Glosando o Mote

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GLOSANDO O MOTE Manuel Xudu glosando o mote: Quanto é grande o poder do criador. Admiro o caju e a castanha Nascem os dois pendurados num só cacho Bem unidos, um em cima, o outro embaixo, Porém tendo um do outro a forma estranha, Dela extrai-se o azeite, o sumo, a banha, Dele o suco pra o vinho e pra o licor, Quando ambos maduros mudam a cor, Ele fica amarelo e ela escura, Mas o gosto dos dois não se mistura, Quanto é grande o poder do criador! Geraldo Amâncio glosando o mote: A seca pintou de preto As cores do meu Sertão Um sertanejo não quer Secar as tripas e os ossos Pra viajar vende os troços Cadeira, prato e colher Chorando abraça a mulher Dizendo não chore não Quando acabar sequidão Volto correndo eu prometo A seca pintou de preto As cores do meu Sertão. Pinto do Monteiro glosando o mote: Na grandeza do Amazonas Encontrei meu grande amor. O pobre do seringueiro Tem o índio por vigia, O macaco por espia, E o tigre por companheiro! A bem de ganhar dinheiro, Trabalha seja onde for. Mas eu fui foi ver a flor Que habita àquelas zonas! Na grandeza do Amazonas, Encontrei meu grande amor. GLOSANDO O MOTE Manuel Xudu glosando o mote: Quanto é grande o poder do criador. Admiro o caju e a castanha Nascem os dois pendurados num só cacho Bem unidos, um em cima, o outro embaixo, Porém tendo um do outro a forma estranha, Dela extrai-se o azeite, o sumo, a banha, Dele o suco pra o vinho e pra o licor, Quando ambos maduros mudam a cor, Ele fica amarelo e ela escura, Mas o gosto dos dois não se mistura, Quanto é grande o poder do criador! Geraldo Amâncio glosando o mote: A seca pintou de preto As cores do meu Sertão Um sertanejo não quer Secar as tripas e os ossos Pra viajar vende os troços Cadeira, prato e colher Chorando abraça a mulher Dizendo não chore não Quando acabar sequidão Volto correndo eu prometo A seca pintou de preto As cores do meu Sertão. Pinto do Monteiro glosando o mote: Na grandeza do Amazonas Encontrei meu grande amor. O pobre do seringueiro Tem o índio por vigia, O macaco por espia, E o tigre por companheiro! A bem de ganhar dinheiro, Trabalha seja onde for. Mas eu fui foi ver a flor Que habita àquelas zonas! Na grandeza do Amazonas, Encontrei meu grande amor. GLOSANDO O MOTE Manuel Xudu glosando o mote: Quanto é grande o poder do criador. Admiro o caju e a castanha Nascem os dois pendurados num só cacho Bem unidos, um em cima, o outro embaixo, Porém tendo um do outro a forma estranha, Dela extrai-se o azeite, o sumo, a banha, Dele o suco pra o vinho e pra o licor, Quando ambos maduros mudam a cor, Ele fica amarelo e ela escura, Mas o gosto dos dois não se mistura, Quanto é grande o poder do criador! Geraldo Amâncio glosando o mote: A seca pintou de preto As cores do meu Sertão Um sertanejo não quer Secar as tripas e os ossos Pra viajar vende os troços Cadeira, prato e colher

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Atividade sobre literatura de Cordel e improvisação.

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GLOSANDO O MOTEManuel Xudu glosando o mote:Quanto é grande o poder do criador.Admiro o caju e a castanhaNascem os dois pendurados num só cachoBem unidos, um em cima, o outro embaixo,Porém tendo um do outro a forma estranha,Dela extrai-se o azeite, o sumo, a banha,Dele o suco pra o vinho e pra o licor,Quando ambos maduros mudam a cor,Ele fica amarelo e ela escura,Mas o gosto dos dois não se mistura,Quanto é grande o poder do criador!

Geraldo Amâncio glosando o mote:A seca pintou de pretoAs cores do meu SertãoUm sertanejo não querSecar as tripas e os ossosPra viajar vende os troçosCadeira, prato e colherChorando abraça a mulherDizendo não chore nãoQuando acabar sequidãoVolto correndo eu prometoA seca pintou de pretoAs cores do meu Sertão.

Pinto do Monteiro glosando o mote:Na grandeza do AmazonasEncontrei meu grande amor.O pobre do seringueiroTem o índio por vigia,O macaco por espia,E o tigre por companheiro!A bem de ganhar dinheiro,Trabalha seja onde for.Mas eu fui foi ver a florQue habita àquelas zonas!Na grandeza do Amazonas,Encontrei meu grande amor.

GLOSANDO O MOTEManuel Xudu glosando o mote:Quanto é grande o poder do criador.Admiro o caju e a castanhaNascem os dois pendurados num só cachoBem unidos, um em cima, o outro embaixo,Porém tendo um do outro a forma estranha,Dela extrai-se o azeite, o sumo, a banha,Dele o suco pra o vinho e pra o licor,Quando ambos maduros mudam a cor,Ele fica amarelo e ela escura,Mas o gosto dos dois não se mistura,Quanto é grande o poder do criador!

Geraldo Amâncio glosando o mote:A seca pintou de pretoAs cores do meu SertãoUm sertanejo não querSecar as tripas e os ossosPra viajar vende os troçosCadeira, prato e colherChorando abraça a mulherDizendo não chore nãoQuando acabar sequidãoVolto correndo eu prometoA seca pintou de pretoAs cores do meu Sertão.

Pinto do Monteiro glosando o mote:Na grandeza do AmazonasEncontrei meu grande amor.O pobre do seringueiroTem o índio por vigia,O macaco por espia,E o tigre por companheiro!A bem de ganhar dinheiro,Trabalha seja onde for.Mas eu fui foi ver a florQue habita àquelas zonas!Na grandeza do Amazonas,Encontrei meu grande amor.

GLOSANDO O MOTEManuel Xudu glosando o mote:Quanto é grande o poder do criador.Admiro o caju e a castanhaNascem os dois pendurados num só cachoBem unidos, um em cima, o outro embaixo,Porém tendo um do outro a forma estranha,Dela extrai-se o azeite, o sumo, a banha,Dele o suco pra o vinho e pra o licor,Quando ambos maduros mudam a cor,Ele fica amarelo e ela escura,Mas o gosto dos dois não se mistura,Quanto é grande o poder do criador!

Geraldo Amâncio glosando o mote:A seca pintou de pretoAs cores do meu SertãoUm sertanejo não querSecar as tripas e os ossosPra viajar vende os troçosCadeira, prato e colherChorando abraça a mulherDizendo não chore nãoQuando acabar sequidãoVolto correndo eu prometoA seca pintou de pretoAs cores do meu Sertão.

Pinto do Monteiro glosando o mote:Na grandeza do AmazonasEncontrei meu grande amor.O pobre do seringueiroTem o índio por vigia,O macaco por espia,E o tigre por companheiro!A bem de ganhar dinheiro,Trabalha seja onde for.Mas eu fui foi ver a florQue habita àquelas zonas!Na grandeza do Amazonas,Encontrei meu grande amor.