Trabalho QVT.Fonte: Walton apud Fernandes (1996)

    Investir na qualidade de vida do trabalhador foi forma encontrada pelas empresas para alcanar oprogresso humano, com funcionrios mais dedicados, criativos e com uma elevada produtividade, tudo issoagregado a um ambiente saudvel e de total satisfao. Cumprindo primeiramente, com suas obrigaeslegais com respeito s normas de segurana e medicina do trabalho conforme a legislao do Direito doTrabalho (CLT) exige dos empregadores.

    CONCLUSES

    O objetivo inicial do presente trabalho era levantar a importncia da implantao dos princpios daqualidade de vida no trabalho em um Sistema de Gesto em Segurana, Meio Ambiente e Sade (SMS) emempresas de pequeno porte ao grande porte. A motivao para o mesmo foi percepo de que algumasempresas abordam muito a teoria e pouco se coloca em prtica.

    As empresas de grande porte j perceberam a real necessidade de fazer valer na prtica esta teoria,colocando recursos financeiros a disposio dos gestores para implementao da Qualidade de Vida doTrabalho em sua organizao, pois sabem que no mais uma despesa e sim um investimento futuro.

    A adoo de programas de qualidade de vida e promoo da sade proporciona ao individuo maiorresistncia ao estresse, maior estabilidade emocional, maior motivao, maior eficincia no trabalho, melhorauto-imagem e melhor relacionamento.

    As empresas seriam beneficiadas com uma fora de trabalho mais saudvel, menor

    absentesmo/rotatividade, menor nmero de acidentes, menor custo de sade assistencial, melhor imagem epor ltimo, um melhor ambiente de trabalho que resultaria numa maior produtividade.Socialmente, as empresas que mantm esses programas tambm ganham respeito e podem escolher

    melhor os seus colaboradores, pois tem muito a oferecer, ou seja, se a empresa deseja qualidade e quer sergrande, comece pela sade e bem estar de seus empregados.

    Quanto s dificuldades de implementao, pode-se mencionar a questo financeira decorrente dedespesas com a contratao de consultorias para a implementao, gastos com treinamentos, capacitao dosempregados, alm dos investimentos na sade do trabalhador. As empresas s precisam visualizar comoinvestimento e no como despesas, devido ao retorno que as mesmas vo obter aps todas asimplementaes no futuro.

    No est sendo solicitado que as empresas abram mo de sua viso monetarizada de mundo, mas queelas honrem em aes o que costumam pregar em discursos que dizem que o ser humano o seu principal

    ativo.Concluiu-se que o Programa de Qualidade de Vida implantado na Empresa X alcanou as metas

    estabelecidas, resultando na mobilizao de um contingente altamente significativo de pessoas envolvidaspara a nova realidade. Esta concluso partiu do diagnstico da sincronia existente entre a Teoria X Prtica daEmpresa X na implementao dos princpios da Qualidade de Vida na Gesto em SMS, obtendo-se comoresultado o sucesso do programa ora estabelecido e a expanso dos negcios. A Qualidade quando bemestruturada, baseada na consonncia entre teoria e prtica dos princpios ora estabelecidos; comenvolvimento e comprometimento de todos, resultar em benefcios positivos, evidenciando-se assim osucesso da organizao.

    O novo desafio que marcar o sculo XXI como inventar e difundir uma nova organizao, capazde elevar a qualidade de vida e do trabalho, fazendo alavanca sobre a fora silenciosa do desejo defelicidade.

    Como nas organizaes que passamos a maior parte de nossas vidas, natural seria que astransformssemos em lugares mais aprazveis e saudveis para a execuo do nosso trabalho. Locais ondepudssemos, de fato, passar algumas horas vivendo, criando e realizando plenamente com qualidade de

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    vida, satisfao e alegria.

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