Guia de Verificação - Sistemas de Segurança na Produção Agrícola

62
 G u ia d e V e r i f ica çã o de S i s tem a s de S e g ur a nça na Produção Agrícola

description

Guia de Verificação - Sistemas de Segurança na Produção Agrícola

Transcript of Guia de Verificação - Sistemas de Segurança na Produção Agrícola

  • Guia de Verificaode Sistemas deSegurana naProduo Agrcola

  • CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA CNICONSELHO NACIONAL DO SENAI

    Armando de Queiroz Monteiro NetoPresidente

    CONSELHO NACIONAL DO SESI

    Jair Antonio MeneguelliPresidente

    AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA -ANVISA

    Cludio Maierovitch P. HenriquesDiretor - Presidente

    Ricardo OlivaDiretor de Alimentos e Toxicologia

    CONFEDERAO NACIONAL DO COMRCIO - CNCCONSELHO NACIONAL DO SENACCONSELHO NACIONAL DO SESC

    Antnio Oliveira SantosPresidente

    CONFEDERAO NACIONAL DA AGRICULTURA - CNACONSELHO NACIONAL DO SENAR

    Antnio Ernesto Werna de SalvoPresidente

    EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISAAGROPECURIA

    Clayton CampanholaDiretor - Presidente

    Mariza Marilena T. Luz BarbosaDiretora - Executiva

    Hebert Cavalcante de LimaDiretor - Executivo

    Gustavo Kauark ChiancaDiretor - Executivo

    SENAI - DEPARTAMENTO NACIONAL

    Jos Manoel de Aguiar MartinsDiretor - Geral

    Regina TorresDiretora de Operaes

    SEBRAE - NACIONAL

    Silvano GianniDiretor - Presidente

    Luiz Carlos BarbozaDiretor - Tcnico

    Paulo Tarciso OkamottoDiretor de Administrao e Finanas

    SESI - DEPARTAMENTO NACIONAL

    Armando Queiroz Monteiro NetoDiretor - Nacional

    Rui Lima do NascimentoDiretor - Superintendente

    Jos TreiggerDiretor de Operaes

    SESC - NACIONAL

    Marom Emile Abi - AbibDiretor - Geral

    lvaro de Mello SalmitoDiretor de Programas Sociais

    Fernado DysarzGerente de Esportes e Sade

    SENAR - SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEMRURAL

    Antnio Ernesto Werna de SalvoPresidente do Conselho Deliberativo

    Geraldo Gontijo RibeiroSecretio - Executivo

    SENAC - SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEMCOMERCIAL

    Sidney da Silva CunhaDiretor - Geral

  • Guia de Verificaode Sistemas deSegurana naProduo Agrcola

    2 0 0 4

    Srie Segurana e Qualidade dos Alimentos

  • Guia de Verificao de Sistemas de Segurana na Produo Agrcola.Braslia: EMBRAPA/SEDE, 2004. 61 p. (Qualidade e Segurana dos Alimentos).Projeto PAS Campo. Convnio CNI/SENAI/SEBRAE/EMBRAPA/SENAR

    ISBN:

    PRODUO PRIMRIA; BPA; NORMAS DE SEGURANA; VERIFICAO;LISTA DE VERIFICAO; AVALIAO TCNICO-CIENTFICA; AUDITORIA;VERIFICAO DE PCC.

    EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaParque Estao Biolgica - PqEB s/nEdifcio sede - Plano Piloto CEP. 70770-901 Braslia-DFTel.: (61) 448 4433 Fax: (61) 347 1041Internet: www.pas.senai.br e-mail: [email protected]

    2004. EMBRAPA/SEDEQualquer parte desta obra poder ser reproduzida, desde que citada a fonte.

    EMBRAPA/SEDE

    FICHA CATALOGRFICA

  • SETOR CAMPO 5SU

    MRIO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PREFCIO ................................................................................................... 7

    APRESENTAO ........................................................................................... 9

    PARTE I: PROCEDIMENTOS DE VERIFICAO ................................................... 11

    O Que Verificao?.............................................................................. 13

    Quem faz a Verificao? ......................................................................... 14

    Quando Aplicar a Verificao? ................................................................. 15

    Em que Aplicar a Verificao? ................................................................. 15

    Quais so as Atividades de Verificao? .................................................... 15

    Procedimentos de Verificao ................................................................. 16

    Auditoria da Segurana na Produo Primria (Auditoria Ao Reguladora) .... 19

    Objetivo das Auditorias .......................................................................... 19

    Objetivos de Auditoria no Sistema APPCC .................................................. 19

    Freqncia das Auditorias ...................................................................... 20

    Consideraes sobre as Auditorias ........................................................... 20

    Classificao das Auditorias .................................................................... 21

    Programao das Auditorias Internas e Oficiais .......................................... 22

    Planejamento e Execuo da Auditoria Interna ou Externa............................ 22

    SUMRIO

  • SETOR CAMPO6SU

    MR

    IO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Os Dez Mandamentos da Comunicao Efetiva ............................................ 27

    Problemas Comportamentais nas Auditorias ............................................... 28

    PARTE II: NORMAS PARA O PAS-CAMPO (PRODUO AGRCOLA) ...................... 31

    Introduo .......................................................................................... 33

    Normas Propostas para o Pas-Campo - Produo Agrcola ............................. 33

    PARTE III: LISTA DE VERIFICAO ................................................................ 43

    Introduo .......................................................................................... 45

    Lista de Verificao para Implantao de Programa de Seguranaem Boas Prticas Agrcolas ..................................................................... 46

    BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 59

  • SETOR CAMPO 7PREFCIO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    O Programa de Alimentos Seguros (PAS) foi criado em 6 de agosto de 2002, tendo sidooriginado do Projeto APPCC (Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle), iniciado em abril

    de 1998 atravs de uma parceria entre CNI/SENAI e o SEBRAE. O PAS tem como objetivo princi-

    pal, garantir a produo de alimentos seguros sade e satisfao dos consumidores, como um

    dos fulcros para o sucesso da agricultura e pecuria do campo mesa, para fortalecer a agrega-

    o de valores no processo da gerao de empregos, servios, renda e outras oportunidades em

    benefcios da sociedade. Esse programa est constitudo pelos setores da Indstria, Mesa, Trans-

    porte, Distribuio, Aes Especiais e Campo, em projetos articulados.

    O PAS Setor Campo foi concebido atravs de convnio de cooperao tcnica e financeira entre

    o SENAI, SEBRAE e EMBRAPA, para instruir os produtores, tcnicos e empresrios da produo

    primria na adoo de Boas Prticas Agrcolas/Agropecurias (BPA), usando os princpios da

    Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle (APPCC), para mitigar ou evitar os perigos fsi-

    cos, qumicos e biolgicos, visando a segurana alimentar dos consumidores. Tem como focos a

    segurana dos alimentos e do ambiente e a orientao aos agricultores de produo familiar em

    especial, alm de atuar como ferramenta de base integradora aos demais projetos do PAS.

    O Sistema APPCC, verso nacional do Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP) criado

    nos Estados Unidos em 1959, no Brasil tem sido reconhecido por instituies oficiais como o

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, Ministrio da Sade e Ministrio da Cincia

    e Tecnologia, com viso no cumprimento da legislao brasileira.

    -CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPOPREFCIO

  • SETOR CAMPO8PR

    EFC

    IO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    No mbito internacional, o HACCP recomendado pela Organizao das Naes Unidas para

    Alimentao e Agricultura (FAO), Organizao Mundial da Sade (OMS), Organizao Mundial do

    Comrcio (OMC) e Codex Alimentarius.

    Esse reconhecimento e conjugao de esforos entre o Programa e Sistemas asseguram a coloca-

    o de produtos agrcolas de qualidade no mercado interno, alm de possibilitar maior

    competitividade no mercado internacional, suplantando possveis barreiras no tarifrias.

    Esta publicao faz parte de um conjunto de documentos orientados para a disponibilizao aos

    produtores, tcnicos, empresrios rurais e demais interessados no uso de BPA, para a consistente

    aplicao de sistemas de gesto no controle adequado de riscos e perigos nos alimentos.

  • SETOR CAMPO 9APRESEN

    TAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    A agricultura e pecuria brasileiras vm experimentando um grande avano especialmente emprodutividade, ultrapassando a barreira dos 100 milhes de toneladas de gros, por exemplo.

    No entanto, a produo primria tem apresentado limitaes quanto ao controle de perigos

    fsicos, qumicos e biolgicos, principalmente por necessitar de maiores cuidados nos processos

    de pr-colheita e ps-colheita, o que pode conduzir a doenas transmitidas por alimentos, tanto

    no consumo interno como no externo.

    Em tempos de economia e mercados globalizados e no mbito interno patente a maior exign-

    cia dos consumidores por alimentos seguros e sustentabilidade ambiental, da os vrios exem-

    plos j ocorridos no Brasil quanto imposio de barreiras no tarifrias.

    No sentido de conduzir a fase atual para uma situao mais confortvel e competitiva urge a

    grande necessidade de instruir produtores rurais para uma mudana de hbito, costume, postura

    e atitude no trato dos produtos alimentcios, que ser de grande valia inclusive para seu prprio

    benefcio.

    A real concepo e adoo do Programa de Alimentos Seguros (PAS), tendo como base as Boas

    Prticas Agrcolas/Agropecurias (BPA) e com o foco dos princpios da Anlise de Perigos e

    Pontos Crticos de Controle (APPCC), para ascender Produo Integrada (PI), tem o objetivo

    geral de se constituir em medida antecipadora para a segurana dos alimentos, com a funo

    indicadora de lacunas na cadeia produtiva para futuro preenchimento.

    APRESENTAO-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO-CAMPO

  • SETOR CAMPO10AP

    RESE

    NTA

    O

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Com isso, ser possvel garantir a segurana e qualidade dos produtos, incrementar a produo,

    produtividade e competitividade, alm de atender s exigncias dos mercados internacionais e

    legislao brasileira.

    No contexto da saudvel cooperao e parceria entre o SENAI, SEBRAE e EMBRAPA este Manual,

    agora colocado disposio dos usurios, foi elaborado luz dos conhecimentos e tecnologias

    disponveis, com base no desenvolvimento de pesquisas empricas apropriadas e validadas, alm

    de consistente reviso bibliogrfica.

  • PARTE IPROCEDIMENTOS

    DE VERIFICAO

  • SETOR CAMPO 13PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PROCEDIMENTOS

    O Que Verificao?

    O termo verificao significa o ato ou efeito de verificar, inquirir, provar, realizar, cumprir. So

    componentes deste princpio: validar, testar, calibrar, auditar, confirmar, analisar, inspecionar,

    supervisionar, confirmar, entre outros.

    O princpio da verificao pode ser entendido como a utilizao de mtodos, procedimentos,

    testes e auditorias, aplicveis para validar a implantao das BPA e do Plano APPCC. Como plano,

    entende-se a elaborao e aplicao do sistema e seus princpios, para uma etapa do processo

    produtivo. Verifica-se tambm a necessidade de correes ou de aprimoramento do plano e,

    sobretudo, se o manual de BPA e o Plano APPCC aprovado e implantado/ implementado, cumprido

    conforme explicitado no documento.

    Como o propsito do Sistema de Segurana dos Alimentos controlar os perigos, a finalidade da

    verificao confirmar/garantir que o plano tem, por base, slidos princpios cientficos e

    tecnolgicos; que cumprem as normas; que seja efetivo no controle dos perigos relacionados

    com os grupos de produtos e processo em questo e que est sendo cumprido adequadamente.

    No se deve limitar o conceito da verificao para as atividades da rotina de monitorizao,

    pontos de controle e dos pontos crticos de controle, porm consider-lo como mtodo e proce-

    dimento ou atividade aplicvel em todos demais princpios do Sistema APPCC como tambm em

    programas de Garantia da Qualidade, com o mesmo objetivo e finalidade. A monitorizao, que

    tambm a uma forma de verificao, aplicada, sobretudo nos PC e PCC.

    DE VERIFICAO

  • SETOR CAMPO14PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PC e o PCC dependem e geram procedimentos de verificao, como aferio de instrumentos de

    medidas e anlises laboratoriais mais complexas e completas.

    O Princpio de Verificao se aplica para todo o processo de elaborao do Manual BPF e do

    Plano APPCC e do sistema de segurana da Produo Agrcola Primria, para avaliao do seu

    cumprimento e certificao da sua adequao.

    Na filosofia do Programa, a verificao um dos princpios mais abrangentes. O adequado de-

    senvolvimento e implantao/implementao do Princpio da Verificao fundamental para a

    segurana da execuo do Plano APPCC ou de segurana da Produo Primria. Nesta etapa, so

    necessrios mtodos de verificao, validao e de auditoria, procedimentos e testes, incluindo

    amostragem e anlise, visando:

    Avaliar a anlise de perigos e as medidas preventivas identificadas, que do sentido e direo

    elaborao do restante do Plano;

    Avaliar cada PCC e PC das etapas pr-colheita, para verificar se o mesmo est sob controle, isto

    , se o perigo est efetivamente controlado por processos validados;

    Confirmar se o Plano APPCC atende aos objetivos do Sistema e est sendo corretamente aplicado.

    Deve-se estabelecer a freqncia das verificaes de modo a confirmar e validar que o Programa

    de Segurana est operando efetivamente.

    Alguns exemplos de verificao so:

    Reviso do Plano APPCC ou do Plano de Segurana da Produo Primria e seus registros;

    Reviso dos procedimentos frente aos desvios dos Limites Crticos e o destino do produto

    elaborado durante o desvio;

    Confirmao de que o Limite Crtico est sob controle.

    Quem faz a Verificao?

    A verificao pode ser aplicada isoladamente ou em conjunto, por:

    Pessoal da propriedade;

    Pessoal externo a propriedade;

    Organizaes do governo;

    Servio de inspeo;

    Organizaes privadas;

    Laboratrios de controle da qualidade;

    Associaes de comerciantes;

  • SETOR CAMPO 15PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Associao de consumidores;

    O comprador;

    Autoridades do pas importador;

    Equipe APPCC (alguns elementos), como exemplo os Auditores da equipe.

    Quando Aplicar a Verificao?

    A verificao deve ser aplicada:

    Em caso de elaborao do Plano para cada produto e novo produto;

    Como parte da reviso contnua, por programa pr-estabelecido, para demonstrar que o plano

    eficiente e eficaz;

    Quando ocorre qualquer tipo de mudana que possa afetar a anlise de perigos ou alterar o

    Plano APPCC ou de segurana de alguma forma.

    Em que Aplicar a Verificao?

    Em cada uma das etapas e fases da elaborao do Plano;

    No Plano APPCC desenvolvido para cada produto/processo e nas suas reformulaes/

    reavaliaes;

    Nos procedimentos de monitorizao e aes corretivas do PCC e dos PC pr-colheita para

    garantia da eficcia do controle dos perigos identificados no plano;

    Nos procedimentos gerenciados pelos cdigos de Boas Prticas. Os Princpios APPCC podem

    ser aplicados tambm para os programas pr-requisitos. Destes, os princpios de verificao,

    monitorizao, limites crticos e registros so necessrios, igualmente, para as etapas no

    includas no Plano APPCC. Estas etapas ou pontos de controle tambm podem estar relaciona-

    das com a segurana do produto.

    Quais so as Atividades de Verificao?

    As principais atividades de verificao so:

    Anlise do Plano BPA e APPCC e seus registros;

    Avaliao dos perigos considerados, com base em dados cientficos e outros, relevantes, para

    assegurar que foram corretamente identificados como perigos significativos;

    Anlise dos desvios dos Limites Crticos e do destino do produto elaborado durante o desvio;

    Observaes e certificaes que assegurem que os limites crticos esto sob controle;

  • SETOR CAMPO16PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Validao dos parmetros e respectivos nveis e tolerncia dos limites crticos estabelecidos;

    Calibrao de equipamentos de medies, para assegurar que a monitorizao e respectivos

    registros so corretos;

    Anlises laboratoriais completas, que certifiquem o controle dos perigos e avaliem a efetividade

    dos limites crticos estabelecidos para o controle dos PCC e dos PC pr-colheita ou abate;

    Avaliao de fornecedores (qualidade assegurada de ingredientes e insumos).

    A freqncia das atividades de verificao dever ser suficiente para confirmar a aderncia ao

    Sistema APPCC e de Segurana das BPA pr-colheita. Esta freqncia deve ser maior quando da

    implantao do Plano e quando ocorrer qualquer alterao no mesmo.

    Procedimentos de Verificao

    O propsito da verificao demonstrar que o Planos BPA e APPCC esto funcionando de modo

    adequado. Os procedimentos envolvidos podem incluir atividades das seguintes naturezas:

    Avaliao tcnico-cientfica

    Visa verificar se a anlise dos perigos, os PCC e PC pr-colheita, as medidas preventivas e os

    limites crticos so satisfatrios e adequados para o controle dos perigos no produto e/ou no

    processo. Estes dados so fundamentais para a eficcia do Plano e necessita de informaes

    tcnicas e cientficas e/ou o envolvimento de profissionais capacitados para realizar os estudos

    de experimentao no campo ou no laboratrio e avaliaes necessrias. Os dados tcnicos e

    cientficos, que do sustentao ao plano, devem ser confiveis e quando necessrio, validados

    laboratorialmente por pessoal capacitado.

    Comprovao

    o segundo procedimento de verificao e til para assegurar que o Plano tem bases confiveis.

    Assim, a confirmao de que os elementos usados na sua elaborao so eficazes.

    Este processo deve ocorrer antes da implantao do plano, proporcionando evidncias objetivas

    de que todos os elementos essenciais do plano tm uma base cientfica e que representam uma

    maneira vlida de controlar os perigos. Para isto, pode-se utilizar pareceres de tcnicos, uso de

    dados cientficos, dados epidemiolgicos relacionados com o perigo, dados disponveis na pr-

    pria empresa, como queixas de consumidores e devolues do produto e, especialmente, as an-

    lises laboratoriais e o histrico de produto/processo.

    Um Plano no inclui, necessariamente, a amostragem estatstica de todos os lotes de produtos

    finais. A segurana do produto obtida atravs de correta identificao dos perigos e pela

    efetividade e eficcia do controle dos mesmos. As amostragens em produtos finais podem ser

    usadas para Verificar e Validar o Plano e so necessrias quando um comprador no tem como

  • SETOR CAMPO 17PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Verificar o Plano de seu fornecedor, ou quando o produto no elaborado de acordo com o

    Sistema APPCC e de Segurana. Nesta fase, os exames laboratoriais so ferramentas importantes

    para demonstrar que o nvel de segurana necessrio alcanado. A amostragem deve ser esta-

    tisticamente representativa.

    Portanto, a coleta de amostras para anlise, tanto do produto em fase de elaborao como do

    produto final, so ferramentas importantes para as auditorias internas e/ou programas de pro-

    cessos de verificaes.

    Validao

    A validao necessria para:

    Confirmar a aderncia do plano elaborado(componentes da seqncia lgica).

    Respaldar, por dados consistentes, a identificao dos significativos e das caracterizaes de

    medidas aplicveis para o controle efetivo dos perigos.

    Confirmar que os PC pr-colheita e os PCC so as etapas mais efetivas do processo, para o

    controle do perigo.

    Respaldar, por dados tcnicos e cientficos ou por experimentao ou, ainda, por pareceres de

    especialistas, que o limite crtico eficaz na preveno da manifestao do perigo sade do

    consumidor.

    Garantir que os procedimentos foram estabelecidos e implementados de forma a detectar

    desvios do limite crtico.

    Assegurar que as aes corretivas garantem o controle dos desvios do limite crtico e o desti-

    no do produto elaborado durante o desvio.

    Garantir que as formas de registro so claras, objetivas e que os registros so efetuados no

    momento da obteno da leitura/observao.

    Garantir que os procedimentos de verificao assegurem a aderncia do Plano e a sua

    efetividade/eficcia no controle dos perigos.

    Reavaliao e revalidao

    A reavaliao e revalidao devem ser efetuadas pela Equipe APPCC ou de Segurana, regular-

    mente, ou quando houver modificaes em matrias-primas, produto, processo e embalagem,

    por exemplo.

    Outras situaes que indicam a necessidade de reavaliao/revalidao so: resultados adversos

    nas auditorias, ocorrncia freqente de desvios, informaes novas sobre perigos ou medidas

    preventivas, observaes in loco na propriedade, que revelem inadequaes de elaborao ou

    cumprimento do plano, novas prticas de manipulao ou distribuio ou outros fatores, que

    possam contribuir para impactar a segurana do produto.

  • SETOR CAMPO18PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Com base na reavaliao, quando necessrio, a Equipe dever modificar e/ou adequar o Plano

    APPCC e de Segurana de Produo Primria e seu cumprimento.

    Verificao de PCC

    As atividades de verificao relacionadas com o controle dos PCC e dos PC pr-colheita so

    essenciais para assegurar que os procedimentos de controle, ou seja, limites crticos, formas e

    freqncia de monitorizao, procedimentos previstos em caso de desvios, estejam sendo cum-

    pridos apropriadamente e sejam eficazes.

    Outra forma de garantir a adequao do controle, atravs da monitorizao, a verificao da

    calibrao dos instrumentos de medio dos parmetros selecionados para serem monitorizados.

    Os mesmos devem apresentar nveis de confiana necessrios para controlar a segurana do

    processo.

    Estas verificaes devem constar do plano APPCC, podendo incluir:

    Verificao de normas e procedimentos de monitorizao;

    Verificao da implementao dos procedimentos de monitorizao;

    Verificao de registros, para avaliar se so confiveis;

    Verificao das atividades de calibrao dos equipamentos e instrumentos usados na

    monitorizao ou verificao (exatido, preciso, freqncia de calibrao);

    Amostragem programada e testes de atividades para verificar se os procedimentos de

    monitorizao so efetivos;

    Verificao da limpeza e sanificao atravs do exame visual e outros, que incluem equipa-

    mentos que avaliam sua efetividade por bioluminescncia de superfcie considerando o nvel

    de ATP, ou por exames microbiolgicos destas superfcies limpas e sanificadas;

    Anlise dos registros de PCC, e dos PC pr-colheita particularmente os de monitorizao e os

    de aes corretivas. Estes registros tm de ser revistos periodicamente para a certificao de

    que o plano APPCC est sendo cumprido;

    Verificao das medies de parmetros como temperatura, volume, Aw, concentrao, pH e

    outros, para comparar com os registros, procedimentos, outros dados da monitorizao e

    confirmar os dados dos registros.

  • SETOR CAMPO 19PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Auditoria da Segurana na Produo Primria (Auditoria AoReguladora)

    O que auditoria?

    Em adio s demais atividades de verificao, uma estratgia deve ser desenvolvida atravs de

    verificaes programadas do Plano APPCC e das Boas Prticas Agrcolas, denominadas auditorias.

    A auditoria um processo organizado de coleta de informaes, necessrias para a Verificao da

    eficcia e eficincia do Plano. So avaliaes sistemticas que incluem observaes in loco e

    revises de registros. Devem ser realizadas com imparcialidade e com vistas melhoria contnua

    do Plano APPCC e de segurana, que incluem as Boas Prticas Agrcolas.

    A auditoria tambm pode ser definida como uma atividade formal e documentada, executada por

    pessoal habilitado, sem responsabilidade direta na execuo do servio a ser avaliado e que,

    utilizando-se de mtodo de coleta de informaes baseado em evidncias objetivas e imparciais,

    fornece subsdios para verificao da eficcia e eficincia da aplicao dos Princpios APPCC e do

    Plano APPCC e de Segurana na propriedade rural.

    Objetivo das Auditorias

    Uma das finalidades mais importantes da auditoria permitir a avaliao integral da propriedade.

    As auditorias podem oferecer informaes s gerncias e ajudaro na tomada de decises.

    Entre outras finalidades do programa de auditorias pode-se relacionar:

    O aperfeioamento de tecnologias, procedimentos e prticas;

    Identificao de necessidade de treinamento de pessoal;

    Determinao da eficcia e efetividade da atividade de inspeo e aes de Garantia de Qualidade;

    Verificao de qualidade de produtos e servios.

    Objetivos de Auditoria no Sistema APPCC

    O objetivo principal o de avaliar a eficcia do Sistema APPCC ou dos Programas de Segurana

    pr-colheita que englobam o Sistema de Segurana e de APPCC e utilizam seus princpios.

    Como objetivos especficos das auditorias pode-se incluir:

    Determinar a conformidade ou no conformidade dos elementos do plano;

    Verificar e avaliar a eficcia do mesmo;

  • SETOR CAMPO20PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Propiciar ao estabelecimento uma oportunidade para avaliao interna e para a melhoria

    contnua do Plano;

    Verificar se os requisitos definidos no Plano do estabelecimento/propriedade esto em con-

    cordncia com o Sistema APPCC ou de Segurana;

    Verificar o atendimento aos requisitos da legislao, normas e padres especficos para cada

    alimento, ou produto alimentcio nacional e/ou importado e exportado.

    Freqncia das Auditorias

    A freqncia das auditorias de todo o Plano maior no incio de sua implantao, sendo neces-

    sria como forma de verificar a eficcia do mesmo e avaliar seu cumprimento. Deve ser realizada

    sempre que forem constatadas falhas, ou ainda, quando uma modificao/alterao do produto

    e/ou do processo for realizada.

    As auditorias do Plano devem ser feitas, pelo menos, nas seguintes ocasies:

    Anualmente;

    Por ocorrncia de falha do Sistema, ou mudana significativa no produto ou no processo,

    procedimento ou prtica.

    Consideraes sobre as Auditorias

    A auditoria permite avaliar se as aes planejadas e executadas na propriedade rural so adequa-

    das para atingir os objetivos determinados no Plano.

    A partir dessa conceituao, podem ser feitas as seguintes consideraes:

    A auditoria uma atividade planejada e organizada;

    A auditoria, sendo formal, atividade baseada em normas e diretrizes pr-programadas;

    O estabelecimento das normas e diretrizes que devem nortear um programa de auditoria pelas

    autoridades, deve ser de responsabilidade das mesmas, possibilitando a avaliao da aplica-

    o dos princpios e do Plano e, indiretamente, da Direo Geral do estabelecimento;

    Os objetivos do programa e o rgo responsvel pelo gerenciamento das auditorias devem

    estar caracterizados no Sistema de Garantia da Qualidade do estabelecimento;

    Por ser uma atividade documentada, devem estar pr-estabelecidos os pontos a serem verifi-

    cados, a forma de verificao, a amostragem, os critrios de aceitao e as aes corretivas em

    caso de no-conformidade;

    A execuo da verificao por pessoal que no tenha responsabilidade direta na realizao do

    servio considerada necessria, em termos de independncia, imparcialidade e credibilidade

    desta atividade em nvel interno e externo.

  • SETOR CAMPO 21PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Classificao das Auditorias

    As auditorias podem ser classificadas, segundo o Servio de Inspeo Federal do Ministrio da

    Agricultura, Pecuria e Abastecimento:

    1- Quanto ao tipo

    a) Auditoria de Adequao uma auditoria de adequao um parecer objetivo para verificar aadequao da documentao do Sistema de Garantia da Qualidade nos estabelecimentos, do

    Plano, da Legislao pertinente, das especificaes de produtos, das normas da qualidade, dos

    documentos contratuais ou mesmo dos padres da prpria companhia.

    A auditoria deve responder seguinte questo:

    O Sistema foi elaborado e est suficientemente documentado para fornecer evidncia objetiva

    de que o gerenciamento est planejado para atender os requisitos do padro estabelecido?

    No caso em questo, a auditoria de adequao a realizada pelas autoridades oficiais ou pelos

    interessados, quando da avaliao da documentao apresentada pelas propriedades rurais, para

    atendimento aos requisitos de Garantia da Qualidade, do Sistema APPCC e do Programa de Segurana.

    b) Auditoria de Conformidade a auditoria realizada para verificar se os requisitos estabele-cidos na documentao elaborada esto sendo colocados em prtica no dia a dia da propriedade

    rural. Uma vez que a documentao do sistema foi analisada, a seguinte pergunta deve ser feita:

    O Sistema est implementado no estabelecimento?

    Durante a auditoria de conformidade, o auditor deve procurar a evidncia objetiva e clara que o

    auditado est trabalhando de acordo com as instrues documentadas.

    necessrio muito cuidado, pois, o auditado pode no estar trabalhando de acordo com estas

    instrues mas, mesmo assim, alcanar a finalidade desejada, sendo que, nesse caso, os docu-

    mentos requerem esclarecimentos adicionais ou modificaes.

    2- Quanto execuo

    a) Auditoria Interna a auditoria realizada sob a responsabilidade da prpria propriedadeauditada. As pessoas que possuem responsabilidade direta nos setores da propriedade a serem

    auditados no devem ser selecionadas, nem envolvidas na seleo da equipe de auditoria, isto ,

    os auditores devem ser totalmente independentes dos setores a serem auditados.

    b) Auditoria Externa a auditoria realizada sob responsabilidade:

    Das autoridades governamentais oficiais;

    Dos importadores;

    Das autoridades oficiais dos pases importadores.

  • SETOR CAMPO22PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Programao das Auditorias Internas e Oficiais

    As auditorias devem ser iniciadas o mais cedo possvel no desenvolvimento das atividades en-

    volvidas, de forma a verificar e contribuir com a validao da a conformidade do Plano (e do

    Sistema de Garantia da Qualidade, se for o caso) de acordo com os prazos estabelecidos nos

    programas previamente aprovados.

    As auditorias devem ser programadas, no caso da ocorrncia de, pelo menos,uma das seguintes

    condies:

    Quando forem efetuadas alteraes significativas na documentao do programa de Seguran-

    a aprovado;

    Quando houver suspeita ou evidncia de que a qualidade de um item ou servio seja falho,

    devido deficincia nos requisitos de Qualidade e Segurana especificados e/ou na

    implementao dos mesmos;

    Quando for necessrio verificar a implementao das aes corretivas requeridas.

    Na fase de Programao das Auditorias, alguns fatores relevantes devem ser considerados,

    tais como:

    Finalidade da auditoria (sistema, processo ou produto);

    Disponibilidade de auditores (nmero de auditores disponveis e suas respectivas especiali-

    dades);

    Disponibilidade dos auditados e fatores circunstanciais (frias, feriados, cursos, etc.);

    Definio da equipe com a indicao do auditor lder.

    Planejamento e Execuo da Auditoria Interna ou Externa

    1- Plano de auditoria

    Para cada auditoria externa deve ser elaborado um plano especfico. Esse plano deve ser prepa-

    rado pelo auditor lder e desenvolvido com critrio, de forma a abranger os detalhes necessrios

    e propiciar ganhos na produtividade dos trabalhos posteriores.

    So apresentados, a seguir, os principais tpicos que devem estar contidos no desenvolvimento

    do plano de uma auditoria:

    Objetivos e escopo da auditoria;

    Identificao das propriedades rurais;

    Identificao dos indivduos que tm responsabilidade direta significativa em relao aos

    objetivos e escopo (produtos/servios e/ou reas/atividades a serem auditados);

  • SETOR CAMPO 23PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Identificao dos documentos de referncia (programa de APPCC do auditado), aplicveis ao

    desenvolvimento da auditoria;

    Identificao dos membros da equipe auditora;

    Data e local em que a auditoria deve ser executada;

    Programao das reunies com a Direo Geral do auditado;

    Critrios de confidencialidade;

    Data prevista para a emisso e distribuio do relatrio da auditoria.

    2- Preparao da auditoria

    Para a preparao da auditoria a ser realizada, o auditor lder deve reunir a equipe que participa-

    r da auditoria, com os seguintes objetivos:

    Anlise crtica da documentao do Sistema de Garantia da Qualidade e de Segurana aplicvel,

    visando:

    Familiarizar-se com o programa da propriedade rural e da produo primria, no caso de

    extrativismo (castanha-do-brasil e palmito)a ser auditado;

    Estudar as caractersticas do produto ou servio, utilizando-se de normas, especificaes,

    dados tcnicos e cientficos, catlogos, etc.;

    Estudar os processos de obteno ou de fabricao, de controle da qualidade, dos perigos,

    dos procedimentos e das instrues de trabalho e outros documentos pertinentes;

    Tomar conhecimento dos pontos relevantes de auditorias anteriores;

    Estabelecer mtodos e tcnicas a serem empregados;

    Preparar os documentos de trabalho necessrios para facilitar as verificaes dos auditores.

    Notas

    A Documentao do Sistema de Garantia da Qualidade e de Segurana e os documentos de traba-

    lho da auditoria contm informaes confidenciais ou exclusivas, devendo ser resguardadas

    adequadamente pela organizao responsvel pela auditoria.

    Os documentos de trabalho devem ser preparados de maneira a no restringir atividades ou

    investigaes adicionais de auditoria que possam se tornar necessrias como resultado de infor-

    maes reunidas durante a avaliao.

    3- Organizao da equipe de auditoria

    Cabe direo geral da empresa a indicao dos auditores; no entanto, devem ser escolhidas

    aquelas pessoas que preenchem os pr-requisitos de auditor tcnico conforme orientao no

    item perfil do auditor.

  • SETOR CAMPO24PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Aos auditores competem as seguintes responsabilidades:

    Cumprir os requisitos aplicveis da auditoria;

    Comunicar e esclarecer os requisitos da auditoria;

    Planejar e realizar as atribuies sob sua responsabilidade, efetiva e eficientemente;

    Documentar as observaes;

    Elaborar relatrio dos resultados da auditoria;

    Verificar a eficcia das aes corretivas adotadas como resultado da auditoria;

    Reter e conservar os documentos relativos auditoria:

    - submetendo tais documentos apreciao, quando requeridos;

    - assegurando que esses documentos permaneam confidenciais;

    - tratando, com discrio, informaes privilegiadas;

    Cooperar com o lder, dando-lhe suporte.

    Ao auditor lder compete, alm destas, as seguintes responsabilidades:

    Participar da seleo dos membros da equipe auditora;

    Planejar e preparar a auditoria;

    Representar a equipe auditora junto Direo Geral;

    Apresentar, para apreciao, o relatrio da auditoria.

    4- Atividades na auditoria

    As auditorias devem ser executadas conforme planejadas, consistindo basicamente das seguin-

    tes etapas:

    4.1- Reunies

    a) Reunio inicial no incio da execuo da auditoria, deve ser feita uma reunio preliminarcom a Direo Geral da propriedade rural ou da produo primria no caso de extrativismo

    (castanha-do-brasil e palmito) a fim de serem apresentados os objetivos pretendidos e estabele-

    cer um clima propcio ao desenvolvimento dos trabalhos.

    b) Reunio da equipe de auditores durante a avaliao, deve ser realizada uma reunio entreos auditores internos e os oficiais para consolidao do Laudo de Auditoria, elaborado com base

    nos pontos levantados na auditoria e nos formulrios de Inspeo.

    c) Reunio final terminada a avaliao, deve ser realizada uma reunio final entre os audito-res, a Direo e o responsvel pelo Programa de Segurana da propriedade, para comunicar os

    resultados da auditoria executada e entregar o original do Laudo.

  • SETOR CAMPO 25PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    4.2 Desenvolvimento da auditoria alguns cuidados devem ser tomados durante a realizaode auditorias:

    O auditor deve sempre verificar (comprovao pessoal) e nunca basear-se em opinies ou infor-

    maes verbais recebidas (certificar-se da realidade dos fatos antes de qualquer concluso);

    importante que as constataes sejam feitas em conjunto pelos auditores e auditados e que

    as evidncias objetivas anotadas sejam reconhecidas como verdadeiras por ambas as partes.

    Esse trabalho conjunto evita polmica e facilita o entendimento, quando da realizao da

    reunio final da auditoria;

    As informaes sobre deficincias devem ser registradas pelos auditores medida que forem

    sendo observadas, a fim de assegurar que o resultado da auditoria seja apresentado com exatido

    e em detalhes suficientes para facilitar a determinao das aes corretivas necessrias;

    Condies adversas encontradas durante a auditoria, que requeiram pronta ao corretiva,

    devem ser comunicadas de imediato pelo acompanhante da auditoria gerncia responsvel;

    O registro das evidncias objetivas deve ser feito de tal forma, que no ocorram dvidas de inter-

    pretao. Devem ser evitados os termos: alguns, muitos, poucos, e outros semelhantes.

    5- Auditor e auditado

    Perfil do auditor

    As auditorias devem ser realizadas por pessoas experientes e que no sejam responsveis pelas

    atividades de monitorizao, preferencialmente por especialista que tenha experincia em Audi-

    toria de Qualidade, que passou por treinamento especfico, ou que seja tecnicamente qualificado

    e que tenha conhecimento sobre o processo de fabricao do alimento em estudo.

    Apresentam-se, a seguir, as principais caractersticas desejveis de comportamento do auditor,

    durante a auditoria:

    Os auditores devem manter atitude e comportamento caractersticos das atividades de auditoria:

    Buscar e demonstrar boa cultura, quando pertinente, e conhecimento tcnico suficiente sobre

    o produto e produo/processo;

    Enfrentar as situaes difceis decorrentes da auditoria com equilbrio e bom senso;

    Reconhecer e respeitar o conhecimento e experincias de todos os envolvidos no processo de

    auditoria;

    Ser hbil e flexvel no trato com as pessoas relacionadas com o processo de auditoria;

    Desenvolver a pontualidade e organizao no desempenho de suas funes;

    Comporta-se com humildade e de forma restrita sua atividade de auditor;

    Desenvolver e atuar com discrio, tolerncia, educao, objetividade, persistncia, prudncia

    e cuidado, sem, contudo demonstrar falta de personalidade;

  • SETOR CAMPO26PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Demonstrar integridade moral e honestidade de propsito;

    Desenvolver a capacidade de anlise e de associao de fatos e situaes, separando as infor-

    maes triviais das importantes;

    Manter tica sobre as informaes confidenciais;

    Desenvolver a capacidade de trabalho em grupo e em condies/situaes adversas;

    Desenvolver liderana e chefia, no caso de auditor-lder.

    importante que o auditor tenha experincia anterior em auditoria.

    Nota

    O tratamento adequado da confidencialidade das informaes obtidas nas auditorias leva em

    considerao que o auditor no pode utilizar as mesmas para oferecer servios de consultoria

    particular ou qualquer outro que afete a sua independncia (princpio da tica profissional).

    Comportamento esperado do auditado durante a auditoria

    Durante o decorrer da auditoria, o auditado deve seguir as seguintes determinaes:

    Manter-se disponvel, dentro da programao estabelecida;

    Participar da auditoria, apresentando as informaes e os registros solicitados;

    Buscar o entendimento de todas as observaes e no conformidades registradas, no momen-

    to do registro;

    Acompanhar as reunies de abertura, apresentao de no conformidades e encerramento da

    auditoria;

    Cooperar com os auditores para permitir que os objetivos da auditoria sejam alcanados;

    Pesquisar as causas e definir planos de ao para a soluo das no conformidades e observa-

    es registradas;

    Prover apoio e recursos necessrios aos auditores para atingir os objetivos;

    Atuar como guia durante a auditoria, quando requisitado para tal;

    Acompanhar o auditor, testemunhando e registrando a conduo da auditoria e os atendi-

    mentos realizados, quando atuando como guia;

    Atuar como facilitador, identificando a pessoa, o departamento ou o local onde o auditor

    poder obter as informaes solicitadas, quando atuando como guia;

    Atender a prazos estabelecidos para a apresentao das aes corretivas acordadas para as

    no conformidades registradas;

  • SETOR CAMPO 27PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Manter-se calmo e no contrapor comportamento hostil, tais como:

    1- no estar disponvel no horrio estabelecido na programao da auditoria;

    2- questionar os auditores;

    3- sonegar informaes;

    4- apresentar justificativas para os problemas detectados;

    5- questionar a prpria organizao e metas estabelecidas;

    6- buscar responsveis pelos problemas;

    7- boicotar, ridicularizar ou desmerecer o auditor ou a auditoria;

    8- manter postura agressiva ou de rivalidade para com o auditor;

    9- oferecer recompensas ou suborno ao auditor;

    10- deliberadamente, fornecer informaes erradas, iniciar conversas paralelas e/ou procurar

    ganhar tempo durante a auditoria.

    Os Dez Mandamentos da Comunicao Efetiva

    Algumas regras para comunicao so importantes para a execuo das auditorias, e so chama-

    das de Os Dez Mandamentos da Comunicao Efetiva.

    So elas:

    1) Julgamento/Avaliao nunca julgue ou avalie sem antes ter conhecido perfeitamente osfatos.

    2) Interferncia no crtica nunca infira concluses, pensamentos, fatos ou idias, almdaquelas informadas durante a auditoria.

    3) Interferncia nas idias nunca atribua seus prprios pensamentos ou idias ao seu interlocutor.

    4) Falta de ateno no se permita distrair os pensamentos, nem perder ateno ao que estsendo dito ou mostrado.

    5) Atitude seja sempre aberto e receptivo aos outros e a seus comentrios e observaes.

    6) Desejo de ouvir procure entender o que foi dito e no deixe seu corao guiar sua menteou sua mente guiar seu corao.

    7) Semntica no interprete palavras ou frases de modo diferente daquele que o interlocutorproferiu. No caso de dvidas, pergunte e esclarea.

    8) Desejo de falar em excesso no se entusiasme com o som de sua prpria voz ou ademonstrao de seu conhecimento.

    9) Falta de humildade lembre-se que h sempre algo a aprender com os outros. No seconsidere to bom que no possa aprender algo com os outros.

    10) Medo no tenha medo de mudar, reformular e revisar.

  • SETOR CAMPO28PA

    RTE

    I: P

    ROCE

    DIM

    ENTO

    S DE

    VER

    IFIC

    AO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Problemas Comportamentais nas Auditorias

    As pessoas so, em princpio, contrrias a qualquer tipo de inspeo ou avaliao que possa

    identificar suas falhas. Muitas vezes, o auditado v o auditor como algum que est ali para

    criticar a maneira como seu estabelecimento funciona. O pessoal de nvel hierrquico inferior

    imagina que est diante de uma ao policial que objetiva puni-lo por seus erros. Em resumo,

    o clima psicolgico no dos melhores.

    Cabe ao grupo auditor a tarefa de remover essa barreira natural que dificulta a coleta de dados,

    distorce informaes ou omite pontos importantes para a auditoria.

    A Tabela 1, a seguir, descreve os problemas comportamentais mais comuns, bem como uma

    proposta de soluo.

    TABELA 1 - Problemas comportamentais e propostas de solues.

    Problema

    Associao daauditoria tcnica sindicncia ouatividadepolicialesca

    Reverso daauditoria

    Ansiedade

    Antagonismointerno

    Deteco

    Auditados, tendo em vista o desconheci-mento dos objetivos da auditoria,passam a procurar responsveis pela noconformidade ou defeitos, visandoeventual punio.

    Auditados, por motivos diversos, passama questionar os auditores.

    Auditados, tendo em vista o desconheci-mento dos objetivos da auditoria, ficampertubados emocionalmente, temendoconseqncias e deixando de fornecerinformaes confiveis.

    Auditados, aproveitando a oportunidadeda auditoria, passam a questionar a suaprpria empresa, atacando as priorida-des, metas e mtodos assumidos porrgos ou pessoas da mesma.

    Soluo

    Estabelecer, em todas as oportunidadesnecessrias, os reais objetivos daauditoria.

    Repassar os objetivos da auditoria,informar que eventuais dvidas poderoser analisadas posteriormente eredirecionar os trabalhos, visando oprosseguimento da auditoria.

    Evitar a presena de grupos numerososdurante as entrevistas com o pessoalexecutante, face possibilidade deintimidao do entrevistado (este tipo deproblema mais comumente observadoem nveis hierrquicos inferiores,principalmente quando a Direo doestabelecimento est presente).

    Separar criteriosamente dos reaisobjetivos das informaes as aspiraespessoais, visando uma anlise impacial,ponderando as informaes colhidas,evitando, assim, a polarizao dadiscusso. Em alguns casos, esse tipo dediscusso pode propiciar benefcios paraa empresa; porm, deve ser preservado ocumprimento dos objetivos da auditoria,deixando a polmica para o mbitointerno da empresa.

  • SETOR CAMPO 29PARTE I: PROCEDIM

    ENTOS DE VERIFICAO

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Soluo

    Apontar claramente o desvio como dosistema, atravs da anlise detalhada doproblema e no procurar definir respon-sveis.

    Enfatizar que, para o cumprimento totaldo programa de auditoria, necessrioater-se somente s perguntas que estosendo formuladas e que, posteriormente,as causas das no-conformidades edefeitos devero ser discutidas pelosauditados. Salientar que no se estprocurando culpados, nem justificativas.

    Procurar em primeira instncia,conscientizar os auditados, atravs deexemplos de fatos incontestveis, quesua colocao imprpria. Permanecen-do a situao, prosseguir a auditoria,desconsiderando a atitude do auditado,sem entrar em polmica.

    Procurar, em primeira instncia, esclare-cer que se trata de um trabalho deparceria entre auditor/auditado cominteresse/concordncia da empresa, eque os fatos a serem levantados soinerentes ao sistema de Garantia daQualidade. Caso haja persistncia nocomportamento do auditado, a interrup-o da auditoria pode ser considerada.

    Deteco

    Auditados passam a buscar outrosresponsveis para as no conformidadesdetectadas que esto sob sua responsa-bilidade.

    Auditados passam a ter uma atitudeexcessivamente explicativa para noconformidades ou defeitos detectados,procurando desculpas para cada umdeles.

    Auditados, por no apresentarem o perfilcompatvel com a funo que exercem oupor no se engajarem na abordagemsistmica, passam a boicotar, ridiculari-zar ou questionar os objetivos daauditoria.

    Auditados, por apresentarem posturaagressiva em relao aos mtodos daauditoria, dificultam a coleta de infor-maes.

    Problema

    Busca deresponsveis

    Busca dejustificativa

    Falta de motivao

    Refratariedade

  • PARTE IINORMAS PARA

    O PAS-CAMPO(PRODUO AGRCOLA)

  • SETOR CAMPO 33

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PARTE II: NORM

    AS PARA O PAS-CAMPO

    (PRODUO AGRCOLA)

    Todas as atividades de implantaes dos Sistemas de Qualidade e de Segurana, assim comosua verificao, so baseadas em princpios e normas legais, e por normas estabelecidas pelas

    organizaes que controlam os segmentos da cadeia produtiva.

    Nesta segunda parte so apresentadas as normas recomendatrias do PAS-Campo para a implan-

    tao das B.P. Agrcolas e os princpios do Sistema APPCC na produo primria apresentando

    itens que so necessrios, ou seja, aqueles que incondicionalmente devem ser contemplados na

    implantao e os itens recomendados, que em cada caso devem ser avaliados e que se julgados

    necessrios, devem ser considerados.

    As normas recomendatrias foram desenvolvidas pelo PAS-Campo baseadas nas normas do Mi-

    nistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento para a Produo Integrada de Frutas (PIF) e

    nas normas da Eurep-GAP, baseadas nos princpios de B.P. Agrcolas do Codex Alimentarius.

    A seguir ser apresentado o quadro das normas recomendatrias desenvolvidas pelo PAS e que

    sero usadas no PAS-Campo como base para a implantao dos Sistemas de Qualidade e Seguran-

    a na produo agrcola.

    Normas Propostas para o Pas-Campo - Produo Agrcola

    No quadro 01, a seguir, encontram-se as normas propostas para o PAS-Campo, produo agrcola,

    divididas por reas temticas. Para cada sub-tem das reas, so propostas as normas julgadas neces-

    srias e/ou recomendadas, para garantirem a produo de vegetais seguros para o consumidor. Al-

    guns aspectos para a qualidade, proteo ambiental e segurana do trabalhador foram tambm focados.

    INTRODUO

  • SETOR CAMPO34PA

    RTE

    II: N

    ORM

    AS P

    ARA

    O PA

    S-CA

    MPO

    (PRO

    DU

    O AG

    RCO

    LA)

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Quad

    ro 0

    1 - N

    orm

    as P

    ropo

    stas

    par

    a o

    PAS-

    Cam

    po, P

    rodu

    o

    Agr

    cola

    rea

    s Te

    mt

    icas

    I. O

    rgan

    iza

    o

    1.1.

    Man

    uten

    o

    de R

    egis

    tros

    1.2.

    Ges

    to

    da S

    egur

    ana

    1.3.

    Org

    aniz

    ao

    de

    Prod

    utor

    es

    1.4.

    Ate

    ndim

    ento

    le

    gisl

    ao

    1.5.

    Iden

    tifi

    ca

    o do

    sis

    tem

    apr

    odut

    ivo

    1.6.

    Cara

    cter

    iza

    o d

    epr

    oces

    so e

    xtra

    tivi

    sta

    Reco

    men

    dado

    A ge

    sto

    da

    segu

    ran

    a de

    ver

    , al

    m d

    o as

    pect

    o da

    seg

    uran

    a d

    oco

    nsum

    idor

    , co

    nsid

    erar

    os

    aspe

    ctos

    de

    segu

    ran

    a re

    lativo

    s a:

    1)

    equi

    pam

    ento

    s e

    faci

    lidad

    e pa

    ra o

    s pr

    imei

    ros

    soco

    rros

    ; 2)

    man

    usei

    ode

    agr

    oqu

    mic

    os; 3

    ) hi

    gien

    e; 4

    ) be

    m e

    star

    do

    trab

    alha

    dor ru

    ral;

    5)pl

    ano

    de c

    onse

    rva

    o d

    o m

    eio

    ambi

    ente

    .

    de

    sej

    vel q

    ue o

    s pr

    odut

    ores

    crie

    m o

    u se

    insi

    ram

    em

    sis

    tem

    as d

    eor

    gani

    za

    o e

    inte

    gra

    o d

    a ca

    deia

    pro

    dutiva

    prim

    ria

    , ta

    is c

    omo

    coop

    erat

    ivas

    e a

    ssoc

    ia

    es e

    inst

    itui

    es

    de

    gest

    o r

    egio

    naliz

    ada.

    Obed

    ecer

    s

    legi

    sla

    es

    pert

    inen

    tes

    do p

    as

    impo

    rtad

    or.

    Nec

    ess

    rio

    Os p

    rodu

    tore

    s t

    m q

    ue m

    ante

    r re

    gist

    ros

    atua

    lizad

    os (

    incl

    usiv

    e de

    capa

    cita

    o)

    e d

    ispo

    nve

    is p

    ara

    dem

    onst

    rar

    que

    toda

    s as

    ativ

    idad

    es d

    e pr

    odu

    o c

    umpr

    em c

    om a

    s BP

    A, c

    onfo

    rme

    delin

    eado

    nes

    te d

    ocum

    ento

    e p

    ara

    perm

    itir

    a r

    astr

    eabi

    lidad

    e do

    prod

    uto

    desd

    e a

    faze

    nda

    at

    o co

    nsum

    idor

    / us

    uri

    o fi

    nal.

    Osre

    gist

    ros

    deve

    m s

    er m

    anti

    dos

    por

    no m

    nim

    o do

    is a

    nos.

    A pr

    opri

    edad

    e ru

    ral o

    u a

    orga

    niza

    o

    deve

    est

    abel

    ecer

    um

    coor

    dena

    dor,

    ou u

    m g

    eren

    te,

    ou u

    m r

    espo

    nsv

    el p

    ela

    impl

    anta

    -

    o e

    gest

    o d

    e Si

    stem

    as d

    e Se

    gura

    na

    (BPA

    e A

    PPCC

    )

    Obed

    ecer

    s

    legi

    sla

    es

    trab

    alhi

    stas

    , am

    bien

    tais

    e a

    grc

    olas

    em

    vigo

    r.

    Tem

    que

    est

    ar e

    stab

    elec

    ido

    um s

    iste

    ma

    de id

    enti

    fica

    o v

    isua

    lou

    de

    refe

    rnc

    ia p

    ara

    cada

    uni

    dade

    de

    prod

    uo

    (ca

    mpo

    , ta

    lho

    ,po

    mar

    , ca

    sa d

    e ve

    geta

    o)

    , m

    ante

    ndo

    sist

    ema

    de r

    egis

    tro

    das

    cult

    uras

    ou

    prod

    utos

    e a

    tivi

    dade

    s ag

    ron

    mic

    as d

    esen

    volv

    idas

    em

    cada

    loca

    l. Pa

    ra c

    ada

    nova

    re

    a pr

    odut

    iva,

    dev

    e-se

    ava

    liar

    o se

    uus

    o pr

    vio

    e t

    odo

    o im

    pact

    o po

    tenc

    ial

    da p

    rodu

    o

    nas

    plan

    ta-

    es

    adj

    acen

    tes

    e en

    torn

    os.

    Tem

    que

    est

    ar e

    stab

    elec

    ido

    um s

    iste

    ma

    de id

    enti

    fica

    o v

    isua

    lpa

    ra c

    ada

    rea

    flo

    rest

    al q

    ue

    obj

    eto

    do e

    xtra

    tivi

    smo.

    Par

    a ca

    dano

    va

    rea

    para

    ext

    rati

    vism

    o, d

    eve

    se a

    valia

    r o

    impa

    cto

    pote

    ncia

    lda

    ext

    ra

    o no

    mei

    o am

    bien

    te.

  • SETOR CAMPO 35

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PARTE II: NORM

    AS PARA O PAS-CAMPO

    (PRODUO AGRCOLA)

    rea

    s Te

    mt

    icas

    II.

    Capa

    cita

    o

    2.1.

    Pr

    tica

    s Ag

    rco

    las

    (Pr

    aP

    s-Co

    lhei

    ta)

    2.2.

    Pr

    tica

    s Ex

    trat

    ivis

    tas

    2.3.

    Pro

    cess

    os d

    e em

    paco

    tado

    ras

    2.4.

    Seg

    uran

    a n

    o Tr

    abal

    ho

    2.5.

    Edu

    ca

    o Am

    bien

    tal

    III.

    Rec

    urso

    s Na

    tura

    is

    3.1.

    Pla

    neja

    men

    to A

    mbi

    enta

    l

    Nec

    ess

    rio

    Capa

    cita

    o

    tcn

    ica

    em p

    roce

    dim

    ento

    s e

    prt

    icas

    agr

    col

    as c

    omfo

    co n

    aque

    las

    que

    pode

    m f

    avor

    ecer

    a p

    rese

    na

    de p

    erig

    os

    sad

    e do

    con

    sum

    idor

    , do

    tra

    balh

    ador

    e d

    o am

    bien

    te,

    tais

    com

    opr

    epar

    o e

    aplic

    ao

    de

    agro

    qum

    icos

    , ad

    uba

    o o

    rgn

    ica,

    inst

    ru

    o de

    hig

    iene

    par

    a m

    anus

    eio

    de p

    rodu

    tos

    fres

    cos

    equ

    alid

    ade

    da

    gua.

    Capa

    cita

    o

    tcn

    ica

    em p

    rti

    cas

    extr

    ativ

    ista

    s, c

    om f

    oco

    naqu

    elas

    que

    pod

    em f

    avor

    ecer

    os

    peri

    gos

    sa

    de

    do c

    onsu

    mi-

    dor,

    do t

    raba

    lhad

    or e

    do

    mei

    o am

    bien

    te.

    Capa

    cita

    o

    em B

    PF e

    Sis

    tem

    a AP

    PCC.

    Capa

    cita

    o

    tcn

    ica

    em p

    roce

    dim

    ento

    s e

    segu

    ran

    a hu

    man

    aco

    m d

    esta

    que

    para

    os

    segu

    inte

    s t

    ens:

    pro

    cedi

    men

    tos

    em c

    aso

    de a

    cide

    ntes

    e e

    mer

    gnc

    ias,

    cap

    acit

    ao

    em

    pri

    mei

    ros

    soco

    rros

    e ut

    iliza

    o

    de E

    PI.

    Capa

    cita

    o

    para

    ide

    ntif

    ica

    o d

    e po

    ssv

    eis

    font

    es d

    e po

    lui

    o,

    de r

    esd

    uos

    e de

    mai

    s fo

    ntes

    cap

    azes

    de

    resu

    ltar

    em

    impa

    cto

    nega

    tivo

    nas

    re

    as d

    a pr

    opri

    edad

    e e

    rea

    s vi

    zinh

    as.

    Orga

    niza

    r a

    ativ

    idad

    e do

    sis

    tem

    a pr

    odut

    ivo

    ou e

    xtra

    tivi

    sta

    deac

    ordo

    com

    a r

    egi

    o e

    resp

    eita

    ndo

    as f

    un

    es e

    col

    gica

    s,ap

    tid

    es e

    dafo

    clim

    tic

    as,

    legi

    sla

    o v

    igen

    te e

    os

    plan

    os d

    ege

    sto

    am

    bien

    tal r

    egio

    nais

    e lo

    cais

    .

    Reco

    men

    dado

    Capa

    cita

    o

    em B

    oas

    Prt

    icas

    Agr

    col

    as.

    Capa

    cita

    o

    emco

    nser

    va

    o e

    man

    ejo

    do s

    olo,

    gu

    a e

    res

    duos

    agr

    col

    as.

    Capa

    cita

    o

    em B

    .P.

    extr

    ativ

    ista

    s.

    Obse

    rva

    o d

    as r

    ecom

    enda

    es

    tc

    nica

    s de

    seg

    uran

    a e

    sa

    dedo

    tra

    balh

    o.

    Capa

    cita

    o

    em m

    anej

    o de

    rec

    urso

    s na

    tura

    is in

    clus

    ive

    para

    elab

    ora

    o e

    apl

    ica

    o d

    e pl

    ano

    de g

    est

    o am

    bien

    tal d

    apr

    opri

    edad

    e.

    Defi

    nir

    um p

    lano

    de

    gest

    o a

    mbi

    enta

    l do

    sist

    ema

    prod

    utiv

    o,te

    ndo

    com

    o ba

    se u

    m m

    apa/

    croq

    ui d

    etal

    hado

    da

    prop

    ried

    ade,

    cont

    endo

    a l

    ocal

    iza

    o d

    as p

    arce

    las

    prod

    utiv

    as,

    infr

    a-es

    trut

    u-ra

    s, r

    ede

    de d

    rena

    gem

    , re

    as d

    e co

    nser

    va

    o ou

    pre

    serv

    ao

    (qua

    ndo

    for

    o ca

    so).

    Dev

    em s

    er p

    rom

    ovid

    as a

    tivi

    dade

    s de

    inte

    rcm

    bio

    de g

    est

    o am

    bien

    tal en

    tre

    prod

    utor

    es v

    izin

    hos,

    bem

    com

    o, c

    om a

    s ag

    nci

    as d

    e co

    ntro

    le a

    mbi

    enta

    l.

  • SETOR CAMPO36PA

    RTE

    II: N

    ORM

    AS P

    ARA

    O PA

    S-CA

    MPO

    (PRO

    DU

    O AG

    RCO

    LA)

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Nec

    ess

    rio

    de

    res

    pons

    abili

    dade

    dos

    pro

    duto

    res

    ou o

    rgan

    iza

    es

    depr

    odut

    ores

    ass

    egur

    ar o

    uso

    de

    fert

    iliza

    ntes

    e c

    orre

    tivo

    sre

    gist

    rado

    s qu

    e n

    o re

    sult

    e em

    con

    tam

    ina

    o a

    mbi

    enta

    l al

    m d

    oslim

    ites

    tol

    erad

    os. O

    s pr

    odut

    ores

    tm

    que

    est

    ar e

    spec

    ialm

    ente

    aten

    tos

    s

    reas

    que

    so

    par

    ticu

    larm

    ente

    sen

    sve

    is

    lixi

    via

    o e

    eros

    o.

    Toda

    a a

    plic

    ao

    de

    fert

    iliza

    ntes

    e c

    orre

    tivo

    s de

    sol

    o,fo

    liare

    s e

    cult

    ivo

    hidr

    opn

    ico

    tem

    que

    est

    ar r

    egis

    trad

    a em

    cade

    rno

    de c

    ampo

    ou

    equi

    vale

    nte;

    ess

    es r

    egis

    tros

    tm

    que

    incl

    uir

    loca

    l, da

    ta d

    a ap

    lica

    o,

    tipo

    e q

    uant

    idad

    e de

    fer

    tiliz

    an-

    tes

    e co

    rret

    ivos

    apl

    icad

    os,

    mt

    odo

    e fo

    rma

    de a

    plic

    ao

    eop

    erad

    or.

    Os a

    dubo

    s de

    vem

    est

    ar e

    stoc

    ados

    de

    man

    eira

    apr

    opria

    -da

    de

    form

    a a

    redu

    zir

    risc

    os d

    e co

    ntam

    ina

    o d

    e pr

    odut

    os e

    do

    mei

    o am

    bien

    te. A

    s r

    eas

    de c

    ompo

    stag

    em d

    evem

    ser

    sele

    cion

    adas

    par

    a ga

    rant

    ir q

    ue n

    o o

    corr

    a co

    ntam

    ina

    o d

    acu

    ltur

    a e

    das

    gua

    s su

    perf

    icia

    is e

    sub

    terr

    nea

    s. O

    uso

    agr

    col

    ade

    lod

    o de

    esg

    oto

    e de

    com

    post

    o de

    lix

    o do

    ms

    tico

    fic

    alim

    itad

    o ao

    s es

    tado

    s qu

    e ap

    rese

    ntam

    legi

    sla

    o e

    spec

    fic

    a.Qu

    alqu

    er t

    ipo

    de e

    ster

    co a

    nim

    al s

    po

    der

    ser

    uti

    lizad

    o na

    cult

    ura

    aps

    um

    pro

    cess

    o co

    mpl

    eto

    de c

    ompo

    stag

    em.

    O co

    mpo

    s-to

    dev

    e se

    r ad

    equa

    dam

    ente

    inc

    orpo

    rado

    ao

    solo

    .

    Uti

    lizar

    pro

    duto

    s qu

    mic

    os r

    egis

    trad

    os m

    edia

    nte

    rece

    itu

    rio

    agro

    nm

    ico,

    con

    form

    e le

    gisl

    ao

    vig

    ente

    .

    rea

    s Te

    mt

    icas

    IV.

    Mat

    eria

    l Ge

    nti

    co

    4.1.

    Cul

    tiva

    res

    V. N

    utri

    o

    e M

    anej

    o

    5.1.

    Uso

    de

    Fert

    iliza

    ntes

    eCo

    rret

    ivos

    5.2.

    Uso

    de

    Fito

    regu

    lado

    res

    Reco

    men

    dado

    Uti

    lizar

    cul

    tiva

    res

    sadi

    as e

    ada

    ptad

    as

    reg

    io,

    com

    reg

    istr

    o de

    proc

    edn

    cia

    cred

    enci

    ado

    e co

    m c

    erti

    fica

    do d

    e sa

    nida

    de,

    conf

    orm

    e le

    gisl

    ao

    em

    vig

    or.

    Utili

    zar

    cult

    ivar

    es r

    esis

    tent

    es/

    tole

    rant

    es

    s ad

    vers

    idad

    es.

    Esta

    bele

    cer

    um p

    lano

    de

    man

    ejo

    do s

    iste

    ma

    prod

    utiv

    o pa

    raga

    rant

    ir q

    ue a

    per

    da d

    e nu

    trie

    ntes

    sej

    a m

    nim

    a. A

    apl

    ica

    o d

    efe

    rtili

    zant

    es e

    cor

    reti

    vos,

    tan

    to o

    s m

    iner

    ais

    quan

    to o

    s or

    gni

    cos

    tem

    que

    ate

    nder

    as

    nece

    ssid

    ades

    da

    cult

    ura

    assi

    m c

    omo

    dem

    anut

    en

    o da

    fer

    tilid

    ade

    do s

    olo.

    Os

    equi

    pam

    ento

    s pa

    raap

    lica

    o d

    e fe

    rtili

    zant

    es e

    cor

    reti

    vos

    tm

    que

    ser

    ade

    quad

    ospa

    ra u

    so n

    o te

    rren

    o em

    que

    sto

    , m

    anti

    dos

    em b

    oas

    cond

    ie

    sde

    uso

    e c

    alib

    rado

    s de

    for

    ma

    a ga

    rant

    ir a

    libe

    ra

    o da

    qua

    ntid

    a-de

    des

    ejad

    a de

    fer

    tiliz

    ante

    s. O

    s fe

    rtili

    zant

    es e

    cor

    reti

    vos

    deve

    mse

    r es

    toca

    dos

    apro

    pria

    dam

    ente

    dev

    endo

    ser

    cob

    erto

    s em

    loca

    llim

    po e

    sec

    o, s

    em r

    isco

    de

    cont

    amin

    ao

    por

    gu

    a e

    em

    rea

    isen

    ta d

    e ou

    tros

    pro

    duto

    s.

  • SETOR CAMPO 37

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PARTE II: NORM

    AS PARA O PAS-CAMPO

    (PRODUO AGRCOLA)

    VI.

    Man

    ejo

    do S

    olo

    e Ou

    tros

    Sub

    stra

    tos

    rea

    s Te

    mt

    icas

    6.1.

    Man

    ejo

    do S

    olo

    eSu

    bstr

    atos

    6.2.

    Her

    bici

    das

    Nec

    ess

    rio

    O m

    anej

    o do

    sol

    o e

    o co

    ntro

    le d

    a er

    oso

    tm

    que

    evi

    tar

    aco

    ntam

    ina

    o.

    Os s

    ubst

    rato

    s ut

    iliza

    dos

    no

    pode

    m c

    onst

    itui

    rum

    a fo

    nte

    de c

    onta

    min

    ao

    pot

    enci

    al.

    Uti

    lizar

    her

    bici

    das

    regi

    stra

    dos

    med

    iant

    e re

    ceit

    uri

    o ag

    ron

    mic

    o,co

    nfor

    me

    legi

    sla

    o v

    igen

    te.

    Min

    imiz

    ar o

    uso

    de

    herb

    icid

    as n

    oci

    clo

    agr

    cola

    par

    a ev

    itar

    res

    duo

    s no

    pro

    duto

    e n

    o am

    bien

    te.

    Proc

    eder

    reg

    istr

    os d

    e ap

    lica

    es

    em c

    ader

    nos

    de c

    ampo

    ou

    equi

    vale

    nte.

    Reco

    men

    dado

    Deve

    ser

    pre

    para

    do u

    m m

    apa

    dos

    solo

    s da

    pro

    prie

    dade

    , em

    esca

    la a

    prop

    riad

    a, o

    u um

    cro

    qui,

    para

    ser

    em u

    tiliz

    ados

    nos

    plan

    os d

    e ro

    ta

    o/co

    nsor

    cia

    o d

    e cu

    ltur

    as,

    ou e

    m p

    rogr

    ama

    ode

    pla

    ntio

    e c

    ulti

    vo, b

    em c

    omo,

    par

    a am

    ostr

    agem

    e a

    nlis

    e pa

    rafin

    s de

    rec

    omen

    da

    o e

    cont

    role

    de

    adub

    ao

    . De

    vem

    ser

    adot

    adas

    tc

    nica

    s de

    cul

    tivo

    que

    min

    imiz

    em a

    ero

    so

    do s

    olo.

    Quan

    do s

    ubst

    nci

    as q

    um

    icas

    for

    em u

    tiliz

    adas

    par

    a es

    teri

    liza

    ode

    sub

    stra

    tos,

    dev

    e-se

    reg

    istr

    ar:

    loca

    l, da

    ta,

    tipo

    de

    com

    post

    out

    iliza

    do,

    mt

    odo

    de e

    ster

    iliza

    o,

    con

    di

    es d

    e us

    o e

    oper

    a-do

    r. De

    ve-s

    e pr

    efer

    ir o

    uso

    de

    este

    riliz

    ao

    tr

    mic

    a.

  • SETOR CAMPO38PA

    RTE

    II: N

    ORM

    AS P

    ARA

    O PA

    S-CA

    MPO

    (PRO

    DU

    O AG

    RCO

    LA)

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    rea

    s Te

    mt

    icas

    VII.

    Man

    ejo

    e U

    so d

    a g

    ua

    7.1.

    Cul

    tivo

    Irr

    igad

    o

    7.2.

    Cul

    tivo

    Hid

    rop

    nico

    ePr

    odu

    o d

    e Br

    otos

    par

    aCo

    nsum

    o Di

    reto

    Nec

    ess

    rio

    A g

    ua d

    e es

    goto

    ou

    gua

    con

    tam

    inad

    a po

    r es

    goto

    ou

    por

    qual

    quer

    out

    ro t

    ipo

    de c

    onta

    min

    ao

    ind

    ustr

    ial,

    ou r

    esid

    uri

    a,qu

    e re

    pres

    ente

    um

    a fo

    nte

    pote

    ncia

    l de

    cont

    amin

    ao

    nun

    cade

    ve s

    er u

    tiliz

    ada

    na

    irri

    ga

    o.

    A g

    ua i

    nici

    alm

    ente

    uti

    lizad

    a pa

    ra h

    idro

    poni

    a e

    prod

    uo

    de

    brot

    os t

    em d

    e se

    r de

    qua

    lidad

    e po

    tve

    l e a

    nalis

    ada

    peri

    odic

    a-m

    ente

    . A

    gua

    uti

    lizad

    a du

    rant

    e a

    prod

    uo

    dev

    e se

    r m

    anti

    daliv

    re d

    e co

    ntam

    inan

    tes

    qum

    icos

    e b

    iol

    gico

    s. A

    s g

    uas

    resi

    du-

    ais

    do p

    roce

    sso

    deve

    m s

    er a

    dequ

    adam

    ente

    dis

    post

    as,

    de a

    cord

    oco

    m a

    legi

    sla

    o v

    igen

    te.

    Reco

    men

    dado

    O si

    stem

    a de

    irr

    iga

    o d

    eve

    evit

    ar o

    gas

    to e

    xces

    sivo

    de

    gua

    .Pa

    ra t

    al,

    deve

    -se

    adot

    ar m

    tod

    os s

    iste

    mt

    icos

    pre

    diti

    vos

    sobr

    e a

    nece

    ssid

    ade

    da c

    ultu

    ra e

    con

    di

    es d

    o so

    lo.

    Sem

    pre

    que

    poss

    vel

    , de

    ve-s

    e co

    rrig

    ir a

    nec

    essi

    dade

    de

    irri

    ga

    o co

    nsid

    eran

    -do

    a o

    corr

    nci

    a de

    chu

    vas,

    o t

    ipo

    de s

    olo,

    o u

    so d

    a g

    ua p

    ela

    plan

    ta e

    a e

    vapo

    tran

    spir

    ao

    .

    reco

    men

    dado

    que

    os

    prod

    utor

    este

    nham

    ace

    sso

    s p

    revi

    ses

    met

    eoro

    lgi

    cas

    regu

    lare

    s pa

    raau

    xilia

    r o

    plan

    ejam

    ento

    da

    irri

    ga

    o. D

    eve-

    se p

    rior

    izar

    air

    riga

    o l

    ocal

    izad

    a. T

    odos

    os

    prod

    utor

    es d

    evem

    man

    ter

    regi

    stro

    s da

    irr

    iga

    o e

    dos

    pro

    duto

    s ap

    licad

    os v

    ia

    gua

    deir

    riga

    o.

    r

    ecom

    end

    vel q

    ue o

    pr

    prio

    pro

    duto

    r fa

    a u

    mac

    ompa

    nham

    ento

    da

    qual

    idad

    e da

    gu

    a po

    r m

    eio

    de k

    its

    espe

    cfi

    cos

    para

    par

    met

    ros

    fsi

    cos,

    qu

    mic

    os e

    bio

    lgi

    cos,

    pel

    om

    enos

    a c

    ada

    cicl

    o de

    cul

    tivo

    /pro

    du

    o. Q

    uand

    o se

    uti

    liza

    gua

    reci

    clad

    a, a

    per

    iodi

    cida

    de d

    a av

    alia

    o

    da q

    ualid

    ade

    da

    gua

    deve

    ser

    efe

    tuad

    a co

    m m

    aior

    fre

    qn

    cia.

    No c

    aso

    da c

    onst

    ata

    o d

    e al

    tera

    es

    na

    qual

    idad

    e da

    gu

    a se

    reco

    men

    da q

    ue s

    eja

    feit

    a a

    anl

    ise

    por

    um la

    bora

    tri

    o es

    peci

    -al

    izad

    o. N

    o ca

    so c

    onfi

    rma

    o d

    e re

    sult

    ados

    des

    favo

    rve

    is,

    opr

    odut

    or d

    eve

    adot

    ar m

    edid

    as c

    orre

    tiva

    s pr

    evia

    men

    tees

    tabe

    leci

    das.

    A o

    rien

    ta

    o pa

    ra a

    exp

    lora

    o

    da

    gua

    deve

    ser

    busc

    ada

    nas

    inst

    itui

    es

    com

    pete

    ntes

    pel

    a ge

    sto

    de

    uso

    eco

    ntro

    le d

    as

    guas

    .

  • SETOR CAMPO 39

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    PARTE II: NORM

    AS PARA O PAS-CAMPO

    (PRODUO AGRCOLA)

    rea

    s Te

    mt

    icas

    VIII

    . Pr

    ote

    o d

    as C

    ultu

    ras

    8.1.

    Man

    ejo

    de P

    raga

    s,Do

    ena

    s e

    Plan

    tas

    Dani

    nhas

    8.2.

    Uso

    de

    Agro

    txi

    cos

    8.3.

    Equ

    ipam

    ento

    s de

    Aplic

    ao

    de

    Agro

    txi

    cos

    Nec

    ess

    rio

    A pr

    ote

    o d

    a cu

    ltur

    a co

    ntra

    pra

    gas,

    doe

    nas

    e p

    lant

    as d

    ani-

    nhas

    de

    ve s

    er e

    fetu

    ada

    med

    iant

    e o

    cum

    prim

    ento

    das

    rec

    omen

    -da

    es

    de

    rec

    eitu

    rio

    agr

    onm

    ico.

    Os p

    rodu

    tore

    s po

    dem

    usa

    r ap

    enas

    os

    agro

    txi

    cos

    regi

    stra

    dos

    conf

    orm

    e a

    legi

    sla

    o v

    igen

    te.

    Os p

    rodu

    tos

    deve

    m s

    er a

    plic

    ados

    de a

    cord

    o co

    m o

    rec

    eitu

    rio

    agr

    onm

    ico

    e se

    guir

    as

    inst

    ru

    es,

    de f

    orm

    a a

    evit

    ar r

    isco

    s ao

    s op

    erad

    ores

    , co

    nsum

    idor

    es e

    ao

    mei

    oam

    bien

    te.

    Toda

    apl

    ica

    o d

    e ag

    rot

    xico

    s de

    ve s

    er r

    egis

    trad

    a em

    um c

    ader

    no d

    e ca

    mpo

    ou

    equi

    vale

    nte.

    Os

    regi

    stro

    s de

    vem

    incl

    uir:

    cultur

    a, lo

    caliz

    ao

    , dat

    a e

    form

    a da

    apl

    ica

    o,

    mot

    ivo

    para

    aplic

    ao

    , au

    tori

    za

    o t

    cnic

    a, n

    ome

    com

    erci

    al,

    quan

    tida

    deus

    ada,

    equ

    ipam

    ento

    uti

    lizad

    o na

    apl

    ica

    o,

    nom

    e do

    ope

    rado

    r e

    per

    odo

    de c

    arn

    cia.

    O pr

    odut

    or t

    em q

    ue d

    emon

    stra

    r qu

    e es

    tabe

    lece

    e c

    umpr

    e os

    proc

    edim

    ento

    s de

    seg

    uran

    a.

    O eq

    uipa

    men

    to p

    ara

    aplic

    ao

    deve

    ser

    ade

    quad

    o, c

    alib

    rado

    e m

    anti

    do e

    m b

    oas

    cond

    ie

    s pa

    rao

    uso

    a qu

    e se

    des

    tina

    . Os

    ope

    rado

    res

    deve

    m e

    star

    equ

    ipad

    osco

    m v

    esti

    men

    tas

    prot

    etor

    as,

    em b

    om e

    stad

    o de

    con

    serv

    ao

    , de

    acor

    do c

    om o

    s pr

    oced

    imen

    tos

    esta

    bele

    cido

    s pa

    ra o

    con

    trol

    e de

    risc

    os p

    ara

    a sa

    de

    e se

    gura

    na.

    Os

    equi

    pam

    ento

    s de

    pro

    te

    o/EP

    Is d

    evem

    ser

    gua

    rdad

    os e

    m

    reas

    sep

    arad

    as d

    os a

    grot

    xic

    os.

    Reco

    men

    dado

    Trat

    amen

    to b

    iol

    gico

    s e/

    ou n

    o c

    onve

    ncio

    nais

    (al

    tern

    ativ

    os)

    so

    pref

    erv

    eis

    aos

    agro

    txi

    cos.

    Rec

    omen

    da-s

    e qu

    e os

    pro

    duto

    res

    com

    pree

    ndam

    e a

    dote

    m t

    cni

    cas

    de

    Man

    ejo

    Inte

    grad

    o de

    Pra

    gas

    -M

    IP p

    ara

    cont

    rola

    r e

    pres

    erva

    r su

    a pr

    odut

    ivid

    ade

    e m

    inim

    izar

    impa

    ctos

    am

    bien

    tais

    ne

    gati

    vos.

    Sem

    pre

    que

    poss

    vel

    , os

    pro

    duto

    -re

    s de

    vem

    apl

    icar

    tc

    nica

    s de

    MIP

    rec

    onhe

    cida

    s e

    com

    a f

    inal

    idad

    eco

    rret

    iva.

    A a

    ssis

    tnc

    ia p

    ara

    a im

    plem

    enta

    o

    de t

    ais

    tcn

    icas

    MIP

    deve

    ser

    obt

    ida

    junt

    o a

    orga

    niza

    es

    de

    prod

    utor

    es,

    orga

    niza

    es

    de p

    esqu

    isa,

    ext

    ensi

    onis

    tas

    ou c

    onsu

    ltor

    es q

    ualif

    icad

    os.

    A se

    le

    o de

    pro

    duto

    s de

    ve c

    onsi

    dera

    r a

    prag

    a, d

    oen

    a ou

    pla

    nta

    dani

    nha

    que

    se p

    rete

    nde

    cont

    rola

    r. A

    sele

    o

    do p

    rodu

    to d

    ever

    co

    nsid

    erar

    : ef

    eito

    sob

    re a

    pop

    ula

    o d

    e or

    gani

    smos

    no

    alv

    o; a

    vida

    aqu

    tic

    a; a

    pro

    te

    o de

    tra

    balh

    ador

    es e

    con

    sum

    idor

    es.

    Deve

    -se

    adot

    ar e

    stra

    tgi

    as p

    ara

    evit

    ar a

    res

    ist

    ncia

    de

    prag

    as,

    doen

    as

    e pl

    anta

    s da

    ninh

    as e

    vita

    ndo

    o us

    o co

    ntin

    uado

    de

    umn

    ico

    prod

    uto

    qum

    ico.

    Os

    prod

    utor

    es d

    evem

    con

    sult

    arex

    tens

    ioni

    stas

    qua

    lific

    ados

    e s

    e ne

    cess

    rio

    os

    forn

    eced

    ores

    , pa

    raes

    tar

    info

    rmad

    o so

    bre

    qual

    quer

    res

    tri

    o a

    dici

    onal

    exi

    sten

    teso

    bre

    o us

    o do

    agr

    otx

    ico.

    re

    com

    enda

    da a

    par

    tici

    pa

    o em

    um

    pro

    gram

    a d

    e ce

    rtif

    ica

    opa

    ra a

    cal

    ibra

    o

    dos

    equi

    pam

    ento

    s. T

    rato

    res

    utili

    zado

    s na

    aplic

    ao

    dev

    ero

    ser

    dot

    ados

    de

    cabi

    ne a

    dequ

    ada

    para

    prot

    eo

    do

    oper

    ador

    .

  • SETOR CAMPO40PA

    RTE

    II: N

    ORM

    AS P

    ARA

    O PA

    S-CA

    MPO

    (PRO

    DU

    O AG

    RCO

    LA)

    GUIA DE VERIFICAO DE SISTEMAS DE SEGURANA NA PRODUO AGRCOLA

    Nec

    ess

    rio

    Deve

    -se

    obse

    rvar

    a a

    dequ

    ao

    das

    con

    di

    es a

    tmos

    fri

    cas

    para

    aap

    lica

    o d

    os a

    grot

    xic

    os.

    O in

    terv

    alo

    de c

    arn

    cia

    deve

    ser

    obse

    rvad

    o e

    sob

    nenh

    uma

    circ

    unst

    nci

    a d

    eve

    ser

    igno

    rado

    .O

    loca

    l e o

    s eq

    uipa

    men

    tos

    utili

    zado

    s de

    vem

    ser

    esp

    ecf

    icos

    par

    ao

    prep

    aro

    das

    solu

    es

    . Em

    cas

    o d

    e ac

    iden

    te,

    deve

    -se

    ter

    uma

    lista

    de

    proc

    edim

    ento

    s de

    pri

    mei

    ros

    soco

    rros

    e f

    orm

    as d

    eco

    ntat

    o pa

    ra a

    tend

    imen

    to e

    m lo

    cal d

    e f

    cil v

    isua

    liza

    o.

    Os a

    grot

    xic

    os d

    evem

    ser

    est

    ocad

    os d

    e ac

    ordo

    com

    as

    exig

    nci

    -as

    lega

    is inc

    luin

    do o

    s se

    guin

    tes

    padr

    es

    mn

    imos

    : lo

    cal s

    egur

    o,be

    m v

    enti

    lado

    , e

    sepa

    rado

    de

    outr

    os m

    ater

    iais

    , de

    for

    ma

    a n

    ope

    rmit

    ir a

    con

    tam

    ina

    o d

    o m

    eio

    ambi

    ente

    . Os

    doc

    umen

    tos

    sobr

    e os

    pro

    duto

    s de

    vem

    ser

    man

    tido

    s e

    esta

    r di

    spon

    vei

    s pa

    raco

    nsul

    ta.

    Todo

    s os

    agr

    otx

    icos

    dev

    em s

    er a

    rmaz

    enad

    os e

    m s

    uaem

    bala

    gem

    ori

    gina

    l. Si

    nais

    de

    adve

    rtn

    cia

    de p

    erig

    os p

    oten

    ciai

    sde

    vem

    ser

    col

    ocad

    os n

    as p

    orta

    s de

    ace

    sso

    aos

    dep

    sito

    s.Re

    cipi

    ente

    s va

    zios

    dev

    em r

    eceb

    er t

    rpl

    ice

    lava

    gem

    com

    gu

    a e