GRYNSZPAN, Mario. A questão agrária no Brasil pós-1964 e o MST. In – O Brasil republicano- o...
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GRYNSZPAN, Mario. A questão agrária no Brasil pós-1964 e o MST. In – O Brasil republicano- o
tempo da ditadura
- MST organização identificada à radicalização política; (p. 317)
- pressão, mobilização e luta são elementos constituidores de sua identidade; (p. 318)
- praticamente monopolizou o espaço das lutas pela reforma agrária;
DAS INTERVENÇÕES À RETOMADA DAS ORGANIZAÇÕES
- Estatuto do Trabalhador Rural (1963): estendia ao campo direitos trabalhistas que as cidades
conheciam desde a década de 1930; (p. 320)
- golpe de 1964 freio nesse processo;
- questão agrária manteve, após o golpe, a condição de problema central; (p. 321)
- 1964: Estatuto da Terra ainda que reunisse instrumentos suficientes para a promoção de uma
redistribuição da propriedade da terra, não foi o que se fez; (p. 322)
- a simples existência de um aparato legal que conferia direitos aos trabalhadores rurais não
significava, necessariamente, que fossem estes seguidos e respeitados; (p. 327)
AS RETOMADAS DAS LUTAS PELA TERRA E O SURGIMENTO DO MST
- no que tange à questão agrária, os primeiros anos do regime militar foram pródigos na produção
legal e institucional, mas avaros na realização de resultados; (p. 328)
- órgãos e instrumentos legais foram sendo criados, sem que isso refletisse em uma melhoria efetiva
nas condições de vida dos trabalhadores rurais; (p. 329)
- esgotando-se o “milagre”, algumas de suas grandes obras, como a Transamazônica, foram
abandonadas e, com elas, os projetos e agrovilas, obrigando seus trabalhadores a se dispersarem,
retornando parte deles às regiões de origem, perdendo o que haviam investido. O surgimento do
MST foi um dos efeitos do fracasso da política de colonização dos governos militares; (p. 331)
- um ator que desempenhou um papel central nas lutas pela terra no Brasil, nos anos 1970, e que
depois foi fundamental na criação e na consolidação do MST, foi a Igreja Católica; (p. 332)
- foi nas lutas dos atingidos por barragens que o MST teve uma de suas origens; (p. 336)
- primeiro congresso nacional do MST: 1985 falava-se em extinção do Estatuto da Terra; (p. 337)
O MST E O ESPAÇO DAS LUTAS PELA REFORMA AGRÁRIA
- com as ocupações, e com o MST, os conflitos de terra passaram a ganhar maior evidência e novos
contornos;
- o MST vem sendo referido como o Movimento dos Sem-Terra, e não como Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Na prática, ele vem procurando se afirmar como um movimento
popular mais amplo, não se voltando unicamente para os trabalhadores rurais; (p. 343)
CONCLUSÃO
- se é possível, ainda, falar em questão agrária no Brasil, é porque ela persiste como problema a ser
resolvido;