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INTRODUCÃO A RADIOLOGIA.

A Radiologia na área da medicina é o ramo ou especialidade que utiliza as radiações para a realização de diagnósticos, controle e tratamento de doenças. O uso da radiação permite a visualização de ossos, órgãos ou estruturas (sonoras, eletromagnéticas ou corpusculares), gerando desta maneira uma imagem. O que se iniciou com filmes radiográficos, como veremos, nas últimas décadas foram acrescentados novos métodos de imagem como a tomografia computadorizada, a mamografia, a ultrassonografia, a ressonância magnética nuclear e a densitometria óssea. Todas as tecnologias e novos equipamentos e muitos outros avanços vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais interessante, e extremamente explorável.

HISTORIA E DESCOBERTA DA RADIOLOGIA

O professor físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen (1845 – 1923), ao cair da noite de uma sexta-feira, 8 de novembro de 1895 na Baviera, sul da Alemanha, enquanto trabalhava em seu laboratório acidentalmente, produziu radiação eletromagnética nos comprimentos de onda correspondentes aos chamados atualmente raios X (por se tratar de uma radiação invisível e ainda uma incógnita denominou-a Raios-X). Röntgen foi surpreendido ao ver projetada numa tela sua mão enquanto trabalhava com radiações. Observou que de um tubo de raios catódicos que ele trabalhava deveria estar sendo emitido um tipo de onda que tinha a capacidade de atravessar o corpo humano. O episódio ficou registrado como a descoberta oficial da radiação ionizante.

[Fig. 1] Símbolo Radiologia.

[Fig. 2] Wilhelm Conrad Röntgen.

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Aos cinquenta anos de idade, Röntgen ainda não sabia, mas tivera realizado uma das mais importantes descobertas científicas da humanidade. Esse investigador brilhante, perfeccionista e astuto, fascinado por esta observação passou todo o fim de semana trancado no laboratório onde comia e dormia, e no qual, experimentou materiais que tinha disponível, do cotidiano, investigou a capacidade destes raios de penetrar em corpos opacos à luz mesclando entre o tubo e a placa tudo o que pudesse encontrar praticamente. Sabendo que os raios catódicos sensibilizavam filmes fotográficos, investigou para saber se estes raios, que ele agora descobria, também tinham esta propriedade. Testou pedaços de diferentes metais, livros, pesos de balança, sua espingarda de caça, foram radiografados.

Notando que enquanto segurava os objetos entre o tubo e écran de platinocianeto de bário tinha visto a imagem dos ossos de sua mão, Rontgen decidiu investigar, foi quando convenceu D. Bertha, sua esposa, a colocar a mão sobre um filme fotográfico em chassi de papel e ligou o tubo durante 15 minutos. O filme revelado mostrou claramente a imagem dos ossos e uma nova era na ciência estava inaugurada.

[Fig. 3] Ilustração Röntgen com D. Bertha.

[Fig. 4] Radiografia da mão da Sra. Röntgen.

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Em dezembro de 1985 Röntgen dedicou-se a escrever um artigo sobre sua descoberta, e o sujeitou ao Secretário da Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, solicitando do mesmo, sua publicação na revista SITZUNGSBERICHTE, na edição daquele mês saiu publicado o "EINE NEURE ART VON STRAHLEN" (sobre uma nova espécie de raios), o autor relatou detalhadamente suas experiências e observações e relata que:

1. Os raios X atravessam corpos opacos à luz;

2. Provocam fluorescência em certos materiais;

3. A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade e para aqueles de mesma densidade, à espessura;

4. São invisíveis;

5. Não são refratários, nem refletíveis, nem podem ser focalizados por lentes;

6. Não são defletidos por campos magnéticos;

7. Os raios X originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do tubo de gás;

8. Os raios X propagam-se em linha reta;

9. Não sofrem polarização.

Tal publicação rendeu-lhe o merecido primeiro Prêmio Nobel de Física no ano de 1901.

A publicação nos meios científicos acarretou centenas de outros trabalhos ainda no primeiro ano. Porém, passaram vinte e cinco anos até que novas descobertas das características destes raios fossem descobertas.

[Fig. 5] Medalha que retrata Alfred Nobel.

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Assim iniciou-se as radiografias diagnosticas, e odontológicas, uma vez que cerca de 20 dias após a publicação de Röntgen, foi feita a primeira radiografia dental, pelo Dr. Otto Walkhoff, de Braunschweig, Alemanha. Ele conseguiu utilizando placa de vidro com emulsão fotográfica, envolvida em papel preto e lençol de borracha. Ele expor sua própria boca por cerca de 25 minutos, e obteve a primeira radiografia odontológica da história.

Daí para frente novos progressos iam sendo conquistados, em 1896 na Inglaterra o Dr. Nelson fez a primeira radiografia de um projétil de arma de fogo foi realizada no interior do crânio de um paciente.

Em 1896 a primeira radiografia foi realizada no Brasil, como a história não relata dia e mês, é atribuída a vários pesquisadores; Silva Ramos, em São Paulo, Francisco Pereira Neves, no Rio de Janeiro, Alfredo Brito, na Bahia; e físicos do Pará, conclui-se que cronologicamente a diferença seja muito pequena entre as datas que cada um realizou a primeira radiografia.

Áreas da radiologia

Os campos da radiografia são vastos, e podemos dividir em especialidades, tais como:

• Radiologia médica: Para estudos de órgãos e estruturas de humanos, como exame complementar de diagnóstico ou como método de intervenção terapêutica.

• Radiologia odontológica: Para estudos da odontologia.

[Fig. 6] Radiografia da boca do Dr. Otto Walkhoff.

[Fig. 7] Ilustração Radiologia médica.

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• Radiologia veterinária: Para estudos e diagnóstico dos animais.

• Radiologia industrial: poderosa ferramenta de controle de qualidade, utilizada nas indústrias, linhas de produção, indústria automotiva, indústrias navais, siderúrgicas, aviação, materiais bélicos, como explosivos, petrolíferas, na indústria como um todo.

• Radiologia metalúrgica: Para estudos de peças, placas e soldas.

• Radiologia esterilização: No tratamento de eliminação de bactérias e fungos.

[Fig. 8] Ilustração Radiologia veterinária.

[Fig. 9] Ilustração Esterilização Por Radiação.

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• Radiologia ambiental: Para atenções dadas ao tratamento de solos.

• Radiologia científica: No que se refere à docência, estudos e pesquisas.

• Radiologia alimentícia: No tratamento de eliminação de bactérias e fungos na área alimentícia. Nesta área é preciso se tomar um grande cuidado, pois a radiação usada e de alta potência na casa de (10 MeV), para matar todo e qualquer tipo de fungos e bactérias. O problema e que eleva o preço dos alimentos. A durabilidade dos alimentos aumenta 1/3 para muitos alimentos ex: cebola de cabeça como conhecida.

• Radiologia de projetos: Quando envolve equipamentos médicos.

Como podemos ver há várias áreas para explorar na radiologia, tantas áreas de diagnóstico por imagem como a área industrial e afins.

TÉCNICAS DE PROCESSAMENTO

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O que é processamento radiográfico:

É o termo usado para descrever a sequência de eventos realizados e requeridos

para converter a imagem latente, contida na emulsão sensibilizada do filme, em uma

imagem radiográfica visível e permanente, este processo denomina-se processamento.

Baseia-se na imersão do filme radiográfico em soluções processadoras/reveladoras. A

sequência do processo é; revelação, lavagem intermediaria, fixação e lavagem final para

o processamento manual, e para processamento automático; revelação, fixação e

lavagem final. O filme é submetido à secagem em ambos os processos. Para uma boa

interpretação radiográfica é fundamental uma técnica adequada no processamento do

filme radiográfico.

Onde ocorre o processamento radiográfico:

A rotina de processamento radiográfico ocorre dentro da câmara escura, e adota

uma restrita e especifica rotina para que o filme seja processado com qualidade e hábil

para a análise da imagem para diagnostico através da mesma.

CÂMARA ESCURA

É o lugar especifico onde se desenvolve os processos de manuseio e revelação das películas/filmes radiográficos.

A maior característica pela ausência de luz natural, sendo permitida apenas uma luz de segurança, de cor alaranjada/avermelhada e de baixa intensidade (6,5 a 10 W), posicionada a uma distância de 120 cm do balcão.

A câmara escura deve ser construída próximo a sala de exames, visando à agilização do exame radiográfico.

[Fig.10] Exemplo de Processamento Radiográfico.

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Ela é dividida parte úmida (tanques de reposição de químicos, mangueiras, torneira, etc.) e parte seca (balcão, chassis, filmes, etc.). O piso deve ser construído com azulejos opacos, para facilitar a limpeza e evitar o acúmulo de poeira, e assim facilitar na manutenção.

A porta de acesso a câmara escura deve possuir um sistema de segurança de trancas para evitar a abertura acidental. Podendo ser aberta apenas pelo profissional que está dentro da sala. Um sistema exaustor é necessário e obrigatório, pois os gases provenientes dos químicos são tóxicos, com esse dispositivo, o ar é sempre renovado.

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Iluminação de Segurança

Os filmes são manuseados e abertos

sob iluminação de segurança, e somente sob

ela, é uma luz especial com um filtro de

segurança e lâmpada vermelha de

15watts a uma distância maior que 1,2

metros.

Os filtros de segurança das luminárias

devem ser do tipo adequado (vermelho/âmbar),

como os filmes verdes são mais sensíveis as condições de iluminação de segurança das

câmaras escuras (pela proximidade do verde e do vermelho no espectro de cores). É

essencial que a manipulação dos filmes ocorra de forma rápida, uma vez que a

iluminação de segurança pode aumentar rapidamente o véu desses filmes.

As luzes de segurança são utilizadas em locais escuros onde os cassetes de filme

radiográfico são carregados e transportados para a processadora. A luz de segurança é

emitida em um comprimento de onda (correspondente ao vermelho) que pode ser vista

por nossos olhos, mas que não acarretam exposição no filme.

Portanto, deve-se controlar a cor da luz, brilho, localização ou distância dos filmes

e duração do tempo de manipulação dos filmes de forma a minimizar a exposição dos

mesmos. Embora os filmes tenham uma sensibilidade muito baixa às luzes de

segurança, elas podem induzir fog (densidade ótica presente não relacionada à

[Fig.11] Modelo de Câmara Escura.

[Fig.12] Modelo de Luz da Câmara Escura.

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exposição do filme). Sensibilidade à Luz de Segurança A cor da luz deve ser controlada

por meio de filtros de luz. A luz vermelha é indicada quando se trabalha com filmes

sensíveis à luz verde, para tal, usa-se filtros do tipo GBX.

Temperatura

A temperatura ideal deve estar em torno de 18º C a 24º C, com umidade relativa do ar de 40% a 60%. O higroscópio é o instrumento utilizado para medir a umidade e temperatura relativa do ambiente.

Armazenagem das caixas de filmes

Devem ser guardadas na posição vertical, evitando assim a eletricidade estática, que é produzida pelo atrito dos filmes. Essa posição também evita que os filmes sejam pressionados uns aos outros.

Filmes Radiográficos

São feitos de uma película feita de poliéster, revestidos em ambos os lados por uma emulsão de cristais de prata.

É também duplamente coberto por gelatina, que tem a função de proteger a emulsão de acidentes mecânicos. Quanto ao tamanho dos filmes, são eles: 13 x 18 cm; 18 x 24 cm; 24 x 30 cm; 30 x 40 cm; 15 x 40 cm; 35 x 35 cm; 35 x 43 cm.

[Fig. 13] Ilustração de Filme Radiográfico.

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Sensibilidade do Filme radiográfico

Uma característica extremamente importante dos filmes radiográficos é sua hiper

sensibilidade. O que

vai determinar a

quantidade de exposição do

filme é sua sensibilidade, para

determinar quanto tempo ele

deve ser exposto para

produzir uma imagem.

Sensibilidade

alta para filme radiográfico

(ou velocidade alta)

significa que o filme

necessita de menos exposição

que um filme de baixa sensibilidade. A comparação de sensibilidade se dá através das

quantidades de exposição para produzir uma densidade ótica de valor unitário acima do

nível de densidade base+fog.

Ou seja, uma mesma exposição produzirá uma densidade ótica maior em um filme

de sensibilidade maior, em relação a um de menor sensibilidade. Portanto, a produção

de um valor de densidade unitário (D=1) no filme mais sensível requer uma exposição

menor.

Chassis

Item utilizado para o transporte do filme radiográfico, evitando que ele seja velado

pela ação da luz. Sua composição externa é feita de alumínio, seu interior possui duas

faces, sendo revestidas por espuma e um écran em cada lado, que funciona como um

intensificador dos raios x, para que as imagens radiográficas sejam produzidas.

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Processos necessários para obtenção da imagem do filme radiográfico:

Quatro processos são necessários para obtenção da imagem do filme

radiográfico; revelação, fixação, lavagem e secagem. Esses processos são

necessariamente realizados para formação da imagem latente (que se dá através da

absorção de fótons de luz pelos íons de brometo de prata).

Componentes do processamento radiográfico:

• Filme: filme radiográfico propriamente.

• Processadora: onde o filme é colocado para ocorrer à revelação, fixação e secagem

do filme.

• Revelador: converte a imagem latente em imagem visível.

• Fixador: remove os aletos de prata, com intuito de preservar (fixar) a imagem no

filme.

• Água: usada para não

contaminar o fixador, remover o

excesso de fixador.

REVELAÇÃO MANUAL E AUTOMÁTICA

O que é Revelação em Radiografia?

É uma das etapas de realização do Processamento Radiográfico na qual se

estabelece a diferença entre as áreas do filme que foram ou não expostas à luz, sendo

usados os seguintes ingredientes básicos para o exercício dessa atividade:

[Fig. 14] Ilustração de Chassi Radiográfico.

[Fig. 15] Ilustração processamento.

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• Solventes: o solvente básico em um revelador é a água que dissolve e ioniza as

substâncias químicas do revelador.

• Agentes Reveladores: é um composto químico, capaz de converter os grãos

expostos de haleto de prata em prata metálica.

• Aceleradores ou Ativadores: Aumentam a atividade da reação química, sendo

substâncias alcalinas (pH elevado acelera a reação). Exemplos disso é o

carbonato de Na ou K (revelador normal) e hidróxido de Na ou K (revelador

rápido).

• Preservativos: retarda a oxidação, mantém a proporção de revelação e ajuda a

evitar manchas na camada de emulsão do filme.

• Retardadores: os íons que são usados como retardadores, protegem os grãos

não expostos contra a ação do revelador.

Entre as formas existentes de se realizar revelações no Processamento Radiográfico

podemos observar a Revelação Manual e a Revelação Automática, sendo a maior

diferença entre elas o fato desta última ter uma etapa a menos.

O filme tem contato com uma solução reveladora que torna a imagem invisível em

visível, atuando sobre os sais de prata sensibilizados pelo Raios-X.

Grampos ou colgadura – segura o filme durante o processamento.

Soluções para revelação – podem ser adquiridos prontos para o uso.

[Fig. 16] Ilustração Solventes.

[Fig. 17] Ilustração Reveladores.

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Câmara escura – local onde é realizado o processamento.

Segue abaixo o tempo que o filme deve ser submetido ao revelador e ao fixador, assim

como à água:

A tabela a seguir dispõe de informações quanto ao tempo de exposição do revelador

em relação à temperatura.

[Fig. 18] Ilustração Tempo cada produto.

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A tabela sendo um tanto antiga revela apenas uma base superficial para se ter

ideia do processo, onde não se deve revelar nem abaixo de 16°C onde a solução estará

muito fria ocasionando uma demora na reação química e, consequentemente, velamento

do filme, nem também revelar acima de 33°C onde uma solução muito quente poderá

estragar o filme (acondicionar na geladeira).

Revelação Automática:

É um método de revelação que vem se tornando cada vez mais utilizado, pois a

demanda por radiografias fez com que os radiologistas e os departamentos de radiologia

no geral fossem desafiados a se tornarem cada vez mais eficientes no uso de instalações

disponíveis para produzir radiografias ideais.

A revelação automática de filme de Raios-X tem se tornado um grande fator no

manuseio com sucesso, deste crescente volume de trabalho. A automatização da

revelação é possível graças à combinação de três elementos: Processadoras;

Substâncias químicas especiais; Filmes compatíveis. Trabalhando em conjunto, estes

elementos oferecem um meio rápido de produzir radiografias adequadamente reveladas.

[Fig. 19] Ilustração Tabela de temperatura.

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Revelação Manual:

Consiste em realizar o processamento, sendo um método com etapas manuais, como

segue abaixo uma ilustração, representando os passos da realização da revelação

manual do filme radiográfico, retirada do livro Fundamentos de Radiografia da Kodak.

[Fig. 20] Ilustração Estrutura básica de uma Processadora Automática.

[Fig. 21] Ilustração Imagem de Processadora Automática Kodak M35

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Taxa de Reposição:

A taxa de reposição depende do tamanho do filme. Uma processadora usada apenas

para revelar radiografias de tórax necessita de uma taxa maior de reposição que as

usadas para revelar radiografias menores. „

[Fig. 22] Ilustração Revelação Manual.

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Contaminação - se o revelador for contaminado com outro químico, como o fixador,

por exemplo, ocorrerão alterações abruptas na sensibilidade do filme (aumento ou

decréscimo), dependendo do tipo e da quantidade de contaminação. É mais provável

que a contaminação do revelador ocorra quando os rolos de transporte são removidos

ou substituídos.

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QUÍMICOS FIXADOR E REVELADOR

O que é Fixador e Revelador em Radiografia?

É a segunda parte do processo, dando sequência à etapa da revelação onde o filme

deve ser imerso totalmente. No processo de fixação o líquido fixador tem por função criar

uma espécie de barreira protetora sobre a imagem para que esta não sofra com a ação

do tempo e possa, assim, ser manipulada sem qualquer cuidado especial pelo técnico,

radiologista e pelo próprio paciente. Uma mistura de 5 produtos diferentes compõe este

líquido. Os produtos e suas especificações estão listados a seguir:

• Neutralizador: O ácido acético (Neutralizador que determina a suspensão da

revelação, neutralizando o revelador. Fornece a acidez requerida) é o responsável

pela interrupção da ação do revelador que fica em atividade na emulsão após o

filme abandonar o recipiente que contém esse produto (revelador). Isto é

fundamental para que o filme não se torne super-revelado e ocorra o seu

velamento.

• Produto de limpeza: A retirada dos grãos não

sensibilizados da emulsão deve ser feita por

um elemento que não reaja com os grãos

enegrecidos. Esse elemento é o Triossulfato

de Amônia ou de Sódio (Agente fixador que

elimina os cristais de brometo de prata não

expostos). A prata se acumula na solução

fixadora e pode ser recuperada por um

processo de eletrodeposição em uma

superfície metálica.

• Preservativo: Possui a mesma função do preservativo da solução reveladora,

agindo, agora, sobre o fixador para evitar sua oxidação e reduzir sua atividade.

• Endurecedor: Tem a função de contrair e endurecer a emulsão e é composto de

Cloreto de Alumínio (Endurecedor que contrai e endurece a emulsão).

• Água: É o elemento solvente da solução, ou seja, aquele que ajuda a diluir a

concentração dos produtos, transporta os elementos químicos até o contato com

os microcristais e depois ajuda a carregar os microcristais não expostos para fora

da região da imagem.

Uma importante observação a ser levada em conta é o uso do tempo gasto, devendo

ser controlado para que não se ultrapasse do destinado para a realização do processo,

a ponto do agente fixador acabar atacando a prata enegrecida, destruindo assim a

imagem.

[Fig. 23] Ilustração Produto Limpeza.

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O que é Fixação em Radiografia?

É a segunda parte do processo, dando sequência à etapa da revelação onde

o filme deve ser imerso totalmente. No processo de fixação o líquido fixador tem

por função criar uma espécie de barreira protetora sobre a imagem para que esta

não sofra com a ação do tempo e possa, assim, ser manipulada sem qualquer

cuidado especial pelo técnico

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LAVAGEM FILME RADIOGRAFICO

O que é Lavagem em Radiografia?

A Lavagem tem a finalidade de limpar bem o filme de depósitos restantes dos

processos anteriores que, sob a ação do tempo, ar e umidade, poderiam apresentar

reações químicas e prejudicar a qualidade da imagem formada.

A conservação da processadora deve

obedecer a uma rigorosa e sistemática

limpeza dos racks e

dos tanques.

Diariamente, depois de

terminado o trabalho, a

tampa deve permanecer aberta até

o dia seguinte no início do trabalho. Os

racks devem ser lavados com água comum a cada 30 dias ou 1200 filmes processados.

A lavagem deve ser completa, usando-se detergente próprio do limpador de sistemas.

Coloca-se o produto diluído em 1/10 nos tanques de revelação e 1/20 nos tanques de

fixação, previamente esvaziados, deixando-se, em seguida, enxaguar os roletes e os

tanques, fazendo circular água em todo o sistema de circulação do revelador.

Após o preparo dos banhos do revelador e do fixador nos tanques internos e nas

quantidades originais dos mesmos, todos os tanques possuem uma divisória que

determina o limite de imersão. Após recolocar os racks e os demais componentes, liga-

se a processadora até atingir a temperatura ideal, passando-se alguns filmes para

limpeza dos racks enxaguados de químicos.

A lavagem ocorre dentro da

processadora.

Lavagem manual.

[Fig. 24] Ilustração lavagem interna.

[Fig. 25] Ilustração lavagem manual.

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O tanque reserva para fluxos são normalmente de 100 e de 50 litros, para preparar 76

e 38 litros respectivamente, para a revelação de novos filmes.

Greco et al. (2006) verificaram a

influência da lavagem

final na qualidade da

imagem radiográfica,

além de avaliar o efeito causado pela

ausência deste procedimento. Foram

utilizadas 15 radiografias divididas

em três grupos, conforme o tempo de

permanência na lavagem final: sem

lavagem, dois e cinco minutos de

lavagem final. As imagens foram

avaliadas após o processamento,

reavaliadas após três meses e quatro

anos. Constatou-se que as imagens não se alteraram imediatamente após o

processamento, entretanto, após 3 meses, o grupo que não ocorreu lavagem final

apresentou manchas amareladas; e após 4 anos, foi o grupo de lavagem em 2 minutos.

Concluiu-se que, para obter radiografias de boa qualidade de imagem e estas

permaneçam com suas propriedades para o radiodiagnóstico, recomenda-se a lavagem

final com o tempo mínimo de cinco minutos. “GRECO, A. C. et al. Efeito da diminuição

Lavagem manual.

[Fig. 26] Ilustração lavagem manual.

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do tempo de lavagem final ou sua ausência na qualidade da imagem radiográfica. Rev

da ABRO, v. 7, n. 1, jan./jun. 2006.”

SECAGEM DO FILME RADIOGRAFICO

O que é Secagem em Radiografia?

A rápida secagem da radiografia depende do adequado condicionamento do filme. A temperatura do secador deve ser a mais baixa possível e não deve exceder o nível de temperatura recomendado. A secagem busca a eliminação de restos de água e soluções usadas o processamento radiográfico. Deve ser feita num ambiente sem poeira. Também, a fonte de ar não deve incidir diretamente sobre a radiografia, pois os cristais de prata poderão se mover, gerando distorções na imagem.

É a etapa mais simples da revelação, e também bastante importante. A secagem indevidamente realizada pode resultar em marcas de água ou

deteorização da gelatina devido à excessiva temperatura. As temperaturas de

Secagem manual.

Secagem manual.

[Fig. 27] Ilustração Secadora Radiológica.

[Fig. 28] Ilustração Radiografia secando.

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secagens devem ser rigorosamente seguidas pelas recomendações do fabricante.

Tem a função de trazer ao estado normal a emulsão de modo uniforme, limpo e dentro de um intervalo de tempo razoável, nesta fase podem acontecer defeitos, como deposição de pó ou fios na emulsão, presença de pequenas gotas d’água causando manchas e falta de espaçamento entre as películas grudando umas nas outras.

Para evitarmos estes defeitos, após a lavagem devemos imergir o filem em uma solução que contenha agente umedecedor, diminuindo a tensão superficial, reduzindo o risco de que a água seque de forma desigual. Os secadores consistem em uma cabine na qual a umidade é retirada do ar através de substâncias químicas e o ar dês-umedecedor é re-circulado sobre o filme. Assim que estiverem secos, os filmes devem ser retirados do secador para evitar que se torne quebradiço e deve-se cortar as pontas para retirar as marcas dos grampos.

As radiografias podem ser penduradas para secar em bastidores em uma área livre. Independente dos métodos usados para a secagem, os filmes devem estar bem separados uns dos outros, pois se entrarem em contato durante a secagem, eles podem apresentar marcas de secagem ou podem grudar-se uns aos outros.

A secagem ocorre dentro

da processadora.

[Fig. 29] Ilustração Interna Processadora.

[Fig. 30] Ilustração Processadora.

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CONTROLE DE QUALIDADE DE PROCESSAMENTO.

Para iniciar o processo de controle

de qualidade o primeiro passo é ajustar as

condições de processamento e se certificar

que o mesmo está correto.

• Condições de processamento:

verificar se estão dentro das

especificações, temperatura, tempo,

tipo de químicos, taxa de reposição, etc. Os fornecedores de filmes e químicos devem

fornecer as condições ideais.

• Verificação do processamento: estando satisfatória as condições ideias

recomendadas, um teste para verificar se a sensibilidade e as características de

contraste do filme condizem com aquelas especificadas pelo fabricante, para cada

tipo de filme deverá ser realizado um teste.

• Processamento Insuficiente: ocorrendo um processamento insuficiente, a

sensibilidade do filme e o contraste serão menores que os especificados. Um

aumento na exposição compensa a perda de sensibilidade, porém o contraste não

pode ser recuperado.

• Processamento Excessivo: quando ocorre processamento excessivo a

sensibilidade aumenta. O contraste de alguns filmes aumenta até certo ponto, depois

diminui. O maior problema nesta situação é o aumento de fog (densidade base+fog)

que contribui para diminuição do contraste.