Guias Extraterrestres - Sixto Paz Wells

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Maria Cristina Cavalieri Frana Grupo Origem BH1 Projeto Sunesis 1 Minas Los guias extraterrestres

OS GUIAS EXTRATERRESTRES

SIXTO PAZ WELLS

Este livro foi passado para o formato digital para facilitar a difuso e com o propsito de que, assim como voc o recebeu, possa faz-lo chegar a algum mais. HERNN

Para baixar da Internet: ELEVEN Biblioteca do Novo Tempo Rosario Argentina Anexado ao diretrio promineo: www.promineo.gq.nu Livros de Luz: http://librosdeluz.tripod.com Traduo e reviso: Edemilson Mendes [email protected]

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NDICE CAPTULO I De Astrnomo aficionado a eminente Ovniologista. CAPTULO II O Projeto OZMA e os Sons do Espao. CAPTULO III O Avistamento que confirmaria tudo. CAPTULO IV Retomando a Marcha: O Caso Belevan. CAPTULO V O Umbral do Tempo: Os Xendras. CAPTULO VI Os Cristais Piramidais de Csio e o Conselho dos 24 Ancios. CAPTULO VII Os Nomes Csmicos. CAPTULO VIII O Contato Fsico. CAPTULO IX A Primeira Viagem a Marcahuasi: Revelaes Incrveis. CAPTULO X O Governo Interno Positivo do Planeta. CAPTULO XI O Guardio da Caverna. CAPTULO XII O jornalistas da Agncia E.F.E. CAPTULO XIII O Mistrio das Pedras Gravadas de Ica. CAPTULO XIV O Testemuno de Bentez. CAPTULO XV S Se D Valor Ao Que Se Perde.

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CAPTULO XVI As Comunicaes do Novo Tempo. CAPTULO XVII Objetivo Sillarhuasi. CAPTULO XVIII A Dcima Chamada de ANRROM. EPLOGO RESUMO CRONOLGICO DO CONTATO EXTRATERRESTRE E SEUS ANTECEDENTES. DICIONRIO RAMA. PRLOGO Hoje em dia comum escutar e ler nos meios de comunicao, notcias sobre estranhos relatos de supostos avistamentos e contatos com objetos voadores, que desafiam as leis da fsica conhecida, tripulados a maioria das vezes por seres de aparncia humanide. Isto, que ao princpio no conseguiu mais do que a indiferena dos cientistas que deduziam de imediato que tais verses procediam de iluses, histeria coletiva, sugesto ou falsos testemunhos hoje vo se convertendo no problema nmero um que preocupa os governos, os socilogos, os psiclogos, os telogos e s pessoas comuns. A presena dos Ovnis no cu ao longo de todas as pocas da humanidade, sugere ao homem, exceto a razo do mito de sua solido no Universo construdo por sua prpria soberba, a possibilidade do contato desde que enfrente, por sua vez, o temor e os interesses criados. A proximidade em um futuro prximo com a realidade palpvel da pluralidade de mundos habitados, nos permitir redescobrir nossa prpria identidade e, por que no, reestruturar a prpria histria sem esquemas nem prejuzos para superar definitivamente a ignorncia. Este livro trata de um novo contato com seres extraterrestres e das razes, at agora expressas superficialmente, de sua presena na Terra. O narrado aqui no um caso isolado nem o caso mais importante que se conhea, porm, o nico que em nvel mundial tem dado uma prova objetiva de sua veracidade, ao permitir a presena de jornalistas durante as experincias. A notcia dos primeros encontros ocorridos no Peru em 1974 e que foram vividos por um grupo de jovens, com idades que flutuavam entre os 14 e 18 anos foi difundida por uma notcia da agncia espanhola de notcias "EFE" datada de 22 de Agosto desse mesmo ano, sendo confirmada a informao pouco depois, ao ser convidados os jornalistas para um encontro marcado com antecipao no deserto de Chilca, a 60 quilmetros 3

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ao sul da cidade de Lima, encontro que culminou com o avistamento dos Ovnis hora fixada previamente e que foi descrito contundentemente e com grande honestidade, em um livro publicado em 1975, por um daqueles jornalistas, Juan Jos Benitez, e que se intitula "Ovnis: S.O.S. Humanidade" (Editorial Plaza & Jans, S.A. - Barcelona, Espaa). Como a informao de nossos contatos foi revelada inicialmente atravs do I.P.R.I. (Instituto Peruano de Relaes Interplanetrias), os jornalistas assumiram que pertencamos ao tal Instituto, pelo que aproveitaremos para fazer a distino correspondente e depois, nos captulos seguintes, ampliando. Comearei por dizer que por intermdio da aproximao gradual que fomos conseguindo com base no trabalho de preparao a que nos submetemos, chegamos a saber que havia, atrs da experincia, toda uma maravilhosa e comprometida Misso, que identificaramos como "Misso Rahma". Misso Rahma um grupo de contato, despertado por estmulo extraterrestre para apoiar o ser humano em seu momento crucial de provao e mudana. , pois, um movimento que tem se mantido ao longo destes anos sem reconhecimento algum, nem existncia institucional e que contm uma mensagem sem ser uma religio, que prope uma mudana de atitude sem ser uma filosofia existencial. No entanto, requer que o que a ela chegue venha identificado e comprometido com sua prpria religio e filosofia de vida. Somente assim o homem poder por em ao todos os elementos que estimulem e que RAHMA lhe ajudar a recordar que sempre os tivemos, porm adormecidos, para que estes lhe sirvam como novos argumentos disposio de seu servio e integrao com os demais. Diferente do RAMA, o I.P.R.I. foi fundado por iniciativa de Carlos Paz Garca Corrochano, meu pai, no ano de 1955, sendo sua natureza de uma associao cultural e cientfica, reconhecida juridicamente, que surgiu com o propsito do crescente interesse que os Ovnis despertaram em nvel cientfico no Peru. O Instituto se dedica a estudar e abarcar diversos campos como a Astronomia, a Exobiologia, a Parapsicologia etc. O nico nexo que existe entre o I.P.R.I. e o RAMA pode-se notar ento a simples vista, e que no outro que o vnculo familiar, j que o Presidente do primeiro o progenitor dos trs jovens que iniciaram o contato. Alm disso, ambos surgiram na mesma casa, porm em pocas distintas, guardando desde o incio suas distncias, porque apresentam enfoques diferentes de uma mesma realidade. O Instituto busca a demonstrao e comprovao cientfica do fenmeno Ovni, enquanto que o RAMA o faz pblico sem esforar-se por demonstr-lo, porque consideramos que uma realidade que se demonstra por si mesma, sendo apenas questo de tempo sua verificao. RAMA sem uma organizao aparente, sem locais nem as limitaes prprias da institucionalizao, se expandiu pelo mundo, repetindo-se em outros lugares as mesmas experincias vividas pelo grupo inicial, porm sem uma busca de proselitismo, porque neste os extraterrestres foram bem claros quando disseram' "No buscamos quantidade de pessoas seno qualidade, e para isso, cada um est sujeito ao seu prprio processo de 4

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auto-seleo, no que no triunfa o que tem caminhado, seno o que persevera at o fim... Na atualidade so poucas as pessoas que tm continuado a partir daquele primeiro grupo, porm, em contrapartida, os grupos tm proliferado ultrapassando as fronteiras que, neste momento, se contam em mais de 30 os pases que tm grupos de contato Rama. No pretendo com este livro dar uma informao oficial e completa da Misso Rama, j que para achar esta, em sua totalidade, haveria que busc-la no conjunto de todas as mensagens recebidas. Para muitos talvez no seja um relato indito, porquanto a mesma histria que se vem repetindo durante estes anos, seja em jornais, revistas, conferncias e entrevistas de televiso ou rdio. Histria, que como evidente, se baseia em uma aproximao ou resumo do contato e de minha prpria experincia como contatado, sem mais detalhes dos que permitam o presente meio. Por isso, esta ser a primeira vez que me estendo sobre pontos antes tocados superficialmente, e os dei a conhecer transcrevendo-lhes o mais fielmente possvel. Com respeito informao Rama, o relato incluir anexos de comunicaes ou mensagens recebidas que complementaro enriquecendo o texto, lanamdo luz sobre temas por demais controvertidos, como aqueles que tm sido profetizados, porm mal interpretados, e que constituem grande preocupao para a humanidade. Peo desculpas de antemo se em algumas passagens do texto prescindo do significado etimolgico das palavras e as utilizo com liberdade, fazendo decomposies engenhosas e originais. Isto o farei somente para evitar que as limitaes da linguagem possam impedir que chegue a expressar as exatas idias, tal qual foram transmitidas pelos extraterrestres aos que nomearemos ao longo da narrao como "Irmos Maiores e Guias". Finalmente, espero que o leitor encontre neste livro uma motivao para comprometer-se com seu despertar pessoal de conscincia e com o papel que lhe corresponde, aps refletir sobre o fato de que o Universo em nenhum momento tem sido alheio e indiferente ao destino da humanidade e menos agora, quando a Terra est a ponto de transformar-se irreversivelmente para bem, entrando em um terreno de trnsito at a Quarta Dimenso, a custa da destruio desta Civilizao. Com Amor Divino, O primeiro dos antigos, um servidor mais do caminho. CAPTULO I A sala de cirurgias havia se convertido em uma torrente de pessoas, o equipamento estava amontoado sobre as mesas dispostas em ambos os lados do paciente, que se debatia naqueles instantes, entre a vida e a morte. Fazia pouco tempo que o haviam trazido. Seu corpo, vtima de um acidente de moto, achava-se destroado e ensangentado. As 5

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possibilidades de salvar-lhe a vida tornavam-se, com o transcorrer dos minutos, cada vez mais remotas. Os frascos de soro haviam se acumulado exageradamente na medida em que havia transcorrido a operao, esta duraria, ainda, vrias horas antes que se pudesse lanar um mnimo de esperana, enquanto, na cozinha, os parentes eram refns dos nervos e do desconsolo. O que havia sido at esse momento um jovem invejado por sua posio e fortuna, assim como de seu apego aos outros, nesse momento no era mais que um despojo humano, irreconhecvel, sujeito a lstima. Trs longos meses esteve em estado de coma. Seus amigos de festas e aventuras lamentavam sua ausncia, j no tinha ele nem a sade, nem o dinheiro que o havia feito popular. A clnica, como costume, cobraria de acordo com a categoria do paciente, no entanto, os negcios do acidentado quebrariam em pouco tempo, pois na ausncia do arruinado dono, as obrigaes assumidas e no pagas, trariam problemas. Acima da desgraa, a recuperao foi mais que milagrosa e chegou ento o momento de abandonar a clnica. Em seu rosto ainda se notavam os estragos dos golpes, os olhos que haviam ficado estrbicos at posterior interveno se escondiam vergonhosamente atrs de culos. A cabea, coberta por uma tmida venda, ocultava o rapado crnio, no qual se haviam praticado mais de meia dezena de trepanaes. Jos Carlos estava ainda alheio ao ocorrido, ainda que se repetissem constantemente nas runas de sua memria, cenas fugazes que no faziam mais que lastim-lo. Ali apareciam as imagens daquela curva fatal, na qual o experimentado competidor perdera o controle de sua motocicleta devido a um buraco camuflado no asfalto. Ao ir se recobrando, j em sua casa e fora de todo perigo, Jos Carlos Paz Garcia Corrochano, de 27 anos de idade, refletia sobre o sentido de sua vida. rfo de pai desde muito pequeno, filho primognito de uma famlia de 4 filhos, que ainda no havia se recuperado da marcante perda de outro filho homem seu irmo Sixto que fazia poucos anos havia morrido em um acidente da fora area, em que era cadete. Pouco depois, quando sua sade permitiu, pde inteirar-se da cruel realidade que, em sua convalescncia, sua me havia tido que cobrir as dvidas contradas, a tal ponto que sua loja de eletrodomsticos e motos se havia somado integralmente aos valores de pagamento. Tinha perdido tudo! Nada mais lhe pertencia! Incapacitado e abandonado por aquelas amizades eventuais que sempre acompanham o dinheiro, isolou-se em si mesmo. No entanto, nem todos os que o admiravam o abandonaram. Uma esbelta jovem de famlia norte-americana, silenciosa, seguidora do at ento altaneiro e petulante gal de bairro, sentiu-se comovida pelo infortnio que se abateu sobre ele e tornou-se freqente, oferecendo-lhe sua sincera amizade. No era fcil permanecer na presena do conhecido de antes que havendo sido reconstrudo pela percia mdica ainda no recobrara sua aparncia anterior Seu rosto desfigurado, inibia Carlos, porm Rose Marie, a amiga fiel, no permitia que este se deprimisse to facilmente, ainda que

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soubesse que aquele ano de 1951, deixaria marcas indelveis em todo seu ser. Desta amizade surgiu um romance que culminaria em matrimnio, l por 1953. Recuperado o casal das dvidas que se vinham arrastando desde o acidente, conseguiram seguir adiante, permitindo que no seio desta unio nascessem trs filhos: Charlie, Sixto e Rose Marie, porm o acidente no s havia afetado a existncia do inquieto jovem para o repouso da vida domstica, seno que tambm lhe havia feito interessar-se pelo estudo profundo de temas como a Astronomia e a Religio, esta ltima, fezendo-o vincular-se a toda classe de grupos e seitas religiosas, procurando com isso, encontrar uma verdade que lhe satisfizesse o interior. Foi assim que em pouco tempo havia abraaado, veementemente, tudo o que o homem sabe de si mesmo e do Universo que o rodeia. Porm, ainda se sentia incompleto e ansioso por saber mais. E naquele momento tormou parte da "Associao Peruana de Astronomia", na qual chegou a ser Secretrio e Tesoureiro, at que chegaram a seus ouvidos as primeiras notcias procedentes do exterior sobre as investigaes oficiais que se faziam nos Estados Unidos, sobre o tema que hoje em dia constitui o problema nmero um da cincia moderna: "Os Objetos Voadores No Identificados" (OVNIs). A denominao inicial de Discos voadores procede da noticia que fizera o piloto civil Kenneth Arnold de uma esquadrilha de objetos estranhos que teriam tal forma e que foram observados sobre o monte Rainier no Estado de Washington, Estados Unidos da Amrica do Norte, no ano de 1947. Posteriormente, e ante a grande diversidade de formas reportadas por testemunhos dignos de crdito, o termo foi substitudo pelo de OVNIS (1), porm, na atualidade, muitos so os cientistas que se aventuram a utilizar a denominao "VED"(2) (Veculos Extraterrestres Dirigidos). Como a Associao de Astronomia era composta por cientistas, estes no quiseram aceitar que se introduzissem investigaes ou estudos que no se considerassem srios, especificamente se descartando o dos Ovnis. Por esse motivo, ao no encontrar um ambiente favorvel para desenvolver aquilo que constituiu, desde o primeiro momento, seu objetivo fundamental e mximo interesse provar que seres inteligentes procedentes de outros mundos nos visitam separa-se definitivamente daquela instituio e funda por sua vez, em 31 de janeiro de 1955, o Instituto Peruano de Relaes Interplanetrias (I.P.R.I). O nome era por demais atrevido para o momento em que foi concebido, porm claramente via Jos Carlos em tal denominao, a viso proftica das possibilidades que se desprendiam do fato de crer na existncia de seres extraterrestres e de um iminente contato inteligente com eles. Carlos Paz Garca, convertido pelas circunstncias da vida em um homem maduro e responsvel, estava sendo guiado voluntariamente por uma idia que de imediato lhe havia obcecado: sim, o homem descobria que no estava s, que h um universo de possibilidades, em existncias superiores e inferiores, com processos diversos e distintos. Se acaso pudesse demonstr-lo e chegar a criar as condies para predispor um contato com eles, se sentiria realizado". Por todo o descrito anteriormente, no temeu enfrentar-se com o estabelecido, suportando a zomba e o 7

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escrnio, assim como a intolerncia das mentes inquisitivas que se refugiam em seus esquemas e preconcetios por temor em ter que aceitar que cada dia tem que se recomear do zero, e que os sonhos e vises do presente so, na verdade, a realidade do futuro. Porque certamente no sabemos nada, porm podemos aprender buscando e dando-nos sim, oportunidade. Rodeado inicialmente por um grupo de pessoas amigas, simpatizantes de suas idias, cativadas por sua intensa vontade e carismtica veemncia, encontrou a fora para propagar a pleno pulmo aquelas verdades que considerou bvias e que ao longo de todos esses anos desde sua solitria tribuna pblica procurou demonstrar com as evidncias que chegaram a suas mos. Sua ousadia lhe granjeou inicialmente o respeito e a admirao dos entendidos, a imprensa e o pblico em geral se renderam a ele, porm com o passar do tempo o desenvolvimento da Astronutica trouxe consigo descobrimentos relativos s possibilidades de vida em outros planetas, sobretudo em nosso sistema solar. Os satlites enviados ao espao foram, um a um, descartando oficialmente(3) condies de vida similares nossa, mas no assim outras que dariam formas distintas acondicionadas a elas. As viagens espaciais, sondas, satlites e demais, causaram desinteresse no ento numeroso grupo que auxiliava a Jos Carlos. Em pouco tempo, as crticas e os debates cientficos minimizavam todo esforo por fazer pensar que houvesse alguma forma de vida e companhia para o homem no Universo conhecido, o mesmo que calculado em uns 100.000 milhes de Galxias, cada uma formada por aproximadamente 400 milhes de estrelas to grandes ou maiores que nosso Sol. No passou muito tempo para que comeassem as deseres e que o nmero de integrantes se reduzisse a sua mnima expresso, tudo isto para que se cumprisse aquilo que se encontra to belamente referido na Bblia que diz: ''So muitos os chamados, porm poucos os escolhidos". O I.P.R.I. terminou por ser o que sempre foi na realidade: "Um homem s, um visionrio convencido de uma verdade que considerava evidente e que o impulsionava a procurar abrir os olhos dos demais". O I.P.R.I. , pois, Carlos Paz Garca e ele o I.P.R.I.(4). Com os anos, muita gente viria procur-lo ou chegaria a ele sedenta de informao e orientao, recebendo a todos com muita tolerncia e respeito, o que merece especial meno porque para aqueles que temos estado perto dele, aprendemos de seus prprios lbios o seguinte: Se espero ser escutado em minha verdade e opinies, tambm devo aprender a escutar a verdade de outros, por mais cabeluda que esta parea, porque se no for autntica, cair por seu prprio peso, alm do mais, quem dono da verdade?... ainda que, creio em uma verdade nica, penso que todos tm sua prpria percepo da mesma, a qual incompleta, o homem amplia seu critrio com base no dilogo". Com os anos, o prestgio de meu pai como buscador da verdade foi crescendo em mbito internacional, sendo convidado a muitos congressos mundiais sobre o tema dos Ovnis. Da mesma maneira, muitas organizaes extrangeiras se sentiram honradas de incorpor-lo como membro(1) Segundo o Projeto Livro Azul, da Base Area Norte-americana, Wright Patterson, o termo oficial O.V.N.I. que significa Objeto Voador No Identificado, em Ingls o termo U.F.O. (Undentified Flying Object). (2) Antonio Rivara e Rafael Farriols. "Um Caso Perfeito. (3) As informaes oficiais no garantem que se mantenha o critrio de honestidade e verdade nos dados submetidos opinio pblica, por que por demais conhecido que existem por detrs destes, interesses criados pelas grandes potncias.

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honorrio(5). Na atualidade, o I.P.R.I. se encontra associado Federao Internacional de Astronutica, com sede em Paris, como membro votante. Pertence tambm Intercontinental UFO Research And Analystic Network (ICUFON), de Nova Yorque, representando a Amrica do Sul. tambm Vice-presidente da Federao Panamericana de Estudos Cientficos e Filosficos da Vida Extraterrestre, com sede em Buenos Aires. E ainda, afiliado Frente nica de Investigadores do Brasil e Sociedade de Parapsicologia Latino-americana de Buenos Aires. Muitas so as revistas dedicadas ao tema da vida extraterrestre que o incluem entre seus colaboradores e outras que tambm o incluem em entrevistas. Entre seus mais clebres amigos se encontra o professor Herman Oberth pai da Astronutica e o mestre de Werhner Von Braun, inventor dos Saturno V, que levaram o homem a Lua Da amizade que os uniu se desprende o interesse destes cientistas alemes pelo tema extraterrestre. O prprio Von Braun durante uma conferncia sobre os alcances da corrida espacial, pronunciou as seguintes palavras: "Cremo-nos gnios, porm s somos discpulos. De quem? No sabemos a cincia certa. Encontramo-nos frente a seres extraterrestres muito mais inteligentes que ns. De onde procedem? Do espao, de qualquer lugar. Talvez de Vnus, talvez de Marte... Ou talvez de um planeta desconhecido..." Citando justamente algumas amizades que nasceram daquela busca, deveremos falar de certo engenheiro arequipenho(6) que em 1968 contou a Carlos Paz Garca uma inslita experincia, a qual foi respaldada pela sinceridade e honradez do testemunho. Segundo relatou ele mesmo, havia encontrado na auto-estrada uma estranha pessoa que recolheu e deixou muitos quilmetros mais adiante, dizendo-lhe durante o caminho que procedia do espao. De regresso a sua casa, apareceu a sua porta essa mesma pessoa, hospedando-se por um ms inteiro, ao cabo do qual se despediu revelando-lhe futuros acontecimentos de sua vida pessoal. Deduzindo pelo tratamento e outros detalhes, bem como por sua aparincia, a veracidade da afirmao sobre sua suposta procedncia. A este primeiro relato, se somou em 1969 outro, narrado por um diplomata dominicano em trnsito por esta capital, que contou diante de Carlos Paz Garca e seus mais chegados, liberando-se do peso de uma experincia guardada por muito tempo, por temer um repdio. O que ocorre que em uma auto-estrada, l na Repblica Dominicana, teve um encontro com uma estranha luz que o cegava. Pouco depois que o carro se deteve ao morrer inexplicavelmente o motor e interrompesse a corrente eltrica, distinguiu que a luz que se encontrava a pouca distncia, era como um farol, por detrs do qual se encontrava como um grande objeto em forma de disco. Ao baixar a intensidade do resplendor, pde observar como que dois seres que se aproximavam, os quais lhe falaram tranqilizando-o e dizendo-lhe que procediam de Ganmedes. Convidando-o nave, pde entrar nela e posteriormente voltar a seu automvel, ficando profundamente impressionado com o vivido.

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Algum do grupo, que havia algum tempo que seguia mais de perto toda esta classe de informaes atravs das conexes de Carlos Paz Garca e que tinha um alto grau hierrquico na Ordem Rosacruz, assim como em uma comunidade esprita, recolheu tudo o tinha ouvido, redigindo, bem ao estilo de certos escritores sobre o esotrico Tibet, um livro sobre supostos contatos e que alcanou um xito editorial inesperado. A apario de meias verdades como as expressas nesta classe de livros que depois se pretende passar por verdades trazem tanto de bom como de mau. Por um lado estimulam as pessoas preocupao sobre os discos voadores e o destino da humanidade, e por outro confundem, criando expectativas falsas, procurando uma mudana no homem motivado por um suposto fin do mundo. O homem constrangido por pressgios de desgraa e de um tempo limite no alcanar jamais uma mudana de mentalidade sincera e duradoura, antes, se rebelar reagindo negativamente. Com tudo isto, quanto mais conseguir um adiamento da metamorfose que se evidencia como imprescindvel para a sobrevivncia do gnero humano. O surgimento do livro mencionado, no ano de 1972, ocasionou uma acalorada polmica nos meios de comunicao, despertando especial interesse nos grupos esotricos, dos quais meu pai recebeu mltiplos convites para que em suas conferncias o comentasse, por ser ele a pessoa mais entendida para dar uma opinio sobre a veracidade do mesmo. Teve quem at chegasse a crer que meu pai poderia ser o autor de tal publicao, j que o autor se escondia atrs de um pseudnimo e o personagem tinha o mesmo primeiro nome. Foram dezenas as conferncias que se realizaram a respeito do livro e as que aceitou ir Jos Carlos, porque todas elas serviam de uma forma ou de outra, para divulgar as ltimas investigaes e criar uma conscincia favorvel frente presena extraterrestre. Recordo aquela muito especial no comeo de 1973 que tive que assistir com meus irmos, acompanhando meu pai, porque nossa me se sentia insegura de que ele fosse s. Ainda contra nossa vontade fomos e suportamos estoicamente toda a reunio, e digo suportamos, porque respeitvamos as investigaes do I.P.R.I. sobre os Ovnis e at cramos nas possibilidades de vida fora de nosso planeta. No entanto, dali a ter que padecer por isso, escutando o que na casa ouvamos diariamente at a saturao, j era demasiado. A palestra foi na Sociedade Internacional de Realizao Divina (SIRD), Associao Oriental Yoga, transmissora dos ensinamentos de Swami Guru Devanand Maharaj, coordenada no Peru pela Senhora Silvia Rivera de Marmanillo. Ela havia organizado uma esperada reunio com a participao de grande quantidade de pessoas influenciadas positivamente por seu mestre espiritual. Via-se claramente no ambiente a curiosidade por conhecer de uma fonte cientfica, as supostas histrias de contatados que afirmavam haver chegado a viajar a outros planetas. Ao terminar a conferncia, depois de responder a uma srie de perguntas, meu pai foi rodeado por um grupo de interessados em aprofundar ainda mais o tema, enquanto outras pessoas se aproximaram de ns iniciando uma animada conversa. Sabendo que ramos os filhos de Carlos Paz Garca, nos interrogavam a respeito de nossa relao com ele e 10

(4) Esta tem sido a histria daqueles primeiros anos na mudana operada na vida de meu pai, a que tem tido acesso de sua fonte direta e da confrontao de relatos de parentes e amigos. (5) "Ningum profeta em sua prpria terra (6) Daquele que guardaremos seu nome em segredo. A pedido dele.

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de nossa opinio sobre as afirmaes vertidas durante a palestra. A mesma senhora Marmanillo, representante do mestre em sua ausncia, me confiou que muitos so os santos da ndia e do Himalaya que mantm comunicao com os "mestres do espao, que pertencem s altas esferas celestes, em outros planetas, que por sua vez so diferentes planos de existncia, e que o contato o estabelecem atravs de viagens astrais, projees mentais, desdobramentos e tambm comunicando-se mentalmente. Como nos achvamos em sua casa, que era o local que servia de centro de reunio da Sociedade, desculpou-se para rapidamente trazer do cmodo que utilizam como santurio de meditao, alguns livros envoltos em celofane. Sentouse com estrema rapidez, muito entusiasmada pela conversa e pelo material que tinha entre as mos. Havia ento vrias folhas marcadas em cada um dos textos e as leu diante de mim e de todos os que se aproximaram. Primeiro citou o poema pico do autor hindu Valmiki, chamado o "Ramayana", do sculo V a.C. que em uma de suas partes diz: ... parecido com o sol e pertence a meu irmo, foi trazido pelo poderoso Ravan. Este magnfico veculo areo (Puspaka Vimana), pode ir a qualquer lugar que algum o conduza, e est preparado para o Rama. semelhante a uma nuvem que brilha no cu... E o monarca subiu ao carro que, comandado por Ragbira, se elevou muito alto no cu..." A seguir, a senhora Silvia, muito alegre pelo assombro que despertou aquela leitura em mim continuou, porm desta vez citou o Samarangana Sutradhara, que dizia: Devem se instalar em seu interior quatro slidos recipientes de mercrio. Depois de aquecidos pelo fogo contido em recipientes de ferro, a Vimana adquire fora com estrondo, graas ao mercrio. Imediatamente ascende, convertendo-se em uma prola no cu. Graas a estas mquinas, os humanos podem voar pelos cus e os seres celestiais podem descer a Terra". Como j era tarde, meu pai nos chamou para que nos despedssemos e nos retirssemos para nossa casa. Meus irmos e meu pai no voltaram mais a esse lugar, porm eu me identifiquei tanto com as pessoas que pertenciam a essa comunidade que voltei. Assim foi que na semana seguinte me aproximei do local da associao na hora e dia em que eles costumavam fazer suas reunies. Bati porta e imediatamente me abriram. Havia muita gente dentro e a senhora Silvia se aproximou, ento, sorrindo, surpreendendo-me quando me disse: "Sixto, sabia que algum de sua famlia voltaria..." Isto, alm de inquietar-me porque como sabiam que algum voltaria? Ou o diziam apenas para me agradar? produziu em mim uma imensa alegria. Sentia-me realmente bem ali. Respirava-se no ambiente, fora o incenso, um aroma muito agradvel de fraternidade e espiritualidade que desgraadamente no duraria muito. Ao crescer mais a Associao e conseguir sua definitiva pessoa jurdica, deu-se maior nfase s atividades sociais, as mesmas que desvirtuaram a mensagem e o objetivo final da auto-realizao. A partir desta data fui assduo colaborador e aluno de yoga, aprendendo o que at esse tempo havia recusado, por crer que era coisa apenas de "velhinhas". Estive todo o ano de 1973 participando 11

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continuamente e assimilando, sem o saber, muitas coisas que depois me seriam de suma utilidade, porque predisporiam o contato. Entre as tcnicas que me ensinaram naquela poca esto: A Respirao, o Relaxamento, a Concentrao e a Meditao. incrvel que, necessitando respirar para viver no saibamos faz-lo adequadamente, e desperdicemos grande parte da capacidade de nossos pulmes, porque com a respirao ativamos e carregamos o sistema eltrico interno, que o sistema nervoso. Para aprender a respirar devemos comear por saber que uma boa respirao deve ser profunda, lenta e rtmica, sempre pelo nariz, buscando encher ao mximo de capacidade os pulmes, pondo em funcionamento todo o aparato respiratrio.(7) Uma correta respirao oxigena nosso sangue, energizando nosso organismo, dando-nos maiores foras e energia para transform-la em trabalho. Tambm uma tima respirao nos permite desenvolver maior ateno para o estudo e possibilita um adequado relaxamento. O relaxamento o passo imediato para que, aproveitando a energia que d a respirao possamos liberar o organismo da tenso e ento dirigir toda a ateno mente. Para relaxarmos recomendvel aprender a fazlo em grupo, estendidos no cho, de costas, sobre um tapete ou cobertor, totalmente horizontais. Comea-se com respiraes profundas, com os olhos fechados, os braos se colocam ao lado do corpo com as palmas para cima e os tornozelos tocando-se ligeiramente. O trabalho a realizar-se consiste em visualizar ou imaginar cada parte de nosso corpo, comeando pelos ps, imaginando que vamos massageando cada uma das partes do organismo com nossas mos, passando pelos msculos, ossos e rgos, at chegar finalmente cabea e ao crebro. Uma vez que a pessoa aprende a relaxar-se na posio horizontal, fica mais fcil faz-lo sentado e at parado. Chegando a livrar-nos totalmente da tenso, poderemos descansar melhor independentemente da quantidade de horas que se durma, alm do que isto facilitar chegar conscientemente ao desdobramento astral durante o sono. Segue-se respirao e relaxamento, o aprendizado da concentrao, porque s se chega preparado a esta quando contamos com a energia suficiente e superamos as distraes que vm pelo desconforto do corpo. A concentrao permite por ordem multido de pensamentos que atormentam nossa mente. Em um tempo de velocidade em que vivemos com pressa, pensando em tudo ao mesmo tempo, sem resolver nada e deixando que as idias que se acumulam obsessivamente - semeando tenso - materializem sua negatividade sobre nosso corpo, trazendo lceras, clculos, constipao, insnia etc.(8), se faz necessrio um controle da mente e um fortalecimento da vontade. Isso se pode conseguir, e recomendvel que assim seja, por meios naturais, descartando as drogas e estimulantes de qualquer tipo que absorvam a pessoa em um deprimente estado de dependncia, debilidade e engano, porque os problemas no se resolvem assim, seno que se adiam para vir com maior fora e encontrar-nos incapazes de enfrent-los. Mediante a concentrao, aprendemos a reconhecer nossas prprias idias na medida em que as procuramos dominar. Deste reconhecimento 12(7) So recomendveis os exerccios estando sentado, ao p da cama, com a coluna reta, sem roupa apertada nem objetos metlicos, fazendo inalaes lentas, retendo primeiro o ar e finalmente exalando tambm lentamente. Isto se far vrias vezes de manh ao levantar-se.

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poderemos diferenciar quando cheguem nossa mente, imagens distintas, pensamentos que poderiam proceder de uma entidade alheia a ns. Como quarto passo em nossa aprendizagem no caminho espiritual e no caminho da auto-realizao atravs do autoconhecimento, est a meditao. No chegaremos a conhecer jamais nosso potencial mental se no nos dermos antes um momento de solido e silncio em nossa busca. A poderemos realizar distintos tipos de meditao, entre eles, a contemplao ou identificao com objetos externos mediante uma delicada observao dos mesmos. Outra forma de meditao a Mntrica, que consiste na realizao de vocalizaes ou repeties mentais de chaves vibratrias que elevem a freqncia pessoal, levando-a a ter experincias conscientes em planos sutis mais elevados. A meditao finalmente, depois de romper nossas barreiras espirituais e ensinar-nos o ilimitado do aprendizado humano, nos submerge em um estado de perfeita paz interior, assim como na plenitude da integrao com a harmonia. Em nenhum caso pretende uma evaso das responsabilidades da vida diria, seno que ao contrrio, nos compromete com a verdadeira realidade e nos permite ser conscientes do transitrio, do que s uma iluso, uma montagem no qual cada um assume um papel a representar, como em "O Grande Teatro do Mundo". A meditao, durante milhares de anos, tem dado a oportunidade ao homem de enfrentar de forma madura e com correto discernimento, as provas que atravessam na evoluo, da que a vida s um elo de uma cadeia interminvel de experincias. O ponto mximo da meditao chegar a por a mente em branco, ou seja, sem nenhum pensamento que irrompa em nosso crebro porque se tende comumente, a buscar atravs do relaxamento, o aliviar o corpo da tenso, porm nos esquecemos sempre da mente, que tambm deve relaxar-se cessando dentro dela todo pensamento. At aqui temos preparado nosso crebro para receber idias que no sejam nossas, podendo distingui-las das prprias, mas, sobretudo, nossa vontade ser fortalecida para impedir que nada se imponha sobre ns e nos impea de fazer uso de nosso livre arbtrio. CAPTULO II O PROJETO OZMA E OS SONS DO ESPAO Durante todo um ano, de forma muito intensa, dediquei boa parte de meu tempo prtica da Yoga e ao desenvolvimento da Meditao. No quero dizer com isso que havia alcanado j algum grau superior de evoluo, mas ao menos j comeava a despertar do sono no qual me encontrava, tratando de vencer-me a mim mesmo para avanar em meu prprio caminho e, quem sabe, algum dia encontrar um sentido transcendente, talvez at um plano para mim. Graas aos exerccios mentais e ao domnio que se aprende a exercer sobre seu prprio ser, mudei em muitos aspectos negativos, eliminando a tenso, o pessimismo, a timidez e at os nervos herdados de minha me 13

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que me causavam em determinadas ocasies uma desagradvel taquicardia emotiva. Uma das aplicaes prticas de como toda esta preparao influenciou positivamente minha vida, o demonstra o ter ingressado na Universidade Catlica em meados de 1973, com magnfica pontuao. O perodo na Universidade transcorreu rpido e ao comear 1974 nos primeiros dias do ms de Janeiro apareceu uma notcia no jornal que causaria descomunais polmicas no ambiente das reunies de meu pai. A notcia dizia o seguinte: "que no final da dcada de sessenta haviam se acumulado mltiplas evidncias sobre a possibilidade de vida extraterrestre, entre elas estavam, a captao de grande quantidade de ondas de rdio, de sons procedentes do cosmos. Com os vos tripulados se tinha descoberto que o espao no era um silncio sepulcral como se cria, seno que, ao contrrio, estava saturado de rumor. Rudos que poderiam ter uma origem na sujeira espacial, em satlites espies inimigos, e por que no, em mensagens irradiadas, enviadas como sinais de planetas prximos ou distantes de adiantadas civilizaes ou naves exploratrias desconhecidas. O projeto OZMA tal era seu nome manteria permanentemente as antenas rastreadoras do Estado de Virginia (EUA), voltados a todo som proveniente do Espao. Uma vez captado, se registra em computadores, de tal maneira que pode ser rastreado e decodificado. No caso de ser uma mensagem de outros mundos, poder ser posto em uma freqncia conhecida, dentro da qual originar uma imediata resposta terrestre. Este projeto tem sido atualizado ao incorporar-se a ele uma comisso mista nomeada pelo Pentgono, que trabalhar diretamente com o registro de sons e as possibilidades potenciais de um contato com alguma civilizao extraterrestre. A comisso seria formada por uma seleta equipe de engenheiros eletrnicos, tcnicos, cientistas, especialistas em decifrao e ainda um grupo de paranormais. Isto , pessoas que tm desenvolvida a percepo extra-sensorial, ou seja, exercem controle voluntrio sobre as faculdades paranormais potenciais em todo ser humano, quer seja porque nasceram assim ou se prepararam para isso. Enquanto que os cientistas e tcnicos captavam os sinais tratando de interpret-los, os parapsiclogos se reuniam para concentrar-se e enviar uma onda mental ao espao. Pensava-se ento que se realmente existiam seres superiores e avanados no Universo que desejassem comunicar-se com seus semelhantes, talvez no somente estariam buscando-o atravs de ondas de rdio, mas tambm poderiam estar tentando-o com comunicaes mentais do tipo teleptico. A percepo extra-sensorial abarca muitas capacidades, entre as quais se encontra a telepatia, que consiste na transmisso e comunicao por meio do pensamento ao nvel de idias, sem necessidade de idioma algum. A pessoa comum, apesar de possuir inerentes tais capacidades porque nasceu com elas, no as desenvolve, ou por ignorar sua existncia, ou por desconhecimento das orientaes para despertar seu domnio. Apesar de no estarmos preparados para emitir nossos pensamentos com fora para que algum os capte, interessante lembrar como aumentam as piadas 14(8) de conhecimento geral que a grande quantidade de enfermidades que debilitam o homem moderno, e de origem psicossomtica.

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familiares sobre idias ouvidas antes de serem ditas, qualificadas comumente de "adivinhaes ou coincidncias". A explicao disto simples, j que os laos familiares ou de amizade servem como ponte de contato, que certas condies especiais estabelecem o enlace, como naqueles momentos de tranqilidade ou sobressalto. Com esta capacidade encontramos a possvel explicao para algumas das grandes idias surgidas nas mentes dos grandes homens, que antecedem a significativas mudanas na orientao da civilizao, e que se poderiam atribuir a inspiraes de alguns daqueles seres do espao que haveriam dedicado sua vida a uma misso de ajuda e orientao do homem. Outras faculdades potenciais de serem desenvolvidas pela mente do homem so: - A Clarividncia ou viso mental, que permite a quem a domina, enxergar com clareza as formas do pensamento, a aura das pessoas, eventos que ocorrem grande distncia (noutros pases, noutros planetas), e at fatos que tm ocorrido em um lugar e que se tenham gravados neles, impregnados das imagens at no ltimo objeto. - A Premonio ou viso futura, mediante a qual desfilam por nossa mente, seja de forma consciente ou no astral, acontecimentos que ho de ocorrer no futuro e que em muitas religies se conhece como o dom da profecia. - A Telecinesia, que faculta pessoa que tem desenvolvido sua mente, mover toda classe de objetos distncia. conhecido pelos interessados neste tema, que os jovens durante a puberdade tendem a liberar grande quantidade de energia psicocintica que pode originar o movimento involuntrio de objetos e que estes podem ser interpretados enganosamente como produzidos por fantasmas ou elementais. - A Bilocao, ou dom de deslocamento, a capacidade de estar em vrios lugares ao mesmo tempo, criando para isso duplos mentais que podem ser vistos e tocados. So diferentes os fenmenos de bilocao e de desdobramento, j que o segundo ocorre durante a viagem astral e no pode ser contemplado simples vista. - A Dermtica, que significa viso atravs da pele. Esta capacidade se manifesta pela sensibilidade do tato, que chega a evocar na mente imagens que se desprendem das vibraes contidas nos objetos. incrivelmente prtica para o rastreio de pessoas ou coisas que se achem extraviados. Capacidades como estas so treinadas e desenvolvidas conscientemente nos paranormais para que estes amplifiquem os potenciais com que nasceram e ajudem a resolver casos policiais que no podem ser solucionados pelos mtodos convencionais, como por exemplo, raptos e seqestros, sendo que os governos nunca faltam em explor-los na espionagem. - O dom de Cura, que no outra coisa que a grande capacidade de absoro de energia do cosmos e da essncia criadora, e igual capacidade de transmisso e canalizao at outros, purificada pelo desinteresse. Esta capacidade de estimulao mediante eletromagnetismo permite o apoio da sugesto e da auto-sugesto. 15

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Aquele que possui o dom da cura (imposio de mos) deve estar tambm na capacidade de inspirar confiana na pessoa que receber a ajuda ou em seus parentes, e igualmente ter a convico e segurana de possuir a fora que representa naquele momento. O que nos aproxima da fonte do poder, que nos utiliza como instrumentos, o desinteresse, a pureza de inteno e a solidariedade humana. - A capacidade de Sintonia ou dom de Lnguas (Xenoglossia), que se refere a poder estabelecer uma relao da vontade com o Registro Askshico. Como bem se sabe, tudo vibra e no ambiente fica registrado tudo, tanto o sucedido como o pensado e falado. Por isso, se chegssemos a nos conectar com o plano Akshico(9), poderamos falar em qualquer idioma e at evocar uma histria veraz da humanidade. Todo homem possui estes dons, que como capacidades a cincia vai redescobrindo, os quais requerem inicialmente um fortalecimento da vontade e um processo de autoconhecimento e de definio pessoal. Se no fosse assim, tambm se poderia chegar a ativar estas foras internas, mas como um cavalo sem controle nas rdeas que terminaria por pisotear algum, voltando-se contra seu prprio dono. por isto que importante no perder jamais o sentido e orientao de nossa preparao at o objetivo final. Existem muitas faculdades e diversidade de manifestaes destas que poderiam chegar a incentivar-se com exerccios muito simples de respirao e concentrao, mas que exigem uma condio prvia que a de crer que estas existem e, sobretudo, que podem chegar a controlar-se a vontade, quando as condies assim o exijam. uma exigncia de f, e a f a convico do que no se v, acima de tudo uma atitude de abertura mental frente a tudo isto, um sair da ignorncia e da dependncia dos padres e preconceitos que limitam nosso crebro. Se no chegamos a desenvolver a comunicao mental ou quaisquer dos outros potenciais da percepo extra-sensorial, porque ningum jamais nos instruiu sobre sua existncia, no nos disseram que poderamos chegar a desenvolv-la e, menos ainda, como control-la, e que, descobrindo-a em ns mesmos, nos converteramos em "super-homens". Porm, at certa idade da vida que mais facilmente podemos utilizar estas aptides, pois as glndulas endcrinas do sistema nervoso das quais isto depende, so mais sensveis ao estmulo em tenra idade. Mais tarde, as glndulas, por seu pouco ou nenhum uso, vo se calcificando o atrofiando at anular-se quase por completo. J em idade madura mais difcil ampliar nosso terreno de experimentao mental, j que com as dificuldades e problemas da vida, o homem tende a assumir padres que o impedem de absorver novas capacidades que o obriguem a replanejar o caminho de elevao. Resumindo, a Percepo Extra-sensorial, como seu prprio nome diz, vai alm dos sentidos fsicos, propriamente define os sentidos astrais que dependem de glndulas fsicas que se acham em estado latente e que o no trabalhar-se com elas, impedir um posterior trabalho sensitivo. O tantas vezes chamado Sexto Sentido, se encontra concentrado no sistema nervoso e corre como uma torrente de pulsos eltricos pelas trinta 16(9) Receptculo universal de vibraes e impresses da vida.

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e trs vrtebras da coluna. Entre as glndulas regentes da atividade sensitiva se encontram a Glndula Pituitria ou Hipfise (terceiro olho) e a Glndula Pineal (antena natural do homem). Certamente que, regulando e controlando a atividade sexual chegamos a acumular grande quantidade de energia que pode ser convertida em energia mental e espiritual. Isso ajudaria a estimulao das glndulas no corpo e as ativaria permitindo-nos a aprendizagem e o domnio dos poderes paranormais. Na atualidade escutamos muitas recomendaes para o progresso espiritual e, sobretudo, aquilo que oferece o despertar do sexto sentido. Entre estas, como dissemos, encontra-se o controle da energia sexual, a aprendizagem da correta respirao, a alimentao vegetariana, a orao, certas tcnicas de concentrao, meditao, Yoga etc. Porm, em tudo isso, encontramos o cumprimento daquele adgio Hindu que diz: "Mestres h muitos, mas discpulos nenhum". Com isto vemos que formas h vrias, ou seja, que muitos so os que querem ensinar formas e sistemas, porm no h quem ponha em prtica o ensinado. H at aqueles que subestimem as prticas espirituais para assim formar sua conscincia e enganar-se para no ter que ver-se no compromisso de realiz-las, e dizer: " mais fcil negar a altura que sangrar as mos por alcan-la..." O controle sexual no quer dizer abstinncia total, mas sim conscincia administradora da energia liberada e o primeiro passo na superao dos nveis densos materiais. Se no somos capazes de conternos e impor nossa vontade sobre os instintos, no poderemos alcanar uma vibrao mais sutil e elevada. Estando no plano material manteremos as funes de reproduo, da mesma maneira que continuaremos alimentando-nos e dormindo noite para descanso corporal, mas sem nos propormos seriamente ao caminho espiritual. Cada uma destas funes adquirir um novo sentido, pelo que no poderemos permitir que estas nos dominem, seno que as dominemos ns mesmos e as ponhamos a servio de nossos interesses mais elevados. A alimentao vegetariana justificada por muitas razes, algumas das quais pecam por serem meros esquemas moralistas preconceituosos, seguindo algumas correntes de origem religioso-oriental, mas para a pessoa que opta pelo vegetarianismo e o naturismo cientfico, significa escolher as vantagens reais de uma alimentao consciente de acordo com a projeo espiritual que se espera alcanar. Sabemos que a maioria come o que lhe agrada e no o que lhe faz bem, porque o segredo da boa alimentao no est em comer muito, mas em uma adequada dieta que seja bem balanceada. No caso de ser vegetariana, que no se circunscreva exclusivamente em viver base de ''saladas", como por ignorncia se pensa. Nem tampouco nos condene a comer comida desagradvel ou sem sabor, porque para isso existe a arte culinria, que sem nos empanturrarmos demasiado sacrificando o organismo frente a condimentos, muitos deles nocivos em excesso nos permita ingerir os alimentos agradando o gosto de maneira comedida. Em meu prprio caso sou um vegetariano por convico e no por religio, j que esta no me probe, mas inclui um mandamento que diz: 17

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"Ama a teu prximo como a ti mesmo..." Isto, que em nenhum caso sugere narcisismo algum, indica o dever de respeitar-nos e cuidar de ns mesmos e de nosso corpo que nos foi dado para cuidar, procurando seu justo descanso e adequada alimentao. J sabemos o que se sucede com os excessos que chegam a converter nosso corpo em uma massa cevada, que no responde depois aos estmulos. Igualmente, quando o maltratamos, rebela-se ou se acostuma ao sofrimento, tornando-se indolente. Se em alguma ocasio vejo-me na necessidade de ingerir carne, porque no tenho acesso a outro alimento, fao-o sem ir contra minha conscincia. Alm do mais, nem todas as vitaminas so encontradas nos vegetais que esto ao nosso alcance, por isso se recomenda fazer alguma concesso para no chegar a extremos de fanatismo que debilitem desnecessariamente nosso organismo, combinando a cada certo tempo a alimentao com peixe. Biologicamente falando, a clula vegetal mediante a fotossntese se constitui numa fbrica de vida, pois gera seu prprio alimento. Por outro fenmeno, da "turgidez", a planta retm gua, de tal maneira que ao ser ingerido o vegetal, este se encontra vivo. Diferente do vegetal, a clula animal uma clula parasita dependente, e incapaz de fabricar alimento, alm disso, ao morrer, o animal imediatamente entra em processo de decomposio, gerando uma toxina que se chama putrina. Assim, comemos o vegetal vivo, enquanto que o animal, o fazemos estando morto e em processo de putrefao. Enquanto que em um incorporamos ao nosso organismo sntese de vida, com o outro ingerimos morte e toxinas. No animal fica mais marcada a imagem e vibrao de angstia pela morte que no vegetal, da que com a carne estamos absorvendo tenso e angstia. O vegetal aceita nobremente o ato de servir como nosso alimento, incorporando-se ao nosso organismo atravs de uma comunho sagrada na qual sua cessao serve para que o homem permanea existindo, alm disso, tambm eleva sua vibrao ao integrar-se a nosso ser. O vegetal consciente de tudo isto, tal como revelam os experimentos feitos com plantas que demonstram sua reao aos diferentes estmulos e situaes, fazendo-nos ver que sentem com certa intensidade. evidente, tambm, a influncia da alimentao carnvora, especialmente das carnes vermelhas sobre os instintos e a agressividade das pessoas. Por todas estas razes e muitas mais, nos vemos atrados sem fanatismo algum para o vegetarianismo consciente, lacto, ovo vegetariano (ovos, leite e vegetais diversos) e que exige uma aprendizagem gradual para a correta combinao de alimentos e dieta. Como recomendao final, conveniente o consumo durante o vero, de alimentos naturais especialmente frutas frescas que no fermentem e verduras cruas, tratando de ingerir poucos alimentos e mais lquidos como gua fresca e corrente, suco de limo e sucos diversos. Tudo isto para evitar o calor estomacal (estomatite), a desidratao por diarrias etc. Durante o inverno se impem as verduras cozidas, os cereais, as frutas secas e demais frutos como nozes, castanhas, assim como sementes de girassol entre outras, ricas em calorias.

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Voltando notcia que chegou naquele ms de Janeiro de 1974, ela motivou dias depois que o I.P.R.I. organizasse uma conferncia como comentrio que servisse de esclarecedora explicao sobre os avanos da investigao cientfica com respeito ao fenmeno OVNI. A esta reunio fomos meu irmo Charlie e eu, convidados pelo expositor, Doutor Vctor Ynez Aguirre, mdico ginecologista do Hospital Militar e especialista investigador no que se refere Parapsicologia, alm de Presidente da Sociedade Teosfica. Poucos dias antes da palestra o havamos conhecido na casa de meu pai. Seu olhar claro e profundo que atraa, irradiando simplicidade e tambm sabedoria, ia acompanhado de um rosto amigvel que em nada faria duvidar que pudesse ocultar um mestre do caminho. O doutor Ynez, conhecido de meu pai pela afinidade de interesses, havia aceitado dar uma palestra no local de reunies do I.P.R.I., quele tempo no centro de Lima, esperando que meu pai, por sua vez, aceitasse posteriormente outra igual, mas em sua organizao. Escutei com ateno o dia em que se poriam de acordo da hora e os detalhes do tema. Sentiame realmente estranho em sua presena, era algo que nunca antes havia experimentado com pessoa alguma. Sentia claramente que o conhecia, mas no pelo nome com que se apresentou, mas sem dvida sabia que nunca antes nesta existncia o havia visto. Quando me dirigiu a palavra pude reafirmar em meu interior que o afeto que desmedidamente sentia por este desconhecido, era correspondido com expresses carinhosas que correspondiam seno a uma amizade de sempre. Citando um livro que me recomendou que lesse, me disse: "Se em teu caminho te encontras com algum que no sabe e, no sabe que no sabe, evita-o! Se achas depois algum que no sabe, e sabe que no sabe, e se ele mesmo te pede para saber, ensina-o! Mas somente aquele que no possa descobrir por si mesmo. E, finalmente, se encontras algum que sabe e, sabe que sabe, observa-o e escuta-o que ter muito que dizer-te. Terminando a conversa insistiu conosco para que no deixssemos de ir palestra que ele daria, alm de me convidar para suas reunies, coisa que no me atraiu apesar de que queria voltar a v-lo pois intua que ainda teria que receber muito dele. Pensvamos em ir conferncia meu irmo e eu, mas nada alm de cumprir com o convite feito pelo doutor. Cramos que a concorrncia poderia ser fraca em sua palestra, no entanto, lhe serviramos enchendo a sala. Qual no foi nossa surpresa ao chegar, encontrarmos um salo abarrotado de gente. Apesar de nossa pouca idade, pelo fato de sermos convidados do expositor, sentamo-nos frente de todos, em um lugar preferencial. Ainda recordo cada um dos ensinamentos compartilhados com os presentes naquela noite quando citou uma variedade de exerccios para fortalecer o poder da vontade e, sobretudo, para gerar uma conscincia mais ampla frente ao desconhecido. Como a conferncia tratou do tema A Telepatia como Comunicao alm dos Sons", se fizeram demonstraes prticas da Telepatia, que nos impressionaram tremendamente. Foi fascinante descobrir que existia uma capacidade de dilogo ao nvel do pensamento, sem idioma que nos separe, nem lugar hipocrisia que pode 19

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praticar-se quando pensamos uma coisa e dizemos outra. Com a comunicao mental s cabe a possibilidade de manifestar o que se pensa, sem engano, nem confuses ou erros de interpretao ou mal-entendidos, da sua grande vantagem e interesse. Pensava naqueles momentos naquela passagem bblica em que as lnguas dos homens foram confundidas na Torre de Babel. Interpretao semtica da existncia dos diferentes idiomas. As palavras no chegam a expressar em sua totalidade nossos pensamentos nem conseguem refletir nossos sentimentos, pelo que muitas vezes os artistas manifestam em obras esta angstia pelas limitaes da linguagem e incapacidade para fazer-se entender. Porm, ser acaso que naquele relato bblico, que deve ter ocorrido em algum lugar da Mesopotmia milhares de anos antes de Cristo, se esconda o momento em que o homem perdeu o conhecimento e o domnio da comunicao mente a mente e cara em um estado de ignorncia que teria tido seus antecedentes nos momentos crticos narrados no Genesis? Finalmente, a palestra citou trs interessantes casos de contatados com entidades extraterrenas. O primeiro era a experincia de Eugenio Siracusa na Itlia, quem em meados dos anos sessenta manteve comunicao com Adoniesis, ser da 5a dimenso de origem solar. Despois se falou do Engenheiro Castillo Rincn, que na Colmbia chegou a contatarse com os extraterrestres Cromacan e Krisnamerk, das Pleiades. Para terminar o doutor leu uma comunicao que havia sido recebida de forma teleptica, e logo transcrita, na Venezuela, que seguia a linha de Eugenio Siracusa, na que um Guia chamado Antar Sherant dava um aviso humanidade para que estivessem atentos aos acontecimentos, pois predizia desastres que acelerariam o processo de definio do homem. Ao terminar a reunio me sentia emocionado. Era como se eu j soubesse tudo isso e que naquele instante me faziam record-lo exigindo de mim uma reao e resposta. Queria ajudar humanidade pelo qual estava disposto a assumir minha responsabilidade e ficar disposio das foras de Luz, onde quer que se encontrassem, pondo-me sob a coordenao de seus intermedirios, fossem quem fossem. No entanto, como avisar-lhes de que me sentia preparado para isso? Sabia que haveria um trabalho para mim, mas no seria mais ou menos importante ou transcendental que a responsabilidade que outros poderiam estar assumindo, s que seria distinta e que, por realiz-la, me faria ocupar um lugar na harmoniosa disposio do Universo, onde cada coisa tem seu lugar e um papel, como engrenagens de um relgio perfeito. A hora havia soado! J era tarde quando regressei essa noite para casa, absorto em minhas reflexes. A palestra que havia assistido quem sabe guiado por fios invisveis deixava em mim uma inquietude que iria aumentando com o transcurso das horas e que me levaria a tentar minha prpria comunicao. No me deixei desencorajar pelo pessimismo nem pelos pensamentos negativos que surgiam de meu pouco conhecimento do assunto. certo que no havia em mim maior aptido para isso que a de uma pessoa comum, sem nenhum desenvolvimento extra-sensorial. Porm, no que no 20

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havia pensado, era que podia existir uma predestinao pela predisposio para o tema por parte de minha famlia e a preparao intensa que havia seguido to laboriosamente um ano antes. Examinava cuidadosamente os detalhes da notcia no recorte do jornal que tinha na casa, e discorria que todas as tentativas de contato que se fazia do lado cientfico se achavam condicionadas pelos preconceitos e pelos padres cientficos. Pensava naquelas pessoas escolhidas por suas faculdades paranormais, preparadas para emitir uma mensagem, que se supunha, deveria ser captada pelas grandes civilizaes do cosmos e que at o momento no havia obtido resultado algum. No seria acaso, o momento de mudar de sistema e variar a forma? No os chamando ns mesmos, seno deixando que eles nos chamem e nos encontrem preparados para o contato? Era questo de tent-lo em vez do que se propunha, ou seja, no enviando nada seno preparando-nos para receber algo, o que quer que fosse, e eles com sua evidente tcnica avanada nos rastreariam, encontrando as mentes afins. Era bvio que no se podia pensar em sermos emissorres porque para isso haveria que dominar a telepatia. Mas por que no sensibilizar-se para captar o que os seres extraterrestres poderiam estar emitindo desde muito? Quer dizer, sermos simplesmente receptores. Se partirmos da idia de que estes seres existem, que estariam nos visitando desde sempre e que possuem uma maior evoluo e desenvolvimento como o confirma a refinada e avanada tecnologia dos Ovnis rastreados, tambm seu avano poderia manifestar-se no desenvolvimento do poder mental. De tal maneira, ento, no s no se limitariam a enviar mensagens irradiadas, seno que tambm poderamos supor que o estariam fazendo telepaticamente ao nvel de idias e inspiraes. Dentro das especulaes que naquele momento invadiam meu crebro, estava a de pensar que se estes seres haviam avanado em sua percepo, no s poderiam comunicar-se a grandes distncias com suas poderosas ondas mentais para que pudessem ser captados, seno que, qui, at saberiam em que momento, por quem e onde haviam sido escutados, estabelecendo de imediato o vnculo e fortalecendo o vnculo com aproximaes graduais. At aqui era aceitar que no caso de um tipo de comunicao assim, eles fariam todo o trabalho pesado enquanto que o nico requisito na antena, fora sua boa vontade e predisposio, seria certa preparao que servisse para afinar a recepo. Alem do mais, no h antena perfeita que aquela natural que constitui nosso crebro e as glndulas endcrinas do sistema neurovegetativo (nervoso). Minha teoria do ser receptor, por falta de capacidade como emissor, no previa que os extraterrestres pudessem escolher seus receptores e que pudessem prepar-los distncia. A experincia demonstraria este ltimo. No esperei nem um instante para por em prtica minhas intenes de contato para o qual chamei minha mame e minha irm menor, para que reunidos na sala tentssemos uma recepo. Ambas, durante toda a poca

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de minha participao na yoga, haviam sido como minhas discpulas, porque com elas recordava o aprendido, fazendo-as praticar junto comigo. Eram 9 da noite de 22 de Janeiro de 1974, quando ns trs nos pusemos ao redor da mesa sobre a que havia colocado, previamente, umas folhas de papel em branco e um lpis. Seguimos o processo costumeiro de nossas prticas, pelo que comeamos fazendo exerccios de respirao, logo nos relaxamos e realizamos uma breve concentrao. Haveriam passado uns quinze minutos, quando de repente me senti tremendamente inquieto e impulsivamente peguei o lpis. Meu brao tremia como dominado por uma estranha fora desconhecida. Dirigi-o de imediato para os papis, que comearam a ser rabiscados incontrolavelmente por minha mo que permanecia relaxada. Minha me rapidamente foi trocando as folhas uma atrs da outra. Ela, apesar de estar surpresa, tratava de ajudarme mantendo a concentrao de apoio. Limitava-me a observar a catica recepo que aparecia independente de minha vontade, ainda que consciente em todo momento do que ali ocorria. De repente detive-me com o lpis na metade da pgina e deixei de fazer traos sem sentido e surgiram rapidamente palavras escritas muito claras em letras de forma que diziam: "Sala de estar boa para fazer a comunicao, podemos falar sobre Ovnis em seu pas. Chamo-me Oxalc, sou de Morlen, satlite de Jpiter. Podemos nos comunicar mais adiante...". Ao deter-se bruscamente minha mo, soltei violentamente o lpis. Meu brao ainda tremia pela eletricidade que havia canalizado. Enquanto estive escrevendo, um sem fim de imagens havia passado por minha mente. Claramente recordava algumas, como a de um homem j maduro, sentado em uma espcie de escritrio branco opaco, com suas mos tocando-se nas tmporas. E outra imagem de um grupo de meninos danando em uma roda, vestidos com tnicas brancas. O que havia ocorrido comigo era uma variao do fenmeno de percepo que conhecemos como Telepatia e que pode dar-se de forma ou maneira instrumentalizada, isto quer dizer que, enquanto o crebro capta as imagens ou ondas mentais, interpretando-as segundo o prprio cdigo de memria da antena-receptora, parte do corpo neste caso precisamente o brao e a mo atuam sensivelmente como uma agulha de sismgrafo ou eletroencefalograma, transcrevendo automaticamente as idias j traduzidas em palavras. So as mesmas idias que, sendo poderosas ondas mentais emitidas distncia, estimulam eletricamente o sistema nervoso, o corpo e a mente do contatado. Igual fenmeno ocorre no caso da "ouija" e da vasografia. Tudo havia sido concludo s 21h30, sendo ns trs testemunhas presenciais e partcipes da manifestao da escrita automtica ou psicografia". Ao reagir, senti-me muito contrariado pelo fato de que tivesse sido to fcil e simples. Imediatamente declarei-me incrdulo diante de minha me a quem carinhosamente chamamos de "Mochi". Ao parar e comear a refletir em voz alta, no me dei conta do momento em que minha irm deixou a sala para ir chamar pelo telefone nossos amigos para

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dar-lhes a notcia, e o que disse foi: "Sixto comunicou-se com um ser extraterrestre, venham todos amanh..." Mochi, ao escutar-me, censurou meu ceticismo porque segundo ela, havia experimentado na prpria pele durante a recepo muitas das sensaes que eu havia tido. Alm do mais, havia presenciado uma mudana em mim durante a experincia. Mas tudo isto no pde me convencer, e me sentia defraudado comigo mesmo por haver-me prestado a semelhante palhaada. Cria, sinceramente, que estvamos nos enganando, crendo haver podido captar mensagens, sendo pessoas simples, seres humanos comuns e normais sem o menor preparo espiritual nem extra-sensorial. Aceitar que aquilo foi real, no era mais que reconhecer que tnhamos uma soberba gigantesca. Dizia a mim mesmo que era bvio que havamos cado em nosso prprio joguete, pois pessoalmente estava influenciado por muitas coisas naquele momento, por um lado a notcia, as investigaes de meu pai e minha veemncia. E por outra parte, a palestra que verdadeiramente havia me impressionado. No podia ser real algo to maravilhoso, chegando to fcil, s com o pedi-lo. Com o tempo chegaramos a compreender que so eles os que se comunicam conosco e no ns com eles". No dia seguinte, quando j havia procurado esquecer a experincia da noite anterior, comearam a me chamar todos os que haviam de estar presentes em uma nova reunio, pelo que inicialmente me confundiram. At que soube que aquilo tinha sido organizado pela Mochi e minha irm Rose. Incomodei-me com elas, mas j era tarde. Comearam a chegar os participantes e nos reunimos num total de 20 pessoas, todos amigos do colgio e da universidade. Tambm se acharam presentes as mames de alguns deles que conheciam Mochi. Inicialmente no queria me dispor outra comunicao para no cair no ridculo e no engan-los. Mas depois cedi a pedido da Mochi que insistiu para que esclarecssemos de uma vez por todas a autenticidade do fato. Ao comear a reunio, surpreendi-me ao ver que era minha mame quem se levantou de seu assento para dirigir ela mesma a reunio, comeando por um relaxamento que dirigiu muito bem. Mal tinha ela se sentado, novamente se repetiram as sensaes da noite anterior e ento chegou a comunicao. A mensagem dizia o seguinte: "Sim. Oxalc, sou de Ganmedes, ns lhe chamamos Morlen, podemos manter contato com vocs e para provar que real nosso contato, e no produto de vosso subconsciente, faam-nos as perguntas que desejem, que todas sero respondidas..." Assim comeou uma srie de perguntas diversas que na medida em que se foram fazendo, iam recebendo respostas sem nenhum equvoco ou erro. A segunda vez variou na forma devido a uma proposta de Guillermo Duff, que era conhecido de todos pelo diminutivo de "Mito". Agora as perguntas se fariam sem dizer-se oralmente com cada um escrevendo sua pergunta em um papel que no mostraria a ningum e se concentraria nela. Depois se constataria a resposta recebida na comunicao psicografada com a pergunta mentalmente formulada. O que se buscava era no dar oportunidade a que se pudesse adivinhar as respostas por meu 23

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conhecimento prvio das pessoas integrantes do grupo, no caso de que tudo fosse coisa minha. Isto que se fez, contou com a aprovao do suposto extraterrestre. Apesar de que eu no lhe atribua toda a seriedade que lhe dispensavam os demais, me entusiasmava ver que tudo coincidia e que a totalidade das respostas era correta. Cheguei a pensar, ento, que se era improvvel que fosse um ser extraterrestre de um Ovni, ou de outro planeta que estivesse se manifestando atravs de minha recepo, poderamos estar presenciando o descobrimento de um novo sensitivo, que seria eu, pelo que me envaideci e tomei mais confiana em mim mesmo. A mame de um dos garotos, que tinha vindo para observar a reunio, como pensava que o que via e escutava podia ser um fenmeno de histeria coletiva, sugesto mental, alucinaes ou qualquer outra coisa incompreessvel, quis participar perguntando-me se podia responder-lhe, atravs da comunicao, sobre um livro que teria guardado em sua bolsa de mo. Queria que lhe dissesse o nome do autor, o ttulo do livro e a pgina marcada na qual se encontrava sua leitura. Os olhos de todos se dirigiram para mim e aos papis que se encontravam sobre a pequena mesa, esperando que a resposta fosse suficientemente contundente para crer definitivamente. A resposta do extraterrestre no se deixou esperar e no s completou o pedido, como tambm chegou ao extremo de expressar o que a senhora pensava do lido. Impressionada a senhora tremulamente tirou o livro da bolsa e o mostrou. Ningum podia crer, era tal qual aparecia escrito. Isto j era mais do que o esperado...! Acalmando o alvoroo que havia se formado entre os presentes, Charlie, meu irmo mais velho por demais intrigado exigiu que Oxalc nos desse uma data e um lugar onde pudssemos confirmar definitivamente a autenticidade do contato e sua natureza extraterrestre. A resposta veio de imediato e dizia: Vo a 60 quilmetros ao Sul de Lima, no dia 7 de Fevereiro, mas s os que aqui se encontram e s 9 da noite nos vero e isto confirmar que o contato real e necessrio... Entusiasmados pelo acontecido naquela noite e ansiosos pela promessa de um encontro prximo, o grupo se uniu e se organizou para realizar o que seria a primeira sada com tais questionamentos. Eu pessoalmente continuava resistindo a crer e por isso queria de uma vez por todas esclarecer a natureza e procedncia das mensagens. Sabia bem que se nesse momento aceitasse o improvvel, significaria dar asas imaginao, correndo o conseqente risco de causar-nos dano criando e crendo em tudo quanto fosse ocorrendo conosco, que o mesmo que brincar com fogo. Tinha medo de equivocar-me e levar outros a erro, por isso apoiei desde o princpio o acampamento que se fez na rea indicada que correspondia localidade de Chilca, e assim sair das dvidas. Minha me e meus irmos insistiram comigo para que contasse a meu pai, coisa que no queria fazer at que estivesse certo do que tnhamos em mos e que se comprovasse que o contato era real e pudssemos demonstr-lo depois, coisa que se via muito remota. Mas eles no puderam 24

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mais se conter e lhe contaram sobre as mensagens dizendo que se considerava ctico a tais sistemas de comunicao, embora no duvidasse da existncia da Telepatia, sobretudo quando estivesse se produzindo em pessoas preparadas. Foi ento que meus irmos insistiram novamente para que lhe desse uma prova atravs de uma comunicao. Mesmo que no sentisse que as condies eram adequadas, pela ausncia da energia que acompanhava a recepo, aceitei faz-lo e recebi uma pseudo-mensagem pouco consistente, que nem a mim mesmo convencia. Meu pai, incrdulo, pediu que lhe respondssemos atravs da comunicao uma difcil pergunta de Astrofsica, que segundo ele, os extraterrestres poderiam responder facilmente. Como no recebia nada, forcei a situao estava nervoso e escrevi qualquer coisa que me ocorreu e que evidentemente era uma resposta errada. Ao ver nosso fracasso, sorriu e tratou de consolar-nos dizendo: "Deixem estas coisas aos cientistas e investigadores, somente eles tm capacidade para se preparar algum dia para contatar com seres extraterrestres, e despertar seu interesse. Na atualidade muita gente afirma ter essa ou aquela capacidade, e o no poder demonstr-la o mesmo que no possu-la". Meu pai no entendeu naquele momento que no alardevamos capacidade alguma, nem queramos ridicularizar suas investigaes, entretanto, tomei aquele desafortunado incidente como uma lio, j que compreendia que no havamos sido precisos com as condies necessrias de comunicao. Com o tempo compreenderamos que no viriam as mensagens quando queramos, seno que teramos que aprender a esperar, saber encontrar a ocasio e a correta disposio pessoal de recepo. Como um resumo de quais devem ser as condies adequadas de comunicao e, por sua vez, um conselho para aqueles que desejam seguir um processo de preparao e predisposio para ter contato, enumero as seguintes orientaes, fruto da experincia destes anos e das comunicaes a respeito. As mais importantes so: - O que deseja assumir a condio de antena-receptora, deve ser uma pessoa equilibrada e de ferrenha vontade, sem problemas psicolgicos ou nervosos de qualquer tipo. No caso de algum desequilibrado buscar comunicao, apenas o que conseguiria seria intensificar mais sua condio, ainda que no princpio, aparentemente, isto lhe trouxesse benefcios como paz e serenidade passageira. Digo isto, porque se algum no tem seu organismo preparado para uma maior vibrao, acontecer a ele o mesmo que se a um circuito de 110V, conectarmos eletricidade de 220V. Sabemos que se fundiria, pois sua resistncia no teria capacidade de suportar um fluxo maior de energia. - Ser objetivo tambm importante, sobretudo para poder avaliar as mensagens e as experincias que se vivem. Isto significa que a pessoa deve estar aberta crtica de grupo, assim como ser capaz de desenvolver a autocrtica mais sincera. - A pessoa deve criar as condies para predispor o contato, para o qual deve cultivar os exerccios e prticas necessrias para o estmulo do poder mental e fortalecimento da vontade. 25

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- importante esclarecer que a comunicao mental teleptica muito mais simples e fcil do que se pode pensar quando existe a prtica e a suficiente concentrao que se consegue no trabalho pessoal constante. H que se determinar a diferena abismal que existe com a comunicao que estabelece o Espiritismo, Mediunismo ou Espiritualismo, na qual a pessoa abordada por uma conscincia externa, vindo deslocar a prpria vontade. Isto muito perigoso, porque apesar da crena de se estar em contato com espritos elevados, de seres desencarnados, o que est se fazendo abrir a porta toda classe de entidades que se apoderam do corpo do mdium chegando a dominar sua conscincia que pouco a pouco se debilita e, a cada vez, tem menos possibilidades de opor-se. Igualmente com o hipnotismo se cria dependncia de vontades externas como tambm com a Psicofonia que um canal porta-voz de uma mensagem verbal, no estando plenamente consciente do mesmo. Os mesmos Guias extraterrestres nos previnem de todas estas formas de comunicao que produzem mais dano que o alcance positivo que se busca. - As pessoas que se sentirem propensas recepo, devero gozar da confiana dos outros, ou seja, inspirar segurana e t-la em si mesmas e em seu prprio trabalho. - A comunicao se d com a pessoa totalmente consciente, sem que se veja diminuda sua vontade um mnimo sequer, j que a telepatia ou idioma universal das idias se d no nvel mental distncia, comparvel com uma chamada telefnica entre seres concretos e materiais. - desejvel estar bem descansado, livre de tenses, relaxado e abstrado de problemas de qualquer tipo, buscando o momento e o lugar mais adequado e tranqilo, tendo feito a digesto, ou seja, vrias horas depois de haver ingerido alimentos, oumelhor ainda, em jejum. A hora no to importante, porque a comunicao pode se feita a qualquer momento, mas como chega com aviso, isto , acompanhada de uma ansiedade e necessidade de escrever, podemos situar-nos no lugar escolhido e esperar um pouco at chegar a hora mais propcia. No h necessidade de receber-se imediatamente, suspendendo o que estamos fazendo naquele momento, embora isto fique a critrio do receptor. - Para evitar mentalizaes que no sejam outra coisa que sugestes ou afloramentos de nosso subconsciente, prefervel manter um horrio e dias fixos para nossas recepes em comum acordo com os Guias. Assim, no se cai presa da veemncia, tambm nos abstendo de abordar temas muito pessoais com nossas perguntas e que derivem em pseudocomunicaes com opinies e conselhos que, por serem nossos disfarados pela rubrica de um Guia, no contem com a devida maturidade. Tambm recomendvel que no se suscitem na comunicao, assuntos dos que j tenhamos uma idia prefixada, pois isto tambm predisporia as mentalizaes. - aconselhvel que a comunicao se realize na presena de outras pessoas que apiem o receptor atravs de sua concentrao, e que estas reunies em grupo sejam realizadas em um horrio preestabelecido, que em nenhum caso dever afetar nosso normal desenvolvimento dirio. 26

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Temos visto at aqui quais seriam os requisitos na pessoa que desejar receber comunicao e preparar-se para isso, sendo objetivo, equilibrado, crtico, e de ferrenha vontade. Porm ento se perguntar todo aquele que tente: mantendo tudo isto, obterei o contato? E se o obtenho, como saberei reconhecer que a mensagem autntica e no mera sugesto? Como j foi esclarecido antes, so eles que se comunicam conosco e no ns com eles. Quer dizer que os Guias fazem a maior parte do esforo para nos induzir recepo estimulando nosso desejo de conhecer estas coisas. Mas, apesar de escolherem com quem manter contato, para atravs dessa pessoa chegar a muitos outros, tambm pode se facilitar as coisas, preparando-se. Agora, nem todos poderemos obt-la alm de que no haveria necessidade disso, porque bastaria que um ou dois de cada grupo de pessoas o fizesse depois de tentado por todos e uma vez adquirida a comunicao, se esforassem por mant-la observando as orientaes dadas, e acima de tudo, que continuassem contando com o apoio do grupo do qual faz parte. Faz-se necessrio que aquele que recebe as mensagens dentro de uma reunio de pessoas inspire confiana nos demais e, por sua vez, tenha confiana em si mesmo demonstrando-o com o esforo que dedica em sua preparao. Quando os Guias determinam o momento adequado para a instruo, selecionam a antena e facilitam-lhe a recepo abrindo-lhe o Terceiro Olho e ativando a antena mental. Com respeito ao saber distinguir nas comunicaes as mentalizaes e complementos e separar as verdadeiras mensagens das adulteradas ou falsas, existe uma srie de caractersticas que mantm toda verdadeira comunicao e que a destaca frente a qualquer pseudo-mensagem e que se poderia resumir nas seguintes: - Toda verdadeira comunicao atemporal, ou seja, que sempre que se volta a ler ter algo que dizer-nos e a compreenso dela variar com a maturidade que ganhemos no caminho espiritual. No se esgota o contedo de suas mensagens em uma s leitura. - O recebido ter sempre carter grupal, no havendo possibilidade de comunicaes pessoais. No vamos nos equivocar em julgar uma mensagem como pessoal, quando o procurar o trabalho desse ou daquele irmo, se est cuidando da projeo da Misso de contato e se est se conseguindo com isso um bem geral. - As comunicaes so sempre construtivas, edificantes, jamais destrutivas nem ameaadoras. Procuram o bem geral e nunca o mal de ningum. - O contedo de cada mensagem se acha enriquecido por novas contribuies e no se limita nunca a ser a repetio de outras anteriores, menos ainda de opinies pessoais de integrantes dos grupos. - Toda comunicao confirmativa, isto , que os Guias sabem melhor que ns a necessidade da corroborao da realidade do recebido, sobretudo de sua procedncia e boa inteno de ajuda. As confirmaes podem variar de acordo com as pessoas e circunstncias, porm a mais comumente aceita a do avistamento hora marcada com antecedncia,

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na presena de vrias testemunhas que atestem a relevncia e veracidade do confirmado. Se tivermos em conta todas estas contribuies vindas dos conselhos recebidos e da experincia, teremos uma maior capacidade para discernir dentre o recebido, o quanto e o que procede dos Guias extraterrestres. CAPTULO III O AVISTAMENTO QUE CONFIRMARIA TUDO O lugar escolhido para o contato que confirmaria a comunicao era um declive entre montes em uma rea desrtica, tpica da costa peruana onde ainda se podiam ver os restos de um canal de rio quando essa regio, no passado, recebeu gua das torrentes da Serra, que com as mudanas climticas sofridas foram se extinguindo totalmente. Prximo se achava um povoado em estado de abandono chamado Papa Leo XIII, lugar este que nos serviria de quartel general para as sadas posteriores. Ali vivia um dos integrantes daquele primeiro grupo, Juan Acervo, estudante do Programa de Arquitetura da Universidade Ricardo Palma de Lima. Sua me nos receberia sempre com muitssimo carinho e entusiasmo toda vez que voltssemos a sua bem cuidada casa de campo ou de temporada, prxima ao mar. As noites no deserto peruano so frias e silenciosas, caractersticas estas que pareciam amplificar-se com a ansiedade, que crescia com o passar lento das horas. Como havamos chegado no dia anterior ao marcado para a experincia, aproveitamos a noite para avanar o mais que pudssemos, internando-nos no deserto pelo antigo caminho que sobe as montanhas para Santo Domingo de los Olleros, explorando pela primeira vez aquela rea. Com as mochilas nas costas iniciamos a caminhada com o ambiente bastante fresco, pelo que adiantamos bastante. Mas nossa inexperincia em acampamentos nos fez sobrecarregar nossas mochilas acima do que podamos carregar, pelo que logo o entusiasmo deu lugar ao esgotamento que terminou por fazer-nos cair estatelados sobre a terra e pedras do leito de um antigo rio. Naquela depresso permanecemos at que amanheceu, descansando e dormindo um pouco. Com as primeiras luzes da alva despertamos e depois de comer algo reiniciamos nossa marcha. Mais adiante vimos um caminho parado recolhendo cactos que ali abundam. Pedimos ento que nos desse uma carona, ao que concordou o motorista, sendo bastante o que avanamos aquela manh com a ajuda daquele eventual transporte. Mais adiante detivemo-nos despedindo do caminhoneiro que regressava a Chilca, avanando por uma quebrada onde Mito, Charlie e Juan se esforaram em levantar as barracas, lutando contra o implacvel vento que comeou a assolar aquela manh. J no alto de uma colina, nos sentamos para conversar sobre as razes de nos encontrarmos ali e da importncia de que tudo pudesse vir a confirmar-se, demonstrando que a sinceridade e 28

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simplicidade, assim como o esforo, acompanham a todos os grandes empreendimentos. A partir da localizao em que nos encontrvamos, dominvamos todo o vale que se estendia ante nossos olhos, mas na medida em que foram passando as horas, a temperatura foi aumentando, fazendo escassear a pouca gua que em nossa proviso havamos levado. No havia nada que nos ofecesse sombra em meio quele descampado a exceo da barraca. No entanto, nela ningum agentaria muito tempo, porque dentro se concentrava mais o calor. Nomeamos uma comisso que procurasse gua para os demais, para o qual partimos quatro de ns com os cantis vazios nas mos. Nem bem havamos caminhado um quilmetro sob o implacvel sol, encontramos uma rvore solitria no meio daquele deserto. Correndo, fomos at ela para desfrutar do frescor da sombra e tivemos que compartilhar seus benefcios com uma colmia de abelhas. Rapidamente fomos expulsos fazendo-nos um favor, porque a uns 50 metros mais adiante encontramos fendas com parreiras de uva Itlia, com uns cachos convidativos. Que era isto? Videiras no meio do nada? Depois compreenderamos que em alguns perodos chega a acumular-se boa quantidade de umidade e at a cair alguma gua pelo barranco prximo por onde havamos caminhado mais abaixo. Isto era por si s um milagre. Arrancamos quanto pudemos e os levamos at os demais, celebrando um festim at fartar-nos. Naquele instante voltou o vento da manh e derrubou a barraca deixando-nos sem abrigo pela noite. Como aquilo diminuiu nosso esprito de aventura, que j se achava bastante deteriorado pelo excessivo calor e cansao da caminhada da noite anterior, resolvemos regressar com todas nossas coisas a Papa Len XIII e esperar ali que se desse em seus arredores o suposto avistamento. Nem bem havamos terminado de levantar acampamento, passou repentinamente um caminho do exrcito que ia descendo a ribanceira em direo a Chilca. Detivemo-lo com sinais e aceitou levar-nos. Subimos com os soldados que estiveram fazendo provas de tiro nas reas altas. De Chilca nos trasladamos a Papa Len, casa de Juan onde descansamos e nos refizemos, preparando-nos para a noite. A velada noturna comeou com uma revigorante refeio servida carinhosamente pela mame de Juan. Na sobremesa aproveitamos para conversar. A idia generalizada era: "no esperar nada". Certamente a grande maioria tinha a segurana do que poderia ocorrer, ou melhor dizendo, "de que nada aconteceria". Porm, tudo isso no era preocupao para o grupo, pois se tomava a sada como um passeio e por sua vez como uma aventura alucinante. Entre todos os presentes, eu me considerava entre os mais cticos. Seguia rechaando em meu interior a facilidade com a que se havia dado tudo, no podia ser factvel um contato extraterrestre atravs de pessoas to simples como ns. Era para mim mais fcil pensar que tudo obedecia a minha prpria imaginao ou, quem sabe, a alguma entidade brincalhona. Quando nos aproximvamos da hora marcada na comunicao, os nimos pareciam exasperar-se. Guillermo Duff, amigo dos tempos de colgio que estava presente, aproximava-se para comunicar-me sua 29

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impresso sobre aquela sada, dizendo-me que estvamos perdendo tempo, por que de acordo com as probabilidades, nada fora do comum poderia suceder naquela noite, a menos que confundssemos uma estrela, algum meteoro ou at um satlite com o esperado avistamento de um OVNI. E me dizia que sinceramente pensava que tudo era produto de um engano perpetrado por mim em acordo com outro do grupo. Respondi-lhe tratando de convenc-lo at ao cansao que deveramos aguardar j que faltava to pouco para que todos sassemos de dvidas. Escutava falar como entre os do grupo se fazia referncia a muitos antigos homens que no passado tambm haviam sido selecionados pelos ento chamados deuses ou anjos tal como aparece em diversos livros sagrados e lendas estes eleitos eram gente simples, mas com algo em comum que lhes fazia sobressair do resto e que ns no tardaramos a descobrir e valorizar. Faltavam poucos minutos para a hora fixada da confirmao das mensagens. A ansiedade em alguns havia chegado a seu mximo, enquanto que em outros era o pessimismo o que ganhava mais e mais terreno. A dvida tambm crescia e junto com ela, um desejo at ento oculto, de que tudo fosse verdadeiro. ramos conscientes das limitaes tanto grupais como pessoais que nos distanciavam das condies timas que supnhamos necessrias para algo de tal envergadura, mas ali estvamos ns em meio ao deserto e em plena noite de sbado quando poderamos estar fazendo outra coisa, passando bem o tempo no cinema ou em alguma festa. Quanta no seria nossa surpresa, quando detrs de uma cerra que no chegaria a mais de 100 metros de altura ia surgindo lentamente uma luz prateada que inicialmente confundimos com a Lua. Era, quando muito, umas 9 da noite. E a luz terminou por sair de seu esconderijo, iluminando somente o lugar onde nos encontrvamos como se fosse dia. Foi-se aproximando lentamente do grupo, deixando-nos apreciar sua peculiar forma de hambrguer. Em ambos os lados daquele grande objeto metlico acendiam e apagavam luzes laranjas, azuis e amarelas que pareciam, estabilizadores, porque pouco a pouco a nave foi ficando imvel a escassos 80 metros acima de ns. Na parte de cima do aparelho discide, podiam distinguir-se claramente meia dezena de janelinhas, alguns puderam at apreciar silhuetas de pessoas nelas. O calor que irradiava o aparato era tremendo. Entre ns havia aqueles que no podiam crer no que viam e no paravam de esfregar os olhos, e mais de um chegou at a pedir que lhe beliscassem o brao para assegurar-se de que no estavam sonhando. Foi neste momento em que Mito se pendurou em mim para suplicar-me quase histericamente que me comunicasse com eles e lhes dissesse que fossem embora, j que todos nos encontrvamos aterrorizados. Eu tambm tinha um medo incontrolvel, mas este no era tanto como o desconcerto em que me achava envolvido, devido a ter sucedido o inimaginvel, quer dizer, aquilo que no estava dentro do quadro de

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possibilidades que havia pensado, mas que: Tudo havia sido real! Verdadeiramente existia contato e havia sido assim simples. A insistncia de todos para que me comunicasse com a nave determinou que me sentei para tentar manter comunicao atravs de papel e lpis, da maneira acostumada, ou seja; psicograficamente. A resposta no se deixou esperar apesar de meu nervosismo. Esta dizia: No descemos neste momento porque vocs no sabem controlar suas emoes. Haver uma preparao um tempo e um lugar... Mensagem esta que coincidia com o que a grande maioria havia captado mentalmente. Sem tirar nossas vistas da nave, que permanentemente mantinha um intercambio de luzes como querendo comunicar-nos seu total controle da situao com nossas lanternas que ao cabo de minutos haviam se descarregado totalmente, perdendo energia optamos por comentar o que sentamos e por sua vez, o