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O futuro é circular ENTREVISTA Francisco Ferreira Presidente da ZERO 24 RESULTADOS 2016 GRUPO CA NO BOM CAMINHO 03 n. 44 2. o TRIM. 2017 Grupo Crédito Agrícola A CELEBRAR COM AS PME 12

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O futuro é circular

entrevistaFrancisco Ferreira

Presidente da ZERO

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GRUPO CAno bom caminho

financeiras a actuar em Portugal. Os resultados do negócio bancário foram, em parte, contrabalançados com perdas registadas, pelo Grupo Crédito Agrícola, nos veículos de desinvestimento imobiliário.Refira-se igualmente o assinalável contributo dos resultados das empresas do Grupo em 2016, nomeadamente de +4,2 milhões de euros da CA Vida (seguros vida), de +3,8 milhões de euros da CA Seguros (seguros não vida) e de -0,3 milhões de euros da CA Gest (gestora de activos).

de 2016 um resultado líquido consolidado de 58 milhões de euros. No mesmo período o negócio bancário do grupo apresentou um resultado líquido de 72,1 milhões de euros, representando um crescimento de 28% face a 2015. Em 31 de Dezembro de 2016, a carteira de crédito (bruto) a clientes ascendia a 8,7 mil milhões de euros, um crescimento de 3,4%, face a 2015, o que é significativo quando comparado com a quebra de 3,2% registada pelo conjunto das instituições

Num contexto macroeconómico nacional marcado por sinais de tímida retoma económica conduzida pelo aumento da confiança e do consumo privado, mas em que o sector financeiro voltou a estar pressionado devido às taxas historicamente baixas da Euribor, ao processo de desalavancagem dos agentes económicos e aos crescentes requisitos de capital no quadro da regulamentação do Basileia III e do Solvência II, o Grupo Crédito Agrícola apresentou no exercício

editorial

O Crédito Agrícola apresentou um resultado positivo de 58 milhões de euros reportados ao exercício de 2016, em conferência de imprensa, a 30 de Março

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sumário

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propriedade: Grupo Crédito aGríColaConselho editorial: Conselho de administração exeCutivo da Caixa Central de Crédito aGríCola mútuo, Gabinete de ComuniCação e relações instituCionais | edição: inforfi – ComuniCação, alberto maChado | fotoGrafia: ramon de melo e JorGe soares distribuição Gratuita | impressão: fenaCam – federação naCional das Caixas de Crédito aGríCola mútuo, fCrl | tiraGem: 15 000 exemplares | issn 1646 - 168 1 depósito leGal 229639/05 | espaço leitor: [email protected]

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10dia do Ca

Clientes felizes

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reConheCemos a perfeita união entre todos num trabalho de assistir os nossos Clientes Ca

opinião

Há uma década atrás, o tempo ainda passava devagarinho em muitas das localidades portuguesas. As rotinas eram a garantia da estabilidade da sociedade e da família. Os empregos mais desejados eram os empregos para toda a vida, bem perto de casa. O desporto nacional favorito, para além do futebol e das idas à praia, praticava-se nos passeios domingueiros rumo aos centros comerciais. Nos últimos anos o português mudou e muito os seus hábitos. O aperto provocado pelo FMI devidamente doseado pelos nossos parceiros europeus levou os portugueses a trocarem os passeios consumistas, quase sempre em ambientes fechados, por caminhadas na cidade ou no campo, por running e BTT, passando de meros espectadores, para verdadeiros atletas. É impressionante ver hoje a adesão das populações a tudo o que seja desporto ao ar livre. Voltamos a ser novamente cidadãos do mundo, por necessidade como em outros períodos da nossa história. E como bons portugueses, uma vez mais, transformamos as nossas dificuldades em

antónio CastanhoPresidente da CA Vida

e das suas famílias, quer seja pela actualização do suporte tecnológico, actualmente um factor imprescindível para melhorar o desempenho da rede comercial materializada nas Agências CA.Muito nos move e entusiasma o espírito de grupo CA. Reconhecemos a perfeita união entre todos num trabalho de assistir os nossos Clientes CA com soluções que sejam de facto um benefício para todos. Uma palavra de agradecimento aos Clientes CA que têm ao longo dos dezoito anos de existência da CA Vida acreditado e confiado, atribuindo à Seguradora Vida do Crédito Agrícola distinções de notoriedade, conforme ocorreu recentemente, ao ser considerada a primeira seguradora no ranking de imagem e primeira seguradora no ranking de lealdade dos Clientes.Foram também os nossos Clientes CA que possibilitaram que em 2016 a CA Vida fosse, uma vez mais, destacada como a primeira seguradora no ranking de Melhor Grande Seguradora Vida. Um bem-haja a todos, contando com todos vós em 2017.

oportunidades, exportando o que temos de melhor e utilizando a inovação, o engenho e as novas tecnologias a nosso favor.A CA Vida é um produto nacional, feita por portugueses e é com este mesmo espírito empreendedor que enfrentamos as exigências do actual modelo regulatório e de um mercado financeiro que nos surpreende diariamente. Não é por os ventos terem mudado que vamos baixar os braços. Continuamos a trabalhar pelo fortalecimento da Companhia no seio da sociedade e do Grupo, quer seja pelo crescimento da importância dos seguros de Vida Risco, essenciais para proteger o bem-estar dos nossos Clientes

mudam-se os temposmudam-se as vontades

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Grande plano

Reconhecer e celebrarPME Líder e PME Excelência 2016

O universo de empresas Clientes CA com atribuição do estatuto PME Líder e Excelência continua a crescer. De 163 distinções em 2015 para 221 distinções em 2016, o que representa um aumento de 36%. Este é o reflexo do cuidado e da proximidade do único Banco cooperativo aos seus Clientes. E o que o CA fez, naturalmente, foi celebrar. Uma celebração com as PME Líder e Excelência que, pelo seu exemplo, estão a afirmar Portugal!

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Grande plano

O Crédito Agrícola distinguiu os seus Clientes empresariais que, no ano de 2016, receberam o estatuto PME Líder e PME Excelência (reportados neste artigo), um selo de qualidade atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal às empresas que mais contribuíram para a competitividade e desenvolvimento da economia nacional. A cerimónia, que decorreu no Convento do Beato, em Lisboa, foi conduzida por Sílvia Alberto e contou com a presença dos representantes das várias Caixas

O Crédito Agrícola reafirma-se como parceiro de referência no contexto das PME, que representam já 99,9% (fontes: INE, PORDATA – Março 2017). E em evento de celebração, o Banco cooperativo expressou o reconhecimento às empresas suas Clientes com o estatuto PME Líder e PME Excelência 2016

a reforçar o apoio ao tecido empresarial português – quer através do lançamento de produtos e serviços que respondam às suas necessidades, quer pela criação de iniciativas que visem o desenvolvimento das empresas –, vê crescer o número de PME suas Clientes distinguidas. Entre 2015 e 2016 o número de empresas com estatuto aumentou 36% (em 2015 contou com 163 distinções e em 2016 o número subiu para 221), o que denota o cuidado e a proximidade do único Banco cooperativo aos seus Clientes.

de Crédito Agrícola do país, dos elementos do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração Executivo do Crédito Agrícola, sendo de assinalar ainda o presidente do IAPMEI, Jorge Marques dos Santos.Para o Crédito Agrícola, este evento reveste-se da máxima importância, uma vez que distingue as empresas que se posicionam como motor de desenvolvimento da economia nacional, em diferentes sectores e em diferentes zonas do país.O Grupo Crédito Agrícola, que ao longo dos anos tem vindo

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Grande plano

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Grande plano

pme exCelênCia

empresa CCam

Auto Rent VI - Gestão, Aluguer, Compra e Venda de Viaturas, Lda. Albufeira

Antonio Viegas Guerreiro, S.A. AlgarveCentro de Estética Dentária, Lda. AlgarveFarmácias Pacheco Mendes Segundo, S.A. AlgarveIsabel Maria Leote Caniné AlgarveJosé Manuel Prata, Lda. AlgarveMatinhos Hortofruticultura, Lda. AlgarvePalma & Palma - Representações, Lda. AlgarveTractor Rega - Comércio e Instalação de Equipamentos, Lda. Algarve Brandão & Martins - Empreendimentos Turísticos, Lda. Área Metropolitana do PortoLevi Sistemas Industriais, Lda. Baixo VougaDias & Vicentes Baixo VougaEuromel - Sociedade de Produção e Comercialização de Mel, da. Beira Baixa (Sul)Cortitrans - Sociedade de Madeiras e Transporte, Lda. Beira CentroIrmãos Lopes & Cardoso, Lda. Beira CentroLousãtextil - Indústria de Malhas e Bordados, Lda. Beira CentroHipnose - Produções Artísticas, Lda. Caixa Central - Agência Linda-a-VelhaCarbono 21, Lda. Caldas da Rainha, Óbidos e PenicheFribaleia - Transportes Frigoríficos, Lda. Caldas da Rainha, Óbidos e PenicheHortoberlenga, Lda. Caldas da Rainha, Óbidos e PenicheFarmácia Secades, Unipessoal, Lda. Cantanhede e MiraRuralsor - Serviços Agrícolas e Florestais, Lda. CorucheAuto Torre da Marinha - Comércio de Peças para Veículos Automóveis, Lda.

Entre Tejo e Sado

Gelcoma - Comércio de Produtos Alimentares, Lda. Entre Tejo e SadoSoregi - Frutas e Legumes, Lda. Entre Tejo e SadoVitor Fernandes - Queijaria Artesanal, Lda. Entre Tejo e SadoCasa Maria Vitória, Lda. Guadiana InteriorBiosonda - Comércio de Material Hospitalar, Lda. Loures, Sintra e LitoralAreias do Seixo - Empreendimentos Hoteleiros, Lda. LourinhãFitoplanta - Produção e Comercialização de Plantas, Lda. LourinhãAquecinox, Lda. Médio AveE.P.W. - Tecnologia de Extrusão, Lda. PombalFrutas do Mondego, Lda. PombalMadeiro Placa, Lda. PombalMeirimota - Transportes, Lda. PombalMicronipol, S.A. PombalGosimac - Maquinações, S.A. Pombal I.C.M. Trans - Transportes de Mercadorias, Lda. Porto de Mós Planitec - Moldes Técnicos, Lda. Porto de MósArtur Macedo, Lda. Póvoa de Varzim, V. Conde e EsposendeTransportes Vigonorte, Lda. Póvoa de Varzim, V. Conde e EsposendePanificadora Marques Filipe - Indústria de Panificação, Lda. Ribatejo Norte e TramagalSociedade Agrícola Herdade do Caldas, Unipessoal, Lda. Ribatejo Sul Quinta da Pellada, Unipessoal, Lda. Serra da EstrelaSabor Selvagem, Unipessoal, Lda. Sotavento AlgarvioCarlos Rua Trindade & Filhos, Lda. Vale do Távora e DouroPereira e Sequeira - Comércio de Automóveis, Lda. Vale do Távora e Douro

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O DIA DO CA, instituído em 2017, passa a celebrar-se anualmente a 1 de Março. A justificação está no Decreto com força de Lei, de 1 de Março de 1911, constitutivo do Crédito Agrícola e que então estabeleceu as bases do Regime Jurídico das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo. Neste primeiro ano de celebração da data, o DIA DO CA foi criativamente assinalado por todas as CCAM, com a implementação de diversas acções em todo o território nacional

Um Dia Feliz!

De destacar o CA da Beira Centro, que mobilizou as suas Agências e uma par-te muito relevante do comércio local, concretamente cafetarias e bares. A iniciativa surpreendeu o grande pú-blico na hora de pagar o café habitual: “Está pago! Hoje quem paga é o Cré-dito Agrícola!” A juntar à oferta, vinha o convite à participação no concurso

publicitário “O Dia do CA”, igualmen-te bem visível. Além das acções programadas pelo Grupo CA para todo o País, na lógi-ca de envolver, nas comemorações, os Associados, os Clientes e, generica-mente, as comunidades locais, a cria-tividade do CA de Entre Tejo e Sado fez-se também ao som da música e ao

DIA DO CA

ritmo da dança. O grupo de serenatas “Sinfonias ao Luar” e o agrupamento de dança “Mad G Wine” brindaram os Clientes CA e a população que circula-va junto à sede da Caixa Agrícola, no Montijo, com actuações muito aplau-didas. E que contaram com a presença do presidente da Junta de Freguesia do Montijo e Afonsoeiro, Fernando Caria.

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festa sobre rodas em paredes de Coura!

No âmbito do concurso publicitário “Dia do CA”, o Crédito Agrícola sor-teou um automóvel da marca Renault Zoe. José João Barbosa Pereira, resi-dente na freguesia de Bico – Paredes de Coura, Cliente do CA do Noroes-te, foi o vencedor, sendo que além da viatura teve ainda a oferta da bateria pelo período de dois anos. Em rela-ção ao automóvel, trata-se de uma

viatura eléctrica, não poluente, na li-nha de actuação do CA em matéria de protecção ambiental. Em cerimónia que decorreu a 9 de Maio no edifício sede da Caixa Central, o presidente do Conselho de Administração Executi-vo, Licínio Pina, entregou a chave do automóvel a Maria Laura Rodrigues Araújo Pereira, esposa do premiado, que compareceu em representação do marido. O concurso, promovido para cele-brar o Dia do Crédito Agrícola (1 de

Março), realizou-se entre 27 de Feve-reiro e 10 de Março e destinou-se a todos os Clientes, particulares ou em-presariais, que abriram uma conta ou subscreveram/reforçaram produtos e serviços financeiros do Grupo. O sorteio (Concurso Publicitário n.º 18/2017 autorizado pela secretaria-ge-ral do Ministério da Adiministração Interna) realizou-se a 26 de Abril, na sede da Caixa Central, na presença de um representante da Direção Nacional da Segurança Pública.

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4ª EDIÇÃO | 2017

4.ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola” lançada na AGRO 2016. Alcobaça, elegendo a fileira da hortofruticultura, recebeu primeiro de quatro Ateliers de Inovação. Candidaturas ao Prémio CA até 24 de Julho. Toda a informação, incluindo inscrições nos Ateliers, em www.premioinovacao.pt

CA a premiar os melhores a inovar

O CA, em parceria com a INOVISA, lan-çou a 24 de Março, no arranque da 50.ª edição da AGRO – Feira Internacional da Agricultura, Pecuária e Alimentação, que decorreu em Braga, a 4.ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, dirigido às fileiras dos Cereais, da Floresta, da Hortofruticultura e da Produção Animal. Licínio Pina, pre-sidente do Conselho de Administração

Executivo da Caixa Central, realçou na sessão de abertura o compromisso do CA com a agricultura, o apoio (ao inves-timento) e a importância dos jovens no processo de inovação dos vários sectores: “Os jovens trazem mais competências, mais capacidades e novas ideias. É isso que queremos apoiar”.Com o objectivo de premiar projectos de inovação promovidos por mais do

que uma entidade, o Prémio CA inclui, em 2017, a categoria “Inovação em Co-laboração”, que requer a participação dos promotores dos respectivos pro-jectos nos Ateliers de Inovação. Trata-se de quatro workshops gratuitos para apoiar projectos de inovação, nas refe-ridas fileiras estratégicas nacionais, a colocar no mercado produtos e serviços de sucesso cobrindo temáticas como:

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alCobaça reCebeu 1.º atelierNo âmbito do Prémio Empreen-dedorismo e Inovação CA, Alco-baça (9 de Maio), tendo por tema a fileira da hortifruticultura, rece-beu o primeiro de quatro Ateliers de Inovação. Os próximos atelie-res já têm data marcada: 27 de Junho, na Mealhada, dedicado à floresta; 5 de Julho, em Salvaterra de Magos, dedicado à fileira dos

cereais. Por fim, e com data e local a definir, estará o atelier de pro-dução animal. Em cada um des-tes workshops são votados os três melhores projectos pelos próprios participantes dos eventos, sendo depois avaliados pelo júri, tam-bém responsável por avaliar as empresas candidatas às restantes categorias do Prémio CA.

performance de equipa, proposta de valor, comunicação e disseminação. Em cada atelier serão eleitos três projectos que ficarão automaticamente a concur-so, cujo prémio é de 5.000 euros. Nesta categoria “Inovação em Colaboração”, tem-se por referência projectos (a ini-ciar, em curso ou terminados) promo-vidos por mais do que uma entidade. Enquadram-se, neste contexto, pro-jectos de Cooperação para a Inovação (PRODER), futuros Grupos Operacio-nais (PDR2020), projectos I&DT Apli-cada (QREN) e outros projectos não necessariamente co-financiados. As restantes quatro categorias do Pré-mio CA 2017 são as seguintes: Cereais, Floresta, Hortofruticultura e Produção Animal. De assinalar, ainda, a atribuição de um prémio de reconhecimento es-pecial a uma entidade (Empresário Individual, Sociedade, Associação, Fundação, Organização Não-Go-vernamental, Entidade do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, Organismo da Administração pú-blica) ou ao projecto submetido por Associado(s) do Crédito Agrícola que se destaque dos demais. A análise dos projectos terá como base três crité-rios: grau de inovação, potencial de mercado e a sustentabilidade.

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aCtualidade Ca

SOMOS A REFERÊNCIA CA RELEVANTE NA ECONOMIA SOCIALO presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central, Licínio Pina, elegeu como tema “O Crédito Agrícola e a Economia Social”, no âmbito da sua intervenção no segundo fórum do Congresso Nacional da Economia Social. Iniciativa da CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, o evento foi realizado a 18 de Abril, no Espaço Agros, na Póvoa de Varzim, reunindo cerca de 300 participantes, cabendo assinalar, designadamente, a presença do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, e do presidente do Conselho Económico e Social, António Correia de Campos. O terceiro fórum realizou-se a 2 de Junho em Mangualde, na Biblioteca Dr. Alexandre Alves, sob o tema “Novos conceitos, novos modelos de organização e de governança” e contou, igualmente, com a participação do presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central.

UM BRINDE A PORTUGAL!CA SEguROS PATROCINA gALA dOS MELHORES VINHOS VERdESO Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões foi palco, a 21 de Abril, da Gala anual da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), onde se distinguem as melhores colheitas nas categorias Ouro e Prata, além dos cinco ‘embaixadores’ para os mercados externos: os “Best of Vinho Verde 2017”. Deu-la-Deu Alvarinho 2016, Quinta de Linhares Avesso 2016, Messala Alvarinho 2016, Castros de Paderne Alvarinho 2012 e Quinta das Pereirinhas Superior Alvarinho 2016. Luís Medeiros Vieira, Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, e João Pedro Borges, presidente da CA Seguros, marcaram presença na edição 2017, cabendo ao responsável da Seguradora a entrega do prémio ao Melhor Vinho Verde Branco, atribuído ao Vila Nova 2016. A CA Seguros mantém uma relação de parceria com a CVRVV, realizando desde 1999 o Seguro de Colheitas da vinha de toda a Região Demarcada. O maior seguro de colheitas da Europa, englobando cerca de 11 mil viticultores, com uma produção de aproximadamente 79 milhões de Kg de uva, abrangendo 13.500 hectares de vinha.

O COMPROMISSO ÉTICOCA EM AuLA ABERTA, NO ISCTE, SOBRE ÉTICA E SuSTENTABILIdAdE NA BANCAO CA tem um modelo de governance assente num compromisso ético que vincula o Banco em todos os níveis da sua esfera de competências, a começar pelo topo. Esta é uma das ideias-chave na intervenção do presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa Central, Licínio Pina, orador convidado na Aula Aberta sobre Ética e Sustentabilidade na Banca, uma iniciativa do ISCTE – Business School, realizada a 10 de Maio. No decorrer desta aula, os professores das licenciaturas de Gestão, Finanças e Contabilidade e Economia, perante uma plateia repleta de alunos destes cursos, frisaram o contributo da Banca no contexto da economia real.

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aCtualidade Ca

DUPLAMENTE EM FOCOCA PATROCINAdOR dA OVIBEJA E dO MAIS COTAdO CONCuRSO dO MuNdO EM AZEITES VIRgEM EXTRAO CA reafirmou o seu patrocínio à Ovibeja, a maior feira do sector primário a sul do País, cuja 34.ª edição decorreu de 27 de Abril a 1 de Maio, no Parque de Feiras e Exposições, em Beja. No seu stand, o CA recebeu a visita do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, e do Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira. Paralelamente, o patrocínio – neste caso, em exclusividade – do Banco cooperativo estende-se ao Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio CA Ovibeja, que teve este ano a sua 7.ª edição. A leitura dos grandes números faz destacar 150 azeites a concurso, em representação de 11 países. A entrega de prémios, a 29 de Abril, na Arena do Azeite, consagrou na categoria Frutado Maduro, respectivamente com ouro e prata, os azeites portugueses Quinta do Crasto e Sociedade Olivícola F.A. Callado; esta marca voltou a ser prata na categoria Frutado Verde Ligeiro, onde o bronze foi também ele de “sabor português” ao distinguir o azeite Velhas Folhas; Portugal subiria ainda ao pódio, agora na categoria Frutado Verde Intenso, com a prata a premiar a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços. Temos assim cinco azeites portugueses entre os melhores do mundo e, considerando as menções honrosas atribuídas, dos 24 azeites distinguidos 10 são nacionais.

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aCtualidade Ca

UMA AULA DIVERTIDA CA dE ALCOBAÇA RECEBE VISITA dE ESTudOO mês de Maio no CA de Alcobaça foi pontuado, entre outras notícias, pela visita de um grupo de crianças do Centro de Assistência Paroquial de Pataias. Esta visita foi projectada no âmbito do tema “Profissões” que o Centro está a desenvolver. As crianças ficaram a conhecer o CA de Alcobaça e foram brindados com a nossa mascote “Cristas”!

JÁ ESTAMOS NO GERÊS!CA dE VILA VERdE E TERRAS dE BOuRO ABRE AgÊNCIA NA VILA dO gERÊSA Avenida Manuel Francisco Costa, 112, na Vila do Gerês tem a funcionar, desde 13 de Abril, uma nova Agência do Crédito Agrícola. O presidente do Conselho de Administração do CA de Vila Verde e Terras de Bouro, José Santos, faz questão de sublinhar que a abertura da nova Agência é “um sinal muito claro da nossa solidez financeira”, traduzida no alargamento progressivo e sustentado da rede de Agências do Crédito Agrícola, em evidente contraciclo com outros operadores de mercado, que estão a encerrar balcões. O CA de Vila Verde e Terras de Bouro passa, assim, a dispor de oito Agências: cinco no concelho de Vila Verde e três no concelho Terras de Bouro, aqui com uma quota de mercado de 50%.

AGENTES DA MUDANÇAMOVIMENTO PELA uTILIZAÇÃO dIgITAL ACTIVA CONTA COM O CA O CA está entre as instituições financeiras, universidades, associações e empresas, da Microsoft à Google, passando pela EDP e a Vodafone, que se juntaram ao MUDA – Movimento pela Utilização Digital Activa, lançado a 15 de Maio, em Lisboa. Contando com o apoio do Estado português, o MUDA acredita que o País “pode ser mais competitivo com um maior acesso dos cidadãos à Internet”. Segundo o seu director executivo, Alexandre Nilo Fonseca, “esperamos que em 2020 a percentagem de cidadãos que nunca utilizou a Internet baixe dos actuais 26% para 15%, e que o grupo de cidadãos com competências mais avançadas aumente de 28% para 50%”.

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aCtualidade Ca

COMPORTA ABERTA AO CA!CA dE ALCÁCER dO SAL E MONTEMOR-O-NOVO ABRIu AgÊNCIA NA COMPORTAO CA de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo inaugurou, a 31 de Março, a sua primeira Agência na Comporta, situada no Largo de S. João. Considerando as (agora) seis Agências distribuídas pelos concelhos de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo, o presidente do Conselho de Administração desta Caixa, Carlos Manuel Bicha da Silva, assinala que “esta abertura é mais um exemplo da grande dinâmica do Crédito Agrícola, que interpreta e pratica uma Banca de proximidade fortemente valorizada pelas comunidades locais”. Com 3.800 Associados e 9.600 Clientes, o CA de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo é uma instituição financeira secular que resultou da fusão por incorporação, em 2006, das Caixas de Crédito Agrícola dos dois concelhos que se agregam na sua denominação.

O DINHEIRO APRENDE-SECA dE SALVATERRA dE MAgOS PROMOVE EduCAÇÃO FINANCEIRA Um grupo de 24 crianças, com idades entre os 4 e os 5 anos, vieram com o Centro de Bem Estar Social de Foros de Salvaterra, instituição do concelho de Salvaterra de Magos, para uma pequenina aula, um bê-á-bá sobre educação financeira. E foi justamente a Agência de Foros de Salvaterra, do CA de Salvaterra de Magos, o cenário da visita de estudo. Uma visita muito divertida, com o filme “O Cristas” a animar o encontro, mascote que depois seguiu para casa dos pequenos ilustres visitantes, sob a forma de mealheiro, num claro incentivo à poupança, e juntando-se a outros brindes do CA.

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aCtualidade Ca

PORQUE LER É SABERCA dO VALE dO TÁVORA E dOuRO COM AS CRIANÇAS E “O REI QuE COMIA HISTÓRIAS” A Fundação da Caixa Agrícola do Vale do Távora e Douro foi, a 27 de Março, ao Convento de São Francisco, em Trancoso, assinalar o Dia Mundial do Teatro na companhia das crianças do 1º Ciclo do respectivo Agrupamento de Escolas. Subiu ao palco “O Rei que comia histórias”, da autoria da companhia Pandora Teatro. A peça conta as peripécias do Rei que comia todos os livros do seu reino, causando grande indignação e revolta nos próprios livros e no Vocabulário – uma personagem muito inteligente e culta que, preocupada com o facto de os livros acabarem e, com eles todo o conhecimento, resolve vigiar o Rei para saber o motivo de tamanha insensatez… Divertido e bem-humorado, este espectáculo teve como principal finalidade alertar as crianças para a importância da leitura e do conhecimento que daí resulta.

EM PORTUGUÊS NOS ENTENDEMOS CA EM FRANÇA COM “LISBOA NA PONTA dA LÍNguA”No âmbito do patrocínio à Associação Franco Portuguesa de Courbevoie la Garenne, através do Escritório Representação em Paris, o Crédito Agrícola recebeu, a 24 de Março, uma visita de estudo de um grupo de 12 jovens com idades entre os 14 e 17 anos. Objectivo: conhecer o universo CA, no contexto do projecto “Lisboa na Ponta da Língua”, integrado no curso de língua portuguesa promovida pela referida Associação. Dividido em três etapas, o projecto vem pôr em prática competências linguísticas adquiridas, desenvolver o sentido de apreciação estética e artística do património cultural de Lisboa e o enriquecimento do conhecimento. E nesse sentido, podem contar com o CA!

A FLORESTA AGRADECECOM O CA, A VALORIZAR A FILEIRA, INTERAgIR, SENSIBILIZARA Expoflorestal, cuja 10.ª edição decorreu, de 5 a 7 de Maio, em Albergaria-a-Velha, é organizada pela Associação Florestal do Baixo Vouga, em parceria com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha e ANEFA, contando com o apoio e colaboração de várias entidades, públicas e privadas, entre as quais está justamente o CA. Realizada de dois em dois anos, a feira reúne inúmeros representantes da cadeia de distribuição deste sector, numa mostra nacional da floresta portuguesa, percorrendo todas as áreas de interesse da fileira. O compromisso é a valorização do sector, a interacção entre os seus vários agentes e a sensibilização da sociedade, em geral, para a causa florestal.

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aCtualidade Ca

“MELHOR ALENTEJO”COMISSÁRIO EuROPEu CARLOS MOEdAS EM CONFERÊNCIA COM O PATROCÍNIO CAO Grupo CA patrocinou a conferência “Melhor Alentejo”, realizada a 23 de Maio, em Beja. Com o propósito de valorizar a identidade e autenticidade de uma região de grande excelência agrícola, comercial, agroindustrial, turística e cultural, o encontro contou, entre os seus oradores, com a participação de Carlos Moedas, Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Ceia da Silva, presidente da Região de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Roberto Grilo, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, José Ribeiro e Castro e, ainda, Paulo Beça, do Crédito Agrícola. O Alentejo tem vindo a criar novas condições de competitividade e desenvolvimento únicas, pelo que esta iniciativa trouxe ao debate questões como a fixação de empresas, a criação de novos projectos de jovens empreendedores e um melhor aproveitamento dos recursos existentes na região.

FUTURO MAIS PRESENTECA dA SERRA dA ESTRELA COM RENOVAdA PRESENÇA EM FORNOS dE ALgOdRESO CA da Serra da Estrela inaugurou, a 22 de Abril, as novas instalações da Agência de Fornos de Algodres localizadas na Urbanização Zona Sul daquela localidade. Na cerimónia de inauguração, que contou com a presença de presidente do Município de Fornos de Algodres, Manuel Fonseca, e dos Deputados pelo círculo eleitoral do distrito da Guarda, Santinho Pacheco e Carlos Peixoto, o presidente do Conselho de Administração do CA da Serra da Estrela, Licínio Pina, manifestou a sua enorme satisfação pela concretização de um anseio há muito ambicionado, provendo aquela localidade com uma infra-estrutura moderna dotada com equipamentos tecnológicos de última geração. O evento foi num convívio aberto à participação de inúmeros Clientes e Associados do CA da Serra da Estrela.

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fileiras

O presidente da ANPROMIS, José Luís Lopes, assinala a regulação dos preços determinada pelos mercados externos como forte condicionante do investimento na produção. Mas está optimista em relação ao futuro, se a estratégia dos produtores privilegiar a inovação tecnológica e uma gestão centrada na minimização dos custos e no aumento da produtividade

Futuro do milho regado com optimismo

CEREAIS dE REgAdIO

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fileiras

“Quem for eficiente a produzir obterá inevitavelmente melhores níveis de rentabilidade. Mas não tenhamos dúvidas: inovar é preciso”

Apesar destas fortes condicionantes, José Luís Lopes assenta o seu discur-so em fundamentos de optimismo. “A experiência diz-nos que a vida é fei-ta de ciclos, sendo que a seguir a um menos bom, virá certamente um ciclo melhor”. A área total dos cereais de re-gadio em Portugal envolveu em 2016 117 mil hectares, em que intervieram 67.500 produtores de milho de forra-gem e milho de grão. É de referir que, nesta vertente específica do milhão de grão, foram semeados 71 mil hectares, enquanto o milho destinado à silagem, com expressão igualmente significati-va, representou cerca de 40 mil hec-tares. Do Vale do Mondego ao Vale do Tejo e do Sorraia, tendo o Alque-va como fonte extraordinariamente relevante para a expansão das cultu-ras de regadio, as recomendações da ANPROMIS vão no sentido de se pri-vilegiarem os investimentos que confi-ram maior produtividade, seja através de áreas com especiais vocações para a cultura do milho, seja pelo recurso a tecnologia que, entre outras vantagens, permita reduzir os custos de produção. “Quem for eficiente a produzir obterá inevitavelmente melhores níveis de rentabilidade. Mas não tenhamos dú-vidas: inovar é preciso. Um princípio que é válido não só para esta, como para todas as outras culturas, não im-porta a fileira. Empreender e inovar são, hoje mais do que nunca, factores absolutamente críticos para o futu-ro de um produto, como o nosso, tão exposto e condicionado pelos grandes mercados produtores mundiais”. Estes são os tópicos em evidência em termos de diagnóstico e de projecção do futu-ro dos cereais de regadio em Portugal. No próximo número da CA Revista e dentro do mesmo enquadramento, contamos dar destaque às ideias-cha-ve que marcam a evolução dos cereais de sequeiro, completando assim a re-flexão em torno da fileira globalmente considerada.

território nacional a reflectirem tem-pos pouco convidativos à produção. Importa assinalar que cerca de 90% do milho produzido em Portugal tem por destino a alimentação animal, sendo o remanescente utilizado na alimenta-ção humana, seja para produzir gritz, para o fabrico de brôa e, ainda, para a extracção do glúten de milho. “E, mesmo assim, só cobre uma pequena parte das necessidades do mercado in-terno. Nos meses subsequentes à cam-panha, o milho de importação aí está para fazer face à larga parcela em que somos deficitários, e assim é porque o mercado está totalmente livre e aber-to”, explica o presidente da ANPRO-MIS. Percebe-se, agora, a razão de ser dos preços baixos, que neste caso nada tem a ver com a relação oferta-procu-ra interna, antes resulta da regulação imposta pelos ‘pesos-pesados’ da pro-dução internacional – Estados Unidos, América do Sul e Europa de Leste.

No capítulo dos cereais de regadio em Portugal, o milho é rei e senhor. Es-tamos a falar de uma produção anual de milho de forragem e milho de grão balizada entre as 800 mil e as 900 mil toneladas. A exemplo de outras cultu-ras, o preço é que dita as regras e mar-ca a evolução de um sector fortemente condicionado pelos mercados interna-cionais. “A tendência decrescente do preço tem provocado uma diminui-ção muito considerável da área afecta à produção, ainda que, do ponto de vista dos níveis de produtividade, te-nhamos conseguido de alguma forma reequilibrar as coisas”, sublinha o pre-sidente da Direcção da ANPROMIS – Associação de Produtores Nacionais de Milho e Sorgo, José Luís Lopes. Ou seja, em função da perspectiva dos ní-veis de rentabilidade, assim o produtor decide ou não apostar em nova cultu-ra. Olhando um passado não muito distante, a implementação da rega imprimiu um desenvolvimento notá-vel à produção de milho em Portugal, até que a curva decrescente começou a acentuar-se. A inversão dessa tendên-cia só aconteceu – e por uma vez – em 2013, fruto de preços excepcionalmen-te altos no ano anterior, consequência da grande seca que fustigou os Esta-dos Unidos. De então para cá, o ce-nário mantém-se, com várias áreas do

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portuGal Competitivo

Nos frescos produzidos em Portugal, a framboesa, a amora e o mirtilo estão a perfumar, a colorir e a conferir mais sabor às nossas exportações. gonçalo Santos Andrade, presidente e CEO da Portugal Fresh e administrador da organização de produtores Lusomorango, revela-nos os porquês desse desempenho notável e reflecte sobre a evolução do sector nas suas diferentes declinações

Pequenos frutos estão em grande

27% do que produzimos de frutas, le-gumes e flores passa por organizações de produtores. “Criou-se uma escala um pouco maior, o que significa que estamos no bom caminho, mas ainda longe da média europeia, situada nos 46%. E a diferença que nos separa dos países mais desenvolvidos na organi-zação da produção [Holanda, Bélgica e Áustria] é ainda mais impressionante, uma vez que estamos a falar já na casa dos 80%”. O peso negocial dessas es-truturas é, pois, muito maior e não dá a

O sector das frutas, legumes e flores ex-portou em 2016 cerca de 1.310 milhões de euros, reafirmando um crescimen-to anual sempre superior a 10% desde 2010. E ainda que a fileira, globalmente avaliada, apresente um ligeiro desequi-líbrio na balança comercial (o volume importado está na casa dos 1.500 mi-lhões de euros), a nota mais significati-va é dada pelo segmento dos pequenos frutos, em que o prato positivo da ba-lança pende claramente a nosso favor: 117 milhões de euros de exportações, sendo que importámos apenas 6,8 mi-lhões. O crescimento deste sub-sector foi considerável face a 2015, ano em que os pequenos frutos haviam dado já o contributo mais expressivo para as exportações da fileira. Gonçalo Santos Andrade, presidente e CEO da Portu-gal Fresh e administrador da organi-zação de produtores Lusomorango faz questão de realçar “a crescente procura do produto português. Actualmente, além da pêra rocha, que continua a ser um excelente exemplo da capacidade competitiva de Portugal nos mercados internacionais, vemos afirmarem-se também os pequenos frutos [a fram-boesa vale praticamente 90% da produ-ção, seguindo-se a amora e o mirtilo], os citrinos, a castanha, ou seja, começa

a haver uma diversidade de oferta que acrescente valor a Portugal, cada vez mais reconhecido no plano externo como geografia de excelência na pro-dução de frutas, legumes e flores”. O racional deste cenário de franco desen-volvimento é justificado pela agregação de vontades e competências em torno das organizações de produtores, uma vez que, também aqui, a necessidade de ganhar escala é vital. E os números são já elucidativos dessa percepção nacional: neste momento, cerca de

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portuGal Competitivo

frutos com produção não tão precoce como noutros países, mas a garantia de um produto final insuperável – na cor, no aroma e no sabor. Temos tam-bém uma área muito relevante, mais a Sul, que vai de Loulé a Tavira, onde a Madrefruta se destaca como organi-zação de produtores relevante. Agora, noutras paragens e espreitando o Riba-tejo, é grande a presença da Lusomo-rango, sendo que mais a Norte estão a surgir pólos interessantes de produção de pequenos frutos. Questionado sobre as recomendações que a Portugal Fresh daria a um potencial investidor neste segmento dos pequenos frutos, Gon-çalo Santos Andrade realça a impor-tância de uma “estratégia solidamente fundamentada num plano de negócio com todas as vértebras, seguro e conse-quente em termos de vendas, com uma avaliação cuidada dos custos reporta-dos à mão-de-obra. Porque quando fa-lamos em framboesa, amora e mirtilo, esses custos representam mais de 50% das despesas associadas aos factores de produção, uma vez que, em termos de colheita, as necessidades oscilam entre 15 e 20 pessoas”. Cumpridos esses re-quisitos e acautelados essas variáveis, por certo que os pequenos frutos con-tinuarão assim – em grande! Já agora, uma última questão: e o morango, que futuro terá na agricultura portuguesa, quando actualmente o seu contributo para as exportações está apenas nos oito milhões de euros? “Pela leitura que faço da evolução dos mercados internacionais, creio que a cultura do morango vai renascer em Portugal”.

país-parceiro da maior feira mundial do sector, a Fruit Logistica, em Berlim, que é um grande centro de negócios com mais de 11 hectares de exposição. Além da promoção concreta e directa do produto nacional junto de um uni-verso que supera os 140 países compra-dores, acabámos por promover a Marca Portugal. E não posso deixar de referir que essa aposta bem-sucedida está as-sociada ao apoio que, desde 2010, re-sulta da nossa parceria com o Crédito Agrícola”. Repegando no tema do exce-lente desempenho dos pequenos frutos, a mancha principal da produção nacio-nal é desenhada no sudoeste alentejano, sendo o concelho de Odemira onde se concentram os maiores investimentos. Há uma razão para isso: a latitude da costa alentejana com influência atlân-tica, com temperaturas muito amenas ao longo do ano, é considerada pelos americanos a Califórnia da Europa, ou seja, especialmente fértil. Resultado:

mínima hipótese a qualquer país onde a regra é a produção dispersa. Vejamos o exemplo da Áustria, em que uma organização de produtores representa 95% de toda a maçã produzida no país. E uma de duas: ou os compradores da maçã se entendem com a referida or-ganização ou, simplesmente, não têm o produto para fazer chegar aos seus consumidores. “Em Portugal, há ainda inúmeras organizações por tipologia de produto, o que nos obriga a repensar as estratégias, numa lógica de maior concertação. Em contraponto de sinal claramente positivo, sucedem-se os grandes investimentos que os portu-gueses vêm fazendo em tecnologias de produção e em matéria de certificações de qualidade”. Neste contexto, acrescem as variadíssimas acções de promoção desde o surgimento da Portugal Fresh, numa estratégia de presença muito ci-rúrgica do produto português. “Desta-caria o ano de 2015, em que fomos o

“O crescimento deste sub-sector foi considerável face a 2015, ano em que os pequenos frutos haviam dado já o contributo mais expressivo para as exportações da fileira”

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entrevista

A Economia Circular (EC) esteve por um triz para não chegar à agenda de prioridades da Comissão Europeia... Mas chegou. E para isso muito contribuiu o argumentário exaustivamente preparado e o imenso esforço conjunto de várias organizações ambientalistas, entre elas a portuguesa ZERO. O objectivo da EC é muito claro: “Reduzir drasticamente a utilização de recursos, prolongando o ciclo de vida dos produtos”, sublinha Francisco Ferreira. E adverte: “Não podemos mais andar a consumir recursos que estão a acabar. As empresas têm de dialogar entre si, naturalmente num diálogo aberto também ao consumidor, que viabilize uma nova lógica de produção e uma nova lógica de consumo”

CIRCULAR É VIVER

FRANCISCO FERREIRAPresidente da ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável

e

Tudo isto mexe com a própria tipologia da actividade produtiva e das competências existentes. É importante ‘produzir’, com certeza; mas ‘reparar’ volta a ser a grande equação – o que significa novos empregos e, sobretudo, mais emprego. “É insustentável ter uma

impressora que dura, no máximo, dois anos… No mínimo, tem de me servir cinco ou seis… Avariou? Vai para reparação”. Moral da história: chegados ao fim do ciclo de vida do produto, a tecnologia tem de permitir voltar ao início ou recolocar esse produto numa

das várias fases do processo. Economicamente falando, circular é viver o presente que abre caminho ao futuro. Entretanto, além da EC, outros tópicos, outras preocupações mobilizam Francisco Ferreira e os seus pares na ZERO. Vamos lá saber…

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“há Que investir também na eduCação ambiental.

seJa ColeCtiva seJa individualmente,

não podemos mais viver numa lóGiCa de Consumo

em abundânCia, de desperdíCio de reCursos…”

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entrevista

Alterações climáticas. duas palavras, mil e uma inquietações…O quadro é dramático. Mais ondas de calor [a temperatura da Terra já aumentou um grau desde a era pré-industrial], mais ondas de frio, enfim, mais eventos meteorológicos extremos – grandes períodos de seca, grandes períodos de cheias… Tudo isto tem reflexos preocupantes, até na saúde das populações, pois várias são as doenças que estão a espalhar-se muito à custa do aquecimento global. Um problema que se projecta não apenas na Terra, mas também no mar, com repercussões directas nas actividades económicas. Há espécies invasoras que estão a entrar, por exemplo, no Mediterrâneo. O sinal vermelho estende-se à expansão dos próprios oceanos, desde logo em razão do degelo, principalmente do Árctico. Também as zonas de montanha estão a ficar em risco, em especial as que dependem da neve, cuja chegada acontece cada vez mais tarde. O cenário é mesmo muito complicado…

A comunidade científica considera haver já zonas que estão a tornar-se inabitáveis, seja em África, no Médio Oriente…As causas são várias. A começar pela aposta num modelo de desenvolvimento que sempre esteve muitíssimo dependente dos combustíveis fósseis [carvão, petróleo, gás natural], que têm emissões de dióxido de carbono, o principal gás de efeito de estufa associado ao aquecimento global e às alterações climáticas. A questão das florestas é muito pertinente em todo este contexto. Com a desflorestação, atingindo áreas enormes em África, na América do Sul e na Ásia, estamos a reduzir drasticamente a nossa capacidade de retirar o dióxido de carbono da atmosfera, cujas

consequências são igualmente notadas na acidificação oceânica – ainda ligeira, é certo, mas que já é suficiente para provocar a lixiviação ou branqueamento dos bancos de coral.

Aquecimento global, solução global…Nem mais. Mas ainda no diagnóstico, não podemos contornar outras

preocupações muito significativas. Estou a pensar nas populações mais vulneráveis, nas que têm – ou não têm de todo em todo – acesso a serviços de saúde. Estou a referir-me, igualmente, às cidades cada vez mais populosas em tantas partes do mundo. Estou a assinalar, noutra dimensão, o problema dos custos elevados dos produtos agrícolas face

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entrevista

às secas. E aí entra, até, a própria questão da Síria e, por consequência, o problema dos seus refugiados. Vejamos: entre 2008 e 2011, uma seca extensíssima fez desaparecer cerca de 60% do solo fértil daquele país. E isso levou a uma enorme migração do campo para as cidades, já então sem condições de receber mais pessoas. Ou seja, grande parte do conflito sírio tem uma causa ambiental. Nenhuma dúvida quando a esta questão: o facto de haver menos água e mais secas prolongadas em determinadas zonas está na origem de vários conflitos regionais.

Voltando à solução, as energias renováveis são um caminho sem retorno, sem alternativa?A alternativa é a insustentabilidade, o futuro definitivamente hipotecado.

Mas, apesar de tudo, no outro lado da moeda são visíveis algumas realidades encorajadoras…Tenho de concordar. E as boas notícias – eu sublinharia, até, alguns avanços enormes – acontecem aqui mesmo, em Portugal. Pese embora as condições pouco favoráveis do nosso país do ponto de vista energético (70% da energia que consumimos vem do exterior), não deixa de ser exemplar a redução dessa dependência que temos vindo a conseguir ao longo dos últimos 15 anos. Os quase cinco dias em que, no ano passado, conseguimos consumir 64% de electricidade a partir de energias renováveis produzidas exclusivamente em Portugal Continental foi notícia em quase todo o mundo, com honras de destaque, por exemplo, na CNN e na BBC, sendo que o jornal inglês The Guardian elegeu mesmo essa proeza como um dos factos relevantes registados no mundo em 2016.

E se olharmos para o universo no seu todo…A grande revolução à escala mundial passa também por aí, pela energia renovável, cada vez mais barata e, por consequência, cada vez mais competitiva. Neste momento, o painel fotovoltaico, em casa, já compensa para quem tiver consumo de electricidade durante o dia. E o investimento na eficiência energética é imperativo. Temos de minimizar o desperdício.

A começar pelos edifícios, pela nossa casa. Se pensarmos numa dimensão global, é bom que tenhamos presente o seguinte: hoje somos 7,4 mil milhões, mas em 2050 a população mundial atingirá os 9 mil milhões. Esse crescimento gigantesco tem de ser acautelado em vários domínios. Uma das respostas imediatas, um dos caminhos que nos orientam desde já no melhor sentido é o da Economia Circular. Para isso, há que investir também na educação ambiental. Seja colectiva seja individualmente, não podemos mais viver numa lógica de consumo em abundância, de desperdício de recursos… E não basta fazer triagem doméstica, não chega ter consciência dos nossos deveres

básicos em termos ambientais. Temos de fazer. Temos de actuar. Estado, empresas, famílias – a sociedade nos seus diferentes níveis de responsabilidade. Essa sociedade tem de ser reconstruída sobre novos fundamentos que apontem claramente para a eficiência energética e para a percepção universal de que os recursos são escassos e finitos. Um cenário que revela toda a urgência da EC. No nosso caso, na Agenda Zero, lançámos, em parceria com o Governo e os Municípios (Torres Vedras, Loulé e Cascais são os primeiros a aderir), o projecto ECO-COMUNIDADES, que pretendemos alargar a todo o País. O compromisso é trabalharmos com um conjunto de famílias e avaliar e ajustar percepções, atitudes e comportamentos ambientais, a partir de experiências já existentes e que nos fornecem informação relevante, como a que nos chega de Guimarães. A ideia, como bem sublinhamos na comunicação do projecto, é “promover estilos de vida compatíveis com uma sociedade pós-carbono, intervindo em áreas distintas, visando a redução de emissões de gases responsáveis pelo efeito de estufa (CO2, CH4, NOx), uma melhoria da eficiência no uso dos recursos em todos os sectores e a utilização de um conjunto de medidas destinadas a incentivar alterações nas práticas quotidianas dos cidadãos, de forma a alcançar um conjunto de objectivos”. Há um sem-número de coisas por fazer na nossa educação ambiental. Mas, ainda assim, algumas pequenas conquistas dizem-nos que vale a pena. Os sacos de plástico são um exemplo, um sinal de que o futuro é possível.

“Em Portugal, tem sido exemplar a redução da dependência energética externa que temos vindo a conseguir nos últimos 15 anos”

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Cliente CaCliente Ca

Como Portugal faz bem aos olhos…As cenouras da Soregi dão nas vistas. Primeiro, porque são viçosas. depois, porque a qualidade do seu sabor é reconhecida no mercado nacional e no estrangeiro. Vamos ao Montijo, ver para… querer!

Da abertura às melhores práticas do sector agro-alimentar que o mundo conhece. E de uma capacidade in-finita de chegar primeiro ao fio do horizonte da inovação. António e Fernanda Relógio, respectivamente

de vários argumentos. Dos critérios de qualidade que observa em todo o processo produtivo. De uma cultura empresarial assente na autoexigên-cia permanente envolvendo os di-ferentes níveis de responsabilidade.

Sem metáforas, nem ironias… A ce-noura faz bem aos olhos. Muito bem. Vejamos o caso da Soregi. Uma em-presa portuguesa instalada no Monti-jo, mas que é, desde há muito tempo, referência internacional em razão

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Cliente Ca

administrador e directora financeira da Soregi, orgulham-se de um per-curso bem-sucedido e exemplar – até do ponto de vista da ética empresarial – iniciado nos finais dos anos oitenta, sempre a trabalhar, sempre a inovar. Os primeiros a oferecer ao mercado embalagens de 10 kg, quando os sa-cos de 30 kg eram a bitola. Os pri-meiros a surpreender absolutamente tudo e todos com o lançamento dos saquinhos transparentes de 1 kg, fa-zendo jus a um princípio inegociável que António Relógio recebeu do seu pai: “Podemos discutir o preço, mas o peso, esse, não poderá nunca ser posto em causa”. E mais transparên-cia (o cliente vê o que está a comprar) significa mais credibilidade. Ainda por falar em primeiro lugar, a Soregi iniciou em Portugal o sistema hidro-cooler para arrefecimento da cenou-ra, o que lhe confere maior tempo de vida sem qualquer suporte químico. E, já agora também, foi aqui que o País conheceu, no que reporta à ce-noura, o seu primeiro equipamento

rigor extremo, e António, um criativo torrencial, um empreendedor que faz acontecer e… surpreender. Já longe vão os tempos em que a empresa ven-dia cerca de 1.500 kg de cenoura por dia, perto de 300 toneladas anuais – ainda assim, um excelente desem-penho em 1988, tendo por destino praticamente exclusivo o Mercado Abastecedor do Rego, em Lisboa. Quase trinta anos depois, a produ-ção aumentou quarenta vezes mais, servindo a grande distribuição e as principais superfícies que operam no mercado nacional, seja através de marca própria (Relógio) ou atra-vés das ínsignias dos seus diferentes parceiros. E fora de Portugal, a qua-lidade do produto Soregi é apreciada em vários mercados da Europa e de África. Quando, em 1994, a empresa assumiu uma estratégia claramente apontada à modernização e ao desen-volvimento, estava a abrir caminho à afirmação da liderança da produção nacional de cenoura. Actualmente, o objectivo não é crescer, mas sim consolidar. E o futuro, num horizon-te muito breve, tem tudo a ver com a implementação de novos processos, novos métodos, novas práticas que aportem à Soregi mais valor aos três pilares da sustentabilidade – ambien-tal, social e económico. Nesse con-texto, cabe uma aposta acrescida na formação, no bem-estar e na qualida-de vida dos Colaboradores. E só com este espírito e esta cultura de gestão, é possível continuar a ouvir o tique-taque de um relógio correctamente afinado e, por isso mesmo, no com-passo exacto do futuro. O futuro de Portugal alinhado com as economias de topo e as fileiras mais competitivas do mercado. É por isso que o Sol tem tudo para brilhar aqui. No Montijo. Na Soregi.

*Cliente do Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado

para calibragem e selecção. Mas, va-mos lá ver… A vocação pioneira da Soregi não acontece por acaso. É fru-to de uma ousadia estudada, calcula-da, prudente. E só podia ser assim… Num ponto de equilíbrio entre Fer-nanda, uma licenciada em Gestão, de

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100 anos Ca

O dia 3 de Junho foi a data escolhida para comemoração do Centenário da Caixa de Crédito Agrícola de Pombal

Sólida vocação de futuro com memória e obra feita

Crédito Agrícola de Pombal

dores e a atribuição do nome do antigo dirigente e presidente da Direcção, Dr. Orlando Cordeiro ao edifício sede.Os cerca de 500 convidados, na sua maioria representantes das mais diver-sas instituições da comunidade, bem como colaboradores e colegas de Cai-xas de todo o país, assistiram à apresen-tação do livro do centenário e à sessão solene. As alocuções proferidas, quer pelos presidentes dos órgãos de cúpula do Crédito Agrícola, quer pelo Presi-dente do Município de Pombal, subli-nharam a importância da instituição no

seio do Grupo, bem como o relevante papel que desempenha no contexto económico-financeiro regional.As comemorações iniciaram-se em Ja-neiro, em parceria com a Filarmónica Artística Pombalense e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Pombal, e terão outras iniciati-vas sempre em articulação com insti-tuições da comunidade. Internamente foram distinguidos com emblemas de prata e ouro os colaboradores com mais de 25 e 35 anos de antiguidade, respec-tivamente.

O programa iniciou-se com as boas vindas abrilhantadas musicalmente pela Filarmónica Artística Pombalense. Foram descerradas placas alusivas ao evento, à homenagem aos sócios funda-

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100 anos Ca

Grandes tópiCos

FUNDAÇÃO: 1917N.º ASSOCIADOS: 16.007N.º CLIENTES: 42.634N.º AGÊNCIAS: 23ACTIVO LÍQUIDO: € 498.146.275,01TOTAL CApITAL: € 78.226.681,03

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Um sistema solar híbrido para secagem agro-industrial de vegetais, com acesso e controlo por internet, juntou o Prémio Empreendedorismo e Inovação CA 2016, na Categoria Produção e Transformação, ao Prémio EDP Inovação 2015. O Black Block só tira o sono a Gonçalo Costa Martins porque os seus sonhos e a sua criatividade são assim mesmo. Imparáveis…

SAi UM... BlACk BlOCk!

Geração xx1

Arquitecto paisagista que teve como ‘patrono’ o seu homónimo Gonçalo [Ribeiro Telles], Gonçalo Costa Martins foi provavelmente buscar ao trabalho conjunto e à convivência com o mestre parte desse desassossego, dessa inquietação que nunca pára e que o leva a mexer nas coisas, sempre em

busca de algo novo, para tornar simples o complicado… sempre a ver mais além… muito para lá do que o olhar comum consegue observar. Mente criativa, sem dúvida. Logo, sempre em exercício, sempre a reinventar o mundo. Dito isto, temos encontro marcado com o próprio. Destino:

Sines Tecnopolo, a incubadora de empresas de base tecnológica onde a start up BBKW está fixada. Entretanto, o tempo voa e concordamos que o melhor será mudar de planos. Objectivo: ver como funciona, em pleno campo, um equipamento Black Block. Fazemo-nos à estrada. A meio

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Do estrangeiro, as primeiras encomendas surgem de Espanha, França, Alemanha, Equador e Brasil

Geração xx1

caminho, avistamos o nosso anfitrião. E daí seguimos viagem na roda do seu jipe, na vertigem de um sobe e desce por montes e vales, poeira rubra em nuvem espessa sobre o pára-brisas, o Sol a pique e finalmente… o carro parado, o motor desligado. Dissipada a poeira, há todo um campo verde à nossa volta. Um espaço belo, sereno e silencioso, onde acontece inovação. A inovação tecnológica Black Block. Um sistema solar híbrido para secagem agro-industrial de vegetais, a partir de um algoritmo de cálculo com acesso e controlo por internet. Um projecto de Gonçalo Costa Martins, vencedor do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola 2016, na Categoria Produção e Transformação, depois de conquistar, em 2015, o Prémio EDP Inovação. “Temos já 25 equipamentos a funcionar em Portugal, distribuídos pelo Norte, Centro e Sul, sendo que até ao final de 2017 esperamos duplicar esse número”. Tudo isto com pouco mais de um ano de arranque do projecto. Os horizontes de Gonçalo Costa Martins abarcam outras latitudes. E para dar fôlego à estratégia de internacionalização, só falta que o PDR2020 seja ágil e expedito nas aprovações dos financiamentos. Mas, entretanto, o mundo não pára. E os pedidos de equipamentos sucedem-se.

No mercado interno, são os produtores de frutos, para desidratar maçãs e pêras; os produtores de cogumelos, para secagem das variedades shiitake e pleurotus; e até a indústria – a da cortiça e a da madeira – está já a considerar investir na nova tecnologia. Do estrangeiro, as primeiras encomendas surgem de Espanha, França, Alemanha, Equador e Brasil. “Esses países têm bem a percepção das variadíssimas vantagens do Black Block, e os equipamentos que nos estão a encomendar têm diferentes finalidades de secagem: há pedidos de produtores de ervas aromáticas, stevia [adoçante natural que está muito em voga um pouco por todo o mundo], moringa [árvore abundante em climas tropicais e subtropicais, cujas folhas e vagens são consumidas], folha de tabaco, frutos e vários outros vegetais”. Os dados estão lançados. E os tópicos principais, devidamente sublinhados. Se o leitor está posicionado entre as fileiras que potencialmente podem tirar partido e capitalizar com o investimento nesta tecnologia inovadora, a oportunidade aí está. Num equipamento que é uma assemblagem com forte intervenção nacional, desde vários componentes ao mais relevante de todo o resto – o ‘brain’ (o cérebro) da máquina. Sai um Black Block?

presente Que o futuro aGradeCeO sistema assenta num software para automatização de secagem, optimizando o recurso à energia solar. Com acesso online aos parâmetros de secagem, o produtor consegue assim monitorizar e parametrizar a secagem, localmente, por controlo remoto ou através de aplicação instalada no seu

smartphone. Mais: o Black Block é amigo do ambiente, permitindo redução de emissões de CO2 em 70%, ao utilizar preferencialmente – e de modo automático – energia solar para a secagem dos vegetais, sendo residual o recurso a energia auxiliar: só à noite ou em condições adversas à secagem.

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Pense, apenas, nas coisas boas da vida. Como um bom vinho, um bom azeite… O melhor, mesmo, é provar, testar o que a Selecção CA desta vez lhe propõe. Momentos prendados pela galeria do 7.º Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – CA / Ovibeja (2017) e do 3.º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola (2016)

Momentos prendados…

ADRO DA SÉ DOC BRANCO 2015

CASTAS: EncruzadoORIGEM: Dão, União

das Cooperativas do DãoNOTAS DE pROVA: Aspecto

cristalino e cor citrina brilhante, aroma delicado, com notas de

flor de laranjeira, tília e cidreira, envolvidas com nuances de madeira

fresca onde estagiou. Na boca, a estrutura é fresca e mineral, com

harmonia e persistência requintada.

TAVARES TINTO RESERVA

DO ADMINISTRADORCASTAS: Touriga Nacional

ORIGEM: Dão, Sociedade Agrícola do Castro de Pena Alba

NOTAS DE pROVA: Cor rubi, muito concentrado no nariz, relevando

aromas florais e de especiarias integrados com notas de madeira. Elegante na boca, tem boa acidez e taninos aveludados, resultando

num vinho estruturado e harmonioso.

MARQUÊS DE MARIALVA

TINTO GRANDE RESERVA 2010

CASTAS: 50% Baga e 50% Touriga Nacional

ORIGEM: Bairrada, Adega Cooperativa de Cantanhede

NOTAS DE pROVA: Límpido, cor granada com ligeiros tons violáceos,

aroma complexo e elegante, com a nobreza distintiva fruto da longa

maturação em barrica de carvalho francês e garrafa. Sabor frutado,

macio, equilibrado e harmonioso.

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seleCção Ca vinhos

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RINCÓN DE LA SUBBÉTICA

ORIGEM: EspanhaAlmazaras de la Subbética

VARIEDADES DE AZEITONA: Hojiblanca

NOTAS DE pROVA: Frutado Verde Intenso

TREFORTORIGEM: ItáliaPaolo Bonomelli Boutique Olive FarmVARIEDADES DE AZEITONA: 40% Drizzar, 30% Trep e 30% FortNOTAS DE pROVA: Frutado Verde Médio

QUINTA DO CRASTO pREMIUMORIGEM: PortugakQuinta do CrastoVARIEDADES DE AZEITONA: Cobrançosa, Madural e Negrinha do FreixoNOTAS DE pROVA: Frutado Maduro

FLOR DE OLIVOORIGEM:

Espanha Aceites MontolivoVARIEDADES DE AZEITONA:

Picual e HojiblancaNOTAS DE pROVA:

Frutado Verde Ligeiro

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seleCção Ca azeites

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sexto sentido

Definitivamente. A maquilhagem é um complemento essencial ao outfit da mulher. Mas cada rosto tem que se… maquilhe. Saber identificar o formato e as características principais, de modo a poder valorizar pontos fortes e disfarçar alguma imperfeição ou ponto fraco, é regra de ouro. Vejamos as diferentes tipologias de rosto e alguns passos simples para um visual seguramente mais bonito, mais harmonioso.

CADA ROSTO SuA MAQuILHAgEM

QUADRADOTesta e maxilar largos O ideal é usar dois tons de base na preparação da pele – uma base do tom da sua pele para uniformizar, e uma base mais escura que deve ser aplicada na parte exterior do maxilar e cimo da testa. Os olhos devem ser maquilhados de dentro para fora, em sentido ascendente em direcção às sobrancelhas. Tal como a sombra, também o blush deve ser colocado no mesmo sentido, mas agora em direcção às têmporas.

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sexto sentido

TRIANGULAR OU EM ‘CORAÇãO’Queixo mais fino do que o resto do rosto, testa larga

Recomenda-se base e blush num tom mais escuro no alto e laterais da testa, ao longo das têmporas, por cima das sobrancelhas e na parte exterior das maçãs do rosto, para criar uma maior harmonia. Os olhos são maquilhados na horizontal, mas não muito carregados. O blush será colocado na parte central das maçãs, em direcção ao canto exterior do olho. O centro da testa e o nariz podem ser iluminados com moderação, mas sem iluminar o queixo, para não parecer maior.

REDONDOMais largo na linha das bochechasPara suavizar e alongar o rosto, escolha uma base de tom mais escuro do que o seu tom de pele e aplique-a no contorno exterior do rosto, até ao início do maxilar inferior – este passo irá torná-lo mais fino. A maquilhagem dos olhos deve ser aplicada no sentido vertical, preenchendo toda a pálpebra superior. Aplique o blush num movimento diagonal, na zona das maçãs do rosto. Testa, alto das maçãs, nariz e queixo devem ser iluminados com pó iluminador.

OVALLinha das maçãs do rosto mais larga, queixo fino Segundo os ‘make up artists’, este é o rosto ideal para maquilhar, pelo seu equilíbrio de formas. A maquilhagem deve ser aplicada em movimentos ascendentes, a partir do exterior do rosto, de forma a deixá-lo com um aspecto jovem e radiante, criando pontos de luz nas maçãs do rosto, olhos e queixo. Pode ainda destacar-se o olhar com lápis preto, esbatido, rímel; e nos lábios colocar apenas um brilho ou batom de tom sóbrio. Fica bem um ligeiro blush acima das maçãs do rosto, apenas o necessário para deixar a tez corada.

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a dois passos

POIS COM CERTEZA qUE A URtIgA VAI à mESADo caldo às queijadas, do pão aos enchidos, a mesa portuguesa muito tem a ganhar com a urtiga. A lição vem de Fornos de Algodres, onde os confrades da dita têm muito para contar. E dar a provar. Quem diria estarmos perante um vegetal tão rico e versátil. Até bombons e cerveja entram nesta história que nos ‘pica’ a curiosidade em quatro saborosos tópicos…

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a dois passos

A Confraria da Urtiga de Fornos de Algodres foi criada em Maio de 2009, no âmbito das IV Jornadas de Etnobotânica e surgiu de forma natural, quando ao longo das várias edições anteriores e como parte inte-grante dessas Jornadas, sempre tinha havido o cuidado de serem revisita-das algumas plantas bravias que, de uma forma ou de outra, se sabia te-rem integrado a dieta das populações locais. Foram-se recuperando, assim, pratos, sabores e saberes-fazer relati-vos a “coisas” como foi os saramagos, as beldroegas ou as merugens. No entanto, acabar-se-ia rendido à ur-tiga, quando, pouco a pouco, se foi descobrindo todo o seu potencial e versatilidade. Surgiu então a ideia de criar uma confraria dedicada a esta planta, que se afirmasse, acima de tudo, como agente de desenvolvimento local. E que, para além de todas as suas ou-tras múltiplas aplicações, promoves-se a reintrodução deste riquíssimo vegetal na gastronomia local, onde apenas subsistia um consumo muito residual do Caldo de Urtigas.Fruto também de uma busca cons-tante pela sua afirmação através de novos produtos, viriam posterior-mente a ser criados dois enchidos – a Alheira de Urtiga e a Urtigueira, ambas marcas registadas, que se atreveram já a entrar no mercado in-ternacional. Mas a aventura não terminou por aqui. Hoje, as Queijadas de Urtiga da D. Amélia, o pão, os bombons de Queijo da Serra, com urtiga, mas também o Festival Urere, dedicado à promoção artesanal de cerveja de ur-tiga, são já produtos identitários desta vila serrana, onde do canto mais re-côndito do quintal, esta planta saltou bem para o centro da mesa.

* Confraria da Urtiga de Fornos de Algodres

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outras Culturas

LIVROAUTOR DA BIOGRAFIA DE CELEBRIDADES COMO FERNÃO DE MAGALhÃES, o austríaco Stefan Zweig era em 1938, ano em que passou pelo Estoril, muito provavelmen-te o mais lido escritor do seu tempo. Esta mítica figura da literatura mundial, que se cruzou com Rilke, Freud, Klimt e Rodin, entre outros famosos, tem o seu livro de memórias “O Mundo de Ontem – Recordações de um europeu” editado pela Assírio e Alvim. Uma autobiografia absolutamente imperdível. Para melhor conhecermos a Europa no final do sécu-lo XIX e transição para o século XX, a vertigem criativa das belas-artes, os so-nhos, as desilusões, a guerra…

FUNCHAL TEM MUITO JAZZO Funchal Jazz Festival’17 apresenta um naipe de grandes referências artísti-cas. Vejamos o cartaz: Saxophone Summit, Rudy Royston OriOn Trio, Kurt Rosenwinkel Caipi Band, Bill Frisell Trio, Charles Lloyd Quartet e, a representar o talento nacional, João Barradas Directions Featuring Greg Osby. Com direcção artística de Paulo Barbosa, o Funchal Jazz é, mais que um evento… sempre um grande acontecimento. Parque de Santa Catarina, Funchal, de 13 a 15 de Julho.

FARO É CINEMA AO AR LIVREQuatro dias de cinema. E ao ar livre! Em exibição, mais de 200 curtas-metragens. Premiar e reconhecer o empenho, a cria-tividade e o mérito de argumentistas, realizadores, actores e equipas técnicas que compõem o meio artístico é o objec-tivo do FARCUME. O Festival Interna-cional de Curtas-Metragens de Faro de-corre na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, de 23 a 26 de Agosto.

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outras Culturas

AÇORES E MINHO UNIDOS PELA MÚSICAA filarmónica açoriana Banda Fundação Brasileira e o grupo bracarense Canto D’aqui juntam-se em palco para oferecer AMIZADE – Açores@Minho. Um espectáculo que rende tributo à música tradicional portuguesa, com a participação especial de Luís Alberto Bettencourt. Teatro Micaelense, Ponta Delgada, 8 de Julho, 21h30.

COIMBRA DAS ORQUÍDEASA Primeira Exposição de Orquídeas de Santa Clara, iniciativa da Associação Por-tuguesa de Orquidofilia, União de Fre-guesia de Santa Clara e Castelo Viegas, antevê-se um momento muito especial na Cidade dos Estudantes, ao reunir de-zenas de orquídeas, das mais comuns às mais raras e exóticas. No Recordatório Rainha Santa Isabel (junto ao Portugal do Pequenitos), Coimbra, 15 e 16 de Julho. F

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PORTUGAL ENCANTA‘Paisagens de Portugal’ é a temá-tica da exposição que leva a assi-natura de Cathy Clout. A pintora francesa trocou as terras gaulesas pelos encantos do Alentejo, onde vive e se entrega às artes plásticas, elegendo na sua pintura sobretudo paisagens, animais e retratos, ten-do por base o acrílico sobre ma-deira e tela. Casa do Alentejo, Lis-boa, de 29 de Julho a 11 de Agosto.

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