Hérnia de disco lombar

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Hérnia de Disco Lombar Hérnia de disco lombar é aquela que ocorre em qualquer disco da coluna lombar, ou seja, num dos cinco discos situados entre as vértebras que vão de L1 a S1. Essas hérnias são as mais comuns porque a região lombar é responsável pela sustentação do nosso corpo, sofre muitos impactos, e está envolvida em todos os movimentos do tronco. Na imagem ao lado vemos uma representação simplificada de um corte transversal na coluna lombar, na qual fica exposta uma hérnia do disco; ela comprime uma raiz nervosa e, dependendo da região, também pode comprometer a medula espinhal. Diagnóstico da Hérnia de Disco Lombar O sintoma inicial hérnia de disco lombar é quase sempre de dor lombar. A dor pode ser forte e até incapacitante, gerar espasmo muscular, piorar com o movimento e localizar-se em região específica, mas pode também ser difusa, leve e imprecisa. Na maioria das vezes ela melhora com o repouso. Em geral, a pessoa experimenta algum alívio depois de alguns dias ou semanas. Posteriormente, pode surgir uma dor quase que constante com irradiação para uma ou para as duas pernas. Essa dor tem o nome de dor ciática porque ela aparece quando há algum comprometimento do nervo ciático. Entretanto, a dor ciática não aparece apenas quando há hérnia lombar; ela pode resultar de outras patologias da coluna vertebral. Usamos o termo "ciática" para identificar a dor que irradia para a perna seguindo o trajeto do nervo ciático, seja ela proveniente ou não de uma hérnia de disco lombar. Em geral, a dor ciática causada por hérnia de disco lombar é mais forte quando a pessoa se senta, anda, fica de pé, ou ainda, quando aumenta a pressão intra-abdominal (ao evacuar, tossir, espirrar). Eventualmente a pessoa também pode sentir cãimbras na perna. Na maioria das vezes a dor melhora quando a pessoa fica deitada.

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Hérnia de Disco Lombar

Hérnia de disco lombar é aquela que ocorre em qualquer disco da coluna lombar, ou seja, num dos cinco discos situados entre as vértebras que vão de L1 a S1. Essas hérnias são as mais comuns porque a região lombar é responsável pela sustentação do nosso corpo, sofre muitos impactos, e está envolvida em todos os movimentos do tronco. Na imagem ao lado vemos uma representação simplificada de um corte transversal na coluna lombar, na qual fica exposta uma hérnia do disco; ela comprime uma raiz nervosa e, dependendo da região, também pode comprometer a medula espinhal.

Diagnóstico da Hérnia de Disco Lombar

O sintoma inicial hérnia de disco lombar é quase sempre de dor lombar. A dor pode ser forte e até incapacitante, gerar espasmo muscular, piorar com o movimento e localizar-se em região específica, mas pode também ser difusa, leve e imprecisa. Na maioria das vezes ela melhora com o repouso.

Em geral, a pessoa experimenta algum alívio depois de alguns dias ou semanas. Posteriormente, pode surgir uma dor quase que constante com irradiação para uma ou para as duas pernas. Essa dor tem o nome de dor ciática porque ela aparece quando há algum comprometimento do nervo ciático. Entretanto, a dor ciática não aparece apenas quando há hérnia lombar; ela pode resultar de outras patologias da coluna vertebral. Usamos o termo "ciática" para identificar a dor que irradia para a perna seguindo o trajeto do nervo ciático, seja ela proveniente ou não de uma hérnia de disco lombar.

Em geral, a dor ciática causada por hérnia de disco lombar é mais forte quando a pessoa se senta, anda, fica de pé, ou ainda, quando aumenta a pressão intra-abdominal (ao evacuar, tossir, espirrar). Eventualmente a pessoa também pode sentir cãimbras na perna. Na maioria das vezes a dor melhora quando a pessoa fica deitada.

Essas observações, aliadas a outros dados, vão permitir o diagnóstico preciso da hérnia de disco lombar.

Opções de Tratamento da Hérnia de Disco Lombar

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Uma vez chegado a um dignóstico preciso de hérnia de disco lombar, o tratamento deve começar imediatamente. O médico tem duas alternativas gerais:

Tratamento “conservador” Tratamento cirúrgico

Tratamento Conservador

O termo "conservador" é usado na medicina para as opções de tratamento que não estão relacionadas com cirurgia. Os tratamentos podem sofrer pequenas mudanças, de pessoa para pessoa, e se aplicam tanto aos casos de dor lombar sem hérnia, como aos casos com hérnia de disco lombar e ciática. O objetivo inicial é eliminar ou, pelo menos, aliviar a dor. Além disso, procuramos tratar diretamente a causa da dor, ou seja, a hérnia de disco propriamente dita, para que não ocorram recaídas no futuro. O tratamento inicial da hérnia de disco lombar, quase sempre em período curto, consiste em:

-- Repouso na cama por uma a duas semanas em colchão firme – A atividade física deve ser restrita, como ir ao banheiro e andar dentro de casa seria a atividade máxima.

-- Analgésicos e Antiinflamatórios – Os analgésicos (narcóticos leves e relaxantes musculares) devem ser usados apenas nos primeiros dias e não devem ultrapassar duas semanas. Depois dos analgésicos vem o tratamento com antiinflamatórios, com preferência para os não esteróides.

-- Educação postural – Introdução de posturas corretas ao sentar-se, inclinar-se, pegar pesos, dormir com os joelhos semi-fletidos, e assim por diante.

-- Colete lombo-sacral – Ele alivia a dor por que promove a sustentação da coluna lombar, mas pode causar fraqueza e até atrofia da musculatura que suporta a coluna. O enfraquecimento desses músculos pode levar à piora da dor, quando a pessoa deixa de usar o colete, e até ao agravamento do quadro. Por isso só deve ser usado com supervisão do médico.

Superada a fase inicial de dor forte da hérnia de disco lombar, passamos para uma outra etapa: exercícios leves, como os feitos na hidroginástica naturalmente, o retorno gradual às atividades normais, desde que não requeiram esforço da região lombar. Uma avaliação do fisioterapeuta, nesta segunda fase, e um programa de fisioterapia motora pode ser iniciado imediatamente.

Estas são orientações gerais e não podem ser utilizadas como regra absoluta, pois podem variar de caso para caso segundo os critérios do neurocirurgião., pois por afetar a inervação os riscos são graves.

Outras Abordagens Não-Cirúrgicas

Infiltração – É um procedimento rápido e seguro na hérnia de disco lombar. Muito conveniente para os pacientes que se encontram no auge de uma crise de dor lombar intensa. Sob anestesia local o médico injeta anestésicos e antiinflamatórios diretamente na região lombar, nos locais onde geralmente a dor tem sua origem obtendo um resultado mais eficiente do que quando a pessoa toma medicamentos semelhantes por via oral. O alívio geralmente é imediato.

Rizotomia por radiofrequência– Procedimento semelhante à infiltração citadas acima. Nas rizotomias o médico cauteriza pequenos nervos que se localizam nas articulações da coluna através de agulhas inseridas em pontos estratégicos. Indicamos este procedimento geralmente quando o paciente, com ou sem hérnia

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de disco lombar, sofre há muito tempo de dor lombar ou tem crises recorrentes. O alívio também é imediato. Pacientes que antes não tinham um mínimo de qualidade de vida devido às limitações ocasionadas pela dor, voltam praticamente à vida normal. O resultado é excepcional.

Aplicações de calor superficial e massagem leve – Podem proporcionar conforto para o paciente mas não têm valor terapêutico real para a hérnia de disco lombar. Trações eram muito utilizadas no passado mas atualmente suas indicações são restritas. Altas doses de vitaminas têm sido prescritas por alguns, mas faltam provas científicas do seu valor terapêutico.

Também nessas abordagens, logo após a melhora do episódio inicial de dor, um programa de reabilitação deve ser iniciado para aumentar a força muscular lombar e abdominal e melhorar a estabilização e flexibilidade da coluna lombar e com isso, diminuir a possibilidade da hérnia voltar. Os efeitos naturais do envelhecimento que resultam em diminuição da massa óssea e diminuição da força e elasticidade dos músculos e ligamentos, e que contribuem para o aparecimento de hérnias, não podem ser evitados. Entretanto, eles podem ser retardados e amenizados. No longo prazo recomenda-se a manutenção do condicionamento físico. Deve-se evitar o sedentarismo e a obesidade, pois estes fatores aumentam a chance de recorrência de dor lombar e hérnia de disco lombar.

Tratamento Cirúrgico

Estima-se que 80% dos pacientes com hérnia de disco lombar vão melhorar sem tratamento ou com algum tratamento conservador. Portanto, em alguns casos será necessária a cirurgia. Entretanto, quando ela é indicada, deve ser feita o mais breve possível. Há quatro indicações geralmente aceitas para uma intervenção cirúrgica na hérnia de disco lombar:

1. Ausência de melhora satisfatória com o tratamento conservador.

2. Aparecimento de fraqueza importante em algum músculo da perna ou do pé.

3. Crises repetidas de dor lombar ou ciática.

4. “Síndrome da cauda equina” – Requer cirurgia de urgência porque pode causar seqüelas permanentes.

Opções de Tratamento Cirúrgico da Hérnia de Disco Lombar

O avanço tecnológico em equipamentos médicos tornaram a cirurgia de hérnia de disco lombar muito segura. O neurocirurgião tem equipamentos e treinamento adequados para essas intervenções. As opções incluem:

Microcirurgia – Feita com o emprego do microscópio cirúrgico e, por ter muitas vantagens, é a primeira escolha na hérnia de disco lombar. Entre as vantagens da microcirurgia temos: incisões menores e mais precisas, sangramento menor, menor movimentação das estruturas nervosas adjacentes à hérnia. Em consequência, a recuperação é mais rápida e a hospitalização mais curta.

Laminectomia Tradicional – São efetuados os mesmos procedimentos da microcirurgia; a diferença está no uso ou não do microcópio cirúrgico.

Artrodeses – Esta cirurgia implica na solução do problema da hérnia de disco lombar e, adicionalmente, a fixação da coluna com o uso de alguns materiais. Essa fixação é conveniente em certos casos, como aqueles em que há desalinhamento da coluna ou diminuição significativa da firmeza nas vértebras.

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Esta intervenção apresentou enorme evolução nos últimos anos graças ao desenvolvimento de equipamentos sofisticados e uso de parafusos e placas feitos com materiais nobres, como o titânio. Quando bem empregadas, as artrodeses são o tratamento ideal para certos pacientes. Nas hérnias de disco lombar comuns não há necessidade de realizar nenhuma fixação da coluna lombar.

Cirurgia endoscópica ou “minimamente invasiva” – Envolvem técnicas como o laser e injeções de substâncias no disco que apresenta hérnia de disco lombar. São procedimentos ainda em desenvolvimento.

Artrose da Coluna - O que é, Causas, Sintomas e Tratamento

A artrose é a forma mais comum de reumatismo e uma das doenças mais frequentes na espécie humana, é um dos principais fatores determinantes de incapacidade física no indivíduo idoso. Em graus variados de intensidade, afeta a maior parte da população depois dos 60 anos. A artrose vertebral é definida como um estado de progressiva deterioração da articulação vertebral, caracterizando por erosão da cartilagem articular e neoformação óssea nas bordas articulares (osteófitos).

É importante ressaltar que a cartilagem corresponde a um tecido esbranquiçado, liso e de consistência elástica, que cobre a superfície dos ossos dentro das articulações. Sua função é absorver o peso e permitir maior mobilidade articular. É exatamente nesta estrutura que ocorre a degeneração que vai evoluir para a artrose.

Essa disfunção resulta da consequente destruição progressiva dos tecidos que compõem a articulação,conduzindo à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos movimentos. O estabelecimento da artrose, inicia-se com uma deterioração dessa cartilagem, que perde a sua regularidade e elasticidade, o que diminui a sua eficácia e contribui para a sua destruição adicional com o uso repetido e a carga traumática. Com o tempo, grande parte da cartilagem pode desaparecer completamente. Na ausência de parte ou totalidade da cartilagem, os ossos atritam diretamente entre si, causando crepitação, certo grau de inflamação, dor e limitação de movimentos.

Com a evolução, a articulação pode sofrer deformação visível ou palpável, cuja tradução mais comum são os osteófitos, conhecidos popularmente na coluna, por "bicos de papagaio". Em fase evolutiva bastante avançada, as estruturas de contenção passiva da articulação, como a cápsula articular e os ligamentos, colocadas sob tensão excessiva, podem-se inflamar, retrair ou mesmo romper.

No diagnóstico da artrose, são enfatizadas as queixas referidas pelo doente, com destaque para a localização, duração e características da dor, bem como também para o nível de amplitude articular. Se o exame clínico não for suficiente para estabelecer um diagnóstico, certos meios auxiliares de diagnóstico, como as radiografias e a TAC, podem revelar, alterações características da doença.

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