História da Febre Maculosa Brasileira
-
Upload
milena-camara -
Category
Documents
-
view
240 -
download
0
Transcript of História da Febre Maculosa Brasileira
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 1/113
I Workshop CCD/CDC for Rickettsial Diseases and Research
São Paulo, 03 de outubro de 2014 Milena Camara - Médica Veterinária
História da Febre MaculosBrasileira
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 2/113
Uma investigaçãoepidemiológica:
Quem, como, onde, por que,prevenção , controle, futuro ...
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 3/113
Registros da presença da
Febre Maculosa no Brasilpodem ser rastreados até ano de 1900
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 4/113
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Lutz de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 5/113
Fontes para a pesquisa dodados:
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 6/113
Foto: www.novomilenio.inf.br/santos/1913/h0300gp0123bg.jpg
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 7/113Foto: www.novomilenio.inf.br/santos/1913/h0300gp0119.jpg
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 8/113Foto: Relatório do Diretor de 1940 – Acervo do Núcleo de Documentação do Instituto Butantan
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 9/113
Qual o cenário dasriquetsioses até 1900?
Distribuição
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 10/113
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 11/113
= Tifo
= FMSéculos XV a XVII
1550-1554Toscana1542
Hungria
1505-1528Guerra deNápoles
1505-1507Portugal
Reconquistade Granada
1489-1492
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 12/113
= Tifo
= FMSéculos XV a XVII
1570México
1557-1570Espanha
1566Viena
1552Metz
1557-1570Espanha
1566Viena
1552Metz
1577Guatemala
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 13/113
= Tifo
= FMSéculos XV a XVII
1613-1618Tirol, Leipizig,
Boêmia e Áustria
1602Rússia
1591-1594Itália
1580Verona
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 14/113
= Tifo
= FMSéculos XV a XVII
1618-1648Guerra dos 30 anos
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 15/113
= Tifo
= FMSéculos XV a XVII
1659Canadá
1643-1650Grã Bretanha
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 16/113Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM
1718-1720 York
1708-1709Irlanda1735
Londres
1757-1759Viena
1764Nápoles
1799-1800Genova
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 17/113
Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM
1803-1815Guerras Napoleônicas
1812-1814México
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 18/113
Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM
1836Filadélfia
1847Canadá
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 19/113
Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM
1866Chile
1853-1856Guerra da Crimeia
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 20/113
Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM
1876-1877Tubingen
1868Prússia
1861-1865Guerra Civil Americana
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 21/113
Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM1894Argentina
1892Nova York
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 22/113
Séculos XVIII e XIX
= Tifo
= FM
1899Edward Maxey1ª publicação
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 23/113
1546 – 1ª publicação médica acurada sobre o Tifo Exantemático
http://books.google.co.uk/books?id=rG98CDUIsWoC&printsec=frontcover&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 24/113
1899 – 1ª publicação médica sobre a Febre Maculosa
Paper gentilmente disponibilizado pelo Dr. Marcelo B. Labruna
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 25/113
Antes disso, pouco temos sobre a FM
1873
O possível primeiro casoidentificado:
Jonas Willians.
Este caso só foi descritoem 1931
Foto: image2.findagrave.com/photos/2011/220/33111755_131287441378.jpgFonte: Philip RN. Rocky Mountain Spotted Fever in Western Montana – Anatomy of a Pestilence.Hamilton, Montana: The Bitter Root Valle Historical Societ ; 2000. P 3-5.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 26/113
1896
Primeiro registro escrito
sobre a doença:
Relatório do cirurgião doQuartel Boise, em Idaho,ao secretário da guerra
http://babel.hathitrust.org/cgi/pt?id=coo.31924106388600;view=2up;seq=572
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 27/113
1885-1902: 63 casos, 70% de letalidade. Levantamento de 1902
archive.org/download/bie1901nnia1902lreportofmontrich/bie1901nnia1902lreportofmontrich.pdf
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 28/113
Qual o cenário dasriquetsioses até 1900?
Diagnóstico
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 29/113
h t t p : / / w w w
. i n f e c t i o n l a n d s c a p e s . o r g / 2 0 1 1 / 0 6 / t y p h u s . h t m l
Tifo exantemático
h t t p : / / w e s t j e m
. c o m / i m a g e s / w h a t s - h o t - w i t h
- s p o t s - a n d -
r e d
- a l l - o v e r - m u r i n e - t y p
h u s . h t m l
Tifo murino
h t t p : / / w w w
. f o r e s t r y i m a g e s . o r g / b r o w s e / d e t a i l . c f m ? i m g n u
m = 0 0 0 1 0 5 2
Febre maculosa
Diagnóstico baseado em sintomatologia
As três apresentam alguns sintomas semelhantes, e ainda não
havia nenhum tipo de exame laboratorial disponível
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 30/113
Febre tifóide
Também apresenta alguns sintomas semelhantes, incluindo asroséolas tíficas, não tão semelhantes, mas que provocavam
confusão no diagnóstico.Já dispunha de prova laboratorial (cultura) [Eberth, 1880] e
anátomopatológica (lesões intestinais típicas) [Gerhard, 1837].
h t t p : / / w w w
. z i p h e a l . c o m
/ w p -
c o n t e n t / u p l o a d s / 2 0 1 3 / 0 3 / s y m p t o m s_ o f_ t y p h o i d
_ f e v e r . j p g
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 31/113
0%10%20%30%40%50%
60%70%80%
1 9 2 9
1 9 3 0
1 9 3 1
1 9 3 2
1 9 3 3
1 9 3 4
1 9 3 5
1 9 3 6
1 9 3 7
1 9 3 8
1 9 3 9
1 9 4 0
1 9 4 1
1 9 4 2
1 9 4 3
1 9 4 4
1 9 4 5
1 9 4 6
1 9 4 7
1 9 4 8
1 9 4 9
1 9 5 0
Porcentagem de casos com hipótese diagnóstica inicial defebre tifóide que tiveram diagnóstico final de TESP/FMB.Hospital de Isolamento de São Paulo, 1929-1950
1ª vez que a HD foi FMB
Até décadas depois permaneceu essa associação dos sintomasdas riquetsioses com a febre tifóide
Média de 22 anos: 41% dos casos confirmados de TESP/FMBtiveram suspeita inicial de febre tifóide
Fonte: Livro de movimento de doentes do Hospital de Isolamento. Acervo do Museu Emílio Ribas
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 32/113
A contribuição de AdolphLutz
Foto: www.bvsalutz.coc.fiocruz.br/html/pt/static/imagem_som/Slideshow/slideshow.htm. Foto 8
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 33/113
Rio deJaneiro
Berna
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 34/113
Lutz formou-se emmedicina pela
Universidade de Berna,na Suíça, e completou
sua formação nosprincipais laboratóriosda França, Alemanha eInglaterra [onde o TifoExantemático era hámuito conhecido].
Quando voltou ao Brasil,
tentou dar aulas naFaculdade de Medicina,mas .......
não dominava oportuguês!!
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 35/113
Em 1893 Lutz mudou-separa São Paulo,
assumindo o posto desubdiretor do Instituto
Bacteriológico.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 36/113
O que acontecia de
relevante em São Paulo népoca que Adolpho Lutzchegou?
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 37/113
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
1827
1829
1837
1846
1849
1851
1853
1855
1857
1859
1861
1863
1866
1868
187
1872
1874
1876
1878
188
1882
1884
1886
1888
189
1892
1894
1896
1898
19
l e i d o
v e n t r e l i v r e
l e i á u r e a
F e b r e t i f o i d e
Entrada de imigrantes em São Paulo. 1827-1901
Fonte: Secr. dos Negócios da Agr., Com. e Obras Publicas. Relatório de 1901
A d o l p h o L u t z
Movimentação populacional
A maioria, imigrantes europeus
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 38/113
Crescimento populacional
f
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 39/113
Comprovação de casos de Febre Tifóide
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 40/113
1900Primeiro registro médico
um diagnóstico de tifoexantemático em São Paullavrado por Adolpho Lutz
em uma necrópsia.
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Luts de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 41/113
1900
Primeiro registro médico um diagnóstico de tifoexantemático em São Pau
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Luts de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 42/113
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Luts de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 43/113
16 - Fiz a autopsia de um caso que tinha apresphenomenos febris e typhosos com numerosas pede pelle. Encontrou-se musculatura côr de carne foedema pulmonar intenso, coração pallido e mfígado pouco alterado, intestinos vasios distendidoulceras no ileon, ganglios mesentericos apenas umaugmentados junto do ileon. Baço muito intumediffluente. fiz culturas do baço e da bile. A autopfeita bastante tempo depois da morte, mas as prepdo baço não mostravam bacterias. Incubou-se o bapanno embebido de solução de sublimado). A bialaranjada muito espessa, a urina carregada com tralbumina, os rins muito pallidos.17 - As culturas da bile ficarão estereis; do baço obgermes de putrefação e coccos. Pelos elementos clanatomicos parece tratar-se de Typho Exanthematic
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Luts de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 44/113
16 - Fiz a autopsia de um caso que tinha apresphenomenos febris e typhosos com numerosas pede pelle. Encontrou-se musculatura côr de carne foedema pulmonar intenso, coração pallido e mfígado pouco alterado, intestinos vasios distendidoulceras no ileon, ganglios mesentericos apenas umaugmentados junto do ileon. Baço muito intumediffluente. fiz culturas do baço e da bile. A autopfeita bastante tempo depois da morte, mas as prepdo baço não mostravam bacterias. Incubou-se o bapanno embebido de solução de sublimado). A bialaranjada muito espessa, a urina carregada com tralbumina, os rins muito pallidos.17 - As culturas da bile ficarão estereis; do baço obgermes de putrefação e coccos. Pelos elementos clanatomicos parece tratar-se de Typho Exanthematic
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Luts de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 45/113
16 - Fiz a autopsia de um caso que tinha apresphenomenos febris e typhosos com numerosas pede pelle. Encontrou-se musculatura côr de carne foedema pulmonar intenso, coração pallido e mfígado pouco alterado, intestinos vasios distendidoulceras no ileon, ganglios mesentericos apenas umaugmentados junto do ileon. Baço muito intumediffluente. fiz culturas do baço e da bile. A autopfeita bastante tempo depois da morte, mas as prepdo baço não mostravam bacterias. Incubou-se o bapanno embebido de solução de sublimado). A bialaranjada muito espessa, a urina carregada com tralbumina, os rins muito pallidos.17 - As culturas da bile ficarão estereis; do baço obgermes de putrefação e coccos. Pelos elementos clanatomicos parece tratar-se de Typho Exanthematic
Sem sinais macropatológicosde Febre Tifóide
Fonte: Diário de trabalho do Dr. Adolpho Luts de 1900. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 46/113
16 - Fiz a autopsia de um caso que tinha apresphenomenos febris e typhosos com numerosas pede pelle. Encontrou-se musculatura côr de carne foedema pulmonar intenso, coração pallido e mfígado pouco alterado, intestinos vasios distendidoulceras no ileon, ganglios mesentericos apenas umaugmentados junto do ileon. Baço muito intumediffluente. fiz culturas do baço e da bile. A autopfeita bastante tempo depois da morte, mas as prepdo baço não mostravam bacterias. Incubou-se o bapanno embebido de solução de sublimado). A bialaranjada muito espessa, a urina carregada com tralbumina, os rins muito pallidos.17 - As culturas da bile ficarão estereis; do baço obgermes de putrefação e coccos. Pelos elementos clanatomicos parece tratar-se de Typho Exanthematic
Sem resultados
laboratoriais deFebre Tifóide
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 47/113
Após 1900
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 48/113
1904Decreto Federal nº 5.156 de 8 de MarçoArt. 145. São consideradas molestias de
notificação compulsoria:VII. Typho e febre typhoide
A obrigatoriedade de notificação do tifo exantemáticosó foi suprimida em 1961
www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-1909/decreto-5156-8-marco-1904-517631-publicacaooriginal-1-pe.html
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 49/113
Obs:No município de S. Paulo, a febre maculosa
continuou sendo de notificação compulsória atépelo menos 1977
Fonte: Diário Oficial do Município de São Paulo. 14/6/1977. Pg 10.
Óbit lé ti i f i E t d d S P
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 50/113
Fonte: Annuario Demographico - Secção de Estatistica Demographo-Sanitaria do Estado de SP
Óbitos por moléstias infecciosas no Estado de S. P.
Óbit lé ti i f i E t d d S P
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 51/113
Fonte: Annuario Demographico - Secção de Estatistica Demographo-Sanitaria do Estado de SP
Óbitos por moléstias infecciosas no Estado de S. P.
Assim que se tornam denotificação compulsória, já aparecem casos tanto
na capital quanto nointerior.
Poucos casos, não grandesconcentrações como se
esperaria de verdadeiroscasos de tifo
exantemático.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 52/113
Registros encontrados
Fonte: Relatório do Diretor - 1905. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 53/113
1905Relatório das necrópsias
Fonte: Relatório do Diretor - 1905. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 54/113
Autopsias Nas autopsias feitas para verificaçdas causas de obito, em numero de 9 chegamoaos seguintes diagnosticos: myocardite typho-exanthematico 1diphteria 1, sarampão
1, pleuro-pneumonia 1, pneumonia 1, febrtyphoide 1, tuberculose 1 e angio-collitis 1
Além do exame anatomo-pathologico forão
tambem feitos os exames microscopicos bacteriologicos necessarios para oestabelecimento do respectivo diagnostico.
Fonte: Relatório do Diretor - 1906. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 55/113
1906Relatório das necrópsias
Fonte: Relatório do Diretor - 1905. Acervo do Museu do Instituto Adolfo Lutz.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 56/113
Autopsias Nas autopsias feitas para verificaçãcausa de morte em numero de 22 chegamos aseguintes diagnosticos:typho-exanthematico 3peste bubonica 1 pneumonia pestosa 1 febtyphoide 1 pleuro pneumonia 1 pneumondupla 1 pneumonia hypostatica 1 meningcerebroespinhal 5 enterite 2 peritonite tubercusa 1 meningite pneumococcica 1myocardite 1 tuberculose generalisada 1hydrophobia 1 e syphilis 1Além do exame anatomo-pathologico forãtambem feitos os exames microscopicos bacteriologicos necessarios para o estabelecimedos respectivos diagnosticos
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 57/113
Comparando com FMB de 1929 a 1944
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 58/113
Comparando com FMB de 1929 a 1944
Fonte: H. Pascale. Rickettsioses em São Paulo. Arquivos de Higiene e Saúde Pública.1949;14(39)
Comparando com FMB no Estado em 2012
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 59/113
Comparando com FMB no Estado em 2012
Fonte: Sinan, Div. Zoonoses CVE/CCD/SES-SP.
Verifica-se que o padrão de distribuição dos casos no Estado é
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 60/113
q p çassemelhado nas diversas épocas.
Comportamento esperado na FMB, que permanece, ao longo dotempo, nas áreas onde as condições ecológicas mantém-se favoráveis.
Município Casos AnosCapital 18 1900 1904 1907 1911 1913 1920 1924 1927if
o
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 61/113
Capital 18 1900, 1904-1907, 1911, 1913, 1920, 1924, 1927Barretos 1 1920Caçapava 1 1908
Campinas (Sta. Cruz) 1 1907Capão Bonito do Pardo 1 1915
Dois Córregos 1 1915Franca 1 1910
Jaboticabal 2 1907, 1909Jahú 1 1913
Mogi das Cr. (Suzano) 1 1920Pedreira 1 1924
Porto Feliz (Boituva) 1 1907 ou 1908Santo Amaro 2 1909Santos 1 1924
S. Bento do Sapucahy 1 1907São José do Rio Pardo 1 1908
São Roque 1 1907 ou 1908Sertãozinho 1 1928
Socorro 1 1907Sta. Adélia 2 1919, 1923
Sta. Bárbara 1 1907Sta. Cruz do Rio Pardo 3 1907Sta. Rita do Passa Q. 1 1922
Tietê 2 1911, 1919
Fonte: Annuario Demographico - Secção de Estatistica Demographo-Sanitaria do Estado de SP
M u n i c í p i o s c o m d i a g n ó s t i c o d e t i f
e x a n t e m á t i c o e m S P
.1900 1928
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 62/113
De 1900 a 1929:Progressos no conhecimen
das riquetsioses
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 63/113
1902 Wilson e Chownin- Pensaram ter encontrado o agente etiológico : Piroplasma
hominis no sangue dos doentes;
- Propuseram a teoria da transmissão pelos carrapatos[inspirados na febre transmitida ao gado pelo carrapato,conhecida desde 1868 como Texas Fever].
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 64/113
1906 a 1909 Ricketts:Demonstrou que:- a febre maculosa era causada por um agente infeccioso
sem identificar qual);- o agente infeccioso não sobrevivia em meios de cultura;- era retido pelos filtros bacteriológicos um ‘vírus’ grande); - a doença era transmitida pela picada de carrapatos;- pessoas e animais curados tornavam-se imunes;
- o carrapato vetor tinha ciclo de vida trioxeno, e não eraapenas um vetor mecânico;- as larvas infectadas mantinham a infecção durante a fase
de ninfa e de adulto.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 65/113
1908 - EUA
1ª prova laboratorial paraFM: inoculação em
porquinhos da Índia
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 66/113
1909 - Charles Nicole:Demonstrou que:- o tifo exantemático era causado por um agente infeccioso
sem identificar qual);
- o piolho era o vetor do agente infeccioso.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 67/113
1916 Rocha Lima:
- Isolou o agente etiológico do tifo exantemático no intestinode piolhos;
- Verificou que esse agente constituía um grupo especial debactérias intracelulares estritas), e batizou-o com o nomede Rickettsia prowazeki [em homenagem aos doispesquisadores que perderam a vida enquanto buscavamisolá-lo].
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 68/113
Rocha Lima nãorecebe até hoje
o devidoreconhecimentopela descobertadas riquétsias.
Ainda afirma-seque o
organismo foichamado de
Rickettsia , porter sido Rickettso seu primeirodescobridor.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 69/113
1916 Weil e Felix:Desenvolveram a reação de Weil-Felix para diagnosticar o
tifo exantemático que atacava os soldados.
Foi o primeiro exame sorológico disponível, mas não
diferenciava nem as espécies nem os grupos de riquétsias.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 70/113
19204 anos após o desenvolvimento da técnica)Primeiro diagnóstico de tifo exantemático pela técnica de
Weil-Felix na capital de SP
onte: Brazil-Medico. 30/10/1920. 44:715-18.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 71/113
1919 Wolbach:
Demonstrou o agente da febre maculosa, descreveu suascaracterísticas e propriedades, e lhe propôs o nome de
Derm acentroxenus ricketsi.
1920 Wolbach e ToddPropuseram o nome de Dermacentroxenus typhi , para o
agente causador do tifo murino.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 72/113
1922 Emile BrumptDefendeu que o agente da febre maculosa pertencia ao
gênero das riquétsias, e propôs o nome de Rickettsiaricketsii .
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 73/113
1924 Spencer e ParkerDesenvolveram a primeira vacina contra febre maculosa,em que a Rickettsia era obtida em carrapatos infectados
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 74/113
1928 MooserDemonstrou que o tifo exantemático e o tifo murino podiamser claramente diferenciados
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 75/113
1929 Hospital deIsolamento de Doentes, DJosé de Toledo Piza
Início do reconhecimento da FebMaculosa em S. Paulo
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 76/113
S. Paulo, dia 28 de setembro de 1929
— MHM, 24 anos, solteira, começou com uma ligeiraindisposição à tarde. — Dia 29 – fortes dores no estômago e cabeça, mialgia
intensa e náuseas. Médico da família suspeitou deinfecção intestinal.
— Dia 30 – Febre de 40ºC. — Dia 01/10 – erupção cutânea generalizada. Médico
mudou a suspeita para escarlatina. O serviço sanitáriofez o isolamento domiciliário.
— Dia 06 – grande piora do quadro. O médico da famíliaestava ausente da cidade. O Dr. José de Toledo Piza foichamado para atendê-la, passando a suspeitar de tifoexantemático.
Fonte: J T Piza. Typho Exanthematico de São Paulo. Soc. Impressora Paulista. 1932. Pp 39-41.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 77/113
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 78/113
1930
Um dos casos relatados por Pizaera o de um funcionário do
Instituto Biológico de S. Paulo
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 79/113
Quarta-feira, 14 de novembro de 1935
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 80/113
Como a suspeita era de TifoExantemático, as ações de contro
que começaram a ser feitas nacidade, eram voltadas para pulga
e piolhos.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 81/113
O Dr. José de Toledo Piza,édi d H i l d
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 82/113
médico do Hospital deIsolamento de São Pauloacompanhou e estudou
todos os casos queestiveram internados
naquele hospital.
Com o acúmulo dasobservações passou aconsiderar que essa doençanão era propriamente o tifo
exantemático, devido aalgumas diferenças clínicas,aspectos epidemiológicos e
comportamento
experimental.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 83/113
1932
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 84/113
De 1930 a 1946:
Progressos no conhecimene combate da riquetsiose
brasileira.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 85/113
1930O Instituto Butantã, principalmente através do Dr. LemosMonteiro, se propõe a realizar estudos experimentais paraelucidar a “nova doença” .
1932 — Demonstrou a capacidade vetorial do A. cajennense — E que haviam duas doenças diferentes: uma mais letal,
que se manifestava nas localidades rurais e peri-rurais, eoutra mais benigna, que se manifestava em áreasurbanizadas com presença de roedores e suas pulgas.
— Iniciou estudos para uma vacina contra a nova doença
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 86/113
Nov. de 1933O Diretor do Departamento de Saúde do Estado de São
Paulo nomeou uma comissão para estudar o TyphoExanthematico de São Paulo e sugerir medidas profiláticas.
Participavam dela os drs. Piza, Salles Gomes, LemosMonteiro, e Meyer.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 87/113
Essas medidas profiláticas foram postas em prática pela
Inspectoria de Prophylaxias das Doenças Infectuosas:
- Combate aos carrapatos por meio de queima erotação de pastagens, banheiros carrapaticidas para
o gado e animais domésticos, controle do trânsitointermunicipal de animais, extermínio de roedores eanimais silvestres, estudo de possíveis parasitas decarrapatos e seus inimigos naturais, medidas de
defesa individual contra picadas, etc
- Vacinação preventiva
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 88/113
1935 - Lemos Monteiro — Após trabalhos conjuntos e correspondência com o Dr.
Parker EUA), Lemos Monteiro publicou o parecer de queo combate ao carrapato só é viável em determinadascondições, fora das quais, é impraticável e, se for tentado,mesmo com sucesso, não compensará as despesas.
Apresentou como medidas profiláticas efetivas: — Medidas para evitar a infestação pessoal por carrapatos,
ou para removê-los o mais depressa possível, e — Vacinação preventiva das pessoas residentes ou quetenham contato com áreas infestadas.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 89/113
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 90/113
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 91/113
Dr. José Lemos Monteiro
19 de outubro de 1935 – preparando a primeira partida davacina contra a febre maculosa nas novas instalações doInstituto Butantã destinadas a essa produção), sofreu umacidente durante a trituração dos carrapatoscontaminados e, juntamente com seu auxiliar-técnicoEdson de Andrade Dias, se infectou com alta carga deriquétsias por via aérea.
24 de outubro – Edson Dias apresentou os primeiros
sintomas, falecendo em 31 de outubro.31 de outubro – Lemos Monteiro apresentou os primeiros
sintomas, falecendo em 6 de novembro.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 92/113
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 93/113
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 94/113
Produção de vacinas1935 – perdem-se as amostras deixadas por Lemos
Monteiro1936 – Recomposição das amostras e início de criação decarrapatos em larga escala1937 – Preparados 2 primeiros lotes da vacina tipo Spencer-Parker carrapatos)1938 – Produzidas 5 partidas
Fonte: Relatórios do Diretor – Acervo do Núcleo de Documentação do Instituto Butantan
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 95/113
1937Samuel Libânio, catedrático da Universidade de
Minas Gerais propôs que a enfermidade verificadatanto em S. Paulo como em Minas Gerais, fosse
denominada FEBRE MACULOSA BRASILEIRA
Fonte: S Libanio. Typho exanthematico em Minas Gerais. O Hospital. dez 1937; 12(6):927-34
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 96/113
Produção de vacinas1939 – Início da vacinação nos focos da doença, pela‘Secção de Epidemiologia’ do Estado de São Paulo .
1940 – “A vacina vem sendo largamente empregada peloDepartamento de Saúde do Estado de São Paulo comomedida preventiva nos focos de infecção maculosa ”.1940 – Início das experiências para produzir a vacina tipoCox embrião de galinha).1942 – Vacina tipo Cox em fase de confirmação da atividadeantigênica.
Fonte: Relatórios do Diretor – Acervo do Núcleo de Documentação do Instituto Butantan
d d
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 97/113
Produção de vacinas1944 – Trabalhos para estabelecer condições de preparoem larga escala da ovo-vacina contra a Febre Maculosa“ or intermédio da ‘ an American Union ’ e do ‘NationalInstitute of Health ’ teve o Dr. Travassos a oportunidade deconseguir da ‘Typhus Commission ’ licença especial parase pôr a par das técnicas mais recentes ainda inéditasrelativas ao preparo em larga escala dessas vacinas entãosob segredo de guerra”
1945 – Preparo de 8 lotes da vacina para fins experimentaispelo Departamento de Saúde focos no interior)1946 – Encerrada a produção da vacina tipo spencer –Parker. Preparadas 11 partidas da vacina tipo Cox.
Fonte: Relatórios do Diretor – Acervo do Núcleo de Documentação do Instituto Butantan
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 98/113
Houve ocasiões em que a produção das vacinas peloInstituto Butantan foram insuficientes para atender à
demanda. Há registro de termos recebido gratuitamentedos EUA, em 1943, 6.000 doses de vacina contra a febre
maculosa, para suprir essa deficiência.
As vacinações continuaram nas áreas de ocorrência desurtos até à década de 1980, no Estado de São Paulo.
A última partida foi produzida em 1983, no InstitutoButantan.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 99/113
Vacinação contra a febre maculosaLemos Monteiro e Edson Dias haviam recebido vacinação hámenos de 2 anos antes de sua morte. Isso demonstrou que avacina contra o TESP não determinava imunidade muitoduradoura.
Estabeleceu-se o seguinte esquema de vacinação preventiva:3 doses por via subcutânea, sendo que a dose para menoresde 10 anos era de 1ml e para maiores, 2 ml.
A revacinação com 1 ou 2 doses deveria ser feita no mínimoanualmente, mas de preferência semestralmente.
Fonte: Memórias do Instituto Butantan. 1944-1945. Tomo XVIII, pg. 88
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 100/113
Progressos no tratamento
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 101/113
1943Instituto Butantan inicia estudos para o preparo de sorocurativo contra a Febre Maculosa.
O soro obtido de cavalos foi aplicado em 12 doentes, tendo
resultados satisfatórios em 9 deles.
1944Instituto Butantan projeta pesquisas sobre a possível
atividade da penicilina sobre a Febre Maculosa.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 102/113
1947-1948Trabalhos publicados nos EUA demonstramexperimentalmente que o cloranfenicol é de real proveito
no tratamento das riquetsioses.
1948Wong e Cox demonstraram a eficiência da aureomicinatetraciclina de 1ª geração) no tratamento das riquetsioses.
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 103/113
CasuísticaDécadas de 1930-1950
FEBRE MACULOSA NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULOMunicípios atingidos, em ordem cronológica, segundo a verificação dos casos. 1930-1943
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 104/113
Fonte: JT Piza. Aspectos de uma campanha sanitária contra a febre maculosa em plena zona rural. O Hospital. Jun 1945;26(6):917-55
Casos de FMB diagnosticados no Hospital de Isolamento de SP noperíodo de 1929 a 1950
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 105/113
Fonte: Livro de movimento de doentes do Hospital de Isolamento. Acervo do Museu Emílio Ribas
Casos de óbito por FMB diagnosticados no Hospital deIsolamento de SP no período de 1929 a 1952 (1)
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 106/113
MUNICÍPIO ATUAL ÓbitosCapital 177
Santo André 21Mogi das Cruzes 10
Itapecerica da Serra 6São Bernardo do Campo 6
São Caetano do Sul 6Ribeirão Pires 5
Caieiras 3Guarulhos 4
Itaquaquecetuba 3Osasco 3Suzano 3Cotia 1Mauá 2
Franco da Rocha 1Jandira 1
Vargem Grande Paulista 2
Fontes:livros de movimento dedoentes do Hospital deInfectologia de S. Paulo(acervo do Museu de SaúdePública),Piza JT, Meyer JR, GomesLS. Typho Exanthematico deSão Paulo. Soc. ImpressoraPaulista, 1932.
(1) Excluídos os meses de janeiro a setembro de 1929, e julho a dezembro de 1952
Isolamento de SP no período de 1929 a 1952 (1)
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 107/113
CasuísticaApós a década de 1950
????
Pistas para futuras investigações
1957-1962 - 28 casos internados no Hospital Emílio Ribas( i i b d S P l M gi d
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 108/113
(zonas rurais e periurbanas de S. Paulo e Mogi dasCruzes + 1 de MG)
1957-1972 - 52 casos diagnosticados no Hospital EmílioRibas (4 óbitos)
1957-1974 - 53 casos registrados no Hospital EmílioRibas (municípios vizinhos à capital paulista)
1967 - 5 casos internados no Hospital Emílio Ribas (árearural de Mogi das Cruzes + 1 área periurbana de S. Paulo)
1976-1982 - 10 casos diagnosticados no Hospital EmílioRibas
1979 - 1 caso na Ponte Rasa, S. Paulo + 1 em Botucatu
1985-1997
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 109/113
1990 - 1 caso - Ipiranga, S. Paulo
1991 - 1 caso - Bela vista, 1 - Taiaçupeba
1992 - 1 caso - Penha de França, S. Paulo
1993 - 1 caso - Cotia
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/zoo/fm_d8597.htm
1953 1970
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 110/113
Piedade-SP Diadema
1970
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 111/113
Santo André
1970
8/11/2019 História da Febre Maculosa Brasileira
http://slidepdf.com/reader/full/historia-da-febre-maculosa-brasileira 112/113
1970Região do ABCD Paulista