História da Vida nível 2 Maio de 2012

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Arqueologia Bíblica Digitais do Criador Passatempo Cidades Muradas Quem é ELE? Moscas com “piloto automático” Universo? De onde veio o

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Comecemos do início: alguma coisa pode surgir do nada? Hum, difícil, hein?! Impossível, você diria. Tudo tem um começo, um início, como este texto. Então, por que seria diferente com a Terra e o Universo?

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Ano 7 - número 3

Editor:

Michelson BorgesProjeto Gráfico e Diagramação:

Rithielle MarecaCapa:

Rithielle Marecaimagem de capa:

Fotolia / ighostimagens internas:

Fotolia

8993/26252 - Reprodução do Ano 2 - N0 2

Diretor-Geral: José Carlos de LimaDiretor Financeiro: Edson Erthal de MedeirosRedator-Chefe: Rubens S. LessaGerente de Produção: Reisner MartinsGerente de Vendas: João Vicente PereyraGerente de Didáticos: Alexsander DutraChefe de Expedição: Eduardo G. da LuzChefe de Arte: Marcelo de SouzaCoordenadoras pedagógicas: Carmen de Souza e Doris de Lima

CASA PUBLICADORA BRASILEIRAEditora da Igreja Adventista do Sétimo DiaRodovia Estadual SP 127, km 106, CP 34; CEP:18270-970 - Tatuí, SP

Fone: (15) 3205-8800 Fax: (15) 3205-8900

História da Vida nível 2: Marca Registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, do Ministério da Indústria e do Comércio. Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial de matérias deste periódico sem autorização por escrito dos editores.

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Comecemos do início: alguma coisa pode surgir do nada? Hum, difícil, hein?! Im-

possível, você diria. Tudo tem um começo, um início, como este texto.

Então, por que seria diferente com a Terra e o Universo? O raciocínio lógico é que alguém tenha posto toda essa complexa estrutura para funcionar. Mas quem? Como?

A Bíblia tem uma resposta para isso. O livro de Gênesis – que, não por acidente, quer dizer “começo”, “origem” – conta a história da criação dos Céus e da Terra. E a explicação dada não é o acaso. Segundo as Escrituras, foi Deus quem criou o Universo, o mundo e tudo o que há neles. E criou também você.

Você pode acreditar ou não nessa história, mas ela faz muito sentido!

Você já ouviu falar em “argumento cos-mológico”? Sabia que dá para chegar

à conclusão de que Deus existe sem usar a Bíblia? Preste atenção a estas afi rmações lógicas:

1. Tudo o que teve um começo teve uma causa.

2. O Universo teve um começo.3. Portanto, o Universo teve uma causa.A premissa número 1, que diz que tudo

o que teve um começo teve uma causa, é a lei da causalidade, o princípio fundamen-tal da ciência. Sem a lei da causalidade é impossível haver ciência. Mas será que a premissa número 2 é verdadeira? O Uni-verso teve um começo?

A primeira prova disso vem da segun-da lei da termodinâmica (uma lei da física), que afi rma que a cada momento que pas-sa, a quantidade de energia utilizável está fi cando menor, o que signifi ca que um dia toda a energia útil terá se esgotado e o Uni-verso morrerá. Já a primeira lei da termodi-nâmica afi rma que a quantidade de ener-gia no Universo é constante, ou seja, fi nita.

Para fi car mais fácil, imagine que um carro tenha certa quantidade fi nita de

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Comecemos do início: alguma coisa pode surgir do nada? Hum, difícil, hein?! Im-

possível, você diria. Tudo tem um começo, um início, como este texto.

Então, por que seria diferente com a Terra e o Universo? O raciocínio lógico é que alguém tenha posto toda essa complexa estrutura para funcionar. Mas quem? Como?

A Bíblia tem uma resposta para isso. O livro de Gênesis – que, não por acidente, quer dizer “começo”, “origem” – conta a história da criação dos Céus e da Terra. E a explicação dada não é o acaso. Segundo as Escrituras, foi Deus quem criou o Universo, o mundo e tudo o que há neles. E criou também você.

Você pode acreditar ou não nessa história, mas ela faz muito sentido!

Você já ouviu falar em “argumento cos-mológico”? Sabia que dá para chegar

à conclusão de que Deus existe sem usar a Bíblia? Preste atenção a estas afi rmações lógicas:

1. Tudo o que teve um começo teve uma causa.

2. O Universo teve um começo.3. Portanto, o Universo teve uma causa.A premissa número 1, que diz que tudo

o que teve um começo teve uma causa, é a lei da causalidade, o princípio fundamen-tal da ciência. Sem a lei da causalidade é impossível haver ciência. Mas será que a premissa número 2 é verdadeira? O Uni-verso teve um começo?

A primeira prova disso vem da segun-da lei da termodinâmica (uma lei da física), que afi rma que a cada momento que pas-sa, a quantidade de energia utilizável está fi cando menor, o que signifi ca que um dia toda a energia útil terá se esgotado e o Uni-verso morrerá. Já a primeira lei da termodi-nâmica afi rma que a quantidade de ener-gia no Universo é constante, ou seja, fi nita.

Para fi car mais fácil, imagine que um carro tenha certa quantidade fi nita de

combustível (isso corresponde à primei-ra lei) e ele está ligado e consumindo esse combustível (isso é a segunda lei). Seu carro estaria funcionando agora se estivesse liga-do a um tempo infi nitamente distante no passado? Da mesma maneira, o Universo estaria sem energia agora se estivesse fun-cionando desde toda a eternidade passa-da. Mas aqui estamos nós, e o Sol ainda bri-lha, a vida ainda existe, o que signifi ca que o Universo deve ter começado em algum tempo no passado fi nito. E é exatamente isso o que diz a Bíblia: tudo o que existe foi trazido à existência do nada.

Note bem: em algum tempo passado, no princípio, Deus criou tempo, espaço e maté-ria. Não havia mundo natural ou leis natu-rais antes da Criação. E uma vez que a causa não pode vir depois de seu efeito, as forças naturais não foram responsáveis pelo surgi-mento do Universo. Alguém acima da natu-reza e sobrenatural é que fez isso.

À luz das evidências, fi camos com apenas duas opções: ou ninguém criou uma coisa do nada ou alguém criou al-guma coisa do nada. O que lhe parece mais lógico?

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Quando olhamos para o céu, numa noite escura, além da Lua, se destaca uma tênua feixa luminosa que corta o céu de fora a fora. Aos gregos antigos parecia um “caminho de leite”, daí por que foi chamada de Via Láctea. No início do século XVII, com a invenção do telescópio, os astrônomos perceberam que a luz da Via Láctea consiste da luz “misturada” emitida por um número muito grande de estrelas. Quanto maior o telescópio utilizado, mais estrelas são vistas nessa faixa do céu. Hoje sabemos que essa faixa é a visão que temos de nossa própria galáxia, vendo-a por dentro. Galáxias são agrupamentos imensos nos quais se reúnem as estrelas (e entre elas muito gás e poeira). Nossa galáxia é do tipo espiral. O tamanho dela e a localização do Sol são conhecidos há quase 80 anos. Isso foi possível observando aglomerados estelares (globulares) que se distribuem fora do plano da galáxia. Estima-se que a Via Láctea possua entre 200 e 250 bilhões de estrelas.

A Via Láctea

Astrônomos usando o telescópio es-pacial Spitzer observaram uma nebulosa surpreendente que tem o formato de uma hélice dupla, próxima ao centro da Via Lác-tea. Eles estimam que a nebulosa tenha cerca de 80 anos-luz de comprimento e esteja situada a 300 anos-luz do grande buraco negro que fi ca no meio da galáxia.

A nebulosa em forma de DNA impres-sionou os astrônomos envolvidos. “Nós nunca vimos nada como isso no domínio cósmico. A maioria das nebulosas são ga-láxias em espiral cheias de estrelas ou con-glomerados amorfos de poeira e gás. O que nós vemos indica um alto grau de or-dem”, disse Mark Morris, professor de as-tronomia da UCLA e autor do estudo.

Morris acha que o campo magnético do centro da Via Láctea seja o responsável pelo intrigante formato da nebulosa. Esse campo – que é cerca de mil vezes mais fra-co que o do Sol – ocupa um volume tão

grande de espaço que possui muito mais energia que o campo magnético do Sol. Morris acredita que todas as galáxias que têm um centro galáctico bastante concen-trado também devem ter um forte cam-po magnético.

O que exatamente criou a onda de tor-ção ainda é um mistério, mas Morris não acredita que o grande buraco negro no centro da galáxia seja o culpado. Orbitan-do o buraco negro, a muitos anos luz de distância, está um disco massivo de gás que Morris levantou a hipótese de estar ancorando as linhas de campo magnético. O disco passa pela órbita do buraco negro aproximadamente uma vez a cada dez mil anos. “Uma vez a cada dez mil anos é exa-tamente o que precisamos para explicar a torção das linhas de campo magnético que vemos da nebulosa”, disse Morris.

O artigo de Morris foi publicado na re-vista Nature.

Astrônomos encontram nebulosa em forma de DNA

Nota: Atente para estes detalhes: “O que nós ve-mos indica um alto grau de ordem”, “O que exa-tamente criou a onda de torção ainda é um mis-tério”. Alto grau de ordem e organização podem surgir do nada? Você gostaria de sugerir a resposta?

Imagine uma família de camundongos que tenha vivido toda sua vida em um gran-de piano. A eles, no mundo do seu piano, vinha a música do instrumento, enchendo to-dos os lugares escuros com som e harmonia. Primeiramente os camundongos fi caram impressionados. Eles extraíam conforto e admiração do pensamento de que havia Al-guém que produzia tal música – embora invisível a eles – acima, contudo, perto deles. Eles gostavam de pensar no Grande Pianista que eles não podiam ver.

Então, um dia, um destemido camundongo resolveu subir na parte superior do pia-no e retornou cheio de ideias. Ele tinha descoberto como a música era produzida. As cordas eram o segredo – cordas fi rmemente esticadas, com tamanhos graduados, as quais tremiam e vibravam. Eles deviam agora fazer uma revisão de suas velhas cren-ças; ninguém, a não ser os mais conservadores, poderia crer mais no Pianista Invisível.

Mais tarde, outro explorador conduziu a explicação mais adiante. Martelos eram ago-ra o segredo, um número de martelos dançando e saltando sobre as cordas. Esta era uma teoria um pouco mais complicada, mas tudo isso demons-trava que eles viviam em um mundo puramente mecânico e matemático. O Pianista Invisível pas-sou a ser considerado um mito.

Mas o Pianista continuou a tocar. (Publicado no London Observer, 1993. Transcri-

to em Diálogo Universitário 5:1, 1993.)

“Não nos perguntamos qual o propósito útil dos pássaros cantarem, pois o canto é o seu pra-zer, uma vez que foram criados para cantar. Simi-larmente, não devemos perguntar por que a mente humana se inquieta com a extensão dos segredos dos céus... A diversidade do fenômeno da natureza é tão vasta e os tesouros escondidos nos céus tão ricos, precisamente para que a mente humana nunca tenha falta de alimento” (Johannes Kepler, Mysterium Cosmographicum)

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Quando olhamos para o céu, numa noite escura, além da Lua, se destaca uma tênua feixa luminosa que corta o céu de fora a fora. Aos gregos antigos parecia um “caminho de leite”, daí por que foi chamada de Via Láctea. No início do século XVII, com a invenção do telescópio, os astrônomos perceberam que a luz da Via Láctea consiste da luz “misturada” emitida por um número muito grande de estrelas. Quanto maior o telescópio utilizado, mais estrelas são vistas nessa faixa do céu. Hoje sabemos que essa faixa é a visão que temos de nossa própria galáxia, vendo-a por dentro. Galáxias são agrupamentos imensos nos quais se reúnem as estrelas (e entre elas muito gás e poeira). Nossa galáxia é do tipo espiral. O tamanho dela e a localização do Sol são conhecidos há quase 80 anos. Isso foi possível observando aglomerados estelares (globulares) que se distribuem fora do plano da galáxia. Estima-se que a Via Láctea possua entre 200 e 250 bilhões de estrelas.

A Via Láctea

O Grande Pianistagrande de espaço que possui muito mais energia que o campo magnético do Sol. Morris acredita que todas as galáxias que têm um centro galáctico bastante concen-trado também devem ter um forte cam-po magnético.

O que exatamente criou a onda de tor-ção ainda é um mistério, mas Morris não acredita que o grande buraco negro no centro da galáxia seja o culpado. Orbitan-do o buraco negro, a muitos anos luz de distância, está um disco massivo de gás que Morris levantou a hipótese de estar ancorando as linhas de campo magnético. O disco passa pela órbita do buraco negro aproximadamente uma vez a cada dez mil anos. “Uma vez a cada dez mil anos é exa-tamente o que precisamos para explicar a torção das linhas de campo magnético que vemos da nebulosa”, disse Morris.

O artigo de Morris foi publicado na re-vista Nature.

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Astrônomos encontram nebulosa em forma de DNA

Nota: Atente para estes detalhes: “O que nós ve-mos indica um alto grau de ordem”, “O que exa-tamente criou a onda de torção ainda é um mis-tério”. Alto grau de ordem e organização podem surgir do nada? Você gostaria de sugerir a resposta?

Imagine uma família de camundongos que tenha vivido toda sua vida em um gran-de piano. A eles, no mundo do seu piano, vinha a música do instrumento, enchendo to-dos os lugares escuros com som e harmonia. Primeiramente os camundongos fi caram impressionados. Eles extraíam conforto e admiração do pensamento de que havia Al-guém que produzia tal música – embora invisível a eles – acima, contudo, perto deles. Eles gostavam de pensar no Grande Pianista que eles não podiam ver.

Então, um dia, um destemido camundongo resolveu subir na parte superior do pia-no e retornou cheio de ideias. Ele tinha descoberto como a música era produzida. As cordas eram o segredo – cordas fi rmemente esticadas, com tamanhos graduados, as quais tremiam e vibravam. Eles deviam agora fazer uma revisão de suas velhas cren-ças; ninguém, a não ser os mais conservadores, poderia crer mais no Pianista Invisível.

Mais tarde, outro explorador conduziu a explicação mais adiante. Martelos eram ago-ra o segredo, um número de martelos dançando e saltando sobre as cordas. Esta era uma teoria um pouco mais complicada, mas tudo isso demons-trava que eles viviam em um mundo puramente mecânico e matemático. O Pianista Invisível pas-sou a ser considerado um mito.

Mas o Pianista continuou a tocar. (Publicado no London Observer, 1993. Transcri-

to em Diálogo Universitário 5:1, 1993.)

“Não nos perguntamos qual o propósito útil dos pássaros cantarem, pois o canto é o seu pra-zer, uma vez que foram criados para cantar. Simi-larmente, não devemos perguntar por que a mente humana se inquieta com a extensão dos segredos dos céus... A diversidade do fenômeno da natureza é tão vasta e os tesouros escondidos nos céus tão ricos, precisamente para que a mente humana nunca tenha falta de alimento” (Johannes Kepler, Mysterium Cosmographicum)

“A fé e a razão caminham juntas, mas a fé vai mais longe.” Agostinho

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Seguindo as letras que se tocam em linha reta, de quantas maneiras poderemos ler a palavra Ele neste

diagrama? Cuidado para não fundir a cuca!

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Ele Cidades“Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou,

e tudo passou a existir.” Salmo 33:9. Em julho de 2006, na mesma manhã em que

desenterrei uma “escama” de bronze da cou-raça de um guerreiro do décimo século a.C.,

numa camada arqueológica marcada por evidên-cias de violento combate e destruição em Me-gido, no norte de Israel, moderníssimos caças israelenses passaram em voos rasantes sobre nos-sa cabeça, voltando de mais um bombardeio no Lí-bano. Evidentemente, a tecnologia de guerra evo-luiu enormemente, mas não a natureza humana. Como há milênios, os homens de hoje continuam se odiando e se matan-do pelos motivos de sempre... e ansiando pela paz.

A Bíblia está re-pleta de relatos de guerra, bem como de lições de paz. As escavações arqueo-lógicas, por sua vez, têm revelado que a guerra e o medo da guerra dominavam a vida das pessoas dos tempos bíblicos, e nos ajudam a compreender as histórias e os ensinos bíblicos.

Para se protegerem dos ataques inimigos, to-das as cidades eram circundadas por imensos mu-ros de pedra. Os muros de Tel Dan, por exemplo, cidade na fronteira norte de Israel, tinham apro-ximadamente 5 a 7 metros de altura por quase 4 metros de largura. Falar de uma cidade sem muros era falar de absoluta fraqueza e vulnera-bilidade: “Como cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não pode contro-lar seu espírito” (Provérbios 25:28).

O acesso às cidades se fazia através de imen-sos portais. Os de Gezer, Megido e Hazor, recons-truídos por Salomão (1 Reis 9:15), descobertos por arqueólogos, são quase idênticos, devendo ter se-guido a mesma planta básica. Eles eram rapida-

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Ele Cidadesmuradas

“Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir.” Salmo 33:9.

Jorge Fabbro é arqueólogo e presidente da Associação de Amparo à Criança e

ao Adolescente (Educriança)

Em julho de 2006, na mesma manhã em que desenterrei uma “escama” de bronze da cou-raça de um guerreiro do décimo século a.C.,

numa camada arqueológica marcada por evidên-cias de violento combate e destruição em Me-gido, no norte de Israel, moderníssimos caças israelenses passaram em voos rasantes sobre nos-sa cabeça, voltando de mais um bombardeio no Lí-bano. Evidentemente, a tecnologia de guerra evo-luiu enormemente, mas não a natureza humana. Como há milênios, os homens de hoje continuam se odiando e se matan-do pelos motivos de sempre... e ansiando pela paz.

A Bíblia está re-pleta de relatos de guerra, bem como de lições de paz. As escavações arqueo-lógicas, por sua vez, têm revelado que a guerra e o medo da guerra dominavam a vida das pessoas dos tempos bíblicos, e nos ajudam a compreender as histórias e os ensinos bíblicos.

Para se protegerem dos ataques inimigos, to-das as cidades eram circundadas por imensos mu-ros de pedra. Os muros de Tel Dan, por exemplo, cidade na fronteira norte de Israel, tinham apro-ximadamente 5 a 7 metros de altura por quase 4 metros de largura. Falar de uma cidade sem muros era falar de absoluta fraqueza e vulnera-bilidade: “Como cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não pode contro-lar seu espírito” (Provérbios 25:28).

O acesso às cidades se fazia através de imen-sos portais. Os de Gezer, Megido e Hazor, recons-truídos por Salomão (1 Reis 9:15), descobertos por arqueólogos, são quase idênticos, devendo ter se-guido a mesma planta básica. Eles eram rapida-

mente fechados em tempo de guerra. Guardar os portais da cidade era tão vital que se tornou sím-bolo de sabedoria e grande prudência: “Põe, ó Se-nhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios” (Salmo 141:3).

Em Megido, os arqueólogos encontraram um enorme silo para armazenagem de alimentos. Em Jerusalém, Arad, Hazor, Megido, Dan e ou-tros sítios arqueológicos, complexos sistemas de abastecimento de água foram descobertos. Essas providências eram necessárias para o tempo de

guerra, quando os exér-citos inimigos cercavam as cidades, não permitin-do que ninguém entras-se nem saísse, esperan-do que seus habitantes se rendessem por causa da sede e da fome. Nes-sa hora de indizível so-frimento, felizes eram os que podiam encontrar consolo na fé em Deus: “Ainda que um exército me cerque, o meu cora-

ção não temerá; ainda que a guerra se levante contra mim, nEle confi arei” (Salmo 27:3).

O sofrimento e a angústia constantes ge-ravam, no coração de todos, profundo anseio por paz e segurança. Alguns as buscavam cons-truindo muros cada vez maiores; outros, fazen-do aliança com nações poderosas; outros ainda, formando exércitos, com numerosos carros e cavalos. O rei Davi, porém, chama atenção para a verdadeira fonte de segurança: “Uns confi am em carros e outros em cavalos, mas nós fare-mos menção do nome do Senhor nosso Deus” (Salmo 20:7).

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Você sabia que para evitar “acidentes” os insetos contam com um verdadeiro sistema de “piloto automático”, como aqueles dos aviões? Esse sistema elabora as informações visuais que o animal capta e envia impulsos elétricos para as asas. Assim, ele pode endireitar seu rumo.

Nicolas Franceschini, Franck Ruffi er e Julien Serres, especialistas em biorobótica do laboratório Movimento e Percepção, da Universidade do Mediterrâneo, em Marselha, comprovaram esse automatismo cha-mado “regulador de fl uxo óptico”.

Usando um micro-helicóptero controlado à distância, os pesquisa-dores puderam decifrar o comportamento de moscas e abelhas e re-produziram a navegação dos insetos. O micro-helicóptero pesa 100 gramas e tem um sensor óptico que simula o olho da mosca. Além disso, ele mede a velocidade de deslocamento sobre o solo e é capaz de reagir com o que está em volta. Quando um inseto, uma ave ou até um piloto voam, as imagens se projetam da frente para trás, na parte central do campo visual, criando um “fl uxo óptico”.

Quando o inseto enfrenta um forte vento contrário, ele voa a me-nor velocidade e seu regulador exige que ele reduza a altura, para manter, dessa forma, o valor de referência. Os neurônios detectores de movimento na “cabine de comando” do inseto constituem a base de

seu comportamento, afi rmou a equipe de cientistas. Agora, pense um pouco: Seria possível sur-gir por acaso um sistema de navegação au-

tomático tão perfeito como esse? E como os insetos alados teriam sobrevivido se

não dispusessem de um sistema as-sim, funcionando direitinho desde que foram criados?

Michelson Borges

“piloto automático” MOSCAS com

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