HIGIENE E PROFILAXIA RURAL Profª Drª Larissa Picada Brum MATERNIDADE, CRECHE, RECRIA,...
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HIGIENE E PROFILAXIA RURAL
Profª Drª Larissa Picada Brum
MATERNIDADE, CRECHE, RECRIA, INSTALAÇÕES E EXPORTAÇÃO
Discentes: Karla Tsujii; Mirella Menezes; Roberta Figueiró; Stefani Mendes.
Dom Pedrito/ RSMarço, 2014
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• Brasil- 4º lugar no ranking mundial de produção e exportação de carne suína;
• Representa 10% do volume exportado de carne suína
• Principais produtores de suínos do país:
• Santa Catarina,• Paraná • Rio Grande do Sul
1 bilhão de reais/ ano
Suinocultura no Brasil
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EXPECTATIVAS
• Média anual de 2,84%, no período de 2008/2009 a 2018/2019;
• E o seu consumo, 1,79%.
• Exportações, a representatividade do mercado brasileiro de carne suína saltará de 10,1%, em 2008, para 21% em 2018/2019
Suinocultura no Brasil
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• Aumento do volume e faturamento
• 2012, 581.477 toneladas de carne suína e US$ 1,49 bilhão, um crescimento de 12,6% em volume e 4,2% em valor, em relação a 2011.
Suinocultura no Brasil
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http://www1.seplag.rs.gov.br/atlas/conteudo.asp?cod_menu_filho=819&cod_menu=817&tipo_menu=ECONOMIA&cod_conteudo=1582
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ESTADOS QUE MAIS EXPORTARAM EM 2011
EstadoExportações em
toneladas
Santa Catarina 207.772
Rio Grande do Sul 174.245
Goiás 71.477
Paraná 54.469
Minas Gerais 41.527
Mato Grosso do Sul 17.470
Mato Grosso 11.787
São Paula 2.730
Fonte: Abipecs
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PRINCIPAIS DESTINOS DA EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE SUÍNOS EM 2012
Países ToneladasParticipação (%)
total Brasil
Crescimento (%)anual
Ucrânia 138.666 23,85 124,7
Rússia 127.070 21,85 0,5
Hong Kong 124.701 21,45 -3,88
Angola 45.534 7,83 20,65
Cingapura 28.171 4,84 nd
Argentina 23.386 4,02 -44,36
Fonte: Abipecs
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• 2º maior produtor de suínos do Brasil;
• Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, o RS registrou em 2011 a produção de 5.677.515 cabeças;
• Estado manteve relativamente estável o seu rebanho, sendo que a participação gaúcha na produção nacional aumentou de 13% em 2000 para 14% em 2011.
Suinocultura: Rio Grande do Sul
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Dimensionamento das instalações
Quantos animais a granja pretende vender por período de tempo antes de determinar o tamanho do plantel. Importante também se pensar na construção da granja em salas por fase de produção, permitindo, assim, a realização de vazio sanitário nas instalações entre lotes de animais.
BIOSSEGURIDADE
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BIOSSEGURIDADE
• Biosseguridade engloba um conjunto de práticas de manejo e normas rígidas que, seguidas de forma adequada, reduzem o potencial para introdução de doenças na granja e transmissão dentro delas.
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Fatores que interferem no equilíbrio imunitário do plantel
• Variações na imunidade entre matrizes e leitões ao desmame;
• Ampla margem de variação na idade de desmame - variação de idade no grupo superior a 7 dias;
• Alto número de animais por sala ou sítio;
• O fluxo contínuo de produção com incapacidade de manter “todos dentro – todos fora”;
• Planejamento inadequado de reposição.
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QuarentenaDIRETA
INDIRETA
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• O objetivo da quarentena é evitar a introdução de agentes patogênicos na propriedade;
• Exames laboratoriais e acompanhamento clínico em casos de incubação de alguma doença;
• Ficam separados em um período de 28 a 40 dias;
• Distância mínima de 2 km do local de produção;
Quarentena
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Adaptação sanitária• Duração: 30 a 90 dias
• Período de quarentena ou na própria granja;
• Medicação• Ração• Água
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MONITORIA SANITÁRIA• Animais de
reposição• Granja compradora• Granja fornecedora
CERTIFICADOS- GRSC
Livres de:
o sarnao suína, o peste suína clássica, o doença de Aujeszky, o brucelose, o tuberculose o leptospirose suínas.
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Controle de endo e ectoparasitas• 100% confinados;• Criações ao ar livre;• Sarna: todos os sistemas de manejo
• Raspagem
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Higienização
A realização rotineira de um processo de higienização detalhado é a condição indispensável para a manutenção de um alto nível de saúde do rebanho, pois através da redução da carga microbiana nas instalações, equipamentos e consequentemente no sistema de produção, seguramente se reduzirá o risco de ocorrência de doenças.
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Limpeza e higienização:Outras ormas
• Manejo todos dentro- todos fora• Densidade de alojamento
• Vazio sanitário• Fumigação
MATERNIDADE
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Maternidade: Manejos• Setor central dentro da granja
• Mão-de-obra muito bem treinada• sanitários,• alimentares • ambiente
Fornece os leitões para as fases de crescimento e devolve as matrizes para o setor de reprodução
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Maternidade• Ambiente que não seja estressante sobre o número de
leitões nascidos,• Dois ambientes distintos a serem controlados: o ambiente
da porca e o ambiente do leitão
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Maternidade: Indução do parto• A ocorrência dos partos pode ser programada com o uso
da indução. • 80% dos partos ocorram entre 24-36 horas após a
aplicação do produto indutor. • Dinoprost ou Coprostenol sódico
O principal objetivo dessa técnica é reduzir a ocorrência de partos no período noturno, quando há poucos ou
nenhum funcionário para atender os leitões.
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Maternidade: Preparações• Local onde as porcas vão parir limpo, seco e mínimo
ruído possível;• Prédio de maternidade- separado das demais
instalações da granja• Vazio sanitário 5 dias (mínimo)• As porcas devem ser transferidas para a maternidade
pelo menos sete dias antes da data prevista do parto• troca de ração,• tipo de bebedouro, • tipo de piso e,• mudança de temperatura.
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Maternidade: cuidados com as porcas e leitões
• Porca em lactação: 20 – 30 litros de água por dia;• Temperatura: de 12 a 15°C,
• Leitão
• Temperatura: 32oC
• Enxugar e limpá-los evitar e perda de calor. • Remover: líquidos fetais e os restos de membranas que
envolvem o recém-nascido papel toalha
ambiente seco, piso adequado sistema de aquecimento.
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• O corte da cauda no ultimo terço também prevenção de canibalismo.
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A castração pode ser feita em qualquer idade, mas preconiza-se castrar nas primeiras semanas, ainda na maternidade.Fácil operação, hemorragias são raras nessa fase e o estresse é menor.
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Maternidade: Sanidade• Como prevenção aos problemas sanitários pós-parto
recomenda-se:• 1. Redução do estresse- calor ambiental;• 2. Uso de alto teor de fibra na ração alguns dias antes do
parto ou adição de produtos laxativos (sulfato de magnésio, sal amargo);
• 3. Boa higiene das porcas e do ambiente e, conforme o caso, uso de antibiótico via ração antes e depois do parto, conforme
• recomendação do médico veterinário;• 4. Medição da temperatura retal das matrizes e seu
comportamento devem ser acompanhados com atenção nos primeiros três dias, a fim de agir o mais rápido possível quando da ocorrência de doenças.
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Maternidade: Sanidade• Uso de pá e vassoura para remoção das fezes e solução
desinfetante;• Remover as fezes nos momentos em que a matriz
levanta para se alimentar e tomar água desde o alojamento na maternidade até o desmame.
• Após o parto: lavar o posterior da matriz com água, sabão e escova, removendo os resíduos de sangue e outras secreções do parto.
• Lavar e desinfectar o piso,• evitar o uso de água na limpeza diária a umidade é
prejudicial aos leitões.
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Maternidade: Sanidade• Pedilúvios – entrada e saída
• Limpar por último, baias com animais doentes;
• Uso de forração removível como isolante térmico• Papel ou maravalha
Reduzir os riscos de contaminação entre lotes
Absorver a umidade
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Maternidade: Sanidade• Os corredores: varrer diariamente, com colocação de cal
hidratada para manter o ambiente seco e higienizado.
• As valas internas de dejetos devem manter uma lâmina d’água suficiente para que as fezes fiquem submersas, evitando, assim, a proliferação de moscas. Seu conteúdo deve ser esgotado regularmente sempre que se perceber a emanação excessiva de gases.
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Maternidade: Instalações• baias convencionais 2,5 x 2,5m• Feitas de alvenaria, • Piso de concreto,
• dotadas de escamoteador para abrigar os leitões a de proteção contra esmagamento, feita de madeira ou metal (barra ou tubo) a 25 cm do piso e a 25 cm da parede, popularmente conhecida como “banca”.
• Normalmente os criadores preferem as gaiolas de parição, pela proteção proporcionada aos leitões.
CRECHE
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Creche• Entrada 21 dias á 28 dias;
• Saída com 62 dias ou 25kg;
• Maximo 10 leitões por baia;
• Deve ser separados em lotes homogêneos;
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Creche• Na creche, o leitão recebe tratamento especial para que
não adquira nenhuma doença e se mantenha saudável e com seu bom ritmo de engorda.
• É uma fase considerada crítica;
• Expostos as condições ambienteis desconhecidas e meio social coletivo e desconhecido;
• Separação das matriz;
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Creche: Manejo
• O melhor manejo de creche consiste em amenizar esses fatores de estresse e adaptar o leitão o mais rápido possível ao sistema para que manifeste o máximo potencial de ganho de peso e conversão alimentar.
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Fatores que contribuem para o estresse do desmame:
• Separação das mães e irmãos;• A dieta e sua forma de fornecimento mudam
completamente, já que o leite materno contém cerca de 80% de água;
• Na creche, o leitão terá de buscar uma alimentação;
Creche: Manejo
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• Monitorar cada sala da creche;
• MANHÕ TARDE
• Condições dos leitões; • Bebedouros;• Comedouros;• Ração;• Temperatura ambiente.
Creche: Manejo
3 VEZES
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Conforto térmico
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Estresse térmico
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• Limpeza das salas de creche, diariamente, com pá e vassoura;
• Lavar baias suspensas, esguichando água, com lava jato de alta pressão e baixa vazão;
• 3 dias no inverno e a cada 2 dias nas demais estações do ano;
Creche: Sanidade
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• No caso de eventuais surtos de diarréia ou doença do edema, retirar imediatamente a ração do comedouro e iniciar um programa de fornecimento gradual de ração até controlar o problema.
• Vacinar os leitões na saída da creche de acordo com a recomendação do programa.
Creche: Sanidade
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• Usar o sistema "todos dentro, todos fora" e remover todos os dejetos do ambiente entre lotes, efetuando limpeza e desinfecção ;
• Ambiente térmico, 24 e 20 °C;
• A temperatura do ar não deve ser acima de 31°C e abaixo de 8 °C nessa fase de criação (SILVA, 1999).
Creche: Sanidade
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Creche: Instalações• As baias devem ser de piso ripado ou parcialmente
ripado;
• Pisos parcialmente ripados devem ter aproximadamente 2/3 da baia com piso compacto e o restante (1/3) com piso ripado, aonde os leitões irão defeca, urinar e beber água.
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Piso Ripados
Bebedouro
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Creche- Instalações
• Segundo CARVALHO (2001) e NIOSH (2005) descrevem que são fatores de risco que favorecem a incidência de enfermidades respiratórias, por exemplo, a amônia no teor acima de 10 ppm, alta concentração de poeira, ventilação inadequada e volume de ar inferior a 3,0 m3 por animal.
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• Instalações podem ser abertas, com cortinas para permitir uma boa ventilação amenizando o estresse calórico;
• Garantir pelo menos 7 cm/ leitão de espaço de cocho de alimentação;
• Possuir o controle da temperatura ambiental;
Creche: Instalações
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Creche: Alimentação
• Ingiram água pela primeira até dois dias;
• Baixo consumo pode ocasionar uma desidratação;
• E também contribuir para redução do cosumo do alimento solido;
• 10 animais por bebedouro;
• Deve se encontrar entre 3 a 5 centímetros acima do dorso dos leitões;
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Cortinas
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Creche: Alimentação
• Os primeiros dias de creche, são importantes para evitar perdas e queda no desempenho, em função de problemas alimentares e ambientais que, via de regra, resulta na ocorrência de diarreias.
RECRIAE
TERMINAÇÃO
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Recria e terminação• Recria: saída da creche até a metade do peso de abate
(50-60 kg de peso vivo);
• Terminação: iniciada aos 50-60 kg e vai até o peso final de abate (100-120 kg de peso vivo).
ITEM META
Ganho de peso > 0,850kg
Conversão alimentar < 2,500
Mortalidade <1,5%
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Recria e terminação: Cuidados• Água • Ração
Ambiência;Higiene;Saúde.
Alimentação
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Recria e terminação: Cuidados• Temperatura:
• 22- 23ºC primeiras semanas• 18ºC final da fase
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Recria e terminação: Manejo sanitário
• Limpeza• Desinfecção• Vazio sanitário
Quebrar o ciclo de agentes e iniciar os lotes com uma baixa pressão de infecção.
Vacinação e medicaçãoManejo adequado no ambiente
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Recria e terminação: Instalações• Largura entre 8 e 12 m, • pé- -direito 3 a 3,5 m • comprimento variável de acordo com o número de
animais alojados.• O volume de ar por suíno deve ser de 3 m3/animal e a
velocidade do ar de 0,1 a 0,3m/s.
Facilitar a dissipação do calor, a renovação do ar e a retirada de gases tóxicos e da poeira de dentro das
instalações.
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Recria e terminação: Instalações• Piso:• lâmina d’água, com declividade de 3 a 5%• totalmente ripado• parcialmente ripado• Totalmente compacto• cama sobreposta
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Recria e terminação: Instalações• 20 leitões por baia;• Utilizar um bebedouro para cada 10 animais.• Uniformização dos leitões por tamanho e por sexo. • Doentes ou machucados: tratados em baias separadas
até sua recuperação.• Leitões mais leves: devem ser tratados de forma especial.
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OBRIGADA!