GUIA - AEE -Câmara Técnica de Educação - CIVAP

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ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: UMA EXPERIÊNCIA DA CÂMARA TÉCNICA DE EDUCAÇÃO DO CONSÓCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA - CIVAP Apoio:

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ATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO: UMA EXPERIÊNCIA DA CÂMARA TÉCNICA DE EDUCAÇÃO DO CONSÓCIO INTERMUNICIPAL

DO VALE DO PARANAPANEMA - CIVAP

Apoio:

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CIVAP – Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema (Assis, Bastos, Borá, Cândido Mota, Campos Novos Paulista, Cruzália, Duartina, Echaporã, Espírito santo do Turvo, Fernão, Florínea, Gália, Ibirarema, Iepê, João Ramalho, Lutécia, Maracaí, Narandiba, Nantes, Ocauçu, Oscar Bressane, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas paulista, Paulistânia, Pirapozinho, Platina, Sandovalina, Santa Cruz do Rio Pardo, Quatá, Rancharia, Taciba e Tarumã)

Equipe de Apoio Técnico

Câmara Técnica da Educação do CIVAP

Equipe Gestora do CIVAP

Ida Franzoso de Souza

Noeli Pires Bueno

Revisão Técnica

Profa. Daniela Bechelli Lima Quijada

Supervisora de Ensino – SEE/SP

Revisão editorial

Profa. Dra. Diva Lea Batista da Silva

FICHA CATALOGRÁFICA

CIVAP. (Câmara Técnica da Educação do CIVAP). Atendimento Educacional Especializado: uma experiência da Câmara Técnica de Educação do Consórcio Intermunicipal do vale do Paranapanema. 1. ed. Assis: CIVAP, 2019. Palavras-chave: educação inclusiva; estrutura organizacional; atendimento educacional especializado;

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SUMÁRIO

PREFÁCIO ................................................................................................ 07

INTRODUÇÃO .......................................................................................... 09

1. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO DE TODOS 1.1 Público-alvo da Educação Especial ................................................ 10

1.2 Detalhamento das deficiências e transtornos globais

do desenvolvimento mais frequentes nas escolas

1.2.1 Deficiências .......................................................................... 11

1.2.2 Transtornos globais do desenvolvimento ............................. 13

1.2.3 Altas habilidades ou superdotação ....................................... 15

1.2.4 Outras definições e considerações ....................................... 15

1.3 O atendimento da educação especial no município ......................... 17

2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: ESTRATÉGIAS DE ENSINO NAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS – SRM

2.1 AEE no Projeto Político Pedagógico ................................................. 21

2.2 As atividades próprias do AEE

2.2.1 Ensino do sistema Braille, do uso do soroban e das técnicas

para a orientação e mobilidade .......................................................... 22

2.2.2 Estratégias para o desenvolvimento da autonomia

e independência .................................................................................. 22

2.2.3 Estratégias para o desenvolvimento de processos mentais ...... 23

2.2.4 Ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como

primeira língua, para educandos com surdez ..................................... 23

2.2.5 Ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita,

como segunda língua, para educandos com surdez ........................... 23

2.2.6 Ensino do uso da Comunicação Alternativa e

Aumentativa (CAA) .............................................................................. 23

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2.2.7 Ensino da informática acessível e do uso dos recursos

de Tecnologia Assistiva (TA) ............................................................ 24

2.2.8 Atividades de enriquecimento curricular para as

altas habilidades ou superdotação ..................................................... 24

3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

3.1 Atribuições das Secretarias Municipais de Educação

para o atendimento à educação especial ............................................. 28

3.2 Atribuições do professor da sala de aula regular .................................. 29

3.3 Atribuições do professor da sala de recursos multifuncional ................ 30

4. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 32

ANEXOS

ANEXO 1 - Atendimento Educacional Especializado

Orientações para Avaliação Diagnóstica ................................................... 36

Sugestão de cronograma para uso das fichas ........................................... 37

ANEXO 2 - Observação de desempenho pedagógico ............................... 38

ANEXO 3 - Caracterização inicial do aluno ................................................ 45

ANEXO 4 - Sondagem para especialistas .................................................. 48

ANEXO 5 – Sondagem com a família ......................................................... 51

ANEXO 6 - Questionário com o aluno ......................................................... 57

ANEXO 7 - Parecer do professor do AEE .................................................. 60

ANEXO 8 - Encaminhamento à rede de saúde/

socioassistencial do município .................................................................... 63

ANEXO 9 - Devolutiva da rede de saúde/

socioassistencial do município .................................................................... 64

ANEXO 10 - Termo de autorização dos pais e/ou responsáveis

para avaliação do aluno com hipótese de deficiência ................................. 65

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ANEXO 11 - Termo de registro de aluno com hipótese

de deficiência/ TGD/TEA/AH/SD (Município com sistema próprio) ........ 66

ANEXO 12 - Passo a passo do SIGITEC ..................................................... 68

ANEXO 13 – Fluxogramas ........................................................................... 71

ANEXO 14 - Sugestões de materiais em PDF ............................................. 78

ANEXO 15 - Orientações para as fichas técnicas: roteiro das

categorias de observação para a caracterização inicial do aluno .......... 79

ANEXO 16 - Exemplo de registro de um professor sobre

um aluno de sua classe ............................................................................ 82

ANEXO 17 - Plano Pedagógico Especializado

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) – parte I ................................... 85

ANEXO 18 - Plano Pedagógico Especializado

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) – parte II .................................. 90

ANEXO 19 - Atendimento educacional especializado (AEE)

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) ................................................. 93

ANEXO 20 – Plano pedagógico especializado

para aluno com deficiência intelectual – parte II ........................................... 99

ANEXO 21 - Atendimento educacional especializado (AEE)

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

Informações e avaliação do aluno com autismo – Parte I............................. 106

ANEXO 22 - Plano pedagógico especializado

para o aluno com autismo – parte II ............................................................. 113

ANEXO 23 - Atendimento educacional especializado (AEE)

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

Informações e avaliação do aluno com baixa visão – Parte I....................... 121

ANEXO 24 - Plano pedagógico especializado

para o aluno com baixa visão – parte II ....................................................... 127

ANEXO 25 - Atendimento educacional especializado (AEE)

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Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

Informações e avaliação do aluno com surdocegueira – Parte I ...............134

ANEXO 26 - Plano pedagógico especializado

para o aluno com surdocegueira – parte II ................................................ 142

ANEXO 27 - Atendimento educacional especializado (AEE)

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)

Informações e avaliação do aluno com surdez, usuário da

Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) – parte I .......................................... 149

ANEXO 28 - Plano pedagógico especializado

para o aluno com surdez usuário

da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) – Parte II ..................................... 158

ANEXO 29 - Atendimento educacional especializado (AEE)

Plano de desenvolvimento individual (PDI)

Informações e avaliação do aluno com paralisia cerebral - Parte I ............. 165

ANEXO 30 - Plano pedagógico especializado

para o aluno com paralisia cerebral – parte II ............................................. 173

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PREFÁCIO

Atualmente, a escola pública recebe uma grande demanda de alunos com

deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/

superdotação em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.

Diante disso, a concepção de inclusão na escola torna-se razão de

constantes reflexões sobre a ideia de todos os alunos terem acesso e

permanência, de modo igualitário, ao sistema de ensino, o que motivou a busca

das melhores práticas para sua efetivação.

Esse alto fluxo levou os dirigentes dos órgãos gestores da educação dos

24 municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema

– CIVAP, a manifestarem exaustivas preocupações pela regulação do trabalho

do Atendimento Educacional Especializado – AEE, considerando a ausência de

documentos legais no âmbito municipal que norteiam este trabalho.

Assim, este Guia de Orientações consolida a experiência da Câmara

Técnica de Educação do CIVAP, após vários encontros, nos quais foram

apresentados os problemas de cada município e evidenciados os pontos

convergentes, e tem por objetivo sistematizar o fluxo de encaminhamento do

AEE, por meio de instrumentos de coleta de informações para avaliação e

diagnóstico.

Depois de reveladas as problemáticas acerca do AEE, foram ouvidos os

especialistas da área, para melhor compreensão sobre a função e organização

do AEE, em municípios que apresentam sucesso na implementação e execução

de suas ações.

Com isso, as escolas dos municípios consorciados têm como missão

garantir e assegurar que a inclusão ocorra de forma efetiva no interior dessas

escolas, com a plena participação dos alunos em todas as atividades da escola,

em igualdade de condições.

Para isso, este guia está organizado para auxiliar os mais diversos

municípios na implementação de políticas públicas educacionais no âmbito do

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AEE, na busca pela melhoria da qualidade da educação, com as seguintes

orientações:

- é iniciado com uma abordagem sobre os aspectos legais, bem como a

delimitação do público-alvo da Educação Especial. São apresentadas as salas

de recursos multifuncionais (SRM) como espaços legítimos de aprendizagem e

mostra algumas de suas potencialidades;

- exprime uma possibilidade de caminho a ser percorrido, por meio de

instrumentos que direcionarão o trabalho de coleta de informações, enquanto

subsídio para avaliação e diagnóstico dos alunos público da educação especial;

- também são abordadas algumas estratégias de ensino para as SMR e

expõe as atribuições do Órgão Gestor da Educação, das Unidades Escolares e

dos professores do AEE que, articulados, formam o complexo repertório para a

sistematização dos atendimentos;

- e ainda é fruto deste trabalho a minuta de uma resolução para

regulamentar todo o processo de organização do Atendimento Educacional

Especializado.

Câmara Técnica da Educação do CIVAP

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INTRODUÇÃO

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, marco histórico do

respeito à diversidade, proclama a igualdade de todos os seres humanos em

direitos e dignidade.

Sob esta inspiração, governos e organismos internacionais combatem a

exclusão para garantir uma sociedade igual para todos.

No desempenho de sua função social e transformadora, visando à

construção de um mundo melhor, a educação escolar tem clara tarefa em relação

à diversidade humana, na promoção de um trabalho educativo que minimize as

diferenças, construindo uma sociedade justa e igualitária.

Para isso, são as políticas públicas que podem garantir de fato a

participação e a inclusão social das pessoas com deficiência, bem como

promover a ampla participação na sociedade, com acesso aos espaços públicos,

transporte, saúde, educação, emprego, esporte, cultura e lazer.

Neste intuito, a Câmara Técnica do CIVAP propõe orientar as atividades

regionalmente por meio deste guia, e contribuir com os municípios das Redes de

Consórcio.

11

1

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: DIREITO DE TODOS

A educação inclusiva constitui um paradigma fundamentado na concepção

de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores

indissociáveis, além de avançar em relação à ideia de equidade formal, ao

contextualizar as circunstâncias históricas da população excluída dentro e fora

da escola.

Por isso, as redes municipais de Ensino devem atender e incluir, nas

classes comuns de ensino regular os alunos com deficiência, transtornos globais

do desempenho, altas habilidades ou superdotação, e por meio da Educação

Especial, garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as

barreiras de escolarização destes alunos.

Ao elaborar este Guia de Orientações, foram consultados vários

documentos, referências, os municípios consorciados, legislações federais e

estaduais que normatizam a Educação Especial.

No entanto, não se esgotam aqui as discussões e proposições sobre o

assunto, porém este poderá contribuir para tomada de decisões e

implementações que visam garantir o trabalho com a Educação Especial

Inclusiva.

1.1 Público-alvo da educação especial

O documento do Ministério da Educação, denominado Política Nacional de

Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008),

conceitua a Educação Especial como uma modalidade que perpassa todos os

níveis, etapas e modalidades de ensino e define como seu público-alvo os alunos

com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação.

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Consideram-se alunos com deficiência aqueles que apresentam

impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial que, ao interagir com

diversas barreiras, tendem a restringir a sua participação plena e efetiva no

contexto escolar e social.

O Decreto Legislativo nº 186/2008, que aprova o texto da Convenção

sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo,

reconhece em sua alínea “e” que: a deficiência é um conceito em evolução e que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas [...] (BRASIL, 2008)

Os alunos, que forem público-alvo da Educação Especial, devem ser

cadastrados no Sistema Online de Gestão de Educação, como exemplo, no caso

do Estado de São Paulo, a Secretaria Escolar Digital (SED) e informados no

Censo Escolar, de acordo com o indicado pelo MEC/INEP e observadas as

diretrizes de cada Secretaria de Estado da Educação.

Na próxima parte, serão apresentados alguns tipos de deficiências e

transtornos globais do desenvolvimento que podem ser identificadas nos alunos

público-alvo da educação especial.

1.2 Detalhamento das deficiências e transtornos globais do

desenvolvimento mais frequentes nas escolas

A deficiência é um desenvolvimento insuficiente que poderá ser um déficit

intelectual, físico, visual, auditivo ou múltiplo. A seguir, uma descrição resumida

de cada uma das deficiências rotineiras nas escolas, conforme consta na Portaria

nº 8764, de 23/12/2016, que regulamenta o Decreto nº 57.379, de 13 de outubro

de 2016, que “institui no Sistema Municipal de Ensino a Política Paulistana de

Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva.”

1.2.1 DEFICIÊNCIAS

a) Deficiência Física

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Consiste na alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do

corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-

se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,

tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia,

amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com

deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que

não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

b) Deficiência Auditiva/Surdez

A Deficiência Auditiva/Surdez é classificada como:

� surdez leve/moderada: consiste na perda bilateral, parcial ou total,

de 21 a 70 (setenta) decibéis (dB), aferida por audiograma, nas

frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

� Surdez severa/profunda: consiste na perda auditiva acima de 71

(setenta e um) dB, aferida por audiograma, nas frequências de

500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

c) Deficiência Visual

A Deficiência Visual consiste na perda total ou parcial de visão, congênita

ou adquirida, variando o nível ou a acuidade visual da seguinte forma:

� baixa visão – acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com

a melhor correção óptica; os casos nos quais o somatório da medida

do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°; ou

a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

� cegueira – acuidade visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho,

com a melhor correção óptica; ausência total de visão até a perda

da percepção luminosa.

d) Deficiência Intelectual A Deficiência Intelectual que se caracteriza por alterações significativas,

tanto no desenvolvimento intelectual como na conduta adaptativa, em pelo menos

duas áreas de habilidades, práticas sociais e conceituais, como: comunicação,

autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos

da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho.

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e) Deficiência Múltipla A Deficiência Múltipla consiste na associação de duas ou mais

deficiências. Para além dos fins de cadastro, no trabalho pedagógico, deve-se

considerar não apenas o somatório das deficiências, mas também o nível de

desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social

e de aprendizagem que determinam as necessidades educacionais desses

educandos.

f) Surdocegueira A Surdocegueira trata-se de uma deficiência única, caracterizada pela

deficiência auditiva e visual concomitante. Essa condição apresenta outras

dificuldades além daquelas causadas pela cegueira e pela surdez, se existissem

isoladamente.

1.2.2 Transtornos globais do desenvolvimento Os educandos com transtornos globais do desenvolvimento (TGD) são

aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas

e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado

e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com Autismo, Síndrome de Rett,

Síndrome de Asperger e Transtorno Desintegrativo da Infância.

a) Autismo O Autismo é considerado como prejuízo no desenvolvimento da interação

social e da comunicação; pode haver atraso ou ausência do desenvolvimento da

linguagem; naqueles que a possuem, pode haver uso estereotipado e repetitivo

ou uma linguagem idiossincrática; repertório restrito de interesses e atividades;

interesse por rotinas e rituais não funcionais. Manifesta-se antes dos 3 anos de

idade. Prejuízo no funcionamento ou atraso, em pelo menos uma das três áreas:

interação social; linguagem para comunicação social; jogos simbólicos ou

imaginativos.

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b) Síndrome de Rett A Síndrome de Rett é um transtorno de ordem neurológica e de caráter

evolutivo, com início nos primeiros anos de vida; desaceleração do crescimento

do perímetro cefálico; perda das habilidades voluntárias das mãos adquiridas

anteriormente, e posterior desenvolvimento de movimentos estereotipados

semelhantes a lavar ou torcer as mãos; diminuição do interesse social após os

primeiros anos de manifestação do quadro, embora possa haver

desenvolvimento tardio; prejuízo severo do desenvolvimento da linguagem

expressiva ou receptiva; primeiras manifestações após os primeiros 6 a 12 meses

de vida; prejuízos funcionais do desenvolvimento dos 6 meses aos primeiros anos

de vida; presença de crises convulsivas.

c) Síndrome de Asperger A Síndrome de Asperger é considerado um prejuízo persistente na

interação social; desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de

comportamento, interesses e atividades. Tem início mais tardio do que o Autismo

ou é percebido mais tarde (entre 3 e 5 anos); atrasos motores ou falta de destreza

motora podem ser percebidos antes dos 6 anos; diferentemente do Autismo,

podem não existir atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento

cognitivo; na linguagem; nas habilidades de autoajuda apropriadas à idade; no

comportamento adaptativo, à exceção da interação social; e na curiosidade pelo

ambiente na infância.

d) Transtorno Desintegrativo O Transtorno desintegrativo da infância é uma regressão em múltiplas

áreas do funcionamento caracterizada pela perda de funções e capacidades

anteriormente adquiridas pela criança. Apresenta características sociais,

comunicativas e comportamentais também observadas no Autismo. Em geral,

essa regressão tem início entre os 2 e os 10 anos de idade e acarreta alterações

qualitativas na capacidade para relações sociais, jogos ou habilidades motoras,

linguagem, comunicação verbal e não verbal, com comportamentos

estereotipados e instabilidade emocional. Trata-se de um transtorno de

frequência rara.

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1.2.3 Altas habilidades ou superdotação

Educandos com altas habilidades ou superdotação demonstram potencial

elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:

intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar

grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em

áreas de seu interesse.

Na próxima seção, apresentam-se outras definições importantes para o

trabalho do Atendimento Educacional Especializado.

1.2.4 Outras definições e considerações a) ADNPM - Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor

Para os educandos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor,

deve-se considerar que geralmente esse atraso não está, necessariamente,

associado a alguma deficiência. Se houver deficiência como a intelectual ou a

física, o educando deve ser cadastrado no Censo Escolar com a deficiência

correspondente.

b) TID - Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Trata-se de outra denominação de Transtorno Global do Desenvolvimento.

Para informar ao Censo Escolar os educandos com Transtorno Invasivo do

Desenvolvimento, é preciso categorizar entre as opções Autismo Infantil,

Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett e Transtorno Desintegrativo da

Infância.

c) DPAC - Déficit no Processamento Auditivo Central Se o déficit gerar dificuldades de leitura, de escrita, etc., trata-se de um

transtorno funcional específico, e, neste caso, não é público-alvo da Educação

Especial, não é coletado pelo Censo Escolar.

d) Déficit Cognitivo e da Independência, Déficit Intelectual ou Transtorno

Misto do Desenvolvimento

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Deve ser avaliado se o educando apresenta deficiência intelectual ou

deficiência física e somente nesses casos devem ser informados no Censo

Escolar.

e) Hidrocefalia ou Microcefalia Algumas vezes, essas condições podem ocasionar deficiência intelectual,

deficiência física ou múltipla. O educando deve ser classificado no Censo de

acordo com a deficiência que apresentar. Se a hidrocefalia ou microcefalia não

ocasionar deficiência, não devem ser classificados como educando público-alvo

da Educação Especial no Censo Escolar e no Sistema Online de Gestão da

Educação.

f) Síndromes Diversas São consideradas síndromes diversas: Down, Williams, Angelman, X-

Frágil e outras. No Censo Escolar deve ser registrado o tipo de deficiência e não,

a origem dela. Caso o educando com alguma Síndrome tenha algum tipo de

deficiência física, intelectual, sensorial, transtorno global do desenvolvimento ou

altas habilidades/superdotação, cabe à escola registrar no Sistema Online de

Gestão da Educação e no Censo Escolar. Se não houver manifestação, não deve

ser informado.

O educando que não se enquadra nos critérios acima, não faz parte do

público-alvo da educação especial. Dessa forma, seus dados não são coletados

no Censo Escolar como deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou

altas habilidades/ superdotação e não devem ser cadastrados no Sistema Online

de Gestão da Educação.

Para fins de cadastro e informação no Censo Escolar, portanto, acesso ao

AEE aos educandos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou

altas habilidades/superdotação, não é necessária a apresentação de documentos

clínicos comprobatórios. (laudo médico/diagnóstico clínico) pois, de acordo com

a Nota Técnica n° 4/2014, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,

Diversidade e Inclusão SECADI/MEC, “o AEE é caracterizado por atendimento

pedagógico, e não clínico”.

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Durante o estudo de caso, primeira etapa da elaboração do Plano de AEE,

se for necessário, o professor de AEE pode se articular com profissionais da área

da saúde, tornando-se o laudo médico, neste caso, um documento anexo ao

Plano de AEE. Por isso, não se trata de documento obrigatório, mas

complementar, quando a escola julgar necessário, o que não dispensa que o

educando:

- seja público-alvo da Educação Especial;

- seja declarado no Censo Escolar, de acordo com suas especificidades.

Compete aos profissionais responsáveis pelo AEE, em conjunto com a

U.E. e a família, analisar cada uma das situações, à luz da Política Municipal de

Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva.

1.3 O atendimento da educação especial no município

Os gestores municipais, ao estruturarem uma política de educação

especial inclusiva, devem elaborar e seguir um plano de ação que permitirá

observar o que já foi realizado no município e o que está para ser feito, para que

possam garantir uma educação de qualidade.

Os municípios devem criar, dependendo da sua demanda deste público-

alvo, instância (Coordenadoria ou assessoria) vinculada à Secretaria e/ou

Departamento de Educação que coordenará, articulará e promoverá as políticas

da Educação Especial.

a) As salas de Recursos Multifuncionais As Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs) serão instaladas por ato

oficial do Secretário Municipal de Educação, de posse do parecer da análise da

demanda das Unidades Escolares a ser atendida, elaborado pelo Órgão Gestor

do Município. O acervo inicial de mobiliários e recursos didático-pedagógicos,

bem como os equipamentos tecnológicos e os de informática que comporão a

SRM, deverão ser adquiridos pela Unidade Executora e Secretaria Municipal de

Educação.

b) Os encaminhamentos

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O encaminhamento dos educandos para o AEE deverá ser orientado pelas

necessidades específicas quanto às atividades próprias deste atendimento, e não

apenas pela existência da deficiência, definindo se será atendido na sala de

Recurso do município ou realizado em instituições conveniadas que oferecem os

serviços para a necessidade específica do educando.

c) O atendimento O atendimento deve ser ofertado às demandas desde a Educação Infantil

até Ensino Médio (a critério da municipalidade), nas seguintes formas:

� Sistema colaborativo: desenvolvido dentro do turno, articulado com os

profissionais da educação de todas as áreas do conhecimento, em todos

os tempos e espaços educativos, assegurando atendimento das

especificidades de cada educando, expressas no Plano de AEE, por meio

de acompanhamento sistemático do coordenador pedagógico e/ou

especialista.

� No contraturno: atendimento às especificidades de cada educando,

expressas no Plano de AEE, no contraturno escolar ofertado nas SRM

realizado pelo PAEE ou Unidade Polo.

O AEE não pode ser confundido com atendimento clínico, nem tão pouco

com reforço escolar. Essas são ações que devem ser realizadas com outros

profissionais.

O aluno do AEE pode frequentar em períodos intercalados de sua vida

escolar, de acordo com a sua necessidade, não deve ser um atendimento

permanente em sua vida acadêmica; a cada início de ano letivo deverá ser

averiguado a continuidade do mesmo no AEE. d) Adesão, Cadastro e Indicação das Escolas

A Secretaria de Educação efetua a adesão, o cadastro e a indicação das

escolas contempladas por meio do Programa no Sistema de Gestão Tecnológica

do Ministério da Educação – SIGETEC, endereço http://sip.proinfo.mec.gov.br.

Esse registro é feito conforme Manual Passo a Passo das Salas de Recursos

Multifuncionais (ANEXO 12).

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No ato de solicitação das salas, as secretarias de educação assumem o

compromisso com os objetivos do Programa e realizam no SIGETEC os

seguintes passos:

• adesão e cadastro do gestor do Município (Prefeito), Estado ou Distrito

Federal (Secretário de Educação);

• indicação das escolas conforme os critérios do Programa;

• confirmação de espaço físico para a sala;

• confirmação de professor para atuar no AEE.

Após a confirmação da indicação da escola e da disponibilização das salas

pelo Programa, as secretarias de educação devem:

• informar As escolas sobre sua indicação;

• monitorar a entrega e a instalação dos recursos nas escolas;

• orientar quanto à institucionalização da oferta do AEE no PPP;

• acompanhar o funcionamento da sala conforme os objetivos;

• validar as informações de matrícula no Censo Escolar INEP/MEC;

• promover a assistência técnica, a manutenção e a segurança dos

recursos;

• apoiar a participação dos professores nos cursos de formação para o

AEE;

• assinar e retornar ao MEC/SEESP o Contrato de Doação dos recursos.

e) As parcerias

Para os municípios que não apresentam demanda suficiente para

formação de classes de Atendimento Educacional Especializado (AEE), poderão

ser firmadas parcerias entre as Secretarias Municipais de Educação

consorciadas, entidades filantrópicas que oferecem serviços educacionais

especializados, as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) ,

Organização da Sociedade Civil (OSC), nos termos da Lei Federal nº

13.019/2014, tendo por objeto a transferência de recursos financeiros dos

municípios à OSC, para atendimento de educandos que necessitam de apoio

permanente-pervasivo com Deficiência Intelectual ou Deficiência Múltipla

associada à Deficiência Intelectual e de apoio substancial ou muito substancial

com Transtorno do Espectro Autista ou Deficiência Múltipla, associada ao

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Transtorno do Espectro Autista, que não puderem ser beneficiados pela inclusão

em classes comuns do ensino regular.

A parceria será firmada com a assinatura de Termo de Colaboração, do

qual é parte integrante o Plano de Trabalho.

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: ESTRATÉGIAS DE ENSINO NAS SALAS

DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS - SRM 2.1 AEE no Projeto Político Pedagógico Conforme dispõe a Resolução CNE/CEB nº 4/2009, art. 10º, o Projeto

Político Pedagógico da escola de ensino regular (PPP) deve institucionalizar a

oferta do AEE, prevendo na sua organização:

I - Sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; II - Matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; III - Cronograma de atendimento aos alunos; IV - Plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; V - Professores para o exercício do AEE; VI - Outros profissionais da educação: tradutor intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; VII - Redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.

Para fins de planejamento, acompanhamento e avaliação dos recursos e

estratégias pedagógicas e de acessibilidade, utilizadas no processo de

escolarização, a escola institui a oferta do atendimento educacional

especializado, contemplando na elaboração do PPP, aspectos do seu

funcionamento, tais como: • Carga horária para os alunos do AEE, individual ou em pequenos grupos,

de acordo com as necessidades educacionais específicas;

• Espaço físico com condições de acessibilidade e materiais pedagógicos

para as atividades do AEE;

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• Professores com formação para atuação nas salas de recursos

multifuncionais;

• Profissionais de apoio às atividades da vida diária e para a acessibilidade

nas comunicações e informações, quando necessário;

• Articulação entre os professores da educação especial e do ensino regular

e a formação continuada de toda a equipe escolar;

• Participação das famílias e interface com os demais serviços públicos de

saúde, assistência, entre outros necessários;

• Oferta de vagas no AEE para alunos matriculados no ensino regular da

própria escola e de outras escolas da rede pública, conforme demanda;

• Registro anual no Censo Escolar MEC/INEP das matriculas no AEE.

2.2 As atividades próprias do AEE

As atividades próprias do AEE, para atender às necessidades

educacionais específicas do público-alvo da educação especial devem ser

entendidas como:

2.2.1 Ensino do sistema Braille, do uso do soroban e das técnicas para a

orientação e mobilidade a) O Ensino do Sistema Braille enquanto definição e utilização de métodos

e estratégias para que o educando se aproprie desse sistema tátil de leitura e

escrita.

b) O Ensino do Soroban: calculadora mecânica manual, consiste na

utilização de estratégia que possibilite ao educando o desenvolvimento de

habilidades mentais e de raciocínio lógico matemático.

c) As Técnicas de orientação e de mobilidade: ensino de técnicas e

desenvolvimento de atividades para a orientação e a mobilidade, proporcionando

o conhecimento dos diferentes espaços e ambientes para a locomoção do

educando, com segurança e autonomia. Para estabelecer as referências

necessárias ao ir e vir, tais atividades devem considerar as condições físicas,

intelectuais e sensoriais de cada educando.

2.2.2 Estratégias para o desenvolvimento da autonomia e independência

24

As estratégias para autonomia e independência são: desenvolvimento de

atividades, realizadas ou não com o apoio de recursos de tecnologia assistiva,

visando à fruição, pelos educandos de todos os bens sociais, culturais,

recreativos, esportivos, entre outros; de todos serviços e espaços disponíveis no

ambiente escolar e na sociedade, com autonomia, independência e segurança.

2.2.3 Estratégias para o desenvolvimento de processos mentais As estratégias para o desenvolvimento de processos mentais

correspondem à promoção de atividades que ampliem as estruturas cognitivas

facilitadoras da aprendizagem nos mais diversos campos do conhecimento, para

o desenvolvimento da autonomia e da independência do educando em face das

diferentes situações no contexto escolar.

2.2.4 Ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como primeira língua,

para educandos com surdez O Ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como primeira língua:

desenvolvimento de estratégias pedagógicas para a aquisição das estruturas

gramaticais e dos aspectos linguísticos que caracterizam essa língua.

2.2.5 Ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita, como segunda

língua, para educandos com surdez Ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita, como segunda

língua: desenvolvimento de atividades e de estratégias de ensino da língua

portuguesa para educandos usuários da Libras, voltadas à observação e à

análise da estrutura da língua, seu sistema, funcionamento e variações, tanto nos

processos de leitura como produção de textos.

2.2.6 Ensino do uso da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA); Ensino do uso da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA):

realização de atividades que ampliem os canais de comunicação, com o objetivo

de atender às necessidades comunicativas de fala, leitura ou escrita dos

educandos. Alguns exemplos de CAA são cartões de comunicação, pranchas de

comunicação com símbolos, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores

25

ou o próprio computador, quando utilizado como ferramenta de voz e

comunicação.

2.2.7 Ensino da informática acessível e do uso dos recursos de Tecnologia Assistiva (TA)

Ensino e do uso dos recursos de Tecnologia Assistiva (TA), incluindo:

a) Ensino do uso de recursos ópticos e não ópticos: ensino das

funcionalidades dos recursos ópticos e não ópticos e desenvolvimento de

estratégias para a promoção da acessibilidade nas atividades de leitura e escrita.

São exemplos de recursos ópticos: lupas manuais ou de apoio, lentes específicas

bifocais, telescópios, entre outros, que possibilitam a ampliação de imagem. São

exemplos de recursos não ópticos: iluminação, plano inclinado, contraste,

ampliação de caracteres, cadernos de pauta ampliada, caneta de escrita grossa,

lupa eletrônica, recursos de informática, entre outros, que favorecem o

funcionamento visual.

b) O ensino da usabilidade e das funcionalidades da informática acessível:

ensino das funcionalidades e da usabilidade da informática como recurso de

acessibilidade à informação e à comunicação, promovendo a autonomia do

educando. São exemplos desses recursos: leitores de tela e sintetizadores de

voz, ponteiras de cabeça, teclados alternativos, acionadores, softwares para a

acessibilidade.

2.2.8 Atividades de enriquecimento curricular para as altas habilidades ou

superdotação As Estratégias para enriquecimento curricular estão relacionadas com a

organização de práticas pedagógicas exploratórias suplementares ao currículo

comum, que objetivam o aprofundamento e a expansão nas diversas áreas do

conhecimento. Tais estratégias podem ser efetivadas por meio do

desenvolvimento de habilidades; da articulação dos serviços realizados na

escola, na comunidade, nas Instituições de Ensino Superior (IES); da prática da

pesquisa e do desenvolvimento de produtos; da proposição e do desenvolvimento

de projetos de trabalho no âmbito da escola com temáticas diversificadas, como

artes, esporte, ciência e outras.

26

Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado

em qualquer uma das seguintes áreas (combinadas ou isoladas): intelectual,

acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes.

Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que

apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na

comunicação, um repertório de interesses e atividades restritos, estereotipados e

repetitivos. Inclui-se nesse grupo alunos com autismo, síndrome do espectro do

autismo e psicose infantil.

O documento do MEC, que trata da Política Nacional de Educação

Especial na perspectiva da educação inclusiva, também ressalta que a Educação

Especial atuará de forma articulada com o ensino comum, orientando para o

atendimento às necessidades educacionais dos alunos com transtornos

funcionais específicos (dislexia, dislalia, disgrafia, disortografia, hiperatividade,

dentre outros).

Sendo assim, a Secretaria Municipal de Educação, dentro de uma política

educacional inclusiva e acompanhando as orientações do Ministério da

Educação, define como público-alvo da Educação Especial os alunos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, seguindo a mesma perspectiva de garantir o acesso

com participação e aprendizagem no ensino comum:

x oferta do atendimento educacional especializado;

x continuidade de estudos e acesso aos níveis mais elevados de

ensino;

x promoção da acessibilidade universal;

x formação continuada de professores para Atendimento Educacional

Especializado;

x formação dos profissionais da educação e da comunidade escolar;

x transversalidade da modalidade de ensino especial em toda a

educação básica;

x estudos, pesquisas e seleção de assuntos didáticos e pedagógicos,

oferecendo suportes específicos à ação dos supervisores escolares e

orientadores educacionais;

x articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

27

O dever da Secretaria Municipal de Educação com a educação escolar dos

alunos público-alvo da Educação Especial será efetuado mediante a oferta de:

x Escolas regulares com atendimento à Educação Infantil e Ensino

Fundamental;

x Atendimento Educacional Especializado gratuito em salas de

recursos multifuncionais aos educandos com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

x Parcerias com Organizações da Sociedade Civil (OSC) para

atendimento dos educandos que não puderem ser beneficiados pela

inclusão em classes comuns do ensino regular.

28

3

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: O ATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO

Além da equipe técnica interna da Secretaria, deve-se manter ainda o serviço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), direcionado especificamente para o público-alvo da Educação Especial, lotados nas unidades escolares e coordenados pela equipe pedagógica da Secretaria e/ou Departamento.

Sabendo que uma das inquietações dos professores que trabalham com

alunos com deficiência incluídos em classes regulares diz respeito à dinâmica do

cotidiano na sala de aula, pois ainda é um desafio atender aos alunos que

apresentam peculiaridades e dificuldades acentuadas no processo de

aprendizagem, as escolas municipais deverão atender às seguintes orientações:

x Ao formar as turmas, no início de cada ano letivo, a direção e equipe

técnico-pedagógica da escola devem distribuir os alunos público-alvo da

Educação Especial pelas várias classes, conforme ano de escolaridade em que

deverá frequentar;

x Na organização das turmas o número de alunos deverá ser reduzido em

caso de Atendimento Educacional Especializado a alunos público-alvo da

Educação Especial que apresentem necessidades acentuadas em seu

acompanhamento pedagógico e nas atividades da vida diária. Para tal, deverá

ser realizada uma avaliação pedagógica pela direção e equipe técnico-

pedagógica da escola;

x Caso a matrícula do aluno com necessidades educacionais especiais seja

correspondente à última vaga da turma, não haverá redução de alunos, salvo

quando houver transferência, remanejamento ou evasão, não sendo permitida a

substituição dessas vagas;

29

x Na matrícula, o responsável pelo aluno deverá apresentar, junto aos

documentos necessários, laudo médico que ateste a deficiência, a fim de que

seja considerado público-alvo da Educação Especial;

x Cada classe regular deverá atender, conforme a proporção de pessoas

com deficiência da população, que é de 8 a 10% de aluno público-alvo da

Educação Especial por sala;

x Nas salas de aula onde houver aluno público-alvo da Educação Especial

que necessite de acompanhamento de um auxiliar de classe, será realizada uma

avaliação multiprofissional pela equipe da Secretaria e/ou Departamento

Municipal de Educação e da Escola, a fim de confirmar a necessidade de

encaminhamento desse profissional e solicitá-lo ao Departamento de Recursos

Humanos da Prefeitura.

3.1 Atribuições das Secretarias Municipais de Educação para o atendimento à educação especial

x Proporcionar, gradativamente, a eliminação, redução ou superação de

barreiras na promoção da acessibilidade nas escolas municipais, de acordo com

o Manual de Acessibilidade Espacial para Escolas/MEC;

x Adquirir recursos materiais que visem proporcionar mobilidade,

independência e bem-estar para os alunos que apresentam algum tipo de

deficiência ou transtorno global do desenvolvimento, nas escolas regulares e nas

salas de recursos;

x Conceder ajudas técnicas nas escolas municipais que permitam

compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais do

aluno com deficiência, com o objetivo de permitir-lhe superar as barreiras da

comunicação e da mobilidade e de possibilitar sua plena inclusão social;

x Definir, com as demais Secretarias Municipais, as estratégias específicas

de cooperação entre as mesmas para gestão do cuidado dos alunos

identificados;

x Encaminhar para as Secretarias Municipais de Saúde, de Assistência

Social, de Esporte e Lazer e de Cultura a demanda de alunos com deficiência,

com transtornos funcionais específicos e com dificuldades acentuadas de

aprendizagem identificada pelas escolas, para serem atendidos por programas

específicos de cada secretaria quando necessário;

30

x Construir, reformar ou ampliar, gradativamente, as escolas ou efetuar a

mudança de destinação para esses tipos de edificação, de modo que sejam ou

se tornem acessíveis ao aluno com deficiência;

x Manter contato permanente com o MEC a fim de viabilizar recursos

financeiros e materiais específicos de acordo com a demanda da Rede Municipal

de Ensino;

x Realizar levantamentos e triagem dos alunos público-alvo da Educação

Especial e dos alunos com transtornos funcionais específicos e com dificuldades

acentuadas de aprendizagem, encaminhando-os para o atendimento educacional

nas salas de recursos multifuncionais ou nos Centros de Atendimento

Especializado, além dos serviços prestados através das parcerias estabelecidas;

x Realizar avaliação específica dos alunos para indicar a necessidade de

auxiliar de classe, efetivando seu encaminhamento às UEs;

x Firmar parcerias, com instituições e profissionais especializados em

Educação Especial, visando oferecer cursos de capacitação para os profissionais

que atuam nas unidades escolares;

x Viabilizar capacitação permanente aos professores que atuam no

Atendimento Educacional Especializado;

x Articular-se com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,

Diversidade e Inclusão (MEC), a fim de viabilizar propostas específicas de

atendimento à Educação Especial na Rede Municipal de Ensino;

x Prestar orientações específicas à equipe técnico-pedagógica das UEs

quanto aos recursos, estratégias pedagógicas e adaptações curriculares;

x Coordenar e acompanhar, o processo pedagógico oferecido nas salas de

Atendimento Educacional Especializado, no Centro de Atendimento Pedagógico,

no serviço itinerante e no atendimento domiciliar.

3.2 Atribuições do professor da sala de aula regular

x Observar os alunos, percebendo suas dificuldades, potencialidades, e trabalhar estratégias pedagógicas que visam, ao máximo, o desenvolvimento do aluno;

31

x Planejar e executar suas aulas, estabelecendo estratégias e/ou recursos adaptativos e avaliações específicas, a fim de garantir atendimento pedagógico às necessidades educacionais dos alunos público-alvo da Educação Especial;

x Organizar as aulas de forma que, quando necessário, seja possível dedicar um tempo específico para atender às necessidades específicas do aluno com deficiência;

x Utilizar metodologias diferenciadas de ensino e de avaliação, respeitando as limitações de cada educando, buscando formas cooperativas e colaborativas que propiciem a interação do conjunto de alunos;

x Possibilitar que o aluno encontre na escola um ambiente agradável, sem discriminação e capaz de proporcionar um aprendizado efetivo, tanto do ponto de vista educativo quanto do social;

x Incentivar a solidariedade entre os alunos;

x Avaliar, permanentemente, a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados na sala de aula comum e nos demais ambientes da escola;

x Produzir materiais didáticos e pedagógicos acessíveis, considerando as necessidades educacionais específicas dos alunos, a partir da proposta pedagógica da unidade escolar e das flexibilizações curriculares planejadas;

x Estabelecer a articulação com o professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da sala de recursos multifuncionais, equipe técnica e demais profissionais da escola, visando à disponibilização dos serviços e recursos e ao desenvolvimento de atividades para a participação e aprendizagem dos alunos nas atividades escolares;

x Posicionar os alunos com necessidades educacionais especiais nas primeiras carteiras da sala de aula e estar sempre atento a eles;

x Promover a autonomia e participação dos alunos nas atividades do dia a dia;

x Dar continuidade aos seus estudos, aprofundando o desenvolvimento profissional, visando estar sempre preparado para criar novas formas de estruturar o processo de ensino-aprendizagem direcionado às necessidades dos alunos;

x Participar de cursos, seminários, palestras e outras atividades promovidas pela escola, Secretaria Municipal de Educação ou outras entidades visando ao aprimoramento do seu trabalho.

32

3.3 Atribuições do professor da sala de recursos multifuncional

x Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial;

x Elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;

x Organizar o tipo e o número de atendimento aos alunos na sala de recursos multifuncionais;

x Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;

x Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;

x Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;

x Ensinar e usar a tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;

x Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,

visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de

acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas

atividades escolares (Resolução CNE/CEB Nº 04/2009).

33

BIBLIOGRAFIA

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_____. Resolução SE nº 68/2017. Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/

ItemLise/arquivos/68_17.HTM. Acesso em: 19 fev. 2019.

36

ANEXOS

37

ANEXO 1

Atendimento Educacional Especializado

Orientações para Avaliação Diagnóstica

Escola:

Endereço: Telefones:

Trio gestor:

E-mail: Blog:

A avaliação diagnóstica do Atendimento Educacional Especializado é um

processo de coleta de dados com os propósitos de identificar os aspectos que

podem potencializar o desenvolvimento e a aprendizagem do educando e de

conhecer as barreiras que dificultam a aprendizagem dos alunos com deficiência

ou hipótese de deficiência, transtorno global do desenvolvimento (TGD) e altas

habilidades/superdotação que estão matriculados na rede regular e não

frequentam a sala multifuncional. Este primeiro momento tem a finalidade de apurar a necessidade ou não do atendimento. Constatada a necessidade

desse atendimento, esta norteará a elaboração do plano de intervenção

pedagógica do AEE, que poderá ser modificado ao longo do ano letivo.

A coleta de informações sobre os aspectos que envolvem o processo de ensino-

aprendizagem do aluno também acontecerá de forma contínua durante o ano.

Funções a serem avaliadas:

- Comunicação e linguagem: linguagem oral, linguagem escrita e processos de

comunicação;

- Socioafetivo-emocional: social, afetivo e emocional (aspectos

comportamentais);

- Cognitivo: espaço-tempo, simbólico, planejamento-atenção-concentração-

memorização, raciocínio lógico e sensorial;

- Motor: percepção auditiva, percepção visual, percepção espacial, esquema

corporal e coordenação grafomanual.

38

SUGESTÃO DE CRONOGRAMA PARA USO DAS FICHAS

1 Identificação / Desempenho Pedagógico (professores sala regular/

coordenador)

1.1 Caracterização Inicial do Aluno (psicopedagogo/professor AEE)

1.2 Sondagem de Especialista (Professor do AEE encaminha para professor

da sala regular responder)

2. Sondagem com a família (coordenador pedagógico)

3. Questionário com o aluno (Psicólogo, psicopedagogo, coordenador

pedagógico)

4. Parecer do professor AEE

5. Encaminhamento à rede Saúde / Assistência Social

(Departamento/Secretaria de Educação)

6. Devolutiva da rede Saúde / Assistência Social quanto ao atendimento

39

ANEXO 2

OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO PEDAGÓGICO

1. IDENTIFICAÇÃO

Nome do Aluno: Responsáveis: Telefone: Endereço: Professor da Sala Regular: Professor da Educação e Tecnologia: Professor de Artes: Professor de Inglês: Professor de Educação Física: Ano Escolar: Período: Matutino ( ) Intermediário ( ) Vespertino ( ) Mais Educação: Sim ( ) Não ( ) Modalidade(s): Instrutor (es) do Mais Educação:

1° Encontro: Sondagem – Data _____/_____/_____ 2° e 3° Encontros: Observações no grupo – Datas: _____/_____/_____ - _____/_____/_____ 4° e 5° Encontros: Avaliação individualizada – Datas: ____/____/____ - _____/_____/_____ 6° Encontro: Devolutiva – Data: _____/_____/_____

OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO PEDAGÓGICO

Legenda: S – Sim / O – Oscilante / N – Não / NA – Não Avaliado (Em caso de realizar com auxílio, acrescentar CA)

COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM Linguagem Oral Legen

da Observações

Fala dentro de contexto Expressa-se com clareza Relata seu cotidiano Consegue reproduzir informações a terceiros (dar recado)

Reconta contos, histórias, fatos com suas palavras, em três tempos (passado – presente – futuro)

Nomeia-se Nomeia o outro Compreende metáforas Apresenta estruturas organizadas da linguagem

Apresenta vocabulário amplo ou funcional

40

LINGUAGEM ESCRITA Legenda Observações Reconhece letras do alfabeto Nomeia letras do alfabeto Reconhece escrita do nome Escreve o nome Utiliza letra bastão Utiliza letra cursiva Constrói hipóteses de escrita (que fase?) Realiza pseudoleitura Lê Compreende o que leu Compreende função social da escrita (representação da fala)

Faz cópia (com ou sem domínio do processo de leitura?)

Compõe frases escritas com sentido Segmenta convencionalmente as palavras Apresenta erros ortográficos

Processos de Comunicação

Compreende ordens simples Compreende ordens complexas Executa uma sequência de ordens não relacionadas

Constrói alternativas de comunicação diante da não utilização da linguagem oral (emissão de sons contextualizados, apontar etc.)

SOCIOAFETIVO-EMOCIONAL

Social Independência nas atividades diárias (escovação de dentes, pentear cabelo, vestir-se, alimentar-se, utilização de sanitário...)

Tem rotina estabelecida Estabelece contato visual Interage com colegas (nas atividades, no intervalo...)

Interage com professor Interage com demais funcionários da U.E. Identifica e faz uso adequado das saudações, despedidas e agradecimentos

Afetivo Coloca-se no lugar do outro Estabelece vínculos afetivos

41

Legenda Observações Emocional Lida com tranquilidade diante de situações adversas

Lida bem com a quebra de uma rotina Demonstra suas emoções Percebe as emoções do outro

COGNITIVO

Espaço – Tempo Dia – Noite Associa um material ou ato ao dia ou à noite

Ontem – Hoje – Amanhã Dias da Semana Reconhece espaços escolares Nomeia espaços escolares Identifica meses do ano Noções espaciais (em cima, embaixo, dentro, fora, ao lado, perto, longe, frente, atrás)

Pinta dentro do limite (compreensão) Conhece as estações do ano Percepção de relações espaciais (profundidade, orientação e movimento)

Associa corretamente horas e acontecimentos

Simbólico Identifica cores Nomeia cores Identifica formas geométricas Nomeia formas geométricas Conservação de objeto Noção de igual/diferente Realiza jogo simbólico (brinca de faz-de-conta)

Dá função aos objetos Faz pareamento (cores, objetos...) Desenha figura humana Desenha com significado (fase?) Nomeia suas produções Planejamento / Atenção / Concentração / Memorização Memoriza sequência Compreende regras de um jogo Joga respeitando as regras Planeja jogadas

42

Legenda Observações Faz encaixes simples (cognitivo) Monta quebra-cabeça (Obs. Quantas peças?)

Memoriza organização do espaço Raciocínio Lógico Quantifica Tem sequência numérica Noção de muito e pouco Diferencia números de letras Identifica números Nomeia números Separa objetos por categoria Faz pareamento Faz associação de objetos (Ex: pé-sapato) Junta 2 partes para formar um todo (Ex: cabeça-corpo)

Compreende sequência lógica Realiza cálculo mental Resolve operações matemáticas simples (de que maneira?)

Resolve operações matemáticas complexas (de que maneira?)

Tem conservação de objeto Resolve e justifica problemas Tem noção de dobro Tem noção de metade Tem noção de dúzia Reconhece valores monetários por meio de atividades práticas

Lê quantias em dinheiro Sensorial Manipula diferentes texturas (Ex: tinta, cola, lixa, papéis diversos, grãos...)

Compreende texturas (Ex: liso/áspero; duro/mole...)

Saboreia diferentes texturas de alimentos Diferencia sabores (Ex: doce/salgado) Explora diferentes materiais Identifica objetos pelo tato Acompanha ritmo Aceita diferentes tonalidades de sons

MOTOR

Percepção Auditiva Percebe e discrimina a existência de sons em si, no outro e no entorno

43

Percepção Auditiva (Continuação) Legenda Observações Diferencia sons Percebe alteração de tonalidades de som Reproduz canções Percepção rítmica Percepção Visual Distingue semelhanças e diferenças em objetos, desenho...

Percebe a ausência de um objeto Percebe a existência de um novo objeto Percepção de formas Percebe o que falta numa figura incompleta Capta detalhes em gravura Percepção de cores Percepção de intensidade luminosa Percepção Espacial Percebe e localiza-se em diferentes espaços

Localiza objetos num determinado espaço Percebe posicionamento, espessura, tamanho e direção

Organiza-se dentro do espaço escolar Esquema Corporal Aponta partes do corpo (em si e no outro) Nomeia partes do corpo (em si e no outro) Acrescenta partes do corpo em desenho incompleto

Realiza desenho da figura humana Tem noção de lateralidade Dança (sentada ou em pé), fazendo movimentos amplos

Dança com interpretação (música rápida ou lenta)

Anda sozinho Estende braços para objeto Rola Rasteja Engatinha Equilibra-se Coordenação Grafo-Manual Faz encaixes simples (quadro motor) Atira ou agarra uma bola Segura sozinho um objeto

44

Coordenação Grafomanual (continuação) Legenda Observações Passa objetos de uma mão para outra Faz rosca Segura lápis Faz espontaneamente riscos sobre um papel

Copia traço vertical / horizontal Realiza traçado de círculo, quadrado, retângulo e triângulo

Copia uma cruz Copia um círculo Passa cola Realiza colagem Pinta com o dedo Pinta com pincel Pinta em papel (solto ou preso) Pinta dentro do limite (quadro motor) Dobra Alinhava Molda massinha Realiza dobradura simples Pega objetos com o polegar e o indicador – movimento de pinça

Recorta com a tesoura

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO PEDAGÓGICO–DEVOLUTIVA

Município, _____ de _________ de ______

45

_______________________________ ______________________________ Ass. do professor do AEE Ass. do professor da Regular ______________________________ _______________________________ Ass. do Coordenador Pedagógico Ass. do Responsável _____________________________ ______________________________ Ass. do professor de Artes Ass. do professor de Educação Física _____________________________ _____________________________ Ass. do professor de Inglês Ass. do professor de Ed. e Tec.

___________________________________________ CARIMBO DA UNIDADE ESCOLAR

46

ANEXO 3

1.1 CARACTERIZAÇÃO INICIAL DO ALUNO

1 INFORMAÇÕES GERAIS NOME COMPLETO DO ALUNO:

NÚMERO DE MATRÍCULA: DATA DE NASCIMENTO

(DD/MM/AAAA):

ESCOLA DE ORIGEM:

ESTÁGIO/ANO: TURMA: HORÁRIO (HH:MM-HH:MM):

PROFESSOR DE SALA COMUM:

COORDENADOR PEDAGÓGICO:

TELEFONE(S) DA ESCOLA DE ORIGEM:

2 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO DESCREVER O NÍVEL DE: LINGUAGEM EXPRESSIVA E INTERPRETATIVA; LEITURA E ESCRITA DA LÍNGUA PORTUGUESA (DAS HIPÓTESES PSICOGENÉTICAS À PRODUÇÃO DE TEXTO E LETRAMENTOS); LIBRAS; COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA (CSA); INGLÊS; ARTE... DESCREVA O USO DE OUTRAS LINGUAGENS OU MODOS DE EXPRESSÃO, TAIS COMO: MOVIMENTOS; DESENHOS; PINTURAS; MONTAGENS; ESCULTURAS; TEATROS; COLAGENS; DRAMATIZAÇÕES E MÚSICAS. 3 NÍVEL DE CONHECIMENTO DE SI E DO OUTRO DESCREVER A ATUAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO COM RELAÇÃO AOS SEGUINTES ASPECTOS: - ORGANIZAÇÃO DOS MATERIAIS, DO TEMPO E ESPAÇO, COLETA E USO DAS INFORMAÇÕES:

47

- PARTICIPAÇÃO NAS - ATIVIDADES INDIVIDUAIS E COOPERATIVAS:

- DEMONSTRAÇÃO DE INTERESSES E AUTONOMIA:

- REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES, COM E SEM AUXÍLIO DE UM COLEGA OU DO PROFESSOR:

4 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DESCREVER A ATUAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO COM RELAÇÃO AOS SEGUINTES ASPECTOS: - NÍVEL DE PERCEPÇÃO E RECONHECIMENTO DE NECESSIDADES, SENTIMENTOS:

- ORGANIZAÇÃO DOS DADOS DE UMA SITUAÇÃO-PROBLEMA (DENTRO DO RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO E EM SITUAÇÕES COTIDIANAS):

- IDENTIFICAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E/OU FORMULAÇÃO DO PROBLEMA:

- LEVANTAMENTO E EXPERIMENTAÇÃO DE TENTATIVAS, HIPÓTESES E POSSIBILIDADES DE SOLUÇÕES EM SITUAÇÕES INDIVIDUAIS E COOPERATIVAS:

5 SOCIALIZAÇÃO

DESCREVER A ATUAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO COM RELAÇÃO AOS SEGUINTES ASPECTOS: - PERCEPÇÃO DE SI EM RELAÇÃO AO OUTRO: NECESSIDADES, SENTIMENTOS E QUESTIONAMENTOS:

- PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM COMO AGRUPAMENTOS,

48

ATIVIDADES COM BRINQUEDOS, BRINCADEIRAS E GRUPOS DE TRABALHO, EM SITUAÇÕES INDIVIDUAIS E COOPERATIVAS: 6 ATIVIDADES EXECUTADAS NA CARACTERIZAÇÃO E PRÉ-PLANEJAMENTO REGISTRE AS PRINCIPAIS ATIVIDADES REALIZADAS PARA CARACTERIZAÇÃO DO ALUNO(A): DESCREVA AS SUAS INDICAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO ANUAL:

___________________________ ____________________________ Ass. do Coordenador Pedagógico Ass. do professor da Regular

49

ANEXO 4

1.2 SONDAGEM PARA ESPECIALISTAS

ESCOLA:

ENDEREÇO: TELEFONES:

TRIO GESTOR:

E-MAIL: BLOG:

PÚBLICO-ALVO DO AEE SEGUNDO MEC: Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem ter obstruída sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade; Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação e/ou estereotipias motoras. Fazem parte dessa definição alunos com autismo infantil, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância; Alunos com altas habilidades ou superdotação: aqueles que apresentam potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

Nome do aluno:

Responsáveis:

Telefone:

Endereço:

Professor da Sala Regular:

Professor de Educação e Tecnologia:

Professor de Artes:

Professor de Inglês:

Professor de Educação Física:

Ano Escolar: Período: ( ) Matutino ( ) Intermediário ( ) Vespertino

Mais Educação: ( ) SIM ( ) NÃO Modalidade(s):

Instrutor(es) do Mais Educação:

50

1. O aluno é frequente? Foi avaliado em sua aula ou projeto? De que maneira?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Quais suas habilidades/potencialidades? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Quais suas dificuldades? _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Como ele se comporta em sua aula ou projeto? Ele tem amigos preferidos?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Quais atividades são oferecidas a este aluno? São necessárias adaptações?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

51

6. Informações que você julga necessárias, que contemple o processo de avaliação de seu aluno:

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________ Assinatura do Professor

__________________________________________ Assinatura do Coordenador Pedagógico

________________________________ Assinatura do Professor do AEE

CARIMBO DA UNIDADE ESCOLAR

Recebido em: _______/_______/_______

52

ANEXO 5

2. SONDAGEM COM A FAMÍLIA

INSTRUÇÕES Esta ficha deverá ser preenchida pelo professor da sala regular e/ou coordenador pedagógico durante a realização de entrevista com os pais ou responsáveis do aluno. Por meio dela serão recolhidas informações sobre o cotidiano do aluno fora do ambiente escolar para a análise do processo de ensino e aprendizagem, que auxiliarão no diagnóstico.

1 INFORMAÇÕES SOBRE O ALUNO NOME COMPLETO DO ALUNO:

DATA DE NASCIMENTO (DD/MM/AAAA):

ESCOLA DE ORIGEM:

NOME DO PAI:

NOME DA MÃE:

ENDEREÇO: TELEFONE FIXO: TELEFONE

CELULAR:

2 SONDAGEM COM A FAMÍLIA RELATO ESPONTÂNEO DA FAMÍLIA SOBRE O ALUNO (CONCEPÇÃO ACERCA DO ALUNO, DA DEFICIÊNCIA, PERCEPÇÃO DE COMO A CRIANÇA ESTÁ INSERIDA NA FAMÍLIA). POTENCIALIDADES/HABILIDADES (DESENVOLTURA NOS ASPECTOS, O QUE FAZ, SABE, APRENDE).

53

DIFICULDADES (O QUE NÃO FAZ, NÃO SABE, NÃO APRENDE). NECESSIDADES (O QUE PRECISA). MOTIVAÇÕES (O QUE INCENTIVA, DESPERTA INTERESSE, DO QUE GOSTA). AUTOESTIMA (VALORIZAÇÃO PESSOAL). RELACIONAMENTO SOCIAL (PAIS/IRMÃOS/FAMILIARES/AMIGOS/VIZINHANÇA/ESTRANHOS). BRINCADEIRAS/LAZER (QUAIS, COMO, SE TEM LAZER). HÁBITOS (AUTONOMIA, MANIAS). COMPORTAMENTOS (COMO A CRIANÇA É).

54

VIDA ESCOLAR (HISTÓRICO). EXPECTATIVAS 3 HISTÓRICO DO ALUNO O ALUNO ESTÁ MATRICULADO EM ALGUMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE?

HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL?

POSSUI CONVÊNIO MÉDICO? HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL?

ANTERIORMENTE FREQUENTOU ESCOLA? HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL?

4 ANTECEDENTES GESTACIONAIS E NEONATAIS HAVIA DOENÇA PREEXISTENTE DA MÃE ANTES DA GRAVIDEZ?

HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL(IS)?

FEZ PRÉ-NATAL? HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL?

DURANTE A GRAVIDEZ ADQUIRIU ALGUMA DOENÇA? HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL(IS)?

USOU MEDICAMENTO(S)? HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL(IS)? LOCAL ONDE NASCEU A CRIANÇA?

AO NASCER: CHOROU LOGO DEMOROU PARA CHORAR

PESO: ALTURA:

HOUVE “PROBLEMAS” NA HORA DO NASCIMENTO? HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL(IS)?

55

QUANDO A MÃE RECEBEU ALTA DA MATERNIDADE, O RN TAMBÉM RECEBEU??

HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

POR QUÊ?

O RN FICOU EM: BERÇÁRIO ALOJAMENTO CONJUNTO

ENFERMARIA COMUM

UTI PEDIÁTRICA NASCEU EM CASA REALIZOU O TESTE DO “PEZINHO”? SIM NÃO

A CRIANÇA POSSUI ALGUMA DOENÇA GENÉTICA, SEQUELA DE DOENÇA, TRAUMA OU OUTRA DOENÇA ESPECÍFICA?

HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

QUAL(IS)? FEZ ACOMPANHAMENTO? SIM NÃO

ONDE? A MÃE AMAMENTOU?

SIM NÃO DURANTE QUANTO TEMPO?

5 DESENVOLVIMENTO SORRIU AOS: SUSTENTOU A CABEÇA

AOS:

SENTOU-SE AOS: ENGATINHOU AOS:

ANDOU AOS: FALOU AOS:

USA CHUPETA? SIM NÃO USOU ATÉ OS:

USA MAMADEIRA?

SIM NÃO USOU ATÉ OS:

ALIMENTA-SE SOZINHO?

SIM NÃO A PARTIR DE:

TOMA BANHO SOZINHO?

SIM NÃO A PARTIR DE:

VESTE-SE SOZINHO?

SIM NÃO A PARTIR DE:

SONO: AGITADO TRANQUILO FALA DORMINDO SONAMBULISMO

6 IMUNIZAÇÃO

COMPLETA INCOMPLETA VACINAS

ESPECIAIS: SIM

NÃO QUAIS?

7 DISTÚRBIOS VISÃO: QUAIS?

AUDIÇÃO: QUAIS?

FALA (LINGUAGEM): QUAIS?

56

MOTOR: QUAIS?

NEUROLÓGICO: QUAIS?

PSICOLÓGICO: QUAIS?

ENDOCRINOLÓGICO: QUAIS?

SINDRÓMICO: QUAIS?

APRENDIZAGEM: QUAIS?

OUTROS: QUAIS? FAZ USO DE MEDICAMENTO(S)

ATUALMENTE? SIM NÃO QUAIS?

8 DOENÇAS PRÓPRIAS DA INFÂNCIA CATAPORA HEPATITE RUBÉOLA CAXUMBA MENINGITE ENCEFALITE PNEUMONIA RINITE OUTRAS QUAIS: 9 HISTÓRICO DO ALUNO

INTERNAÇÕES? SIM NÃO QUANTAS:

POR QUÊ?

CIRURGIA(S)? SIM NÃO QUANTAS:

POR QUÊ?

FRATURA(S)? SIM NÃO QUANTAS:

ONDE E MOTIVO? POSSUI ALERGIA A ALGUM TIPO DE MEDICAMENTO(S) OU SUBSTÂNCIA(S)?

SIM NÃO

QUAL(IS)?

USA ÓCULOS? SIM NÃO USA PRÓTESE AUDITIVA?

SIM NÃO

10 HISTÓRICO ATUAL DO ALUNO NEUROLÓGICO: QUAIS?

OFTALMOLÓGICO: QUAIS?

ORTOPÉDICO: QUAIS?

PSIQUIÁTRICO: QUAIS?

ODONTOLÓGICO: QUAIS? FONOAUDIOLÓGIC

O: QUAIS?

FISIOTERÁPICO: QUAIS?

OUTROS: QUAIS?

57

11 OBSERVAÇÕES E CONDUTAS

Município, _____ de ______________ de ______

__________________ _____________________ __________________________

Professor Psicólogo Entrevistado Coordenador Pedagógico

58

ANEXO 6

3. QUESTIONÁRIO COM O ALUNO

INSTRUÇÕES Esta ficha deverá ser preenchida pelo psicólogo, psicopedagogo, coordenador

pedagógico após a entrevista com a família. Por meio dela busca-se o conhecimento da vida cotidiano do aluno para a realização do diagnóstico do problema apresentado. Esta ficha deverá ser anexada na pasta de documentos do aluno.

1 INFORMAÇÕES SOBRE O ALUNO NOME COMPLETO DO ALUNO: DATA DE NASCIMENTO (DD/MM/AAAA):

ESCOLA DE ORIGEM:

NOME DO PAI:

NOME DA MÃE:

ENDEREÇO: TELEFONE FIXO: TELEFONE

CELULAR:

2 SONDAGEM COM O ALUNO

1. QUAL SEU NOME?

2. QUANTOS ANOS VOCÊ TEM?

3. QUANDO É SEU ANIVERSÁRIO?

4. COM QUEM VOCÊ MORA?

5. TEM IRMÃOS/IRMÃS? SE A RESPOSTA É SIM, QUAL É O NOME E A IDADES DELES?

7. QUAL É O SEU LIVRO PREFERIDO? 8. O QUE VOCÊ MAIS GOSTA DE COMER?

59

9. QUAL SUA MÚSICA PREFERIDA?

10. QUAL SEU ARTISTA PREFERIDO?

11. QUAL SEU BRINQUEDO FAVORITO?

12. QUAL SUA BRINCADEIRA FAVORITA?

13. QUAL SUA COR FAVORITA?

14. O QUE GOSTA DE FAZER NO TEMPO LIVRE?

15. O QUE VOCÊ NÃO GOSTA DE FAZER?

16. QUAL SEU AMIGO PREFERIDO?

17. O QUE VOCÊ GOSTA NA ESCOLA?

18. O QUE VOCÊ NÃO GOSTA NA ESCOLA?

19. O QUE JÁ APRENDEU NA ESCOLA?

20. O QUE GOSTARIA DE APRENDER?

21. O QUE VOCÊ SABE MUITO BEM?

22. O QUE VOCÊ ACHA QUE PODE MELHORAR EM VOCÊ?

23. QUAL É SEU SONHO? 24. O QUE ESPERA DO FUTURO? 25. O QUE VOCÊ QUER SER QUANDO CRESCER? 26. VOCÊ GOSTARIA DE CONTAR MAIS ALGUMA COISA SOBRE VOCÊ? O QUÊ?

60

27. FAÇA UM DESENHO:

Município, _____ de ______ de ______

__________________ __________________ ____________________ Psicólogo Entrevistado Coordenador Pedagógico Psicopedagogo

61

ANEXO 8

4. PARECER DO PROFESSOR DO AEE

INSTRUÇÕES � Esta ficha deverá ser preenchida pelo professor do AEE após a finalização do

processo de avaliação do encaminhamento para o Atendimento Educacional Especializado. Por meio dela, a escola de origem será comunicada formalmente sobre a conclusão desse processo, podendo então dar os encaminhamentos necessários.

� Após preenchida, esta ficha deverá ser enviada para o professor solicitante e seu respectivo coordenador pedagógico.

� Na ausência do professor de AEE, a ficha deverá ser preenchida pelo próprio professor solicitante.

1 INFORMAÇÕES SOBRE O ALUNO NOME COMPLETO DO ALUNO: DATA DE NASCIMENTO (DD/MM/AAAA):

ESCOLA DE ORIGEM:

ANO: TURMA: HORÁRIO (HH:MM-HH-MM) :

2 PARECER SOBRE A NECESSIDADE OU NÃO DO AEE O ALUNO NECESSITA DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO? SIM NÃO

JUSTIFICATIVA DESCREVA OS MOTIVOS QUE O LEVARAM A DAR OU NÃO SEQUÊNCIA A ESTE ENCAMINHAMENTO 3 INFORMAÇÕES SOBRE A CARACTERIZAÇÃO DO ALUNO VOCÊ CONCORDA COM A HIPÓTESE COM A QUAL A ESCOLA DE ORIGEM CARACTERIZOU O ALUNO, DE ACORDO COM O PÚBLICO-ALVO DO AEE?

HÁ DÚVIDAS SIM NÃO

62

JUSTIFIQUE.

SE VOCÊ NÃO CONCORDA, QUAL CARACTERIZAÇÃO VOCÊ JULGA MAIS ADEQUADA? ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA:

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

SURDEZ DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

DEFICIÊNCIA FÍSICA DEFICIÊNCIA VISUAL (CEGUEIRA)

DEFICIÊNCIA VISUAL (VISÃO SUBNORMAL)

SURDOCEGUEIRA DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA (TEA):

AUTISMO INFANTIL

SÍNDROME DE ASPERGER

SÍNDROME DE RETT TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA INFÂNCIA

ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO

OUTROS

NÃO É PÚBLICO-ALVO DO AEE OBSERVAÇÕES ADICIONAIS (SE NECESSÁRIO):

CASO O ALUNO POSSUA DIAGNÓSTICO E/OU LAUDO, VOCÊ TEM ALGUMA OBSERVAÇÃO A FAZER COM RELAÇÃO AO SEU CONTEÚDO?

SIM NÃO

SE SIM, QUAL?

OBS: Em caso de dúvida, entrar em contato com a equipe de assessoria de inclusão.

4 ENCAMINHAMENTOS PARA OS CASOS QUE NÃO TÊM NECESSIDADE DE AEE EM CASO DE O ALUNO NÃO NECESSITAR DE AEE, QUE SUGESTÕES VOCÊ DÁ À ESCOLA DE ORIGEM PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO? QUE SUGESTÕES VOCÊ DÁ PARA QUE A ESCOLA DO ALUNO ORIENTE A FAMÍLIA?

5 OUTRAS ORIENTAÇÕES VOCÊ ACHA QUE O ALUNO NECESSITA DE ALGUM TIPO DE ATENDIMENTO (EXCETO AEE)?

SIM NÃO

63

SE SIM, QUAL?

DATA:____/____/____ NOME: ________________________________________ ASSINATURA:__________________________________

64

ANEXO 8

5. ENCAMINHAMENTO À REDE DE SAÚDE/SOCIOASSISTENCIAL DO MUNICÍPIO

Escola:

Endereço da escola:

Telefones da escola:

Nome do aluno:

Responsáveis:

Telefone:

Endereço:

Professor da Sala Regular:

Ano Escolar: Período: ( ) Matutino ( ) Intermediário ( ) Vespertino

Data _____/_____/_____ Encaminho o (a) aluno (a) para:___________________________________________ ______________________________________________________________________

Motivo do encaminhamento e situação junto a qual é solicitada intervenção.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quais ações já foram desenvolvidas pela escola em relação a esta situação e que efeitos surtiram?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________ ____________________________________ Ass. do Diretor Ass. do Coordenador Pedagógico ___________________________ __________________________________ Ass. do Professor da Regular Ass. do Responsável

CARIMBO ESCOLAR

65

ANEXO 9

6. DEVOLUTIVA DA REDE DE SAÚDE/SOCIOASSISTENCIAL DO MUNICÍPIO

Escola:

Endereço da escola:

Telefones da escola:

Nome do aluno:

Responsáveis:

Telefone:

Endereço:

Professor da Sala Regular:

Ano Escolar: Período: ( ) Matutino ( ) Intermediário ( ) Vespertino

Recebido em: ____/_____/_____ Encaminho para _______________________________________________________

1. Previsão de atendimento: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Retorno do equipamento da rede de saúde/socioassistencial: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________ _______________________________ Responsável pelo Departamento Técnico responsável pelo atendimento

CARIMBO DO SETOR

Recebido pela escola em: ____/____/____ ____________________

Ass. da Unidade Escolar

66

ANEXO 10 TERMO DE AUTORIZAÇÃO DOS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS PARA AVALIAÇÃO

DO ALUNO COM HIPÓTESE DE DEFICIÊNCIA

Considerando que: - a Secretaria de Educação do Município de ...................... se fundamenta no

artigo 6º da Resolução CNE/CEB n. 2/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação básica, onde se lê:

Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de decisões quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com assessoramento técnico, avaliação do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando, para tal, com: I - a experiência de seu corpo docente, seus diretores, coordenadores, orientadores e supervisores educacionais; II - o setor responsável pela educação especial do respectivo sistema; III – a colaboração da família e a cooperação dos serviços de Saúde, Assistência Social, Trabalho, Justiça e Esporte, bem como do Ministério Público, quando necessário;

- a importância do atendimento especializado para o aluno; os procedimentos da saúde para que a família tenha acesso ao laudo médico e que o aluno seja matriculado no sistema GEDAE em caráter provisório com “hipóteses”; - o caráter provisório desta avaliação em equipe, ressaltando que esta hipótese diagnóstica será registrada provisoriamente como: Deficiência, TGD/TEA, AH/SD, e a Secretaria do Município de ........................... fica responsável por tal registro, com anuência do responsável do aluno; - sem a conclusão do diagnóstico, a hipótese diagnóstica será retirada dos registros no período de retificação das matrículas, Eu___________________________________________, AUTORIZO meu filho _____________________________________________a ser avaliado adequadamente pelos profissionais técnicos e especializados. __________ ....... DE ....................... de 20.......

____________________________________ Assinatura do Pai ou Responsável

67

ANEXO 11

TERMO DE REGISTRO DE ALUNO COM HIPÓTESE DE DEFICIÊNCIA/TGD/TEA/AH/SD ( MUNICIPIO COM SISTEMA PRÓPRIO)

A Secretaria de Educação do Município de _____________________, em consonância com o Decreto nº 9711/2011 que dispõe sobre a Educação Especial e o Atendimento Educacional Especializado (AEE), com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com deficiência, TGD/TEA ou Altas Habilidades/Superdotação, matriculados na rede municipal de educação.

Considerando a importância do AEE para o desenvolvimento educacional do aluno; os procedimentos da saúde para que a família tenha acesso ao laudo médico e o aluno seja matriculado no sistema GEDAE/PRODESP (que não aceita a “hipótese” de deficiência), a Secretaria de Educação do Município de __________________ (SED), com base em legislação pertinente, solicita que os supervisores de ensino das U.Es. de referência, juntamente com a equipe interdisciplinar da SED, os professores do AEE, a coordenação pedagógica da U.E., avaliem, em caráter provisório, os alunos com “hipóteses”, possibilitando inseri-los nos sistema municipal e estadual GEDAE/PRODESP.

Tal avaliação fica também respaldada pela Nota Técnica nº 04/2014/MEC/SECADI/DPEE (Orientação quanto a documentos comprobatórios dos alunos público-alvo no Censo Escolar) e artigo 6º da Resolução CNE/CEB n.º 2/2001, que institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, onde se lê:

Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos e a tomada de decisões quanto ao atendimento necessário, a escola deve realizar, com assessoramento técnico, avaliação do aluno no processo de ensino e aprendizagem, contando, para tal, com: I - a experiência de seu corpo docente, seus diretores, coordenadores, orientadores e supervisores educacionais; II - o setor responsável pela educação especial do respectivo sistema; III – a colaboração da família [...] (Grifos nossos)

Especificando o caráter provisório desta avaliação em equipe, vale ressaltar que esta hipótese diagnóstica será registrada provisoriamente como: deficiência, TGD/TEA, AH/SD, e a Secretaria de Educação do Município de _____________________ fica responsável legal por tal registro, com anuência do responsável do aluno. Sem ela, a hipótese diagnóstica será retirada dos registros no período de retificação das matrículas, que ocorrerá no segundo semestre do ano letivo.

68

Considerando que nenhum dos conselhos regionais das categorias técnicas (assistente social, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, pedagogia) nos respalda em emitir laudos diagnósticos, nem hipóteses diagnósticas, quaisquer problemas relacionados à falta de retirada do sistema GEDAE/PRODESP, dentro do prazo especificado acima, será de inteira responsabilidade da Unidade Escolar e da Secretaria de Educação do Município de ___________________. Nome do aluno cadastrado: _________________________________________ Unidade Educacional: ____________________________Data: ____/____/___ Hipótese diagnóstica: ______________________________________________ Assinatura do Professor da AEE: _____________________________________ Assinaturas da Equipe Interdisciplinar: _________________________________ Assinatura do Coordenador Pedagógico:_______________________________ Assinatura do Supervisor de Ensino: __________________________________ Assinatura dos Pais ou Responsável: _________________________________

69

ANEXO 12

PASSO A PASSO DO SIGITEC

1º Passo – Termo de Adesão

O Termo de Adesão está disponível no Portal MEC/SEED no seguinte

endereço: http://sip.proinfo.mec.gov.br/entidade/entidade_cad_adesao_proinfo.

php. Para fazer download, é necessário dispor do CNPJ e e-mail da Prefeitura e

preencher os dados cadastrais da entidade. Este Termo deve ser salvo no

computador e preenchido com os dados do Município e do Prefeito, que deverá

assinar, conforme a identidade ou documento oficial (se for assinatura distinta,

reconhecer a firma no cartório). As cópias dos documentos do Prefeito devem ser

legíveis e autenticadas. Em muitos casos, a documentação do Termo de Adesão,

não é enviada completa. Caso isto aconteça, envie o que falta para o endereço:

Ministério da Educação/SEED; Esplanada dos Ministérios – Bloco L; Edifício

Sede – 1º andar – Sala 119; Brasília – DF; CEP 70047-900.

2º Passo – Cadastro do Gestor

O cadastro do Prefeito é feito no endereço http://sip.proinfo.mec.gov.br/

pessoa/prefeito_cad_index.php. Nesta etapa, é necessário digitar o CNPJ e e-

mail da Prefeitura para preenchimento de dados; é criado o nome de usuário e

senha para que seja possível acessar o 3º passo (seleção de escolas); o nome

de usuário e a senha são criados pela pessoa que preenche o cadastro do

Prefeito; é recomendado que não sejam criados (usuário e senha) muito comuns

como: Proinfo, educação, prefeitura, etc.

Os documentos necessários são:

• Documento de Identidade e CPF;

• Ata de Posse do Prefeito e/ou Diploma expedido pela Justiça Eleitoral;

• Comprovante de Residência no nome do Prefeito.

70

3º Passo – Seleção das Escolas A relação de escolas pré-selecionadas de acordo com o Censo

Escolar/INEP é disponibilizada no SIGETEC para a indicação daquelas que

deverão receber as salas de recursos multifuncionais. A efetivação da indicação

deverá ser realizada da seguinte forma:

1. ACESSE o SIGETEC – Sistema de Gestão Tecnológica por meio do endereço:

http://sip.proinfo.mec.gov.br

2. PREENCHA os campos “USUÁRIO” e “SENHA” com os dados que foram

criados na Segunda Etapa e que foram enviados automaticamente pelo sistema

para seu e-mail.

3. Logo CLIQUE no botão “ENTRAR”.

4. Ao acessar o sistema, selecione no menu as opções: LOGÍSTICA-

>DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS->ENTIDADES ATENDIDAS.

5. Aparecerá a tela abaixo, então, selecione apenas a “DISTRIBIÇÃO” (veja

exemplo na figura). Aparecerá número de salas disponíveis, relacionada ao seu

município.

Selecione no menu: Logística / Distribuição de equipamentos e Ent. Atendidas

71

6. Em seguida, clique no botão “PESQUISAR” (Veja na figura).

7. Na parte inferior da tela, aparecerá a lista de todas as escolas que atendem ao

critério de matrícula (pré-selecionadas), devendo ser indicado apenas a cota de

cada rede de ensino.

8. Agora a SELECIONE a(s) escolas(s) indicadas para receber a sala de recursos

multifuncionais, uma de cada vez, conforme a cota do município. Para isso,

CLIQUE na opção: ATESTADO.

9. Em seguida, aparecerá uma nova tela contendo o compromisso com a

disponibilização de espaço físico e professor para implantação das salas de

recursos multifuncionais. O mesmo deverá ser atestado CLICANDO a opção

“SIM”.

10. Ao final CLIQUE em SALVAR DADOS.

11. Confirmada as opções, o sistema abrirá a tela anterior. Então, CLIQUE à esquerda do nome da escola selecionada e, na sequência, CLIQUE em CONFIRMAR DADOS 12. Em caso de sucesso, aparecerá a palavra SELECIONADA na cor verde à direita da escola.

1º escolha a

distribuição 2ª Clique em pesquisar

Verifique neste campo a cota destinada ao seu

município

72

AN

EXO 13

FLU

XOG

RA

MA

S

73

74

75

76

77

78

79

ANEXO 14

SUGESTÕES DE MATERIAIS EM PDF

80

ANEXO 15

ORIENTAÇÕES PARA AS FICHAS TÉCNICAS

ROTEIRO DAS CATEGORIAS DE OBSERVAÇÃO PARA A CARACTERIZAÇÃO INCIAL DO ALUNO

Este é um roteiro que pode servir como guia para a caracterização dos

alunos. São algumas sugestões para observá-los mais de perto. Não esquecer que as características dos alunos podem, também, ser levantadas no contexto onde elas se expressam: com suas famílias, com os professores que já trabalharam com eles, com o Coordenador Pedagógico que os conhece ou conheceu, com os colegas de sua turma e com os próprios alunos. Para utilizá-lo, não basta a constatação da presença ou ausência dos itens propostos. Sua função é provocar reflexões que possibilitem detalhar as situações nas quais estes se manifestam e evidenciar o que os alunos já desenvolveram em: COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO 9 Se expressar por linguagem verbal/não verbal/ outros códigos e línguas (braile,

libras, CSA, mímica, apontando, desenhando); 9 Aponta objetos de forma imprecisa / sem conexão aparente; 9 Usa gestos claramente identificáveis para comunicar-se; 9 Precisa ser estimulado a falar; 9 Expõe suas ideias sem dificuldades; 9 Simboliza recursos diversificados (desenho, escrita, mímica, dramatização,

histórias, fala); 9 Narra histórias, fatos, situações cotidianas verbalmente, por sinais ou comunicação

alternativa; 9 Pergunta o que deseja saber; 9 Manifesta-se perante o grupo; 9 É compreendido no que deseja comunicar; 9 Apresenta lógica temporal e espacial; 9 Expressa-se relacionando os fatos relatados com os sentimentos gerados por estes

fatos; 9 Apresenta memória imediata (fatos recentes); 9 Apresenta memória a longo-prazo (fatos mais distantes); 9 Reconhece seu nome; 9 Escreve o próprio nome somente com modelo; 9 Escreve o próprio nome sem modelo;

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9 Conhece as letras do alfabeto; 9 Sua escrita é pré-silábica; 9 Sua escrita é silábica/silábico-alfabética; 9 Demonstra estar alfabético nas produções escritas; 9 Escreve textos com coesão e coerência; 9 Lê letras, sílabas, palavras, frases; 9 Lê e compreende textos; 9 Apresenta boa velocidade/ritmo na leitura em voz alta; 9 Apresenta troca de fonemas; 9 Expressa-se mediante desenhos, pinturas, esculturas... (outras linguagens).

Organização para o trabalho e autonomia 9 Características para o desenvolvimento psicomotor; 9 Constrói brincadeiras; 9 Estabelece relação “olhos nos olhos” com outros; 9 Gosta de ouvir histórias; 9 Gosta de contar histórias; 9 Gosta de criar história; 9 Gosta de música; 9 Gosta de atividades corporais/físicas; 9 Demonstra ter noções do esquema corporal; 9 Tem boa preensão do lápis/caneta; 9 Participa das atividades propostas, demonstrando sentir-se desafiado por elas; 9 Demonstra curiosidade pelas atividades propostas e tem preferências por algumas; 9 Demonstra compreender histórias (seu sentido e significado); 9 Demonstra compreender as orientações a ele dirigidas em sala de aula e outras

situações; 9 Demonstra compreender as orientações que envolvem o grupo em sala de aula e

outras situações; 9 Necessita de orientações individuais/dirigidas em sala de aula e outras situações; 9 Necessita ser auxiliado por colegas para realizar tais atividades; 9 Prefere realizar atividades individualmente; 9 Prefere realizar atividades coletivamente; 9 Reconhece e identifica a rotina, regras e horários da escola; 9 Reconhece, identifica e se posiciona em relação às regras e combinados da sala; 9 Conhece e reconhece as diversas funções dos espaços escolares e as utiliza de

forma autônoma.

Resolução de problemas 9 Estabelece relações mentais demonstrando sentido entre as ideias; 9 Compreende o problema proposto; 9 Elabora estratégias para a resolução dos problemas; 9 Compartilha o processo de resolução do problema com os colegas; 9 Resolve os problemas propostos; 9 Realiza comparações; 9 Realiza classificações; 9 Realiza seriações; 9 Reconhece os numerais;

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9 Faz contagens até...; 9 Demonstra ter construído o conceito de número; 9 Resolve operações matemáticas.

Socialização 9 Brinca com os colegas; 9 Tem brincadeiras preferidas; 9 Interage com professores, funcionários e outros adultos; 9 Prefere ficar sozinho/isolado a ficar na companhia de outros colegas; 9 Apresenta instabilidade de humor; 9 Apresenta frequentes acessos de raiva/agressividade; 9 Apresenta atividades sociais do dia a dia como cumprimento, agradecimentos e

outros; 9 Partilha pertences e objetos pessoais; 9 Partilha pertences e objetos coletivos; 9 Envolve-se em brigas/conflitos com os colegas; 9 Expressa sentimentos.

Importante salientar que nenhum instrumento de observação e registro vai funcionar se o olhar do observador não for sensível, reflexivo, interpretativo e solidário, com ausência de julgamento ou pré-conceito. O que se demanda é um olhar que procura formas sempre novas de ver, de perceber semelhanças e diferenças, de exercitar novos ângulos e perspectivas, de estabelecer novas relações. Um olhar que se desequilibra, espanta, surpreende, admira. Tudo muda quando a gente olha assim, disse uma professora.

As discussões sobre o que observar e como dirigir o olhar, trouxe a retomada dos objetivos das unidades escolares, da caracterização da clientela, da operacionalização dos objetivos em tempos mais curtos para a avaliação dos alunos, das atividades fixas e móveis das rotinas das classes e os trabalhos que vêm sendo realizados.

Segue, a seguir, exemplo de como um professor caracterizou seu aluno, (que será chamado de C.), utilizando essa sugestão de registro de caracterização.

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ANEXO 16

EXEMPLO DE REGISTRO DE UM PROFESSOR SOBRE UM ALUNO DE SUA CLASSE

1. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

C. se mostra muito curioso em relação aos portadores de texto. Mesmo sozinho busca explorar o que está escrito em revistas e jornais. Já lê os slogans de Coca-cola, marcas de carros, e tipos de alimentos (Nescau, Danone, Bis, Chokito, etc.). Tem uma boa oralidade, expressa as palavras corretamente, e refaz sua fala tranquilamente, quando corrigido. Na linguagem interpretativa, não apresenta o mesmo desempenho que na narrativa, necessitando de mais intervenções. Na escrita está na hipótese silábico-alfabética, parece gostar de escrever e ler para o outro as suas ideias.

Nas atividades com movimentos, o fato de C. ser uma pessoa com deficiência física, que utiliza cadeira de roda, foi necessário fazer algumas adequações de atividades e recursos para toda a classe. Com lápis engrossado e o papel preso na mesa, se expressa pelo desenho já com figuras definidas. Consegue pintar com os dedos, molhando-os no guache. Ainda não recorta e precisa de muita ajuda na colagem, uma vez que sua mão direita não apresenta movimentos. Participa ativamente e com alegria nas atividades de livre expressão, demonstrando um ritmo corporal exuberante e dando vida às atividades de teatro, música e dança. Gosta muito de música, movimenta-se seguindo com o tronco os ritmos propostos.

2. Organização para o trabalho e autonomia

C. demonstra ter consciência de suas limitações, não buscando o conhecimento do espaço físico da classe e permanecendo sempre no mesmo local.

C. ainda se relaciona com grande número de colegas da classe. Quando chega à escola, se aproxima de alguns e aí permanece, ou então, busca um adulto (funcionário) para conversar.

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C. reconhece e identifica seus materiais escolares pessoais, necessitando, no entanto, de ajuda para usá-los e organizá-los. No início, ele necessitava de muito tempo para realizar as atividades. Atualmente já consegue finalizá-las em menor tempo, buscando auxílio de um colega ou da professora.

Já deu parecer que tem muito interesse por atividades musicais, escolhe CDs para ouvir e dançar. Adora ouvir e contar histórias e passa muito tempo folheando os livros.

Também já é possível perceber que, com relação à autonomia, consegue abrir e fechar sua mochila, pega com mais firmeza os talheres para comer, deixando cair menos comida fora do prato.

3. Resolução de problemas

Como tem consciência de suas limitações motoras, tem demonstrado pouca disponibilidade para participar de algumas atividades como jogar bola, brincar de pega-pega, correr no pátio, etc. Parece ficar triste com isso, uma vez que nessas situações se acentuam suas dificuldades.

Seu raciocínio lógico-matemático lhe permite pensar em hipóteses e procurar soluções para os problemas que são propostos, tanto individuais quanto em grupo. Apresenta domínio das operações mentais, como comparação, classificação e seriações simples, já conta e identifica os numerais até 20/63.

4. Socialização

Nas atividades com brinquedos e brincadeiras que não implicam em domínio motor, o aluno sempre demonstrou querer realizá-las em grupo.

Em algumas situações grupais de trabalho pedagógico, no início do ano, era preciso C. nas equipes, para que explicasse suas ideias e participasse mais efetivamente. Hoje já se autoriza a ocupar espaços em alguns grupos, mostrando-se bastante cooperativo.

5. Registro das principais atividades ou situações de aprendizagem

desenvolvidas para Caracterização do Aluno: 9 Cantar música de acolhimento com os alunos; 9 Envelopes com perguntas; 9 Jogo dos autógrafos; 9 Dança das mãos;

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9 Contar o que fizeram durante as férias e representar por meio de desenho, recorte e colagem;

9 Conhecer o livro “De quem é aquele rabinho” (explorar figuras, capa, conhecer o autor, editora) antes de conhecer a história. Depois, fazer a leitura da história;

9 Interpretar histórias contadas pela professora; 9 Atividades de teatro a partir das histórias contadas pela professora; 9 Atividade de forca com os nomes dos alunos; 9 Resolução de situações-problema do cotidiano e propostas pela professora; 9 Brincadeiras de descobrir o animal ou objeto; 9 Acompanhar o crescimento natural de sementes; 9 Jogos de memória.

Algumas destas atividades encontram-se nas sugestões de atividades exploratórias.

6. Indicações do professor para o planejamento das próximas ações

pedagógicas 9 C. necessita de “gizão” de cera e pincel grande para facilitar suas pinturas.

Necessita também de tesoura adaptada para cortar e, se possível, a sala poder contar com figuras já recortadas para possibilitar suas colagens. 9 Pesquisar livros infantis que tratem da deficiência física, para que sejam lidos para e pela classe, criando espaços para todos falarem do assunto, favorecendo que a deficiência de C. seja tratada naturalmente. Importante que o aluno saiba de suas limitações e busque ajuda dos colegas e do professor. 9 Priorizar nos planejamento atividades de aprendizagem em grupo que envolvam construção de materiais, pinturas, colagens, desenhos, etc. C. precisa assegurar-se da importância nos grupos. 9 Elaborar atividades que possam favorecer C. a dar um salto da hipótese silábica alfabética para a hipótese a alfabética. 9 Elaborar situações de aprendizagem para que C. desenvolva o conceito de número. 9 Uma vez que C. gosta de ler, pedir que ele conte para os colegas o que consegue ler nos portadores de textos presentes na sala de aula. (Fonte: Educação inclusiva: dos muitos quereres e alguns fazeres. OSASCO, 2007)

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ANEXO 17

PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) – PARTE I

PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO 1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: ....................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: .............................................................................. ENDEREÇO: ................................................................................................... BAIRRO: ......................................................................................................... CIDADE: .........................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ............................................................................................... NOME DA MÃE: ............................................................................................. PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ...................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: .................................... NÚMERO DE IRMÃOS: ................................................................................. MORA COM: ..................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: ........................................................................................ ENDEREÇO DA ESCOLA: .............................................................................. ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): ........................... IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: ........................................................ HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: ......... ........................................................................................................................... HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: ..... ........................................................................................................................... MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): ....... ............................................................................................................................

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4- AVALIAÇÃO GERAL

ÂMBITO FAMILIAR

Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno: 1- Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): 2- Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicações, expectativas): 3- Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar:

ÂMBITO ESCOLAR

Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às necessidades educacionais do aluno: 1- Em relação à cultura e à filosofia da escola: 2- Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): 3- Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): 4- Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores, gestores, pais etc.): 5- Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e continuada, motivação pra trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas, estratégias avaliativas, apoio de especialistas etc.):

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5 - AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- CONDIÇÕES DE SAÚDE GERAL Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva: 1- Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual, física ou intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? 1.1- Se sim, qual a data e o resultado do diagnóstico? 1.2- Se não, qual é a situação do aluno quanto ao diagnóstico? 2- Tem outros problemas de saúde? 2.1- Se sim, quais? 3- Faz uso de medicamentos controlados? 3.1- Se sim, quais? 3.2- O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique. 4- Existem recomendações da área da saúde? 4.1- Se sim, quais?

5.2- NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO

Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva: 1- Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s): 2- Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: 3- Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: 4- Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno: 5- Implicações da necessidade educacional especial do aluno para a acessibilidade curricular: 6- Outras informações relevantes:

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5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO

FUNÇÃO COGNITIVA

PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. Observações: ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens, identificação de personagens. Observações: MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. Observações: LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação, como Braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. Observações: RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, compreensão de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. Observações:

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FUNÇÃO MOTORA

DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal, coordenação motora. Observações:

FUNÇÃO PESSOAL/

SOCIAL

ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades): Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento, medos; interação grupal, cooperação, afetividade. Observações:

Responsáveis pela avaliação: ....................................................................... Nome do professor da sala de aula regular: ................................................ Nome do professor da sala de recursos multifuncional: ........................... ...................................................................... Data da avaliação: Com base nas potencialidades e considerando as dificuldades apresentadas pelo aluno, indicar quais são as suas necessidades educacionais especiais que constituem os objetivos do planejamento pedagógico no AEE:

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ANEXO 18

PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) – PARTE II NOME DO ALUNO: ......................................................................................... SÉRIE: .............................. ANO: ................................. DATA DE NASCIMENTO: ............................. PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: ......................... PROFESSOR DO AEE: .................................................................................. PROFESSOR DA CLASSE REGULAR: ........................................................

1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO

ÂMBITOS

Ações necessárias já existentes:

Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas:

Responsáveis:

ESCOLA

SALA DE AULA

FAMÍLIA

SAÚDE

2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO TIPO DE AEE ( ) Sala de Recursos Multifuncionais ( ) Intérprete na sala regular ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

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FREQUÊNCIA SEMANAL ( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncionais ( ) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncionais ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncionais ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncionais ( ) todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO ( ) 50 minutos por atendimento ( ) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO ( ) Atendimento individual ( ) Atendimento grupal ( ) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ( ) Fonoaudiologia ( ) Psicologia ( ) Assistência social ( ) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outros? Quais?

ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE ( ) Orientações ao professor de sala de aula. Quais? ( ) Orientações ao professor de Educação Física. Quais? ( ) Orientações aos colegas de turma. Quais? ( ) Orientações ao diretor da escola. Quais? ( ) Orientações ao coordenador pedagógico. Quais? ( ) Orientações à família do aluno. Quais? ( ) Orientações aos funcionários da escola. Quais? ( ) Outras orientações. Quais?

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3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

Apontar o que será desenvolvido com o aluno, em cada área no AEE: - Área Cognitiva - Área Motora - Área Social

OBJETIVOS

Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área no AEE: - Área Cognitiva - Área Motora - Área Social

ATIVIDADES DIFERENCIADAS

Descrever as atividades que pretende desenvolver com o aluno no AEE: ( ) Comunicação alternativa ( ) Informática acessível ( ) Libras ( ) Adequação de material ( ) Outra? Qual?

METODOLOGIA DE TRABALHO

Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE:

RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE:

AVALIAÇÃO DO PERÍODO (RELATÓRIO FINAL)

No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no desempenho escolar do aluno:

DATA: NOME DO PROFESSOR DO AEE: ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE:

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ANEXO 19

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)

PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: ....................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: .....................................IDADE ATUAL ................ ENDEREÇO: ................................................................................................... BAIRRO: ......................................................................................................... CIDADE: .........................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ............................................................................................... NOME DA MÃE: ............................................................................................. PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ...................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: .................................... NÚMERO DE IRMÃOS: ................................................................................. MORA COM: ..................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: ........................................................................................ ENDEREÇO DA ESCOLA: ............................................................................... ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): ............................ IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: ......................................................... HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: .......... ............................................................................................................................ HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: ...... ............................................................................................................................ MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): ....... ............................................................................................................................

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4- AVALIAÇÃO GERAL 4.1- ÂMBITO FAMILIAR Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno

1. Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): o pai não reside com a família e a mãe e os dois filhos moram em residência alugada em um núcleo habitacional do município; as despesas são pagas com a pensão mensal que os filhos recebem do pai.

2. Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicações s,

expectativas): o relacionamento familiar atual é tranquilo, embora tenham passado por problemas de aceitação do diagnóstico da deficiência do aluno. O pai visita regularmente a família e divide com a mãe o compromisso de levar o filho aos atendimentos especializados. O filho é carinhoso com os pais, mas demonstra agressividade quando é contrariado pelo irmão mais velho.

3. Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar: a mãe é

bastante participativa, frequentando as reuniões escolares, bem como levando o aluno aos atendimentos semanais, na APAE da cidade. Em casa, recebe o auxílio do irmão mais velho, para a realização das tarefas escolares.

4.2- ÂMBITO ESCOLAR Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às necessidades educacionais do aluno. 1- Em relação à cultura e filosofia da escola: a escola tem a cultura da matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais e atualmente conta com uma Sala de Recursos Multifuncional. Além do aluno C.R.G., outros alunos com necessidades educacionais especiais estão matriculados na escola, demonstrando a preocupação da mesma na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais. 2- Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): quanto às adaptações arquitetônicas, a escola reformou banheiros e foram construídas rampas de acesso ao pavimento superior. A classe do aluno C.R.G. tem 34 alunos, sendo cinco alunos com necessidades educacionais especiais na mesma turma. Não há restrições para matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais. A escola mantém um

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calendário de reuniões com as famílias de alunos com necessidades educacionais especiais, visando o esclarecimento da condição de desenvolvimento e aprendizagem. A escola tem a preocupação de investir na formação continuada de seus docentes para capacitação do trabalho com as necessidades educacionais especiais, porém, ainda são poucos os professores com essa formação específica. 3- Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): a escola mantém parceria com a APAE do município, sendo que todos os alunos com necessidades educacionais especiais da escola são encaminhados para atendimentos especializados na instituição, contribuindo para o processo de inclusão escolar dos mesmos. 4- Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores, gestores, pais etc.): exibe simpatia e facilidade em socializar-se com toda a comunidade escolar, embora tenha baixo nível de atenção e concentração, bem como de interesse pelas atividades propostas. Gosta de realizar trabalhos em grupo, porém tem agressividade com os colegas, em situações de disputa. 5- Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e continuada, motivação pra trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas, estratégias avaliativas, apoio de especialistas etc.): a professora do aluno C.R.G. é pedagoga com habilitação em educação especial. Faz cursos esporádicos de atualização em educação especial, porém, relata dificuldades no trabalho em sala de aula em virtude do número elevado de alunos e mais cinco alunos com necessidades educacionais especiais. Em relação ao aluno com Síndrome de Down, refere dificuldade em adequar atividades de leitura, escrita e matemática; a professora da Sala de Recursos Multifuncional oferece apoio para realização das adequações curriculares necessárias, bem como estratégias para avaliação dos alunos com deficiência.

5- AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- CONDIÇÕES DE SAÚDE GERAL Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva: 1. Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual, deficiência física, deficiência intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? Sim, diagnóstico de deficiência intelectual. 1.1. Se sim, qual a data e resultado do diagnóstico? A confirmação do diagnóstico da Síndrome de Down foi feita pela APAE do município quando o aluno tinha seis meses. 1.2. Se não, qual é a situação do aluno, quanto ao diagnóstico? XXX

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2. Tem outros problemas de saúde? Sim. 2.1. Se sim, quais? Apresenta problemas visuais (miopia e estrabismo), fazendo uso de óculos desde os três anos de idade para correção do problema. Apresenta problemas respiratórios crônicos, como resfriados e pneumonia frequentes. 3. Faz uso de medicamentos controlados? Utiliza medicamentos esporadicamente para tratamento dos episódios de pneumonia. 3.1. Se sim, quais? Não informado. 3.2. O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique. Não. 4. Existem recomendações da área da saúde? Sim. 4.1. Se sim, quais? Prevenção dos problemas respiratórios por meio da prática de atividades físicas que aumentem a resistência cardiorrespiratória. 5.2- NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva: 1. Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s): deficiência intelectual 2. Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: comunicação oral 3. Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: --- 4. Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno: --- 5. Implicações da NEE do aluno para a acessibilidade curricular: o aluno apresenta dificuldade em acessar o currículo escolar proposto para sua série, sendo necessários adaptações e acompanhamento pelo Atendimento Educacional Especializado. 6. Outras informações relevantes: --- 5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO FUNÇÃO COGNITIVA PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. - Percepção visual: é capaz de distinguir diferenças e semelhanças entre objetos, lugares, números, letras e palavras conhecidas. - Percepção auditiva: apresenta boa percepção auditiva. - Percepção tátil: apresenta boa percepção tátil, diferenciando objetos com facilidade. - Percepção sinestésica: não apresenta dificuldades.

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- Percepção espacial e temporal: demonstra perceber sequências temporais e reconhece a dimensão de diferentes espaços dentro do seu campo de ação prática. Observações: --- ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens. O aluno apresenta dificuldade de atenção e concentração, permanecendo um curto espaço de tempo interessado pelas atividades propostas; distrai-se facilmente, principalmente com os constantes estímulos auditivos presentes na classe, necessitando que o professor repita ordens simples e explicações para a realização das atividades da sala de aula. Observações: --- MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. Apresenta dificuldades na memória de curto prazo (auditiva e visual), esquece letras de músicas e histórias contadas pelo professor. Conhece e consegue ordenar adequadamente sequências de letras e números. Observações: --- LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação como Braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. O aluno faz uso da comunicação oral como principal sistema de comunicação; a fala apresenta-se com velocidade aumentada e com substituições e omissões de fonemas, além de ser infantilizada; tem dificuldades em expor e debater suas ideias, além de serem desorganizadas, narrando fatos sem considerar a sequência lógico-temporal. A leitura é vacilante e mostra dificuldades na compreensão dos textos lidos. Na escrita, está em processo de aquisição dos dígrafos e dos grafemas {R}, {S} e {L} finais; apresenta ainda substituição dos grafemas /r/ - /l/ (blanco, plato, cleme), dificuldades de elaboração de textos próprios, erros ortográficos e uso de sinais de pontuação, assim como dificuldade na estrutura gramatical. Observações: --- RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades)

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Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. Apresenta problemas no raciocínio matemático. Tem dificuldade na compreensão de enunciados, necessitando da releitura ou constantes explicações da professora; compreende relações de igualdade e diferença; não chega a conclusões lógicas de fatos ou problemas, precisando de auxílio para solução dos mesmos. Observações: --- FUNÇÃO MOTORA DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço temporal e coordenação motora. Apresentou atraso no desenvolvimento psicomotor, bem como hipotonia generalizada; fez parte do programa de estimulação precoce da APAE da cidade, tendo recebido atendimento fisioterapêutico que enfatizou o equilíbrio, a coordenação de movimentos, a estruturação do esquema corporal, a orientação espacial, o ritmo, a sensibilidade, a postura e os exercícios respiratórios, de tal modo que esses aspectos encontram-se adequados para a idade do aluno. A preferência manual é a direita e, na motricidade fina, apresenta algumas dificuldades gráficas no traçado das letras. Observações: --- FUNÇÃO PESSOAL E SOCIAL ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento e medos; interação grupal, cooperação e afetividade. Tem facilidade de socializar-se no ambiente escolar, porém, apresenta baixa autoestima em situações de aprendizado ou resolução de problemas. Realiza atividades em grupos, mas demonstra-se agressivo em situações de disputa com os colegas. Tem dificuldade na construção da imagem de si mesmo em virtude do fracasso nas diversas situações da vida cotidiana. Observações: ---

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ANEXO 20 PARTE II – PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

NOME DO ALUNO: ........................................................................................... SÉRIE: ................... ANO: ...................... DATA DE NASCIMENTO: IDADE ATUAL: .................... PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: .......................................... PROFESSOR DO AEE: ..................................................................................... PROFESSOR DA CLASSE REGULAR: ...........................................................

1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO ÂMBITO: ESCOLA Ações necessárias já existentes: - Atendimento na Sala de Recursos Multifuncional; - Currículo e materiais adaptados às suas necessidades educacionais especiais; - Orientar a equipe escolar sobre as necessidades educacionais do aluno; - Participação do aluno em todas as atividades propostas pela escola. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Informar a família do aluno a respeito de seu desempenho nas atividades escolares e seu potencial de aprendizagem; - Reduzir o número total de alunos em sala de aula e o número de alunos com necessidades educacionais especiais que frequentam a mesma sala de C.R.G. Responsáveis: - Diretor da escola; - Coordenador pedagógico. ÂMBITO: SALA DE AULA Ações necessárias já existentes: - Uso de materiais pedagógicos adaptados às necessidades do aluno; - Orientação individual e sistemática ao aluno frente às suas necessidades específicas; - Desenvolvimento de atividades que favoreçam o trabalho de memória, atenção e concentração do aluno; - Atividades diferenciadas que desenvolvam a leitura, a escrita e o raciocínio matemático.

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Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Ampliar o uso de material pedagógico adaptado; - Realizar atividades em grupo para melhora da autoestima, socialização e diminuição dos episódios de agressividade frente a frustrações; - Desenvolver atividades que melhorem a qualidade da comunicação. Responsáveis: - Professor da sala regular; - Coordenador pedagógico; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional. ÂMBITO: FAMÍLIA Ações necessárias já existentes: - Envolvimento dos pais nas reuniões propostas pela escola; - Orientar os pais quanto à realização das tarefas escolares; - Orientar os pais quanto à estimulação do aluno em atividades domésticas que auxiliem em sua concentração, atenção, comunicação e memória. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Orientar os pais quanto ao oferecimento de atividades que estimulem a leitura e a escrita; - Orientar os pais quanto ao oferecimento de atividades que estimulem a comunicação, visando à melhora de suas produções orais; - Envolver os pais nas diferentes atividades propostas pela escola; - Orientar os pais quanto à importância do acompanhamento do aluno nos atendimentos especializados fora da escola. Responsáveis: - Pais e irmão; - Professor da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Coordenador pedagógico. ÂMBITO: SAÚDE Ações necessárias já existentes: -Consulta ao oftalmologista para avaliação e indicação de lentes corretivas para os problemas visuais; -Acompanhamento médico sistemático para prevenção e controle de doenças respiratórias e controle dos problemas visuais. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Manter acompanhamento médico sistemático. Responsáveis: - Família; - Médicos especializados

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2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

TIPO DE AEE ( ) Sala de Recursos Multifuncional ( ) Intérprete na sala regular ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

FREQUÊNCIA SEMANAL ( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO ( ) 50 minutos por atendimento ( ) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO ( ) Atendimento individual ( ) Atendimento grupal ( ) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ( ) Fonoaudiologia ( ) Psicologia ( ) Assistência social ( ) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outro? Qual?

ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE (X) Orientação ao professor de sala de aula. Quais? Orientações quanto à realização de atividades que estimulem a percepção visual, a atenção, a

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concentração e a memória; orientações quanto à realização de atividades em grupo que melhorem a socialização e a autoestima do aluno; orientações quanto à utilização em sala de aula dos materiais adaptados na Sala de Recursos Multifuncional com base nas necessidades do aluno; orientações quanto à proposição de atividades que estimulem a leitura, a escrita e o raciocínio matemático; orientações quanto à realização de atividades que melhorem a produção oral do aluno. (X) Orientação ao professor de Educação Física. Quais? Orientações quanto à prática de atividades físicas que aumentem a resistência cardiorrespiratória. (X) Orientação aos colegas de turma. Quais? Orientações quanto a Síndrome de Down e suas manifestações; orientações quanto ao potencial de aprendizagem do aluno e à necessidade de incluí-lo nas atividades grupais da sala de aula e demais atividades da escola, desenvolvendo um trabalho solidário dos colegas com os demais alunos da classe. (X) Orientação ao diretor da escola. Quais? Orientações quanto à necessidade de redução do número de alunos nas salas de aula e com deficiência na sala do aluno com Síndrome de Down; orientações quanto à necessidade de adaptações do espaço escolar e materiais específicos para o desenvolvimento do aluno na escola. (X) Orientação ao coordenador pedagógico. Quais? Orientações quanto à necessidade de redução do número de alunos nas salas de aula e com deficiência na sala do aluno com Síndrome de Down; orientações quanto à necessidade de garantia de participação do aluno em todas as atividades da escola. (X) Orientação à família do aluno. Quais? Orientações quanto ao auxílio ao aluno nas tarefas escolares; orientações quanto à promoção de jogos e brincadeiras que estimulem a comunicação oral; orientação quanto ao potencial de aprendizagem do aluno e a necessidade de estimulação contínua de suas habilidades nas atividades domésticas. (X) Orientação aos funcionários da escola. Quais? Orientações quanto à Síndrome de Down e suas manifestações; orientações quanto à estimulação da autonomia do aluno na realização das diversas atividades escolares. ( ) Outras orientações. Quais?

3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL Apontar as áreas e o que será desenvolvido com o aluno, em cada uma delas, no AEE. Área Cognitiva: atenção, concentração, memória auditiva e visual; escuta e compreensão de músicas e histórias; leitura e escrita; estimulação do raciocínio

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lógico-matemático, por meio de exercícios de sequências lógicas e de cálculo; organização temporal por meio da interpretação e compreensão de situações, fatos e histórias; desenvolvimento da expressão oral por meio de atividades que privilegiem o uso dessa modalidade de comunicação. Área Motora: coordenação motora fina por meio de jogos, brincadeiras e atividades de escrita. Área Social: interação com os colegas de classe e desenvolvimento da autoestima do aluno.

OBJETIVOS Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área, no AEE. Área Cognitiva: desenvolver atenção, concentração e memória auditiva e visual; ampliar o desenvolvimento da leitura e da escrita; desenvolver o raciocínio lógico-matemático; desenvolver a organização temporal; aperfeiçoar o desenvolvimento da expressão oral. Área Motora: enfatizar o uso da habilidade manual. Área Social: desenvolver habilidades sociais e expressão oral, proporcionando melhora na autoestima e na interação com colegas.

ATIVIDADES DIFERENCIADAS Descrever as atividades que pretende desenvolver, no AEE, com o aluno. ( ) Comunicação alternativa ( ) Informática acessível ( ) Libras ( ) Adequação de material ( ) Outra? Qual?

METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE. Exercícios de leitura relacionando o gênero textual, compreender o assunto do texto, levantar as suas principais ideias e organizá-las em sequência lógica, observar, com apoio do professor ou colega, a sequência temporal de episódios; exercícios de escrita em diferentes gêneros, considerando sua hipótese de escrita; revisar as produções escritas com correção de erros na grafia das palavras. Narrar histórias e fatos contados; participar de rodas de conversas em situações diversificadas; dramatizar histórias e textos. Compreender o sistema de escrita alfabético; escrever corretamente palavras de uso frequente. Resolver problemas concretos do cotidiano; reconhecer e utilizar números naturais no contexto diário; reconhecer unidades usuais de medida.

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RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE. Programas de computador que estimulem o aprendizado da leitura, escrita e matemática. Jogos de sequência lógica; maquetes. Livros de literatura infantil e CDs de histórias.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE. - 1.º bimestre: identificação dos diferentes gêneros textuais; organização da sequência lógica do texto; narração oral em sequência lógica; ordenação de números em ordem crescente operando com unidades de dezena; coordenação motora com recorte, colagem, realização de desenhos e escrita de palavras e textos curtos. - 2.º bimestre: compreensão da sequência lógica do texto; interpretação oral de textos oralmente; percepção visual do traçado gráfico das letras; memória visual de letras e palavras; reconhecimento e utilização de números naturais no contexto diário. - 3.º bimestre: interpretação oral de textos e situações vividas; escrita em diferentes gêneros, levando-se em conta sua hipótese de escrita; revisão das produções escritas com correção de erros na grafia das palavras; compreensão do sistema de escrita alfabético; resolver problemas concretos do cotidiano; reconhecer e utilizar números naturais no contexto diário. - 4.º bimestre: narração de histórias e fatos contados; participação em rodas de conversas em situações diversificadas; dramatização de histórias e textos; escrita correta de palavras de uso frequente; reconhecimento de unidades usuais de medida; compreensão de enunciados de exercícios de raciocínio matemático.

AVALIAÇÃO DO PERÍODO No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no seu desempenho escolar. Os objetivos alcançados por C.R.G. durante o ano de XXXX em que frequentou o Atendimento Educacional Especializado foram: - Apresentou melhora significativa quanto às dificuldades de atenção e concentração, repercutindo diretamente no desenvolvimento da memória auditiva e visual; conseguiu melhorar o desenvolvimento da organização temporal e a narração de fatos vividos e de histórias contadas.

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- Ampliou a narração oral de forma organizada, entretanto, ainda mantém muitas dificuldades quanto à velocidade de fala e aos distúrbios fonológicos. Na escrita, conseguiu identificar os diferentes gêneros textuais e organizar a sequência lógica do texto, porém, ainda não consegue produzir textos em diferentes gêneros; melhorou o traçado e a memória visual de letras e números, entretanto, ainda apresenta dificuldades na correção da grafia de letras escritas incorretamente. Manteve a dificuldade de compreensão de enunciados de exercícios de raciocínio matemático, necessitando sempre de auxílio de outro colega ou da professora. - Apresentou melhora significativa na interação com os colegas, participando ativamente das atividades em grupo, manifestando-se com frequência nas rodas de conversa, embora ainda com trechos ininteligíveis de fala. Ainda apresenta episódios de agressividade relacionados à frustração em situações de competição com os colegas. Nas demais situações escolares, apresenta-se amável com a turma e toda a equipe escolar. Para o próximo ano, sugere-se que o Plano Pedagógico Especializado seja mantido nas áreas de produção de texto em diferentes gêneros, reconhecendo a grafia incorreta de letras, ampliando o desenvolvimento da organização temporal e da narração e compreensão de fatos vividos, histórias contadas e textos lidos, além de trabalho com a compreensão de enunciados de exercícios de raciocínio matemático. Em relação à comunicação oral, sugere-se que seja mantido o atendimento fonoaudiológico, especialmente no que se refere ao trabalho para melhora da velocidade da fala e dos distúrbios fonológicos, os quais prejudicam diretamente a inteligibilidade da fala do aluno. Quanto às questões comportamentais, recomenda-se que C.R.G. seja encaminhado ao atendimento psicológico para acompanhamento especializado das questões relacionadas aos episódios de agressividade durante realização de atividades que envolvem disputa entre os colegas. DATA: NOME DO PROFESSOR DO AEE: ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE:

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ANEXO 21

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM AUTISMO 1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: ....................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: IDADE ATUAL: ................ ENDEREÇO: ................................................................................................... BAIRRO: ......................................................................................................... CIDADE: .........................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ................................................................................................. NOME DA MÃE: ............................................................................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ........................................ PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: ..................................... NÚMERO DE IRMÃOS: .......................................... MORA COM: .....................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: ........................................................................................ ENDEREÇO DA ESCOLA: .............................................................................. ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): ........................... IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: ........................................................ HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: 02 anos de idade: ingresso na Educação Infantil; 03 anos de idade: encaminhado para diagnóstico clínico devido à manifestação de comportamentos estranhos – movimentos de balanceio, desligamento do mundo e demora para falar. Diagnóstico: severo atraso de linguagem como parte de um quadro de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. Emissão do diagnóstico de X-Frágil e Síndrome de Asperger; 04 anos de idade: foi encaminhamento a um Centro de Atendimento aos Autistas e Patologias Associadas – Diagnóstico de Síndrome de Asperger;

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05 anos de idade: foi confirmado o diagnóstico: Síndrome de Autismo. Foi matriculado em outra escola de Educação Infantil e frequentou concomitantemente a APAE no período inverso; 06 anos de idade: foi matriculado em outra escola de Educação Infantil. Apresentava dificuldade de se manter na mesma escola; 07 anos de idade: foi matriculado em uma EMEF. Apresentava dificuldades de adaptação – rejeição à escola – e não ficava em sala de aula. No período contrário, frequentava a APAE. Muito faltoso na escola; Dos 08 aos 10 anos de idade: foi matriculado em outra EMEF e continuava frequentando a APAE. Período escolar bastante conturbado, muito faltoso, rejeição da escola, dificuldades de adaptação, permanecia apenas por curtos períodos em sala de aula. Atendimento em um centro especializado de apoio, durante duas vezes na semana; 09 anos: foi retido no 2º ano do Ensino Fundamental. Manteve-se na mesma escola; Aos 10 e 11 anos de idade: frequentou o 3º ano do Ensino Fundamental. Relato de muita dificuldade em sala de aula. Necessitou da presença de uma estagiária durante todo o período de aula para ajudar a professora. MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): Apresentava comportamento agressivo, baixa atenção, linguagem oral comprometida. Comunicava-se usando apenas monossílabos, utilizava gestos, expressões faciais e emitia alguns sons não decifráveis, ou seja, comunicava-se sem fazer uso da fala. Alfabetização rudimentar – conhecia letras, sílabas, seu nome e o da mãe.

4- AVALIAÇÃO GERAL 4.1- ÂMBITO FAMILIAR Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno. 1- Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): o

aluno mora com a mãe e a avó num bairro de classe média, perto do centro da cidade. Perdeu seu avô aos 10 anos de idade. Ainda sente muita falta do avô que lhe acompanhava em várias atividades. A condição de sua moradia é adequada: o aluno tem seu próprio quarto, há um espaço para que ele possa brincar, tem os cuidados constantes da avó ou da mãe, que se revezam para cuidar dele. O pai ausentou-se do lar desde o primeiro diagnóstico e não mantém contato com a família.

2- Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicações,

expectativas): a avó e a mãe são atenciosas com V.I.P. Mantêm um bom relacionamento com ele e comunicam-se por meio de gestos indicativos e frases curtas, os quais ele compreende bem. As duas cuidadoras estabelecem uma postura “firme” perante alguns comportamentos de V.I.P., evitando ceder aos seus caprichos, mas têm dificuldades em lidar com seu

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comportamento. A mãe é mais emotiva e cede a alguns “caprichos” do filho, muitas vezes chora pelas dificuldades que ele enfrenta nos contatos sociais.

3- Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar: a família

sempre acompanhou bem de perto toda sua trajetória escolar, mostrando ser participativa e interessada no desenvolvimento, nas atividades acadêmicas e nas decisões escolares acerca do aluno. Porém, relata que sempre foi muito difícil lidar com ele desde a Educação Infantil, devido às queixas recorrentes da escola. No Ensino Fundamental, tudo ficou mais complicado, ele se recusou a ir à escola, permanecendo muito tempo fora da sala de aula. Na APAE, em uma classe menor, mantinha-se na sala, mas sem apresentar interesse pelas atividades. Demonstra grande dificuldade de interação. A mãe relata dificuldades em mantê-lo na escola e preocupação com seu futuro.

4.2- ÂMBITO ESCOLAR Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às necessidades educacionais do aluno. 1. Em relação à cultura e filosofia da escola: a partir de 2010, as escolas do

município tiveram que adotar e inserir nos Projetos Políticos Pedagógicos uma abordagem educacional inclusiva, seguindo recomendações da Secretária Municipal de Ensino. Todas as escolas passaram a adequar suas propostas curriculares para atender a cada um dos alunos com necessidades educacionais especiais e proceder a uma avaliação descritiva de suas condições e seu desempenho acadêmico.

2. Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): a escola possui aproximadamente 350 alunos provenientes dos bairros próximos, clientela bastante heterogênea. A escola procura conhecer e se aproximar da comunidade escolar, a fim de melhor atender às suas necessidades. Dessa forma, realiza algumas atividades, como: festas, reuniões de pais, exposições pedagógicas, palestras, entre outras. As salas de aulas têm em média 30 alunos, a sala do 4º ano, da qual o aluno em questão está matriculado, tem 25 alunos com uma estagiária para colaborar com a professora. A abordagem educacional é tradicional e, muitas vezes, o aluno fica isolado com a estagiária ou, ainda, fica fora da sala de aula por não querer permanecer nela ou para não atrapalhar o rendimento dos outros.

3. Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): na sala de aula há uma estagiária remunerada para acompanhar o aluno o tempo todo. Está sendo implementada na escola uma Sala de Recursos Multifuncional.

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4. Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores, gestores, pais etc.): o relacionamento na escola é bem difícil, mas os funcionários possuem uma postura afetuosa com V.I.P. O aluno apresenta dificuldade de interagir com os outros alunos, fica muito isolado e as aproximações são realizadas apenas com a intervenção da estagiária ou da professora.

5. Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e

continuada, motivação para trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas e avaliativas, apoio de especialistas etc.): a atual professora da sala regular tem formação inicial em pedagogia, porém, não possui nenhuma experiência anterior com alunos com NEE. Está há pouco tempo na rede municipal, esse é o terceiro ano dela na rede. Participa de cursos da Secretaria de Ensino direcionados a professores com alunos com NEE. Relata ter dificuldades de lidar com V.I.P., dependendo do apoio da estagiária. Afirma ainda que a família é compreensiva e bastante presente e que as orientações que recebe dos gestores não são suficientes para enfrentar todos os impasses do cotidiano da sala de aula com esse aluno.

5- AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- CONDIÇÕES DE SAÚDE GERAL Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva: 1. Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual,

deficiência física, deficiência intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? Sim, Síndrome de Autismo.

1.1. Se sim, qual a data e resultado do diagnóstico? Nos documentos cedidos pela família, há diagnósticos de várias instituições de diferentes cidades, vários profissionais de diferentes áreas foram consultados e outros atendimentos além do pedagógico foram realizados, como equoterapia. O aluno tem vários diagnósticos de diferentes datas, profissionais e instituições, como: distúrbio severo de linguagem como parte de um quadro de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento; diagnóstico de X-Frágil e Síndrome de Asperger e, finalmente, o diagnóstico de Síndrome de Autismo, emitido quando tinha cinco anos de idade.

1.2. Se não, qual é a situação do aluno quanto ao diagnóstico?

2. Tem outros problemas de saúde? Não. 2.1. Se sim, quais?

3. Faz uso de medicamentos controlados? Sim. 3.1. Se sim, quais? Zyprexa – manhã e noite; Fenergan – manhã, tarde e noite;

Amapes/Amato – manhã, tarde e noite; e Melatonina – noite. 3.2. O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique. Sim, os

medicamentos tornam o aluno mais sonolento, interferem em sua atenção, mas, ao mesmo tempo, ajudam no seu comportamento.

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4. Existem recomendações da área da saúde? Não. 4.1. Se sim, quais? 5.2- NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva:

1. Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s) Síndrome de Autismo.

2. Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: utiliza gestos e expressões faciais e emite alguns sons não decifráveis, ou seja, comunica-se sem fazer uso da fala.

3. Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: nenhum de forma sistemática.

4. Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno: Sistema de Comunicação Alternativa e Ampliada.

5. Implicações da NEE do aluno para a acessibilidade curricular: o distúrbio severo na linguagem causa dificuldades de socialização e ambas, por conseguinte, impactam negativamente no processo de ensino-aprendizagem.

6. Outras informações relevantes: 5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO FUNÇÃO COGNITIVA PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. Percepção visual: é capaz de distinguir diferenças e semelhanças entre objetos, lugares, figuras, letras, alguns nomes escritos: o seu, da mãe e dos avós. Reconhece números até dez. Percepção auditiva: apesar de nos primeiros anos de vida ter havido suspeita de problemas de discriminação auditiva, após avaliação específica esse problema foi descartado. Percepção tátil: o aluno utiliza bastante as mãos para reconhecer objetos e gosta bastante de atividades que envolvem recorte. Percepção sinestésica: não apresenta dificuldades. Percepção espacial e temporal: não apresenta dificuldades. Observações: ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens.

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Em alguns momentos, o aluno apresenta bastante dispersão na sala de aula. Fica agitado e incomodado, fazendo com que a estagiária saia da sala para acalmá-lo. Possui baixos níveis de atenção e concentração nas atividades. Observações: MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. Memória auditiva: apresenta alguns problemas de atenção que dificultam a avaliação da sua memória auditiva. Em alguns momentos, demonstra dificuldades nesse aspecto. Memória visual: não apresenta dificuldades. Memória verbal: apresenta grandes dificuldades nesse aspecto. Memória numérica: não há subsídios suficientes para emitir parecer. Observações: LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação, como braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. Para o processo de comunicação, o estudante utiliza gestos, expressões faciais e emite alguns sons não decifráveis, ou seja, comunica-se sem fazer uso da fala. Faz uso da linguagem, mas não da língua em toda a sua dimensão. Observações: RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, compreensão de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. Compreende ordens e enunciados, resolve problemas concretos e tem noção de posicionamento, espacialidade, igualdade e diferença. Observações: FUNÇÃO MOTORA

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DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal e coordenação motora. Atualmente, não apresenta diferenças significativas no que tange ao desenvolvimento motor global, possuindo facilidade na locomoção, reconhecimento de espaço, postura de sentar e reprodução de estruturas rítmicas. Também possui a motricidade motora fina desenvolvida. Observações: FUNÇÃO PESSOAL E SOCIAL ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento e medos; interação grupal, cooperação e afetividade. Não inicia interação por conta própria, cabendo ao outro sujeito essa tarefa. Demonstra ignorar algumas tentativas de aproximação ou de interação, fixando os olhos para o lado oposto. Apresenta grandes dificuldades de sociabilidade; dependendo do seu estado emocional, com limitações para se comunicar. Quando lhe é negado alguma coisa, agride fisicamente as pessoas ao seu entorno, além de se morder, se bater, gritar etc. Observações:

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ANEXO 22 - PARTE II – PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM AUTISMO NOME DO ALUNO: V.I.P. SÉRIE: 3.º ano do Ensino Fundamental ANO: XXXX DATA DE NASCIMENTO: XX/XX/XX - IDADE ATUAL: 11 ANOS PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: XXXX PROFESSOR DO AEE: XXX PROFESSOR DA CLASSE REGULAR: XXX

1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO ÂMBITO: ESCOLA Ações necessárias já existentes: - Capacitação específica para a professora da sala regular; - Estudo e discussão sobre o processo de ensino e de aprendizagem do aluno, com os demais profissionais da escola, no Horário de Estudo Coletivo; - Atendimento do aluno na Sala de Recursos Multifuncional (SRM); - Trabalho cooperativo entre o professor da classe regular e o professor do AEE; - Capacitação dos funcionários e demais professores da escola; - Orientações à estagiária e à professora sobre como conduzir o trabalho pedagógico com o aluno na sala de aula; - Presença regular da estagiária na sala de aula; - Contato permanente com a família; - Acolhimento do aluno pela equipe escolar. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Providenciar a implantação de um sistema de Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS); - Reforçar a relação família/escola a fim de desenvolver estratégias que possam viabilizar e melhorar o desempenho acadêmico e social do aluno; - Manter a capacitação específica para o professor da sala regular; - Manter a capacitação dos funcionários e demais profissionais da educação; - Encaminhar para atendimento de profissionais da área da saúde no horário inverso ao ensino regular; - Definir a sistemática de trabalho cooperativo entre o professor da sala regular e o professor do AEE. Responsáveis:

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- Ações conjuntas entre as entidades políticas e administrativas; - Professores; - Coordenador Pedagógico; - Família; - Fonoaudióloga e fisioterapeuta em conjunto com a escola. ÂMBITO: SALA DE AULA Ações necessárias já existentes: - Capacitação específica para a professora da sala regular; - Estudo e discussão sobre o processo de ensino e de aprendizagem do aluno, com os demais profissionais da escola, no Horário de Estudo Coletivo; - Atendimento do aluno na Sala de Recursos Multifuncional (SRM); - Trabalho cooperativo entre o professor da classe regular e o professor do AEE; - Capacitação dos funcionários e demais professores da escola; - Orientações à estagiária e à professora sobre como conduzir o trabalho pedagógico com o aluno na sala de aula; - Presença regular da estagiária na sala de aula; - Contato permanente com a família; - Acolhimento do aluno pela equipe escolar. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Providenciar a implantação de um sistema de Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS); - Reforçar a relação família/escola a fim de desenvolver estratégias que possam viabilizar e melhorar o desempenho acadêmico e social do aluno; - Manter a capacitação específica para o professor da sala regular; - Manter a capacitação dos funcionários e demais profissionais da educação; - Encaminhar para atendimento de profissionais da área da saúde no horário inverso ao ensino regular; - Definir a sistemática de trabalho cooperativo entre o professor da sala regular e o professor do AEE. Responsáveis: - Ações conjuntas entre as entidades políticas e administrativas; - Professores; - Coordenador Pedagógico; - Família; - Fonoaudióloga e fisioterapeuta em conjunto com a escola. ÂMBITO: FAMÍLIA Ações necessárias já existentes: - Contato esporádico com os pais. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Manter contato sistemático com a família; - Estabelecer uma boa relação com a escola; - Motivar os pais a participar das reuniões da escola; - Favorecer situações de troca entre família e escola; - Orientar a família quanto ao uso da Comunicação Alternativa e Suplementar em casa, nas situações de comunicação com o aluno.

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Responsáveis - Coordenador pedagógico; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Professor da sala regular. ÂMBITO: SAÚDE Ações necessárias já existentes: - Atendimento com neurologista e psiquiatra. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Encaminhar para atendimento da fisioterapia e terapia ocupacional; - Encaminhar para a equoterapia. Responsáveis: - Professor do AEE; - Família; - Coordenador Pedagógico; - Neurologista, psiquiatra, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. 2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO TIPO DE AEE ( ) Sala de Recursos Multifuncional ( ) Intérprete na sala regular ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

FREQUÊNCIA SEMANAL ( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO ( ) 50 minutos por atendimento ( ) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO

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( ) Atendimento individual ( ) Atendimento grupal ( ) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ( ) Fonoaudiologia ( ) Psicologia ( ) Assistência social ( ) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outro? Qual?

ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE ( ) Orientação ao professor de sala de aula. Quais? Adequações de currículo; critérios de avaliação; considerar o estilo de aprendizagem do aluno; usar a Comunicação Alternativa. ( ) Orientação ao professor de educação física. Quais? Envolver o aluno em atividades do seu interesse. ( ) Orientação aos colegas de turma. Quais? Orientar os demais alunos da escola para estabelecerem contato com o aluno para incluí-lo nas atividades da aula e no recreio. ( ) Orientação ao diretor da escola. Quais? ( ) Orientação ao coordenador pedagógico. Quais? ( ) Orientação à família do aluno. Quais? Uso da Comunicação Alternativa. ( ) Orientação aos funcionários da escola. Quais? Melhorar o relacionamento com o aluno. ( ) Outras orientações. Quais?

3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL Apontar as áreas e o que será desenvolvido com o aluno, em cada uma delas, no AEE. Área Cognitiva: atenção, concentração, memória auditiva e visual, desenvolvimento da linguagem, uso de diferentes formas de comunicação, expressão oral e compreensão da função social da leitura e da escrita. Área Motora: – Área Social: socialização e interação social.

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OBJETIVOS Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área, no AEE. a) Área Cognitiva: desenvolver a atenção, a concentração, a memória visual e auditiva e a linguagem. Considerando-se as condições objetivas do aluno, serão utilizados todos os possíveis recursos para ampliar as possibilidades de comunicação, mantendo esforços no sentido de propiciar condições para que avance na Língua Portuguesa, enquanto falante e ouvinte. Familiarizar-se com seus pares e os diferentes ambientes e normas da escola, por meio de recursos icônicos e/ou imagéticos, sempre acompanhado de seus significados (na modalidade oral e/ou escrita) equivalentes na Língua Portuguesa, de forma a não perder de vista a possibilidade de aprendizagem desse componente curricular. - Escutar textos orais; - Compreender o significado social da escrita. No processo de escuta de textos orais: - Ampliar, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos envolvidos na construção dos sentidos do texto; - Reconhecer a contribuição complementar dos elementos não verbais (gestos, expressões faciais, postura corporal) para fins de interação social; - Ampliar a capacidade de se expressar e de reconhecer as intenções do enunciador; - Considerar possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de elementos não verbais. No processo de leitura de textos, inicialmente com a ajuda do professor: - Selecionar textos que possam despertar seu interesse e sua necessidade; - Ampliar o universo de vivência e expectativas por meio de leituras coletivas adequadas à sua condição atual; - Identificar informações preliminares que envolvam o cotidiano, visando à busca de maior autonomia nas atividades que envolvem o cotidiano do estudante. No processo de produção escrita: - Escrever de forma autônoma seu próprio nome e de seus familiares diretos; - Identificar palavras conhecidas. b) Área Motora: – c) Área Social: desenvolver a sociabilidade e a comunicação; aprender a usar o Sistema de Comunicação Aumentativa e Suplementar (CAS) na escola e em casa.

ATIVIDADES DIFERENCIADAS Descrever as atividades que pretende desenvolver, no AEE, com o aluno.

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( ) Comunicação alternativa ( ) Informática acessível ( ) Libras ( ) Adequação de material ( ) Outra? Qual?

METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE. No processo de escuta de textos orais: - Escuta orientada de textos em situações autênticas de interlocução; - Alteração da dinâmica do AEE de forma a fazer com que haja a participação oral nos atendimentos coletivos, o que exige romper com a unidirecionalidade professor-aluno; - Exposição, relatório de experiência, entrevista etc. e também os gêneros da vida pública no sentido mais amplo do termo (teatro, roda de conversa etc.); - Escuta orientada, parcial ou integral, de textos gravados em situações autênticas de interlocução. No processo de leitura de textos: - Leitura coletiva efetuada tanto pelos alunos que sabem ler quanto pelo professor; - Diferentes formas de leitura, como: leitura colaborativa, leitura em voz alta pelo professor e/ou pelos alunos e leitura programada; - Realização de leitura colaborativa, ou seja, com os alunos interagindo entre si e auxiliando-se mutuamente; - Exercitação sobre os conteúdos estudados, de modo a permitir que o aluno se aproprie efetivamente das descobertas realizadas. Na produção da escrita: - Registrar por meio de listas seus desejos e interesses, com orientação do professor, inicialmente de forma oral – ou com o uso da Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS) e posteriormente utilizando registros escritos.

RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE. - Livros variados, calendário, uso de CDs e DVDs com músicas e filmes, jogos de computador, gravador, livros, jogos de sequência lógica e pranchas de Comunicação Alternativa e Suplementar.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE. Os critérios de avaliação devem ser compreendidos: por um lado, como aprendizagens indispensáveis ao fim de um período; por outro, como

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referências que permitem – se comparados aos objetivos do ensino e ao conhecimento prévio com que o aluno iniciou a aprendizagem – a análise dos seus avanços ao longo do processo, considerando que as manifestações desses não são lineares nem idênticas. No 1.º bimestre: - seja capaz de participar de uma escuta orientada de textos; - seja capaz de focar e prestar atenção nas atividades, diretamente envolvidas com a escuta de textos orais, uma vez que atualmente parece não ter domínio sobre o seu foco de atenção; - seja capaz de iniciar a comunicação por meio da CAS; - seja capaz de participar da leitura coletiva efetuada pelos alunos e pelo professor. No 2.º bimestre: - seja capaz de participar de dinâmicas propostas nos atendimentos coletivos, realizando tarefas em conjunto com os outros alunos; - seja capaz de se manifestar por meio de figuras expressivas, utilizando a CAS; - seja capaz de reconhecer a contribuição complementar dos elementos não verbais (gestos, expressões faciais, postura corporal) para fins de interação social; - seja capaz de ampliar o universo de vivência e expectativas por meio de leituras coletivas, apoiando-se em marcas do próprio texto, impressões de outros colegas ou orientações oferecidas pelo professor; - seja capaz de escrever seu próprio nome e de seus familiares diretos, sem o uso de modelo. No 3.º bimestre: - seja capaz de manter a atenção na escuta orientada, parcial ou integral, de textos gravados em situações autênticas de interlocução, com a finalidade de focalizar aspectos principais do texto: personagens, situação relatada na história, sucessão de acontecimentos principais; - seja capaz de comunicar-se por meio da CAS; - seja capaz de ampliar a capacidade de se expressar e de reconhecer as intenções do enunciador; - seja capaz de localizar palavras conhecidas. No 4.º bimestre: - seja capaz de compreender/atribuir sentido aos textos orais; - seja capaz de perceber a diferença entre variados gêneros da linguagem oral: debate, teatro, palestra, entrevista, canto, verso etc.; - seja capaz de manifestar entendimento por meio de figuras e imagens utilizando a CAS; - seja capaz de considerar possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de elementos não verbais; - seja capaz de compreender a leitura em suas dimensões, a necessidade e o prazer de ler; - seja capaz de identificar informações preliminares que envolvam o cotidiano, visando à busca de maior autonomia nas suas atividades.

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AVALIAÇÃO DO PERÍODO No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no desempenho escolar do aluno. Os objetivos alcançados no AEE no transcorrer deste ano que repercutiram no desenvolvimento escolar de V.I.P. foram: - o início da elaboração e utilização do sistema de Comunicação Alternativa e Suplementar (CAS), com o envolvimento da família, do professor da classe comum e do AEE, orientando o processo; - reelaboração do papel da estagiária em sala de aula e aumento de seu tempo de permanência na classe; - maior interação do professor com ele e dos colegas devido à utilização da CAS, Adequação Curricular Individual (ACI) e estabelecimento de metas de aprendizagem em sala de aula; - melhora em sua participação na escuta orientada de textos em situações de interlocução coletiva no AEE e em sua sala de aula; - início da manifestação de seus desejos em situações interacionais por meio de figuras, desenhos e CAS; - reconhecimento de seu nome e de seus colegas do AEE, com orientação do professor e escrita com modelo dos diferentes nomes; - participação em situações de leitura coletiva, com aumento de seu tempo de concentração e atenção; - reconhecimento de personagens principais de uma história, com orientação do professor do AEE ou da estagiária em sala de aula. Para o ano seguinte, sugere-se manter o trabalho intensivo com a CAS, sua exposição a diferentes gêneros discursivos, participação em leitura coletiva, utilização do processo de representação gráfica por meio do desenho, intensificação da manifestação escrita, compreensão dos elementos constitutivos do texto e atribuição de sentidos aos textos lidos. Também deverá ser iniciado um trabalho relacionado ao raciocínio lógico-matemático, envolvendo a questão de quantificação numérica, reconhecimento e utilização dos números, situações-problemas no plano concreto com adição e subtração, identificação de semelhanças e posicionamento de figuras e objetos, reconhecimento de unidades usuais de medidas e exploração do sistema monetário brasileiro em situação-problema. DATA: NOME DO PROFESSOR DO AEE: ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE:

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ANEXO 23

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)

PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM BAIXA VISÃO 1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: .......................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: IDADE ATUAL: ................... ENDEREÇO: ..................................................................................................... BAIRRO: ........................................................................................................... CIDADE: ...........................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ................................................................................................. NOME DA MÃE: ............................................................................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ........................................ PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: ...................................... NÚMERO DE IRMÃOS: ................................................................................... MORA COM: ....................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: ENDEREÇO DA ESCOLA: ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: iniciou na Educação Infantil aos três anos de idade (EMEI), entretanto, frequentou apenas alguns dias por dificuldades de adaptação. Só seguiu de fato a escola de Educação Infantil a partir dos quatro anos. Com seis anos, mudou para a EMEF, iniciando o primeiro ano de Ensino Fundamental. Atualmente, com oito anos, frequenta o 3.º ano do Ensino Fundamental sendo encaminhado no início deste ano para o Atendimento Educacional Especializado na Sala de Recursos Multifuncional.

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HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: em anos anteriores, nunca passou pelo Atendimento Educacional Especializado. MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): dificuldade para ler e escrever palavras e frases simples na lousa e no caderno; cópia da lousa realizada de forma lenta e confusa. Problema com interpretação de textos e organização espacial no caderno. Não consegue escrever com letra cursiva.

4- AVALIAÇÃO GERAL 4.1- ÂMBITO FAMILIAR - Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno: 1- Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): os

pais são primos em primeiro grau e residem junto com o filho, na chácara dos avôs que fica afastada da cidade, na zona rural.

2- Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicações,

expectativas): os pais apresentam um relacionamento tranquilo com a criança. A mãe é muito cuidadosa e preocupada com a deficiência visual do filho; tende sempre a realizar a maioria das atividades por M.A.C., temendo que ele se machuque quando está sozinho.

3- Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar: os pais

consideram a escola importante, porém, têm dificuldade de levá-lo à escola em virtude da distância em que residem. Como M.A.C. depende do ônibus rural, que quebra com frequência, muitas vezes falta às aulas.

4.2- ÂMBITO ESCOLAR - Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às Necessidades Educacionais do aluno: 1- Em relação à cultura e filosofia da escola: a escola matricula regularmente

alunos com necessidades educacionais especiais, embora não esteja preparada para atendê-los. No ano passado, recebeu os materiais e recursos para instalação de uma Sala de Recursos Multifuncional.

2- Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das

turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): não é uma escola com acessibilidade, ou seja, não apresenta adaptações em sua estrutura física de construção e mobiliário, assim como não conta com recursos humanos capacitados para atuar na

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perspectiva inclusiva, tanto de professores como de funcionários que trabalham na escola.

3- Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de

Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): a escola recebeu materiais e recursos do Ministério da Educação para o funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional, que passou a funcionar há dois anos.

4- Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores,

gestores, pais etc.): a comunidade escolar é acolhedora com os alunos com deficiência, tentando integrá-los em todas as atividades propostas pela escola.

5- Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e

continuada, motivação pra trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas e avaliativas, apoio de especialistas etc.): o professor do aluno M.A.C. é pedagogo, porém, sem nenhuma formação específica em educação especial. Em relação ao aluno com deficiência visual, o professor faz referências às dificuldades para trabalhar as atividades de leitura e escrita, razão que levou o professor a encaminhá-lo para atendimento na Sala de Recursos Multifuncional.

5- AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- CONDIÇÕES DE SAÚDE GERAL Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva: 1. Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual,

deficiência física, deficiência intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? Sim, diagnóstico de deficiência visual. 1.1. Se sim, qual a data e o resultado do diagnóstico? O resultado da avaliação

oftalmológica demonstrou que M.A.C. apresenta visão subnormal por toxoplasmose, com resíduo em ambos os olhos e diagnóstico de corioretinite macular bilateral.

1.2. Se não, qual é a situação do aluno, quanto ao diagnóstico? 2. Tem outros problemas de saúde? Não, o aluno apresenta boa saúde.

2.1. Se sim, quais? 3. Faz uso de medicamentos controlados? Não utiliza medicamentos.

3.1. Se sim, quais? 3.2. O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique.

4. Existem recomendações da área da saúde? Nada consta. 4.1. Se sim, quais?

5.2- NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva: 1- Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s):

deficiência visual – baixa visão.

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2- Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: comunicação oral.

3- Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: nenhum. 4- Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno:

material ampliado. 5- Implicações da NEE do aluno para a acessibilidade curricular: o aluno

apresenta dificuldade em acessar o currículo escolar proposto para sua série em decorrência da baixa visão. São necessárias adaptações no âmbito da escola, da sala de aula e individuais. Por isso, o aluno foi encaminhado para o Atendimento Educacional Especializado.

6- Outras informações relevantes: como, até então, os professores não foram orientados adequadamente, o aluno não consegue acompanhar o currículo, apresentando grande dificuldade em participar da maioria das atividades propostas em sala.

5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO FUNÇÃO COGNITIVA PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. M.A.C. apresenta baixa percepção visual, principalmente para objetos pequenos ou com detalhes. Já, as percepções auditiva, tátil e sinestésica estão bem desenvolvidas. Identifica com facilidade a fonte sonora, bem como diferentes objetos a partir de pistas táteis. Em relação ao desenvolvimento da noção temporal, conhece o ontem, o hoje e o amanhã, mas ainda apresenta dificuldades para organizar e explicar fatos vividos ou vistos em sequência lógica temporal. Em relação à organização espacial, demonstra grande dificuldade de orientação em espaços muito amplos, sem luminosidade adequada e/ou com muitos objetos espalhados. Observações: o aluno é tímido, demonstrando dificuldade em atividades que exigem a sua exposição por meio da expressão oral. ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens. A atenção do aluno é direcionada principalmente aos estímulos auditivos, tais como músicas e histórias contadas pelo professor, manifestando desinteresse e apatia frente às atividades que necessitem de maior atenção e percepção visuais. Compreende ordens simples, mas devido à timidez, não se expressa com desenvoltura. Consegue identificar personagens de histórias contadas. Observações:

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MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. O aluno aprende com facilidade o que é explicado oralmente, logo, apresenta boa memória auditiva. Não tem bom desempenho em atividades que exigem a expressão verbal, pois é muito tímido e não gosta de se expor. Sabe falar a sequência de números até 100. Observações: LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação, como braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. O aluno faz uso da comunicação oral como principal sistema de comunicação; tem boa compreensão do que é solicitado e sabe se expressar oralmente. Entretanto, como é tímido demais, sua fala às vezes é baixa, não sendo compreendido pelos outros. Tem dificuldades para ler frases simples na lousa e no caderno; a cópia é realizada de forma lenta e desorganizada. Não consegue escrever com letra cursiva no caderno. Prefere trabalhar com letras móveis de plástico; só assim se interessa em escrever palavras ditadas pela professora. Demonstra encontrar-se no nível silábico-alfabético. Observações: o aluno precisa de materiais adaptados, pois apresenta dificuldade para escrever no caderno comum, com letra cursiva. RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, compreensão de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. Quanto ao raciocínio lógico matemático, o aluno realiza as quatro operações simples com apoio de material concreto e orientação individual e sistemática do professor. Observações: FUNÇÃO MOTORA DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades)

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Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal e coordenação motora. O aluno se locomove bem em sala de aula, entretanto, manifesta dificuldades no uso e organização do material escolar e na orientação espaço-temporal em ambientes pouco conhecidos. Nas atividades de manipulação de objetos, como as que usam a tesoura e jogos de quebra-cabeça, dominó ou de encaixe, não tem bom desempenho, precisando de ajuda dos colegas ou do professor. Observações: muitas das dificuldades que o aluno apresenta estão relacionadas com a falta de adequação de material. FUNÇÃO PESSOAL E SOCIAL ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento, medos; interação grupal, cooperação e afetividade. Apresenta grande timidez, portanto, conversa pouco com os colegas, fala muito baixo e mantém-se grande parte do tempo com a cabeça baixa ou debruçado sobre sua carteira. Observações:

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ANEXO 24 PARTE II – PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM BAIXA VISÃO NOME DO ALUNO: V.I.P. SÉRIE: 3.º ano do Ensino Fundamental ANO: XXXX DATA DE NASCIMENTO: XX/XX/XX - IDADE ATUAL: 11 ANOS PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: XXXX PROFESSOR DO AEE: XXX PROFESSOR DA CLASSE REGULAR: XXX

1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO ÂMBITO: ESCOLA Ações necessárias já existentes: - Encaminhamento do aluno para a Sala de Recursos Multifuncional (AEE); - Envolvimento do aluno nas atividades propostas. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Orientar a família, funcionários e professores sobre as necessidades especiais do aluno; - Sinalizar com marca/letra ampliada nos diferentes ambientes da escola; - Providenciar material pedagógico de tamanho ampliado para uso na sala regular. Responsáveis: - Diretor da escola; - Coordenador Pedagógico; - Professor da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional. ÂMBITO: SALA DE AULA Ações necessárias já existentes: - Orientação individual e sistemática ao aluno; - Desenvolvimento de atividades musicais. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Providenciar material ampliado; - Usar de forma adequada o material pedagógico ampliado;

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- Desenvolver atividades grupais para o aluno superar sua timidez; - Realizar jogos e brincadeiras com material adaptado que favoreçam a interação entre os alunos e estimulem sua expressão oral. Responsáveis: - Professor regente da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Coordenador Pedagógico. ÂMBITO: FAMÍLIA Ações necessárias já existentes: - Participar das atividades propostas pela escola; - Acompanhar e orientar o aluno nas tarefas de casa. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Ampliar as possibilidades de socialização do aluno; - Envolver a criança em atividades domésticas que exijam a organização espacial e temporal. Responsáveis: - Pais. ÂMBITO: SAÚDE Ações necessárias já existentes: - Acompanhamento sistemático com oftalmologista. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Manter acompanhamento sistemático com oftalmologista com orientações para o professor da sala regular e para o professor da Sala de Recursos Multifuncional. Responsáveis: - Pais; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Professor da sala regular; - Coordenador pedagógico. 2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO TIPO DE AEE ( ) Sala de Recursos Multifuncional ( ) Intérprete na sala regular ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

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FREQUÊNCIA SEMANAL ( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO ( ) 50 minutos por atendimento ( ) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO ( ) Atendimento individual ( ) Atendimento grupal ( ) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ( ) Fonoaudiologia ( ) Psicologia ( ) Assistência social ( ) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outro? Qual?

ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE (X) Orientação ao professor de sala de aula. Quais? Orientação quanto à produção e ao uso de material ampliado durante as aulas, bem como na organização de atividades grupais dentro e fora da sala que proporcionem a interação do aluno com os colegas da turma. ( ) Orientação ao professor de Educação Física. Quais? (X) Orientação aos colegas de turma. Quais? Conversar com os alunos sobre a amizade e os ajustes necessários para se garantir a participação de M.A.C. nos jogos e nas brincadeiras propostas pelo grupo. Jogos de sensibilização com o grupo-classe para que compreendam quais são as necessidades especiais do aluno e a importância do trabalho solidário dentro da sala de aula. ( ) Orientação ao diretor da escola. Quais? (X) Orientação ao coordenador pedagógico. Quais? Necessidade de se fazer ajustes na sinalização dos diferentes ambientes da escola para se garantir a

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segurança de M.A.C. e contato com família para acompanhar sua condição de saúde (oftalmologista). (X) Orientação à família do aluno. Quais? Necessidade de M.A.C. frequentar uma atividade extraclasse, ter amigos em casa para brincar e, também, envolver a criança em atividades domésticas que favoreçam o seu desenvolvimento. (X) Orientação aos funcionários da escola. Quais? Tratar o aluno normalmente, não fazer comentários sobre sua deficiência publicamente e fazer pequenos ajustes no momento da entrega da merenda, tendo como apoio a informação oral. ( ) Outras orientações. Quais?

3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL Apontar as áreas e o que será desenvolvido com o aluno, em cada uma delas, no AEE. Área Cognitiva: organização temporal e espacial; interpretação e compreensão de situações, fatos e histórias; percepção visual, auditiva tátil e sinestésica; memória visual e auditiva; sequência lógica; noção de conservação, seriação e classificação; cálculo; linguagem oral e escrita; expressão oral; função simbólica. Área Motora: esquema corporal (percepção global do corpo); controle postural; habilidade manual; técnicas gráficas; orientação espacial e temporal. Área Social: dramatização; imitação; jogos de expressão corporal.

OBJETIVOS Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área, no AEE. Área Cognitiva: desenvolver a noção temporal e espacial; interpretar e compreender textos; desenvolver a percepção visual, auditiva, tátil e sinestésica; ampliar a memória visual e auditiva; organizar fatos em sequência lógica; desenvolver a habilidade de cálculo; desenvolver a expressão oral e competência para a escrita. Área Motora: desenvolver a percepção global do corpo com equilíbrio e controle postural; desenvolver habilidade manual; apreender técnicas gráficas; desenvolver a orientação espacial e temporal. Área Social: desenvolver habilidades sociais e expressão oral de forma a proporcionar a interação com colegas.

ATIVIDADES DIFERENCIADAS Descrever as atividades que pretende desenvolver, no AEE, com o aluno.

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( ) Comunicação alternativa ( ) Informática acessível ( ) Libras (X) Adequação de material ( ) Outra? Qual?

METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE. Exercícios de coordenação motora na lousa e no caderno com pauta ampliada e de dramatização; narração de fatos e histórias contadas, interpretação oral de fatos vivenciados pelo aluno; leitura de palavras e frases escritas com letra ampliada, jogos de sequência lógica temporal e espacial; jogos de alfabetização no computador; atividade de recorte, colagem e perfuração; jogos de formação de palavras com letras móveis; exercícios de repetir os sons e identificar a sequência de sons dos instrumentos da bandinha rítmica; brincadeiras de passar por dentro e por fora do bambolê, percurso na sala com sinalizadores visuais; cópia de palavras da lousa, no caderno, com pauta ampliada; ditado de palavras com uso de letras móveis; dramatização com fantoches; gincana com jogo de equilíbrio corporal; contas de adição, subtração, multiplicação e divisão usando material concreto; simulação de situações cotidianas de compra e venda, bem como de uso da escrita; associação de palavras a figuras; produção de cartazes, bilhetes e cartas com uso da caneta preta hidrocor, confecção de maquete da escola; jogo dos sete erros para identificar personagens e objetos, jogo da cruzadinha para identificar o número de letras da palavra

RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE. Computador para ampliar a letra; letras móveis para alfabetização; programas de computador que ampliam o tamanho das figuras; uso de mapas e desenhos ampliados; uso de jogos e atividades com figuras de cores contrastantes e sem detalhes; uso de bambolê, bola e bastão para desenvolver a percepção corporal; textos com letras ampliadas; fantoches; bandinha rítmica; livros de literatura com figuras de cores contrastantes; jogos ampliados de sequência lógica; jogos de percepção visual, auditiva, tátil e sinestésica com materiais de cores contrastantes e ampliados; maquetes; material dourado; caderno com pauta ampliada; tutor de leitura com cores contrastantes.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE.

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- 1.º bimestre: localização espacial e temporal; interpretação de fatos e situações; narrativa em sequência lógica; seriação e classificação de objetos; cálculo simples com apoio de material concreto (adição e subtração); narração de histórias com fantoche; coordenação motora com recorte, colagem, realização de desenhos e escrita de palavras. - 2.º bimestre: interpretação de textos oralmente; percepção visual, auditiva, tátil e sinestésica de objetos; memória visual de letras e palavras; cálculos simples com apoio de material concreto (adição, subtração, multiplicação e divisão); coordenação motora (escrita de palavras e frases) em caderno com pauta ampliada; formação de palavras a partir de letras móveis ampliadas, identificação de palavras em frases e textos. - 3.º bimestre: interpretação oral de textos e situações vividas; memória auditiva e visual (correspondência entre grafemas e fonemas); organização de cenas em sequência lógica com narrativa oral; relação entre palavras e figuras; habilidade de recorte, colagem, perfuração; identificação de figura e personagens presentes em cenas com desenho ampliado. - 4.º bimestre: leitura de palavras, frases e textos simples com apoio de figuras; cálculo com apoio de material concreto (adição, subtração, divisão e multiplicação); relacionar frases a figuras (ampliadas); narração oral e dramatização de históricas com sequência lógica; identificação de palavras; ditado de palavras e frases no caderno com pauta ampliada (letra cursiva).

AVALIAÇÃO DO PERÍODO No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no desempenho escolar do aluno. Os objetivos alcançados no AEE no transcorrer do ano que repercutiram no desenvolvimento escolar de M.A.C. foram: - Desenvolvimento da organização temporal e espacial de fatos vividos e de histórias contadas; ampliação de vocabulário; narrativa oral considerando a sequência lógica das ações. Ampliação da memória visual e auditiva das letras e dos números de 0 a 100. Realização de cálculos simples (adição, subtração, multiplicação e divisão com apoio de material concreto e orientação individualizada). Na escrita, atingiu o estágio alfabético, mas ainda apresenta dificuldades com as sílabas complexas. Conseguiu aprender a escrever palavras e frases simples, com o apoio do professor, no caderno com pauta ampliada usando canetinha hidrocor preta (para dar o contraste). Conseguiu copiar da lousa, quando a palavra estava escrita com letra bastão ampliada. Aprendeu a usar o computador, ajustando a letra para o tamanho 36 (zona de conforto para M.A.C.). Desenvolveu a percepção visual, auditiva (discriminação de sons de diferentes instrumentos musicais) e tátil. Melhorou consideravelmente sua postura mantendo a cabeça melhor posicionada, sem apresentar tanta timidez. Está mais seguro, conseguindo ter domínio espacial por todos os ambientes da escola e da sala de aula. Tem alguns amigos com os quais brinca no recreio e

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interage com quase todos os alunos da sua sala. Para o ano seguinte, seria interessante dar continuidade ao trabalho de interpretação e compreensão, oral e escrita, de histórias e textos. M.A.C. demonstrou grande interesse por música, podendo ser explorada de forma sistemática a sua percepção auditiva. Quanto à alfabetização, precisa melhorar seu desempenho na escrita cursiva e no uso do computador, tanto para leitura como para a produção de texto. Também seria interessante continuar o trabalho de coordenação motora para melhorar sua habilidade manual (perfuração, recorte, colagem). Quanto ao cálculo, M.A.C. pode iniciar a realização de operações sem o uso do material concreto, tendo apenas o apoio da letra/número de tamanho ampliado. Quanto à socialização, precisa continuar sendo solicitado pelo grupo a participar das atividades e brincadeiras, bem como expressar suas ideias e opiniões sobre os assuntos desenvolvidos nas aulas. DATA: NOME DO PROFESSOR DO AEE: ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE:

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ANEXO 25

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)

PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM SURDOCEGUEIRA 1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: ......................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: IDADE ATUAL: ................... ENDEREÇO: ..................................................................................................... BAIRRO: ........................................................................................................... CIDADE: ...........................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ................................................................................................. NOME DA MÃE: ............................................................................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ........................................ PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: ...................................... NÚMERO DE IRMÃOS: ................................................................................... MORA COM: ....................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: .......................................................................................... ENDEREÇO DA ESCOLA: ................................................................................ ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): ............................. IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: .......................................................... HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: O aluno iniciou na Educação Infantil aos quatro anos de idade (EMEI), na qual permaneceu por três anos. Aos sete anos, foi matriculada em uma EMEF no primeiro ano de Ensino Fundamental. No segundo ano, foi retida, pois precisou faltar demasiadamente nas aulas devido aos problemas visuais que começou a apresentar.

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HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: frequentou a Sala de Recursos Multifuncional duas vezes por semana, de forma complementar à sala regular, desde quando iniciou o primeiro ano do Ensino Fundamental. A partir desse ano, quando completou nove anos e com o diagnóstico da Síndrome de Usher, passou a frequentar a Sala de Recurso Multifuncional três vezes por semana. Desde que colocou o Aparelho de Amplificação Sonora Individual (18 meses) até sete anos, teve atendimento fonoaudiológico e pedagógico em um Centro de Reabilitação da cidade. Lá teve terapia da fala e aprendeu a Língua Brasileira de Sinais. MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): apresenta comprometimento auditivo e visual que impede/dificulta a comunicação oral e escrita. Dificuldade para ler textos impressos à tinta, visualizar matéria na lousa e expressar suas ideias por meio da escrita. Problema com interpretação e compreensão de textos.

4- AVALIAÇÃO GERAL 4.1- Âmbito familiar Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno. 1- Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): o pai

nunca aceitou a surdez de sua filha A.A.O. Após o nascimento do terceiro filho (quando A.A.O. tinha cinco anos), o pai se separou da mãe, e a avó materna veio morar com a família para ajudar na criação dos alunos. Atualmente, A.A.O. mora com a mãe, os irmãos (de sete e quatro anos) e a avó materna, em uma casa popular (própria) de dois quartos, sala, cozinha e dois banheiros, na periferia da cidade.

2- Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicações, expectativas): o pai mantém pouco contato com os filhos, principalmente com A.A.O. Não fica sozinho com a filha, não aceita usar a Libras e não conversa sobre seu problema visual que está se agravando. A mãe, ao saber que a filha portava a Síndrome de Usher, que provoca a surdez e a cegueira, entrou em depressão. Atualmente, faz acompanhamento psicológico e toma medicamento. A mãe e a avó materna são muito presentes e carinhosas com A.A.O. Aprenderam a usar a Libras e tentam ensinar os outros filhos, garantindo a comunicação de A.A.O. com os irmãos. A mãe tem uma preocupação muito grande com o futuro da filha, tem medo que ela se machuque e que seja enganada por alguém.

3- Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar: a mãe e a avó

consideram a escola muito importante. Moram próximo a ela. A avó é muito cuidadosa e leva A.A.O. e seu irmão para a escola todos os dias. Demonstra interesse pelo desenvolvimento da neta. Na medida do possível, orienta-a na realização das tarefas de casa. Também é a avó que leva A.A.O. para o

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atendimento na Sala de Recursos Multifuncional três vezes por semana, bem como no atendimento fonoaudiológico, uma vez por semana. No ano passado, a aluna faltou demasiadamente na escola, pois começou a apresentar problemas visuais e precisou realizar muitos exames. Esse ano ela está frequentando.

4.2- ÂMBITO ESCOLAR Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às necessidades educacionais do aluno: 1. Em relação à cultura e filosofia da escola: a escola matricula regularmente

alunos com necessidades educacionais especiais e já desenvolveu vários projetos de sensibilização para a comunidade escolar: curso de Libras, discussão de obra literária que trata sobre inclusão, oficinas de arte sobre a questão da inclusão da pessoa com deficiência na escola etc. A escola já tinha uma sala de recursos e há dois anos recebeu os materiais da Sala de Recursos Multifuncional. Quando A.A.O. foi matriculada, sofreu rejeição pelo grupo, mas, aos poucos, com a orientação da professora especializada e o apoio do coordenador pedagógico, a situação foi mudando. Atualmente, a escola é mais acolhedora e se propõe a aprender a trabalhar com a aluna.

2. Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): é uma escola nova que foi inaugurada há oito anos. Tem boas condições de acessibilidade física (banheiros adaptados, corrimão, piso antiderrapante, rampas) e ampla gama de material e recursos pedagógicos (TV, data show, DVD, scanner, computador, retroprojetor, mapas em alto-relevo, jogos etc.) que podem ser adaptados para deficientes. Tem dois professores especializados em AEE que atuam nas Salas de Recursos Multifuncionais da escola que atendem os alunos e, também, orientam os professores das classes regulares e os funcionários. As turmas de alunos são organizadas no início do ano pelos gestores, com a participação dos professores, que delimitaram em 25 o número de alunos das salas que contêm alunos com deficiência. São desenvolvidos anualmente projetos para as famílias sobre a questão da inclusão escolar e a eliminação de toda forma de discriminação. A avaliação é feita de forma continuada, e os professores devem atribuir menções bimestrais para cada aluno. No caso do aluno com deficiência, é elaborada a adequação curricular individual, e a sua avaliação é baseada neste documento. Mensalmente, em horários de estudo pedagógico, são realizados Estudos de Casos de alunos que apresentam problemas em seu processo de escolarização.

3. Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): a escola conta com alunos estagiários do Curso de Pedagogia que ajudam os professores que têm alunos com deficiência na sala de aula. É o caso da turma de A.A.O., que tem uma estagiária fixa para apoiar a professora da

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classe. A escola não tem intérprete para surdos, mas promove anualmente curso de Libras para alunos, pais, funcionários e professores da escola. Os professores da Sala de Recursos Multifuncional mantêm contato sistemático com profissionais da saúde para trocarem informações. A fonoaudióloga que atende A.A.O. está sempre presente na escola, e seu contato com a professora do AEE se intensificou depois que foi diagnosticada a deficiência visual da aluna.

4. Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores,

gestores, pais etc.): quando a aluna começou a frequentar a EMEF, professores, alunos e funcionários negligenciaram as suas necessidades educacionais. A.A.O. ficava isolada e não participava das atividades propostas. Depois, com o desenvolvimento de projetos e reuniões sistemáticas promovidos pelo professor do AEE e pela coordenação pedagógica, começaram a mudar de atitude. Atualmente, A.A.O. é respeitada por todos que tentam, na medida do possível, compreender o que ela está falando e procuram favorecer sua participação nas atividades, festividades e passeios organizados pela escola. Todos ficaram muito chocados com a informação de que a aluna iria ficar cega. Estão assim tentando conhecer os possíveis recursos e/ou estratégias que deverão ser usados para garantir a comunicação com ela.

5. Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e

continuada, motivação para trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas, estratégias avaliativas, apoio de especialistas etc.): a professora da aluna A.A.O. é pedagoga, com habilitação em administração escolar, porém, já participou de um curso de Libras proporcionado pela escola. Afirma também que já tinha trabalhado com alunos surdos e que tem grande interesse em tornar-se fluente em Libras. Quando ficou sabendo que A.A.O. iria apresentar também a deficiência visual, ficou muito abalada. Percebeu que ela não conseguia mais copiar da lousa, precisava se aproximar das pessoas para enxergar os sinais da Libras, apresentava dificuldades de se locomover sozinha por espaços desconhecidos, não conseguia mais escrever no caderno com pauta simples e tinha dificuldades para reconhecer pessoas, razão que levou a professora a encaminhar a aluna para avaliação oftalmológica. Fechado o diagnóstico da Síndrome de Usher, a professora solicitou que a aluna passasse a receber três atendimentos semanais na Sala de Recursos Multifuncional. Também pediu orientações da professora do AEE e começou a usar algumas estratégias na sala de aula, como: aproximar mais a criança da lousa e da sua mesa, avisar a aluna sobre os objetos espalhados na sala e utilizar materiais ampliados e com informações táteis.

5- AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- Condições de saúde geral Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva:

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1- Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual, física ou intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? Sim, diagnóstico de Síndrome de Usher – Tipo 1 que provoca surdocegueira. Surdez congênita e cegueira com início dos sintomas na pré-adolescência. 1.1- Se sim, qual a data e resultado do diagnóstico? Foram feitos vários exames audiológicos nos primeiros meses de vida de A.A.O. Os resultados demonstraram que aos seis meses de vida ela apresentava surdez profunda bilateral congênita. Os exames oftalmológicos foram realizados quando A.A.O. tinha oito anos. Foi diagnosticado que ela apresenta problema visual degenerativo (retinose pigmentar) devendo chegar, futuramente, a cegueira em ambos os olhos. 1.2- Se não, qual é a situação do aluno, quanto ao diagnóstico? 2- Tem outros problemas de saúde? Não, o aluno apresenta boa saúde. 2.1- Se sim, quais? 3- Faz uso de medicamentos controlados? Não utiliza medicamentos. 3.1- Se sim, quais? 3.2- O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique. 4- Existem recomendações da área da saúde? Sim. 4.1- Se sim, quais? Atualmente, precisa de avaliação visual periódica para acompanhamento da perda da acuidade visual. 5.2- Necessidades educacionais especiais do aluno Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva: 1- Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s):

surdocegueira. 2- Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: atualmente,

utiliza a Língua Brasileira de Sinais, a oralidade, os gestos caseiros e a escrita. Futuramente, precisará usar o braille e a Libras Tátil.

3- Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: escrita em tipo ampliado, softwares para ampliação de letra e tradutor de língua de sinais.

4- Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno: bengala, material em tipo ampliado, braille, soroban, reglete, lupa, pincel atômico, caderno com pauta ampliada, softwares específicos para alunos com surdocegueira, material didático em alto-relevo ampliado e com contraste de cores, jogos táteis e programas de computador que utilizam a Libras.

5- Implicações da NEE do aluno para a acessibilidade curricular: a aluna apresenta dificuldade em acessar o currículo escolar proposto para sua série, em decorrência da surdez e da dificuldade visual que comprometem a comunicação. São necessárias adaptações no âmbito da escola, da sala da aula e individuais. Ela foi encaminhada para o Atendimento Educacional Especializado três vezes por semana.

6- Outras informações relevantes: como ainda apresenta resíduo visual, a professora está usando a Libras e desenvolvendo os conteúdos por meio de material ampliado, direcionando-o para o seu campo visual. A equipe escolar se propôs a conhecer e aprender a Libras Tátil, necessária, futuramente, para a escolarização da aluna.

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5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO FUNÇÃO COGNITIVA PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. A aluna tem surdez neurossensorial congênita bilateral profunda e baixa percepção visual (visão de túnel). Apresenta perda de visão periférica, indícios de cegueira noturna, dificuldade em seguir um objeto em movimento e reação negativa a ambientes muito iluminados. As percepções tátil, olfativa e sinestésica estão bem desenvolvidas. Identifica com facilidade cheiros e odores. Em relação ao desenvolvimento da noção temporal, consegue organizar ações em sequência lógica e, por meio da Língua de Sinais, consegue explicar experiências vividas seguindo uma sequência lógica. Em relação à organização espacial, como está perdendo a visão, começou a tropeçar, trombar em objetos e derrubar materiais que não estão dentro do seu campo visual. Observações: o comprometimento visual de A.A.O. está ficando mais acentuado, o que restringe sua capacidade de comunicar-se por meio da Libras e de receber informações por meio de figuras e gestos. ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens. A atenção da aluna antes era direcionada principalmente para as informações visuais. Agora, com o aparecimento dos sintomas da retinose pigmentar, começa a focar as informações olfativas, sinestésicas e táteis. Consegue identificar pessoas e objetos por meio do tato e usando sua visão residual. Esforça-se bastante para identificar as imagens que estão dentro do seu campo visual. Manifesta atenção e interesse em realizar as atividades propostas, desde que consiga realizá-las. Observações: manifesta medo e insegurança em ambientes escuros. MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. A.A.O. é uma aluna muito determinada. Memoriza com facilidade o que aprende. Demonstra boa memória olfativa e sinestésica. Em relação à memória tátil, precisa ser mais trabalhada para iniciar o trabalho com o braille. A memória espacial também deve ser desenvolvida, pois a aluna está tropeçando e trombando demasiadamente nas pessoas e nos objetos. Observações:

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LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação como Braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. O principal meio de expressão da aluna é a Língua Brasileira de Sinais, com apoio da fala (algumas palavras que consegue emitir). Compreende razoavelmente a fala dos outros por meio da leitura labial. Entretanto, desde o ano passado, quando começou a apresentar os sintomas da retinose pigmentar e sua visão periférica ficou comprometida, precisa que os sinais manuais, bem como a boca de quem fala, estejam dentro do seu campo visual. Consegue realizar leitura de algumas palavras se o material estiver com letra ampliada. A escrita depende do uso do caderno com pauta larga. Consegue formar algumas palavras com letras móveis e está aprendendo a utilizar o braille e softwares específicos para surdos. Precisa de ambientes com luminosidade adequada, sentar próximo à professora, contraste de cores na lousa e uso de letra bastão. Tem facilidade para compreender jogos de computador e concentra-se nas atividades e tarefas. Está começando a fazer relação entre o código braille e a língua escrita. Por meio da memória visual, aprendeu a escrever algumas palavras. Manifesta alegria quando consegue realizar a atividade proposta e grita quando não entende ou não consegue realizá-la. Observações: atualmente, para interagir e identificar seus colegas, está se aproximando e apoiando-se em pistas táteis (brinco, pulseira, cabelo) e olfativas (perfume, cheiros). RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. Quanto ao raciocínio lógico-matemático, realiza as operações de adição e subtração simples com apoio de material concreto e orientação individual e sistemática do professor. Quanto à divisão e multiplicação, ainda apresenta dificuldades. Relaciona numeral à quantidade e compreende a noção de unidade e dezena, manuseando muito bem o material dourado. Observações: a partir do próximo ano, há necessidade de se enfatizar o trabalho com o apoio de material tátil e em alto-relevo. FUNÇÃO MOTORA DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades)

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Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal e coordenação motora. Desde o ano passado, com o surgimento do problema visual, a aluna está apresentando dificuldades para se locomover de forma autônoma na escola e na sala de aula. Tropeça demasiadamente, esbarra nas carteiras dos colegas e não encontra sempre os materiais solicitados, o que a deixa muito nervosa. Aos poucos, está se adaptando à sua nova situação. Começou a focar melhor os objetos e a usar o tato para identificar obstáculos à sua frente. Consegue escrever com letra cursiva em caderno com pauta ampliada e com caneta de ponta grossa. Participa das atividades de educação física, apresentando dificuldades em exercícios que exigem equilíbrio corporal e orientação espacial. Observações: precisa aprender a orientar-se e movimentar-se de forma independente e autônoma por ambientes desconhecidos. FUNÇÃO PESSOAL E SOCIAL ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento e medos; interação grupal, cooperação e afetividade. Até completar oito anos, apresentava ótima interação social com o grupo-classe e os professores da escola. Fazia questão de participar de todas as atividades e se propunha a ensinar a Libras para todos que tivessem interesse. Depois que começou a apresentar problemas visuais, demonstrou ansiedade, nervosismo e impaciência. Em algumas situações, quando não consegue entender o que está sendo proposto, grita para chamar a atenção. Tem muito medo do escuro, negando-se a entrar na sala de vídeo. É muito próxima da professora e de algumas colegas que estão ajudando A.A.O. a adaptar-se à nova situação. Aceita carinho e gosta quando é oferecida atenção individualizada. Observações:

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ANEXO 26 PARTE II – PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM SURDOCEGUEIRA NOME DO ALUNO: A.A.O. SÉRIE: 2.º ano do Ensino Fundamental ANO: XXXX DATA DE NASCIMENTO: XX/XX/XX - IDADE ATUAL: 9 ANOS PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: XXXX PROFESSORA DO AEE: XXXX PROFESSORA DA CLASSE REGULAR: XXX

1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO ÂMBITO: ESCOLA Ações necessárias já existentes: - Encaminhamento do aluno para a Sala de Recursos Multifuncional (AEE), três vezes por semana; - Envolvimento do aluno em todas as atividades propostas; - Aquisição e uso de material pedagógico de tamanho ampliado para uso na sala regular. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Orientar a família, os funcionários e os professores sobre as necessidades especiais do aluno (Libras Tátil); - Desenvolver projetos junto à comunidade escolar sobre a questão da inclusão; - Sinalizar com marca/letra ampliada ou código braille os diferentes ambientes da escola; - Fortalecer o trabalho cooperativo entre profissionais da saúde, família e escola. Responsáveis: - Diretor da escola; - Coordenador Pedagógico; - Professor da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional. ÂMBITO: SALA DE AULA Ações necessárias já existentes: - Uso adequado de material pedagógico ampliado; - Sensibilização do grupo-classe a respeito das necessidades especiais da pessoa com surdocegueira por meio de jogos e brincadeiras; - Parceria com os gestores, profissionais da saúde e professores especializados.

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Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Proporcionar atividades grupais que exigem o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e da função visual, olfativa e tátil; - Realizar atividades que favorecem o desenvolvimento da independência e da autonomia; - Desenvolver atividades que estimulam a percepção sinestésica, tátil, olfativa e gustativa. Responsáveis: - Professor regente da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Coordenador Pedagógico. ÂMBITO: FAMÍLIA Ações necessárias já existentes: - Participação nas atividades e nos cursos propostos pela escola; - Acompanhamento e orientação do aluno nas tarefas de casa; - Acompanhamento da aluna nos atendimentos da área da saúde e nos atendimentos do AEE. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Oferecer novas possibilidades de socialização do aluno com outros alunos; - Envolver a criança em atividades domésticas que exijam a coordenação motora, a percepção tátil, gustativa e olfativa, bem como a organização espacial e temporal. Responsáveis: - Pais e familiares; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Coordenador pedagógico. ÂMBITO: SAÚDE Ações necessárias já existentes: - Avaliação oftalmológica sistemática; - Terapia fonoaudiológica; - Atendimento psicológico para a mãe. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Realizar avaliação funcional da visão sistematicamente. Responsáveis: - Oftalmologista, fonoaudiólogo e psicólogo. 2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

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TIPO DE AEE (X) Sala de Recursos Multifuncional (X) Intérprete na sala regular (uso da Libras Tátil) ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

FREQUÊNCIA SEMANAL ( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional (X) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional (X) Todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) Outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO (X) 50 minutos por atendimento (X) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO (X) Atendimento individual ( ) Atendimento grupal (X) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS (X) Fonoaudiologia (X) Psicologia ( ) Assistência social (X) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outro? Qual?

ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE (X) Orientação ao professor de sala de aula. Quais? Orientação quanto à produção e ao uso de material ampliado e da Libras Tátil. Organização de atividades que proporcionem o desenvolvimento da percepção tátil, sinestésica, olfativa e gustativa, garantindo a acessibilidade curricular e a preparação para o uso do braille, da reglete, do soroban e da bengala. (X) Orientação ao professor de Educação Física. Quais? Adequar as atividades propostas às necessidades da aluna, usando recursos táteis,

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olfativos e sinestésicos. Desenvolver atividades que favoreçam a interação e socialização, bem como o desenvolvimento motor e a orientação espacial da aluna. (X) Orientação aos colegas de turma. Quais? Conversar com os alunos sobre as adaptações necessárias para se garantir a participação de A.A.O. nos jogos, nas atividades e nas brincadeiras propostas pelo grupo. Jogos de sensibilização com o grupo-classe para que compreendam quais são as necessidades especiais de uma pessoa com surdocegueira e a importância do uso de Libras Tátil. Orientações aos alunos para atuarem como “guias” da aluna na escola, facilitando sua orientação e mobilidade. (X) Orientação ao diretor da escola. Quais? Apontar que a escola deve promover cursos/oficinas de sensibilização e capacitação para a questão da inclusão de alunos com deficiência. A escola precisa desenvolver projetos que levem o conhecimento sobre Libras Tátil para funcionários, professores, alunos e familiares. Precisa também providenciar os materiais adaptados para a aluna. (X) Orientação ao coordenador pedagógico. Quais? Necessidade de se fazer ajustes na sinalização dos diferentes ambientes da escola para se garantir a segurança e a participação de A.A.O. Organizar as atividades da escola considerando as necessidades especiais da aluna. (X) Orientação à família do aluno. Quais? Acompanhar e orientar a aluna nas tarefas escolares, matriculá-la em uma atividade extraclasse, para promover sua interação com outras pessoas, levar os amigos de A.A.O. para brincar na sua casa e, também, envolver a criança em atividades domésticas que favoreçam o seu desenvolvimento. (X) Orientação aos funcionários da escola. Quais? Explicar quais são as competências e as limitações da aluna e o modo como deve ser tratada. Não fazer comentários sobre sua deficiência publicamente. Fazer pequenos ajustes no momento da entrega da merenda, tendo como apoio o uso de pistas táteis e sinestésicas. Usar Libras no campo visual da aluna. ( ) Outras orientações. Quais? ---

3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL Apontar as áreas e o que será desenvolvido com o aluno, em cada uma delas, no AEE . Área Cognitiva: ampliação do tempo de atenção e concentração; desenvolvimento da memória visual relacionada com a memória tátil, gustativa e olfativa; desenvolvimento da sequência lógica espacial e temporal; compreensão e interpretação de experiências e fatos; noção de seriação e cálculo; linguagem gestual e escrita; função simbólica. Área Motora: esquema corporal (percepção global do corpo); controle postural; equilíbrio; coordenação motora (uso de Libras Tátil); coordenação de movimentos manuais; orientação e coordenação espacial e temporal. Área Social: interação com colegas; expressão corporal; jogos grupais.

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OBJETIVOS Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área, no AEE. Área Cognitiva: ampliar o tempo de atenção e concentração; desenvolver a memória visual, tátil, gustativa e olfativa; desenvolver a noção temporal e espacial; interpretar e compreender as experiências vividas e fatos narrados; organizar fatos em sequência lógica; desenvolver a habilidade de cálculo simples (adição, subtração, multiplicação e divisão); desenvolver a expressão gestual e competência para a escrita. Área Motora: desenvolver a percepção global do corpo com equilíbrio e controle postural; desenvolver habilidade manual para aprender Libras Tátil; iniciar o aprendizado do braille; desenvolver a orientação e coordenação espacial (preparação para uso da bengala); desenvolver a noção temporal com atividades práticas e representativas. Área Social: desenvolver habilidades sociais e expressão gestual e corporal de forma a proporcionar a interação com colegas.

ATIVIDADES DIFERENCIADAS Descrever as atividades que pretende desenvolver, no AEE, com o aluno. ( ) Comunicação alternativa (X) Informática acessível (X) Libras (X) Adequação de material: material com letra de tamanho ampliado. (X) Outra? Qual?

METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE. - Exercícios de atenção e concentração, como: jogos de encaixe, identificação de objetos iguais, jogo dos sete erros, identificação de letras e palavras. Jogos de identificação de sabores, cheiros, formas e figuras com apoio de Libras. - Atividades que solicitam a interpretação de fatos e experiências vividas por meio do uso de diferentes instrumentos simbólicos (narrativa–Libras, dramatização, imitação, desenho, uso de objetos). Exercícios de cálculo com o uso de ábaco, material dourado, fichas e objetos (jogos de computador). - Escrita de palavras por meio de letras ampliadas e fichas (pranchas) que relacionam o alfabeto braille com o comum. Jogos de sequência lógica e de orientação e coordenação espacial e temporal (de computador e práticos). - Exercícios que desenvolvem a lateralidade. Exercícios de coordenação motora com a escrita no chão, na lousa e no caderno com pauta ampliada. - Alinhavo, perfuração, modelagem. Atividades de sensibilização corporal, equilíbrio e controle postural. Jogos grupais e atividades que exigem a interação e a comunicação entre os alunos.

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RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE. - Computador para ampliar a letra; jogos em geral e jogos de computador; letras móveis para alfabetização; pranchas com as letras no alfabeto braille; programas de computador que ampliam o tamanho das figuras e letras; uso de desenhos ampliados; uso de bambolê, bola, bastão para desenvolver a percepção corporal; textos com letras ampliadas; livros de literatura com figuras de cores contrastantes; jogos ampliados de sequência lógica; jogos de percepção visual, gustativa, olfativa e tátil com materiais de cores contrastantes e ampliados; maquetes; material dourado e ábaco; caderno com pauta ampliada; tutor de leitura; material para perfuração e alinhavo; massa de modelar

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE. - 1.º bimestre: tempo de atenção e concentração; memória visual; localização espacial e temporal; compreensão de fatos e situações; narrativa (Libras) em sequência lógica; seriação de objetos; cálculo simples com apoio de material concreto (adição e subtração); coordenação motora com perfuração e alinhavo, realização de desenhos e escrita de palavras com apoio de fichas com letra ampliada. - 2.º bimestre: tempo de atenção e concentração; interpretação de fatos e situações; memória visual, gustativa e olfativa; cálculos simples com apoio de material concreto (adição e subtração); coordenação motora (escrita de palavras e frases) em caderno com pauta ampliada; formação de palavras a partir de letras móveis ampliadas e fichas; identificação da relação letras do alfabeto em braille e alfabeto comum, equilíbrio e postura corporal. - 3.º bimestre: organização de histórias em sequência lógica; interpretação de situações e fatos vividos por meio de Libras e dramatização; memória auditiva, tátil, olfativa e gustativa; correspondência entre o alfabeto braille e o comum; relação entre a Libras Tátil e objetos; habilidade de perfuração e alinhavo; identificação de palavras, figuras e personagens em frases e desenhos (ampliado); cálculo com apoio de material concreto (multiplicação e divisão). - 4.º bimestre: leitura de palavras (forma ampliada); correspondência entre alfabeto braille e o comum; cálculo com apoio de material concreto (divisão e multiplicação); escrita de letras por meio da Libras Tátil; narração por meio da Libras; dramatização de históricas com sequência lógica; leitura de palavras e frases simples (letra ampliada); jogos grupais.

AVALIAÇÃO DO PERÍODO

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No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no seu desempenho escolar. Os objetivos alcançados no AEE no transcorrer desse ano que repercutiram no desenvolvimento escolar de A.A.O. foram: - Ampliação do tempo de atenção e concentração; desenvolvimento da memória visual, tátil, olfativa e gustativa; melhoria da sua localização espacial e temporal; compreensão de fatos e situações de forma mais organizada; narrativa (Libras) em sequência lógica; seriação de objetos; realiza cálculos simples com apoio de material concreto e orientação individualizada (adição, subtração, multiplicação e divisão); desenvolveu a coordenação motora com perfuração e alinhavo (modelos simples). Consegue fazer desenhos e escreve palavras com apoio de fichas com letra ampliada (fase silábico-alfabética), mas ainda apresenta dificuldades com sílabas complexas; está começando a fazer a correspondência entre letras do alfabeto braille e letras comuns (com orientação individual). Demonstrou que ampliou seu vocabulário (Libras) e melhorou a sua postura corporal e seu equilíbrio. Está aprendendo a usar o computador ajustando a letra para o tamanho 28 (zona de conforto para A.A.O.). Está mais segura, conseguindo caminhar de forma autônoma pela sala e escola. Tem amigos com os quais joga e realiza atividades na sala de aula. No recreio, fica um pouco isolada, reunindo-se sempre com uma mesma amiga. Para o ano seguinte, seria interessante dar continuidade ao trabalho de interpretação e compreensão, por meio de Libras e da dramatização. Também deve ser explorado o alinhavo e os exercícios de memória visual, tátil, gustativa e olfativa, pois A.A.O. manifestou grande interesse por essas atividades. Quanto a Libras Tátil, a aluna ainda apresenta grande dificuldade e pouco interesse. Isso deve ocorrer porque ainda se apoia no seu resíduo visual. Mesmo assim, há necessidade de solicitar o desenvolvimento desse código. Quanto à alfabetização, A.A.O. precisa melhorar seu desempenho na leitura e na escrita, bem como no uso do computador (tanto para leitura como para a produção de frases). Sobre o cálculo, A.A.O. pode iniciar a realização de operações sem o uso do material concreto, tendo apenas o apoio da letra/número de tamanho ampliado e o soroban. Para ampliar suas possibilidades de socialização, A.A.O. deve continuar a ter oportunidade de participar das atividades, dos jogos e das brincadeiras propostas pelo grupo, não só da sua sala, mas também da escola (com as adequações necessárias). DATA: NOME DO PROFESSOR DO AEE: ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE:

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ANEXO 27

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI)

PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM SURDEZ, USUÁRIO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) 1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: ........................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: IDADE ATUAL: .................... ENDEREÇO: ...................................................................................................... BAIRRO: ............................................................................................................ CIDADE: ............................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ................................................................................................. NOME DA MÃE: ............................................................................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ........................................ PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: ...................................... NÚMERO DE IRMÃOS: ................................................................................... MORA COM: ....................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: ENDEREÇO DA ESCOLA: ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: Ingressou na Educação Infantil aos quatro anos. Ao final do primeiro ano, não obteve resultados satisfatórios quanto à alfabetização e à apropriação do português escrito. Em razão da progressão continuada, aos oito anos, seguiu para o segundo ano; aos nove anos, cursou o terceiro ano e se encontra, com 10, cursando o 4º ano do Ensino Fundamental, com histórico de aprendizagem

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muito semelhante ao início de seu ingresso na escola. Apresenta uma séria defasagem curricular, não tendo sido alfabetizado, mas ainda é capaz de reconhecer grafemas, escrever o próprio nome, fazer listas de palavras memorizadas visualmente e produzir frases curtas com enunciados com estruturação gramatical própria de Libras, com ocorrências divergentes da norma culta, sendo necessário que explicite ao professor, por meio de gestos ou sinais nem sempre próprios da Libras, o sentido atribuído ao que escreveu. Participa, atualmente, de um programa de atendimento pedagógico, vinculado a uma universidade pública, direcionado às práticas de leitura e escrita, cujo objetivo é favorecer o letramento por meio da Libras. HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: frequentou a Sala de Recursos Multifuncional duas vezes por semana, de forma complementar à sala regular, desde quando iniciou o primeiro ano do Ensino Fundamental. A partir desse ano, quando completou nove anos e com o diagnóstico da Síndrome de Usher, passou a frequentar a Sala de Recurso Multifuncional três vezes por semana. Desde que colocou o Aparelho de Amplificação Sonora Individual (18 meses) até sete anos, teve atendimento fonoaudiológico e pedagógico em um Centro de Reabilitação da cidade. Lá teve terapia da fala e aprendeu a Língua Brasileira de Sinais. HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: Somente aos sete anos teve acesso à Sala de Recursos Multifuncional em período contrário, na rede estadual, em uma parceria com a rede municipal de ensino. Antes dessa idade, nunca passou pelo Atendimento Educacional Especializado. Não conta com intérprete em sala de aula, uma vez que não há na escola esse profissional contratado. A atual professora do ensino regular realiza um curso de Libras oferecido pela Secretaria Municipal de Educação. Não há interação entre essa professora e a especialista que atua na sala de recursos, em razão da localização de tal sala, em outra escola, distante daquela frequentada por P.S.S., e da indisponibilidade de tempo da professora do ensino regular, que atua em dois turnos de trabalho em duas escolas diferentes. MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): o encaminhamento para tal sala foi motivado, na oportunidade, pela necessidade de apropriação de Libras e do português escrito.

4- AVALIAÇÃO GERAL 4.1- ÂMBITO FAMILIAR Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno. 1- Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): os

pais são separados e residem em municípios vizinhos, sendo que P.S.S. mora com a mãe e dois irmãos (um de 12 anos e outro, 13) em uma casa de sete cômodos, num conjunto habitacional.

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2- Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicação, expectativas): o pai e os irmãos demonstram aceitar e utilizar a Libras para se comunicar com P.S.S. com mais facilidade do que a mãe, embora esta tenha passado a utilizar a Libras nas situações de interlocução com o filho. P.S.S. mantém contato frequente com o pai que é separado da mãe.

3- Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar: em casa, a criança tem tido mais contato com materiais escritos, como livros e jogos infantis.

4.2- ÂMBITO ESCOLAR Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às necessidades educacionais do aluno. 1- Em relação à cultura e filosofia da escola: a escola em que P.S.S. se encontra

matriculado parece não estar preparada para a atuação com alunos com necessidades educacionais especiais em geral e, em particular, com alunos surdos. Não possui intérprete e nem Sala de Recursos Multifuncional, embora direcione os alunos para tal serviço realizado em outra escola. No que tange à análise dos registros da participação do aluno com surdez na escola, foi possível perceber a ausência de elementos que atendessem às condições linguísticas com vistas à sua plena participação nas atividades em sala de aula comum. A língua Portuguesa, ao ser ensinada como primeira língua, dificultava o acesso aos conteúdos curriculares e à sua participação nas situações interlocutivas dentro e fora da classe. A ausência de interlocutores fluentes em língua de sinais e de intérprete de Libras/Português, reforçada pelo ensino inadequado da L2 – Língua Portuguesa, reiterava o modelo de escola monolíngue. Foi verificado o uso de práticas pedagógicas pouco efetivas à aprendizagem do aluno, sendo desconsiderada a sua condição bilíngue.

2- Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): quanto à inclusão educacional de alunos surdos no ensino regular, a escola não conta com infraestrutura adequada. Os materiais com apoio visual citados pela professora atual são utilizados por iniciativa da própria professora. O uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) favorecerá a aprendizagem dos alunos surdos por meio das experiências visuais. Nessa situação, sugere-se o uso de vídeo, DVD, página de internet, blog, comunidade virtual, e-mail, chat, webcam, celulares, computadores, retroprojetores, TV, objetos de aprendizagens, entre outros, como recursos motivadores à apropriação dos conhecimentos escolares. Para ampliar as interações em Libras, em sala de aula comum, o professor também poderá dispor de materiais adaptados especificamente para o ensino de Libras, ampliando as possibilidades comunicativas entre os alunos surdos e os ouvintes.

3- Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): a escola

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em questão não conta nem mesmo com intérprete de Libras com formação apropriada para a atuação, em sala de aula, junto a alunos surdos. A professora participa de curso de formação continuada oferecido pela Secretaria Municipal de Educação. Entretanto, para que a escola possa implementar a abordagem bilíngue, faz-se necessário capacitar os profissionais que nela circulam, de forma a compreender que a língua de sinais é a primeira língua do surdo e que este se constituirá na/pela linguagem, produzindo sentidos e significados compartilhados historicamente. Tais mudanças remetem a considerar o ensino da língua de sinais para todos os profissionais da escola, os surdos e seus familiares nos projetos educacionais. O Atendimento Educacional Especializado na área da surdez, dentre outras tarefas, deve também se responsabilizar por fiscalizar: a qualidade das interações linguísticas entre surdos e ouvintes, o número de alunos surdos que compartilham a Libras na escola, o domínio dessa língua pelos profissionais da instituição, a forma como a língua portuguesa tem sido empregada para os surdos em sala de aula comum, a qualificação dos intérpretes de Libras e a presença de temas relacionados à diversidade nos projetos pedagógicos da escola.

4- Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores, gestores, pais etc.): a partir do curso frequentado pela professora atual, o aluno procurou ampliar os contatos com ela e os demais colegas. Sabe-se que a manutenção de práticas discursivas simplificadas entre surdos e ouvintes, como no caso aqui demonstrado, apenas tem contribuído para reforçar a sua condição marginal às situações de comunicação e socialização dos conhecimentos produzidos na escola. Contrariamente a tal posicionamento, tem sido defendida a inclusão de vários alunos surdos agrupados em uma mesma sala de aula como a melhor alternativa para a organização de uma escola que atende aos princípios da filosofia educacional bilíngue. Nesse contexto, é desejável que a Libras seja materializada como língua utilizada entre os integrantes surdos e os demais interlocutores ouvintes, integrando o currículo da escola.

5- Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e continuada,

motivação pra trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas, estratégias avaliativas, apoio de especialistas etc.): a professora atual de P.S.S. demonstra interesse em ensinar os conteúdos curriculares por meio da adaptação de materiais com mais pistas visuais. Também realiza um curso de Libras, na tentativa de melhorar a qualidade da comunicação e interação com o menino. Ela, até o momento, não recebeu orientações do professor especializado ou da coordenação da escola sobre como organizar o currículo para classe incluindo o atendimento às demandas educacionais do aluno surdo para o ciclo frequentado. Mencionou ainda a dificuldade de parceria com o professor especialista responsável pelo AEE desse aluno, em razão da distância entre as duas escolas (de ensino regular e do AEE) e da sua indisponibilidade de tempo, por trabalhar em dois turnos. Tal situação remete à necessidade de instaurar uma reflexão que vise o desenvolvimento de ações articuladas entre os profissionais que nela atuam na construção de um projeto pedagógico que valorize: 1) a contratação de instrutor surdo para o ensino de

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Libras no currículo escolar e em Sala de Recursos Multifuncional para os alunos surdos; 2) a capacitação em serviço de professores e intérpretes que atuam na escola; 3) o fortalecimento entre o professor especialista e o regente da sala de aula, na tomada de decisões que envolvam o uso da Libras entre surdos e ouvintes na escola; 4) a organização de práticas educacionais bilíngues para a oferta de Atendimento Educacional Especializado, com vistas ao ensino da L2 (o português – na modalidade escrita), estratégia metodológica de ensino da segunda língua, entre outros. Tais medidas, certamente, contribuirão para o estabelecimento de um ambiente escolar acolhedor às diferenças dos surdos no processo de constituição da linguagem e da apropriação dos conhecimentos escolares, como sujeitos bilíngues.

5- AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- CONDIÇÕES DE SAÚDE GERAL Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva: 1- Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual, deficiência física, deficiência intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? Sim, foi diagnosticado com surdez neurossensorial congênita bilateral profunda, com limiares de 95 dB na orelha direita e 110 dB, na esquerda. 1.1- Se sim, qual a data e resultado do diagnóstico? Foi diagnosticado com surdez neurossensorial congênita bilateral profunda aos dois anos de idade. 1.2- Se não, qual é a situação do aluno, quanto ao diagnóstico? 2- Tem outros problemas de saúde? Não relatados. 2.1- Se sim, quais? 3- Faz uso de medicamentos controlados? Não relatado. 3.1- Se sim, quais? 3.2- O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique: 4- Existem recomendações da área da saúde? Não. 4.1- Se sim, quais? 5.2- NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva: Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s): surdez. - Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: Língua Brasileira de Sinais. - Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: AASI. - Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o aluno: intérprete de Libras para acompanhamento em sala de aula regular. - Implicações da NEE do aluno para a acessibilidade curricular: o aluno apresenta dificuldade em acessar o currículo escolar proposto para o ano frequentado, em decorrência da ausência de intérprete de Libras para o acompanhamento em sala de aula; o professor necessita de melhor formação e orientação para o uso de materiais pedagógicos com apoio visual; os professores do ensino regular e o professor especialista precisam estabelecer parceria para que o aluno em questão receba uma educação de melhor qualidade que garanta

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não apenas o acesso aos conteúdos curriculares propostos, mas à efetiva aprendizagem dos mesmos. São necessárias adaptações no âmbito da escola, da sala de aula e individuais. Nesse sentido, as ações necessárias deverão partir da Secretaria Municipal de Educação, no que se refere à organização político-pedagógica das escolas para a educação de alunos surdos; da própria escola, no que se refere à atuação do gestor e coordenador quanto à aquisição/contratação de infraestrutura; do professor do ensino regular, na busca pelo aperfeiçoamento dos conhecimentos e parceria com o colega especialista para que, por meio da Libras, P.S.S. possa se apropriar dos conteúdos curriculares propostos; do professor especialista da sala de recursos, que, além de fomentar tal parceria, precisa acompanhar mais diretamente os resultados, na sala de aula regular, do suporte que oferece ao aluno. - Outras informações relevantes: em função da falta do intérprete na sala, da ausência de orientação ao professor da sala de aula comum e da pouca integração deste com o professor especialista que atua na SRM, o aluno não consegue acompanhar os conteúdos curriculares propostos, nas situações em que não é capaz de compreender o que a professora explica. Em especial, demonstra uma defasagem curricular acentuada no que se refere à apropriação do português escrito. 5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO FUNÇÃO COGNITIVA PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. P.S.S. apresenta surdez neurossensorial congênita bilateral profunda. Não apresenta dificuldades quanto à percepção visual, tátil, olfativa e sinestésica. É capaz de organizar, quanto ao desenvolvimento da noção temporal, ações em sequência lógica e, por meio da Libras, explicita experiências cotidianas vividas, obedecendo à sequência lógica correspondente. A organização espacial encontra-se preservada e bem desenvolvida, sendo bastante utilizada durante a comunicação por meio da Libras. Observações: ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens. A atenção de P.S.S. sempre foi motivo de queixa por parte de seus professores, no ensino regular, uma vez que não oraliza, e a Libras, modalidade linguística que domina, ainda não é efetivamente utilizada em sala, em função da ausência do intérprete. Tal situação contribui para que não mantenha atenção nas atividades desenvolvidas em sala de aula, principalmente aquelas situações dialógicas que exigem maior número de troca, de interações. Nas situações pedagógicas apoiadas em recursos visuais, a atenção do aluno é mais significativa, de forma que a partir desses recursos apresenta maior

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concentração e entendimento acerca do que está sendo trabalhado em sala de aula. Nas situações dialógicas com a professora, tem sido capaz de manter maior atenção, pois ela tem solicitado mais dele, em Libras. Tal condição o tem motivado a interagir mais com a professora. Na SRM, com a professora especialista, o aluno apresenta-se motivado e atento nas atividades propostas, porém, após o intervalo, costuma alegar cansaço e sono, tendo em vista que seu AEE ocorre, três vezes por semana, no período contrário ao ensino regular. Observações: MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. P.S.S. é um aluno aplicado. No ensino regular, apesar de ainda não ter sido alfabetizado, tem se empenhado em aprender os conteúdos nas situações em que é capaz de utilizar a Libras. Nas situações em que a modalidade sinalizada não é utilizada, o que representa a maior parte das situações dialógicas ocorridas em sala de aula, o menino parece perder a motivação. Sob tal condição, pode-se afirmar que memoriza o que aprende quando tem a possibilidade de entender o conteúdo trabalhado, para o qual demonstra ter a capacidade de retomar em situações posteriores. Nas situações em que são utilizados materiais de apoio com pistas visuais, tais como figuras de ações e/ou de sequências lógicas, a sua memória visual apresenta-se melhor explorada. Na sala de recursos, como a interlocução com a professora ocorre em Libras, P.S.S. demonstra ter maior interesse nas atividades propostas, é capaz de entender o conteúdo trabalhado e se dedica mais às atividades que envolvem o uso do português escrito. Observações: LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação como Braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. A Libras se configura como a primeira língua – L1 para P.S.S. Embora utilize recursos da oralidade, por meio da leitura orofacial, se comunica quase que exclusivamente por meio da modalidade sinalizada. No entanto, como não recebe o auxílio do intérprete de Libras, em sala de aula regular, não tem fluência em Libras e não conta com nenhum colega de classe que a domine, as situações de interação e interlocução são reduzidas. Não demonstra paciência para a realização de leitura orofacial, bem como seus colegas não têm por hábito incluí-lo em situações dialógicas, uma vez que P.S.S. apresenta timidez e pouca intenção comunicativa quando a situação dialógica envolve mais de um interlocutor. Como ainda não se encontra alfabetizado, é capaz de escrever o próprio nome, frases curtas e textos com poucos enunciados, além de apresentar substituições e omissões de grafemas. Sua escrita apresenta-se dentro dos parâmetros da gramática da Libras, de forma que se verifica a supressão de

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elementos de coesão, ausência de conjugação verbal, entre outras características. Quando solicitado a explicar o que escreve, em Libras, é capaz de ampliar o sentido do que escreveu, bem como explicitar noções de progressão temática, temporalidade, quantidade, distância, entre outras. Observações: RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. Quanto ao raciocínio lógico matemático, desde que consiga entender os enunciados e/ou as solicitações da professora, é capaz de realizar as operações de adição, subtração, divisão e multiplicação, conforme previsto no conteúdo curricular proposto para a série que frequenta. O uso de materiais lúdicos de apoio com pistas visuais tem contribuído para facilitar a compreensão de P.S.S. acerca dos conteúdos de matemática trabalhados em sala de aula, a exemplo do material dourado, que manuseia com destreza. Nas situações em que não consegue compreender as explicações da professora, apresenta dificuldade quanto à compreensão acerca do que a atividade proposta exige, situação agravada pelo fato de ainda não ter se apropriado, efetivamente, do português escrito e, consequentemente, ainda não ter desenvolvido habilidades específicas para a leitura. Observações: FUNÇÃO MOTORA DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal e coordenação motora. P.S.S. utiliza letra cursiva em caderno com pauta e lápis comum. Não apresenta dificuldades de marcha ou equilíbrio em atividades de educação física, anda de patins e manuseia o computador. Observações: FUNÇÃO PESSOAL E SOCIAL ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades)

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Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento e medos; interação grupal, cooperação e afetividade. P.S.S. interage com os familiares, alguns colegas que moram na mesma rua, a professora e os colegas de classe, embora seja tímido. Nas situações que não consegue entender ou se fazer entender demonstra impaciência. Quando solicitado a ensinar a Libras para a professora e/ ou colegas da classe torna-se mais expansivo e alegre, bem como interage melhor com seus pares. Observações:

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ANEXO 28 PARTE II – PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM SURDEZ USUÁRIO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) NOME DO ALUNO: P.S.S. SÉRIE: 4.º ano do Ensino Fundamental ANO: XXXX DATA DE NASCIMENTO: XX/XX/XX IDADE ATUAL: 10 ANOS PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: XXXX PROFESSOR DO AEE: XXXX PROFESSOR DA CLASSE REGULAR: XXX 1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO ÂMBITO: ESCOLA Ações necessárias já existentes: - Frequência à Sala de Recursos Multifuncional, três vezes por semana; - Envolvimento do aluno em todas as atividades propostas. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Orientar família, funcionários, professores e alunos sobre a importância do uso da Libras nas situações de interação e interlocução com o aluno; - Contratar intérprete de Libras para o acompanhamento de P.S.S. nas atividades pedagógicos, no ensino regular; - Desenvolver projetos com a comunidade escolar sobre as questões da inclusão, disseminação e utilização da Libras; - Envolver o aluno em todas as atividades propostas; - Manter e sistematizar em sala de aula o uso de materiais pedagógicos com pistas visuais; - Fomentar e apoiar a atuação colaborativa entre os profissionais envolvidos no processo de escolarização formal do aluno surdo e sua família. Responsáveis: - Diretor da escola; - Coordenador Pedagógico; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Professor da sala regular; - Secretaria Municipal de Educação.

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ÂMBITO: SALA DE AULA Ações necessárias já existentes: - Uso esporádico de materiais pedagógicos com pistas visuais que favorecem a compreensão sobre o conteúdo trabalhado; - Sensibilização do grupo-classe a respeito das características linguísticas apresentadas pelo aluno surdo por meio de atividades lúdicas; - Parceria com os gestores, professores das salas regulares e professor especialista. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Usar sistematicamente material pedagógico com pistas visuais que favorecem a compreensão sobre o conteúdo trabalhado; - Expor os conteúdos mediados pela Libras (intérprete de Libras ou professor com fluência nessa modalidade); - Desenvolver atividades grupais que exigem a modalidade sinalizada; - Informar e orientar os profissionais envolvidos no processo de escolarização formal do aluno surdo, acerca do papel da Libras na mediação das situações de aprendizagem do português escrito e demais conteúdos propostos. Responsáveis: - Professor regente da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Coordenador Pedagógico. ÂMBITO: FAMÍLIA Ações necessárias já existentes: - Participação nas atividades e nos cursos propostos pela escola; - Acompanhamento e orientação do aluno nas tarefas de casa; - Acompanhamento do aluno nos atendimentos do AEE. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Oferecer novas possibilidades de socialização do aluno com outros alunos. Responsáveis: - Pais e familiares; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Professor da sala regular; - Coordenador pedagógico. ÂMBITO: SAÚDE Ações necessárias já existentes: - Avaliação otorrinolaringológica sistemática; - Avaliação audiológica regularmente. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Acompanhamento da avaliação audiológica.

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Responsáveis: - Família; - Otorrinolaringologista; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional. 2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO TIPO DE AEE (X) Sala de Recursos Multifuncional (X) Intérprete na sala regular ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

FREQUÊNCIA SEMANAL ( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional (X) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional (X) todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO (X) 50 minutos por atendimento (X) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO (X) Atendimento individual ( ) Atendimento grupal (X) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS (X) Fonoaudiologia ( ) Psicologia ( ) Assistência social (X) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outro? Qual?

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ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE (X) Orientação ao professor de sala de aula. Quais? Orientação quanto à produção e ao uso de material com apoio em pistas visuais e uso da Libras. (X) Orientação ao professor de Educação Física. Quais? Uso da Libras. (X) Orientação aos colegas de turma. Quais? Conversar com os alunos sobre a importância e o uso da Libras. (X) Orientação ao diretor da escola. Quais? Apontar que a escola deve promover cursos/oficinas de sensibilização e capacitação para a questão da inclusão de alunos com deficiência. A escola precisa desenvolver projetos que levem o conhecimento e o uso da Libras para funcionários, professores, alunos e familiares. Precisa também providenciar os materiais pedagógicos que contenham informações visuais. (X) Orientação ao coordenador pedagógico. Quais? Necessidade de se fazer ajustes na sinalização visual dos diferentes ambientes da escola, para se garantir a segurança e a participação de P.S.S. Organizar as atividades da escola, considerando as características linguísticas do aluno surdo. (X) Orientação à família do aluno. Quais? Acompanhar e orientar o aluno nas tarefas escolares; matriculá-lo em atividade extraclasse, para promover sua interação com outras pessoas; levar os amigos de P.S.S. para brincar na sua casa; e envolver a criança em atividades domésticas que favoreçam o seu desenvolvimento. (X) Orientação aos funcionários da escola. Quais? Explicar quais as características e necessidades linguísticas do aluno e o modo como deve ser tratado. Não fazer comentários sobre sua deficiência publicamente. Fazer pequenos ajustes no momento da entrega da merenda, tendo como apoio o uso de pistas visuais e de sinais básicos da Libras que favoreçam a comunicação e compreensão do aluno. ( ) Outras orientações. Quais?

3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL (SRM) ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL Apontar as áreas e o que será desenvolvido com o aluno, em cada uma delas, no AEE. Área Cognitiva: ampliação do tempo de atenção e concentração; desenvolvimento da memória visual relacionada às noções de temporalidade, quantidade, espaciais, entre outras; compreensão e interpretação de experiências e fatos; noção de seriação e cálculo; linguagem sinalizada e escrita; desenvolvimento da função simbólica por meio da Libras e informações visuais, táteis e olfativas. Área Motora: --- Área Social: interação com colegas; expressão corporal; jogos grupais.

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OBJETIVOS Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área, no AEE. Área Cognitiva: ampliar o tempo de atenção e concentração; desenvolver a memória visual; estimular a noção temporal e espacial; interpretar e compreender as experiências vividas e os fatos narrados; organizar fatos em sequência lógica; ampliar a habilidade de cálculo simples (adição, subtração, multiplicação e divisão); ampliar o uso da modalidade sinalizada; oferecer atividades de suporte ao uso da apropriação e da escrita. Área Motora: --- Área Social: desenvolver habilidades sociais e expressão gestual e corporal de forma a proporcionar a interação com colegas.

ATIVIDADES DIFERENCIADAS Descrever as atividades que pretende desenvolver, no AEE, com o aluno. ( ) Comunicação alternativa (X) Informática acessível (X) Libras (X) Adequação de material ( ) Outra? Qual?

METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE. Atividades de atenção e concentração, como jogos de identificação de elementos do português escrito e figuras com o apoio da Libras. Atividades que solicitam a interpretação de fatos e experiências vividas por meio do uso de diferentes instrumentos simbólicos (narrativa – Libras, dramatização, imitação, desenho, uso de objetos). Exercícios de cálculo com o uso de ábaco, material dourado, fichas e objetos (jogos de computador). Jogos de sequência lógica e de orientação e coordenação espacial e temporal (jogos de computador e práticos). Jogos grupais e atividades que exigem a interação e a comunicação entre os alunos.

RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE. Computador; jogos em geral e que utilizam a Libras e jogos de computador; letras móveis para alfabetização; quadro com alfabeto datilológico; livros de literatura com ilustrações; jogos de sequência lógica; jogos de percepção visual, maquetes; material dourado e ábaco; caderno com pauta; entre outros.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE. - 1.º bimestre: tempo de atenção e concentração; memória visual; compreensão de fatos e situações; narrativa (Libras) em sequência lógica, com noções de temporalidade, quantidade, espacialidade, progressão temática; cálculo das quatro operações básicas; - 2.º bimestre: tempo de atenção e concentração; interpretação de fatos e situações; memória visual, cálculos com apoio de material concreto (adição, subtração, multiplicação e divisão); coordenação motora em caderno com pauta; formação de palavras a partir de letras móveis e fichas, escrita de pequenos textos de diferentes gêneros discursivos (cartas, bilhetes e histórias em quadrinhos); - 3.º bimestre: organização de histórias em sequência lógica; interpretação de situações e fatos vividos por meio da Libras e dramatização; memória visual; identificação e compreensão dos elementos da escrita, sob mediação da Libras, tais como: vocábulos (exemplo: nomes próprios), símbolos de identificação; figuras e personagens em frases e desenhos e histórias; desenvolvimento da competência leitora do aluno surdo; dialogar sobre as diferentes modalidades de linguagem: gesto-visual (Libras) e verbal escrita; cálculo com apoio de material concreto (multiplicação e divisão); - 4.º bimestre: leitura e interpretação de textos, sob mediação da Libras, escrita de textos; compreensão das diferenças entre gramática da Libras e do português escrito, bem como os contextos de uso; jogos grupais, cálculo sem apoio de material concreto (adição, subtração, divisão e multiplicação).

AVALIAÇÃO DO PERÍODO No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no seu desempenho escolar. Os objetivos alcançados no AEE no transcorrer deste ano letivo que repercutiram no desenvolvimento escolar de P.S.S. foram: - Ampliação do tempo de atenção e concentração; desenvolvimento da memória visual, descrição, em Libras, de fatos e situações de forma mais organizada; narrativa (Libras) com progressão temática; seriação de objetos; realização de cálculos simples sem apoio de material concreto (adição, subtração, multiplicação e divisão); - Participação na organização da produção textual coletiva, manifestando perceber algumas diferenças estruturais entre a língua portuguesa e a de sinais; as diferenças entre a língua portuguesa e o texto escrito; o uso inadequado de itens lexicais decorrente da restrição às experiências com a língua portuguesa;

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- Utilização da escrita como ferramenta de linguagem, procurando expressar os sentimentos e desejos em Libras, para posteriormente escrevê-los na escrita. Em geral, seus enunciados estão em consonância com o gênero proposto (carta, bilhete e histórias em quadrinhos); - Escrita de pequenos textos com ausência de elementos ortográficos e sintáticos da língua portuguesa, porém, apresentando substituições, artigos, omissões de letras e elementos de coesão textual etc. Apesar dessa constatação, observa-se um aumento expressivo do vocabulário em Libras e do português escrito; - Nas situações de leitura partilhada, tem revelado interesse por diferentes gêneros que circulam na esfera escolar (cartazes espalhados no corredor, livros, revistas, enunciados escritos na lousa etc.), atribuindo significado ao escrito, embora ainda, de forma inadequada, aos conteúdos analisados. O aluno parece ter avançado na apropriação da leitura quando deixa de utilizar estratégias de decifração oral para valorizar as pistas gráficas, para atribuir sentido ao texto lido e valorizar os conhecimentos prévios sobre os assuntos e as correlações entre as informações explicitas e/ou implícitas no texto lido; - Ampliação do uso do computador, no que se refere a jogos e softwares trabalhados na Sala de Recursos Multifuncional. Aprendeu a usar o e-mail, com os familiares e a professora do ensino regular, e a SRM, o que melhorou consideravelmente sua interação com a professora do ensino regular e os colegas de classe; - Com a disseminação da Libras entre os colegas durante este ano, houve um maior envolvimento de P.S.S. em situações interlocutivas. Para o ano seguinte, seria interessante dar continuidade ao trabalho de interpretação e compreensão, por meio da Libras, de conteúdos do português escrito, com vistas à garantia da condição de letramento que permita ao aluno se expressar por meio da escrita, bem como a ampliação de suas possibilidades de socialização, por meio da participação em jogos e brincadeiras propostas pelo grupo, não só da sua sala, mas também da escola. DATA: XX/XX/XXXX NOME DO PROFESSOR DO AEE: XXX ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE: XXX

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ANEXO 29

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL (PDI) PARTE I – INFORMAÇÕES E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM PARALISIA CEREBRAL 1- IDENTIFICAÇÃO: NOME COMPLETO: ......................................................................................... DATA DE NASCIMENTO: .................................. IDADE ATUAL: .................. ENDEREÇO: .................................................................................................... BAIRRO: .......................................................................................................... CIDADE: ...........................................................................................................

2- DADOS FAMILIARES NOME DO PAI: ................................................................................................. NOME DA MÃE: ............................................................................................... PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DO PAI: ........................................ PROFISSÃO, ESCOLARIDADE E IDADE DA MÃE: ...................................... NÚMERO DE IRMÃOS: ................................................................................... MORA COM: ....................................................................................................

3- INFORMAÇÃO ESCOLAR NOME DA ESCOLA: ENDEREÇO DA ESCOLA: ANO DE ESCOLARIDADE ATUAL (CLASSE REGULAR): IDADE EM QUE ENTROU NA ESCOLA: HISTÓRIA ESCOLAR (COMUM) E ANTECEDENTES RELEVANTES: iniciou na Educação Infantil aos cincos anos de idade (EMEI), sendo inserido diretamente no Jardim II. Ficou nessa escola dois anos e depois foi transferido para outra escola estadual do município de residência. Aos sete anos de idade, foi matriculado no primeiro ano do Ensino Fundamental de uma escola do interior do Estado de São Paulo. Refez o primeiro ano do Ensino Fundamental aos oito anos de idade, por demonstrar dificuldades em seu processo de

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letramento. Foi retido também no quinto ano, aos doze anos de idade, por apresentar grande defasagem curricular nas áreas de matemática e língua portuguesa. Desde os nove anos de idade, quando frequentava o segundo ano, começou a participar do AEE no contraturno escolar, duas vezes por semana, em uma Sala de Recursos Multifuncional. Atualmente, encontra-se matriculado no sexto ano, do II Ciclo do Ensino Fundamental. HISTÓRIA ESCOLAR (ESPECIAL) E ANTECEDENTES RELEVANTES: antes dos nove anos, o aluno nunca passou pelo Atendimento Educacional Especializado. A escola e seus professores recebiam orientações assistemáticas dos profissionais de um serviço público em que ele era atendido, somente na área da fisioterapia, sobre as condições posturais e motoras do aluno e quanto ao uso da cadeira de rodas em sala de aula e/ou no pátio. Não havia qualquer orientação a respeito da eliminação das barreiras de acesso ao currículo escolar, nem quanto à acessibilidade aos espaços frequentados pelos alunos na escola. O professor também não recebia orientações sobre seu desempenho nas atividades realizadas no serviço fonoaudiológico, que enfatizava o desenvolvimento da linguagem oral. MOTIVO DO ENCAMINHAMENTO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (DIFICULDADES APRESENTADAS PELO ALUNO): o aluno apresenta-se desmotivado para realizar as atividades propostas, principalmente, no que refere ao cumprimento dos conteúdos curriculares para o ciclo frequentado, com dificuldades para copiar os conteúdos da lousa nas diferentes disciplinas (Matemática, Ciências, Estudos Sociais, Língua Portuguesa etc.). A demora para realizar as atividades no período de aula, por falta de recursos adaptados e de um currículo adequado ao aluno, reforça as suas dificuldades para manter-se em dia na organização e no registro dos conteúdos desenvolvidos. Demonstra falta de interesse e motivação para copiar da lousa e concluir as tarefas propostas, evidenciando um desempenho abaixo da média em relação aos demais colegas.

4- AVALIAÇÃO GERAL 4.1- Âmbito familiar Apontar de forma descritiva as condições familiares do aluno. 1- Características do ambiente familiar (condições da moradia e atitudes): os pais são casados e residem em uma casa alugada de dois quartos, cozinha, sala e banheiro. Os cômodos são bastante pequenos, dificultando a mobilidade em cadeira de rodas pelos cômodos da casa. Trata-se de uma família com muitas restrições socioeconômicas, na qual apenas o pai trabalha fora para garantir o sustento da casa, sendo necessário também contar com donativos de programas sociais da prefeitura e do governo federal (bolsa-família). 2- Convívio familiar (relações afetivas, qualidade de comunicações, expectativas): os pais demonstram aceitar a deficiência do aluno, entretanto, tal fato não ocorre em relação aos irmãos mais jovens, que revelam agressividade e rejeição à condição de deficiência do irmão, por se sentirem excluídos do núcleo

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familiar. Em geral, a mãe relata que, por dedicar-se aos afazeres e cuidados com o filho deficiente, os outros filhos mais novos revelam-se irritados e intolerantes à ausência da mãe nas atividades da rotina da casa. Apesar dessa dificuldade, o pai apresenta-se compreensivo, ajudando a mãe nas atividades domésticas e na educação dos filhos. Os pais têm a expectativa de que, na fase adulta, o filho possa andar e ter uma maior autonomia e independência em suas atividades de vida diária. Valorizam a escola como possibilidade de continuidade de seus estudos para galgar uma profissão. 3- Condições do ambiente familiar para a aprendizagem escolar: apesar de os pais residirem razoavelmente próximos à escola, o aluno faz uso do transporte escolar adaptado da prefeitura, pois as ruas são muito movimentadas e as calçadas impróprias para a circulação de cadeirante. Em geral, os pais valorizam a escola e acompanham o desempenho escolar do filho, que demonstra dificuldades para acompanhar o currículo escolar proposto para a turma frequentada. 4.2- Âmbito escolar Apontar de forma descritiva as condições da escola para atender às necessidades educacionais do aluno. 1- Em relação à cultura e filosofia da escola: a escola recebe regularmente alunos

com necessidades educacionais especiais e possui duas Salas de Recursos Multifuncionais, com materiais adaptados para atender o público da educação especial, funcionando uma no período da manhã e outra, no vespertino.

2- Em relação à organização da escola (acessibilidade física, organização das

turmas; mobiliários adequados, critérios de matrícula, número de alunos nas salas, interação com as famílias, orientação/apoio aos professores, procedimentos de avaliação, formação continuada de professores, desenvolvimento de projetos, atividades propostas para a comunidade escolar, grupos de estudo etc.): a escola disponibiliza rampas de acesso na sua entrada, no pátio e a na quadra de esportes. Entretanto, demonstra barreiras físicas para pessoas com mobilidade reduzida no acesso aos laboratórios e à biblioteca, que estão situados no segundo piso, e ainda não possui um banheiro adaptado adequadamente. Dispõe de mobiliário adaptado para cadeirante em sala de aula e recursos pedagógicos adaptados para as demandas dos alunos com deficiência, matriculados em sala de aula comum. Os próprios professores da SRM construíram alguns materiais de apoio, como: prancha de madeira para sobreposição do caderno, prendedores para papel, engrossadores de lápis e caneta para fixarem na órtese manual. Além disso, a escola adquiriu talheres adaptados, ponteiras para apoio de lápis/caneta e mesa escolar adaptada. Os atendimentos realizados nas Salas de Recursos Multifuncionais são organizados por áreas da deficiência física e auditiva.

3- Em relação aos recursos humanos (professor auxiliar de sala, instrutor de

Libras, tutor na sala de aula, parceria com profissionais da saúde etc.): a escola recebeu materiais e recursos do Ministério da Educação para o funcionamento da Sala de Recursos Multifuncional, que passou a funcionar há três anos.

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4- Em relação às atitudes frente ao aluno (alunos, funcionários, professores,

gestores, pais etc.): o aluno com deficiência física interage, com frequência, com dois colegas dentro e fora da sala de aula, demonstrando pouco contato com os demais alunos nas atividades não dirigidas e/ou recreativas da escola.

5- Em relação ao professor da sala de aula regular (formação inicial e continuada,

motivação pra trabalhar, reação frente às dificuldades do aluno, aspecto físico da sala de aula, recursos de ensino-aprendizagem, estratégias metodológicas, estratégias avaliativas, apoio de especialistas etc.): o aluno possui vários professores, um para cada disciplina das áreas curriculares: Matemática, Língua Portuguesa, Inglês, Geografia, História etc. Os professores relatam desconhecer as necessidades educacionais do aluno com deficiência física, que pouco participa das aulas ministradas, apresentando-se retraído e inseguro em relação aos conteúdos tematizados. Em geral, relatam se sentirem inseguros ao trato pedagógico com ele nas diferentes disciplinas, pois nunca receberam orientações de professores especializados ou da coordenação da escola sobre como organizar o currículo para a classe, incluindo o atendimento às demandas educacionais do referido aluno para o ciclo frequentado.

5- AVALIAÇÃO DO ALUNO 5.1- Condições de saúde geral Caso o aluno apresente alguma deficiência, problemas de comportamento e/ou problemas de saúde, descreva: 1- Tem diagnóstico da área da saúde que indica surdez, deficiência visual, física e intelectual ou transtorno global de desenvolvimento? Sim, foi diagnosticado com deficiência física por encefalopatia crônica não progressiva da infância (paralisia cerebral), por anóxia neonatal. 1.1- Se sim, qual a data e resultado do diagnóstico? Foi diagnosticado com deficiência física com um ano e meio de idade. 1.2- Se não, qual é a situação do aluno, quanto ao diagnóstico?--- 2- Tem outros problemas de saúde? Sim. 2.1- Se sim, quais? Tem crises convulsivas. 3- Faz uso de medicamentos controlados? Faz uso de medicamento controlado. 3.1- Se sim, quais? Tegretol, 5 ml, duas vezes ao dia. 3.2- O medicamento interfere no processo de aprendizagem? Explique: este medicamento pode interferir na aprendizagem, pois pode causar sonolência, dificuldade na coordenação motora, cansaço, enjoo e alteração na visão. Assim, é importante orientar à família que solicite ao neurologista que acompanha a criança para prescrever o uso do referido medicamento em horários que não interfira no desempenho das atividades escolares. 4- Existem recomendações da área da saúde? Sim. Averiguar sua postura na cadeira de rodas. 5.2- Necessidades educacionais especiais do aluno

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Caso o aluno apresente alguma necessidade educacional especial, descreva: 1- Deficiência(s) ou suspeita de deficiência(s) específica(s) apresentada(s):

deficiência física (paralisia cerebral). 2- Sistema linguístico utilizado pelo aluno na sua comunicação: comunicação

oral. 3- Tipo de recurso e/ou equipamento já utilizado pelo aluno: cadeira de rodas. 4- Tipo de recurso e/ou equipamento que precisa ser providenciado para o

aluno: prancha de apoio para alimentação, carteira adaptada e acessibilidade aos espaços comuns da escola, tais como: pátio, laboratórios, banheiros adaptados, sala de aula, de acordo com normas de acessibilidade.

5- Implicações da NEE do aluno para a acessibilidade curricular: o aluno apresenta dificuldade em acessar o currículo escolar proposto para o ano frequentado, em decorrência da ausência de apoios e/ou recursos da tecnologia assistiva e de os educadores saberem lidar com a paralisia cerebral nos anos anteriores. Tem dificuldade em ser aceito no trabalho em duplas ou grupos, além de não participar das aulas experimentais de Biologia e Ciências, pois ocorrem no laboratório da escola. Foram necessárias adaptações no âmbito da escola, da sala de aula e individuais, então ele foi encaminhado para o Atendimento Educacional Especializado, para levantamento de materiais de apoio, alguns comprados e outros confeccionados pelos professores.

6- Outras informações relevantes: por se tratar de um aluno que frequenta o sexto ano com matérias e professores distintos, o professor especializado tem dificuldade em estabelecer um contato com eles e orientá-los quanto ao caso. Como o aluno apresenta defasagem curricular acentuada nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, quando comparado com os alunos de sua turma, há forte indicativo para uma nova retenção ao fim do ano.

5.3- DESENVOLVIMENTO DO ALUNO FUNÇÃO COGNITIVA PERCEPÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: percepção visual, auditiva, tátil, sinestésica, espacial e temporal. O aluno reconhece linguagem oral e estímulos auditivos quando sinalizados à distância. Conceitualmente, é capaz de iniciar um diálogo por alguns minutos, porém, demonstra dificuldades para fazer o revezamento de turnos com seus interlocutores, dentro do tema proposto. É capaz de discriminar os estímulos visuais e reconhecer elementos e/ou informações por meio de pistas táteis, texturas, temperatura e espessura. Possui preservada a percepção para pistas sinestésicas e boa desenvoltura na sua orientação espacial, no que tange à compreensão dos conceitos de: dia, meses e ano e/ou presente, passado e futuro. Observações:

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ATENÇÃO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens. O aluno demonstra dificuldades para manter-se concentrado em atividades mais extensas, com forte tendência a dispersão diante de estímulos variados (barulhos e pessoas conversando ao seu redor). Utiliza linguagem oral para se comunicar, com boa compreensão de enunciados que envolvem a descrição e o cumprimento da rotina das atividades acadêmicas, tais como: pegar o livro da disciplina, relatar fatos sobre assuntos ocorridos em casa e na escola etc. Nas situações que envolvem a apresentação de conceitos novos relacionados ao conteúdo programático das disciplinas, precisa de pista visual e da repetição oral para auxiliarem na compreensão do que está sendo proposto. Seu ritmo para concluir as atividades propostas em sala de aula é mais lento que os demais em função do prejuízo motor e das dificuldades de articulação na fala. MEMÓRIA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: memória auditiva, visual, verbal e numérica. Demonstra preservada memória verbal, visual e auditiva. Identifica, discrimina e reconhece pistas visuais, auditivas e verbais quando apresentadas em sequência: numérica, de objetos e letras. Relata fatos verbais com alguma dificuldade, porém, apresenta noção temporal. Observações: LINGUAGEM (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere aspectos relacionados com a expressão e compreensão da língua portuguesa: oralidade, leitura, escrita, conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais e uso de outros recursos de comunicação como Braille e Sistemas de Comunicação Alternativa e Suplementar. Faz uso da linguagem oral com distorções de velocidade e ritmo na produção da fala, apresentando troca e omissões para os fonemas /k/ - /g/; /f/ - /v/; /t/-/d/. Apesar dessa condição, é capaz de expressar-se oralmente. Relata sobre fatos ocorridos dentro e fora da escola, de modo sequencial. Apresenta dificuldade de produção articulatória dos fonemas mencionados, fato que tem interferido na sua produção escrita, na medida em que a professora enfatiza o apoio da oralidade para superar os erros ortográficos e a estruturação gramatical. Observações: precisa de atendimento fonoaudiológico que vise estratégias de correção da fala. RACIOCÍNIO LÓGICO (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: compreensão de relações de igualdade e diferença, reconhecimento de absurdos e capacidade de

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conclusões lógicas; compreensão de enunciados; resolução de problemas cotidianos; resolução de situações-problema, compreensão do mundo que o cerca, de ordens e de enunciados, causalidade, sequência lógica etc. O aluno apresenta dificuldades na resolução de operações matemáticas com mais de três algarismos: adição, subtração, divisão e multiplicação, necessitando sempre da ajuda de um adulto e de materiais concretos. Depende de materiais adaptados em sala de aula para efetuar as operações matemáticas: lápis, caderno, material pedagógico, objetivos que auxiliem na contagem etc. Sugere-se o uso de ponteiras especiais para escrever acopladas em órtese manual, aranha-mola e ensino sobre o uso da calculadora (ampliada para facilitar a digitação). Observações: é necessário organizar estratégias pedagógicas que auxiliem o aluno a utilizar o programa Windows e navegar nas páginas da web, com apoio de madeira para elevação do teclado, adaptador de teclado (colmeia de acrílico) e instrumento para auxiliar na escrita – com órtese manual (facilitador para a escrita – aranha-mola, atrelado à ponteira para digitação). FUNÇÃO MOTORA DESENVOLVIMENTO E CAPACIDADE MOTORA (considerar as potencialidades e dificuldades) Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: postura, locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaço-temporal e coordenação motora. O aluno apresenta uma alteração em seu tônus muscular, associado a movimentos restritos de membros inferiores e superiores, principalmente, nas articulações do cotovelo, punho e polegar, este se apresentando aduzido e fletido. Tem instabilidade postural com ausência de controle de tronco, fazendo uso de cadeira de rodas adequada para estabilidade postural. Possui uma melhor articulação motora dos membros superiores do lado direito. Demonstra instabilidade para segurar objetos utilizando as duas mãos ao mesmo tempo. Apresenta dificuldades para manipular objetivos pequenos, tais como régua, lápis, tesoura, entre outros. Necessita sempre do apoio de outro colega e/ou adulto para apanhar os objetos do cotidiano para realizar suas tarefas escolares, como: pegar copo, caderno, livro e usar borracha e lápis. Capacidade motora: demonstra preferência pelo uso da coordenação dos membros do lado direito, para favorecer o desenvolvimento de suas tarefas escolares, principalmente, no que se refere à leitura e produção de textos; sugere-se o uso de materiais e equipamentos adaptados. Observações: FUNÇÃO PESSOAL E SOCIAL ÁREA EMOCIONAL – AFETIVA – SOCIAL (considerar as potencialidades e dificuldades)

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Ao avaliar o aluno, considere os seguintes aspectos: estado emocional, reação à frustração, isolamento e medos; interação grupal, cooperação e afetividade. Em função da sua lentidão para realizar as atividades propostas, fica sempre atrasado em relação aos demais alunos, ocasionando atitudes de discriminação por parte dos colegas e professores. Interage apenas com dois colegas que ocupam as carteiras próximas à sua. Revela constante desinteresse para as atividades propostas em sala de aula. Observações:

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ANEXO 30 PARTE II – PLANO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM PARALISIA CEREBRAL NOME DO ALUNO: F.P.M. SÉRIE: 6.º ano do Ensino Fundamental ANO: XXXX DATA DE NASCIMENTO: XX/XX/XX - IDADE ATUAL: 14 ANOS PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: XXXX PROFESSOR DO AEE: XXXX PROFESSOR DA CLASSE REGULAR: XXX

1- AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS DO ALUNO ÂMBITO: ESCOLA Ações necessárias já existentes: - Atendimento ao aluno na Sala de Recursos Multifuncional no contraturno da sala de aula comum; - Orientações à equipe escolar sobre as necessidades educacionais do aluno que garantam uma flexibilização no prazo para cumprimento do conteúdo programático nas disciplinas de História, Estudos Sociais, Ciências Naturais e Inglês, especialmente nas de Matemática e Língua Portuguesa. A proposta deverá prever a alteração na ordem de apresentação dos conteúdos e objetivos propostos, considerando o perfil e o desenvolvimento acadêmico do aluno ao programa curricular da série que está inserido; - Participação do aluno em todas as atividades propostas pela escola; - Redução do número total de alunos em sala de aula e com necessidades educacionais especiais presentes na sala. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Estabelecer um horário fixo/semanal de trabalho em conjunto entre o professor especializado e o da sala regular; - Realizar planejamento pedagógico compartilhado (AEE e sala de aula comum), visando estabelecer o que há de específico e comum entre os serviços ofertados; - Orientar a família do aluno sobre seu desempenho nas atividades escolares e seu potencial de aprendizagem; - Organizar e disponibilizar recursos adaptados que favoreçam o processo de aprendizagem escolar do aluno; - Comprar um computador de mesa para auxiliar o aluno nas atividades em sala de aula e um notebook para os demais espaços da escola (biblioteca e laboratórios), bem como o cumprimento das tarefas de casa;

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- Transferir e/ou adaptar as aulas ministradas no laboratório e na biblioteca para todos os alunos, uma vez que tais espaços não permitem o acesso e a circulação do aluno com deficiência; - Reforma da biblioteca, do laboratório e dos banheiros para que se tornem espaços devidamente acessíveis para usuários de cadeira de rodas. Responsáveis: - Diretor da escola; - Coordenador Pedagógico; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Secretaria da Educação. ÂMBITO: SALA DE AULA Ações necessárias já existentes: - Utilização de material concreto para realização de operações matemáticas; - Realização de atividades de incentivo ao uso da leitura e da escrita de diferentes gêneros discursivos para satisfazer uma necessidade e/ou tarefas práticas em sala de aula; - Orientação individual e sistemática do aluno frente às suas necessidades específicas na sala de recursos multifuncional. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Adquirir e elaborar recursos pedagógicos adaptados, como: jogos diferenciados envolvendo palavras e textos, confeccionados com cubos de madeira, letras em EVA (lâmina emborrachada), figuras impressas, papéis com maior espessura, papel contact e velcro. No que diz respeito ao manejo do lápis, caneta e/ou pincel, que exigem uma habilidade motora fina, sugere-se o uso de instrumentos que o aluno possa fixar com a outra mão, liberando a que vai desenhar. Uma alternativa é fixar a folha com fita adesiva ou em uma prancheta. Para isso, será necessário verificar qual a habilidade de preensão da mão do aluno e escolher uma alternativa como um engrossador para o lápis ou pincel, como: “aranha-mola”, definida como um arame revestido, no qual os dedos e a caneta são encaixados; - Outras ações que precisam ser desenvolvidas são: a) para auxiliar na contenção dos movimentos involuntários apresentados pelo aluno, sugere-se a utilização de uma pulseira imantada ou, ainda, caneta e engrossador de borracha, que também facilita a preensão e escrita; b) para a aprendizagem da leitura e da escrita, sugere-se o uso do computador de mesa, a partir do emprego do teclado e do mouse adaptados; c) para promover sua socialização, sugere-se o desenvolvimento de atividades grupais que elevem a sua autoestima, envolvendo-o em todas as tarefas. Responsáveis: - Professor da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; - Coordenador Pedagógico; - Direção da escola. ÂMBITO: FAMÍLIA

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Ações necessárias já existentes: - Participação nas reuniões de orientações propostas pela escola; - Acompanhamento do aluno nas tarefas escolares; - Acompanhamento do aluno nos atendimentos especializados fora da escola. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Oferecer em casa atividades que contribuam para uma vida mais autônoma do aluno; - Favorecer a integração dele com os demais colegas da mesma idade e os irmãos mais novos; - Permitir o uso dos recursos adaptados que contribuem para uma melhor autonomia nas suas atividades diárias, em casa e fora dela. Responsáveis: - Pais e irmão; - Professor da sala regular; - Professor da Sala de Recursos Multifuncional; ÂMBITO: SAÚDE Ações necessárias já existentes: - Acompanhamento médico para a evolução das condições de reabilitação de desenvolvimento motor/física; - Seções de fisioterapia e/ou terapia ocupacional para o fortalecimento e a preservação das funções motoras dos membros superiores e inferiores. Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas: - Frequentar regularmente as consultas ao médico para a observação das condições gerais de saúde do aluno e usar continuamente medicamento controlado para crises epiléticas. Responsáveis: - Família; - Neurologista e ortopedista. 2- ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO TIPO DE AEE (X) Sala de Recursos Multifuncional ( ) Intérprete na sala regular ( ) Professor de Libras ( ) Tutor em sala de aula regular ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar ( ) Outro? Qual?

FREQUÊNCIA SEMANAL

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( ) 2 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional (X) 3 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 4 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) 5 vezes por semana na Sala de Recursos Multifuncional ( ) todo o período de aula, na própria sala de aula ( ) outra? Qual?

TEMPO DE ATENDIMENTO (X) 50 minutos por atendimento ( ) Durante todas as aulas, na própria sala de aula ( ) Outro? Qual?

COMPOSIÇÃO DO ATENDIMENTO (X) Atendimento individual (X) Atendimento grupal ( ) Atendimento na própria sala de aula, com todos os alunos

OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS (X) Terapia Ocupacional ( )Fisioterapia ( )Fonoaudiologia (X) Psicologia ( ) Assistência social (X) Área médica. Qual a especialidade? ( ) Outro? Qual?

ORIENTAÇÕES A SEREM REALIZADAS PELO PROFESSOR DE AEE (X) Orientação ao professor de sala de aula. Quais? - Orientações sobre como utilizar o programa Windows e navegar nas páginas da web, com a utilização de ferramentas do Office para digitar os seus textos e efetuar cópias da lousa, visando favorecer o cumprimento das atividades propostas; - Orientações sobre como utilizar as tecnologias assistivas e os recursos adaptados, que visem ampliar as possibilidades de participação e integração do aluno nas diferentes atividades escolares, tais como: equipamentos eletrônicos, ponteiras especiais, jogos e livros com adaptações, uso de estratégias diferenciadas para segurar e visualizar o livro, uso e confecção de materiais ampliados etc.; - Orientações sobre como favorecer o uso da leitura e da escrita com o uso de materiais adaptados;

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- Orientações sobre que tipos de estratégias podem favorecer a aprendizagem das quatro operações básicas com o apoio do material concreto; - Orientações sobre como propor atividades grupais que visem à socialização e elevem a autoestima do aluno como sujeito que tem potencial, podendo se destacar em algumas atividades em sala de aula. (X) Orientação ao professor de Educação Física. Quais? Orientações quanto à prática de atividades físicas que aumentem a resistência cardiorrespiratória e muscular; uso de recursos e estratégias adaptados para inseri-lo nas atividades propostas para a turma. (X) Orientação aos colegas de turma. Quais? Desenvolver atividades que favoreçam a interação e socialização do aluno em sua turma. (X) Orientação ao diretor da escola. Quais? Orientações quanto à necessidade de redução do número de alunos na sala de aula; quanto à necessidade de transferência e/ou adaptações/reformas da biblioteca, do laboratório e dos banheiros; orientação sobre a elaboração e a aquisição de novos recursos adaptados que favoreçam a aprendizagem do aluno na escola. (X) Orientação ao coordenador pedagógico e aos demais professores da escola. Quais? Planejar com o orientador e os professores da sala regular uma nova organização do currículo, considerando a dilatação do tempo para o cumprimento dos conteúdos propostos nas disciplinas de História, Ciências Naturais, Estudos Sociais e Inglês e a alteração na ordem de apresentação dos conteúdos programáticos nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa. (X) Orientação à família do aluno. Quais? Orientação sobre as atividades que podem contribuir para uma vida mais autônoma do aluno em casa; estratégias que podem favorecer a integração dele com demais colegas da mesma idade e os irmãos mais novos; os recursos utilizados pelo aluno na escola e como podem ser utilizados em casa; a participação dos familiares nas atividades propostas pela escola e no acompanhamento às tarefas escolares; orientações no que tange à interpretação dos resultados de avaliações e/ou relatórios das áreas médicas sobre o estado de saúde e desenvolvimento motor do filho. (X) Orientação aos funcionários da escola. Quais? Orientações quanto à eliminação de barreiras de acessibilidade física, atitudinal e comunicacional de alunos com deficiência na escola e à promoção da autonomia do aluno na realização das diversas atividades escolares. ( ) Outras orientações. Quais?

3- SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL ÁREAS A SEREM TRABALHADAS NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL Apontar as áreas e o que será desenvolvido com o aluno, em cada uma delas, no AEE. Área Cognitiva: desenvolvimento de capacidades operacionais que favoreçam o manuseio de ferramentas disponíveis para digitar texto e navegar na internet. Desenvolvimento da habilidade de resolução de problemas que envolvam o uso das quatro operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação e divisão), usando recursos adaptados que possam subsidiar a sua aprendizagem em sala de aula.

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Área Motora: desenvolvimento da coordenação motora fina envolvendo o uso de recursos adaptados para utilização do teclado do computador e realização das atividades escolares em sala de aula, conforme já citados anteriormente. Área Social: jogos grupais que melhorem a interação com a classe e estimulem o desenvolvimento da autoestima do aluno.

OBJETIVOS Descrever os objetivos que pretende alcançar com o aluno, em cada área, no AEE. Área Cognitiva: favorecer a aprendizagem dos conceitos disponíveis no Microsoft Office que possam auxiliar o aluno a digitalizar um documento no Word e navegar na internet – por meio da utilização do Google Chrome e/ou Internet Explorer. Desenvolver o raciocínio lógico-matemático que envolva a resolução de problemas e o uso das quatro operações (adição, subtração, multiplicação e divisão), em situações práticas de elaboração de recursos adaptados para usar na disciplina de Matemática. Área Motora: desenvolver a coordenação motora fina no que tange ao uso de recursos adaptados para utilização do teclado do computador e realização das atividades escolares em sala de aula. Área Social: desenvolver habilidades sociais e expressão oral, proporcionando melhora na autoestima e interação com os colegas.

ATIVIDADES DIFERENCIADAS Descrever as atividades que pretende desenvolver, no AEE, com o aluno. ( ) Comunicação alternativa ( ) Informática acessível: uso de notebook, mouse e teclado adaptado. ( ) Libras (X) Adequação de material: uso de fita adesiva ou prancheta para fixar papel e livro; engrossador para o lápis ou pincel “aranha-mola” ( ) Outra? Mudança na estrutura física da escola com alargamento de portas, colocação de rampas e ajustes no acesso da biblioteca e dos banheiros.

METODOLOGIA DE TRABALHO Descrever o plano de ação metodológica utilizado com o aluno no AEE. Atividades que permitam o uso de ferramentas da web e dos aplicativos Microsoft Office para realização de pesquisas escolares e elaboração de textos digitais, com o apoio da informática acessível (compreendendo o uso de notebook portátil e dos recursos apontados anteriormente). Tais atividades envolverão o desenvolvimento das seguintes habilidades: a) reconhecer a disposição das letras e dos números do teclado; b) saber manusear o mouse da direita para esquerda, de cima para baixo e clicar na informação desejada; c) saber deletar e localizar informações; c) formatar o texto considerando o reconhecimento e a inserção do número de página, tamanho da letra, definição das cores dos caracteres e sublinhar o escrito; d) definir paragrafação e layout de página; e) usar referências inserindo notas de rodapé, cabeçalho e número de páginas; f) localizar palavras dentro do texto, contar palavras, formatação do texto – parágrafos, recuo, inserir tabelas e figuras; g) compreender a

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linguagem dos sites de busca disponíveis na web, para realizar pesquisa na internet. As atividades mencionadas serão apresentadas a partir de situações contextuais em que a escrita será necessária para registrar, relatar e informar algo para alguém (colega de classe, amigo e/ou professor). Tais situações envolverão o ensino de diferentes gêneros discursivos, como produzir e-mails, cartas etc. Durante as atividades propostas, o aluno exercitará a manipulação do teclado e do mouse adaptados. Serão propostas atividades práticas em um contexto de compra e venda para exercitar o conhecimento lógico-matemático, envolvendo as operações mentais na resolução das quatro operações matemáticas.

RECURSOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrever os recursos/equipamentos que serão produzidos e utilizados para o aluno no AEE. Computador; softwares que estimulem o aprendizado da leitura, escrita e matemática. Uso de pesquisa na web, jogos matemáticos, CDs de histórias – diferentes portadores de textos: jornais revistas, livros, gibis, listas etc. Serão utilizados softwares, computador com teclado e mouse adaptados, DVDs, CDs, caderno de madeira, pulseira imantada, engrossador de borracha e lápis.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Descrever o período e pontuar os critérios que serão utilizados para avaliar o desempenho do aluno no AEE. - 1.º e 2.º bimestres: verificar se o aluno consegue escrever e-mails e cartas, bem como compreende os passos necessários para realizar uma pesquisa, como: citar textos na íntegra e referenciar fonte da pesquisa com o auxílio do computador. Avaliar quais as competências e habilidades adquiridas pelo aluno no uso das ferramentas do Office e de navegabilidade na web na busca de informação, no que tange as ferramentas do Word. Verificar se o aluno utiliza o conceito de adição para selecionar e construir (com a ajuda do professor) materiais didáticos que visem auxiliá-lo na aprendizagem dos conteúdos propostos na disciplina de Matemática. Nessa etapa, o professor poderá verificar quais os conhecimentos do aluno a respeito de como fazer uma pesquisa na web (visita a sites comuns e como localizar a informação no Google). Verificar a sua capacidade na resolução de problemas que envolvam a elaboração de recursos para auxiliá-lo na aprendizagem de conteúdos curriculares da disciplina de Matemática, envolvendo o conceito subtração com dois e três algarismos. - 3.º bimestre: Nessa etapa, o professor poderá verificar quais os conhecimentos do aluno a respeito de como fazer uma pesquisa na web (pesquisa por radicais dentro dos textos encontrados nos sites de busca). Identificará também a sua capacidade na resolução de problemas que envolvam a elaboração de recursos para auxiliá-lo nos conteúdos curriculares das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, envolvendo conceitos de multiplicação e divisão. - 4.º bimestre: avaliar se o aluno, em suas produções de e-mails, textos e cartas, considera aspectos sobre as escolhas da enunciação (pessoas, tempo, lugares) e percepção dos substitutos (uso de pronomes). Avaliar se o aluno

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identifica os campos semânticos (possíveis sentidos e a pontuação nesse processo). Nessa etapa, o professor poderá verificar quais os conhecimentos do aluno a respeito de como fazer uma pesquisa na web (levantamento de pesquisa no YouTube – vídeos educacionais), com o apoio da tecnologia assistiva e o uso de equipamentos e materiais adaptados, como os já sugeridos anteriormente.

AVALIAÇÃO DO PERÍODO No final do período, descrever as conquistas do aluno e quais objetivos foram alcançados no AEE. Registrar de que forma as ações do AEE repercutiram no seu desempenho escolar. Os objetivos alcançados por C.R.G. durante o ano de XXXX em que frequentou o Atendimento Educacional Especializado foram: - Apresentou melhora significativa quanto às dificuldades de atenção e concentração, repercutindo diretamente no desenvolvimento da memória auditiva e visual; conseguiu melhorar o desenvolvimento da organização temporal e a narração de fatos vividos e de histórias contadas. - Ampliou a narração oral de forma organizada, entretanto, ainda mantém muitas dificuldades quanto à velocidade de fala e aos distúrbios fonológicos. Na escrita, conseguiu identificar os diferentes gêneros textuais e organizar a sequência lógica do texto, porém, ainda não consegue produzir textos em diferentes gêneros; melhorou o traçado e a memória visual de letras e números, entretanto, ainda apresenta dificuldades na correção da grafia de letras escritas incorretamente. Manteve a dificuldade de compreensão de enunciados de exercícios de raciocínio matemático, necessitando sempre de auxílio de outro colega ou do professor. - Apresentou melhora significativa na interação com os colegas, participando ativamente das atividades em grupo, manifestando-se com frequência nas rodas de conversa, embora ainda com trechos ininteligíveis de fala. Ainda apresenta episódios de agressividade relacionados à frustração em situações de competição com os colegas. Nas demais situações escolares, apresenta-se amável com a turma e toda a equipe escolar. Para o próximo ano, sugere-se que o Plano Pedagógico Especializado seja mantido nas áreas de produção de texto em diferentes gêneros, reconhecendo a grafia incorreta de letras, ampliando o desenvolvimento da organização temporal e da narração e compreensão de fatos vividos, histórias contadas e textos lidos, além de trabalho com a compreensão de enunciados de exercícios de raciocínio matemático. Em relação à comunicação oral, sugere-se que seja mantido o atendimento fonoaudiológico, especialmente no que se refere ao trabalho para melhora da velocidade da fala e dos distúrbios fonológicos, os quais prejudicam diretamente a inteligibilidade da fala do aluno. Quanto às questões comportamentais, recomenda-se que C.R.G. seja encaminhado ao atendimento psicológico para acompanhamento especializado das questões relacionadas aos episódios de agressividade durante realização de atividades que envolvem disputa entre os colegas. DATA: XX/XX/XXXX NOME DO PROFESSOR DO AEE: XXX ASSINATURA DO PROFESSOR DO AEE: XXX

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