HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA (Luciana)

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  • 8/7/2019 HISTRIA DA EDUCAO E DA PEDAGOGIA (Luciana)

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    HISTRIA DA EDUCAO E DA PEDAGOGIA

    ETAPA 1

    Aula-tema: Linha do Tempo da Histria da Educao

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    XVI

    Os colonizadores portugueses ensinam aos ndios seus costumes ereligio, atravs da catequizao pelos jesutas.

    Os jesutas tambm se dedicam educao de brancos em internatosinstitudos pela Coroa Portuguesa. Porm, para cursar umauniversidade, os portugueses tinham que regressar terra natal. NoBrasil no havia escolas de ensino superior.

    Padre Anchieta destaca-se como principal jesuta no processo de

    catequizao dos ndios.

    Sculo

    XVI

    O marqus de Pombal tenta diminuir o poder da igreja no processoeducacional da colnia expulsando os jesutas do imprio.

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    XIX

    Com a chegada da famlia real no Brasil, comea algumas aulas que

    do origem s Faculdades de Medicina.

    Anos 20: Primeira constituio do Brasil independente. Educaofeminina feita em casa. Primeira Lei Geral de Ensino cria colgiosnas vilas e cidades mais populosas e d acesso a educao femininana escola. Criao das primeiras faculdades de Direito (Olinda e SoPaulo)

    Inaugurao do Colgio Pedro II, modelo de educao no Brasil

    Influncia do Positivismo, Cientificismo e movimento republicanona educao. Criao de escolas particulares e escolas tcnicas paraqualificar mo-de-obra e atender as necessidades da urbanizao.

    Com a proclamao da repblica, o governo reforma o ensino primrio e normal. Cresce a presena feminina nos cursos deformao de professor.

    Separao entre Igreja e Estado.

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    XX Surgimento da Escola Nova, que defende a reforma do currculo e

    uso da realidade do aluno para o processo de ensino-aprendizagem.

    Ansio Teixeira defende as escolas pblicas como promotoras de

    cidadania e sade.

    Criao do SENAI (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial),instituio de ensino profissionalizante, para reforar a mo-de-obranecessria industrializao.

    Dcadas de 50 e 60 nfase na alfabetizao de adultos,especialmente com as idias de Paulo Freire.

    Dcada de 70 Regime Militar: Criao do vestibular para restringir

    o acesso universidade, ampliao da obrigatoriedade escolar de 4anos para 8 (aumento de professores e diminuio de salrios).

    Substituio da Histria e Geografia por Estudos Sociais e EducaoMoral e Cvica com cartilhas elaboradas por militares. Criao doMobral (Movimento Brasileiro de Alfabetizao) para erradicaranalfabetismo.

    Constituio de 88 Unio obrigada a aplicar 18% da receita emeducao e Estado, 18%.

    LDB (Lei de Diretrizes e Bases) 9394/96 Incluso da Ed. Infantilcomo primeira etapa da Educao Bsica.

    Cultura de avaliao: ENEM, SAEB, Prova Brasil.

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    XXI

    Popularizao do ENEM com a concesso de bolsas de ensinosuperior pelo Prouni (Programa Universidade para Todos).

    PDE (Plano de Desenvolvimento da Educao) objetivos, metas eaes para alcanar a universalizao do Ensino Fundamental.

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    Aula-tema: Fases da Educao no BrasilSegundo Jos Luiz de Paiva Bello, a Educao Brasileira tem um princpio, meio e fim

    bem demarcado e pode ser dividida em perodos, desde quando os portugueses chegaram aquiat os dias atuais. Ele diz que a educao brasileira continua evoluindo em saltosdesordenados, em diversas direes.

    A diviso tem as seguintes fases:Perodo Jesutico(1549 - 1759)

    A educao indgena foi substituda pelo ensino e a propagao da f religiosa. Osjesutas trouxeram de Portugal a moral, os costumes, a religiosidade europia e os mtodos

    pedaggicos, escritos por Incio de Loiola.Alm do ensino das primeiras letras, havia os cursos de Letras, onde estudava-seGramtica Latina, Humanidades e Retrica, o curso de Filosofia, estudava-se Lgica,Metafsica, Moral, Matemtica e Cincias Fsicas e Naturais , e os cursos de Teologia eCincias Sagradas, que serviu como modelo de ensino por 210 anos.

    Com a expulso dos jesutas por Marqus de Pombal, houve uma grande rupturahistrica num processo j implantado e consolidado como modelo educacional no Brasil.Perodo Pombalino (1760 - 1808)

    Por falta de interesses comuns entre a educao jesutica e a Corte, que pretendia

    organizar a escola para servir aos interesses do Estado. Pombal criou as aulas rgias de Latim,Grego e Retrica. Cada aula rgia era autnoma e isolada, com professor nico e uma no searticulava com as outras.

    Com a estagnao da educao no Brasil, Portugal instituiu o "subsdio literrio", umimposto para manter os ensinos primrio e mdio, mas no era cobrado com regularidade e os

    professores ficavam muito tempo sem receber, por isso, no tinham preocupao em sepreparar para a funo.

    Pombal destruiu o sistema jesutico e no deu continuidade a um trabalho de educaoorganizado.Perodo Joanino (1808 1821)

    Com a vinda da Famlia Real para o Brasil, D. Joo VI abriu Academias Militares,

    Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botnico e a Imprensa Rgia,permitindo divulgao e discusso de fatos e idias entre a populao letrada.

    Entretanto, a educao continuou em segundo plano.

    Perodo Imperial (1822 - 1888)

    Com a proclamao da Independncia, D. Pedro I outorga a primeira Constituio

    brasileira, que no Art. 179, dizia "instruo primria gratuita para todos os cidados".

    Institui-se o Mtodo Lancaster ou do "ensino mtuo", onde um aluno treinadoensinava um grupo de dez alunos sob a rgida vigilncia de um inspetor, e 04 graus deinstruo: Pedagogias (escolas primrias), Liceus, Ginsios e Academias.

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    criado o Colgio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedaggico para ocurso secundrio, mas at o fim do Imprio no conseguiu atingir tal objetivo.

    Perodo da Primeira Repblica (1889 - 1929)

    Com a proclamao da Repblica e a Constituio brasileira, houve a Reforma deBenjamin Constant, que tinha como princpios orientadores a liberdade, a laicidade e agratuidade do ensino.

    A Reforma pretendia formar alunos para os cursos superiores e substituir apredominncia literria pela cientfica.

    Houve crticas dos positivistas, pois no respeitava os princpios pedaggicos deComte, e dos literrios, pelo acrscimo de matrias cientficas, tornando o ensinoenciclopdico.

    A Reforma Rivadvia Correa, de 1911, queria formar do cidado, pregando aliberdade de ensino, a abolio do diploma em troca de um certificado de assistncia e

    aproveitamento e a transferncia dos exames de admisso ao ensino superior para asfaculdades.A Reforma Joo Luiz Alves instituiu a matria Moral e Cvica com a inteno de

    combater os protestos estudantis contra o governo do presidente Arthur Bernardes.A dcada de vinte foi marcada por diversos fatos relevantes no processo de mudana dascaractersticas polticas brasileiras (Movimento dos 18 do Forte, Semana de Arte Moderna,fundao do Partido Comunista, Revolta Tenentista e Coluna Prestes.

    Alm disso, no que se refere educao, foram realizadas diversas reformas deabrangncia estadual - Loureno Filho, no Cear; Ansio Teixeira, na Bahia; FranciscoCampos e Mario Casassanta, em Minas; Fernando de Azevedo, no Rio de Janeiro e CarneiroLeo, em Pernambuco.

    Perodo da Segunda Repblica (1930 - 1936)

    A Revoluo de 30 marcou a entrada do capitalismo no Brasil. O Ministrio da

    Educao e Sade Pblica organizou o ensino secundrio e as universidades brasileiras aindainexistentes.

    A nova Constituio de 1934 dispe que a educao direito de todos, devendo serministrada pela famlia e pelos Poderes Pblicos. A Universidade de So Paulo foi criada.

    Em 1935 o Secretrio de Educao do Distrito Federal, Ansio Teixeira, cria aUniversidade do Distrito Federal, no atual municpio do Rio de Janeiro, com uma Faculdadede Educao na qual se situava o Instituto de Educao.Perodo do Estado Novo (1937 - 1945)

    A nova Constituio de 1937 enfatiza o ensino pr-vocacional e profissional e tira do

    Estado o dever da educao. Mantm a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primrio edispe como obrigatrio o ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais,

    primrias e secundrias.A Constituio de 1937 distingue o trabalho intelectual, para as classes mais

    favorecidas, e o trabalho manual e o ensino profissional para as classes mais desfavorecidas.Cria-se o Servio Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e valoriza o ensino

    profissionalizante.O ensino ficou compe-se de 05 anos de curso primrio, 04 de curso ginasial e 03 decolegial, podendo ser clssico ou cientfico. O ensino colegial perdeu o seu carter de

    preparatrio para o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formao geral.

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    Perodo da Nova Repblica (1946 - 1963)

    A nova Constituio determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primrio e dcompetncia Unio para legislar sobre diretrizes e bases da educao nacional, sendo aeducao direito de todos.

    O Ministro Raul Leito da Cunha regulamenta o Ensino Primrio e o Ensino Normal,alm de criar o Servio Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC.

    A reforma geral da educao nacional organizou-se em trs subcomisses: uma para oEnsino Primrio, uma para o Ensino Mdio e outra para o Ensino Superior.

    Esse perodo foi marcado pelas discusses sobre a Lei de Diretrizes e Bases para aEducao Nacional, alm de outras iniciativas como a inaugurao do Centro Popular deEducao (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), por Ansio Teixeira, na Bahia; o incio deuma didtica baseada nas teorias cientficas de Jean Piaget: o Mtodo Psicogentico, pelo

    educador Lauro de Oliveira Lima, no Cear; incio da campanha de alfabetizao de PauloFreire, em Pernambuco. Com isso, criou-se o Plano Nacional de Educao e o Programa

    Nacional de Alfabetizao, pelo Ministrio da Educao e Cultura, inspirado no MtodoPaulo FreirePerodo do Regime Militar(1964 - 1985)

    Com o Regime Militar, professores foram presos e demitidos; universidades foraminvadidas; estudantes foram presos e feridos, nos confronto com a polcia, e alguns forammortos; os estudantes foram calados e a Unio Nacional dos Estudantes proibida defuncionar; o Decreto-Lei 477 calou a boca de alunos e professores.

    Houve expanso das universidades no Brasil e foi criado o vestibular classificatrio.Para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetizao MOBRAL, aproveitando-se, em sua didtica, o Mtodo Paulo Freire. No funcionou e foiextinto.

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional de 1971 tentou dar uma formaoeducacional com cunho profissionalizante.

    Perodo da Abertura Poltica (1986 - 2003)

    Aps o Regime Militar, a discusso sobre as questes da educao passaram a ter um

    sentido mais amplo do que as questes pertinentes escola, sala de aula, didtica, relao direta entre professor e estudante e dinmica escolar em si mesma, passaram a fazer

    parte das questes polticas.O Ministro da Educao Paulo Renato de Souza tornou o Conselho Nacional de

    Educao menos burocrtico e mais poltico, vinculado ao Ministrio da Educao e Cultura.Tm sido executados vrios projetos na rea da educao.

    A educao continua a ter as mesmas caractersticas presentes em todos os pases domundo: priorizar o funcionamento das coisas para aqueles que freqentam as escolas emdetrimento da oportunidade de oferecer conhecimentos bsicos, para serem aproveitados pelosestudantes em suas vidas prticas.

    Apesar de toda essa evoluo e rupturas inseridas no processo, a educao brasileirano evoluiu muito no que se refere questo da qualidade. As avaliaes, de todos os nveis,esto priorizadas na aprendizagem dos estudantes, embora existam outros critrios. Osestudantes no aprendem o que as escolas se propem a ensinar.

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    Embora os Parmetros Curriculares Nacionais estejam sendo usados como norma deao, pouco contribuem para o desenvolvimento da qualidade da educao oferecida.