Guias onld 2007
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Presidente da Repblica Federativa do BrasilLuiz Incio Lula da Silva
Ministro da EducaoFernando Haddad
Secretrio-ExecutivoJairo Jorge
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Ministrio da EducaoSecretrio de Educao Bsica
Francisco das Chagas Fernandes
Diretora de Polticas da Educao Infantil e do Ensino Fundamental Jeanete Beauchamp
Coordenadora-Geral de Estudos e Avaliao de Materiais SEBJane Cristina da Silva
Equipe Tcnico-Pedaggica SEBAndra Kluge Pereira Ceclia Correia Lima
Elizangela Carvalho dos Santos Ingrid Llian Fuhr RaadJos Ricardo Alberns Lima Mrcia Coutinho Martins
Maria Jos Marques Bento Norma Teresinha Oliveira ReisTayana de Alencar Tormena
Equipe de Informticaleny de Abreu Amarante Leandro Pereira de Oliveira
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDEPresidente do FNDE
Jos Henrique Paim Fernandes
Diretor de Aes de Assistncia Educacional Daniel Silva Balaban
Coordenador-Geral de Produo e Distribuio do Livro Alexandre Serwy
Equipe do FNDENeuza Helena Portugal dos Santos Silvrio Morais da Cruz
Snia Schwartz Coelho
Edio e DiagramaoAna Luzia Biserra de Santana Fernando Braga da Gama e Melo
Israel Lima Gonalves Izaias Gonalves de Lima NetoJane T. da Costa Diehl Juliana Henriques e Silva
Rodrigo Barreto Tenrio
Criao e ArteMarco Severo Pimentel de Oliveira
Braslia - 2006
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Brasil. Secretaria de Educao Bsica Guia do livro didtico 2007 : Matemtica : sries/anos iniciais do ensino fundamental / Secretaria de Educao Bsica. Braslia : Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2006. 266 p. : il. ISBN 8598171328
1. Livro didtico. 2. Avaliao do livro didtico. 3. Programa Nacional do Livro Didtico. 4. Matemtica. I. Ttulo.
CDU 371.671(036)
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
uuuu uuuuu uuuuuuu uuuu
uuuuuuuuuuuu uuu
uuu uuuu
Sumrio
Equipe de avaliao ........................................................................... 5Introduo .......................................................................................... 7Ficha de avaliao ........................................................................... 42Resenhas de Matemtica .................................................................. 47
Coleo Curumim - Matemtica ................................................................ 49
Coleo Matemtica com o Sarquis ......................................................... 55
Coleo Convivendo com a Matemtica .................................................. 61
Coleo Matemtica em construo ......................................................... 67
Coleo Matemtica pensar e descobrir ................................................... 73
Coleo Porta aberta Matemtica .............................................................. 80
Coleo Fazendo e compreendendo Matemtica ................................... 86
Coleo Matemtica criativa ....................................................................... 92
Coleo Viver e aprender Matemtica ...................................................... 98
Coleo Pensar e viver - Matemtica ...................................................... 104
Coleo Vivncia e construo Matemtica .......................................... 110
Coleo Matemtica em construo ....................................................... 116
Coleo Srie Brasil - Matemtica ........................................................... 122
Coleo A escola nossa - Matemtica .................................................. 128
Coleo A conquista da Matemtica ....................................................... 134
Coleo Matemtica pode contar comigo .............................................. 140
Coleo Caracol - Matemtica ................................................................. 146
Coleo Matemtica Paratodos ................................................................ 152
Coleo Trocando idias - Matemtica ................................................... 159
Coleo Matemtica do cotidiano & suas conexes ............................ 165
Coleo Registrando descobertas - Matemtica .................................... 172
Coleo De olho no futuro - Matemtica .............................................. 178
Coleo Idias & relaes ......................................................................... 184
Coleo Vamos juntos nessa Matemtica .............................................. 190
Coleo Matemtica .................................................................................. 196
Coleo Projeto Pitangu - Matemtica ................................................. 202
Coleo Matemtica .................................................................................. 209
Coleo Matemtica na vida e na escola ................................................ 215
Coleo Alegria de aprender Matemtica ............................................... 221
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
Coleo Descobrindo a vida - Matemtica ............................................ 227
Coleo Fazer, compreender e criar em Matemtica ............................ 233
Coleo Recri(e)ao ................................................................................. 239
Coleo Matemtica .................................................................................. 245
Coleo Conhecer e crescer - Matemtica ............................................. 251
Coleo Construindo o conhecimento - Matemtica ........................... 257
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
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Equipe de avaliao
Comisso Tcnica (Portaria N 3.503 de 28 de outubro de 2004)
Joo Bosco Pitombeira Fernandes de Carvalho
Coordenao Institucional
Adriano Pedrosa de Almeida
Coordenao de rea
Paulo Figueiredo Lima
Coordenao AdjuntaMnica Cerbella Freire Mandarino
Vernica Gitirana Gomes Ferreira
PareceristasAbrao Juvncio de ArajoAlcila Augusto Homem de MeloAna Paula JahnAna Teresa de Carvalho Correa de OliveiraAparecida Augusta da SilvaArlete de Jesus BritoBruno Alves DassieCeli Aparecida Espasandin LopesCileda de Queiroz e Silva CoutinhoCristiano Alberto MunizEliane Scheid GazireElizabeth Belfort da Silva MorenFlvia dos Santos SoaresFrancisco Egger MoellwaldGilda de La Rocque PalisIole de Freitas DruckJos Carlos Alves de SouzaJos Carlos Pinto LeivasJos Luiz Magalhes de Freitas
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
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Luciano Cavalcanti do NascimentoMarcelo Cmara dos SantosMaria Auxiliadora Vilela PaivaMaria Clia Leme da SilvaMaria da Conceio Ferreira Reis FonsecaMaria Inmaculada Chao CabanasMaria Isabel Ramalho OrtigoMaria Laura Magalhes GomesMaria Terezinha Jesus GasparMarilena BittarMricles Thadeu MorettiNeri Terezinha Both CarvalhoPaula Moreira Baltar BellemainPedro Ribeiro BarbosaRegina Maria PavanelloRogria Gaudncio do RegoRmulo Marinho do RegoRony Cludio de Oliveira FreitasRosa Lcia Sverzut BaroniRoseane Sobrinho BragaRute Elizabete de Souza Rosa BorbaSuely Miranda Cavalcante BastosYuriko Yamamoto Baldin
Instituio responsvel pelo processo de avaliao
Universidade Federal de Pernambuco
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
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Voc tem em suas mos este Guia, com as resenhas das colees de
Matemtica aprovadas no PNLD/2007. Elas resultam de um cuidadoso
processo de avaliao, que reuniu professores de diversas instituies
educacionais sediadas em vrias regies de nosso pas. Estes professores
elaboraram resenhas cujo objetivo auxiliar voc a formar uma opinio
sobre o livro didtico que dever escolher para sua sala de aula.
Por que o Guia elaborado? O ideal seria que as prprias obras
agora aprovadas pudessem chegar s mos dos professores na ocasio
da escolha. a impossibilidade de fazer chegar dezenas de colees s
centenas de milhares de escolas de Ensino Fundamental de nosso pas,
que cria a necessidade de um Guia como este.
A escolha do livro didtico um momento de muita
responsabilidade, pois voc decide sobre um interlocutor que vai
dialogar com voc e com seus alunos durante o ano letivo inteiro. E que
continuar presente em sua escola por trs anos, no mnimo. Embora
seja apenas um elemento do processso de ensino-aprendizagem, o livro
didtico tem sido muito importante em nossas escolas. Por isso, pedimos
que voc leia cuidadosamente, e discuta com seus colegas, as resenhas
agora divulgadas.
Um bom livro didtico deve trazer para a escola informaes
e explanaes sobre o conhecimento matemtico que est em nosso
cotidiano - um conhecimento que interfere e sofre interferncias das
prticas sociais do mundo atual e do passado. Este livro tambm deve
conter uma proposta pedaggica que leve em conta o conhecimento
prvio e o nvel de escolaridade do aluno e que oferea atividades que
o incentivem a participar ativamente de sua aprendizagem e a interagir
com seus colegas.
Sua tarefa no nada fcil: voc ter de se debruar sobre
as propostas de cada livro e pensar qual delas mais adequada s
Introduo
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
condies do trabalho de sala de aula e tambm perceber se pode haver
concordncia entre tal proposta e o projeto poltico pedaggico de sua
escola. Muitas das colees apresentadas neste Guia, contm propostas
de organizao e de conduo do trabalho de sala de aula que esto,
por vezes, bem evidentes nos contedos selecionados e na seqncia
de ensino desses contedos. Alm disso, elas trazem um manual do
professor com riqueza de subsdios e orientaes. Assim, preciso que
voc reflita sobre a adequao do livro sua experincia de sala de aula e
sobre o trabalho pedaggico complementar que, sempre, ser necessrio
realizar. A leitura das resenhas deve auxili-lo a discutir essas questes e
fazer uma boa escolha para sua sala de aula e sua escola.
O Guia no contm apenas as resenhas. Em suas pginas, voc
encontrar os critrios que foram utilizados na avaliao dos livros e
a prpria ficha usada pelos avaliadores, alm de um texto com as
consideraes terico-metodolgicas referentes s colees aprovadas.
Todo esse material pode ser de muita valia para a escolha e o posterior
uso do livro, alm de contribuir para a formao docente.
Nas resenhas no so atribudas menes s obras, que so
apresentadas simplesmente em ordem crescente do cdigo da coleo
no PNLD/2007. O que se procurou, na elaborao de cada uma delas,
foi dar ao professor a oportunidade para identificar as caractersticas mais
importantes das colees, seus mritos principais e suas deficincias mais
claras. As anlises avaliativas apoiaram-se nos critrios do Ministrio da
Educao divulgados no Edital do PNLD/2007. Lembre-se, no entanto,
que a escolha do livro didtico um direito e uma responsabilidade do
professor e, por isso, voc deve exerc-los com autonomia.
Boa escolha!
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica
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uuu uuuu Esta a quinta edio do Guia de Livros Didticos de 1 a 4 srie do
PNLD. Como nas edies anteriores, dos anos de 1997, 1998, 2000 e 2004,
o presente Guia rene resenhas de colees que devero ser escolhidas pelos
professores, para serem adquiridas pelo Ministrio da Educao e enviadas a
todas as escolas de ensino pblico do pas. Ao longo desses anos, o PNLD
sofreu algumas modificaes, mas a escolha do livro pelo professor, no contexto
de sua escola, sempre foi mantida, porque ele que vive a experincia da sala
de aula, com sua riqueza e seus desafios. As resenhas deste Guia visam auxiliar
o professor a conhecer as colees de livros de Matemtica disponveis para
escolha.
Na impossibilidade de acesso de todas as escolas pblicas de 1 a 4 srie
aos prprios livros didticos aprovados no PNLD, as resenhas procuram retratar
o mais fielmente a estrutura e o sumrio dos contedos desses livros. Alm
disso, expressam uma avaliao de cada coleo, feita por educadores que esto
envolvidos com o ensino de 1 a 4 srie, com base nos critrios publicados
pelo Ministrio da Educao. Dessa forma, procura-se aumentar os efeitos
positivos da presena do livro didtico em nossas escolas pblicas; efeitos esses
que no dependem apenas de uma boa escolha do livro, mas tambm de um uso
adequado desse instrumento em sala de aula.
Os textos seguintes convidam o professor a uma reflexo que poder
contribuir tanto para a escolha como para o posterior uso do livro pelo qual ele
optou.
O livro didtico
O texto didtico contribui para o processo de ensino-aprendizagem
como mais um interlocutor que passa a dialogar com o professor e com o
aluno. Nesse dilogo, tal texto portador de uma perspectiva sobre o saber a
ser estudado e sobre o modo de se conseguir aprend-lo mais eficazmente.
Consideraes gerais
1GRARD, Franois-Marie & ROEGIERS, Xavier (1998). Conceber e avaliar manuais escolares. Porto, Porto Ed.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica10
As funes mais importantes do livro didtico na relao com o aluno,
tomando como base Grard & Roegiers so:favorecer a aquisio de conhecimentos socialmente relevantes;propiciar o desenvolvimento de competncias cognitivas, que contribuam para aumentar a autonomia;consolidar, ampliar, aprofundar e integrar os conhecimentos adquiridos;auxiliar na auto-avaliao da aprendizagem;contribuir para a formao social e cultural e desenvolver a capacidade de convivncia e de exerccio da cidadania.
No que diz respeito ao professor, o livro didtico desempenha, entre
outras, as importantes funes de:auxiliar no planejamento e na gesto das aulas, seja pela explanao de contedos curriculares, seja pelas atividades, exerccios e trabalhos propostos;favorecer a aquisio dos conhecimentos, assumindo o papel de texto de referncia;favorecer a formao didtico-pedaggica;auxiliar na avaliao da aprendizagem do aluno.
preciso observar, no entanto, que as possveis funes que um
livro didtico pode exercer no se tornam realidade, caso no se leve em
conta o contexto em que ele utilizado. Noutras palavras, as funes acima
referidas so histrica e socialmente situadas e, assim, sujeitas a limitaes e
contradies. Por isso, tanto na escolha quanto no uso do livro, o professor
tem o papel indispensvel de observar a adequao desse instrumento
didtico sua prtica pedaggica e ao seu aluno.
Alm disso, o livro didtico recurso auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem. No pode, portanto, ocupar papel dominante nesse processo.
Assim, cabe ao professor manter-se atento para que a sua autonomia
pedaggica no seja comprometida. No demais insisitir que, apesar de toda
sua importncia, o livro didtico no deve ser o nico suporte do trabalho
pedaggico do professor. sempre desejvel buscar complement-lo, seja
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 11
para ampliar suas informaes e as atividades nele propostas ou contornar
suas deficincias, seja para adequ-lo ao grupo de alunos que o utilizam.
Mais amplamente, preciso levar em considerao as especificidades sociais
e culturais da comunidade em que o livro utilizado, para que o seu papel
na formao integral do aluno seja mais efetivo. Essas so tarefas em que o
professor insubstituvel, entre tantas outras.
Matemtica e ensino da Matemtica: princpios gerais
Ao se refletir sobre o mundo atual, possvel observar a presena
da Matemtica nas atividades humanas das diversas culturas. As mais
elementares aes cotidianas requerem competncias matemticas, que se
tornam mais complexas na medida em que as interaes sociais e as relaes
de produo e de troca de bens e servios se diversificam e se intensificam.
Em sociedades como a nossa, permeadas por tecnologias de base cientfica
e por um crescente acmulo e troca de informaes de vrios tipos,
consenso reconhecer que as competncias matemticas tornaram-se um
imperativo. As mudanas no mundo do trabalho tm sido cada vez mais
rpidas e profundas, e exigem capacidade de adaptao a novos processos
de produo e de comunicao. Um olhar sobre o passado tambm mostra
que, em todas as pocas, as atividades matemticas foram uma das formas
usadas pelo homem para interagir com o mundo fsico, social e cultural, em
intensidade e diversidade crescentes com a evoluo da histria.
A Matemtica pode ser concebida como uma fonte de modelos para os
fenmenos nas mais diversas reas do saber. Tais modelos so construes
abstratas que se constituem em instrumentos para ajudar na compreenso
desses fenmenos. Modelos matemticos incluem conceitos, relaes entre
conceitos, procedimentos e representaes simblicas que, num processo
contnuo, passam de instrumento na resoluo de problemas a objeto prprio
de conhecimento. No pode ser esquecido que as atividades matemticas
geraram, ao longo da histria, um corpo de saber a Matemtica, que um
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica12
campo cientfico, bastante extenso, diversificado e em permanente evoluo
nos dias atuais. Um saber que no um repertrio de conhecimentos antigos
e cristalizados.
Assim, aprofundar o conhecimento sobre os modelos matemticos
fortalece a contribuio da Matemtica para outras reas do saber. No
sentido oposto, buscar questes cada vez mais complexas nos outros campos
do conhecimento pode promover o desenvolvimento de novos modelos
matemticos.
Modelos matemticos so construdos com vrios graus de abrangncia
e de sistematizao. Nos estgios mais simples, os modelos matemticos
concebidos so associados a objetos do mundo fsico so as chamadas
figuras ou slidos geomtricos. Por exemplo, a uma certa lata pode ser
associada a figura geomtrica definida abstratamente como um cilindro.
Esses modelos particulares so, quase sempre, enfeixados em teorias
matemticas gerais que se constituem em modelos abstratos para amplas
classes de fenmenos em vrios outros campos do saber. A geometria
euclidiana, as estruturas algbricas, a teoria das probabilidades, so exemplos
desses modelos matemticos mais gerais.
Por outro lado, muitas vezes, parte-se de um conceito ou ente
matemtico e procura-se no mundo fsico um fenmeno ou objeto que
o represente. Nesse caso, tal objeto ou fenmeno chamado modelo
concreto do ente matemtico. Assim, um dado de jogar pode ser um modelo
concreto da figura geomtrica definida como cubo. Outros exemplos so os
denominados materiais concretos, de uso freqente como recurso didtico
no ensino da Matemtica. Outra classe significativa de modelos concretos
de entes matemticos so os desenhos, que cumprem papel importante nas
atividades em que intervm as habilidades de visualizao.
Outro aspecto fundamental da Matemtica a diversidade de formas
simblicas presentes em seu corpo de conhecimento. Lngua natural,
linguagem simblica, desenhos, grficos, tabelas, diagramas, cones, entre
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 13
outros, desempenham papel central, tanto na representao dos conceitos,
relaes e procedimentos, quanto na prpria formao desses contedos. Por
exemplo, um mesmo nmero racional pode ser representado por smbolos
tais como 1/2, 0,50, 50%, ou pela rea de uma regio plana ou, ainda, pelas
expresses meio ou metade.
Uma reflexo de outra natureza, agora voltada para a educao
matemtica das pessoas, revela que, nas ltimas dcadas, acumulou-se um
acervo considervel de conhecimento sobre os processos de construo e
aquisio dos conceitos e procedimentos matemticos e sobre as questes
correspondentes de ensino e de aprendizagem. Nesses estudos, tem
sido consensualmente defendido que ensinar Matemtica no se reduz
transmisso de informaes sobre o saber acumulado nesse campo.
Muito mais amplo e complexo, o processo de ensino e de aprendizagem
da Matemtica envolve a construo de um leque variado de competncias
cognitivas e requer, alm disso, que se favorea a participao ativa do aluno
nessa construo. Por outro lado, convm no esquecer que as competncias
no se realizam no vazio e sim por meio de saberes de diversos tipos, dos
mais informais aos mais sistematizados, estes ltimos a serem construdos
na escola.
Indicar um conjunto de competncias matemticas a serem
construdas sempre um terreno difcil. Por isso, adverte-se que a
relao de competncias de natureza mais geral, apontada a seguir, no
esgota todas as possibilidades. Ao contrrio, pode e deve ser adaptada,
em funo das diversidades de cada contexto educacional. Alm disso,
importante no encar-las como independentes umas das outras.
Tendo isso em conta, um conjunto de competncias mais gerais pode
ser citado:Interpretar matematicamente situaes do dia-a-dia ou o relacionamento com outras cincias.Usar independentemente o raciocnio matemtico, para a compreenso do mundo que nos cerca.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica1
Resolver problemas, criando estratgias prprias para sua resoluo, desenvolvendo a iniciativa, a imaginao e a criatividade.Avaliar se os resultados obtidos na soluo de situaes-problema so ou no razoveis.Estabelecer conexes entre os campos da Matemtica e entre essa e as outras reas do saber.Raciocinar, fazer abstraes com base em situaes concretas, generalizar, organizar e representar.Compreender e transmitir idias matemticas, por escrito ou oralmente, desenvolvendo a capacidade de argumentao.Utilizar a argumentao matemtica apoiada em vrios tipos de raciocnio: dedutivo, indutivo, probabilstico, por analogia, plausvel, entre outros.Comunicar-se utilizando as diversas formas de linguagem empregadas na Matemtica.Desenvolver a sensibilidade para as relaes da Matemtica com as atividades estticas e ldicas.Utilizar as novas tecnologias de computao e de informao.
As competncias gerais acima esboadas desenvolvem-se de forma
articulada com competncias especficas associadas aos contedos2
matemticos visados no ensino. No Ensino Fundamental de 1 a 4 srie,
esses contedos tm sido agrupados em quatro grandes blocos: nmeros
e operaes; geometria; grandezas e medidas; e tratamento da informao.
Competncias associadas a esses blocos so mencionadas a seguir.
As atividades matemticas no mundo atual requerem, desde os nveis
mais bsicos aos mais complexos, a capacidade de contar colees, comparar
e quantificar grandezas e realizar codificaes. Ainda nesse campo, convm
referir-se necessidade de compreender os vrios significados e propriedades
das operaes fundamentais e ter o domnio dos seus algoritmos. Saber
utilizar-se do clculo mental, das estimativas em contagens, em medies
e em clculos e saber valer-se da calculadora so outras capacidades
indispensveis. Tais competncias podem ser associadas aritmtica,
lgebra e combinatria, mas, evidentemente, no so as nicas a serem
visadas.
2A expresso contedo matemtico adotada no presente texto com o significado de: conceitos, rela-es entre conceitos, procedimentos e algoritmos matemticos.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 1
O pensamento geomtrico surge da interao espacial com os objetos e
os movimentos no mundo fsico e desenvolve-se por meio das competncias
de localizao, de visualizao, de representao e de construo de figuras
geomtricas. A organizao e a sntese desse conhecimento so tambm
importantes para a construo do pensamento geomtrico.
Os conceitos fundamentais de grandezas e medidas esto presentes em
todas as prticas sociais. Saber us-los, com compreenso, nessas situaes
uma competncia matemtica bsica.
Associadas ao campo do tratamento da informao, bloco que inclui
estatstica, probabilidade e combinatria, so cada vez mais relevantes
as questes relativas a dados da realidade fsica ou social, que precisam
ser coletados, selecionados, organizados, apresentados e interpretados
criticamente. Fazer inferncias com base em informaes qualitativas ou
dados numricos e saber lidar com o conceito de chance, tambm so
competncias importantes.
Em geral, o ensino de Matemtica por competncias vem associado a
outros princpios metodolgicos. Entre esses, destaca-se o que preconiza o
estabelecimento de diversos tipos de articulaes. Uma delas a articulao
entre os diferentes blocos de contedos mencionados anteriormente.
consensual entre os educadores que, ao se ensinar Matemtica, os contedos
no sejam isolados em blocos estanques e auto-suficientes. Uma segunda
articulao que se faz necessrio estabelecer entre os vrios enfoques na
abordagem de um mesmo contedo. Ainda uma outra, tambm importante,
a que se deve buscar entre as diversas representaes de um mesmo
contedo.
Tem sido defendido pelos educadores matemticos, que os conceitos
relevantes para a formao matemtica atual devam ser abordados desde o
incio da formao escolar. Isso valeria mesmo para conceitos que podem
atingir nveis elevados de complexidade, tais como o de nmero racional,
probabilidade, semelhana, simetria, entre muitos outros. Tal ponto de vista
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica1
apia-se na concepo de que a construo de um conceito pelas pessoas
processa-se no decorrer de um longo perodo, de estgios mais intuitivos aos
mais sistematizados. Alm disso, um conceito nunca isolado, mas se integra
a um conjunto de outros conceitos por meio de relaes, das mais simples s
mais complexas. Dessa maneira, no se deveria esperar que a aprendizagem
dos conceitos e procedimentos se realize de forma completa e num perodo
curto de tempo. Por isso, ela mais efetiva quando os contedos so
revisitados, de forma progressivamente ampliada e aprofundada, durante
todo o percurso escolar. preciso, ento, que esses vrios momentos sejam bem
articulados, em especial, evitando-se a fragmentao ou as retomadas repetitivas.
Com o objetivo de favorecer a atribuio de significados aos contedos
matemticos, dois princpios tm assumido particular destaque no ensino
atual: o da contextualizao e o da interdisciplinaridade. O primeiro deles
estabelece a necessidade de o ensino da Matemtica estar articulado com
as vrias prticas e necessidades sociais, enquanto o segundo defende um
ensino aberto para as inter-relaes entre a Matemtica e outras reas do
saber cientfico ou tecnolgico. Em ambos os casos, h harmonia desses
princpios com a concepo de Matemtica exposta neste texto. No
entanto, no se pode esquecer que as conexes internas entre os contedos
matemticos so, tambm, formas de atribuio de significados a esses
contedos. Alm disso, convm observar que as contextualizaes artificiais,
em que a situao apresentada apenas um pretexto para a obteno de dados
numricos usados em operaes matemticas, so ineficazes. Tambm no
so desejveis as contextualizaes pretensamente baseadas no cotidiano,
mas com aspectos totalmente irreais.
Outro rumo de reflexo o que indaga sobre o papel do ensino da
Matemtica na formao integral do aluno como cidado da sociedade
atual. Sociedade essa em que a convivncia cada vez mais complexa e
marcada por graves tenses sociais, produzidas e mantidas por persistentes
desigualdades no acesso a bens e servios e s esferas de deciso poltica. O
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 1
ensino de Matemtica, igualmente, pode contribuir bastante para a formao
de cidados crticos e responsveis. Nesse sentido, em primeiro lugar,
preciso defender um ensino que considere o aluno como sujeito ativo de
seu processo de aprendizagem; que reconhea nele seus conhecimentos
prvios e extra-escolares; que incentive sua autonomia e sua interao
com os colegas. Em segundo lugar, esse ensino deve procurar desenvolver
competncias matemticas que contribuam mais diretamente para auxiliar o
aluno a compreender questes sociais vinculadas, num primeiro momento,
sua comunidade e progressivamente sociedade mais ampla.
Bibliografia
BRASIL. MEC. SEF (2003). Guia de livros didticos 1a a 4a sries.
Braslia, MEC/SEF, Vol. 2.
BRASIL. MEC. SEF (1997). Parmetros Curriculares Nacionais.
Braslia, MEC/SEF, Matemtica: Primeiro e segundo ciclos do Ensino
Fundamental.
BRASIL. MEC. SEF (1998). Parmetros Curriculares Nacionais.Braslia,
MEC/SEF, Matemtica. Matemtica: Terceiro e quarto ciclos do Ensino
Fundamental.
NATIONAL COUNCIL OF TEACHERS OF MATHEMATICS. NCTM.
Principles and Standards for School Mathematics, Reston, VA, USA, 2000.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica1
uuuu uuuuu uuuuuuu uuuu
uuuuuuuuuuuu uuu
uuu uuuu
Critrios de avaliao
Critrios eliminatrios
O exame de um livro principia por se verificar se ele satisfaz os critrios
eliminatrios, para todas as reas, j expostos no edital do PNLD/2007:
(iv) correo dos conceitos e informaes bsicas;
(v) coerncia e adequao metodolgicas;
(vi) observncia aos preceitos legais e jurdicos.
Esclarecemos a seguir como esses critrios eliminatrios foram levados
em conta na avaliao dos livros de Matemtica de 1 a 4 srie.
Correo dos conceitos e informaes bsicas
Neste estgio da escolaridade, a fixao de conceitos errados poder
ter efeitos danosos para todo o aprendizado futuro e para a utilizao da
Matemtica pelo aluno. Talvez mais sria a induo ao erro, quando o texto,
embora no contenha explicitamente conceitos errados, induz a erros, quer
na apresentao informal de exemplos para formao ou delimitao de um
conceito, quer em exerccios ou problemas, ou em comentrios feitos pelo
autor sobre o contedo, ou, ainda, na associao entre conceitos. Devido ao
exposto acima, a presena de erros conceituais e de induo ao erro um
dos critrios fundamentais para o livro no ser usado em sala de aula, isto ,
para ser excludo.
Coerncia e adequao metodolgicas
Por mais diversificadas que sejam as concepes e prticas de ensino
e aprendizagem, promover a aquisio do conhecimento implica na escolha
de alternativas metodolgicas apropriadas, de modo que as opes feitas
contribuam satisfatoriamente para a consecuo dos objetivos e a obra
apresente coerncia em relao a elas.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 1
Alm disso, o desenvolvimento metodolgico dos contedos requer
estratgias que mobilizem e desenvolvam vrias competncias cognitivas
bsicas, como observao, compreenso, argumentao, organizao, anlise,
sntese, comunicao de idias matemticas, planejamento, memorizao
etc. Portanto, o livro didtico que deixar de contemplar de forma evidente
o desenvolvimento simultneo dessas competncias poder comprometer
o desenvolvimento do aluno. Saber raciocinar matematicamente, calcular
mentalmente, decodificar a linguagem matemtica e expressar-se por meio
dela, requer habilidades e competncias que necessitam ser trabalhadas.
Nesse sentido, qualquer que seja sua opo, o livro didtico deve atender a
dois requisitos metodolgicos bsicos:
Em primeiro lugar, no deve privilegiar, entre as habilidades e competncias que deve mobilizar e desenvolver, uma nica, visto que raciocnio, clculo mental, interpretao e expresso em Matemtica envolvem necessariamente vrias delas. Em segundo lugar, deve ser coerente com a proposta que explicita, respeitando os preceitos que lhe do identidade e permitem no s identific-la, mas compreender seu alcance. No caso de o livro
didtico recorrer a mais de um modelo metodolgico, deve indicar claramente a articulao, entre eles.
Assumir uma postura voltada compreenso dos conceitos e
apropriao pelo aluno de uma linguagem matemtica significativa no
implica negar as atividades para a reteno de certos contedos bsicos, que
se transformam em instrumentos de construo de novos conhecimentos. Os
focos principais de anlise dos aspectos pedaggico-metodolgicos referem-
se, portanto, linguagem, formao de conceitos, ao desenvolvimento de
habilidades, s atividades e prticas propostas. A linguagem ser apreciada
quanto a sua adequao srie a que se destina a obra, clareza na explicitao
das instrues, gradao e articulao na apresentao dos contedos.
O livro do aluno deve contribuir claramente para a construo dos
significados dos conceitos. Assim, deve dar margem a que o professor
explore, frente aos exerccios do livro, os procedimentos de resoluo
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica20
prprios dos alunos. Alm disso, importante incluir problemas propostos
sob formas textuais diversificadas, que exijam seleo de dados pertinentes,
que apresentem vrias solues ou solues aproximadas. igualmente
importante a proposio de situaes-problema representadas por meio de
tabelas, grficos etc.
As atividades e prticas propostas, alm de serem adequadas aos
objetivos, devem incentivar o trabalho em equipe, estimular a prtica da
observao, investigao, anlise, sntese e generalizao, e possibilitar o
desenvolvimento da criatividade e da crtica.
Devido ao exposto acima, a presena de uma metodologia desarticulada
dos objetivos, que no contemple, no conjunto da obra, o desenvolvimento
de competncias cognitivas bsicas critrio fundamental para excluso
do livro. Uma vez verificada, de modo satisfatrio, a coerncia entre
os objetivos da obra e os objetivos gerais do ensino, torna-se necessrio
avaliar se os contedos priorizados e as alternativas metodolgicas adotadas
so coerentes com a proposta do autor. Verificada de forma inequvoca a
incoerncia entre os objetivos gerais do ensino e os objetivos propostos pelo
autor, ou entre esses ltimos e os contedos e metodologia desenvolvidos,
o livro deve ser excludo.
Preceitos ticos
Contribuir para o desenvolvimento da tica necessria ao convvio social
e construo da cidadania, no livro didtico de Matemtica, significa:
levar em conta a diversidade social e cultural do Brasil, devendo, em particular, ser respeitada a Lei da Cultura Afro-brasileira;no veicular, nos textos e nas ilustraes, preconceitos que levem a discriminaes de qualquer tipo;no fazer do livro didtico um instrumento de propaganda e doutrinao religiosas;estimular o convvio social e a tolerncia, abordando a diversidade da experincia humana com respeito e interesse; desenvolver a autonomia de pensamento, o raciocnio crtico e a capacidade de argumentar.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 21
no conter publicidade de artigos, servios ou organizaes comerciais e a proibio, em especial, de publicidade de fumo, bebidas, medicamentos e drogas, respeitando as determinaes contidas no Estatuto da Criana e do Adolescente, e pareceres do Conselho Nacional de Educao.
Critrios de qualificao
Alm dos critrios de avaliao comuns, apresentados na introduo,
levando-se em conta que as colees selecionadas diferem em maior ou
menor grau no que diz respeito aos aspectos terico-metodolgicos ou
de contedo, so utilizados critrios de qualificao especficos da rea
de Matemtica. Tais critrios, explicitados na ficha de avaliao, permitem
distinguir, entre si, as colees selecionadas e dizem respeito aos aspectos
discutidos a seguir. A escolha de contedos adequados sociedade
atual, que possam prover instrumentos eficazes para a resoluo de seus
problemas, deve ser valorizada e efetivamente trabalhada pelo livro
didtico. Para uma aprendizagem significativa no livro didtico devem ser
dosados judiciosamente, no livro didtico, o uso da intuio, de fatos do
dia-a-dia e o emprego de variados materiais instrucionais. O livro deve,
alm disso, promover o desenvolvimento da capacidade de raciocinar, de
fazer abstraes a partir de situaes concretas, de globalizar, organizar e
representar, entre outras. A abordagem dos contedos e procedimentos e a
opo metodolgica adotada devem levar em conta o aluno dessa faixa de
escolaridade, sem subestim-lo ou superestim-lo. O texto subestima o aluno
quando desconsidera a riqueza e a variedade de experincias e interesses que
ele traz para a escola. O aluno tambm subestimado com a apresentao
de situaes, problemas e atividades que no exercitam sua imaginao e
criatividade. O aluno superestimado quando o texto o supe j capaz de um
raciocnio abstrato plenamente desenvolvido, e apresenta a Matemtica de
um ponto de vista formal, sem explorao de seus significados; ou quando o
texto usa uma linguagem acima da compreenso infantil. Alm disso, o uso da
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica22
Matemtica torna relevante uma inter-relao de seus contedos, articulando
efetivamente os blocos dos nmeros e operaes; geometria; grandezas e
medidas; e tratamento da informao. O manual do professor deve oferecer
sugestes de atividades com objetivos claros que levem ao desenvolvimento
de habilidades mentais, construo de conceitos e construo gradativa
da linguagem matemtica. A construo dessa linguagem no acontece por si
s e no conseqncia, como num passe de mgica, da simples observao
de uma ilustrao como, por exemplo, de um agrupamento de objetos.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 23
uuuu uuuuu uuuuuuu uuuu
uuuuuuuuuuuu uuu
uuu uuuu
Consideraes gerais sobre as colees aprovadas
Esta parte do Guia apresenta uma sntese da avaliao das obras
resenhadas. De incio, faz-se um breve histrico das avaliaes de 1 a 4
srie. Seguem-se consideraes sobre caractersticas gerais do conjunto das
colees inscritas no PNLD/2007, segundo alguns dos critrios da avaliao
realizada.
Histrico das avaliaes dos livros de Matemtica de 1 a 4 srie
Para situar historicamente o presente PNLD, convm recuperar
as informaes sobre os resultados das cinco avaliaes realizadas neste
Programa, em 1997, 1998, 2000, 2004 e 2007.
Para a compreenso dos dados, necessrio saber que, na avaliao de
livros de 1 a 4 srie em 1997, alm da categoria de livros excludos havia
a categoria de livros no-recomendados, os quais, embora considerados
inapropriados para o uso em sala de aula, podiam ser escolhidos pelos
professores. Essa categoria desapareceu j na avaliao seguinte, em 1998. Na
tabela abaixo, os livros no-recomendados em 1997 so computados como
excludos. Alm disso, desde o PNLD de 2004, s foi possvel inscrever
colees completas para avaliao, que passaram a ser aceitas ou recusadas
em bloco. At ento, uma coleo podia ter alguns livros aceitos e outros
recusados. Isso explica a diferena marcante na quantidade de obras entre as
avaliaes feitas at 2000 e as efetuadas aps esse ano. Na tabela e no grfico
a seguir, relativos s avaliaes de 1997, 1998 e 2000, a unidade o livro. J
para 2004 e 2007, a unidade a coleo, um conjunto de quatro livros.
A evoluo do nmero de obras de Matemtica de 1 a 4 srie, inscritas
para os PNLD nas avaliaes mencionadas, a seguinte:
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica2
Desempenho das obras de matemtica de 1 a 4 sries na avaliao do PNLD.
O grfico a seguir ilustra os dados da tabela:
Ao longo do perodo, observa-se uma diminuio percentual de obras
excludas. E mais, o aumento do nmero de ttulos aprovados no processo
de avaliao pode indicar a melhoria da qualidade dos livros de Matemtica
para o Ensino Fundamental. A despeito disso, ainda continua a haver um
percentual no desprezvel de obras excludas, o que mostra a relevncia do
processo de avaliao.
O aumento do nmero de colees submetidas, mostrado na tabela
anterior, pode significar uma ampliao no investimento em produo de
livros didticos e o interesse do mercado editorial em participar do PNLD.
Das 42 colees analisadas para o PNLD/2007, 20 so colees novas, e 22
so colees j apresentadas em avaliaes anteriores.
ANO 1997 1998 2000/2001 2004 2007
N % N % N % N % N %
Aprovadas 63 54 57 63 79 65 31 94 35 83
No-aprovadas 53 46 33 37 43 35 2 6 07 17
Inscritas 116 100 90 100 122 100 33 100 42 100
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 2
Distribuio das colees de Matemtica, avaliadas no PNLD/2007, por editora:
Editora Nmero De Obrastica 4Base 1
Editora do Brasil 4Didtica paulista 1
Dimenso 1Escala educacional 2
Educarte 1Ftd 7Ibep 4
Moderna 2Positivo 2Quinteto 1Saraiva 8
Scipione 4Total 42
Seleo e distribuio dos contedos
Os contedos matemticos recomendados para as sries iniciais do
Ensino Fundamental costumam ser classificados em quatro grandes blocos:
nmeros e operaes; geometria; grandezas e medidas; e tratamento da
informao. Nessa fase da escolaridade consensual que se privilegie o ensino
dos nmeros e das operaes. Nesta avaliao admitiu-se como satisfatrio
que a obra dedicasse, em percentuais aproximados, 50% de seu texto ao
bloco de nmeros e operaes e que distribusse o restante entre os demais
blocos. Nas obras analisadas, observou-se que 40% delas cumpriam esse
requisito mas, em aproximadamente 34%, a ateno dedicada aos nmeros
e operaes era um pouco acima do percentual adotado e, em cerca de 26%,
ela chega a ser excessiva. Nos dois ltimos casos, resulta disso um prejuzo
para o ensino dos outros trs blocos.
Tem sido defendida a concepo de que os alunos constroem um dado
conceito no decorrer de um longo perodo de aprendizagem. Alm disso,
os estudos em Educao Matemtica mostram que um conceito nunca
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica2
isolado, mas se integra a um conjunto de outros conceitos por meio de
um feixe de relaes. Essas idias levam a um tipo de ensino em que os
mesmos contedos so revisitados, de forma progressivamente ampliada e
aprofundada, durante todo o percurso escolar. Por sua vez, tal modelo de
ensino influencia a elaborao de obras didticas em que os contedos esto
distribudos em cada livro e ao longo da coleo, em unidades ou captulos
dedicados, alternadamente, a assuntos de cada um dos blocos mencionados
acima, e nos quais os conceitos e procedimentos so abordados, retomados
e ampliados. Todas as obras avaliadas procuraram adaptar-se a esse modelo.
Em aproximadamente 69% delas, esse tipo de distribuio feito de
forma satisfatria, ao passo que em outras 17% essa opo resultou em
uma alternncia excessiva, que pode prejudicar a aprendizagem. O restante
14% das colees apesar de distribuir alguns dos blocos de contedos ao
longo dos captulos ou unidades, manteve os outros blocos concentrados e
estanques.
No modelo de ensino mencionado no pargrafo anterior, o grande
desafio conseguir articular os vrios momentos em que um assunto
abordado, bem como articular os diversos campos de contedos, para que se
evitem o excesso de repeties e a fragmentao. A esse respeito, observa-se
que cerca de 50% das obras avaliadas so bem sucedidas no estabelecimento
das vrias articulaes mencionadas, enquanto que 17% atendem muito
pouco a esse requisito. As 34% restantes apresentam graus intermedirios
de articulao.
Abordagem dos contedos
Nmeros e operaes
Nesse bloco de contedos, sem dvida, a parte fundamental consiste no
estudo dos nmeros naturais e das quatro operaes fundamentais com eles.
A anlise das colees avaliadas mostra um quadro geral positivo. A maioria
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 2
das obras aborda de forma satisfatria os contedos acima mencionados.
Mais particularmente, nas colees so explorados de maneira apropriada:
os diversos significados dos nmeros naturais e das quatro operaes
fundamentais; a leitura e a escrita no sistema decimal de numerao; os
algoritmos convencionais das operaes com naturais; e a relao de
ordem nos naturais. Apesar disso, h, ainda, colees que trazem algumas
deficincias. Em particular, apresentam de maneira restrita os significados
dos nmeros ou das operaes. Ou, ainda, conduzem de forma muito
diretiva construo dos algoritmos convencionais, com pouca interao
com as estratgias de clculo prprias dos alunos.
No Ensino Fundamental, tem sido muito enfatizada a necessidade
do desenvolvimento das habilidades de clculo mental e de estimativa de
resultados de operaes e de medidas, bem como do uso apropriado da
calculadora. O clculo mental abordado na maioria das colees avaliadas.
Em muitas delas, feito um bom trabalho pedaggico para a construo dessa
competncia indispensvel na formao matemtica do aluno. Contudo, em
outras, as estratgias de clculo mental so apresentadas, mas o aluno
pouco incentivado a utiliz-las. As atividades envolvendo estimativas, ainda
que menos presentes nas obras analisadas, merecem tambm a ateno
da maioria delas. A calculadora apresentada em quase todas as colees.
O trabalho pedaggico com esse instrumento muito diversificado. Em
alguns casos restrito familiarizao com o instrumento e realizao de
operaes, j em outros, assume papis mais diversificados, como ferramenta
para a compreenso da estrutura do sistema numrico ou para descoberta de
regularidades. Apesar de menos freqentes, atividades em que se estabelece
uma interao entre o clculo mental e o uso da calculadora so tambm
propostas em algumas das colees.
Desde cedo, no seu cotidiano, a criana entra em contato com idias de
metade do time, a quarta parte do cordo, um tero do comprimento
da mesa, meio quilo de feijo, e muitas outras. Dessas noes intuitivas,
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica2
o conceito de nmero racional diversifica-se e torna-se mais complexo,
para abrigar vrios significados relao parte/todo, operador, quociente
de naturais, relao parte/parte e para incluir diversas representaes
numricas frao, nmero decimal, porcentagem. Os racionais, alm
disso, surgem em situaes que envolvem, quase sempre, uma grandeza, seja
discreta (uma coleo de objetos ou entidades), seja contnua (comprimento,
rea, volume, massa etc.). Lidar com a diversidade acima esboada um
desafio importante para o ensino de Matemtica nessa fase da escolaridade.
Todas as colees avaliadas incluem as fraes e os nmeros decimais entre
os seus objetivos de ensino. Mas h claras diferenas entre elas, que esto
expressas nas resenhas deste Guia. Em particular, em muitas, opta-se por
no tratar das operaes fundamentais de adio e subtrao, no caso de
fraes com denominadores diferentes, e da multiplicao e diviso de
fraes, que so deixadas para etapas posteriores da escolarizao. Essa
opo encontra amparo nos estudos de Educao Matemtica e, nesta
avaliao, foi aceita como um dos critrios para a seleo adequada de
contedos. A representao decimal dos nmeros racionais assume cada
vez mais importncia nas prticas sociais e, por isso, torna-se um contedo
imprescindvel no ensino. Em todas as obras avaliadas os nmeros decimais
so estudados, ainda que haja diversidade de tratamentos, como se procurou
retratar nas resenhas. Na maioria das colees, destaca-se a articulao dos
decimais com o sistema monetrio, esse ltimo muito abordado nas obras
avaliadas. Em muitas delas, tambm, prevalece a opo de deixar o estudo
da multiplicao e da diviso entre decimais para sries posteriores. A idia
de porcentagem est presente no dia-a-dia e pode ser iniciada na primeira
fase do Ensino Fundamental. Esse ponto de vista seguido pela maioria das
colees apresentadas neste Guia.
Quando so adotados os quatro blocos de contedos para a primeira
fase do Ensino Fundamental, mencionados neste documento, inclui-se no
primeiro deles nmeros e operaes os conhecimentos do campo da
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 2
lgebra que so julgados apropriados para essa etapa da formao escolar.
Embora no haja, ainda, pontos de vista consolidados sobre quais devam ser
esses contedos de lgebra, consensual que a explorao das regularidades
em seqncias numricas ou de figuras um desses contedos e ele
abordado em muitas das obras deste Guia. Uma outra questo que se inclui
na iniciao lgebra a determinao do elemento desconhecido em uma
igualdade matemtica. Isso ocorre, muitas vezes, associado s operaes
inversas. Por exemplo, determinar o nmero que, multiplicado por cinco,
igual a vinte. Tais atividades esto presentes em muitas das colees
analisadas, embora outras no tenham abordado esse contedo.
Em algumas atividades pede-se para completar seqncias de nmeros,
figuras ou smbolos, com base no conhecimento de alguns de seus termos.
Tais atividades podem ser importantes na construo do pensamento
algbrico, mas no se deve induzir o aluno a pensar que tais questes
admitem apenas uma soluo, pois diferentes seqncias podem ajustar-se
aos termos fornecidos. De fato, em Matemtica uma seqncia no implica
na repetio de padres, apenas na enumerao de objetos.
Geometria
Os conhecimentos geomtricos nas sries iniciais do Ensino
Fundamental esto associados explorao do espao e dos movimentos,
e so adquiridos, gradualmente, a partir das experincias no mundo
fsico e das interaes propiciadas pelas diversas formas de linguagem. A
sistematizao do conhecimento geomtrico identificao de propriedades,
classificao, conceituao precisa, comprovao, entre outras deve ser
feita progressivamente e com compreenso. As obras presentes no Guia
procuram, de diferentes formas, seguir a direo esboada acima. Muitas
delas so bem sucedidas nesse intento. Em outras, no entanto, h vrias
limitaes na construo do conhecimento geomtrico, como se indica a
seguir.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica30
Situar-se, reconhecer a posio dos objetos no espao, so capacidades
particularmente importantes. Por isso to necessrio incluir, no ensino,
atividades de localizao e de deslocamento nos espaos de dimenso um,
dois ou trs. O trabalho com mapas, plantas e croquis particularmente
indicado. Tais atividades, no entanto, so pouco valorizadas em muitas das
obras. Alm disso, desejvel que o professor fique atento a muitas atividades
que empregam o plano cartesiano ou as malhas quadradas, pois muitas vezes
gera-se ambigidade ao se lidar com a localizao de pontos ou de regies
quadradas. A capacidade de visualizar fundamental na geometria, tanto no
sentido de captar e interpretar as informaes visuais, como no de expressar
as imagens mentais por meio de representaes, grficas ou no. O trabalho
com as diversas formas de representao grfica vistas, perspectivas, ou
outras muito limitado em vrias das colees resenhadas. Atividades de
desenhar apoiadas ou no em instrumentos ou de construir modelos
concretos de objetos geomtricos planificaes, maquetes etc. so
propostas em todas as colees do Guia, mas, em muitas delas no h real
incentivo sua realizao. Por sua vez, a sistematizao da geometria, em
alguns casos, conduzida de forma apressada, noutros de maneira repetitiva,
e, freqentemente, com nfase na fixao da nomenclatura das figuras
geomtricas e de seus elementos constitutivos.
A noo de semelhana em geometria trabalhada em muitas das obras
aprovadas no PNLD/2007. Est associada, por exemplo, a atividades de
ampliao ou reduo de figuras planas, com emprego ou no de malhas. A
leitura de plantas e mapas com escalas tambm freqentemente proposta.
Trata-se, no entanto, de um conceito cuja construo demanda um longo
tempo, e somente ser consolidada em etapas posteriores da escolaridade.
Por isso, o professor deve ter cautela, em particular com o conceito de
escala, que aparece com imprecises em algumas colees e com pouca
conexo com as idias de razo e de proporcionalidade, em outras obras.
Deve, ainda, reservar o termo semelhana, em geometria, para situaes
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 31
em que ela realmente ocorra e evitar empreg-la no sentido da linguagem
do cotidiano. Por exemplo, a associao entre objetos do mundo fsico com
suas representaes no envolve o conceito geomtrico de semelhana,
como, por vezes, empregado.
H algum tempo, recomenda-se o estudo de simetria no Ensino
Fundamental. Essa recomendao justifica-se pela inegvel importncia do
conceito, tanto no campo cientfico, como nas demais atividades humanas.
Simetria , sem dvida, um dos princpios bsicos para a formulao de
modelos matemticos para os fenmenos naturais. De modo amplo,
simetria esteve sempre associada s idias de harmonia, equilbrio, repetio,
uniformidade ou igualdade entre partes constituintes de um objeto ou de sua
representao. Sua importncia considerada, inclusive, em situaes nas
quais a simetria no desejada.
Do ponto de vista matemtico, mas no formal, o conceito de simetria
envolve trs noes bsicas: um conjunto de elementos; uma transformao
interna desse conjunto em si mesmo; a existncia de um subconjunto desse
conjunto maior que fica invariante quando submetido a tal transformao.
Os exemplos mais simples de simetria surgem na geometria, nos casos
em que o conjunto mencionado o plano, a transformao uma de suas
isometrias e o subconjunto em causa uma figura simtrica em relao a tal
isometria. Mais particularmente, se a isometria a reflexo em relao a uma
reta (eixo de simetria), diz-se que a figura possui simetria de reflexo. Ainda
no plano, a rotao em torno de um ponto uma isometria que d origem
a figuras com simetria de rotao alis, muito pouco presente nos livros
didticos atuais.
Quase todas as colees que constam deste Guia apresentam atividades
em torno do conceito de simetria. Muitas dessas atividades so adequadas para
o incio da construo desse conceito pela criana, em particular, aquelas que
se valem da construo de figuras simtricas. No entanto, vrias limitaes
foram observadas em algumas das colees, que merecem a ateno do
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica32
professor para que se favorea uma melhor aprendizagem do conceito. Por
exemplo, so consideradas, de forma indiscriminada, as noes de figura
simtrica e de simtrico de parte de uma figura. Embora corretas, tais
noes so decorrentes de conceituaes distintas de simetria. Convm,
assim, cuidar para que essa ambigidade no dificulte a aprendizagem.
Outra limitao surge nas numerosas atividades em que se pede para o aluno
identificar figuras simtricas pela visualizao de representaes (fotos,
desenhos etc.) de objetos tridimensionais. Fala-se, nesses casos, de eixo de
simetria, sem que fique claro que tal eixo pode existir numa representao
plana do objeto, mas que, no espao tridimensional, haveria no um eixo, mas
um plano de simetria. Essa limitao agrava-se quando a representao plana
considerada uma perspectiva do objeto espacial, na qual o possvel plano
de simetria corresponde a uma reta que no , sequer, um eixo de simetria
do desenho do objeto. Ainda um outro ponto a ser observado, que vrias
colees incluem as cores dos desenhos como critrio de simetria. Apesar de
ser defensvel tal ponto de vista, luz de uma conceituao ampla de simetria
seria desejvel que ficasse explcita a incluso da cor uma propriedade no-
geomtrica como critrio de produo de figuras simtricas. Essa explicitao
feita em algumas colees, mas omitida em outras.
Observa-se, ainda, em grande parte das obras, que a simetria est mais
ligada a contextos das artes plsticas e da arquitetura, deixando-se de explorar
sua importncia na Matemtica e nas cincias. Muitas vezes, o estudo da
simetria fica isolado dos demais contedos matemticos de outros campos
do conhecimento.
Grandezas e medidas
Os educadores matemticos, em nosso pas como no exterior, tm
atribudo um lugar de destaque para o ensino das grandezas e medidas. Isso
reflete o reconhecimento de que as grandezas e suas medidas esto presentes
nas atividades humanas desde as mais simples at as mais elaboradas da
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 33
tecnologia e da cincia. Na Matemtica, o conceito de grandeza tem papel
importante na atribuio de significado a outros conceitos centrais como os
de nmero natural, inteiro, racional, irracional etc. Alm disso, um campo
que se articula com a aritmtica, a geometria e a lgebra e contribui de forma clara
para estabelecer ligaes entre a Matemtica e outras disciplinas escolares.
De maneira geral, as obras aprovadas no PNLD/2007 seguem a
tendncia do ensino atual de valorizar o estudo das grandezas e medidas.
Muitas dessas colees abordam pontos relevantes no ensino desse contedo.
No entanto, em quase todas, podem ser apontadas limitaes e desejvel
que os professores fiquem atentos a elas.
Nessa fase da escolaridade, as grandezas mais prximas do cotidiano
so construdas pelas crianas com apoio em experincias concretas de
comparao e de medio. Comparar os comprimentos de dois caminhos
(ou de dois objetos alongados), as capacidades de dois recipientes, as massas
(pesos) de dois corpos, as duraes de dois eventos, so exemplos de
situaes em que no necessrio efetuar medies, mas apenas estabelecer
uma relao maior, menor, igual entre as grandezas. Essas atividades
podem contribuir para uma abordagem intuitiva das grandezas e, ao mesmo
tempo, favorecer a compreenso das especificidades de cada uma delas. Esse
tipo de atividade muito pouco freqente na maioria das obras presentes
neste Guia. Tambm so raras as atividades que procuram desenvolver a
importante habilidade de estimar a medida de grandezas.
A medio um processo complexo, que envolve escolha de uma
unidade de medida e emprego de procedimentos apropriados, muitos
deles apoiados em instrumentos rguas, relgios, balanas, recipientes
graduados, entre muitos outros. Nesse processo, atribui-se, a uma grandeza,
um nmero, que a medida da grandeza na unidade escolhida. A histria
desses processos de medio tem estreita ligao com a evoluo tecnolgica
e cientfica das culturas humanas. Em particular, a gradual padronizao
das unidades de medidas conduziu ao estabelecimento do sistema mtrico
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica3
decimal e, posteriormente, do Sistema Internacional de Medidas, que hoje
amplamente utilizado. No ensino, importante que se d oportunidade ao
aluno de efetuar medies de forma intuitiva, com o emprego de unidades
no-convencionais e prximas de seu dia-a-dia. Tais atividades podem
contribuir para a compreenso do carter arbitrrio da unidade e para
desenvolver a habilidade de adequar a unidade grandeza a ser medida.
Muitas das obras avaliadas acompanham esse ponto de vista na sua proposta
de atividades. Outras, no entanto, apressam-se em introduzir as unidades
do padro internacional. H, tambm, algumas colees que se detm de
forma excessiva em atividades de converso de mltiplos ou submltiplos
de unidades convencionais.
inerente a todo processo de medio no mundo fsico o fato de
que a medida produzida sempre aproximada. Nas colees, so pouco
exploradas atividades que, gradualmente, levem o aluno a compreender e
utilizar o conceito de aproximao das medidas. O trabalho com malhas
quadriculadas um excelente contexto para o estudo do conceito de medida
de rea e proposto em muitas das obras aprovadas. Mas, so raras as que se
valem das malhas para a abordagem da noo de rea aproximada de figuras
de contornos curvos.
Outro ponto a comentar diz respeito ao ensino dos conceitos de
capacidade e de volume. No mundo fsico, um objeto tridimensional ocupa
parte do espao ambiente e a esta parte associa-se um modelo que pode
ser denominado figura geomtrica, ou slido geomtrico. Tais so os
cubos, cilindros, esferas ou outros, sem denominao especial. A esses
slidos geomtricos, por sua vez, associa-se a grandeza volume. H, por
isso, duas entidades a considerar: a figura geomtrica e seu volume. Elas
esto estreitamente ligadas, mas no se confundem, pois diferentes figuras
podem ter o mesmo volume, ou seja, podem ocupar a mesma quantidade
de espao. Quando o objeto em causa um recipiente objeto com espao
interno disponvel surge o conceito de capacidade, que nada mais do
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 3
que o volume da parte interna de tal objeto. Assim, capacidade e volume
so a mesma grandeza, em contextos diferentes. Ao lado disso, h estreita
ligao entre a capacidade de um recipiente e volume de lquidos que podem
ser nele depositado. Tal ligao resulta das propriedades fsicas da matria
em estado lquido e faz com que se possa utilizar a quantidade de lquido
contido para dar a idia de capacidade de recipientes, ou mesmo, para
comparar capacidades de recipientes. No entanto, o emprego da expresso
acima pode levar idia de que a quantidade do lquido contido a massa
do lquido contido, o que gera a confuso entre duas grandezas distintas,
volume e massa. Por isso, preciso cautela no emprego da expresso e no
seria adequado tom-la como definio desse conceito matemtico, pois
a capacidade de um recipiente no depende de haver lquido, ou qualquer
outro tipo de material, nele. Alm do mais, nos recipientes que so usados
no dia-a-dia, o volume ocupado pelos lquidos que eles contm sempre um
pouco menor do que a capacidade total desse recipiente.
Tratamento da informao
No tratamento da informao em que esto includas estatstica,
probabilidade e combinatria, so cada vez mais relevantes situaes que
envolvem dados da realidade fsica ou social, os quais precisam ser coletados,
selecionados, organizados, apresentados e interpretados criticamente.
tambm importante saber fazer inferncias com base em informaes
qualitativas ou dados numricos e lidar com o conceito de chance. Nessa
fase da escolaridade, o princpio multiplicativo da contagem pode ser um
bom organizador para a contagem de possibilidades, o que por sua vez
abre caminho para problemas simples mas relevantes e interessantes de
probabilidade. Em quase todas as colees avaliadas, os grficos e tabelas
so utilizados, em menor ou maior grau, ao longo de todas as unidades e
captulos. Algumas delas reservam um ou dois captulos nas duas ltimas
sries para o estudo mais detalhado do tratamento da informao.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica3
Nas 35 colees aprovadas, pode-se dizer que 82% j incluem atividades
de leitura e interpretao de dados em grficos e tabelas. Um nmero bem
menor das colees, aproximadamente 31%, vai alm e apresenta atividades
em que o aluno deve coletar e organizar dados. Uma percentagem ainda
menor, 28%, discute conceitos como possibilidade, chance, probabilidade,
princpios de contagem. A maior parte se limita a apresentar grficos de
barras ou de setores. Poucos so os grficos de linha e freqentemente
grficos de barras so denominados impropriamente de histogramas.
O trabalho com grficos e tabelas articulado com os outros campos
da Matemtica tem sido bem explorado nas obras. A organizao de dados
matemticos em tabelas aparece em diversas colees resenhadas como
meio de favorecer a aprendizagem de contedos matemticos, como as
propriedades das operaes fundamentais. No entanto, por vezes, observa-
se o uso de grficos e/ou tabelas com contedos matemticos ou de
outras reas de conhecimento inacessveis leitura do aluno nessa fase de
escolaridade.
Deve-se ressaltar que, no bloco tratamento da informao, as maiores
deficincias das colees de Matemtica para o Ensino Fundamental esto
na abordagem dos conceitos de chance, probabilidade e possibilidade.
Encontram-se, por exemplo, confuses entre as noes de probabilidade e
de possibilidade. Igualmente problemtica a tentativa de introduzir a noo
de probabilidade em termos da freqncia de ocorrncia de um evento. Em
alguns poucos casos, so apresentadas noes de medidas de tendncia
central, que muitas vezes esto num nvel de aprofundamento no indicado
para esta fase da escolaridade. So encontradas, ainda, srias deficincias no
trabalho com a combinatria.
Metodologia de ensino-aprendizagem
Como parte da metodologia de ensino-aprendizagem adotada nas
colees avaliadas, os alunos so chamados a realizar tarefas de vrios tipos,
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que neste Guia foram denominadas, de forma genrica, atividades. Nelas
esto includas: situaes-problema; exerccios de aplicao dos conceitos
e procedimentos apresentados; exerccios de fixao; desafios; jogos;
levantamento de dados; leitura de textos; entre muitos outros.
A avaliao das colees inscritas no PNLD/2007 com respeito
metodologia de ensino-aprendizagem revela algumas caractersticas gerais
que esto presentes nas obras. Em todas elas, h a inteno de atribuir ao
aluno um papel mais ativo na sua aprendizagem e no ser o de informaes
fornecidas pelo livro ou pelo professor. Em linhas gerais, as colees incluem
as informaes, as explanaes sobre o contedo visado e as sistematizaes
so feitas de forma entremeada com seqncias de atividades propostas aos
alunos. Alm disso, em geral, os contedos matemticos so apresentados
em contextos significativos e h, quase sempre, muita diversidade de
tipos de atividades. No entanto, podem ser identificados, para alm desse
terreno comum, trs grupos. Num primeiro, que inclui cerca de metade das
colees, dada a oportunidade efetiva para que o aluno atribua significado
aos contedos e deles se aproprie. Isso feito de diferentes maneiras,
combinando-se algumas das seguintes aes propostas aos alunos: dialogar
com o livro; estabelecer relaes; levantar hipteses; confrontar idias;
resolver desafios; utilizar material concreto; participar de jogos; elaborar
problemas; registrar e discutir estratgias; interagir com os colegas ou
com o professor; sistematizar os contedos. Em outro grande grupo das
obras avaliadas, a despeito de se prever a participao do aluno, por vezes
tambm apoiada nas aes acima mencionadas, adota-se um procedimento
diretivo, em que o aluno conduzido rapidamente a tomar conhecimento do
contedo visado, com pouca oportunidade para fazer experimentaes, para
buscar estratgias prprias. Nesses casos, so freqentes as sistematizaes
apressadas e generalizaes a partir de poucos exemplos. Alm desses dois
grandes grupos, h ainda um nmero reduzido de colees, nas quais esse
aspecto diretivo agravado porque, aps a explanao de um contedo,
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seguida de exemplos, apenas solicitado ao aluno que resolva exerccios de
aplicao ou de fixao dos contedos ensinados.
No segundo grupo de colees, grande parte do processo de
sistematizao feita no prprio livro e, quase sempre, deve ser apenas
complementado pelo professor ou pelo aluno. No primeiro tipo de coleo,
observa-se maior diversidade de modelos. Em alguns casos, grande parte da
tarefa de organizar os contedos deixada aos alunos e ao professor, seja
pela escassez de textos com sistematizaes, seja porque esses so breves e
esparsos.
Observa-se ainda que em diversas das colees, a metodologia adotada
varia de campo para campo da Matemtica, e em alguns casos de volume
para volume.
Contextualizao
O uso de situaes contextualizadas tem sido defendido com vrios
objetivos. Em um sentido, visa-se facilitar a compreenso dos significados
matemticos e aproximar a matemtica escolar do seu uso nos diversos
contextos, mostrando-a como um saber inserido na cultura e na histria.
Em outro sentido, o objetivo o de receber as contribuies do estudo
dos fenmenos de outros contextos para o desenvolvimento de saber
matemtico.
Na introduo de um conceito matemtico, comum se buscar
uma situao no mundo fsico a qual se possa associar tal conceito. Esse
procedimento muito importante, em especial nessa fase da escolaridade, em
que o conhecimento intuitivo ocupa um lugar de destaque. preciso cautela,
no entanto, para que no sejam criadas dificuldades para a aprendizagem.
Um caso que ocorre em algumas colees analisadas o de introduzir o
conceito de retas paralelas, um dos mais bsicos da geometria, com base
na idia de ruas paralelas numa cidade. necessrio que se discutam os
limites dessa correspondncia e a diferena entre o significado matemtico
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 3
do termo paralela e o seu significado no contexto do cotidiano. Essa dificuldade
agravada, tambm, noutras obras em que se opta por introduzir, primeiramente, o conceito
de segmentos paralelos novamente com base nas ruas paralelas para, em seguida,
definir retas paralelas, quando se deveria adotar a ordem inversa: primeiro, o conceito de
retas paralelas e, depois, o de segmentos paralelos.
As colees resenhadas procuram contextualizar os contedos de vrias maneiras:
nas prticas sociais, por exemplo, em situaes de compra e venda, de salrios, contas
de servios, entre outras; na Matemtica ou na histria da Matemtica; e em outras
reas do conhecimento, especialmente Geografia, Sade, Meio ambiente. No entanto, as
contextualizaes mais freqentes so as que exploram as relaes da Matemtica com as
prticas sociais e com o mundo infantil, em especial os jogos. Em algumas das colees, esse
o nico tipo de contextualizao utilizado. As contextualizaes histricas muitas vezes
se resumem a referncia a fatos pitorescos sobre matemticos, embora se encontrem bons
exemplos, como a histria de nosso sistema monetrio e do sistema mtrico decimal, entre
outras.
Alm disso, por vezes, nas obras analisadas, as contextualizaes limitam-se apenas a
dar informaes que podem ser curiosas, mas no so significativas para a aprendizagem, ou
servem somente de pretexto para a obteno de nmeros que sero usados nas operaes
matemticas. Noutros casos, a Matemtica apresenta-se inserida de forma artificial no
contexto, pois os dados envolvidos no so compatveis com a realidade.
Construo da cidadania
Podem ser expressas de mltiplas formas as contribuies de um livro didtico para a
formao integral do aluno e para torn-lo consciente de seu papel como membro de uma
comunidade. No entanto, apenas alguns aspectos so aqui mencionados. Em primeiro lugar,
contribuem para a construo da cidadania aquelas colees que valorizam a participao
efetiva do aluno na sua aprendizagem e incentivam sua autonomia. Entre as colees
deste Guia um nmero significativo pode ser includo nesse grupo, como possvel ler nas
resenhas. Outra caracterstica que favorece o desenvolvimento da capacidade de conviver
harmonicamente em sociedade e de respeitar as diferenas entre as pessoas o estmulo ao
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trabalho em equipe. Tambm nesse caso, encontram-se muitas obras neste
Guia que atendem a esse requisito.
No se deve esquecer, tambm, que conscientizar o aluno do contexto
social em que est inserido, o auxilia a se formar como um cidado crtico.
Nesse sentido, deve-se procurar desenvolver competncias matemticas que
contribuam mais diretamente para o aluno compreender questes sociais
vinculadas, num primeiro momento, sua comunidade e progressivamente
sociedade mais ampla. Observa-se nas colees a explorao de situaes
relevantes para a formao do cidado consciente. No entanto, em muitos
casos, as situaes propostas no vm acompanhadas de atividades que
favoream uma reflexo sobre a importncia da Matemtica no contexto.
Na obras analisadas, nota-se, ainda, nfase em situaes do contexto urbano,
com referncia a bens de consumo acessveis apenas a determinadas classes
sociais e, alm disso, a diversidade regional de nosso pas no devidamente
levada em conta.
Manual do Professor
Quase todos os manuais do professor seguem um padro comum:
uma cpia do livro do aluno, com respostas das atividades e sugestes e
comentrios para auxiliar o professor em seu trabalho em sala de aula; e um
suplemento pedaggico, tambm dividido em duas partes: uma comum, que
procura explicitar os pressupostos terico-metodolgicos que orientaram
a elaborao da coleo, e que pode incluir textos relativos s concepes
sobre o ensino-aprendizagem da Matemtica, o papel da Matemtica no
Ensino Fundamental, a avaliao em Matemtica, entre outros; e uma parte
especfica a cada livro, com comentrios sobre como trabalhar as unidades
ou captulos do livro. Somente duas colees se afastam desse modelo, por
apresentarem suplementos pedaggicos iguais para todas as sries, com
comentrios e sugestes para as unidades e captulos das quatro sries em
cada volume.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica 1
No conjunto das colees avaliadas, 17% destacam-se pela qualidade
do manual do professor, quer no cuidado com a fundamentao terico-
metodolgica e com concepes sobre ensino e avaliao; quer na
qualidade das sugestes para o trabalho em sala de aula e para a formao
continuada do professor; quer, ainda, pela apresentao de ricas atividades
complementares s que se encontram no livro do aluno. Aproximadamente
57% das colees apresentam manuais bem elaborados, que fornecem
boa ajuda para o trabalho do professor e o auxiliam em sua formao. Por
outro lado, aproximadamente 26% das colees tm manuais que no so
de grande valia como auxiliares do professor, em alguns ou em todos dos
aspectos mencionados acima.
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GUIA DE LIVROS DIDTICOS - PNLD 2007 Matemtica2
uuuu uuuuu uuuuuuu uuuu
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uuu uuuu
Ficha de avaliao
Cdigo da coleoCdigo do pareceristaClassificao (Excluda ou aceita)
Para cada item da ficha, o parecerista deve indicar umas das opes: Sim, Parcialmente ou No. Nos itens que se referem a critrios de excluso h, apenas, as opes Simou No.Para efeito desta avaliao, o termo contedo significa: conceitos, relaes entre conceitos, procedimentos e algoritmos matemticos.
I Descrio sumria da coleo de livros didticos
(Estrutura da obra. Sumrio dos contedos)
II Aspectos terico-metodolgicos 1. Contedo matemtico1.1 A coleo apresenta adequadamente os conhecimentos relativos a nmeros e operaes; geometria; grandezas e medidas; tratamento da informao, quanto a:1.1.1 seleo1.1.2 distribuio1.1.3 articulao entre o conhecimento novo e o j abordado1.1.4 articulao entre os diferentes significados de um mesmo contedo
1.1.5 articulao entre os diversos campos da Matemtica1.1.6 articulao entre as diferentes representaes matemticas (lngua materna, linguagem simblica, desenhos, grficos, tabelas, diagramas, cones etc.)
1.1.7 equilbrio entre conceitos, procedimentos e algoritmos1.1.8 sistematizao dos contedos
1.2 A coleo apresenta os contedos sem:1.2.1 erro conceitual1.2.2 induo ao erro
1.3 Na coleo, os conhecimentos matemticos so contextualizados de forma significativa, no que diz respeito:
1.3.1 s prticas sociais atuais1.3.2 histria da Matemtica1.3.3 a outras reas do conhecimento
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2. Formao de conceitos, habilidades e atitudes2.1 A coleo contribui para a compreenso dos conceitos e procedimentos matemticos, favorecendo a atribuio de significados aos contedos
Nos itens 2.2, 2.4 e 2.6, as opes a serem indicadas pelos pareceristas so Com destaque, Suficientemente ou Raramente.
2.2 A coleo favorece o desenvolvimento de competncias complexas como: 2.2.1 observar, explorar e investigar2.2.2 estabelecer relaes, classificar e generalizar
2.2.3 argumentar, tomar decises e criticar2.2.4 visualizar2.2.5 utilizar a imaginao e a criatividade2.2.6 conjecturar e provar2.2.7 expressar e registrar idias e procedimentos
2.3 A coleo valoriza o papel do aluno na construo do conhecimento matemtico levando em conta, inclusive, seus conhecimentos:2.3.1 prvios2.3.2 extra-escolares
2.4 A coleo apresenta situaes que envolvem:2.4.1 questes abertas2.4.2 desafios
2.4.3 problemas com nenhuma soluo ou com vrias solues2.4.4 utilizao de diferentes estratgias na resoluo de problemas2.4.5 comparao de diferentes estratgias na resoluo de problemas2.4.6 verificao de processos e resultados pelo aluno
2.4.7 formulao de problemas pelo aluno2.4.8 clculo mental2.4.9 clculo por estimativa
2.5 A coleo incentiva a interao entre alunos
2.6 A coleo estimula a utilizao de recursos didticos diversificados:
2.6.1 materiais concretos2.6.2 recursos tecnolgicos2.6.3 leituras complementares
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3. Linguagem3.1 A linguagem utilizada na coleo adequada ao aluno a que se destina quanto:3.1.1 ao vocabulrio3.1.2 clareza da apresentao dos contedos e da formulao das instrues3.1 3 ao emprego de vrios tipos de textos
III. Construo da cidadania1 A coleo, no texto e nas ilustraes, livre de preconceitos ou esteretipos que levem a discriminaes de qualquer tipo
2 A coleo isenta de doutrinao poltica ou religiosa
3 A coleo apresenta-se sem publicidade de artigos, de servios ou de organizaes comerciais
4 A coleo respeita a proibio de trazer informaes que contrariem, de alguma forma, a legislao vigente, como o Estatuto da Criana e do Adolescente e o Estatuto do Idoso
5 A coleo estimula a construo de uma sociedade cidad, promovendo positivamente:5.1 a imagem da mulher5.2 a imagem de afrodescendentes e de descendentes das etnias indgenas5.3 as culturas afrobrasileiras e dos povos indgenas5.4 a discusso da temtica da no-violncia
6 A coleo estimula o convvio social e a tolerncia, abordando a diversidade das experincias humanas com respeito e interesse
7 A coleo trata igualmente os membros de uma camada social ou os habitantes de uma regio do pas
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IV. Estrutura editorial1. Parte textual1.1 A estrutura da coleo hierarquizada (ttulos, subttulos etc.) sendo evidenciada por meio de recursos grficos
1.2 Na coleo, a reviso isenta de erros graves
2. Qualidade visual2.1 Na coleo, os textos e ilustraes so distribudos nas pginas de forma adequada e equilibrada2.2 Na coleo, os textos mais longos so apresentados de forma a no desencorajar a leitura
3. Ilustraes3.1 As ilustraes da coleo:3.1.1 esto isentas de erros3.1.2 enriquecem a leitura dos textos, auxiliando a compreenso
V. Manual do Professor (MP)1 O MP explicita os pressupostos tericos e os objetivos que nortearam a elaborao da coleo
2 H coerncia entre os pressupostos tericos explicitados no MP e o livro do aluno
3 O MP emprega uma linguagem clara
4 O MP traz subsdios para a atuao do professor em sala de aula:4.1 apresentando orientaes metodolgicas para o trabalho com o livro do aluno4.2 sugerindo atividades diversificadas (projetos, pesquisas, jogos etc.) alm das contidas no livro do aluno4.3 apresentando resolues das atividades propostas aos alunos4.4 contribuindo para reflexes sobre o processo de avaliao do aluno
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5 O MP favorece a formao e a atualizao do professor:5.1 sugerindo leituras complementares5.2 apresentando a bibliografia utilizada pelo autor
5.3 indicando fontes de informao
VI. Outras observaesSe julgar necessrio, faa observaes adicionais
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Resenhas
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Coleo
Curumim - Matemtica024612
Conhecendo
Os livros da coleo so estruturados em unidades, que se
organizam em torno de habilidades matemticas ou de temas do
cotidiano. Essas unidades, nomeadas no sumrio, so, por exemplo:
Contando e fazendo trocas; Conhecendo o bairro; Conversando sobre a indstria
e o comrcio; Hbitos saudveis. O sumrio inclui, tambm, os contedos
e as atividades especiais das unidades. Cada uma dessas dividida em
captulos, que contm uma seqncia de atividades, alm de algumas
das sees: Desafio, Conversa com os colegas, Vamos jogar?, Que tal uma
brincadeira?, Um pouco de histria, Curiosidade, Pesquisa, Leitura e Diverso.
As informaes, explicaes, instrues e comentrios esto presentes
em textos ou em falas de personagens infantis que aparecem entre as
atividades. Algumas atividades so marcadas com o cone Em Grupo,
que indica a necessidade de interao entre alunos. O livro da 1 srie
apresenta materiais para recorte.
O Manual do Professor composto por uma cpia do Livro
do Aluno, com respostas e orientaes para as atividades, e por um
suplemento pedaggico. Comum aos quatro volumes, esse suplemento
contm: Uma conversa de professor para professor, Nossa concepo de
aprendizagem, Nossa proposta, Algumas consideraes sobre avaliao, e
Bibliografia. Oferece, ainda, a seo Comentrios e sugestes, especfica por
volume, com orientaes didticas por captulo.
....................................................................................................................Editora Saraiva
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Ana Ruth Starepravo
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Coleo 024612
Classificao; smbolos; figuras espaciais e planas; ordenao;
combinao; usos dos nmeros; comprimento; seqncias Algarismos;
comparao de quantidades e de nmeros; seqncias; ordenao;
problemas de adio e subtrao; comprimento; valor monetrio
Nmeros: usos, contagem, par e mpar, ordinais, seqncia; adio;
coleta de dados; tabelas e grficos Agrupamentos; tabelas; massa;
adio e subtrao: problemas; nmeros: decomposio, ordenao,
sistema decimal Nmeros: contagem; dezenas; comparao, estimativa,
antecessor e sucessor; adio e subtrao; grficos e tabelas Adio e
subtrao: estratgias e estimativas de clculo; decomposio de valor
monetrio; valor posicional Medida de tempo; figuras geomtricas;
localizao; adio e subtrao: problemas, algoritmos Multiplicao
e diviso: significados; ampliao de figuras, metade.
1 SrIE
2 SrIE Grficos e tabelas; calendrio; corpos redondos e poliedros; sistema
de numerao; multiplicao; significados da subtrao Multiplicao
e diviso: problemas; medidas de comprimento e de tempo; grficos
Problemas com as quatro operaes; decomposio, leitura e escrita
de nmeros Medidas de tempo; sistemas de numerao; sinais das
operaes, valor posicional; multiplicao e diviso: significados;
decimais e valor monetrio Medidas: comprimento, massa,
capacidade; multiplicao Multiplicao; tabuada; problemas com
as quatro operaes Localizao; mapas; milhar; algoritmos; figuras
espaciais; faces; polgonos; problemas com as quatro operaes.
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3 SrIE Sistema monetrio; grficos; planificao do cilindro; milhar,
numerao egpcia e decimal; problemas com as quatro operaes
Grficos; simetria; medida de tempo; numerao romana e decimal;
maquetes; mapas; ampliao de figuras Problemas de multiplicao,
diviso, adio; nmeros naturais e fraes; expresses numricas;
milhares; algoritmos: subtrao, multiplicao, diviso; grficos; lucro
e prejuzo Poliedros e corpos redondos: propriedades, classificao,
planificao; desigualdades; localizao; medida de tempo; valor
monetrio; problemas com medidas Fraes; grfico de setores;
nmero decimal; multiplicao e diviso: algoritmos; porcentagem
Nmeros decimais; aproximao; medidas: comprimento, massa,
capacidade, volume, dinheiro, rea, permetro; algoritmo da diviso;
polgonos; circunferncia e dimetro.
4 SrIE Numerao egpcia, romana e mesopotmica; poliedros; polgonos;
valor posicional; multiplicao: mtodo rabe Milho; grficos;
porcentagem; distncia; sistema mtrico decimal; escalas; ladrilhamento
Bilhes; grficos; estimativa; adio e subtrao como inversas;
medidas: tempo, temperatura; propriedades da adio Significados da
multiplicao; grficos; estimativa na diviso; permetro e rea; fraes:
nmero misto, decimais, comparao, operaes; nmero decimal e
medidas; expresses numricas; porcentagem; diviso: algoritmo
Poliedros: elementos; simetria; localizao; polgonos: elementos,
composio e decomposio; retas perpendiculares, paralelas e
concorrentes; ngulos; circunferncias; rea; equivalncia de fraes
Medidas e nmeros decimais; volume; probabilidade; grficos;
porcentagem; mltiplos e divisores; comparao de grandezas.
Coleo 024612
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Coleo 024612
A seleo dos contedos , em sua maior
parte, adequada, por contemplar os assuntos
n