historia do perfume

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Ao penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sishistoria-do-perfume límbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções. A sábia Cleópatra seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume base de óleos extraídos das flores Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os Deuses por meio da fumaça. Eles queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que surgiu a palavra "perfume", em latim "per fumum", que significa "através da fumaça". Mais tarde, diversas ervas compunham banhos aromáticos, pomadas e perfumes pessoais dos egípcios. Mas foi Cleópatra quem eternizou a arte da perfumaria, ela seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume base de óleos extraídos das flores de henna, açafrão, menta e zimbro. No início o perfume era à base de ceras, gorduras, leos vegetais e sabões misturados a ervas. Com a descoberta do vidro, no século I, os perfumes ganharam uma nova cara, reduzindo sua volatilidade e ganhando formas e cores. Por volta do século X, Avicena, o mais famoso médico árabe, descobriu a destilação dos óleos essenciais das rosas, e assim criou a Água de Rosas. Depois veio a Água de Toilette, feito para a rainha da Hungria. No século XIX o perfume ganha novos usos, como o terapêutico, por exemplo. Hoje sabemos que o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social, uma vez que, um pequeno frasco pode atingir valores exorbitantes. É comum o mesmo perfume apresentar cheiros diferentes quando aplicado em pessoas diferentes. Isso porque, os odores corporais são únicos, sendo resultado da alimentação, das características pessoais, dos lipídeos e ácidos graxos que a pele exala. A temperatura da pele interfere diretamente na vaporização do perfume, e portanto no cheiro que ele exala. A magia dos cheiros

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Ao penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sishistoria-do-perfume límbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções. A sábia Cleópatra seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume base de óleos extraídos das flores

Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os Deuses por meio da fumaça. Eles queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que surgiu a palavra "perfume", em latim "per fumum", que significa "através da fumaça".

Mais tarde, diversas ervas compunham banhos aromáticos, pomadas e perfumes pessoais dos egípcios. Mas foi Cleópatra quem eternizou a arte da perfumaria, ela seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume base de óleos extraídos das flores de henna, açafrão, menta e zimbro.

No início o perfume era à base de ceras, gorduras, leos vegetais e sabões misturados a ervas. Com a descoberta do vidro, no século I, os perfumes ganharam uma nova cara, reduzindo sua volatilidade e ganhando formas e cores.

Por volta do século X, Avicena, o mais famoso médico árabe, descobriu a destilação dos óleos essenciais das rosas, e assim criou a Água de Rosas. Depois veio a Água de Toilette, feito para a rainha da Hungria. No século XIX o perfume ganha novos usos, como o terapêutico, por exemplo.

Hoje sabemos que o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social, uma vez que, um pequeno frasco pode atingir valores exorbitantes.

É comum o mesmo perfume apresentar cheiros diferentes quando aplicado em pessoas diferentes. Isso porque, os odores corporais são únicos, sendo resultado da alimentação, das características pessoais, dos lipídeos e ácidos graxos que a pele exala. A temperatura da pele interfere diretamente na vaporização do perfume, e portanto no cheiro que ele exala.

A magia dos cheiros

Mais do que revelar a personalidade de uma pessoa, o perfume influencia o estado de espírito de todos nós. Ao penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sishistoria-do-perfume límbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções. Quando uma mensagem aromática penetra neste sishistoria-do-perfume, provoca sensações de euforia, relaxamento, sedação ou estimulações neuroquímicas.

Antigamente, o sishistoria-do-perfume límbico era chamado de cérebro das emoções. Quando estamos muito tensos e nervosos, um aroma de lavanda é capaz de nos relaxar e nos induzir ao sono, ajudando em casos de insônia. Quando estamos apáticos, deprimidos, infelizes, o aroma de bergamota pode ajudar na recuperação. Aromas de limão, vetiver, eucalipto e alecrim melhoram a concentração, enquanto os de alecrim aliviam o cansaço.

Nos tempos mais remotos, os homens invocavam os Deuses por meio da fumaça. Eles queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que surgiu a palavra "perfume", em latim "per fumum", que significa "através da fumaça".

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Mais tarde, diversas ervas compunham banhos aromáticos, pomadas e perfumes pessoais dos egípcios. Mas foi Cleópatra quem eternizou a arte da perfumaria, ela seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume à base de óleos extraídos das flores de henna, açafrão, menta e zimbro.

No início o perfume era à base de ceras, gorduras, leos vegetais e sabões misturados a ervas. Com a descoberta do vidro, no século I, os perfumes ganharam uma nova cara, reduzindo sua volatilidade e ganhando formas e cores.

Por volta do século X, Avicena, o mais famoso médico árabe, descobriu a destilação dos óleos essenciais das rosas, e assim criou a Água de Rosas. Depois veio a Água de Toilette, feito para a rainha da Hungria. No século XIX o perfume ganha novos usos, como o terapêutico, por exemplo.

Hoje sabemos que o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social, uma vez que, um pequeno frasco pode atingir valores exorbitantes.

É comum o mesmo perfume apresentar cheiros diferentes quando aplicado em pessoas diferentes. Isso porque, os odores corporais são únicos, sendo resultado da alimentação, das características pessoais, dos lipídeos e ácidos graxos que a pele exala. A temperatura da pele interfere diretamente na vaporização do perfume, e portanto no cheiro que ele exala.

A magia dos cheiros

Mais do que revelar a personalidade de uma pessoa, o perfume influencia o estado de espírito de todos nós. Ao penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sishistoria-do-perfume límbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções. Quando uma mensagem aromática penetra neste sishistoria-do-perfume, provoca sensações de euforia, relaxamento, sedação ou estimulações neuroquímicas.

Antigamente, o sishistoria-do-perfume límbico era chamado de cérebro das emoções. Quando estamos muito tensos e nervosos, um aroma de lavanda é capaz de nos relaxar e nos induzir ao sono, ajudando em casos de insônia. Quando estamos apáticos, deprimidos, infelizes, o aroma de bergamota pode ajudar na recuperação. Aromas de limão, vetiver, eucalipto e alecrim melhoram a concentração, enquanto os de alecrim aliviam o cansaço.

Fonte: delas.ig.com.br

História do perfume

A evolução das fragrâncias se deu ao longo da história e das interpretações humanas na descoberta e escolha dos cheiros. Para entender melhor como tudo se passou, siga a linha do tempo que a Americanas.com preparou e descubra que perfumar-se é um ato pra lá de interessante!

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Pré-história

Queimando madeiras e resinas, os homens das cavernas melhoravam o gosto dos alimentos.

Egito Antigo

Os egípcios honravam seus deuses "esfumaçando" os ambientes e produzindo leos perfumados para ritos religiosos.

Grécia Antiga

Os gregos trouxeram novas fragrâncias de suas expedições e usavam perfumes que tivessem características medicinais.

Império Islâmico

A partir da invenção do alambique foi possível destilar matérias-primas. Um contribuição fundamental para a evolução da perfumaria.

Século XII

Os cristãos usavam fragrâncias para higiene pessoal e para prevenir doenças.

Século XVI

A moda são as luvas perfumadas, usadas pelos nobres da corte européia.

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Há a fusão de duas profissões: a de curtir o couro e a de perfumista.

Idade Média

O perfume é muito usado nos ambientes de banhos públicos.

Século XVII

Época do auge de fragrâncias "animálicas". perfumes intensos que usavam civete e musk em sua composição.

Renascimento

A moda são perfumes doces, florais ou frutais.

Século XVIII

Os perfumes são reconhecidos por sua sensualidade, através da proliferação de novas fragrâncias e frascos. Os cristãos passam a perfumar as cinzas na Quarta Feira de Cinzas.

Século XIX

O progresso da química permite a reprodução artificial de cheiros encontrados na natureza. Nascem as matérias-primas sintéticas. A cidade de Grasse, França, se transforma na capital mundial da perfumaria.

Século XX

Nos dias de hoje, a perfumaria já é acessível a todos e não mais um privilégio da nobre burguesia.

perfume continua sendo sinônimo de encanto e sedução.

A perfumaria, arte de fabricar o perfume, é uma arte bem antiga que começou primeiramente na Mesopotâmia assim como no Egito, em algum momento durante o segundo milênio BC. Durante aqueles dias, os perfumes eram em sua maioria feitos de especiarias como o coentro, a amêndoa, a bergamota, etc. e várias espécies de ervas também.

Surpreendentemente, eles não usavam flores para fazer perfume durante o início do fabrico do perfume. O uso de flores para a fabricação do perfume foi descoberto por um químico e por um doutor Persa, que fizeram experimentos inicialmente com as rosas, para manufaturar o perfume. A água de rosa foi um sucesso instantâneo entre os usuários de perfume, devido à sua natureza mais delicada, e desde então ficou estabelecido o uso dos perfumes usando flores.

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Entretanto, hoje em dia com a comercialização do perfume e com desenvolvimento na tecnologia, as técnicas de produção submeteram-se a uma mudança maciça. A fabricação do perfume transformou-se agora em um trabalho que exige grande perícia e conhecimento.

Embora a maioria dos fabricantes de perfume não gostem de revelar os segredos por trás dos seus perfumes, sabemos que o perfume vem de várias fontes incluindo plantas (flores, frutas, folhas, sementes, resinas, etc.), dos animais tais como o musk, do mel, do civet, etc.) e várias outras fontes naturais. Os benefícios de usar plantas geneticamente modificadas para a fabricação do perfume estão sendo realizados atualmente pelos fabricantes.

Atualmente não é muito raro encontrar fabricantes de perfume usando fontes sintéticas para fazer perfumes. Embora haja poucos fabricantes que usam produtos químicos sintéticos para produzir perfumes, eles estão ganhando popularidade entre os amantes do perfume.

Embora haja vários métodos de fazer perfumes, e cada perfume produzido adota uma maneira diferente e apropriada ao seu estilo, algumas das técnicas básicas ainda permanecem a mesma.

A primeira etapa consiste em compreender a organização dos vários ingredientes presentes no óleo do perfume. Estes ingredientes são divididos primeiramente em quatro categorias com base nos papéis específicos que utilizam. Estes incluem os perfumes preliminares, os modificadores, os misturadores e os fixadores. Os perfumes preliminares diferentes assim como os ingredientes de apoio podem ser encontrados nas notas de base, do meio e da parte superior da fragrância.

Na etapa seguinte, os óleos da fragrância precisam ser misturados com água e álcool etílico que foram envelhecidos nos tanques específicos no mínimo quatorze dias, e em seguida serem filtrados de todos os sedimentos desnecessários. Atualmente, a maioria das unidades de fabricação do perfume, em vez de fabricar seus perfumes por etapas, eles preferem usar as bases para a mesma finalidade, devido aos vários benefícios oferecidos.

Entretanto, uma vez que o perfume foi manufaturado, é difícil compreender a sua composição. Isto é obviamente devido à presença de vários tipos de óleos que faz a estrutura do perfume mais complicado de compreender. Entretanto, um perito pode usar técnicas de engenharia reversa para compreender a natureza dos perfumes.

A engenharia reversa é particularmente útil para compreender um perfume que não seja demasiado complexo na sua natureza. Não obstante, muito depende dos equipamentos GC/MS que estão sendo usados com essa finalidade. Os clientes assim como os concorrentes usam freqüentemente esta ferramenta para compreender a fórmula usada em fabricar um perfume.

A indústria do perfume é grande, empregando um número de peritos para experimentar e definir novos conceitos de fabricação do perfume. Uma das características mais intrigantes desta indústria é a manutenção do segredo, e do trabalho árduo que é exigido para fazer cada

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perfume, de modo que cada frasco contém uma combinação única.

Assim sendo, da próxima vez que você se perfumar, apenas reconheça todo o trabalho que foi feito para que você mantenha um cheiro agradável por todo o dia e diga um silencioso obrigado para o seu criador!!

Este artigo também pode ser acessado a partir da seção de artigos da página http://www.polomercantil.com.br/perfume-fragrancia.php

Métodos de obtenção dos aromas

 

A base da maioria dos perfumes provém, em algum ponto, de plantas (folhas, raízes, rizomas, caules, sementes, frutas e flores).

A obtenção do aroma de uma planta passa normalmente por um processo que visa a extração de seu óleo essencial, ou seja, um óleo que contém seus princípios ativos (inclusive aroma) concentrados.

Claro que temos também a sintetização de aromas das plantas. Mas para quem tem a curiosidade de saber como se extrai um aroma de uma planta, aqui estão os principais métodos:

 

 

    É decisória a escolha do método adequado para a obtenção de um óleo essencial de qualidade superior, ou um produto de segunda categoria.

É dito que o  calor e a pressão usados no ato da extração podem por exemplo interferir na qualidade final do óleo essencial, pois no momento da extração as sensíveis moléculas aromáticas podem ser quebradas e oxidadas.

 

Destilação a vapor 

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           A destilação a vapor é o mais comum método de extração de óleos essenciais.

Normalmente é empregado para obter-se óleos essenciais de folhas e ervas, mas nem sempre é indicado para extrair-se o óleo essencial de sementes, raízes, madeiras e algumas flores.

Por exemplo, flores como o Jasmim, podem devido à alta pressão e calor empregado no processo, sofrer destruição de suas frágeis moléculas aromáticas vindo a perder todo o seu perfume e princípios ativos.

           A destilação a vapor é feita em um alambique onde partes frescas da planta (algumas vezes usa-se plantas já secas) são colocadas. Saindo de uma caldeira, o vapor circula através das partes da planta forçando a quebra das frágeis bolsas intercelulares que se abrem e liberam o óleo essencial. À medida que este processo acontece, as sensíveis moléculas de óleos essenciais evaporam junto com o vapor da água viajando através de um tubo no alto do destilador, onde logo em seguida passam por um processo de resfriamento através do uso de uma serpentina e se condensam junto com a água. Forma-se então, na parte superior desta mesma água obtida, uma camada de óleo essencial que é separado através de decantação. A água que sobra de todo este processo após retirado o óleo, é chamada de água floral, destilado, hidrosol ou de hidrolato.

Hidrodestilação 

           Os materiais da planta são completamente emergidos na água, como num chá e então destilados. A temperatura não excede os 100ºC, evitando desta forma a perda de compostos mais sensíveis a altas temperaturas como na destilação a vapor. Este é o mais antigo método de destilação e o mais versátil. É comumente empregado em países mais atrasados, onde as caldeiras a vapor ainda não chegaram e nestes casos, a destilação é um processo todo artesanal. Como exemplo temos pequenas fazendas na Índia, Indonésia, Filipinas e outros países do Oriente. Costuma ser usado para extração do óleo essencial de algumas flores como o Jasmim e Neroli e também de raízes, madeiras e cascas.

Solvente 

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           Um outro método de extração usado para se conseguir o óleo essencial de delicadas plantas é a extração por solvente. Neste processo um químico como o hexano é usado para extrair os compostos aromáticos da planta. Isto fornece um produto chamado de concreto. O concreto pode ser dissolvido em álcool de cereais para remover o solvente. Quando o álcool evapora, o absoluto aparece.

A  extração por solvente tem suas desvantagens, porém. Resíduos do solvente podem ficr no absoluto e causar alteração no odor, por exemplo, e dependendo da matéria prima, inclusive pode ocorrer alterações químicas importantes.

           No processo de extração do concreto obtém-se não somente o óleo essencial, mas também ceras, parafinas, gorduras e pigmentos. Nesta caso o concreto acaba tendo uma constituição pastosa (o concreto do Jasmim real possui em torno de 55% de óleo essencial).

Já o absoluto, além de fazer uma limpeza dos solventes anteriormente empregados, também purifica a mistura das ceras, parafinas e substâncias gordurosas presentes, o que leva o produto final a ter uma consistência mais líquida. O teor de solvente no produto final pode variar de menos de 1% até 6%.

           

CO2 hipercrítico 

           A extração por dióxido de carbono hipercrítico utiliza dióxido de carbono sob extrema pressão (200 atmosferas) e temperatura mínima de 33 ºC para extrair óleos essenciais. As partes da planta a serem empregadas na extração são postas no tanque onde é injetado dióxido de carbono hipercrítico (em estado entre o líquido e o gasoso) que age como solvente. Quando a pressão diminui, o dióxido de carbono retorna a seu estado gasoso, não deixando qualquer resíduo no produto. 

           Muitas das extrações por CO2 possuem um fresco, claro e característico aroma de óleos destilados a vapor, e eles cheiram de forma muito similar à planta viva. 

           Considera-se este método como sendo o que permite se obter os óleos essenciais de melhor qualidade possível. O aroma de um ylang ylang extraído por destilação a vapor não poderá jamais ser comparado ao de um ylang ylang extraído por CO2, o mesmo dizemos para o gengibre e todos os outros óleos essenciais.

Prensagem a frio 

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           Um outro método de extração de óleos essenciais é por prensagem a frio (pressão hidráulica) ou escarificação. Ele é usado para obter óleo essencial de frutos cítricos como bergamota, laranja, limão e grapefruit. Neste processo, as frutas são prensadas e delas extraído tanto o óleo essencial quanto o suco. Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual separa-se o óleo essencial puro. 

Turbodestilação e Hidrodifusão 

           Vários métodos de extração modernizados têm-se tornado alternativas para a destilação a vapor. A turbodestilação é adequada para partes de difícil extração de óleo essencial da planta, como é o caso de cascas, raízes e sementes. Neste processo as plantas são emergidas na água e o vapor é posto a circular então em meio a esta mistura de planta e água. Através deste processo, a mesma água é continuamente reciclada através do material da planta. Este método torna mais rápida a extração de óleos essenciais de difícil e lenta obtenção. 

           Na hidrodifusão, o vapor sob pressão atmosférica normal é dispersado do topo da câmara diretamente sobre o material da planta. Desta forma o vapor pode saturar o material mais igualmente e em menor tempo do que na destilação a vapor. Este método é também menos severo do que a destilação a vapor, resultando em óleos essenciais que cheiram de forma muito mais semelhante à planta original e melhores.

Enfleurage 

          Esse processo basicamente visa solubilizar um óleo raro em outro óleo ou solvente.  

 Algumas flores como o Jasmim ou Tuberosa têm baixo teor de óleos essenciais e são extremamente delicadas não podendo ser destiladas a vapor pois podem sofrer perdas quase completas de seus compostos aromáticos.

 As pétalas, então, são colocadas em gordura vegetal ou animal sem cheiro que absorve os óleos essenciais. Após uma determinada quantidade de horas, depois que a gordura absorveu todo o óleo essencial possível, as pétalas são removidas e substituídas por outras frescas, recém-colhidas. Este procedimento continua até que a gordura venha a ficar saturada com o óleo essencial. Adicionando álcool à mistura é possível separar o óleo essencial da gordura, pois o óleo essencial é mais solúvel no álcool. Aí então teremos o absoluto. Este é um processo difícil e demorado.Normalmente esse processo gera duas frações, uma chamada absoluto, que é a mais cara e nobre não podendo exceder 6% no grau de impurezas, sendo 1% o ideal. A outra é chamada de concreto e contém restos de solventes e matérias graxas pesadas como parafinas, gorduras pesadas e ácidos graxos. Um exemplo interessante é que para se obter por exemplo1 Kg. de

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absoluto de lótus (Nelumbo nucifera) são necessárias aproximadamente 100000 flores, e o preço por quilo atinge cerca de 10.000 dólares americanos por quilograma de absoluto. Já o concreto vale aproximadamente 1.000 dólares por quilograma.

 Normalmente o enfleurage puro, somente é empregado em fazendas de interior na Europa.

Fitóis ou Florasóis 

           Este método de extração utiliza um novo tipo de solvente gasoso que não é tóxico e não deixa resíduos. Nos fins da década de 80, o Dr. Peter Wilde pela primeira vez analisou as propriedades específicas deste solvente, o “florasol”(R134a), para a extração de óleos aromáticos e compostos ativos de materiais de plantas, tanto para uso dentro da alimentação, farmácia, aromaterapia e indústria de perfumes. A extração ocorre sob temperatura ambiente e, devido a isso, não há degradação química dos produtos. O óleo essencial obtido por este processo é limpo, claro e completamente livre de gorduras e ceras. O Dr. Wilde patenteou sua descoberta como “fitol”, ou “fitônicos”. 

Headspace

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Como extraem o aroma de algodão doce? Do caramelo? Do pão recém saído do forno? Da água do mar? E o aroma de couro? 

Na verdade, alguns destes aromas são criados sinteticamente, através da identificação dos componentes aromáticos.Existe uma técnica inventada por Roman Kaiser, chamada Headspace:

No Headspace, um objeto ou ambiente é isolado por vidrarias especiais no qual, todo o ar contido dentro da vidraria é bombeado e adsorvido (adsorção é a adesão de moléculas de um fluido para uma superfície sólida) por um polímero de alta adsorção, geralmente um tipo de resina orgânica. Uma vez capturadas pelo polímero, as substâncias aromáticas são levadas a um equipamento chamado cromatógrafo gasoso. Tal máquina possui várias colunas capilares que reagem de acordo com a afinidade ao tipo de substância ali introduzida. Aos poucos, a mistura é separada em fragrâncias individuais que são depois identificadas pelo espectômetro de massas.Dessa maneira, é possível decompor o cheiro de uma fruta, flor, ou ambiente e identificar quimicamente todas as suas substâncias aromáticas simples. “Isso torna possível a reprodução fiel do odor da espécie biológica estudada. Uma vez conhecidas as substâncias individuais, os perfumistas partem para a síntese delas em laboratório conforme as opções de matérias-primas da empresa.

OS aromas de origem animal naturais, como o almíscar, por exemplo, após recolhido ou secretado, passa normalmente por um processo de extração por solvente, e filtragem, para poderem ser utilizados.

 

O que se sabe é que cada mínimo fator, seja na colheita das plantas (estação, tempo de floração, uso de pesticidas e até mesmo hora do dia) influencia no odor que será liberado. No caso dos odores animais, a época do ano, o estado de saúde e o estado de conservação da secreção até a hora do processo de obtenção do aroma fazem diferença. 

O homem só tem controle absoluto sobre as matérias sintéticas, por isso o crescimento de seu uso. Não devemos ter em mente que um odor sintético é pior ou melhor que um obtido de fontes naturais.

Obra de arte da natureza ou do homem, sua combinação com outros elementos e nossa pele fazem do caminho tortuoso de um aroma, desde seu nascimento, até sua percepção em nosso cerébro, uma viagem fantástica.

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Óleos essenciais e suas características.

Abetodenominação botânica: Picea marianacoloração:claraviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:fresco,amadeirado,terral,doce,com toque de nota frutal

Alecrimdenominação botânica: Rosmarinus officinaliscoloração:claraviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:fresco,herbal,doce,levemente medicinal

Anisdenominação botânica: Pimpinella anisiumcoloração:clara,levemente amareladaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:doce

Baunilhadenominação botânica: Vanilla planifoliacoloração:marrom-escuroviscosidade:grossanota perfumística:basedescrição olfativa:quente,doce

Benjoimdenominação botânica: Styrax tonkinensiscoloração:marron-douradaviscosidade:alta,difícil manuseionota perfumística:basedescrição olfativa:quente,levemente amadeirado

Bergamotadenominação botânica: Citrus berbamiacoloração:dourada com um toque de verdeviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,ligeiramente floral,cítrico,lembrando laranja e limão

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Bétuladenominação botânica: Betula lenta,Betula nigra,Betula albacoloração:amarelo-claraviscosidade:médianota perfumística:meiodescrição olfativa:quente,balsâmico,doce

Cálamodenominação botânanica:Acorus calamuscoloração:clara,levemente amareladaviscosidade:baixa,aquosanota perfumística:meiodescrição olfativa:fresco,canforoso,frutal

Camomila-romanadenominação botânica: Anthemis nobiliscoloração:cinza-azulado claroviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:fresco,frutal,herbal

Caneladenominação botânica: Cinnamomum zeylanicumcoloração:marrom,amarelo-dourada ou avermelhadaviscosidade:levemente oleosanota perfumística:meiodescrição olfativa:picante,terral,radiante,levemente amadeirado

Capim-limãodenominação botânica: Cymbopogon citratuscoloração:amarelaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,cítrico,terral

Cedro-atlasdenominação botânica: Cedrus atlanticacoloração:amarelo-douradaviscosidade:médianota perfumística:basedescrição olfativa:amadeirado,balsâmico,doce

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Ciprestedenominação botânica: Cupressus sempervirenscoloração:amarelo-claraviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:fresco,herbal,balsâmico,levemente acre

Cravo-da-índiadenominação botânica: Eugenia caryophyllatacoloração:amarelo-douradaviscosidade:médianota perfumística:meiodescrição olfativa:quente,amadeirado,levemente acre

Eucaliptodenominação botânica: Eucalyptus globuluscoloração:amarelo-clara até vermelhaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,medicinal,balsâmico,canforado,amadeirado,terral

Gengibredenominação botânica: Zingiber officinaliscoloração:amarelo forteviscosidade:finanota perfumística:meio/basedescrição olfativa:quente,terral,amadeirado

Hortelã-pimentadenominação botânica: Mentha piperitacoloração:clara,levemente amareladaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,mentolado,balsâmico

Jasmimdenominação botânica: Jasminum officinalis/Jasminum grandiflorumcoloração:marrom-escuraviscosidade:médianota perfumística:meiodescrição olfativa:quente,floral,exótico

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Laranja-amargadenominação botânica: Citrus amaracoloração:laranjaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:ligeiramente adocicado,cítrico

Laranja-docedenominação botânica: Citrus sinensiscoloração:laranjaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:cítrico,doce,lembra casca de laranja

Lavandadenominação botânica: Lavandula officinalis/Lavandula angustifoliacoloração:verde-claraviscosidade:finanota perfumística:saída/meiodescrição olfativa:fresco,doce,floral,herbal,levemente frutal

Limadenominação botânica: Citrus aurantifoliacoloração:amarelo-esverdeadaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,cítrico,doce

Limãodenominação botânica: Citrus limonumcoloração:amarelaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,semelhante ao da casca de limão

Lourodenominação botânica: Laurus nobiliscoloração:claraviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:herbal,frutal,doce,canforado

Mirra

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denominação botânica: Commiphora myrrhacoloração:amarela/marrom-douradaviscosidade:médianota perfumística:basedescrição olfativa:quente,terral,amadeirado,balsâmico,almiscarado

Noz-moscadadenominação botânica: Myristica fragranscoloração:claraviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:apimentado,doce,amadeirado

Olíbanodenominação botânica: Boswellia carteriicoloração:amarelo forteviscosidade:finanota perfumística:basedescrição olfativa:fresco,amadeirado,balsâmico,semelhante à cânfora,ligeiramente apimentado

Patchulidenominação botânica: Pogostemon cablin/Pogostemon patchoulicoloração:marrom-douradaviscosidade:média/altanota perfumística:basedescrição olfativa:terral,almiscarado,bals6amico,amadeirado,frutal

Pimenta-do-reinodenominação botânica:Piper nigrum coloração:claraviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:vivificante,fresco

Rosadenominação botânica:Rosa damascena/Rosa centifoliacoloração:amareloviscosidade:finanota perfumística:meiodescrição olfativa:fortemente floral.doce

Sândalodenominação botânica: Sandalum album

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coloração:clara, levemente amareladaviscosidade:média/grossanota perfumística:basedescrição olfativa:doce,amadeirado,floral

Tangerinadenominação botânica: Citrus reticulatacoloração:laranjaviscosidade:finanota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,doce,cítrico

Tíliadenominação botânica: Tília cordatacoloração:marrom-escuroviscosidade:médianota perfumística:meiodescrição olfativa:quente,floral,semelhante a mel,ligeiramente cítrica

Verbenadenominação botânica: Lippia citriodoracoloração:verde-amareladaviscosidade:médianota perfumística:saídadescrição olfativa:fresco,cítrico,semelhante ao aroma do limão

Violetadenominação botânica: Viola odoratacoloração:verde-escuraviscosidade:grossanota perfumística:meiodescrição olfativa:terral,levemente floral,lembrando aroma de relva

Ylang-ylangdenominação botânica: Cananga odoratacoloração:claraviscosidade:médianota perfumística:meio/basedescrição olfativa:fresco,floral,doce,levemente frutal,exótico