Heresias primitivas

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    HERESIAS PRIMITIVAS

    O que foi o que h de ser; e o que se fez, isso se tornar fazer; nada h, pois, novo debaixo do sol. H alguma

    coisa de que se possa dizer !", isto novo# $%o& ' foi nos sculos antes de n(s) *+c .-!oc" sabia que o batismo pelos mortos foi uma heresia apregoada cerca de /-- anos antes da revela0%o)

    atribu1da pelos m(rmons a 'oseph 2mith 'r.# +sse apenas um dos muitos desvios doutrinrios que atravessaram sculos e

    foram incorporados pelas seitas pseudocrist%s.

    3 revela0%o), baseada na necessidade de restaurar a igre4a, e a re4ei0%o ao 3ntigo 5estamento surgiram na

    mesma poca e flu1ram dos ensinamentos de 6rcion. 6ontano pregou que o fim do mundo ocorreria em sua gera0%o e

    atribuiu a si o fato de iniciar e findar o ministrio do +sp1rito 2anto. 2ablio, com seu modalismo, foi outra fonte de

    distor07es b1blicas que at ho4e disseminada entre os evanglicos. 3inda fazem parte desse grupo 6ani, com sua doutrina

    reencarnacionista; 8rio, que deturpou a natureza de 'esus ao apresent9lo como um ser criado *grav1ssimo engano sustentadopelas testemunhas de 'eov; 3polinrio, que, ao contrrio do antecedente, negou a humanidade de :risto; $est(rio, que

    ensinava a exist"ncia de duas pessoas distintas em :risto; elgio, que, como os isl

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    O c

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    afirmava ser o :onsolador prometido. 2ua palavra deveria ser observada acima das +scrituras, porque era a palavra para

    aquele tempo do fim.

    +sse movimento desvaneceu9se no terceiro sculo no Ocidente e no sexto, no Oriente.

    3scetismo

    3utonega0%o, vis%o de que a matria e o esp1rito est%o em oposi0%o um ao outro. O corpo f1sico, com suas

    necessidades e dese4os inerentes, incompat1vel com o esp1rito e sua natureza divina. O ascetismo defende a idia de que

    uma pessoa s( alcan0a uma condi0%o espiritual mais elevada se renunciar A carne e ao mundo.

    O ascetismo foi amplamente aceito nas religi7es antigas e ainda ho4e uma filosofia proeminente, sobretudo nas

    seitas e religi7es orientais. lat%o idealizou9o. 3s seitas 4udaicas, como os ess"nios, praticavam9no fervorosamente e o

    cristianismo institucionalizou9o, com o desenvolvimento de vrias ordens monsticas. O gnosticismo foi o maior defensordessa filosofia *Dicionrio de religi7es, cren0as e ocultismo). eorge 3. 6ather L GarrM 3 $ichols. !ida, N---, p. NQ.

    2ablio *P- R N>-

    $asceu na G1bia, 8frica do $orte, no terceiro sculo depois de :risto. Depois, mudou9se para a ?tlia, passando

    a viver em Soma. 3o conhecer o evangelho, logo se tornou um pensador respeitado em suas considera07es teol(gicas.

    Secebeu influ"ncia do 6odalismo que 4 estava sendo divulgado na 8frica.

    O 6odalismo ocorreu, no in1cio, como um movimento asitico, com $oeto de +smirna. Os principais expoentes

    do movimento $oeto, +p(gono, :leJmenes e :alixto. $a 8frica, foi ensinado por rxeas e na G1bia, defendido por

    2ablio. Ho4e, o 6odalismo muito conhecido pelo nome sabelianismo, devido A influ"ncia intelectual fornecida por

    2ablio. O ob4etivo de 2ablio era preservar o monote1smo a qualquer custo. 5inha um ob4etivo em vista que, pensava,

    4ustificava os meios.

    +nsinava que havia uma Cnica ess"ncia na divindade, contudo, re4eitava o conceito de tr"s essoas em uma s(

    ess"ncia. 3firmava que isso designaria um culto trite1sta, isto , de tr"s deuses. 3 quest%o poderia ser resolvida, afirmava,

    pelo conceito de que Deus se apresentaria com diversas faces ou manifesta07es. rimeiramente, Deus se apresentou como

    Deus ai, gerando, criando e administrando. +m seguida, como Deus @ilho, mediando, redimindo, executando a 4usti0a. +

    finalmente e sucessivamente, como Deus +sp1rito 2anto, fazendo a manuten0%o das obras anteriores, sustentando e

    guardando. Tma s( essoa e tr"s manifesta07es temporrias e sucessivas.

    6ani *N/ 9 N

    $asceu por volta de N/ d.:. na IabilJnia. @oi considerado por alguns como o Cltimo dos gn(sticos. Diferente

    dos demais hereges, desenvolveu9se fora do cristianismo. 5odavia, era um rival do evangelho.

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    2eus ensinos buscavam respaldo no cristianismo. 3firmava, por exemplo, ser o aracleto, o profeta final. +m

    seus ensinos enfatizava a purifica0%o pelos rituais. +m NBQ d.:., o profeta 6ani teve seus ensinamentos reconhecidos por

    3rdashir, rei sass

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    era contra o arianismo, que negava a divindade de :risto. +m sua opini%o, seria mais fcil manter a unidade da essoa de

    :risto, contanto que o logos fosse conceituado apenas como substituto do mais elevado princ1pio

    racional do homem. :ontrapondo9se a 8rio, ele advogava a aut"ntica divindade de :risto, e tentava proteger sua

    impecabilidade substituindo o pneuma *esp1rito humano pelo logos, pois 4ulgava aquele sede do pecado.

    :onseqFentemente, 3polinrio negava a pr(pria e aut"ntica humanidade de 'esus :risto.+m QP, o s1nodo de :onstantinopla declarou contundentemente, entre outros s1nodos, hertica a cristologia de

    3polinrio.

    3polinrio formou um grupo de disc1pulos que manteve seus ensinos. 6as n%o demorou muito e o movimento

    se desfez.

    $est(rio *Q>9B>

    atriarca da ?gre4a em :onstantinopla na metade do quinto sculo depois de :risto. 2eu ob4etivo de expurgar asheresias na regi%o de seu controle encontrou problemas quando expressou sua cristologia. +ncontrava9se em seu tempo idias

    divergentes sobre a natureza de :risto. 3lguns, aparentemente, negavam a exist"ncia de duas naturezas em :risto,

    postulando uma Cnica natureza. Outros, como 5eodoro de 6opsustia, afirmavam que o entendimento deveria partir da

    completa humanidade de :risto. 5eodoro negava a resid"ncia essencial do logos em :risto, concedendo somente a resid"ncia

    moral. +ssa posi0%o realmente substitu1a a encarna0%o pela resid"ncia moral do logos no homem 'esus. :ontudo, 5eodoro

    declinava das implica07es de seu ensino que, inevitavelmente, levaria A dupla personalidade em :risto, duas pessoas entre as

    quais haveria uma uni%o moral. $est(rio foi fortemente influenciado pelo seu mestre, 5eodoro de 6opsustia.

    O nestorianismo deficiente, n%o em rela0%o A doutrina das duas naturezas de :risto, mas, sim, quanto A essoade cada uma delas. :oncorda com a aut"ntica e pr(pria deidade e a aut"ntica e pr(pria humanidade, mas n%o s%o elas

    concebidas de forma a comporem uma verdadeira unidade, nem a constitu1rem uma Cnica pessoa. 3s duas naturezas seriam

    igualmente duas pessoas. 3o invs de mesclar as duas naturezas em uma Cnica autoconsci"ncia, o nestorianismo as situava

    lado a lado, sem outra liga0%o alm de mera uni%o moral e simptica entre elas. 'esus seria um hospedeiro de :risto.

    $estor foi vigorosamente atacado por :irilo, patriarca de 3lexandria, e condenado pelo 5erceiro :onc1lio de

    Xfeso, em BQ.

    O movimento nestoriano sobreviveu at o sculo quatorze. 3dotaram o nome de crist%os caldeus. 3 ?gre4a persa

    aceitou claramente a cristologia nestoriana. 3tingiu express%o culminante no dcimo terceiro sculo, quando dispunha de

    vinte e cinco arcebispos e cerca de duzentos bispos. $os sculos doze e treze, formou9se a ?gre4a $estoriana Tnida e,

    atualmente, seus membros s%o conhecidos como :aldeus Tniatos. $a Undia, s%o conhecidos como crist%os de 2%o 5om.

    Ho4e, esse movimento est em decl1nio.

    elgio *Q/-9BN-

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    5e(logo brit depois de :risto.

    O 21nodo dos Gadr7es recebeu esse nome porque seus participantes roubavam caracter1sticas da doutrinacristoc"ntrica. or esse motivo, +ut1quio foi afastado de suas atividades eclesisticas. 6as a ?gre4a eg1pcia continuou

    apoiando a doutrina de +ut1quio e manteve seus ensinos por algum tempo. +nt%o, o eutiquianismo surge novamente no

    movimento monofisista.