Hialo

2

Click here to load reader

Transcript of Hialo

Page 1: Hialo

Hialo-hifomicose

Produzida por fungos saprobos, que apresentam hifas septadas hialinas. Seus principais agentes etiológicos pertencem aos gêneros Aspergillus, Fusarium, Penicillium, Pseudoalescheria e Paecilomyces. O agente infeccioso mais freqüente é o Aspergillus spp. e, com isso, muitas vezes a aspergilose é considerada entidade à parte. Como a contaminação é por via respiratória, os pulmões e as vias respiratórias superiores são os pontos mais atingidos. Provocam doença pulmonar intersticial disseminada brônquica ou atingem cavidades e levam a outras patologias, como tuberculose e abscessos, formando uma massa denominada bola fúngica. É este o quadro típico da aspergilose pulmonar. De maneira geral, as hialo-hifomicoses podem causar processos inflamatórios os mais diversos, como endocardite, lesões cutâneas, osteoarticulares, pulmonares e oculares, processos septicêmicos, abscessos cerebrais.

ASPECTOS CLÍNICOS PECULIARES À ASPERGILOSE:

Aspergilose alérgica: acomete indivíduos alérgicos que, em contato com o fungo, desenvolvem bronquite.

Aspergilose crônica: é observada nos seios paranasais.

Aspergiloma intracavitário: em portadores de outras patologias, como a tuberculose, o fungo coloniza as cavidades. Aspergillus fumigatus é o agente mais comumente responsável por esta colonização.

Aspergilose associada à necrose tecidual: caracteriza-se por um tipo de broncopneumonia necrosante e hemorrágica. Surgem tromboses vasculares e formam-se cavidades com material necrótico liquefeito. Pode acometer poucos lóbulos pulmonares ou pode haver o envolvimento de extensas áreas ou mesmo de lóbulos inteiros, em ambos os pulmões. Alguns vasos, situados no meio ou na periferia das lesões, podem apresentar tromboses e, em conseqüência da agressão das hifas ao endotélio, com freqüência ocorrem infartos pulmonares, às vezes extensos e letais.

Aspergilose disseminada: nesta eventualidade, o fungo pode ser encontrado em múltiplos órgãos, onde provoca abscessos. Pode ainda haver formação de granulomas de hipersensibilidade típicos. Pulmões, cérebro, rins, fígado, esôfago, tireóide e pele são os órgãos mais acometidos nessas disseminações.

MATERIAL:

Pulmonar: Escarro, lavado ou aspirado brônquico. Qualquer um deles deve ser recolhido em frasco estéril.

Material proveniente de biópsia: Deve ser colocado em frasco estéril com soro fisiológico (mais ou menos 3mL)

Sangue: Após coleta com seringa, deve ser colocado em frasco para hemocultura. Recomenda-se colher três amostras. Enviar o mais rápido possível ao laboratório.

Page 2: Hialo

Lesões oculares: A coleta desse material é de grande importância e deve ser realizada pelo oftalmologista, com auxílio de um biomicroscópio. É necessário remover o excesso da secreção existente com gaze umedecida em soro fisiológico estéril. A amostra é obtida após anestesia local, fazendo-se um raspado vigoroso da base e das bordas da úlcera, com uma espátula de platina. Colocar o raspado diretamente no meio da cultura fornecido pelo laboratório, fazendo, com auxílio da espátula, vários cortes na superfície do meio, com formato em “c”. Entregar ao laboratório o mais rápido possível.

EXAME DIRETO: Observam-se hifas hialinas septadas e eventualmente cabeças conidiais.

CULTURA: O crescimento é rápido e permite a identificação do fungo.

http://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Microbiologia&ps=hialoHifomicose