8/16/2019 História Do BR Relatório Eletroacústica

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Universidade Estadual de Maringá

Maringá

2016

Karyni Danielly da Silva Da Vila

Relatório do Concerto de Música Eletroacústica (01/03/2016 às 20h no

Teatro Universitário)

Relatório referente à disciplina de História do Brasil

orientada pela Profª Me. Sabrina Laurelee Schulz doDepartamento de Música da Universidade Estadual deMaringá.

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Diamorphosis  –  Iánnis Xenákis

Iánnis Xenákis é compositor, engenheiro e arquiteto nascido na Romênia, em 1922. Foivencedor do Prêmio Kyoto. Suas composições são baseadas em equações.

A música  Diamorphosis inicia com um som suave, semelhante à sonoridade de um

avião planando no céu. De repente, inicia-se uma nota aguda, desconfortante, como um

arranhado.

Moedas ou parafusos caem no chão, dando a sensação de suspense. Um mundo

submerso mesclado com sons agudos e muito vento. Um bordão inicia e aos poucos some, em

seguida começa um som roçado.

O ambiente intergaláctico vai ganhando espaço na obra: o vento é sugado, como um

 buraco negro se fechando. Sons agudos e graves se misturam entre o piano e o forte, até que o

 piano prevalece e desaparece.

Artikulation –  György Ligeti

György Ligeti nasceu na Romênia, em 1923. Compôs músicas eletroacústicas, mas

também escreveu concertos para orquestras, duos, etc.

Sua obra,  Artikulation,  começa com sons de gotas caindo no chão. Notas eletrônicas

semelhantes a um baixo elétrico misturam-se com notas aleatórias, em grandes intervalos.

Remete a uma sonoridade robótica e espacial.

O autor usa de sons fracos e fortes, buscando ora um timbre metálico, ora virtual. A

sonoridade lembra um universo futurista, utópico.

Requiem/ Sanctus – 

 Michel Chion

A obra é a narrativa de um confronto: um som com bastante profundidade, com ataques

agudos e trêmulos graves.

Ocorrem falhas semelhantes a uma caixa de som, misturando-se com água caindo no

ralo. Em seguida, inicia-se uma nova sessão com o vento soprando em uma nota estagnada

que vai variando com o aumento da vibração.

O vento continua e começa uma ventania mais forte balançando as folhas das árvores.Há a impressão de ter alguém tocando um reco-reco de metal, obtendo um som bastante

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estridente. O grave soa a todo momento, emitindo uma sonoridade semelhante ao ronco de um

 porco.

La Reine –  Pierre Henry

A obra La Reine foi composta para balé. Parece uma hélice constante. As marcações se

desdobram criando variações rítmicas complexas. Notas agudas vão surgindo. O som começa

abafado e vai se abrindo.

Em seguida, escuta-se sons de metais batendo ao fundo mesclado com efeitos de

guitarra elétrica. Iniciam batalhas sonoras, como um jogo de pergunta e resposta. A marcação

constante continua enquanto novas figuras surgem.

Uma orquestra começa a tocar com uma soprano cantando uma breve melodia. Logo, a

harmonia da orquestra desaparece e sons de suspense voltam na base, fazendo uma harmonia

 bem diferenciada para a soprano. A orquestra volta e a melodia vocal se desenvolve mais um

 pouco, acabando de repente.

Symphoni e pour um homme seul  –  Pierre Schaeffer

O compositor Pierre Schaeffer criou um estúdio radiofônico, dando origem à música

concreta.

A música inicia com batidas em uma porta. Alguém grita clamando por outra pessoa.

Escuta-se um breve suspiro feminino. O grito retorna e ocorrem outras batidas, porém com

sonoridades timbrísticas diversificadas.

Uma voz repete sílabas enquanto se martela notas aleatórias em um piano. A marcação

é sempre presente, sempre variando o timbre. O piano toca intervalos longínquos dando a

sensação de gotas caindo na superfície. Vozes adultas e infantis se misturam. O piano toca

uma breve melodia. As vozes retornam e o piano continua tocando. As vozes soam e o piano

sempre tenta seguir as vozes: quando a voz é grave o piano toca na região grave e vice-versa.

O ambiente muda e escuta-se sons rápidos e trêmulos. De repente esse som some e o

 piano toca mas com um timbre abafado.

Aparece um som semelhante a uma máquina de lavar, mesclado com uma serra ou um

teclado com efeito.

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Psyche Rock  –  Pierre Henry

A música inicia com uma música de rock com guitarra, bateria e baixo elétrico. É umamúsica do Futurama. O compositor faz efeitos em cima da música, utilizando  scratches e

sinos.

A música de rock toca desde o início até o fim da música. Os efeitos condizem

ritmicamente e melodicamente com a música que Pierre Henry reproduziu. Ocorre uma

sonorização metálica. A música termina com sons eletrônicos.

Apocalypse –  Pierre Henry

A obra  Apocalypse começa com uma fala em francês. Assemelha-se a uma récita de

 poema.

Intervalos dissonantes e longínquos soam aleatoriamente. Eles se encontram e

 permanecem e depois se distanciam. Se encontram na mesma nota, em uníssono. Uma nota

longa permanece em oitavas diferentes e em glissando e alteram os intervalos iniciais.

A nota acaba sozinha com longa duração. Em seguida, outra sessão inicia com uma

linha melódica. De repente, ela desaparece, abrindo espaço para uma variação de timbres e

sons surgindo em todas as direções. Sons urbanos surgem no mesmo ambiente. A música

acaba com uma melodia que parece fugir.

A For Dance –  Rael Gimenes

A obra A For Dance é uma brincadeira com a percepção e gravação de sons cotidianos,

do compositor Rael Gimenes, atual professor do Departamento de Música da Universidade

Estadual de Maringá.

A origem do nome pode remeter a diversas interpretações. A sonoridade começa com

um toque de sino. Há divisão de vozes de vários sinos, cada um reproduzindo uma linha

melódica líquido e moedas se mesclam ao som de trovão. Assemelha-se a uma prática do dia-

a-dia na cozinha, lavando uma louça, por exemplo. Alguém abre uma lata de cerveja ou

refrigerante e bebe. Pode-se escutar o som de uma torneira. Escuta-se sons do digitar de um

computador. Um som forte, raspante toma conta do ambiente dando sensação de desconfortoaos ouvidos. Ouve-se sons de portão e elevador. Inicia-se um suspense e termina de repente.