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  • Your Power for Health

    Guia Prtico de Coleta de Sangue

    Melhore os procedimentos na fase pr-analtica e garanta melhores resultados nos exames laboratoriais.

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  • 2Your Power for Health

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    ndice

    Introduo .......................................................................................... 04

    Conhecendo a Amostra Biolgica ...................................................... 05

    Fatores de interferncias pr-analticas nos resultados de exames laboratoriais .............................................. 07

    Procedimento para Coleta de Sangue a Vcuo .................................. 11

    Intercorrncias na Coleta de Sangue .................................................. 19

    Situaes Especfi cas de Coleta ......................................................... 20

    Microcoleta ......................................................................................... 21

    Microcoleta Capilar ............................................................................. 24

    Procedimento para Microcoleta Capilar .............................................. 24

    Microcoleta por Gotejamento ............................................................. 29

    Procedimento para Microcoleta por Gotejamento ............................... 29

    Especifi caes dos Materiais Utilizados na Coleta de Sangue ............ 32

    Apndice ............................................................................................ 35

    Tabela de Utilizao ............................................................................ 38

    Tabela de Transformao .................................................................... 40

    Bibliografi a .......................................................................................... 42

  • 4Introduo

    cada vez maior a busca pela melhoria da qualidade na prestao de servios nos segmentos de sade.

    Isso ocorre principalmente nos laboratrios clnicos, que investem constantemente em materiais e equipamentos sofi sticados, a fi m de aprimorar os servios prestados.

    Entretanto, a qualidade dos exames laboratoriais e a satisfao dos clientes esto intimamente relacionadas fase pr-analtica, especialmente coleta de sangue, j que as mais sofi sticadas tecnologias no so capazes de fornecer bons resultados com uma amostra de m qualidade.

    Por esse motivo, a Greiner bio-one desenvolveu este Guia de Coleta de Sangue, que contm informaes direcionadas a todos os profi ssionais envolvidos, reconhecendo que eles so fundamentais no fl uxo laboratorial, estando diretamente envolvidos com a fase pr-analtica.

    Esperamos que este Guia seja uma ferramenta para o aprimoramento dos conhecimentos e um auxlio no trabalho dirio do fl ebotomista, trazendo mudanas que resultem em melhorias na qualidade dos exames laboratoriais e na satisfao dos clientes.

    Elaborao:Greiner bio-one, guia prtico de coleta de sangue, Americana, Brasil: [s.e.], 3 Ed. 2010.

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    Conhecendo a Amostra Biolgica

    Consideram-se material biolgico (amostra): lquidos, secrees, excre-es e fragmentos de tecidos obtidos do corpo humano, que possam ser analisados, sendo o sangue o mais utilizado.

    Do ponto de vista da sua constituio, o sangue considerado um sistema complexo e relativamente constante, constitudos de elementos slidos (clulas sanguneas), substncias lquidas (soro/plasma) e elementos gasosos (O2 e CO2). Para obt-lo, o procedimento conhecido como puno venosa, venipuno ou fl ebotomina.

    Embora no seja preciso conhecer todos os detalhes sobre os procedi-mentos analticos dos teste laboratoriais, essencial conhecer o tipo de amostra necessria para cada teste:

    Bioqumica, Hormnios e Imunologia - utiliza-se soro ou plasma com heparina;

    Hemograma e Grupo Sanguneo - utiliza-se sangue total com EDTA;

    Glicemia - utiliza-se plasma com fl uoreto de sdio e EDTA;

    Coagulao - utiliza-se plasma com citrato de sdio.

  • 6Sangue Total

    1- Sangue total: a amostra no centrifu-gada obtida em tubo com anticoagulante (substncia que inibe o processo de coagu-lao) e que possui caractersticas e concen-traes semelhantes s do sangue in vivo.

    importante tambm conhecer as diferenas e o modo de obteno de cada tipo de amostra:

    Soro

    Gel

    Cogulo

    2 - Soro: o sobrenadante obtido aps a centrifugao de uma amostra de sangue coagulada (formao do cogulo pelas protenas, por fatores de coagulao e por plaquetas). Por isso, as amostras de soro so as ausentes dos fatores de coagu-lao e de alguns constituintes que foram consumidos no processo de formao do cogulo. Atualmente em tubos de plstico, as paredes internas so revestidas com um ativador de coagulao (substncia que ativa o processo de coagulao), acelerando a formao do cogulo.

    Plasma

    Gel

    Clulas

    Fig. 1

    Fig. 2

    Fig. 3

    3 - Plasma: o sobrenadante obtido aps a centrifugao de uma amostra de sangue colhida em tubo contendo anticoagulante. A amostra possui todos os fatores de coagu-lao, j que o processo de formao do cogulo foi inibido pelo anticoagulante.

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    Fatores de interferncias pr-analticas nos resultados de exames laboratoriais

    Sabemos que um processo laboratorial constitui-se de trs fases: pr-analtca, analtica e ps-analtica. Entretanto, nenhuma fase mais impor-tante do que a fase pr-analtica. nesta fase que o paciente atendido, preparado (orientado), a amostra colhida e realizado o transporte e triagem de amostra. Por isso, essa a fase que ir refl etir no resultado do exame laboratorial e no grau de satisfao do cliente.

    Porm, nesta fase tambm que podem ocorrer inmeras variaes que iro prejudicar a qualidade das amostras e, consequentemente, o resul-tado fi nal dos exames laboratoriais.

    Por isso, extremamente importante que os profi ssionais envolvidos no procedimento de coleta tenham conhecimento dessas variveis e da forma como elimin-las.

    Idade: pode alterar alguns metablitos no sangue e na urina devido a diversos fatores: massa corporal, contedo hdrico e maturidade de rgos e sistemas. A contagem de hemoglobina, por exemplo, mais elevada em recm-nascidos, devido degradao dos eritr-citos provocada pelo aumento de oxignio arterial, quando compa-rada com adultos.

    Gnero: assim como os padres hormonais especfi cos ao gnero, as diferenas entre eles tambm podem ser fundamentadas na bioqumica e na hematologia. A atividade ou a concentrao srica dependem da massa muscular, que geralmente mais pronunciada nos homens.

    Cronobiolgica: o ciclo de variaes cronobiolgicas pode ser dirio, mensal, sazonal e anual. Estas variaes devem ser anali-sadas de forma criteriosa. A concentrao de potssio, por exemplo, menor tarde do que pela manh, assim como a concentrao de cortisol aumenta no decorrer do dia e diminui noite. Alteraes hormonais devido ao ciclo menstrual tambm podem acompanhar alterao de outras substncias (ex.: aumento de aldosterona e diminuio do colesterol na ovulao).

  • 8 Jejum: um dos pontos mais discu-tidos e o que gera o maior nmero de erros no laboratrio, decorrentes tanto da falta de informao pres-tada ao paciente como tambm por conta a no-adeso dos mesmos s informaes prestadas pelos profi s-sionais do laboratrio. Os estados

    Fig. 4: Diferentes nveis de lipemia

    ps-prandiais normalmente causam turbidez ao soro (Fig. 4), o que pode interferir em algumas metodologias e concentra-es de substncias (ex.: amostras lipmicas interferem em exames por metodologias colorimtricas ou turbidimtricas, em dosagens de protenas, glicose, etc.). A mudana da concentrao de substn-cias tambm pode ser induzida por longos perodos de jejum (ex.: duminuio de T4 e T3). Por isso, a abstinncia total na ingesto de alimentos em geral e a ingesto mnima de gua durante o perodo de 12 horas podem ser recomendadas como procedimento padro. Entretanto, cada instituio estabelece os intervalos de jejum de acordo com as tcnicas utilizadas.

    Repouso: a atividade fsica pode alterar temporariamente alguns componentes sanguneos, principalmente relacionados qumica clnica do paciente. Algumas variaes de concentrao de subs-tncias so decorrentes da quantidade de lquidos e substncias fi ltrveis transferida entre os compartimentos intravascular e inters-ticial, da quantidade perdida atravs do suor (que altera as concen-traes eletrolticas) e das variaes das concentraes hormonais, que podem alterar sucessivamente a contagem de leuccitos, bem como a concentrao de glicose. Esforo fsico e administraes intramusculares podem aumentar a atividade de enzimas, principal-mente e creatinoquinase (CK), pelo aumento da liberao celular, que pode persistir por at 24 horas aps a realizao de exerccios. Dosagens de prolactina devem ser realizadas com ateno, sendo necessrio repouso com mnimo esforo por cerca de 30 minutos (dependendo da tcnica utilizada).

    Ingesto de medicamentos: nenhum medicamento inerte ao organismo, e por isso pode causar variaes nos resultados de exames, seja pelo efeito fi siolgico do prprio organismo (ex.: induo e/ou inibio enzimtica), seja pela interferncia analtica in vitro. Todo medicamento, seja de consumo dirio ou no, deve ser anotado na fi cha do paciente.

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    lcool e fumo: o consumo de lcool, mesmo que esporadicamente, pode causar alteraes nas concentraes de glicose, lactato e trigli-crides. O fumo leva a inmeras variaes nas concentraes de substncias, como aumento de aldosterona, cortisol e no nmero de leuccitos.

    Estado emocional: normalmente, os paciente chegam ao laboratrio alterados emocionalmente, principalmente em estado de estresse. Este fator pode difi cultar a coleta, devido vasoconstriao venosa, e tambm causar alteraes em alguns exames, principalmente no hemograma e nas dosagens hormonais.

    Temperatura: estar atento ao aspecto do paciente importante, devendo-se anotar na fi cha dele se apresenta febre. Diversas alte-raes podem ocorrer em pacientes neste estado (ex.: elevao em VHS, alteraes em hemogramas, protenas de fase aguda, etc.).

    Garroteamento: o torniquete pode ser utilizado como uma ferra-menta pelo fl ebomista, para facilitar o acesso venoso, e no deve exceder mais de 1 minuto. O prolongamento no tempo de uso do torniquete pode levar a alteraes em concentraes de substn-cias (principalmente potssio) e hemocontrao, com alterao nas plaquetas, e, consequentemente, em testes de coagulao (para estes, se possvel, no utilizar torniquete).

    Infuso intravenosa: evitar coletas em uma veia prxima ao local que esteja recebendo infuso intravenosa. Em relao infuso de frmacos, importante se lembrar de que a coleta de sangue deve ser realizada sempre em local distante da instalao do cateter, preferen-cialmente, no outro brao. Mesmo realizando a coleta no outro brao, se possvel, deve-se aguardar pelo menos uma hora aps o fi nal da infuso para a realizao da coleta. Caso no haja outra alternativa seno a veia que est recebendo a infuso, puncionar abaixo do local da infuso e desprezar uma quantidade de sangue antes de realizar a coleta. Anotar na fi cha do paciente a substncia que est sendo administrada. Solicitamos, que este procedimento deve ser esta-belecido por cada instituio.

  • 10

    Transporte e armazenamento: normalmente, o tempo de transfe-rncia aps a coleta at a triagem curto quando o laboratrio est prximo ou na prpria rea tcnica, no representando problemas. Porm, muitas vezes, as amostras so transportadas para um local distante. Se isso for necessrio, todo o cuidado deve ser tomado para no alterar a integridade e a composio das amostras. A centrifugao deve ser realizada preferencialmente antes do trans-porte, o mais rpido possvel (no exceder 1 hora). Para uso de sangue total, realizar o esfregao sanguneo em at 2 horas aps a coleta. O uso de gel separador uma forma de reduzir a interfe-rncia do contato das clulas com o soro/plasma durante o trans-porte. Entretanto, nunca se deve recentrifugar amostras com gel separador. Evitar movimentos bruscos (devido o risco de hem-lise), evitar o contato com a luz e o ar (fotossensibilidade e risco de evaporao) e manter o tubo na posio vertical so itens essen-ciais durante o transporte. Vrios analitos so preservados por mais tempo quando armazenados em refrigerador, porm, amostras de sangue total so mais instveis neste aspecto.

    Hemlise: o aspecto avermelhado do soro/plasma um indicador de hemlise devido ruptura dos eritrcitos e consequente libe-rao de hemoglobina (Fig. 5). Entretanto, este processo pode no ser visvel a olho nu, dependendo da concentrao de hemoglobina liberada. Variaes so encontradas em amostra hemolisada (ex.: aumento nas dosagens de CK, LDH, ferro, potssio, falsa diminuio na contagem de eritrcitos, entre outros). Porm nem sempre a hemlise acompanhada pela liberao de hemoglobina, sendo difcil sua visu-alizao a olho nu. Interferncias tambm podem ocorrer na lise de plaquetas e granulcitos.

    Fig. 5: Diferentes nveis de hemlise

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    Procedimento para Coleta de Sangue a Vcuo

    As recomendaes sobre a coleta de sangue vcuo contidas neste Guia baseiam-se na norma H3-A6 (Procedures for the Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipuncture) da CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), instituio reconhecida mundialmente (anteriormente denominada NCCLS), que desenvolve padres e dire-trizes para a comunidade clnica mdica.

    1 Apresentao e identifi cao do paciente: o fl ebotomista deve se apresentar e conversar com o paciente, tranquiliz-lo e ganhar a confi ana dele. Verifi car os dados do paciente conforme o descrito no formulrio de exames e questionar as informaes, como dieta, confi r-mao do jejum, ingesto de medicamentos, alergia a ltex, etc.

    2 Escolha do local da puno: a regra bsica para um puno bem-sucedida examinar cuidadosamente, a fi m de encontrar o local ideal para a puno.

    Escolher uma regio para puno envolve algumas consideraes:

    No selecionar um local do brao no mesmo lado de uma mastec-tomia ou amputao;

    No selecionar um local em que o paciente foi submetido a infuso intravenosa;

    No selecionar um local com hematomas, edema, contuso ou com mltiplas punes.

    O Flebotomista dever ter em mente: nunca aplicar tapinhas no lugar a ser puncionado, pois este procedimento aumenta o risco de hemlise e pode provocar desprendimento de placas de gordura (aterosclerose) da veia do paciente, o que poder causar uma isquemia (interrupo do fl uxo sanguneo) caso elas se alojem em outro local do vaso.

    O paciente deve estar devidamente acomodado, sentado em cadeira confortvel e segura, de fcil acesso ao fl ebotomista.

  • 12

    Antes da realizao da puno, pode-se fazer um garroteamento prvio, a fi m de faci-litar a escolha do melhor vaso sanguneo, e posteriormente fazer a escolha do material adequado de acordo com o local que ser puncionado, evitando-se, assim, um garro-teamento de mais de 1 minuto.

    Caso apresente difi culdade para encontrar o acesso venoso, recomenda-se a utilizao de uma bolsa de gua quente por aproxima-damente 5 minutos sobre o local da puno. Em casos extremos, acomodar o paciente deitado com o brao ao lado do corpo e garrotear com um esfi gmomanmetro (em P.A. mdia) por um minuto.

    Embora qualquer veia dos membros supe-riores possa ser puncionada, as veias do dorso das mos (Fig. 6) e do dorso dos ps. (Fig. 7) Tambm podem ser opes, quando necessrio. Sendo que para puncionar MMII (membros inferiores), necessrio a autori-zao mdica, devido potenciais riscos de complicaes como: fl ebites, tromboses ou necrose tissular. Entretanto, as veias da regio do brao (Fig. 8) costumam ser as melhores opes, priorizando-se as veias ceflica e mediana cubital, evitando a veia baslica, pois esta se encontra muito prxima ao nervo mediano e artria braquial.

    3 Preparo do material: todo o material deve estar devidamente separado e identifi -cado (Fig. 9) antes do incio do procedimento de venipuno, mostrando ao paciente que os produtos so descartveis.

    Fig. 6: Dorso das mos

    Fig. 8: Regio do brao

    Fig. 7: Dorso dos ps (Aps autrizao mdica)

    Fig. 9: Preparo do material

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    Tubos a vcuo: tubos estreis, produzidos em plstico (PET) para garantir a biossegurana, com vcuo predefi nido e marca de preenchimento, de forma a garantir a exata proporo de sangue/aditivo (hemodiluio). Escolher um tubo com volume de aspirao de acordo com o calibre da veia do paciente;

    Etiquetas para identifi cao: etiquetar os tubos antes do procedi-mento de coleta. Neste momento, deve-se confi rmar as informaes contidas na etiqueta com as contidas no formulrio de exames;

    Luvas de procedimento: utilizar luvas em todo procedimento de coleta. Tomar cuidado, pois algumas pessoas apresentam reaes alrgicas ao ltex;

    Antissptico: lcool etlico ou isoproplico na concentrao de 70%;

    Gaze ou algodo;

    Adaptadores e agulhas: compatveis com os tubos para coleta de sangue e com o tipo de veia do paciente. Por esta razo, impor-tante fazer a verifi cao das veias do paciente antes da escolha do material;

    Torniquete: isento de ltex e de preferncia com trava e regulagem de tenso;

    Bandagem ou esparadrapo: para o estancamento;

    Recipientes para descarte: resistentes, de acordo com o padro OSHA (Occupational Safety and Health Administration).

  • 14

    4 Ordem de Coleta de Sangue: uma sequncia sugerida pela CLSI quando se tem a necissade de fazer a coleta de diversas amostras de um mesmo paciente, a fi m de reduzir a contaminao cruzada dos aditivos.

    Ordem de Coleta Preconizada pela CLSI (H3-A6) Clinical and Laboratory Standards Institute

    Hemocultura ou Tubo sem aditivo*

    Tubo para Coagulao (citrato)

    Tubo para Sorologia

    Tubo para Heparina

    Tubo para Hematologia (EDTA K2 ou EDTA K3)

    Tubo para Glicemia (fl uoreto de sdio)

    * COletar antes do tubo de coagulao em caso de testes especfi cos.Para testes de rotina como TP e TTPA, segundo o CLSI no h interferncia da trom-boplastina tecidual, podendo iniciar a coleta com tubo de coagulao. (citrato)

    Caso seja realizado algum teste especfi co de coagulao (ex.: dosagem de fatores da coagulao) a CLSI recomenda utilizar um tubo sem aditivo antes do tubo de coagulao, de forma a evitar a infl uncia da trom-boplastina tecidual liberada no momento da puno no resultado das anlises. Os tubos de glicemia devem ser colhidos por tlimo, a fi m de minimizar o tempo entre a coleta e a centrifugao.

    No caso de a coleta ser realizada com escalpe, um tubo de descarte (tubo sem aditivo) deve ser utilizado primeiramente, j que o ar contido no interior do tubo vinlico impede que a amostra no primeiro tubo de coleta atinja a marca de preenchimento necessria para a correta hemo-diluio. Esta outra situao em que o tubo de coagulao no deve ser o primeiro tubo da sequncia.

  • 15www.gbo.com

    5 - Higienizao das mos: as mos devem ser higienizadas antes e ao trmino de cada procedimento de coleta (Figs. 10, 11, 12).

    Fig. 10: Palma das mos Fig. 11: Dorso das mos e regio estre os dedos

    Fig. 12 Regio das unhas

    6 Luvas: as luvas devem ser utilizadas em todo procedimento de puno venosa. Devem fi car bem colocadas para que o fl ebo-tomista tenha sensibilidade durante o procedi-mento do coleta, alm de ser uma barreira de proteo. (Fig. 13)

    Fig. 13: Colocao das luvas

    7 Antissepsia: realizar a antissepsia no local da puno com movimentos circulares do centro para a periferia (caracol Fig. 14).

    Fig. 14: Movimentos circulares (do centro para a periferia)

    Depois de realizada a antissepsia, aguardar o tempo necessrio para ao do antissptico. Isso evitar a sensao de ardor durante a pene-trao da agulha e o risco de hemlise da amostra. Depois de realizada a antissepsia, o fl ebotomista nunca deve assoprar, abanar ou tocar novamente a regio.

    Para hemoculturas, a ateno deve ser maior, levando em considerao que as tampas dos frascos tambm devem estar asspticas e desinfe-tadas de acordo com as instrues do fabricante.

  • 16

    8- Garroteamento: neste momento, o torniquete ser utilizado como uma ferra-menta para facilitar o acesso venoso. Deve ser posicionado cerca de 4 dedos (7,5 10 cm) acima do local a ser puncionado. Pedir para o paciente somente fechar as mo, pois movimentos de abrir e fechar podem causar alteraes nas concentraes de alguns analitos (ex.: clcio inico, potssio, etc.). Nunca exceder o garro-teamento por mais de 1 minuto (Fig. 15).

    9 Puno: realizar a puno na veia sele-cionada anteriormente, inserindo a agulha o mnimo possvel (cerca de 10 a 15mm de profundidade) em um ngulo de 30, com o bisel da agulha voltado para cima (Fig. 16). Quando necessrio, esticar a pele do paciente com a outra mo (distante do local onde foi realizada a antissepsia).

    Fig. 15: Garroteamento

    Fig. 16: Puno venosa

    Fig. 17: Insero do tubo no adaptador

    Obs. Puno acidental na artria: o fl uxo de sangue arterial muito mais intenso quando comparado ao sangue venoso. Alm disso, o sangue arte-rial possui uma colorao avermelhada viva devido maior oxigenao. Sendo assim, em caso de suspeita de puno acidental de artria, o fl ebo-tomista deve retirar imediatamente a agulha, fazendo comprensso vigo-rosa no local por pelo menos 5min at o estancamento total do sangra-mento alm de uma ocluso mais efi ciente no local da puno.

    10 Insero do tubo: inserir o primeiro tubo de acordo com a ordem de coleta e conforme os exames a serem realizados (Fig. 17). Aps o incio do fl uxo sanguneo, aliviar a tenso do torniquete e retir-lo, pedindo ao paciente que abra a mo. Aguardar o preenchimento total do tubo at o sangue atingir a marca de preenchimento (pressionar o tubo contra o adaptador com o dedo polegar).

  • 17www.gbo.com

    11 Homogeneizao: homegeneizar todos os tubos por inverso completa, de 5 a 8 vezes, imediatamente aps sua retirada do adaptador (Fig. 18). Este proce-dimento deve ser realizado cuidadosamente para evitar as seguintes ocorrncias:

    Fig. 18: Homogeneizao dos tubos

    Agitar vigorosamente o tubo pode causar hemlise;

    A no-homegeneizao ou a homogeneizao insufi ciente em tubos contendo anticoagulantes podem resultar em microcogulos/agregao plaquetria;

    A no-homegeneizao ou a homogeneizao insufi ciente em tubos para sorologia podem resultar em uma demora na coagu-lao e, aps o processo de centrifugao, o volume de sobrena-dante (soro) ser insatisfatrio e/ou com a presena de fi brina.

    12 Realizar a troca dos tubos sucessivamente.

    Fig. 19: Remoo do conjunto agulha-adaptador

    13 Remoo do conjunto agulha-adap-tador: aps a coleta do ltimo tubo, retir-lo do sistema e em seguida remover o conjunto agulha-adaptador (Fig. 19).

    Fig. 20: Estancamento realizado pelo fl ebotomista

    Fig. 21: Estancamento realizado pelo paciente

    14 Hemostasia: o estancamento por compresso extremamente importante e deve ser realizado logo aps a remoo da agulha, exer-cendo presso no local por cerca de 2 minutos a fi m de evitar hema-tomas e sangramentos (Figs. 20 e 21).

  • 18

    15 Instruo ao paciente: cabe ao profi ssional instruir o paciente sobre os cuidados a serem tomados aps o procedimento de coleta. O paciente deve ser orientado a no carregar peso aps a coleta, no dobrar o brao e no massagear o local puncionado. Maior tempo de estancamento necessrio em caso de pacientes que utilizam anticoa-gulantes ou so diabticos.

    16 Descarte dos materiais: descartar os materiais logo aps sua utilizao, em recipiente adequado para descarte de materiais perfucor-tantes (Figs. 22, 23 e 24).

    Fig. 22: Descarte utilizando Adaptador Quick Release

    Fig. 23: Descarte utilizando Adaptador Padro

    Fig. 24: Descarte utilizando Adaptador QUICKSHIELD

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    Intercorrncias na Coleta de Sangue

    A escolha dos materiais adequados (agulhas e tubos) e do local correto para a realizao da puno so funda-mentais para evitar alguns tipos de intercorrncias:

    Fig. 25: Transfi xao da veia

    Fig. 26: Estenose venosa

    Fig. 27: Colabamento da veia

    1 Transfi xao da veia: ocorre quando a agulha transfi xa o vaso (Fig. 25). Neste caso, deve-se retirar o tubo do adaptador (ele no perder o vcuo desde que a agulha esteja puncionada) e retroceder a agulha de forma que o fl uxo de sangue seja retomado. Para evitar este acontecimento indicado puncionar (introduzir) a agulha o mnimo possvel na veia do paciente (10 -15mm).

    2 Estenose: ocorre quando as paredes dos vasos se unem, interrompendo o fl uxo sanguneo (Fig. 26). Este processo ocorre quando no se utilizam os mate-riais adequados, principalmente calibre de agulha e volumes de aspirao incompa-tveis com o tipo de veia do paciente. Por isso, muito importante selecionar o mate-rial correto no momento da visualizao da veia do paciente.

    3 Colabamento: ocorre quando o bisel da agulha est obstrudo pela parede do vaso, impedindo o fl uxo sanguneo (Fig. 27). Se durante o procedimento for obser-vada uma suspeita de colabamento, reco-menda-se retirar o tubo do adaptador, girar cuidadosamente o adaptador, a fi m de que o bisel da agulha seja desobstrudo, e em seguida recolocar o tubo no adaptador.

  • 20

    Situaes Especfi cas de Coleta

    1 Testes de lcool no sangue: quando houver necessidade de dosa-gens de lcool, nunca se deve utilizar antissptico base de lcool.

    2 Hemocultura: cuidados especiais de coleta, transporte e armaze-namento devem ser tomados com amostras para hemocultura. Alm disso, estar atento ao volume de sangue necessrio de acordo com as instrues de fabricante. A assepsia da tampa do frasco tambm muito importante.

    3 Traos de elementos: para anlises de traos de elementos no sangue, os tubos utilizados na coleta devem possuir tratamento espe-cial, de modo que sejam isentos de metais (tubos de tampa azul-escura VACUETTE para traos de elementos Z/Soro ou NH).

    Nota: AL, CD, CO, Mn, no devem ser analizados em tubos com ativador de cogulo.

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    Microcoleta

    Atualmente, a microcoleta um diferencial para os laboratrios clnicos.

    Atravs de uma coleta prtica e segura, este procedimento traz grandes vantagens, principalmente quando se trata de pacientes especiais, como geritricos, neonatos, oncolgicos, crianas, UTI e pacientes com acesso venoso difcil. Nestes casos, na maioria das vezes, o volume de sangue obtido reduzido.

    Com a tecnologia dos equipamentos atuais, possvel a realizao de exames com volume reduzido de amostra, favorecendo ainda mais o uso desta ferramenta e garantindo a qualidade da amostra.

    A Greiner bio-one desenvolveu o exclusivo sistema de MiniCollect

    (composto por microtubo, funil de coleta e tubo transportador) para procedimentos de microcoleta.

    A Coleta de Sangue em Crianas e Neonatos

    A coleta de sangue em crianas e neonatos um desafi o para o fl eboto-mista e exige habilidades especiais.

    No momento em que a criana encaminhada para o procedimento de coleta, deve-se orientar o acompanhante sobre as situaes que podem ocorrer:

    A criana pode se debater e ter que ser contida;

    A maioria das crianas choram muito;

    Em casos de crianas rebeldes e/ou de veias difceis, h probabili-dade de se realizar mais de uma puno;

    Probabilidade do retorno para uma segunda coleta por necessidade tcnica ou diagnstica.

  • 22

    Como regra bsica, sugere-se:

    Neonatos e bebs devem ser posicionados deitados em uma maca, solicitando a ajuda de outro profi ssional para garantir que a coleta ocorra sem difi culdades. No aconselhvel que o acompanhante participe da coleta, pois ele est envolvido psicologicamente com a criana. O auxiliar deve posicionar-se na cabeceira da maca no mesmo lado que o fl ebotomista, fi cando um de frente para o outro. Com umas das mos, conter o brao da criana segurando-a prximo ao pulso, e com a outra prxima ao garrote (Fig. 28). O fl ebotomista, de frente para o auxiliar, realiza a venipuno seguindo os mesmos passos utilizados para a puno em adulto.

    Crianas maiores, de forma geral, colaboram para a realizao de uma venipuno sentadas. Existem duas maneiras confortveis de se posicionar uma criana:

    1- Uma maneira colocar a criana de lado, no colo do acompanhante, fi cando de lado para o fl ebotomista. Um dos braos da criana abraa o acompanhante e o outro fi ca posicionado para o fl ebotomista. Dessa forma, o acompanhante desviar a ateno da criana para si, segurando o rosto dela com umas das mos. O auxiliar fi car posicionado ao lado do fl ebotomista: uma das mos segurar o brao da criana prximo ao garrote e a outra mo fi car prxima ao pulso. O fl ebotomista, de frente para a criana, realiza a venipuno seguindo os mesmos passos utili-zados para a puno em adulto.

    2- Outra maneira colocar a criana no colo do acompanhante, de frente para ele com as pernas abertas e entrelaadas a seu corpo, na altura da cintura. O acompanhante estar abraado criana e de costas ou de lado para o fl ebotomista sob o brao do acompanhante. O auxiliar fi car posicionado ao lado do fl ebotomista: umas das mos segurar o brao

    Fig. 28: Coleta em neonatos

    A criana deve ser preparada psicologica-mente para a coleta, cabendo ao fl eboto-mista conseguir sua confi ana. Sempre que possvel, evitar que a criana visualize a puno. A coleta dever ser realizada por dois profi ssionais. O posicionamento de coleta para crianas maiores de 1 ano depender muito do nvel de entendimento que elas possam ter.

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    da criana prximo ao garrote e a outra mo fi car prxima ao pulso. O fl ebotomista, de frente para a criana, dever realizar a venipuno seguindo os mesmos passos utilizados para a puno em adulto.

    A sala de espera deve ser um local adequado para que o paciente repouse, mantendo sua fi siologia estvel, enquanto aguarda ser chamado para o procedimento de coleta. Por essa razo, conveniente que a criana tenha um ambiente prprio de espera, ou seja, uma sala de espera infantil.

    Um ambiente agradvel com algum tipo de entretenimento (televiso, revistas, brinquedos) pode ser providenciado sempre que possvel, de forma que a criana tenha sua ateno desviada.

    B Coleta de Sangue em Pacientes Especiais e Geritricos

    Cuidados especiais devem ser tomados para coletas em pacientes geri-tricos, principalmente no que diz respeito preferncia no momento de seu atendimento.

    importante tambm que o fl ebotomista tenha calma e pacincia para lidar com estes pacientes e tenha cuidado com o garroteamento, pois a pele dos idosos normalmente mais sensvel.

    Pacientes especiais (queimados, UTI, oncolgicos, etc.) tambm devem ser tratados com a devida ateno, j que normalmente eles esto em estado psicolgico adverso.

  • 2424

    Microcoleta CapilarO sangue capilar uma mistura de sangue arterial, venoso e dos fl udos intersticiais e intracelular. Por isso, existem importantes diferenas clnicas de concentraes, principalmente nos constituintes qumicos (glicose, potssio, protenas totais e clcio), em soro e plasma obtidos de sangue venoso comparados ao sangue capilar. As concentraes de potssio, protenas totais e clcio so menores em sangue capilar.

    Procedimento para Microcoleta CapilarAs recomendaes sobre coleta de sangue capilar contidas neste manual so baseadas na norma H4-A5 (Procedures and Devices for the Collection of Diagnostic Capillary Blood Specimens) da CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), instituio reconhecida mundial-mente (anteriormente denominada NCCLS), que desenvolve padres para a comunidade clnica mdica.

    Antes de comear uma microcoleta capilar, devem-se realizar todos os procedimentos iniciais como o da coleta de sangue a vcuo (preparar o paciente, identifi car e confi rmar os dados com o formulrio de exames verifi car dieta, ingesto de medicamentos, etc).

    Fig. 29: Preparo do material

    1 Preparar o material (Fig. 29):

    Microtubos necessrios coleta, com funil e tubo transportador;

    Etiquetas para identifi cao do paciente;

    Luvas;

    Algodo embebido em lcool etlico ou isoproplico a 70%;

    Gaze ou algodo;

    Lancetas;

    Bandagem, esparadrapo;

    Recipiente para descarte de material perfurocortante.

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    Antes de iniciar a puno:

    Introduzir o funil na tampa e colocar a etiqueta de identifi cao do paciente no tubo transportador.

    Acoplar o microtubo ao tubo transportador.

    2 Posicionar o paciente (em caso de crianas e neonatos, seguir os procedimento descritos no item Coleta de Sangue em Crianas e Neonatos Fig. 28).

    3 Selecionar o local da puno: a coleta capilar deve ser realizada nos seguintes locais:

    Laterais do calcanhar no escolher as extremidades;

    Lbulo da orelha;

    Laterais das digitais dos dedos da mo (falange distal) evitar escolher o dedo mnimo.

    4 Higienizar as mos e colocar as luvas (Figs. 10, 11, 12 e 13).

    5 Aquecer a falange distal ou o calcanhar a ser puncionado usando uma bolsa de gua quente quando for necessria a coleta para dosa-gens de pH e gases sanguneos. Uma toalha mida aquecida em at 42C pode ser colocada sobre o local da puno de 3 a 5 minutos. Este procedimento aumenta o fl uxo de sangue.

    Fig. 30: Antissepsia do local

    6 Realizar antissepsia do local (Fig. 30). Aguardar ao do antissptico no local para evitar hemlise e dor no momento da puno.

    7 Selecionar a lanceta adequada para cada paciente. De maneira geral, no indicado utilizar lancetas com profundidade maior que 2.0mm para puno devido o risco de leso em ossos e cartilagens.

  • 26

    Fig. 31: Puno com lanceta automtica

    Puno digital: posicionar o dedo e introduzir a lanceta de forma perpen-dicular na face lateral interna da falange (Fig. 31);

    Puno no calcanhar: posicionar o calcanhar entre o polegar e o indicador e introduzir a lanceta de forma perpen-dicular na face lateral interna ou externa do calcanhar, evitando a regio central.

    Fig. 32: Obteno da amostra para o interior do microtubo atravs do funil de coleta

    8 Segurar fi rmemente o neonato ou beb, para evitar movimentos imprevistos (Fig.28).

    10 As gotas de sangue so captadas pelo funil e devem fl uir livremente para o interior do microtubo (manter o sistema ligeiramente inclinado Fig. 32). Caso a gota de sangue no escorra livremente, um leve movimento na parede do microtubo sufi ciente.

    ATENO: A puno deve ser realizada perpendicularmente super-fcie da pele e no de outra forma, pois poder causar infl amaes.

    9 Desprezar a primeira gota, devido ao excesso de fl uidos liberados no momento da puno. Colher a amostra a partir da segunda gota. Nem sempre os neonatos sangram imediatamente. Se a gota de sangue no fl uir espontaneamente, efetuar uma massagem levemente para melhorar o fl uxo (esta massagem no local da puno no deve ser fi rme, nem causar presso, pois poder hemolisar a amostra e causar contaminao por fl uidos liberados do tecido).

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    Nota: A marca de preenchimento disponvel nos tubos MiniCollect deve ser respeitada para uma correta proporo sangue/aditivo qumico (Fig. 33).

    Fig. 33: Marca de peenchimento dos tubos MiniCollect (Volumes variam de 0,25 - 1ml)

    Nota: Agitar vigorasamente o microtubo poder causar espuma e hemlise. Nos microtubos com anticoagulante, a homegeneizao inadequada poder resultar em agregao plaquetria e/ou microcogulos.

    Nota: Observar a marca de preenchimento, pois est identifi cado com a tarja preta na etiqueta ou dois riscos mais elevados e transparentes.

    Fig. 34: Homogeneizao do Microtubo

    11 Quando o microtubo estiver preenchido (de acordo com a marca de preenchimento), retirar o funil e realizar a homogeneizao por inverso completa (5 a 8 vezes Fig. 34) lentamente, pois o espao entre as paredes dos microtubos so menores e exigem maior critrio na homogeneizao.

  • 28

    12 Realizar a troca dos microtubos conforme a ordem correta de coleta.

    Ordem de coleta: segundo a sequncia recomendada pela CLSI para coleta de sangue capilar, o microtubo de EDTA sempre deve ser o primeiro, seguido pelos demais, e o microtubo para sorologia deve ser colhido por ltimo.

    Segue a ordem de coleta recomendada pela Greiner bio-one para a microcoleta por capacidade:

    Fig. 35: Homogeneizao do Microtubo

    Fig. 36: Descarte do material de microcoleta

    Tubo com EDTA-K3 (hematologia)

    Tubo com Citrato (coagulao)

    Tubo com Heparina

    Tubo com fl uoreto de Sdio (glicemia)

    Tubo Sorologia

    Preconizao da Greiner bio-one segundo recomendaes da CLSI (H4-A5)

    14 Descartar todo o material utilizado na coleta em recipiente adequado para descarte de materiais perfurocortantes (Fig. 36).

    13 Aps a coleta, pressionar o local da puno at parar o sangramento (Fig. 35), seguindo as recomendaes citadas na coleta de sangue a vcuo.

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    Microcoleta por GotejamentoA microcoleta, como j foi citado, uma importante ferramenta em situ-aes adversas de coleta, e a tcnica de microcoleta atravs do goteja-mento espontneo possui diversas vantagens em relao microcoleta capilar, j que a amostra obtida por gotejamento de sangue venoso (livre de interferentes), alm de ser um procedimento mais rpido e indolor ao paciente.

    Amostras reduzidas de sangue venoso podem ser obtidas de modo simples e seguro (atravs de escalpe ou agulha hipodrmica) com total garantia da hemodiluio e da qualidade fi nal da amostra, proporcio-nando uma amostra de sangue venoso com uma qualidade muito similar coleta de sangue a vcuo.

    Procedimento para Microcoleta por GotejamentoOs locais de puno em bebs e neonatos geralmente so as veias da cabea, do dorso das mos, dos ps e do brao.Para os demais pacientes com difcil acesso venoso, assim como na coleta de sangue a vcuo, as veias dos membros superiores so as mais indicadas, levando em considerao o maior grau de difi culdade de coleta nestes pacientes.

    Antes de iniciar uma microcoleta por gotejamento, devem-se realizar todos os procedimentos iniciais j citados como na coleta de sangue a vcuo (preparar o paciente, identifi car e confi rmar os dados com o formulrio de exames, verifi car dieta, ingesto de medicamentos, etc.).

  • 30

    Fig. 37: Preparo do material para microcoletapor gotejamento espontneo

    1 - Preparar o material (Fig. 37):

    Microtubos necessrios coleta, com funil e tubo transportador;

    Etiquetas para identifi cao de paciente;

    Luvas;

    Algodo embebido em lcool etlico ou isoproplico a 70%;

    Gaze ou algodo;

    Escalpes ou agulha hipodrmica;

    Bandagem, esparadrapo;

    Recipiente para descarte de material perfurocortante.

    Antes de iniciar a puno:

    Introduzir o funil atravs da tampa e colocar a etiqueta de identifi -cao do paciente no tubo transportador.

    Acoplar o microtubo ao tubo transportador.

    2 Higienizar as mos e colocar luvas (Figs. 10, 11, 12 e 13).

    3 Posicionar o paciente (em caso de crianas e neonatos seguir os procedimentos descritos no item Coleta de Sangue em Crianas e Neonatos Fig 28).

    4 Realizar antissepsia do local. Aguardar ao do antissptico no local para evitar hemlise e dor no momento da puno (Fig. 14).

    Fig. 38: Puno Venosa Fig. 39: Puno Venosa

    5 Puncionar a veia selecionada utilizando escalpe ou agulha hipo-drmica (Figs. 38 e 39).

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    Nota: importante lembrar que o torniquete deve ser utilizado seguindo os procedimentos descritos para a coleta de sangue a vcuo.

    Fig. 40: gotejamento de sangue para o interior do microtubo

    Fig. 41: gotejamento de sangue para o interior do microtubo

    6 Inclinar sutilmente o microtubo e aguardar o gote-jamento de sangue para o interior do microtubo atravs do funil (Figs. 40 e 41)

    7 Quando o microtubo estiver preenchido (de acordo com a marca de preenchimento), retirar o funil e realizar a homogeneizao por inverso completa (5 a 8 vezes) lentamente, pois o espao entre as paredes do microtubo menor em relao ao tubo tradicional, o que exige uma homogeneizao mais criteriosa, j que o deslocamento da amostra no interior do microtubo mais demorado.

    Nota: Agitar vigorosamente o microtubo poder causar espuma e hemlise. Nos microtubos com anticoagulante, uma homogeneizao inadequada poder resultar em agregao plaquetria e/ou microcogulos.

    8 Realizar a troca dos microtubos conforme a ordem preconizada pela CLSI (H3 - A6).

    Nota: Observar a marca de preenchimento, pois est identifi cado com a tarja preta na etiqueta ou dois riscos mais elevados e transparentes.

  • 32

    Fig. 43: Estancamento feito pelo fl ebotomista

    10 Quando fi nalizada a coleta, descartar todo o material utilizado em recipiente adequado para descarte de materiais perfurocortantes.

    Especifi caes dos Materiais Utilizados na Coleta de Sangue

    A utilizao de materiais com alta tecnologia e qualidade importante para se realizar uma coleta de sangue com sucesso.Recomendamos aos laboratrios clnicos a avaliao criteriosa dos materiais a serem utilizados antes de adquiri-los. Aos fl ebotomistas reco-mendamos utilizar estes materiais de maneira adequada, conforme as particularidades de cada procedimento de coleta.

    1 Agulha para coleta mltipla: estril, fabricada em ao inoxidvel, siliconada e trifacetada a laser, de sada dupla com vlvula de borracha, que permite o preenchimento de um ou mais tubos.

    22G 25x0,7mm (preta): agulha de menor calibre para acessos venosos difceis (geritricos, crianas, oncolgicos, etc.).

    Fig. 42 Estancamento feito pelo fl ebotomista

    9 Aps a coleta, pressionar o local da puno at parar o sangramento (Figs. 42 e 43), seguindo as mesmas recomendaes citadas na coleta de sangue a vcuo.

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    21G 25x0,8mm (verde): agulha normalmente utilizada para acessos venosos sem complexidade.

    2 Adaptador: acessrio no qual a agulha de coleta introduzida, formando o conjunto agulha-adaptador, essencial para a coleta de sangue a vcuo. Este adaptador tambm funciona como guia para o tubo durante a coleta do sangue.

    Adaptador Padro: adaptador para acessos venosos.

    HOLDEX: adaptador estril, descar-tvel, para acessos venosos difceis. Utilizado com agulha hipodrmica.

    QUICKSHIELD: adaptador descar-tvel, com sistema de segurana que encapa a agulha aps a coleta.

    QUICK RELEASE: adaptador com sistema de liberao automtica da agulha.

    *A Greiner bio-one recomenda que os adaptadores sejam de uso nico.

  • 34

    3 Escalpe: acessrio utilizado em casos especfi cos de coleta e na microcoleta por gotejamento, disponvel com ou sem sistema de segu-rana (uso nico).

    21G (verde): indicado para coleta em pacientes com fcil acesso venoso.

    23G (azul): indicado para coleta em pacientes com acesso venoso difcil (geritricos, crianas, neonatos, oncolgicos, etc.).

    25G (laranja): indicado para coleta em pacientes com acesso venoso de grande difi culdade (geritricos, pacientes inter-nados com mltiplas punes, pacientes queimados, etc.).

    4 Tubos: tubos plsticos estreis para a coleta de sangue, com tampa de segurana, vcuo e aditivo em concentraes exatas para a correta hemodiluio do sangue, proporcionando uma coleta fcil e segura. Contm diferentes aditivos (ex.: ativador de cogulo, EDTA, heparina, etc.). Produzidos de acordo com os padres da ISO 6710.

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    5 Sistema MiniCollect: sistema para microcoleta composto por microtubo, funil e tubo transportador. A tampa do microtubo possui exclusivo sistema de corte em cruz, o que permite a realizao da coleta sem a necessidade de retirar a tampa do micro-tubo (introduzindo o funil de coleta), propor-cionando maior praticidade e segurana ao

    usurio. O funil de coleta possui linhas para quebra de tenso superfi -cial da gota de sangue, promovendo um escoamento ideal da amostra de sangue para o interior do microtubo. O tubo transportador permite a identifi cao do paciente e facilita o manuseio, alm de tornar o sistema compatvel com as centrfugas e analisadores do mercado. Tubos trans-portadores na cor mbar acompanham microtubos para sorologia para a preservao de analitos fotossensveis, sendo que os demais micro-tubos so acompanhados por tubos transportadores transparentes. Linha completa de microtubos, inclusive sorologia com gel separador e coagulao. Cada microtubo vem acompanhado de um funil de coleta e um tubo transportador (Sitema MiniCollect).

    Apndice

    Manuseando tubos com tampa de segurana

    Abertura dos tubos Vacuette

    VACUETTE

    Procedimento para abertura dos tubos VACUETTE:

    1- Segure o tubo fi rmemente com uma mo, apoiando-o com o dedo polegar;

    2- Mantenha a mo na altura do peito e aproximadamente a um palmo de distncia do corpo.

    3- Incline o tubo ligeiramente para a outra mo que ir retirar a tampa;

    4- Puxe e gire a tampa de segurana com a outra mo no sentido anti-horrio;

    5- No necessrio fazer fora para abrir o rtulo.

  • 36

    Dimenses e Volumes dos Tubos

    Tubos VACUETTE: 13 x 75mm 13 x 100mm 16 x 100mm

    Tubos MiniCollect: 11 x 40mm

    Tampas de Segurana VACUETTE

    Proteo contra efeito aerossol e detonador.

    Absoluta segurana no transporte.

    Fcil retampagem.

    Previne contato com o sangue do paciente.

    Efeito aerossol em tubos sem tampa de segurana

    Manuseio de Amostras

    Todas as amostras biolgicas do laboratrio devem ser consideradas como potencialmente infectantes. Devero ser manuseadas sempre utilizando-se equipamentos de proteo individual (EPIs):

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    Your Power for Health

    Treinamentos e Servios

    Sistema fechado e seguro para coleta de sangue

    Erros pr-analticos

    Qualidade e segurana no ambiente pr-analtico

    Gesto de amostras como diferencial competitivo

    Capacitao em banco de sangue

    Recepo: atendimento de excelncia no laboratrio clnico

    Sistema seguro para coleta infantil

    Conhecimentos e Reciclagem de Informaes

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    Tab

    ela

    de

    Util

    iza

    o

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    Tabela de Transformao

    RAIO (cm)

    rcf (g) 7 8 9 10 11 12 13 14 15

    900 3391 3172 2991 2837 2705 2590 2488 2398 2317

    950 3484 3259 3073 2915 2779 2661 2557 2464 2380

    1000 3575 3344 3153 2991 2852 2730 2623 2528 2442

    1050 3663 3426 3230 3065 2922 2798 2688 2590 2502

    1100 3749 3507 3306 3137 2991 2863 2751 2651 2561

    1150 3833 3586 3381 3207 3058 2928 2813 2711 2619

    1200 3916 3663 3453 3276 3124 2991 2873 2769 2675

    1250 3997 3738 3525 3344 3188 3052 2933 2826 2730

    1300 4076 3812 3594 3410 3251 3113 2991 2882 2784

    1350 4153 3885 3663 3475 3313 3172 3048 2937 2837

    1400 4230 3956 3730 3539 3374 3230 3104 2991 2889

    1500 4378 4095 3861 3663 3492 3344 3213 3096 2991

    1600 4522 4230 3988 3783 3607 3453 3318 3197 3089

    1700 4661 4360 4110 3899 3718 3560 3420 3296 3184

    1800 4796 4486 4230 4013 3826 3663 3519 3391 3276

    1900 4927 4609 4345 4122 3931 3763 3616 3484 3366

    2000 5055 4729 4458 4230 4033 3861 3710 3575 3453

    2100 5180 4846 4568 4334 4132 3956 3801 3663 3539

    2200 5302 4960 4676 4436 4230 4049 3891 3749 3622

    2300 5421 5071 4781 4536 4325 4140 3978 3833 3703

    2400 5538 5180 4884 4633 4418 4230 4064 3916 3783

    2500 5652 5287 4985 4729 4509 4317 4147 3997 3861

    2600 5764 5392 5083 4822 4598 4402 4230 4076 3937

    2700 5874 5494 5180 4914 4686 4486 4310 4153 4013

    2800 5981 5595 5275 5004 4772 4568 4389 4230 4086

    2900 6087 5694 5369 5093 4856 4649 4467 4304 4158

    3000 6191 5792 5460 5180 4939 4729 4543 4378 4230

    RCF= 0,00001118 x R x N

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    16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

    2243 2176 2115 2058 2006 1958 1913 1871 1831 1794

    2305 2236 2173 2115 2061 2012 1965 1922 1882 1844

    2364 2294 2229 2170 2115 2064 2016 1972 1931 1892

    2423 2350 2284 2223 2167 2115 2066 2021 1978 1938

    2480 2406 2338 2276 2218 2165 2115 2068 2025 1984

    2536 2460 2391 2327 2268 2213 2162 2115 2070 2028

    2590 2513 2442 2377 2317 2261 2209 2160 2115 2072

    2643 2565 2492 2426 2364 2307 2254 2205 2158 2115

    2696 2615 2542 2474 2411 2353 2299 2248 2201 2157

    2747 2665 2590 2521 2457 2398 2343 2291 2243 2198

    2798 2714 2683 2567 2502 2442 2386 2333 2284 2238

    2896 2809 2730 2657 2590 2528 2470 2415 2364 2317

    2991 2901 2820 2744 2675 2611 2551 2494 2442 2393

    3083 2991 2906 2829 2757 2691 2629 2571 2517 2466

    3172 3077 2991 2911 2837 2769 2705 2646 2590 2538

    3259 3162 3073 2991 2915 2845 2779 2718 2661 2607

    3344 3244 3153 3068 2991 2919 2852 2789 2730 2675

    3426 3324 3230 3144 3065 2991 2922 2858 2798 2741

    3507 3402 3306 3218 3137 3061 2991 2925 2863 2806

    3586 3479 3381 3291 3207 3130 3058 2991 2928 2869

    3663 3554 3453 3361 3276 3197 3124 3055 2991 2930

    3738 3627 3525 3431 3344 3263 3188 3118 3052 2991

    3812 3699 3594 3499 3410 3328 3251 3180 3113 3050

    3885 3769 3663 3565 3475 3391 3313 3240 3172 3108

    3956 3838 3730 3631 3539 3453 3374 3300 3230 3165

    4026 3906 3796 3695 3601 3515 3434 3358 3288 3221

    4095 3973 3861 3758 3663 3575 3492 3416 3344 3276

    R= raio da centrfuga N= rpm

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