Granja de Cister - Suplemento Região de Cister

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P R O D U T O S D E E X C E L Ê N C I A D A N O S S A R E G I Ã O Cooperativa Agrícola G R A N J A Entrevista Manuel Castelhano | Na cozinha com | Degustação de produtos Painéis de discussão | Momentos diferentes | Somos da Terra de Alcobaça Este suplemento faz parte da edição 1.092 de 24 de julho de 2014 do semanário REGIÃO DE CISTER, não podendo ser vendida separadamente

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Granja de Cister - Suplemento Região de Cister

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ProdUtos dE EXcELÊNciAdA NossA rEgião

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Entrevista Manuel Castelhano | Na cozinha com | Degustação de produtosPainéis de discussão | Momentos diferentes | Somos da Terra

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quinTA-FEiRA 24 julho 2014II | granja de cister

O presidente da Cooperativa Agrícola de Alcobaça diz que a Granja de Cister é um proje-to de valorização económica da região, contribuindo para a recuperação da marca Al-cobaça através da promoção dos seus produtos agrícolas de excelência

regiÃO de cister (rc) - Porquê a aposta da cooperativa agrícola de alcobaça na granja de cister?

MANUEL CASTELHANO (MC) - Em 2009 a Câmara Municipal de Alcobaça desafiou a Cooperativa para ser parcei-ra no projeto de regeneração urbana da cidade de Alcobaça, assegurando o eixo de ligação entre o mundo rural e o mundo urbano. O objetivo central é a promoção da agricultura da região e dos seus produtos, criando um grande showroom onde concentre, no mesmo local, toda a produção agrícola de ex-celência da região.

rc - como caracteriza o projeto da granja de cister?

MC - É um projeto integrado por três áreas importantes: os produtores (fornecimento de produtos e receção de turismo); o espaço de exposição (onde existe o que melhor se produz em Alco-baça, desde frutas e hortícolas, vinhos e azeites, queijos e enchidos, doces e com-potas, etc.); e a promoção, integrada por um conjunto de circuitos turísticos que têm como objetivo levar os turistas a ver onde e como se produz, quais as preo-cupações e cuidados do produtor, com qualidade, segurança alimentar e tam-bém com o controlo de pragas e doenças. É um projeto em construção e aberto a novos produtores, a novos produtos, à recuperação de produtos tradicionais e todos os que possam significar dife-renciação, a novas formas de confeção, a novas formas de venda e, sobretudo, aberto a todas as propostas que possam ser mais valia para os nossos objetivos, criando mais motivos de atração de vi-sitantes a Alcobaça.

rc - Que tipo de produtos se pode encontrar na granja?

MC - A Granja de Cister tem oito gru-pos de produtos: fruta, fruta transfor-mada (sumos, purés, compotas, doces, maçã fatiada, fruta desidratada, etc), hortícolas, vinhos, licores (incluindo a Ginja), queijos, enchidos e azeite.

rc - É um projeto que vive de par-cerias com a região?

MC - Este é, claramente, um projeto de partilha, desenvolvido em coopera-ção ou não tivéssemos bem vivos os

Manuel Castelhano, presidente da Cooperativa Agrícola de Alcobaça

“a granja de cister é um projeto em construção e aberto à região”

« [A Granja de Cister] é um projeto em construção e aberto a novos produtores, a novos produtos, à recuperação de produtos

tradicionais e todos os que possam significar diferenciação

É também um projeto concebido e a ser dinamizado em rede com todas as entidades que podem potenciar o desenvolvimento e o

turismo em Alcobaça

valores cooperativos. Mas é também um projeto exemplar no que signifi-ca de desafio, que coloca pressão nos empreendedores, nos investidores, nos concorrentes e nos agentes de desen-volvimento nesta área. É também um projeto concebido e a ser dinamizado em rede com todas as entidades que podem potenciar o desenvolvimento

e o turismo em Alcobaça. A Câmara, o Mosteiro, o Parque dos Monges, os museus, os produtores, os hotéis, os restaurantes e, numa ótica mais abran-gente, com as entidades que integram a organização da Histórias do Centro, integrada por um conjunto de entidades como as Câmaras de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Alcobaça, o Parque dos

Monjes e o Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota. Precisamos de cooperar, mas precisamos, sobretudo, de saber acolher, com profissionalis-mo, com simpatia, com carisma e com entusiasmo, deixando perceber aos nossos visitantes que temos orgulho no que somos, no que fazemos e no que temos para oferecer. E esse é um

investimento que temos que privilegiar e um investimento que temos que fazer logo a partir da escola. Esta foi, de resto, uma constante do raciocínio em todos os nossos painéis.

rc - com este novo projeto, o que tem a economia da região a ganhar?

MC - Este é um projeto que cria em-prego direto e indireto, que cria novas dinâmicas e novos desafios na produ-ção, diferenciando produtos e apostando na recuperação de algumas produções tradicionais. Portanto, este é um projeto de grande importância para Alcobaça e para a região.

rc - Para além da granja, a coope-rativa apresentou ainda outro projeto, o somos da terra, com circuitos tu-rísticos que pretendem promover a ligação entre o mundo urbano e rural. Mas que papel tem a agricultura no turismo em alcobaça?

MC - O “Somos da Terra” é a face do projeto que incorpora a vertente do turismo e que visa, sobretudo, criar e dinamizar circuitos turísticos. Estes têm como principal objetivo apresentar ao visitante a produção agrícola da região e em simultâneo abordar os vários pontos de referência histórica e do património que a região de Alcobaça oferece. Pre-tende promover a tradição agrícola, a diversidade turística, cultural e agrícola da região e divulgar os métodos de pro-dução agrícola que culminam no produ-to de excelência. Tudo isto se concentra em roteiros em torno do Azeite, do Vi-nho e da Fruta, cujo objetivo é oferecer ao visitante uma experiência única de aproximação ao mundo rural.

P - estes projetos visam o lucro?MC - Estamos na área da economia

social e a economia social não visa o lucro, visa o homem, as suas necessida-des e aspirações. Não fazemos parte da sociedade especulativa. Fazemos parte da sociedade humanizada. Cultivamos a confiança e a participação. E criamos utilidade, resolvemos problemas, esta-mos ao lado das pessoas para as ajudar e sobretudo para as ajudar a ter sucesso nas suas produções. Alguém dizia que o cooperativismo é uma “constelação de esperanças”. A nossa cooperativa, o nosso concelho, o nosso País são uma constelação de esperanças. Mas a es-perança constrói-se todos os dias, de sol a sol a moirejar no campo, a operar na fábrica ou a criar riqueza nas em-presas ou a decidir caminho futuro no governo do país. Não baixaremos os braços enquanto pudermos. Por nós Cooperativa, por Alcobaça, pela região e pelo País.

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quinTA-FEiRA 24 julho 2014 granja de cister | III

na cozinha com...Os produtos de qualidade expostos na Granja

de Cister podem (e devem) proporcionar refeições inesquecíveis e, por isso, a Direção da Cooperativa Agrícola de Alcobaça convidou um conjunto de personalidades para mostrarem os seus dotes na cozinha. Todos os “chefs” de serviço tiveram um excelente desempenho e, no final, todos re-ceberam a aprovação da plateia.

O presidente da Câmara de Alcobaça foi uma das surpresas da iniciativa “Na cozinha com...” Paulo Inácio preparou lulas salteadas com com-pota de tomate, com uma receita do chef Carlos

Silva (EPADRC), e, pela reação dos presentes, o autarca nem se saiu mal de todo.

O ministro Poiares Maduro foi outro dos “co-zinheiros” da Granja. O responsável da tutela do Desenvolvimento Regional preparou uma sobremesa com fruta de Alcobaça: tomates re-cheados com maçã, ameixa e pêra. O governante até serviu as pessoas.

Manuel Castelhano, presidente da Direção da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, tinha de dar o exemplo e, nesse sentido, o dirigente confecionou uma entrada de dobrada e morcela de arroz.

Miguel Ribeiro, guitarrista dos The Gift, foi outra das personalidades convidadas e na co-zinha denotou grande à-vontade, deixando os presentes surpreendido pela facilidade com que se “movimentou” na cozinha.

João Alpuim (Museu Bordalo Pinheiro, de Lis-boa) e Adriana Rodrigues (Turismo do Centro) também foram convidados a vestir o avental da Granja de Cister e a mostrar as suas habilidades entre tachos e panelas.

A cozinha da loja de Alcobaça recebeu, ainda, um showcooking de Maçã de Alcobaça com o

chefe Albano Lourenço, enquanto o chef Car-los Silva protagonizou um showcooking sobre ervas aromáticas. Noutro dos dias do evento, a nutricionista Joana Marques explicou como confecionar comida saudável com produtos da Granja de Cister.

A atriz Diana Nicolau, a responsável pelas Re-lações Externas do El Corte Inglés Susana Santos e a empresária Carla Moreira são as próximas protagonistas da iniciativa “Na cozinha com...”, tendo confirmado a presença na Granja nos próximos meses.

Carlos Silva, Chef da Epadrc

Adriana Rodrigues, Turismo do Centro

Paulo Inácio, Câmara de Alcobaça

Joana Marques, Nutricionista

João Alpuim, Museu Bordalo Pinheiro de Lisboa

Manuel Castelhano, Cooperativa Agrícola de Alcobaça

Miguel Poiares Maduro, Ministro do Desenvolvimento Regional

Albano Lourenço, Chef da Quinta das Lágrimas

Miguel Ribeiro, The Gift

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quinTA-FEiRA 24 julho 2014IV | granja de cister

degustação de produtos

As Compotas na Granja Quinta do Vale da Rosa

Os azeites na Granja Casa Feteira

Durante os oito dias da apresentação da Granja de Cister foi possível ao público tomar contacto com alguns dos produtos que estão à venda na loja da Cooperativa Agrícola de Alcobaça. E não foi difícil atrair muitos interessados para comer uma fruta, beber um sumo ou provar um queijo ou enchido.

Na Granja é possível encontrar oito tipos de produtos de qualidade, devidamente certificados e que garantem segurança alimentar: fruta; fru-

ta transformada (sumos, purés, compotas, doces, maçã fatiada, fruta desidratada, etc), hortícolas, vinhos, licores (incluindo a ginja), queijos, enchi-dos e azeite.

Os fornecedores da Granja de Cister são produ-tores da região de Alcobaça, sócios da Cooperativa e que tem a sua produção certificada, condições essenciais para integrarem o projeto.

Foi, aliás, criada uma comissão que selecionou os produtos e os produtores, mediante requisitos

indicados pela Direção da Cooperativa, a fim de constituir representatividade da produção agrí-cola da região de Alcobaça.

Para além das empresas e dos produtos cujos produtos foram degustados ao longo da semana, e referenciadas nesta página, também os hortí-colas de Dona Horta, a fruta transformada da Desidrata e da FrutaFormas, os queijos da Flor do Vale e enchidos dos Sabores Seculares e Tricar, produzidos na região, podem ser encontrados na

Granja, o que comprova a vasta gama de produtos à disposição dos clientes naquele espaço.

Os bem conhecidos enlatados da Cistér, os doces de Alcobaça, as cornucópias do Atelier do Doce e os chocolates da Cacau & Arte, também mar-cam presença na Granja de Cister, completando a oferta. E, se quiser ser mesmo fiel à região, fica mais uma proposta: levar as compras que fizer nesta loja numa das tradicionais cestas de junco de Castanheira.

aceita um doce? Doces, compotas e bombons de marmelada foram apenas algumas das saborosas propostas apresentadas por Cidália Tomás, responsável pela Quinta do Vale da Rosa. Aquela empresa é já uma referência no setor da doçaria e está na Granja com diversos produtos de elevada qualidade, alguns dos quais verdadeiramente supreendentes para o mercado. É o caso da aguardente de Pêra Rocha, que captou a atenção de alguns dos presentes. Mas há (muito) mais para descobrir, não concorda?

e que tal um biscoito? O território da chamada região de Cister estende-se até Porto de Mós e, por isso, a presença da Casa Feteira na Granja de Cister faz todo o sentido. Aquela sociedade agrícola sediada nas Pedrei-ras apresentou, pela primeira vez, os biscoitos de azeite e canela, que não contêm manteiga ou margarina, mas também as latas de azeite virgem extra de 200 ml. A empresa tem diversos olivais instalados no concelho de Alcobaça e quer expandir a atividade na região

Brinde. O enólogo Rodrigo Martins, da Cooperativa Agrí-cola de Alcobaça, da Adega Cooperativa de Alcobaça e da Quinta dos Capuchos, apresentou o conjunto de vinhos das duas instituições com que colabora. Os vinhos produzidos em Alcobaça têm vindo a ganhar notoriedade, o que se comprova pelos prémios internacionais que, nomeadamente, a Quinta dos Capuchos tem recebido. O ministro Poiares Maduro bebeu e brindou com Paulo Inácio e Manuel Castelhano

Para comer à dentada. A Maçã de Alcobaça é um dos mais característicos produtos da região, sendo conhecida nacional e internacionalmente. A versatilidade do fruto é tão grande que, nos últimos anos, se têm mul-tiplicado os produtos em torno da maçã, desde sumos naturais a bolos. A Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça marca presença ativa no projeto Granja de Cister, porque esta maçã é para comer à dentada

Vai um licor? Alcobaça é também muito conhecida pela qualidade dos licores aqui produzidos e a empresa Casa das Oliveiras tem-se vindo a destacar nos últimos anos neste setor. Confeccionados de forma artesanal por Maria Fernanda Silva, há cinco tipos de licores: o licor de amoras, o licor de ginja, licor de maçã, o licor de pêssego e o licor de pêra rocha. Estes licores têm cerca de 19% de álcool, mas ninguém pareceu queixar-se...

diretamente da pipa. Costuma dizer-se que o vinho deve beber-se diretamente da pipa. E por que não beber ginja de Alcobaça diretamente da pipa? Para saciar este

“desejo”, a empresa Ginja MSR apresentou-se na Granja de forma diferente do habitual, pois os presentes pude-ram saborear ginja diretamente de uma pequena pipa instalada no local. As miniaturas desta ginja produzida exclusivamente na região pela sucessora da David Pinto & Companhia também estão à venda

Vinhos de Alcobaça Adega Cooperativa de Alcobaça e Quinta dos Capuchos

A Maçã na Granja Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça

Os licores na Granja Casa das Oliveiras

A ginja na Granja Ginja MSR

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quinTA-FEiRA 24 juLho 2014 granja de cister | V

As Cidades Culturais e os Museus

Cooperativa Agrícola de AlcobaçaLivros de Vieira NatividadeAgricultura familiar

Turismo: Caminhos a seguirGentes da Nossa TerraAna David (Museu da Imagem em Movimento), João Alpuim (Museu Bordalo Pinheiro de Lisboa), João Bonifácio Serra (professor coordenador da ESAD) e Telmo Faria (his-toriador) foram apanhados na rede cultural e moderados por Alberto Guerreiro (Museu do Vinho)

“Cooperativa Agrícola de Alcobaça, o passado, o presente e o futuro” foi o tema em debate pela vozes de Aristides Sécio (Pera Rocha), Bernardo Campos (CCDR-C), Elisabete Coutinho (CALCOB), Carla Simões (Maçã de Alcobaça) e José Coutinho (Agrocampestret), moderado por Manuel Castelhano

A reedição dos livros de Joaquim Vieira Natividade juntou à mesa Fleming de Oliveira (advogado), António Nativi-dade (sobrinho-neto do engenheiro agrónomo) Manuel Castelhano, Paulo Inácio e António Maduro (historiador)

Em Ano Internacional da Agricultura Familiar, Manuel Cas-telhano (Cooperativa Agrícola), Elizete Jardim (DRAP-LVT), Paulo Inácio (Câmara Alcobaça) e Pedro Reis (APEA) foram os responsáveis pela sessão de abertura do seminário “Agricultu-ra familiar, horto-fruticultura e a região Oeste”

A Granja de Cister chamou Alexandre Marto (Fátima Hotel), Emmanuelle Afonso (Meu Portugal), Gonçalo Lopes (vice-presidente da Câmara de Leiria), Nélio Ribeiro (Inter Rias), Elsa Diogo (IN Tours) e Adriana Rodrigues (Turismo do Centro), numa moderação de Miguel Martins (Parque dos Monges)

Alcobaça juntou à mesa Hélder Reis (secretário de Estado Adjunto e do Orçamento), Susana Santos (responsável Relações Externas do El Corte Inglés), Diana Nicolau (atriz), Carla Moreira (gerente da Arfai) e Miguel Ribeiro (The Gift), moderados por Rui Rasquilho (historiador)

Associativismo agrícola, turismo, cultura e as cidades, Gentes de Alcobaça... tudo, ou quase tudo, teve espaço “à mesa” da Granja de Cister. E só não teve mais porque foram (apenas) oito dias de inauguração do espaço.

No dia da inauguração, dia 5 de julho, da Granja de Cister foi também comemorado o Ano Interna-cional da Agricultura Familiar, “uma escolha feliz, uma vez que a Cooperativa Agrícola de Alcobaça não fez mais, ao longo dos anos, do que apoiar a agricultura familiar”, como garantiu Manuel Castelhano. E, também como sublinhou Elizete Jardim, diretora regional de Agricultura de Lisboa

e Vale do Tejo, “falar de agricultura familiar é falar de agricultura ponto final”.

Outro ponto alto da programação da inaugu-ração foi a reedição dos livros de Joaquim Vieira Natividade “Os Monges Agrónomos do Mosteiro de Alcobaça” e “Associações Agrícolas – Palavras ditas no dia das Associações Agrícolas”, numa ini-ciativa da Cooperativa Agrícola de Alcobaça.

A Cooperativa não pode deixar de contribuir para a preservação do património cultural da agri-cultura, reeditando algumas obras de referência. Para o historiador António Maduro, o discurso lido por Vieira Natividade prova “o homem divul-

gador e crente de que o movimento associativo seria a alavanca para o futuro”. Na apresentação dos livros, António Eduardo, sobrinho-neto do engenheiro, falou do seu tio como “uma autên-tica lição de vida”. “Um homem com H grande”, acrescentou. Por sua vez, Paulo Inácio recordou o legado de Joaquim Vieira Natividade no con-celho, nomeadamente na Estação Fruteira e na Mata do Vimeiro.

“Os participantes dos painéis de reflexão rea-lizados durante a semana sobre as várias temá-ticas recusaram muros de lamentações, leituras pessimistas ou o olhar sistematicamente para o

lado, continuando a dizer que ‘a galinha da minha vizinha é mais gorda que a minha’”, sublinhou Manuel Castelhano, presidente da Cooperativa Agrícola de Alcobaça.

“Precisamos de acreditar em nós próprios, que somos capazes de fazer tão bem ou melhor do que fazem os nossos concorrentes, que nunca nos faltou na história capacidade para ultra-passar os momentos mais difíceis”, ressalvou o dirigente, acreditando que “só com esta atitude conseguiremos ultrapassar a situação em que nos encontramos e de reconstruir o nosso futuro, o futuro do nosso País”.

Painéis de discussão

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Momentos... diferentesNem só de agricultura viveu a programa-

ção da Granja de Cister. Ao longo da semana de atividades, muitas foram as iniciativas e os momentos diferentes que ajudaram a tornar inesquecível a abertura da loja.

Tudo começou, no dia 6, com a caminhada pelas ruas de Alcobaça, que juntou utentes do CEERIA, do Núcleo de Espeleologia de Leiria e do grupo Chitas de Alcobaça. Cerca de duas centenas de pessoas participaram no passeio, sendo que 1 euro de cada ins-crição reverteu a favor do CEERIA. Logo a seguir, os sócios da Cooperativa tiveram direito a um almoço de porco no espeto e à tarde houve animação musical com Ema-

nuel Moura e a atuação dos Ranchos Folcló-ricos “Círculo de Arte, Desporto e Cultura do Vimeiro”, “Mira Serra” e “Rosas, Casal Pinheiro e Fragosas”.

A Academia de Música de Alcobaça pro-porcionou dois momentos musicais, com alguns dos seus alunos.

Por falar em artes, a companhia SA Ma-rionetas apresentou o “Teatro Dom Roberto”

- “O Saloio de Alcobaça”, sob uma cortina de chita de Alcobaça.

A literatura não foi esquecida, uma vez que o escritor Nuno Valente foi chamado à Granja, para dar conta das suas mais re-centes obras. E o historiador Rui Rasquilho

também teve oportunidade de pronunciar os seus “Poemas da Terra”.

Também o “monge” de Cister, oriundo do Parque dos Monges, invadiu a cozinha da Granja para preparar bolachas monásticas, para delícia do público.

Como não poderia deixar de ser, a agricul-tura, o passado e futuro deste setor, foi um dos temas em análise durante o evento. A família Dias, da Cela, responsável pela empresa JDR e Filhos, foi convidada para debater as visões do filho Tiago e do pai José sobre o que pode-rá mudar na agricultura nos próximos anos. Mude o que mudar, a qualidade dos produtos de Alcobaça manter-se-á.

Na horta com... a família Dias Duas gerações, duas visões

Poemas da terra... com Rui Rasquilho

Caminhada Desafio pela Granja de Cister

Nuno Valente Literatura infantil

Academia de Música de Alcobaça Momentos musicais

Parque dos Monges Preparação de bolachas monásticas

SA Marionetas Teatro Dom Roberto - O Saloio de Alcoaboaça

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quinTA-FEiRA 24 julho 2014

Somos da terraA Granja de Cister é o ponto de partida comum dos três Circuitos

Turísticos: da Maçã, dos Vinhos e dos Olivais e Azeite de Alcobaça. O projeto “Somos da Terra” pretende promover a tradição agrícola, a diversidade turística, cultural e agrícola da região e divulgar os métodos de produção agrícola.

O “Somos da Terra” visa a criação de circuitos turísticos que permitam a visita a explorações agrícolas, mostrando as modernas técnicas culturais seguidas por uma nova geração de empresários agrícolas, em particular na sua vertente de respeito pelo meio ambiente, segurança alimentar e saúde humana.

“Os produtores de fruticultura, vinícolas e de azeite, selecionados pela Cooperativa Agrícola de Alcobaça, vão receber visitantes nas suas explorações”, explica o presidente da Direção da Cooperativa, sublinhando que “este é um projeto que dignifica e homenageia a cidade, a agricultura e os produtores de Alcobaça”, explica Manuel Castelhano.

Este projeto visa também a promoção de redes informativas e de marketing potenciador da afirmação dos produtos em mer-cados diferenciados, o apoio à criação de condições integradas de acolhimento turístico (não apenas através da apresentação do produto, mas também da informação e divulgação dos processos de produção e/ou transformação proporcionando visitas a explo-rações potenciando as rotas turísticas dos coutos de Alcobaça) e o reforço da interpenetração da cidade no espaço rural envolvente criando condições desenvolvimento efetivo das populações que se dedicam à agricultura.

O itinerário do circuito da Maçã de Alcobaça inclui uma visita à Levada dos Monges, ao Castelo de Alcobaça, ao Museu e Vila Romana de Parreitas, além de uma visita a um pomar da maçã mais conhecida de Portugal. Luís Delgado, Tiago Dias e Filipe Cri-sóstomo serão os produtores que irão acolher os turistas nas suas explorações agrícolas. Este circuito permitirá ao visitante conhecer as influências romanas, árabes e cristãs no património da cidade, bem como os locais onde se produz aquela que é considerada a melhor maçã do Mundo.

Por sua vez, o circuito dos Vinhos de Alcobaça integra uma visita à levada dos Monges, ao Convento dos Capuchos, à vinha da Quinta dos Capuchos e, por fim, ao Museu do Vinho. Na rota deste circuito, por entre locais emblemáticos da região, não podiam faltar a Adega Cooperativa de Alcobaça, a EPADRC e a Quinta dos Capuchos.

Já o circuito dos Olivais e do Azeite inclui uma visita à Ponte Medieval, de Aljubarrota a Évora de Alcobaça, ao Arco da Me-

mória na Serra dos Candeeiros, às Ruínas do lagar do século XVIII e Lagar da Casa Feteira, e à vila de Aljubarrota, onde poderá “visitar” a padeira Brites de Almeida.

Com uma duração de três horas, cada circuito tem o custo de 10 euros por pessoa. No caso de o participante pretender visitas de um dia poderá adicionar a um dos circuitos várias opções complementares. O primeiro pack, intitulado “Aventura e paixão”, inclui uma visita ao Mosteiro de Alcobaça, ao Parque dos Monges, ao Museu Raul da Bernarda e uma prova de Doces Conventuais. O pack “As Conquis-tas” inclui uma visita ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, Mosteiro da Batalha e Castelo de Leiria. Por sua vez, o itinerário “Vales e Serras” passa pelo Castelo de Porto de Mós, pelo Museu da Comu-nidade Concelhia da Batalha, pelo Núcleo de Arte Sacra de Aljubarrota e pelo Mosteiro de Cós. A baía de São Martinho do Porto, a Serra da Pescaria, a vila piscatória da Nazaré e a Igreja de Nossa Senhora da Naza-ré constituem o pack “O Mar dos Monges”.

C o m e s t a s propostas, os turistas e visitan-tes da região podem conhecer os locais e as temáticas de refe-rência da região, como o Mosteiro de Alcobaça, o Museu do Vinho, a doçaria conventual, a chita de Alcobaça, o comércio tradicional e até... o Melhor Pastel de Nata do País.

O projeto “Somos da Terra” é uma iniciativa comunitária promovida pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e cofinanciada pelo FEADER, no âmbito do PRODER. E, convenhamos, com tantas propostas, tantos sítios de interesse, tantos locais únicos para visitar e história para conhecer, o difícil será, mesmo, escolher o que fazer.

Entre na Granja de Cister, local de sabores ancestrais, ponto de partida para a descoberta de Alcobaça, local onde se produz a melhor Maçã do

e Cristãs no património da Cidade, Maravilhas de Portugal, e saboreie com prazer os produtos da nossa terra.

Maçãde Alcobaça

Itinerário:1. Granja de Cister

2. Levada dos Monges

3. Castelo de Alcobaça

4. Museu e Vila Romana de Parreitas

5. Pomar da Maçã de Alcobaça - Degustação

6. Granja de Cister

3hDuração:

Circuito 1

½dia

10€pessoa

h

Duração

Preço

Produtores a visitar:Luís Delgado | Tiago Dias | Filipe Crisóstomo

Deslumbre-se na Granja de Cister, daqui iniciará

emblemáticos da Região de Alcobaça onde quase tudo se cruza com a ancestralidade da produção agrícola e vinícola. Percorra as vinhas, as adegas, o Museu do Vinho, tudo isto numa experiência única em Alcobaça.

Vinhosde Alcobaça

Itinerário:1. Granja de Cister

2. Levada dos Monges

3. Convento dos Capuchos

4. Vinha – Quinta dos Capuchos

5. Museu do Vinho

6. Granja de Cister

Circuito 2

3hDuração:

½dia

10€pessoa

h

Duração

Preço

Produtores a visitar:Adega Cooperativa de Alcobaça | EPADRC | Quinta dos Capuchos

Partimos da Granja de Cister para a Serra dos Candeeiros, limite dos Coutos de Cister. Por entre olivais, chegamos ao Lagar do Séc. XVIII, pérola dos Monges, uma vez contornado, descubra o Lagar - Casa Féteira, lugar de tradições e termine com a Padeira de Aljubarrota, numa degustação de produto da região fantástica e inesquecível.

Olivais e Azeitede Alcobaça

Itinerário:1. Granja de Cister

2. Ponte Medieval – De Aljubarrota a Évora de Alcobaça

3. Serra dos Candeeiros – Arco da Memória

4. Ruínas do Lagar do Século VXIII e Lagar da Casa Féteira

5. Aljubarrota – A Padeira e a Vila

6. Granja de Cister

Circuito 3

3hDuração:

½dia

10€pessoa

3h

Duração

Preço

Produtores a visitar:Casa Féteira

granja de ciSter | VII

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quinTA-FEiRA 24 junho 2014VIII | granja de cister