História e Teorias de Enfermagem ( slide )

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História e Teorias de Enfermagem Aula Inaugural 09/09/2010

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História e Teorias de Enfermagem

Aula Inaugural09/09/2010

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Refletindo a história da enfermagem e do cuidado

A Enfermagem é marcada por história de coragem, erros, acertos e, sobretudo, muito idealismo, ela se confunde com a história dos povos, sendo a sobrevivência o primeiro e mais forte instinto do ser humano.

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A Enfermagem é a ciência do cuidar, do cuidar humano, do cuidar planejado, sistematizado, organizado, científico, analisado,avaliado e implementado pela assistência de enfermagem.

A enfermagem sabe ver o cliente em todas as suas necessidades, aplicando o cuidado.

Trabalhar em enfermagem é atuar em prol da qualidade de vida do indivíduo, orientando, olhando, ouvindo, falando, medicando, sonhando,banhando,alimentando, confortando,fazendo-se confiável, instrumentalizando para oferecer paz.

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O enfermeiro é o profissional que está mais perto do paciente, e com ele permanece um bom período de tempo, principalmente no leito hospitalar.Nenhum outro profissional da saúde está tão próximo do paciente como o enfermeiro.

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Portanto o enfermeiro não pode atuar somente no atendimento imediato dos problemas de enfermagem resultantes das patologias.

O paciente não pode ser fragmentado, dividido em pedaços, é necessário ser visto como um todo.

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Com o passar do tempo, o cuidado tornou-se mecanizado, fragmentado e tanto as pessoas que cuidam como as que recebem cuidado parecem ter-se esquecido de que esta habilidade ou qualidade, além de construir uma ação, é um valor, um comportamento, uma filosofia, uma arte e ciência.

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Enfermagem é ARTE, CIÊNCIA e IDEAL. A enfermagem não pode ser executada

sem nenhum planejamento, apenas atendendo a rotina diária da unidade do serviço.

Nenhuma patologia e nenhum paciente poderá ser tratado tipo produção em série, porque cada um tem a sua individualidade, porque cuidar é humano.Cuidar é respeitar o individuo, suas características próprias de cada um.

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Cuidar vem de humano para outro humano. Precisamos dar ao paciente uma assistência holística de enfermagem (corpo-mente-espírito.)

A saúde não pode perder o humano. A enfermagem não pode ter rotinas prontas no

cuidado, pois cada individuo tem suas peculiaridades, suas limitações, sejam físicas, psíquicas, econômicas ou culturais que devem ser respeitadas, se não pela competência profissional, pelo menos pelos preceitos éticos que regem a profissão.

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O enfermeiro não pode ver o paciente como partes: coração, fígado, cérebro, ossos, etc, como se essas partes não pertencessem a alguém que pensa, sente e que pode opinar. As pessoas precisam de uma imagem completa, e precisam de uma enfermagem que possa atender as suas necessidades.

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O paciente é a razão da nossa profissão. A saúde é o nosso maior bem e a enfermagem é a ciência do cuidar humano, que vê o homem em sua totalidade.

O enfermeiro deve apropriar-se de uma nova identidade, construir um caminho que atenda ás necessidades do homem em todos os campos possíveis de atuação.

A sociedade busca uma enfermagem que saiba, sem tropeçar, quem é, por meio de sua capacidade de atuação, que traga de volta o homem para o centro do universo, em sua totalidade, por intermédio do conhecimento; que possa integrar as partes, que possa dizer onde está, que tenha compromisso com ela e com a saúde e qualidade de vida; que saiba, realmente, a que veio, por meios de atitudes.

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Enfermagem é fazer saber, é conscientizar, é respeitar, compartilhar.

Cuidar é ver além do visível e ousar ir mais longe.

Nossos pacientes estão pedindo socorro.Não há assistência,não há cuidado.Cuidar não é só saber.É ser.São atitudes.

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Precisamos entender os caminhos que levam os Enfermeiros a cuidar e a descuidar do homem como um ser holístico, carente de vários recursos para a manutenção de sua saúde,não apenas o tratamento para as suas doenças.

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Até quando pensamos poder ficar á margem da medicina , de rotinas, executando tarefas pré determinadas, que exigem de um saber complexo e de um conhecimento planejado?

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Á Enfermagem não pode ser: alienada, pouco reflexiva, pouco criativa e não se faz em real a necessidade do cliente e da Sociedade.

Hoje, a sociedade busca profissional que possa perceber as necessidades do paciente (Cliente) que seja capaz de traçar um plano de assistência que realmente complete as necessidades desse ser.

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Para tal, é imprescindível que o Enfermeiro saiba refletir, agir, criar e planejar, com conhecimento aprimorado e com maleabilidade, vendo cada individuo em sua individualidade e coletividade.

A vida humana não se limita ás necessidades básicas representadas pela alimentação, abrigo e reprodução.

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Muitas são as suas necessidades pois variam de individuo para indivíduo, e de sociedade para sociedade.

Para o ser humano doente, a solidão e o isolamento, a desinformação, a ruptura de suas relações cotidianas, principalmente quando impostos, talvez sejam os maiores agressores psicológicas, pois corroem e desintegram, ele sente-se perdido, com medo, em pânico.Neste momento, corpo e membro desajustam-se , ele pede socorro das mais variadas formas e muitas vezes não é percebido, porque normalmente os profissionais da saúde estão muito ocupados para atender a detalhes que não os fisiológicos, pertinentes á causa da internação ou procura.

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Quando adoecemos o medo nos faz inseguros,

carentes de atenção, não entendemos o que se passa, não queremos entender, entramos muitas vezes em pânico.A solidão, o isolamento por imposição hospitalar ou mesmo pela impossibilidade física de ir e vir, corrompe a mente, desinstala o ser de suas relações, não há troca.Suplicamos, humilha-se por atenção, carinho, por um olhar, por minutos de conversa, por respeito.

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Ética Profissional

Toda profissão possui seu próprio código de ética,ou seja, seu conjunto de regras e preceitos referentes á conduta das pessoas que a exercem, qualificando o que seja bom ou mal, seja relativamente aos profissionais da área , seja em relação á sociedade de modo absoluto.

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Todos têm sua vocação profissional e buscam, através dela, adquirir todo o

prestigio possível.

Alguns, nessa jornada rumo ao sucesso, agem com perfeita retidão de intenção, utilizando seu potencial e as prerrogativas de seu cargo para o bem da sociedade e, conseqüentemente, o seu próprio.

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Outros tantos, porém, na ânsia de conquistar altos postos, ou grandes lucros, adotam um procedimento que ignora por completo a ética, passando por cima de tudo e todos, que represente obstáculo á consecução dos seus objetivos personalista.

Sob o pretexto de lutar com todas as armas disponíveis para atingir seus fins, iniciam um processo que faz desaparecer aos poucos quaisquer vestígio de lealdade, e mesmo de honestidade, que ainda marcavam sua conduta pregressa.

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Toda conquista, daí em diante, será completamente destituída do mérito que seria se resultasse de um esforço justo. Seria como possuir muitos bens, tendo roubados a todos. A riqueza material de nada vale se não for de um comportamento que se submeta á moral, á ética profissional.

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Pode-se subir na vida de várias maneiras, mas somente a honestidade e material confiável para construir uma estrutura sólida, que garanta firmeza a todos aqueles que querem atingir grandes alturas em sua profissão.

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Pense em tudo que vale a penas pensar, supere seus limites amplie seus horizontes e ... Aceite o desafio de transformar nosso mundo num lugar melhor para viver!

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Valor e Virtude O Valor e a virtude caracterizam o

crescimento do ser humano. Gasta-se muito tempo buscando a

transformação dos outros, cuidando do ambiente externo e pouco ou quase nenhum tempo temos dedicado ao nosso crescimento interior a nossa inteligência intrapessoal,que impulsiona o nossos relacionamentos na sociedade.

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Periodicamente, devemos parar, pensar e observará á nossa volta, verificando como está o nosso mundo, os nossos hábitos, a nossa casa, os nossos relacionamentos, as nossas metas e objetivo de vida.

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A atitude das pessoas dependem muito dos seus valores. Ele é uma espécie de padrão que orienta a conduta.

Julgamos os outros e a nós mesmos de acordo com os nossos valores.

Que valores ou virtudes preciso cultivar?

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O cuidado humano é uma atitude ética em que seres humanos percebem e

reconhecem os direitos uns dos outros.

Pessoas se relacionam numa forma a promover o crescimento e o bem- estar do outro.

O ser humano é um ser de cuidado, mais ainda, sua essência se encontra no cuidado.Colocar o cuidado em tudo o que projeta e faz, eis a característica singular do ser humano.

Cuidador é aquele que cuida, cuidadoso. Cuidadoso é aquele que tem cuidado,diligente,

solícito,zeloso, cauteloso, meticuloso. O cuidado nos remete aos primórdios de um

embrião até a finitude do ancião.

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Como Surgiu o Papel do Enfermeiro na História?

Não há documentos que comprove sua existência. A sobrevivência da humanidade é a resposta.

Enfermagem é preservação da vida, promoção do conforto, cuidado e segurança.

Mãe foi a primeira cuidadora, proporcionando saúde, protegendo o filho, cuidando dos velhos a das pessoas doentes da família.

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As enfermeiras eram pessoas com habilidades naturais, pessoas bondosas que se

sensibilizavam com os outros, eram habilidosas, generosas, criativas, intuitivas que aos poucos

foram melhorando seus conhecimentos.

A essência do serviço era curar =cuidando. Com o conhecimento que iam adquirindo,

encontravam alimentos que balanceavam a dieta. Descobriram alimentos que eram venenosos, encontraram raízes medicinais e que hoje são a base da farmacologia moderna.

A enfermagem era uma prática empírica, exclusivamente do lar.

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A bíblia foi uma fonte de pesquisa sobre a história da enfermagem, no livro de gênesis que diz: ”partiram de

Betel e havendo ainda uma pequena distância para chegar a Efretá, Raquel deu á luz a um filho, cujo parto foi

penoso”.

“ Em meio as dores do parto, disse-lhe a parteira : Não temas, pois ainda terás este filho.

Concluiu-se que: A enfermagem foi a primeira profissão a surgir na área da saúde.

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“Quando ainda não havia ciência, era o espírito do serviço que realizava embrionariamente, aquilo que ainda hoje

constitui alguns dos objetivos da enfermagem: dar conforto físico e moral ao doente e afastar dele os perigos,

ajudá-los a alcançar a cura”.

Só mais tarde aparece a verdadeira ciência. As técnicas praticadas atravessaram todas as civilizações sem se tornarem obsoletas, hoje são evidentemente requisitadas com o implemento da tecnologia. O título de parteira, por exemplo, surge freqüentemente na enfermagem obstétrica.

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Em síntese, a enfermagem teve seu nascedouro bem delineado.Não surgiu das lendas, seu desenvolvimento foi demorado por motivos

desconhecidos, mas em cada civilização há indícios de seu itinerário.

Período Pré- cristão- As doenças eram tidas como

um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio.Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e de enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meios de sacrifícios. Usavam: massagens, banho de água quente ou fria, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, e muitas outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes.

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As práticas da saúde ao longo da História e o desenvolvimento das

práticas de Enfermagem

Período Pré-Cristão – As doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio.Por isso os sacerdotes ou feiticeiros acumulavam funções de médicos e Enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meios de sacrifícios. Usavam: massagens, banhos de água quente ou fria, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas.

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Continuação Período Pré - Cristão

Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar as pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações políticas e religiosa, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes.

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Egito

Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Praticava-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada e o auxilio aos desamparados.

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Índia

Documentos do século Vl a.c. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribuiu para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção dos hospitais. Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos.

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Índia

Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes.

O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano – proibia a dissecação de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.

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Assíria e Babilônia

Entre os Assírios e a Babilônia existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia, acreditava-se que sete demônios eram causadores das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam talismãs com orações usadas contra os ataques dos demônios.

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Cont. Assíria e Babilônia

Nos documentos Assírios e Babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros.Conheciam a lepra e a sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão. “Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa”. (ll Reis: 5, 10-11).

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China Os doentes chineses eram cuidados por

sacerdotes. As doenças eram classificadas das seguintes maneiras: benignas, médias e graves. Os sacerdotes eram divididos em três categorias que correspondiam ao grau da doença da qual se ocupava.Os templos eram rodeados de plantas medicinais.Os chineses conheciam algumas doenças: varíola e sífilis. Faziam cirurgias de lábio. Tratavam de: anemias, indicavam o ferro e fígado, tratavam verminoses com raízes, para sífilis , prescreviam mercúrio, doenças da pele, aplicavam arsênico. Anestesiavam com o ópio. Construíram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A cirurgia não evoluiu devido á proibição da dissecação de cadáveres.

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Japão

Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de águas termais.

Fetichista – pessoas que cultuam objetos de desejo.

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Grécia As primeiras teorias gregas se prendiam

á mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas.

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Grécia Usavam como tratamento: banhos,

massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor á beleza física, cultural e a hospitalidade, contribuindo para o progresso da medicina e da enfermagem. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono de doentes graves.

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Grécia

A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos. Hipócrates é considerado o pai da medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas.

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Grécia Seu princípio fundamental na

terapêutica consistia em “ não contrariar a natureza, porém auxiliá-la a reagir”. Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, ventosas, vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais.

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Roma A medicina não teve prestígio em Roma. Durante

muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grego.

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Cristianismo O cristianismo foi a maior revolução social

de todos os tempos. Influiu positivamente através da reforma dos indivíduos e da família. Os cristãos praticavam uma tal caridade,que movia os pagãos: “Vede como eles se amam”. Desde o inicio do cristianismo os pobres e os enfermos foram objeto de cuidados especiais por parte da igreja. Pedro, o apostolo, ordenou diáconos para socorrerem os necessitados. As diaconisas prestavam igual assistência ás mulheres.

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Cristianismo Os cristão até então perseguidos,

receberam no ano 335 pelo Edito de Milão, do imperador Constantino, a liberação para que a igreja exercesse suas obras assistenciais e atividades religiosas. Houve uma profunda modificação na assistência aos doentes – os enfermos eram recolhidos ás diaconias, que eram casas particulares, ou aos hospitais organizados para assistência a todo tipo de necessitados.

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Desenvolvimento das práticas de saúde durante os períodos históricos 1) As práticas de saúde instintivas – Caracteriza a prática

do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano- de –fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliado este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-se que a enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas.

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2-As práticas da saúde mágico-sacerdotais

Aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos.Este período corresponde á fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa.

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Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde.

O ensino era vinculado á orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas , (raças). Quanto á enfermagem, as únicas referência concernentes á época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

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3-As práticas de saúde no alvorecer da ciência

Relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século V a.C, estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã.

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A prática da saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico- que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças-

E na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis.

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Este período é considerado pela medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relatório histórico,

Propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.

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4-As práticas de saúde monástico-medieval

Focaliza a influência dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo.Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes á Enfermagem.

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Cont. Saúde monástico-medieval

A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão a enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.

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5-As práticas de saúde pós monásticas

Evidencia a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a enfermagem.

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Cont. Saúde pós monástica A Enfermagem permaneceu empírica

e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de reformas religiosa. O hospital, já negligenciado, passa a ser insalubre deposito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos.

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Cont. Saúde pós monástica Sob exploração deliberada, o serviço

domestico, pela queda dos padrões morais que o sustentava, tornou-se indigno e sem atrativo para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

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6-As práticas de saúde no mundo moderno

Analisa as práticas de saúde e, em especial, a de enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. Ressalta o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada.Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.

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ENFERMAGEM MODERNA O avanço da medicina vem favorecer a

reorganização dos hospitais. É na reorganização da instituição hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplinarização e seus reflexos na enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então.

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Cont. A evolução crescente dos hospitais não melhorou, entretanto, suas condições de salubridade. Diz-se mesmo que foi a época em que estiveram sob piores condições, devido principalmente á predominância de doenças infecto-contagiosa e á falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes.

Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em beneficio da classe abastarda. É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo ministro da guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na guerra da Criméia.

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Primeiras escolas de Enfermagem

Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido á incompreensão dos valores necessários ao desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira escola foi criada em 1873.

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Em 1877 as primeiras Enfermeiras diplomadas começam a prestar serviço a domicilio em Nova York. As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola de Florence, baseada em quatro idéias-chaves:

1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro público.

2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita relação e associação com os hospitais, mas manter sua dependência financeira e administrativa.

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3- Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas não envolvidas em enfermagem.

4- As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter residência á disposição, que lhes oferecesse ambiente confortável e agradável, próximo ao hospital.

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Sistema Nightingale de ensino

As escolas conseguiram sobreviver graças aos pontos essenciais estabelecidos:

1-Direção da escola por uma enfermeira.

2- Mais ensino metódico, em vez de apenas ocasional.

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3- Seleção de candidatas do ponto de vista físico, moral, intelectual e aptidão profissional.

História da enfermagem no Brasil Periodo colonial A organização da enfermagem na

sociedade Brasileira compreende desde o período colonial até o final do século XIX e analisa a organização da Enfermagem no contexto da sociedade brasileira em formação.

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Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal.

A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram no Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina. No que diz respeito á saúde do nosso povo, merece destaque o Padre José de Anchieta. Ele não limitou ao ensino de ciências e catequeses;foi além:

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Atendia aos necessitados do povo, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, climas e as doenças mais comuns.

A terapêutica empregada era á base de ervas medicinais minuciosamente descritas. Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por eles. Não há registro a respeito. Outra figura de destaque é Frei Fabiano de Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de enfermeiro no convento de Santo Antonio do Rio de Janeiro, (séc.XVIII)

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Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidados aos doentes.

Em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção á maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio Andrada e Silva.

Em1738, Romão de matos Duarte consegue fundar no RJ a casa dos Expostos.

A primeira sala de parto funcionava na casa dos Expostos em 1822.

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Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a faculdade de medicina do RJ.

A escolas de parteiras da faculdade de medicina diplomou no ano seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil. No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas sobre higiene infantil e escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes a novas realizações.Esse progresso da medicina, entretanto, não teve influência imediata sobre a enfermagem.

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Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império, raros nomes se destacam e, entre eles, merece especial menção o de Ana

Justina Ferreira Neri. Ana Neri

Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira , na cidade de cachoeira, na Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Neri, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do

exercito, são convocados a servir a Pátria durante a guerra do Paraguai (1864-

1870),sob a presidência de Solano Lopes.

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O mais jovem, aluno do 6º ano de medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros.Ana Neri não resiste á separação da família e escreve ao presidente da Província, colocando-se á disposição de sua pátria.

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Em 15 de agosto parte para os campos de batalha,onde dois de seus irmãos também lutavam.

Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos. Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no edifício do Paço municipal.

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O governo Imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha. Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.A primeira escola de enfermagem fundada no Brasil recebe o seu nome.Ana Neri como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher prisioneira do lar.

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1ª Avaliação Alienada - alheia, fora da realidade. Reflexiva – pessoa que sabe retroceder, meditar. Que

reflete. Criativa –tem criatividade, cria coisas novas. Ética profissional – É a ciência da moral. É a parte da

filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a sociedade. Ético – relativo aos costumes, moral.

Valores – mérito, destacado, realçada. Virtude – força moral. Virtuosa – disposição para a prática do bem. Boa

qualidade moral. Empírico – Que se guia só pela experiência. Que não é

científico.

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Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil

Ao final do século XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso território com um contingente populacional pouco elevado e disperso, um processo de urbanização lento e progressivo já se fazia sentir nas cidades que possuíam áreas de mercado mais intensas, como São Paulo e Rj. As doenças infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, começam a propagar-se rápida e progressivamente.

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Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil

A questão saúde passa a constituir um problema econômico-social. Para deter esta escalada que ameaçava a expansão comercial brasileira, o governo, sob pressões externas, assume a assistência á saúde através da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena Revitaliza, através da reforma Osvaldo Cruz, introduzida em 1904, a diretoria geral de saúde-pública, incorporando novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que posteriormente veio se transformar no Instituto Oswaldo Cruz.

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Mais Tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria o Departamento Nacional de Saúde Pública, órgão que, durante anos, exerceu normativa e executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.

A formação de pessoal de Enfermagem – para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e posteriormente, às atividades de saúde pública – principiou com a criação, pelo governo, da Escola Profissional de Enfermeiros (as), no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienadas do Ministério dos Negócios do Interior.

Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO, pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro – UNI-RIO.

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CRUZ VERMELHA BRASILEIRA

A Cruz vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de 1908, tendo como primeiro presidente Oswaldo Cruz.

Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira por sua atuação durante a I Guerra Mundial (1914-1918). Fundaram-se filiais nos Estados.

Durante a epidemia de gripe espanhola (1918), colaborou na organização de postos de socorro, hospitalizando doentes e enviando socorristas a diversas instituições hospitalares e a domicilio.

Atuou também socorrendo vítimas das inundações, nos Estados de Sergipe e Bahia, e as das secas do Nordeste.

Muitas das socorristas dedicaram-se ativamente à formação de voluntários, continuando suas atividades após o término do conflito.

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SAÚDE PÚBLICA

No desenvolvimento das organizações sanitárias no Brasil, aparecem dois grandes médicos: OSWALDO CRUZ, responsável pela criação da medicina preventiva entre nós e 1920, pelo Decreto 3.987, foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública.

No setor de Profilaxia da Tuberculose, iniciou-se o serviço de visitadores.

No ano seguinte, pensou-se em estender essa assistência ao setor de doenças venéreas e outras doenças transmissíveis.

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Por iniciativa de Carlos Chagas, então diretor do Departamento, e com a cooperação da Fundação Rockfeller, chegou ao Rio, em 1921, um grupo de enfermeiras visitadoras que iniciou um curso intensivo.

Fundada a Escola ANA NÉRI, as primeiras alunas foram logo contratadas pelo Departamento Nacional de Saúde Pública.

Teve início então um trabalho de educação sanitária nos setores de profilaxia da tuberculose e higiene infantil, estendendo-se depois, à higiene pré-natal e visitação aos portadores de doenças transmissíveis.

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ENTIDADES DE CLASSE

1-Associação Brasileira de Enfermagem – ABEN: Sociedade civil sem fins lucrativos, que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominação de “Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras”. É uma entidade de direito privado, de caráter científico e assistencial regida pelas disposições do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, no Canadá, na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras. Por um espaço de tempo a associação ficou inativa.

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Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas.

Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas Seções Estaduais, Coordenadoria de Comissões.

Ficou estabelecido que em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada um Seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez).

Em 1952, a Associação foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto nº 31.416/52 em 21 de agosto de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn.

Atualmente a ABEn, com sede em Brasília, funciona através de Seções formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão subdividir-se em Distritos formados nos Municípios das Unidades Federetivas da União.

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FINALIDADES DA ABEn

Congregar os Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem, incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes.

Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do País.

Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profissão.

infrmações, acesse: www.abennacional.org.br

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SISTEMA COFEN / COREN’S

Criação – Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados do Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício do Profissão de Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem. Em cada estado existe um Conselho Regional os quais estão subordinados ao Conselho Federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com escritório Federal em Brasília.

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Direção – Os Conselhos Regionais de Enfermagem, são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa e concorrem a eleições. O mandato dos membros do COFEN/COREN’s é honorífico(honroso) e tem duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição. A formação do plenário do COFEN é composta pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos COREN’s.

Receita – A manutenção dos Sistemas COFEN/COREN’s é feita da arrecadação de taxas emolumentos ( rendimento) por serviços prestados, anuidades, doações, legados e outros, dos profissionais inscritos nos COREN’s.

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Finalidade – São entidades públicas de direito privado (particular) vinculadas ao Poder Executivo, na esfera da fiscalização do exercício profissional. O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem, pelo respeito ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional.

O Sistema COFEN/COREN’s encontra-se representado em 27 Estados Brasileiros, sendo

este filiado ao Conselho Internacional de Enfermagem em Genebra.

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COMPETÊNCIAS

Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) órgão normativo e de decisão superior:

- normalizar e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais; - esclarecer dúvidas apresentadas pelos COREN’s; apreciar

decisões dos COREN’s, homologando, suprindo ou anulando atos

praticados por este; - aprovar contas e propostas orçamentárias de autarquia,

(autonomia) remetendo- as aos órgãos competentes;- promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional; - exercer as demais atribuições que lhe foram conferidas por lei.

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Deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento; Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as

diretrizes gerais do COFEN; Executar as instruções e resoluções do COFEN; Expedir carteira e cédula de identidade profissional,

indispensável ao exercício da profissão, a qual tem validade em todo território nacional;

Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional impondo as penalidades cabíveis;

Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-os a aprovação do COFEN;

Zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem; Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do Exercício

Profissional; Eleger sua diretoria e seus delegados eleitores a nível central

e regional; Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela

Lei 5.905/73 e pelo COFEN.

Conselho Regional de Enfermagem (COREN) – órgão de execução, decisão e normatização

suplementar:

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SISTEMA DE DISCIPLINA E FISCALIZAÇÃO

O Sistema de Disciplina e Fiscalização do Exercício Profissional da Enfermagem, instituído por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por Resoluções do COFEN. O Sistema é constituído dos seguintes objetivos:

- área disciplinar normativa: estabelecendo critérios de orientação e aconselhamento, para o exercício de Enfermagem, baixando normas visando o exercício da profissão, bem como atividade na área de Enfermagem nas empresas, consultórios de Enfermagem, observando as peculiaridades pertinentes à classe e a conjuntura de saúde do país.

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- Área Disciplinar Corretiva: instaurado processo em casos de infrações ao Código de Ética do Profissional de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e, no caso de empresa,

processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e

aplicações das penalidades cabíveis; encaminhando às repartições competentes os

casos de alçada destas.

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- Área Fiscalizadora: realizando atos e procedimentos para prevenir a ocorrência de infrações à legislação que regulamenta o exercício da Enfermagem; inspecionando e examinando os locais públicos e privados, onde a Enfermagem é exercida, anotando as irregularidades e infrações verificadas, orientando para sua correção e colhendo dados para a instauração dos processos de competência do COREN e encaminhando às repartições competentes, representações.

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Símbolos da Enfermagem Lâmpada = Caminho, ambiente. Cobra = magia, alquimia. Cobra + Cruz = ciência. Seringa = técnica. Cor Verde = paz, tranqüilidade, cura, saúde. Pedra símbolo da Enfermagem: Esmeralda. Cor que representa a Enfermagem: Verde

Esmeralda. Símbolo da Enfermagem: Lâmpada. Enfermeiro: Lâmpada, Cobra + Cruz. Técnicos e Auxiliares: Lâmpada + Seringa.

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Teorias de enfermagem

Teoria – A palavra original vem do grego theoria que significa “visão”. Com base nesta natureza sensorial, o desenvolvimento de teorias deve ser encarado como racional e intelectual, conduzindo á descoberta da verdade.

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. Fenômeno = aspecto da realidade que podem ser percebidos ou vivenciados

teoriaconceitos relações

proposiçõesdefinições Fenômeno

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Conceitos Linguagem básica do pensamento teórico,

Webster ( 1991) define o conceito como “algo concebido na mente”.

As pessoas variam em relação ás imagens e noções específicas que elas percebem quanto a um determinado conceito.

Os conceitos são palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicação sobre ela.

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Conceitos Conceitos são palavras que descrevem

objetos, propriedades ou acontecimentos e constituem componentes básicos da teoria.

Exemplos:Existem conceitos que lidam com o sistema do cliente, sendo alguns fisiológicos, socioculturais, de saúde etc.

Modelo de sistema de Neuman - defini o cliente como pessoa que está prevendo o estresse ou lidando com ele.

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Objetivos dos Modelos Teóricos

1 - Identificar o domínio e os objetivos da enfermagem;

2 - Proporcionar conhecimento para melhorar a administração, prática, educação e pesquisa;

3 - Identificar as técnicas de pesquisa e instrumentos que serão utilizados para validar as intervenções de enfermagem.

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4- Desenvolver planos de currículo para a educação em Enfermagem;

5- Orientar o desenvolvimento / estrutura do Sistema de Assistência de enfermagem;

6- Devem ser compatíveis com outras teorias, leis e princípios confirmados, embora deixem em aberta questões não solucionadas que precisam ser investigada.

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Modelos Teóricos Focalizam os eventos e fenômenos

da disciplina. Base sólida para a prática de

Enfermagem. O desenvolvimento de uma teoria

envolve a geração de conhecimento – pode ser proveniente de outra disciplina.

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Modelos Teóricos- Componentes

Domínio - perspectiva e território da disciplina. Engloba o objeto, conceitos, valores e crenças, fenômenos e problemas da disciplina.

Os componentes do domínio são descritos em um paradigma – ligação entre ciência, filosofia e teorias da disciplina.

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Paradigmas de Enfermagem Pessoa – Saúde –Ambiente – Situação 1- Pessoa- Receptor do cuidado Cliente, família e a comunidade Necessidades multidimensionais- cuidado

individualizado. 2 –Saúde- É o objetivo do cuidado de

enfermagem Existem diferentes definições ANA (1995) “ Estado dinâmico do ser em que os

potenciais de desenvolvimento do indivíduo são realizados até a máxima extensão possível”.

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Paradigma de Enfermagem Ambiente /Situação – Abrange as possíveis

condições que afetam o cliente e o ambiente em que ocorrem as necessidades de cuidado. Ex: Criança com diabetes vai começar a freqüentar a escola.

Enfermagem - ANA (1995) “ é o diagnóstico e tratamento das respostas humanas aos problemas reais ou potenciais”.

Diagnóstico – Plano de cuidado. EX: Distúrbio cardíaco – Fadiga.

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Teorias de Enfermagem 1- Florence Nightingale – Teoria ambiental 2 - Hildegard E. Peplau – O processo interpessoal : maturação

para a personalidade 3 - Myra E. Levine – O holismo conservação da integridade 4 - Marta Rogers – Pessoas e ambientes são campos de

energia que evoluem 5 - Wanda de Aguiar Horta – Necessidades humanas básicas 6 - Elizabeth D. Orem – O autocuidado mantém a integridade 7 - Imogene M. King – Alcance dos objetivos 8 - Irmã Callista Roy – Estímulos rompem um sistema

adaptativo - Adaptação 9 – Lydia Hall – O nome do autor 10- Dagmar Brodt – Sinergística 11- Wanda Mc-Dowell- Teoria homeostática

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Relação Teoria – Processo de enfermagem

Teoria – Geração de conhecimento de Enfermagem para uso na sua prática.

Processo de enfermagem – É o método para implementação da Teoria ou conhecimento.

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Processo de EnfermagemDetermina uma abordagem sistemática

para a prática da Enfermagem

Fases do Processo de Enfermagem 1º- Histórico (Levantamento de

dados) 2º- Diagnóstico 3º- Planejamento (plano de

cuidado/prescrição) 4º- Implementação (execução do

plano) 5º- Avaliação- (evolução)

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Mensagem

Uma profissão que não conhece suas próprias correntes de pensamento se empobrece e da a impressão que somente sabe fazer o seu trabalho pelo treinamento de formulas, rotinas e procedimentos padronizados. Leopardi

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Definição de Teoria A teoria é a geração do

conhecimento de Enfermagem para uso na sua prática.

Teoria de enfermagem

Fenômeno - Cuidado de enfermagem