Grande Entrevista - linhadapraia.pt · Anabela Jacinto Colaboraram neste número: Arq. Carvalho...

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um dia de... Três Artesãos desporto saúde & bem-estar Autismo: Modelo de Denver em Portugal casa portuguesa Visita ao Museu da Póvoa de Varzim animais Toxoplasmose e gravidez Grande Entrevista Edição 8 Setembro | Outubro Bimestral | Gratuito Hoje vamos...falar da evolução do fitness I Voleibol de praia De Lemos Arq. Carvalho Araújo

Transcript of Grande Entrevista - linhadapraia.pt · Anabela Jacinto Colaboraram neste número: Arq. Carvalho...

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um dia de...Três Artesãos

desporto

saúde & bem-estarAutismo: Modelo de Denver em Portugal

casa portuguesaVisita ao Museu da Póvoa de Varzim

animaisToxoplasmose e gravidez

Grande Entrevista

Edição 8Setembro | OutubroBimestral | Gratuito

Hoje vamos...falar da evolução do fitness IVoleibol de praia

De Lemos Arq. Carvalho Araújo

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Propriedade:Linha da Praia, Mediação Imobiliária, LdaAv. Júlio Graça, 354, 4480-672 Vila do Conde telef.: 252 638 390site: www.linhadapraia.pt email: [email protected]º Contribuinte | 508421489Nº de Registo da ERC | 126505Licença n.º 8211 – AMIDiretor: Miguel FerreiraEditora: Anabela JacintoPeriodicidade: BimestralDistribuição GratuitaSede de redação:

Av. Júlio Graça, 354, 4480-672 Vila do CondeTiragem | 10.000Depósito Legal | 375189/14Tipografia | Gráfica Diário do MinhoRua de Sta. Margarida, 4 A, 4710-306 BragaRedação: Anabela Jacinto [email protected] e Paginação: Anabela Jacinto | Sofia CardosoImagem: Daniel Silva | Catarina Silva | Sara Pereira | Anabela Jacinto Colaboraram neste número:Arq. Carvalho Araújo e Pierre de Lemos | De Lemos Arq. Avelino Oliveira | Edifício DelaunayDeolinda Carneiro | Museu Póvoa de VarzimArq. Pedro Silva | Museu Póvoa de Varzim

Vereador Luís Diamantino | Museu Póvoa de VarzimFátima Gomes | ArtesãMoisés Baraça | ArtesãoCristiana Cavalheiro | ArtesãDra. Filipa Quintela | Hospital Veterinário Ani-MarDra. Joana Queirós | Hospital Veterinário Ani-MarTerap. Conceição Bompastor | CSI Clínica de Saúde Integral Miguel Vale | Advogado Est.João Gomes | M30Equipa Freches & Gomes | Voleibol de praiaFilipa Macieira | corres. França|Edição escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico

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ficha técnica

Dr. Miguel Vale

Advogado Est.

De quem é a responsabilidade pela realização de obras num imóvel arrendado?Salvo estipulação em contrário, o ónus de realização de obras de conversação, sejam ordinárias ou extraordinárias, corre por conta do Senhorio. (art. 1074.º, n.º 1, do Código Civil (C.C.).

E o Arrendatário não pode fazer obras no imóvel arrendado?Este pode executar quaisquer obras desde que o contrato de arrendamento lhe faculte essa possibilidade ou, sendo omisso ou restritivo nessa parte, quando o Senhorio expressamente, e por escrito, o autorize. No entanto, quando em causa

A realização de obras em prédios arrendados

estejam situações de natureza urgente (art. 1036.º do C.C.) e o Senhorio estiver em mora, ou a urgência for tal que não permita dilação, pode o Arrendatário realizar essas obras, sem prévio consentimento e com direito ao reembolso das despesas suportadas, como sucede, p. ex., num rebentamento na canalização com a subsequente inundação do imóvel.Neste caso, quando o Arrendatário pretender exercer o direito à compensação deve comunicar tal facto ao Senhorio e juntar todos os comprova-tivos das despesas até à data de vencimento da renda seguinte, compensando, assim, o mon-tante gasto nas rendas subsequentes (art. 1074.º, n.º 4 do C.C.).

No final do contrato de arrendamento o Arrendatário perde o direito às obras que fez ou é compensado?Também neste caso tudo depende do contrato, todavia, sendo omisso, se essas obras foram

lícitas, quanto às despesas que importaram benfeitorias necessárias (evitam a deteri-oração da coisa, como a reparação de um telhado), findo o contrato o Arrendatário tem direito a ser indemnizado. Sendo benfeito-rias úteis (não sendo necessárias para a conservação do imóvel, aumentam-lhe o valor, como a colocação de um painel solar) a regra é de que as pode levantar, salvo se deteriorar o imóvel, caso em que terá direito a ser compensado. Se as benfeitorias forem voluptuárias (não servindo para conservar a coisa nem para aumentar o seu valor visam apenas agradar quem delas beneficia e aumentar-lhe prazer e satisfação pessoal, como a colocação de um painel decorativo na fachada do imóvel) pode levantá-las salvo se o seu levantamento importar deterioração do imóvel, caso em que não as pode levantar nem ser compensado (arts. 1074.º, n.º 5,

1283.º e 1275.º do C.C.).

linha jurídica

ver vídeo em: linhadapraia.pt

Senhora de Varzim

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A história do Museu começa com uma exposição sobre pesca, no Casino, em 1936. Santos Graça resolveu dar uma casa ao espólio poveiro em 1937 e abriu o Museu numa casa alugada onde se adaptou a coleção à habitação. Em 1985, é renovado e “tenta mostrar as origens e a evolução da história da Póvoa. Aí surge um tema que interessa muito às pessoas: as siglas poveiras, as marcas usadas pelos pescadores, que interessam a muitos historiadores de arte porque são muito semelhantes a siglas de canteiros. Pelo mundo já foi à Austrália e ao norte da Europa”, explica a diretora.

O museu etnográfico alberga salas de exposições permanentes e temporárias (sobre freguesias, traje tradicional Poveiro, arte contemporânea, etc). Já a sala de arqueologia recebe os hóspedes mais antigos e é lá onde se encontra a peça mais anciã, um biface (espécie de seta) com cerca de 30 mil anos. Para além disso, tem cursos livres de arte, arqueologia e conservação. Seguimos e encontramos vestígios em pedra da época de D.Manuel, mas é na Sala do Mar, onde o foco do museu se vira à pesca e não podia faltar a réplica da Lancha Poveira. Na sala da Capela está a ilustre Senhora de Varzim, que veio da Igreja Matriz e “gostavam tanto que foram dando cabo dela. Desbas-taram o cabelo que tinha em madeira, para porem cabeleira, desbastaram os joelhos para colocar um vestido, cortaram os braços para enfiarem o vestido. Cortaram o menino e puseram uma cabeça mais moderna. Colocaram um cepo para parecer mais alta. Puseram brincos. No fundo lembra um pouco o que acontece às bonecas. Tem todas as marcas dos séculos, das pessoas que a zelaram”, relembra Deolinda.

Também zelaram pelo Museu e em 2009 sofreu uma reabilitação que trouxe espaço e organização, “tínhamos todos os problemas de uma habitação muito antiga associada ao espaço expositivo. Compartimentos pequenos, problemas de humidades e infiltrações”, explica o arquiteto Pedro Silva, da Câmara Municipal da PVZ. Da reabilitação resultou um edifício flexível e dinâmico, “o edifício original era um L depois o restante contorno era um edifício novo. Para além disso tínhamos um corredor que nos rasgava por completo o pátio central que as casas senhoreais da época tinham e não era funcional. Optámos por propor que o pátio central fosse unificado através da demolição desse atravessamento”.

Na perspetiva de conservação, a equipa de arquitetos marcou “o soalho com uma cor diferente (da madeira), para que se note que a antiga comparti-mentação que havia no antigo edifício está ali marcada e é um vestígio do que havia no passado”. Para o o Vereador da Cultura da CMPV, Luís Diaman-tino, “o edifício não pode ser estanque. Sendo um museu, não deixa de ter também um espaço para muitas outras atividades: conferências, concertos, lançamentos de livros, ceias medievais... Rapidamente tudo se transforma e o Museu também. É um espaço que faz parte do percurso de todos os poveiros.

UMA CASA PORTUGUESA COM CERTEZA!MUSEU MUNICIPAL DA PÓVOA DE VARZIM

Escolher a peça favorita, um desafio quase impossível para Deolinda Carneiro, diretora do Museu. Seria fácil se não es-tivéssemos num espaço onde os séculos se misturam como uma viagem ao passado pousada em vitrinas ou pregada nas paredes. Por fim decidiu-se por uma: a Senhora do Varzim, mas já volta-mos a essa história.

ver vídeo em: linhadapraia.pt

Senhora de Varzim

Pátio

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Arquiteto Carvalho AraújoEdifício De Lemos

grande entrevista

Arquiteto Carvalho Araújo, como é que nasce este projeto? É um projeto recente, que na minha perspetiva vai de encontro àquilo que eu penso da arquitetura. Não se limita a dar uma reposta simples e muito objetiva ao pedido mas tenta questionar isso. O pedido começa por ser um pequeno restaurante gourmet, para uma pessoa muito particular, um grande empreendedor, em que o vinho é o seu hob-bie, que agora passa a ser um produto considerável na estrutura empresarial dele, mas a área dele é a área de têxteis. A minha preocupação é sempre tentar um grande equilíbrio dos edifícios que fazemos com os lugares, ou seja, respeitar muito o lugar e fundamental-mente conhecer o cliente. A partir daí, propus-lhe um edifício que fosse um percurso na paisagem, que era uma forma de valori-zar o lugar, que se iria transformar em plano, plano no sentido do faseamento da obra, que também era uma estratégia de responder à encomenda.

A primeira fase do plano seria o restaurante, a seguir propunha fazermos um conjunto de suites (três), transformar isto num tipo de guesthouse, uma piscina interior de valorização de todo espaço e numa quarta fase, um espaço de exposição para os produtos dele. Aqui comecei a desviar-me um pouco do pedido inicial e tentar demonstrar alguma preocupação naquilo que eu entendia que podia ser

Carvalho Araújoarquiteto

Fazer um restaurante Gourmet. Foi o pedido feito ao gabinete do arquiteto Carvalho Araújo pela empresa De Lemos, que no meio de vinhas em Silgueiros, Viseu, viu a necessidade de criar um edifício que prestasse apoio à atividade vinícola da Quinta De Lemos.

Para Carvalho Araújo, depois do pedido houve “um atrevimento” que resultou não só num restauran-te, mas também numa pequena guesthouse com piscina e num espaço expositivo de degustação e divulgação dos produtos da empresa, tudo “made in Portugal”. O edifício que se fez de cima para baixo, integra-se na pedra com design e respeito pela natureza.

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uma mais-valia para o cliente, um espaço que poderia vir a servir todo ele de expositor e um espaço central de acolhimento do cliente. O cliente mostrou essa abertura, ao princípio talvez não tenha sido tão fácil porque é uma grande dose de atrevimento da minha parte fugir a este pedido de um pequeno restaurante para um edifício com este tipo de ambição. Aproveita este projeto para fazer a apresentação de todos os produtos dele e ao mesmo tempo chama cá clientes de toda a parte do mundo e recebe-os de uma forma distinta em que eles, para além de ver, usam e apropriam-se quer dos produtos, quer do espaço, quer de um determinado estilo de vida que a empresa De Lemos defende.

O espaço foi integrado na paisagem, na natureza. Qual foi a maior dificuldade dessa integração? Começaria por ser um percurso, porque o lugar, o terreno, era muito sensível, não o queríamos estragar, queríamos valorizar. Esse percurso teve muito a ver a morfologia do terreno. Fizémos uma maqueta a uma escala interessante, con-siderável, que é feita à base de curvas de nível e esse percurso resumiu-se à deslocação desse plano de nível, de uma curva de nível. É uma linha sensual e sensível ao terreno que define esse percurso e por baixo desse plano de nível desenvolvemos todo o programa do edifício. Neste momento, as fases terminam o edifício, resume-se a estes quatro programas, que sem-pre que a linha curva sofre uma torção, é assi-nalada a mudança de programa no interior do edifício, através destas rótulas. Neste momento terminamos o percurso gerindo que outras fases virão. O percurso é infinito e transformado em plano e esse plano é no sentido de podermos ir construindo em função das necessidades e de uma forma faseada.

Que materiais foram utilizados? Tentámos reformar toda esta simplicidade de raciocínio e isso reflete-se também no interior em que nos resumimos basicamente a dois ma-teriais: o betão e o vidro, em que transmite esta dureza deste edifício, mas por outro lado sem-pre numa perspetiva de evidenciar o propósito do edifício: a exposição do produto. O produto ganha aqui um destaque porque o betão acaba por ser um material, por um lado anónimo em termos expositivos, mas por outro lado, a nível do exterior, tem esta coloração cinza que se integra muito bem na paisagem.

Qual é o espaço que mais se destaca na obra?É na cobertura que vemos a escala, o desenho, esta linha curva, mais ou menos sensual, mas muito sensível na forma como se adapta à morfologia do terreno. Para mim, esse é espaço de maior identidade do edifício. Prefiro olhar para isto antes do edifício como um percurso na paisagem, com essa preocupação de respeito do lugar e por outro lado apercebemo-nos da escala e da dimensão que justifica e salvaguarda o tal plano de desen-volvimento e evolução do próprio projeto.

O que significa este edifício para si (a nível profissional e pessoal)? É um edifício muito particular, mas pretendemos sempre, no meu gabinete, não nos limitarmos às respostas objetivas mas ir mais longe um pouco e trazer uma mais-valia. Este edifício foi tratado com o mesmo carinho que os outros, apesar de ter um programa muito particular. Pela sua forma de se inserir no terre-no ganhou mediatismo. Foi uma boa experiência, quer em termos de abordagem de projeto, mas fundamentalmente na forma como podemos e sentimos essa obrigação de compreender o cliente. O fundamental nisto é perceber para quem fazemos e o que é que fazemos. Este é um

bom exemplo de como se pode conseguir chegar aí.

suite

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O projeto nasceu em 2012 e tem corrido o mundo, seja pela arquitetura, pelo vinho, pelos têxteis, pela paisagem ou pelo restaurante. Basta visitar “De Lemos” para compreender o sucesso desta obra, que sendo o que é, tem perspectivas de

se estender ainda mais.

Pierre de Lemos gestor da propriedade De Lemos

O arquiteto conseguiu desenhar uma obra fantástica.

Enquadra-se bem na nossa ideia inicial e no nosso futuro, que é par-tilhar Portugal. Seja com as mãos, com o lifestyle, com a arquitetura, com o vinho, com os tapetes, com

as toalhas (grupo Abyss & Habidecor).

Temos visitas todas as semanas de vários continentes. Tivémos aqui

pessoas da Ásia, Macau e dos EUA a jantar na mesma mesa. É fantástico para eles verem a qualidade que se

faz em Portugal.

Temos uma quinta ligada ao vinho e porque não criar um edifício com

um ambiente lifestyle, com quartos, showroom, restaurante e tudo o

que está feito aqui tem de ser feito “Made in Portugal”!

O desenho é muito simples. O nosso objetivo é que vejam o exterior, que “olhem Portugal”. Nos quartos não há televisão. A televisão é a janela.

Para nós é uma obra de arte.

ver entrevista em: linhadapraia.pt

cobertura

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São várias as dúvidas relativamente à Toxo-plasmose. Nada como um bom esclarecimento para se tomar as devidas medidas de prevenção na gravidez e que nenhuma delas passe pelo abandono animal.

Dra. Filipa, o que é a Toxoplasmose? É uma doença provocada por um parasita que é obrigatoriamente intrasolar (mora dentro das células) e tem como hospedeiro definitivo o gato. É no intestino do gato que atinge a forma adul-ta, que depois produz uns ovos, (oócitos) que são eliminados nas fezes do gato. Uma vez eliminados no exterior, tem um perío-do em que esses oócitos se vão desenvolver, seja na areia nas nossas casas ou no exterior (jardins, hortas). Esses oócitos podem vir a ser ingeridos por hospedeiros intermediários (pequenos roedores/mamíferos, aves) que depois podem funcionar como caça para os ga-tos predadores. Aí (o gato) já está a ingerir uma forma diferente do parasita que saiu nas suas fezes, porque estando no hospedeiro intermediário teve uma alteração do seu estado e torna-se a enfestar o gato, chegando ao seu intestino. O cão não entra nesta história, porque o gato não come cães.

Quais as outras formas de contágio? Quando o gato eliminou no exterior, numa horta, onde os legumes podem ser ingeridos por herbívoros ou pequenos ruminantes, como as ovelhas, cabritinhos, porcos, vacas, nesses hospedeiros o parasita vai alojar-se nos tecidos musculares e depois nós, que ingerimos carne desses animais, podemos ser infestados.

O maior risco é nas grávidas...No primeiro trimestre, quando a mulher não

Não, a profissão não é nova. Mas sabia que existe? Sabe quais as funções de um enfermeiro veterinário?

ENFERMEIRO VETERINÁRIO

Conhecer e prevenir na gravidez

Médica Veterinária Ani-MarDra. Filipa Quintela

arquiteta

está imune ao parasita, pode ter problemas graves de más formações fetais e abortos espontâneos. No caso de uma pessoa que tenha o seu sistema imunitário sem qualquer compro-metimento, não há sintomatologia significativa.

Quais as medidas de prevenção? Com medidas muito simples conseguimos evitar situações que poderiam ser graves: | Os legumes devem ser sempre bem lavados e desinfetados; | As carnes sempre muito bem cozinhadas; | Evitar a limpeza da liteira por parte de uma grávi-da que não esteja imune à toxoplasmose; | Lavar sempre as mãos;| Evitar a jardinagem, no caso de uma grávida. Se o fizer, usar luvas.

Quem tiver gato, se estiver dentro de casa, vacinado, desparasitado e comer dieta caseira, ou seja, não ser um gato caçador, que vá à rua, à partida, a probabilidade de contrair a doença é muito baixa. No caso do gato é possível fazer exames copro-lógicos (estudo das fezes) para vermos se o gato tem ou não o parasita e se o está a eliminar.

É preciso dar ou abandonar o gato? Primeiro não há justificação para o abandono.A toxoplasmose mesmo com o contacto direto do pelo, da pele, as cabeçadinhas dos nossos gatos, os ronrons, não se transmite. Como as grávidas fazem o teste sanguíneo para saber se estão imunes ou não, podem ter outros cuidados para não levar a esta situação extrema do abandono. Na Europa cerca 45% da população já esteve em contacto com o parasita. Um adulto saudável quase não apresenta sintomas da doença.

Joana está grávida, tem uma gata com dois anos e não é imune à toxoplasmose. Já pas-sou o primeiro trimestre de gravidez e revolveu adotar mais uma gatinha para juntar à família. Se abandonar nunca foi opção, a prioridade foi informar-se e prevenir-se contra o parasita.

“O que fiz foi certificar-me de que ela estava corretamente desparasitada, externa e inter-namente. Sei que a desparasitação habitual geralmente não inclui o toxoplasma. O que fiz para me assegurar, foi retirar sangue à gatinha e fazer uma análise que testa a exposição do gato ao toxoplasma, uma exposição recente e antiga (uma sorologia). Aguardei o resultado e foi negativo, ou seja, tenho a certeza que a gata não teve contacto com o parasita e eu estava segura em adotá-la, sem problema nenhum para mim, para o meu bebé ou para a minha gata que estava em casa”.

Além disso, é feita a prevenção, “não sou eu que faço a limpeza da areia, apesar de saber que elas não têm o parasita. Todos os vegetais frescos têm de ser bem lavados e desinfetados antes de ingeridos. Nunca comer carne mal passada de espécie alguma. Neste momento estaria mais exposta a comer uma alface mal lavada ou uma carne mal passada, do que pro-priamente com o contacto dos meus animais”.

Em caso de dúvida é sempre importante con-sultar o seu médico ou o veterinário. Se quiser testar os seus animais (antes de ponde- rar o abandono), é possível detetar o parasita através de exames de diagnóstico e saber se o seu gato está infetado ou não. O Hospital Veterinário Ani-Mar faz esses exames e oferece esclarecimentos sobre o tema. Informação é a palavra de ordem!

TOXOPLASMOSE

Médica Veterinária Ani-MarDra. Joana Queirós

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580m2 de construção dividida por 4 pisos com 150m2 por piso, viabilidade de comér-cio e serviços no rés do chão. Localização privilegiada com grande exposição e vistas fabulosas para o rio.

Situado a 300 metros da praia, com cozinha equipada, ótima oportunidade para apartamento de férias.

Prédio - Vila do Conde T2 - Vila do Conde

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Terreno de 750m2 em gaveto, possibilidade de construção de moradia. Tem bons acessos e boa exposição solar.

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Terreno de 9.000m2 com pinhal, localizado no centro de Vairão.

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Bom estado de conservação, suite, aqueci-mento central, sul / poente, todas as divisões com acesso a varanda, garagem e acesso prestigiado ao centro e à A28.

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Como novo, aquecimento central, lareira com recuperador de calor, suite, varanda, terraço com 25m2, churrasqueira, garagem fechada mais arrumos.

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112m2, sala com terraço virado a sul, suite e garagem fechada. Junto ao centro da cidade.

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Composto por oito apartamentos, lojas e escritórios. As soluções construtivas adotadas estão assentes num alto padrão de acabamentos. Os jardins complementam a conceção espacial do edifício.

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D

B A

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Último piso, 280m2, terraço com 60m2, 4 frentes, elevador com acesso direto e garagem de grandes dimensões. Localizado no centro da cidade em zona nobre.

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3 frentes, sala com terraço virado a sul. Cozinha equipada com lavandaria. Garagem fechada junto à praia.

105m2, cozinha equipada, sala ampla com lareira, garagem fechada. A 5 minutos da praia.

Próximo do metro de Santa Clara. Com 6 anos, rigorosamente impecável, 2 frentes (nascente e poente), sala a poente com varanda, garagem para 1 carro e arrumos.

T3 no último piso com terraço, aquecimento central, estores elétricos, suite, cozinha equipada e garagem para 4 carros. Inserido em condomínio com piscina coberta.

Moradia T4 nova, com piso radiante em todas as divisões, painéis solares, garagem fechada e lugar de garagem. A 600 metros da praia, junto ao metro.

Como novo, no último piso. Sala de 32m2 com varanda e vistas desafogadas sobre o rio. Suite e garagem fechada.

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Moradia - Póvoa de Varzim

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Excelente lote de 3 frentes, em zona calma, com área de 405m2. Perto da escola e mercado.

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T2 - Vila do Conde

Refª4092 105.000€

BC C

B

A

E

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?HOJE VAMOS...

...falar da evolução do fitness | parte I

A mudança é algo constante na vida, assim como no fitness. Mas será que mudança significa evolução? Sim e Não! O fitness foi e é um caso!

Comecemos pelo ponto negativo… Neste momento, assiste-se a um aumento da quantidade de grandes centros de exercício físico, denominados de Health Clubs. Ora bem, HEALTH = SAÚDE, se são grandes, então têm muita gente e se têm muita gente, têm vários instrutores à disposição... Nahh... Nem por isso (salvo raras exceções)! O principal objetivo, a saúde (e não é nenhum cliché) foi e é substituí-da por números, ou seja, por euros! Passamos então a ter uma ‘’indústria do fitness”! Muitos veem com bons olhos, pois quantas mais pessoas tirarmos do sofá melhor! No entanto, eu vejo mais gente a sair dos ginásios para a fisioterapia!

O ponto positivo… Os clientes estão cada vez mais exigentes… Já não caem na conversa do vigário! Começam a encarar o fitness como um meio para atingir os seus objetivos, mas também para melhorar a sua qualidade de vida. Ouvimos pessoas que não tinham o mínimo de interesse na atividade física a comentarem que já não vivem sem ela. Encaram o exercício físico como uma espécie de higiene corporal, uma necessidade e um prazer! Comparam serviços, apontam qualidades e defeitos, não porque o “meu tem televisões e o teu não”, mas sim porque “no meu eu sou bem acompanhado e no teu nem o teu nome sabem!”.

Mas a evolução chegou também à forma como fazemos exercício. Voltamos ao básico: nada de aparelhos grandiosos que prometem tudo e mais alguma coisa, mas sim os equipamentos simplistas que trabalham movimentos naturais e que estão cada vez mais na linha da frente. Nas próximas edições, iremos falar dos meus preferidos: Kettlebell, TRX E BOSU.

Bons treinos,João Gomes

Já imaginou se o seu computador e as suas lâmpadas funcionassem com energia fornecida por plantas?

A “Biophotovoltaics‘ Moss Table” é uma inovadora mesa capaz de relevar o futuro da tecnologia bio fotovoltaica. Aqui, a eletricidade é gerada por eletrões capturados pelas fibras condutoras dentro da mesa.

A energia criada através desta nova tecnologia pode ser utilizada de forma prática na mesa, caso contrário seria desperdiçada durante o processo de fotossíntese das plantas.

Os “moss pots” (vasos pequenos) da mesa atuam como equipamentos bio eletroquímicos, convertendo a energia química em energia elétrica, usando material biológico como algas, cianobactérias e plantas vasculares.

A “Moss Table” ainda se encontra numa fase conceptual, contudo já consegue fornecer eletricidade a pequenos equipamentos como relógios digitais. Os cientistas preveem que no futuro os equipamentos BPV (bio foto-voltaicos) serão capazes de fornecer energia a equipamentos maiores, como lâmpadas e computadores.

A “Moss Table” está a ser usada na divulgação da tecnologia BPV e faz parte de um projeto de pesquisa chamado “Design in Science” que explora o encontro entre a ciência e o design.

decor & design | Conheça a mesa que produz eletricidade através de plantas

Guess what ? ?

Fonte: inhabitat.com

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A equipa da Clínica CSI, em Vila do Conde, foi das clínicas de saúde pioneiras a adotar o Método de Denver em Portugal. Têm uma equipa e suporte para executar esta “nova” intervenção, mas antes de mais, vamos conhecer o método?

Conceição Bompastor é Terapeuta da Fala na CSI e explica que o autismo, segundo alguns autores, deverá ser encarado como uma falha no processo de comunicação e socialização de uma criança. Estas alterações são visíveis frequentemente no primeiro ano de vida.

Atualmente e após décadas de estudo acerca da forma como as crianças aprendem, é possível verificar alguns sintomas que podem diagnosticar Perturbações do Espetro do Autismo (PEA):

| São crianças que sorriem menos; | São bebés que olham menos e durante menos tempo para os pais; | Reagem pouco ao nome; | Não desenvolvem gestos básicos como o apontar.

Na perspetiva de minimizar estes sintomas, surge uma nova meto- dologia alternativa aos métodos de intervenção tradicional da PEA: o Modelo de Denver de Intervenção Precoce para Crianças com PEA.

Foi criado e desenvolvido por Sally Rogers na década de 80, nos EUA. O modelo é fruto de um longo trabalho de pesquisa com mais de 20 anos e chegou a Portugal em 2014. Este método dirige-se a crianças desde os 12 até 60 meses. Através do seguimento do desenvolvimento padrão do bebé tenta-se que a criança com PEA faça uma trajetória similar e paralela ao desen-volvimento dito “normal”. O primeiro ano de vida é um ano de grande desenvolvimento e plasticidade cerebral. Neste sentido, devemos intervir o mais precocemente possível.

| O modelo é composto por uma equipa multidisciplinar, onde o cen-tro da equipa são os pais. A perturbação de caráter social, não afeta só a criança mas também a família. O objetivo é minimizar o impacto desta perturbação no seio da criança. Trabalhar com crianças com PEA exige a participação de todos.

| É construído um currículo de desenvolvimento e vamo-nos socorrer de práticas de ensino que são explicadas aos pais e que têm como objetivo captar a atenção da criança e motivá-la de forma a desenvolver as suas potencialidades.

Porquê este modelo em vez dos métodos tradicionais? | Ao fim de dois anos é possível constatar um ganho efetivo no desen-volvimento de todas as crianças que foram sujeitas à intervenção. A evolução não é uniforme, houve crianças que se desenvolveram mais numas áreas do que noutras. | Traz a possibilidade de trabalhar em todos os contextos de vida da criança (casa, escola, terapia). | Tem uma base de evidências empíricas muito forte: surge após 20/25 de trabalho com crianças com estas perturbações. | 90% dos casos estudados passaram de não-verbal a verbal.

Intervenção de diagnóstico precoce do autismo em Portugal

Modelo de Denver

O MODELO...

Conceição Bompastor

Terapeuta da Fala na Clínica CSI

O Modelo de Denver vem garantir uma progressão mais rápida em crianças com PEA, no entanto, é fundamental ter presente que não é uma cura para a perturbação, mas vem melhor e minimizar o impacto social da doença.

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ou bebem uma caipirinha, Freches e Luana correm na areia para que a bola de Voleibol não caia no campo onde jogam e onde certamente as adversárias querem marcar ponto. Participaram no campeonato Regional/Nacional (5 circuitos cada) de Voleibol de Praia e tiveram a Linha da Praia a apoiá-las. Ficaram em 4º lugar e falaram um pouco das dificuldades e das vantagens de jogar a dois num

local privilegiado: a praia.

“Vamos fazer um joguinho, temos aqui as nossas famílias, amigos, vamos almoçar, vamos à água e sempre preparados para jogar mais um jogo”, é assim que Freches descreve um dia bem passado a jogar na praia.

Mais um jogo, mais um desafio. Areia, calor e vento são algumas das desvantagens de jogar na praia. Luana explica que “em relação ao indoor (vólei de pavilhão), o facto de serem 6 pessoas ajuda muito. Aqui você vai tocar na bola (são só duas). A areia puxa muito e tem o sol... É muito cansativo. Mas temos de recuperar rápido e saber desacelerar o jogo”. Mas vale sempre a pena, “gosto de chegar em casa cansada e com a sensação de dever cumprido”.

Independentemente do clima, o jogo continua e “quando está muito calor torna-se mais difícil. Já aconteceu jogarmos com 40 graus ou com chuva e temporal. Nunca sabemos o que nos espera”, afirma Freches.

A atletas começaram a jogar voleibol de praia juntas à pouco tempo, mas muitos foram os anos em que jogaram indoor uma contra a outra. Hoje não vivem separadas, até porque o desporto não é só competição, “há o treino e há a parte da amizade, que para mim é eu prezo mais enquan-to jogo vólei”, acrescenta a atleta.

Castro verde, Viana do Castelo, Canidelo, Esmoriz e Macedo de Cavaleiros, receberam esta equipa, que para além de experiência, trouxe amizade às praias portuguesas.

Ana Freches

Luana Gomes

jogadora Voleibol de Praia

jogadora Voleibol de Praia

Freches & Gomes no campeonato regional e nacional Voleibol de Praia

Enquanto uns apanham sol,

dormem,

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EDIFÍCIO DELAUNAY

Avelino Oliveiraarquiteto

É um edifício privilegiado, com vista para o mar, em primeira linha de praia. Tem 4 habitações, dúplex e triplex. Foi construído em 2013 em Vila do Conde e conta com boas áreas.

Qual foi o conceito utilizado na construção do Delaunay? Que mate- riais privilegiaram?

A ideia foi sempre criar um edifício que tivesse esta linguagem um pouco líquida do mar, desta relação de um edifício de praia, um edifício que as pessoas conseguem atravessar a rua e estar com os pés na areia. E que, ao entrarem nele, tivessem também essa leveza e por isso a utilização do vidro nestas tonalidades verde, mas com a capacidade de refletir o existente, de podemos ver o nosso reflexo, mas também o reflexo do mar. É torneado pelas caixilharias e depois, nas zonas das lajes, onde ocupam todas as infraestruturas, temos as placas de alumínio.

Antes da construção em 2013, havia aqui um edifício...

Este edifício recupera um edifício existente dos anos 70, com umas características e uma morfologia muito própria. Tinha um revestimento cerâmico e umas varan-das corridas. Aqui, o tema das varandas foi se calhar o tema mais interessante que se desenvolveu à volta do edifício, porque é uma zona que tem ventos fortes (marginal de Vila do Conde). As pessoas pretendem apartamentos com boas varadas. O edifício tem uma pele que se abre completamente. Quem quiser estar a privilegiar uma varanda completamente aberta pode fazê-lo e quem quiser, em vez de isso, ter um jardim de inverno ou ter o edifício protegido e aproveitando o sol e não tendo esse frio, também pode.

Houve um cuidado na escolha dos materiais e da disposição dos espaços. É um edifício versátil? É uma peça que tenta ser um edifício líquido que se transforma. Ele de noite tem uma imagem muito diferente do dia. É um edifício um pouco como a praia, versátil: tem a maré alta, a maré baixa, a noite, o dia, o inverno, tem comporta-mentos diferentes. Se calhar, ao contrário de outros edifícios que são mais estáveis naquilo que é a sua linguagem, este vive também da utilização que as pessoas lhe vierem a dar.

O Delaunay tem dois apartamentos dúplex disponíveis para venda, um

T4 e um T5.

Quais foram as maiores dificuldades na construção do edifício? Foi adaptar todas as novas tecnologias, porque isto tem a qualidade de um edifício construído de raiz, com tecnolo-gia de ponta e com níveis de resistência estrutural muito melhorados. Chegámos a usar tecnologia muito inovadora, nomeadamente no reforço de pilares. Depois também aumentar muitíssimo os níveis de eficiência térmica, com os isolamentos, criando pátios, criando revestimentos de fachada que fossem mais duráveis, porque é uma zona marítima, sistemas hidráulicos, sistemas de aquecimento, ar condicionado... Foi tudo criado ao pormenor.

ver vídeo em: linhadapraia.pt

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UM DIA DE... três artesãos

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Fátima Gomes, em que está a trabalhar? Trabalho em tecelagem em lã de ovelha natural. Eu nasci no tear, a minha mãe já era tecedeira e fui aprendendo com ela. Depois pus-me por conta própria e trabalho há 30 anos.

Como é o dia de uma tecedeira? O meu dia-a-dia é muito repleto. É lavar lã, é cardar lã, fiar...depois dessas etapas feitas é tecer no tear. Não há horas, não se conta o tempo.

Quanto tempo demora a fazer um tapete? Faço um tapete pequeno, que vendo por 40 euros, mais ou menos num dia e meio.

A lã é de produção própria? Compro a lã aos pastores e a nossa lã é churra. Faço cobertores, carpetes, tapetes. As peças são todas feitas por mim, com carinho, portanto gosto de todas. Já fiz ta-petes que ganharam o primeiro prémio em

Vila do Conde (dois 1ºs prémios).

Moisés Baraça, o galo que aqui vende não é o galo tradicional de Barcelos...Temos um conceito diferente de galo. Tentámos dar uma elegância ao galo. O galo tradicional começou a ter mui-to sucesso, muita fama e começaram a produzi-lo em série. Nós tentámos fazer o galo como ele era feito no início: todo feito à mão, à roda, montado e decorado à mão. Os primeiros galos foram feitos assim. Depois fomos aperfeiçoando o galo, com criações nossas, mais moderno.

Há algum galo em especial que lhe ficou na memória? Nós fizémos o maior galo feito até hoje. Foi feito à mão, com cerca de 2m de altura e deu-nos muito gosto fazer esse galo e está no Porto.

É artesão há quanto tempo? Desde que me lembro. Desde os 7, 8 anos. Sei que sou a 4ª geração a fazer este trabalho. As pessoas estão a ficar cansadas do galo tradicional. Em termos de cor, mantém o tradicional. O tipo de pintura é diferente, são pintados em penas.

Quanto tempo demora produzir um galo? Demora sempre à volta de umas 3/4 horas com alguma experiência.

Para si, o que é que o galo representa? Reflete o nosso povo. É um símbolo de

Portugal.

Cristiana Cavalheiro, qual é o conceito da ginja “Mariquinhas”? Isto é uma empresa familiar, já vem do meu avô. Já tem mais de 60 anos. Este stand, este ano, foi inspirado nas mer-cearias dos meus bisavós. Somos produ-tores da marca “Mariquinhas” da região do oeste, de Óbidos. Somos inovadores em termos produção agrícola, temos os nossos próprios ginjais.

É isso que vos distingue? Apostamos na qualidade. Por dois anos consecutivos, em Bruxelas, ganhámos 3 estrelas de ouro.

Como é que se bebia ginja há 60 anos? Tradicionalmente era naqueles copos bem grossos de vidro. Atualmente, e tem a ver com o festival de chocolate em Óbidos, fomos adaptando esta bebida tradicional de lá com o chocolate. Este ano tivemos a inovação do copo de chocolate branco.

Qual é a medida certa de ginja? É um licor, tem 18% de álcool. No tem-po dos nossos bisavôs os copos eram pequenos por alguma razão, os 3cl é o mais adequado. A ginja é uma fruta ácida. O licor é doce porque fazemos um xarope de açúcar. O

fruto está 12 meses em efusão no álcool.

Como não poderia deixar de ser, fomos fazer uma visita à 38ª Feira de Artesanato de Vila do Conde. Artesãos e peças de qualidade não faltaram. Escolhemos três artistas, cada um na sua área, com peças

únicas a oferecer.

Imagens Feira de Artesanato

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Apresenta... Taizé, França

Jardim do Silêncio

nós por lálá

Filipa Macieira

Taizé é conhecido porque quase toda a oração é

cantada, o que permite que várias religiões e culturas não colidam uma com a

outra.

O jardim do silêncio é onde as pessoas vêm meditar ou refletir. Outros vêm

simplesmente descansar ou estar em encontro com a

natureza.

Igreja Taizé

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Já alguma vez viveu um amor de verão?

Já tive. Acho que os amores de verão têm to-dos o mesmo desfecho. Vivem-se os momen-tos intensos de alegria. Quando chega a altura

de começar a escola, cada um vai para seu lado. Um amor de verão fica sempre marcado

na nossa história.

Algumas vezes. É um amor para continuar. Na praia é muito melhor porque as pessoas estão mais descobertas, dá muito mais entusiasmo e normalmente as coisas acabam sempre bem.

Já. O desfecho poderia ter sido melhor. Foi o meu primeiro amor. Foi no Porto, tinha 17 anos, ele era italiano e durou bastantes anos. Foi amor à primeira vista. Infelizmente aca-

bou porque ele teve um acidente.

Os meus amores são temporários. É a qualquer altura. Chega ao final de agosto e acaba, é um dia ou dois só. No verão a pessoa está mais

liberta, os corpos mais à mostra.

Já e penso que será para o resto da nos-sa vida. Encontramo-nos em convívios na Vizela. Foi no verão, em julho casámos e a

lua-de-mel foi aqui.

Começou bem, mas acabou mal. Somos de cidades diferentes, de longe e não dava. Não deu,

não deu. Cada um para seu lado.

Já, há muitos anos. Foi um bocado atribulado e aca-bou. Eu era muito novinha, tinha 18 anos. Foi assim uma coisa muito passageira, não foi uma coisa que

eu queria realmente.

Já. Em 30 anos ainda não acabou. No verão as pessoas estão mais bem-dispostas, puxa mais as festas, as noites. Conhecemo-nos aqui e vi-

mos passar as férias cá no verão.

Vila do Condever vox pop em: linhadapraia.pt

vox pop

Já. Começou numa festa na Sra. da Assunção. Acabou porque a família dele não estava

interessada. Íamos às festas, à praia, atiráva-mos areia um ao outro e brincávamos.

Já. Correu bem, deu origem a um casamento e a dois rebentos, um casal. O verão apimen-

tou a relação e o desfecho foi positivo.

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