Harmonia_Napolitano

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Acorde Napolitano Grupo de compositores italianos de ópera no século XVIII, e que estavam associados a cidade de Nápoles - “Escola Napolitana  Nicola Porpora (1686   1768), Giovanni Battista Pergolesi (1710   36), Niccolò Piccinni (1728   1800), Giovanni Paisiello (1740   1816), Domenico Cimarosa (1749   1801). O acorde Napolitano é mais um enriquecimento, mais uma variável do modelo cadencial:  Modelo Cadencial: I    ii (IV)    V    I (tônica/subdominante/dominante/tônica).

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Acorde Napolitano

Grupo de compositores italianos de ópera no século XVIII, e que estavamassociados a cidade de Nápoles - “Escola Napolitana” 

•  Nicola Porpora (1686 – 1768), Giovanni Battista Pergolesi (1710 – 36), Niccolò

Piccinni (1728 – 1800), Giovanni Paisiello (1740 – 1816), Domenico Cimarosa

(1749 – 

1801).• O acorde Napolitano é mais um enriquecimento, mais uma variável do modelo

cadencial:

 Modelo Cadencial: I – 

 ii (IV) – 

 V – 

 I (tônica/subdominante/dominante/tônica).

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• É uma tríade maior sobre o 2º grau escalar abaixado de um semitom; a

abreviatura será bemol II (bII).

• É também conhecido como II frígio, ou seja, ele é semelhante ao acorde do 2º

grau no modo frígio e que está a uma distância de semitom da tônica, neste caso,

modal.

Modo Frígio - T - 2m - 3m - 4J - 5J - 6m - 7m

Partindo da tonalidade de dó maior, temos o mi frígio:

mi - fá - sol - lá - si - dó - ré

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Apesar da origem histórica do acorde, uma explicação mais convincente pareceser uma normalização da tríade diminuta do ii° do modo menor.

• Se alteramos a fundamental do ii° para 2º b passamos a ter uma tríade maior para

o II do modo menor.

• Assim, em dó maior e dó menor temos:

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• O uso mais frequente deste acorde é no modo menor e na sua 1ª inversão (bII6).

• Este uso é tão comum que o acorde passou a ser conhecido como sexta

napolitana.

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A sua função dentro do modelo cadencial é semelhante ao acorde diatônico deii6, ou seja, uma preparação para a dominante (V), muito embora o efeito seja

 bastante diferente de ii6. Várias possibilidades de uso para a 6ª Napolitana

envolvem as seguintes progressões:

bII6 – V

bII6 – V7

bII6 – i6/4 – V(7) – i

bII6 – viiº(7)/V – V

bII6 – viiº(7)/V – i6/4 – V – i

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• Quando a fundamental do acorde estiver no soprano em uma progressão bII – V,

ela irá em direção da sensível da tonalidade (2b – 7) o que gerará um intervalo de

3ª diminuta. Em uma progressão bII – i6/4 – V, a fundamental da 6ª napolitana

deverá descer para a tônica que deverá ir para a sensível (2b – 1 – 7). Assim, a regra

geral para o 2b  é descer em direção à sensível da tonalidade (7º), mesmo que

 passando pela tônica (1º)

• É importante evitar o movimento cromático de 2b – 2n 

• Quando for necessária a duplicação de uma das notas da 6ª napolitana, dobra-se a

3ª do acorde. Finalmente, a 6ª napolitana não deve ser seguida de iv, nem de iiº,

mas é frequentemente precedida de VI, iv, III ou i

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• Os seguintes exemplos mostram as várias possibilidades no uso da 6ª napolitana:

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Outros usos do acorde Napolitano

Como vimos o acorde de 6ª napolitana (bII6) é mais frequente e geralmente usado no

modo menor. No entanto, várias outras possibilidades de uso do acorde napolitano

são também possíveis e aparecem na literatura musical.

1. O acorde napolitano pode surgir em estado fundamental ou, raramente, em 2ª

inversão.

2. O acorde pode ocorrer em uma tonalidade maior.

3. O acorde napolitano pode ser tonicalizado, isto é, ter uma dominante individual

ou até mesmo ter um processo cadencial temporário para a sua tonicalização. Assim,

uma V7/bII pode ser o VI em uma tonalidade menor ou um bVI em maior.

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4. O acorde napolitano pode ter uma função distinta daquela de preparação àdominante. Por exemplo, pode ser um acorde bordadura da tônica.

5. Finalmente o acorde napolitano pode aparecer em outro tipo de formação que não

uma tríade maior. Por exemplo, como um acorde de 7ª (bII7), ou como uma tríade

menor (bii).

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Analise os seguintes trechos e classifique os acordes

Beethoven, Bagatelle , Op.119, nº 9

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Beethoven, Bagatelle , Op.119, nº 9

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Verdi, Il Trovatore, 1º ato, nº 3, Romanza

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Verdi, Il Trovatore, 1º ato, nº 3, Romanza

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Haydn, Sonata nº 37 , II

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Haydn, Sonata nº 37 , II

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Chopin, Prelúdio Op. 28, nº 6

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Chopin, Prelúdio Op. 28, nº 6

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Beethoven, Sonata Op. 27, nº 2, I

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Harmony  –  Walter Piston (p.266)

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Tom Jobim & Vinícius de Moraes, Garota de Ipanema 

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Exercícios

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Schubert (nº 19 de Die Schöne Müllerin Op. 25)

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Harmony  –  Walter Piston (p.277)