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1 Histórico e contextualização do programa HISTÓRICO E RELEVÂNCIA GEOGRÁFICA E NA ÁREA DE CONHECIMENTO O Programa de Pós-graduação em Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IBUSP) foi o primeiro da área no Brasil. Criado em 1970, juntamente com outros três programas do IBUSP (os programas de pós-graduação em Biologia/Genética, Botânica e Fisiologia Geral) logo após a implantação do sistema brasileiro de Pós-Graduação em 1969, congregou de início principalmente os docentes do Departamento de Zoologia do Instituto e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Tendo sido por muito tempo o único da área no país, teve importância fundamental na consolidação da Zoologia e áreas correlatas no Brasil, e seus egressos ajudaram a formar e desenvolver vários dos demais programas em todo país. Perto de completar 50 anos de existência, ao final de 2016, o programa tinha formado 772 egressos (396 doutores, e 376 mestres; ver dados em http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). A maioria dos egressos doutores (225 ou 57%) atuou ou atua no ensino superior público, e outros 28% (110) também estão envolvidos com pesquisa e/ou ensino superior em outros órgãos públicos que não universidades ou em universidades privadas. Em conjunto, estes 335 doutores estão espalhados por 25 dos 26 estados brasileiros mais Distrito Federal, cerca de um terço deles (32%) em outras regiões que não a Sudeste (12% no Nordeste, e 7% tanto no Norte, Centro-oeste e Sul do Brasil). Além da importância nacional, o Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP teve, e ainda tem, uma importância fundamental para a região da cidade de São Paulo e proximidades, tendo sido durante muito tempo o único da região e atendendo a toda demanda dessa área populosa e economica e cientificamente importante do Brasil. Como consequência, o programa abarca, entre seus docentes atuais, pesquisadores de outras unidades da USP, como a Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH-USP e o Centro de Biologia Marinha - CEBIMar, e outras instituições de pesquisa da cidade, como o Instituto Butantan, além dos docentes do Departamento de Zoologia do IBUSP e do Museu de Zoologia da USP. Dada a importância histórica por ter sido o primeiro programa na área de Zoologia no país, o papel de nucleação de seus egressos em nível nacional e a relevância regional em uma das áreas mais centrais do país em termos científicos, nosso programa é certamente hoje reconhecido internacionalmente como um dos mais representativos centros de pesquisa em Zoologia no Brasil. O programa congrega especialistas mundialmente reconhecidos em diferentes grupos zoológicos, que apresentam uma produção acadêmica de excelência, boa parte da qual envolve colaboradores internacionais (ver dados abaixo - QUADRO DOCENTE E PRODUÇÃO CIENTÍFICA). Nossos docentes mantêm também forte intercâmbio internacional, seja via projetos financiados por agências de fomento do exterior (9 docentes permanentes – 32% - participando de 17 projetos com financiamento internacional vigentes no quadriênio; http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls) e participação em redes de pesquisa internacionais (5 docentes permanentes - 18% - participando de redes de pesquisa internacionais no último ano do quadriênio; http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/rede_pesquisa_docentes.xls), como através de viagens de pesquisa ao exterior e recebimento de pesquisadores estrangeiros em seus laboratórios (ver dados em Intercâmbios internacionais). Como consequência, o número de alunos estrangeiros no programa vem aumentando, atingindo 10,5% dos 200 matriculados no quadriênio, e os alunos do programa como um todo têm cada vez mais interagido com a comunidade internacional da área. Trinta e sete alunos de mestrado (37% dos matriculados no quadriênio) e 64 alunos de doutorado (63% dos matriculados no quadriênio) visitaram instituições e

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Histórico e contextualização do programa HISTÓRICO E RELEVÂNCIA GEOGRÁFICA E NA ÁREA DE CONHECIMENTO O Programa de Pós-graduação em Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IBUSP) foi o primeiro da área no Brasil. Criado em 1970, juntamente com outros três programas do IBUSP (os programas de pós-graduação em Biologia/Genética, Botânica e Fisiologia Geral) logo após a implantação do sistema brasileiro de Pós-Graduação em 1969, congregou de início principalmente os docentes do Departamento de Zoologia do Instituto e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Tendo sido por muito tempo o único da área no país, teve importância fundamental na consolidação da Zoologia e áreas correlatas no Brasil, e seus egressos ajudaram a formar e desenvolver vários dos demais programas em todo país. Perto de completar 50 anos de existência, ao final de 2016, o programa tinha formado 772 egressos (396 doutores, e 376 mestres; ver dados em http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). A maioria dos egressos doutores (225 ou 57%) atuou ou atua no ensino superior público, e outros 28% (110) também estão envolvidos com pesquisa e/ou ensino superior em outros órgãos públicos que não universidades ou em universidades privadas. Em conjunto, estes 335 doutores estão espalhados por 25 dos 26 estados brasileiros mais Distrito Federal, cerca de um terço deles (32%) em outras regiões que não a Sudeste (12% no Nordeste, e 7% tanto no Norte, Centro-oeste e Sul do Brasil). Além da importância nacional, o Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP teve, e ainda tem, uma importância fundamental para a região da cidade de São Paulo e proximidades, tendo sido durante muito tempo o único da região e atendendo a toda demanda dessa área populosa e economica e cientificamente importante do Brasil. Como consequência, o programa abarca, entre seus docentes atuais, pesquisadores de outras unidades da USP, como a Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH-USP e o Centro de Biologia Marinha - CEBIMar, e outras instituições de pesquisa da cidade, como o Instituto Butantan, além dos docentes do Departamento de Zoologia do IBUSP e do Museu de Zoologia da USP. Dada a importância histórica por ter sido o primeiro programa na área de Zoologia no país, o papel de nucleação de seus egressos em nível nacional e a relevância regional em uma das áreas mais centrais do país em termos científicos, nosso programa é certamente hoje reconhecido internacionalmente como um dos mais representativos centros de pesquisa em Zoologia no Brasil. O programa congrega especialistas mundialmente reconhecidos em diferentes grupos zoológicos, que apresentam uma produção acadêmica de excelência, boa parte da qual envolve colaboradores internacionais (ver dados abaixo - QUADRO DOCENTE E PRODUÇÃO CIENTÍFICA). Nossos docentes mantêm também forte intercâmbio internacional, seja via projetos financiados por agências de fomento do exterior (9 docentes permanentes – 32% - participando de 17 projetos com financiamento internacional vigentes no quadriênio; http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls) e participação em redes de pesquisa internacionais (5 docentes permanentes - 18% - participando de redes de pesquisa internacionais no último ano do quadriênio; http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/rede_pesquisa_docentes.xls), como através de viagens de pesquisa ao exterior e recebimento de pesquisadores estrangeiros em seus laboratórios (ver dados em Intercâmbios internacionais). Como consequência, o número de alunos estrangeiros no programa vem aumentando, atingindo 10,5% dos 200 matriculados no quadriênio, e os alunos do programa como um todo têm cada vez mais interagido com a comunidade internacional da área. Trinta e sete alunos de mestrado (37% dos matriculados no quadriênio) e 64 alunos de doutorado (63% dos matriculados no quadriênio) visitaram instituições e

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pesquisadores no exterior para realização de suas pesquisas e/ou participaram de eventos científicos internacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls), 7% dos mestres formados no quadriênio realizaram doutorado no exterior (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls), e 24% da produção conjunta entre docentes e alunos ou egressos (considerando apenas os que se titularam há até 3 anos antes da publicação) no quadriênio envolvem colaboradores internacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls). CARACTERIZAÇÃO DA ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA O Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP, desde a sua origem, congrega docentes e alunos que desenvolvem pesquisas relacionadas com a descrição, classificação, relações de parentesco, origem, evolução e biogeografia de diferentes linhagens de animais. Mais recentemente, novos temas associados à Zoologia foram agregados, em especial a biologia do desenvolvimento, e diferentes vertentes associadas ao comportamento animal e à biologia da conservação (ver Objetivos). Hoje, as pesquisas realizadas no programa abrangem diversos grupos taxonômicos, entre micro-organismos eucariontes, invertebrados e vertebrados, em ambientes terrestres, de água doce e marinhos, e abordam diferentes domínios morfoclimáticos da região Neotropical e do mundo. Do ponto de vista das abordagens, nossos projetos e pesquisas unem componentes clássicos da zoologia, como a análise de dados de história natural e morfológicos, com abordagens mais recentes que incluem a análise de dados moleculares, de distribuição geográfica, comportamentais e ecológicos, englobando ferramentas de análise associadas aos campos da paleontologia, sistemática e inferência filogenética, filogeografia e dinâmica de populações, biogeografia e macro-ecologia, biologia evolutiva do desenvolvimento, comportamento animal e biologia da conservação. FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE MESTRES E DOUTORES Ao longo de seus quase 50 anos, o programa formou 376 mestres e 396 doutores (772 titulados), com uma média de 16,4 titulados por ano (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). Somente no último quadriênio (2013-2016), foram formados 44 doutores e 60 mestres (104 titulados), com um número alto e estável de titulados por ano (2013 – 26, 2014 – 26, 2015 – 27, 2016 – 25). Dos 104 alunos titulados no quadriênio, 94% tiveram bolsas de estudo, sendo que para 48% a bolsa principal (i.e. a bolsa por maior número de meses) foi da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, para 23% da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, e para 23% do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A alta proporção de bolsas FAPESP atesta a competitividade e qualidade dos projetos de dissertação e tese de nossos alunos. Este grande número de egressos atua nas mais diversas áreas, em sua maioria associadas à pesquisa, ao ensino nos mais diferentes níveis, a cargos técnicos de empresas e órgãos púbicos e à consultoria ambiental (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). Entre os doutores, nossos egressos têm atuado principalmente como pesquisadores (85%), associados ou não ao ensino superior, principalmente em instituições públicas, mas também privadas, espalhadas por todo o Brasil (ver HISTÓRICO E RELEVÂNCIA GEOGRÁFICA E NA ÁREA DE CONHECIMENTO). Outros 6% são empresários, profissionais de empresas privadas ou profissionais autônomos, atuando principalmente na área de consultoria para biodiversidade e meio ambiente, e 3% são professores de ensino fundamental ou médio. Entre os mestres, 59% estão fazendo doutorado ou pós-doutorado (ou estão de alguma maneira vinculados à pesquisa com bolsas técnicas ou colaborações informais), 10% são empresários, profissionais de empresas privadas ou

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profissionais autônomos (também principalmente na área de consultoria para a biodiversidade e meio ambiente), 9% atuam em pesquisa e ensino superior em universidades públicas ou privadas, 6% são servidores públicos (a maioria em cargos técnicos, mas também como pesquisadores), e 4% são professores de ensino fundamental ou médio. QUADRO DOCENTE E PRODUÇÃO CIENTÍFICA O programa conta hoje com um quadro docente de 7 colaboradores (20%) e 28 permanentes (80%). Embora estes números não sejam muito diferentes dos números dos triênios anteriores, a composição do núcleo permanente foi significativamente renovada durante o último quadriênio, com a aposentaria de 3 docentes, e a incorporação de 6 docentes, contratados durante o quadriênio no Departamento de Zoologia do IBUSP (4) ou a partir de credenciamento de pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (2) que já vinham colaborando intensamente com docentes e alunos do programa. A inclusão de pesquisadores mais jovens e recém contratados trouxe novas abordagens e projetos, e manteve a qualidade do quadro de docentes permanentes do programa, que conta hoje com 17 pesquisadores com bolsa de produtividade CNPq (61% dos permanentes), 25 pesquisadores com índice H no ResearchID maior ou igual a 7 (90% dos permanentes), e 16 pesquisadores com índice H no ResearchID maior ou igual a 10 (57%). O quadro de docentes permanentes foi responsável pela produção de 661 artigos científicos no total dos quatro anos do quadriênio, com um número crescente ao longo dos anos, 148 em 2013, 154 em 2014, e 179 em 2015, e 180 em 2016 (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls). A produção científica é também bem distribuída entre os docentes do quadro permanente, com 79% deles (22 docentes) com 10 ou mais artigos publicados no quadriênio e 64% (18 docentes) com 20 ou mais artigos publicados no mesmo período. Além disso, a produção é de altíssima qualidade, englobando 149 artigos publicados em periódicos A1 ou A2, e com a proporção de artigos dessa faixa (em relação ao total) aumentando ao longo dos anos do quadriênio de 19% em 2013, para 22% em 2014, e 25% e 24% em 2015 e 2016, respectivamente. O número de artigos publicados em periódicos B1 ou superior foi de 403 no quadriênio, perfazendo mais da metade da produção (61%), com proporção alta e estável ao longo do quadriênio (2013 – 61%, 2014 – 59%, 2015 – 63%, e 2016 – 61%). Além disso, a produção científica do quadro de docentes permanentes frequentemente envolve colaborações internacionais, com mais de um terço dos artigos científicos publicados no quadriênio envolvendo autores de instituições estrangeiras (240, e 36%). Essa proporção vem crescendo bastante, de 32% em 2013 e 2014, para 37% em 2015 e 43% em 2016. A participação dos alunos e egressos (considerando aqueles que se titularam há até 3 anos antes da publicação) na produção científica do programa no quadriênio é também bastante alta, representando 38% da produção científica dos docentes permanentes no quadriênio (253 artigos em co-autoria entre docentes permanentes e alunos ou egressos recentes). Essa proporção vem se mantendo estável especialmente ao longo dos últimos dois anos do quadriênio (43%, 31%, 39% e 40%, em 2013, 2014, 2015 e 2016, respectivamente). A qualidade da produção científica conjunta entre docentes do quadro permanente e alunos ou egressos vem aumentando consideravelmente, sendo que a proporção dessa produção conjunta publicada em periódicos A1 ou A2 saltou de 3% em 2013 para 21%, 27% e 17% em 2014, 2015 e 2016, respetivamente, enquanto a proporção da produção conjunta publicada em periódicos B1 ou superior se manteve relativamente estável (53%, 55%, 71% e 54% ao longo dos anos do quadriênio).

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A qualidade do corpo discente do programa fica evidente através do número e qualidade dos artigos científicos publicados por alunos e egressos sem a co-autoria de seus orientadores (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_discentes.xls). Os 200 alunos matriculados durante o quadriênio em conjunto com os egressos do programa (considerando apenas aqueles que se titularam há até 3 anos antes da publicação) produziram outros 228 artigos científicos entre 2013 a 2016, independentemente de seus orientadores, sendo 26 em periódicos A1 ou A2 (11%), e 105 em periódicos B1 ou superior (46%). GESTÃO A composição da Comissão Coordenadora do Programa (CCP) foi renovada entre maio e agosto de 2016, quando foram eleitos novos representantes docentes (três titulares e três suplentes) e, dentre estes, o atual coordenador, Fernando Portella de Luna Marques, e vice-coordenadora, Renata Pardini. Em novembro-dezembro de 2016, foram também eleitos novos representantes discentes (titular e suplente). A nova comissão tem uma composição balanceada, com três docentes recentemente contratados (menos de 4 anos) e três docentes com cerca de 15 anos de contratação, sendo quatro homens e duas mulheres. Por ter assumido a gestão do programa na metade do último ano do quadriênio, a nova equipe fez um grande esforço para se familiarizar, organizar e inserir os dados sobre o programa na Plataforma Sucupira, incluindo a correção e complementação dos dados dos anos anteriores, e para redigir o relatório final deste quadriênio. Uma vez que os dados dos anos anteriores a 2016 inseridos na Plataforma pela coordenação anterior estavam bastante incompletos, o processo de correção e complementação destes dados, assim como o processo de organização de dados comparativos entre os quatro anos para a redação do relatório de 2016, exigiram enorme esforço coordenado de toda a equipe atual (ver Autoavaliação e Planejamento futuro). Como linhas mestras da gestão nesses primeiros seis meses, a atual CCP tem focado na transparência e consultas amplas a docentes e alunos, no engajamento dos alunos na gestão de recursos e no planejamento de atividades acadêmicas, na implementação de procedimentos de sistematização e monitoramento de indicadores da qualidade do programa, e no acompanhamento do desempenho e do apoio dado aos alunos. Nossas metas para o próximo quadriênio são apresentadas no Planejamento futuro.

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Objetivos Objetivos O Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo tem como sua principal missão a formação de mestres e doutores na área de Zoologia, que tenham uma visão integrada da diversidade biológica. Esta perspectiva integradora envolve a compreensão de que a diversidade biológica é dinâmica no tempo e espaço, afetada por diferentes processos inter-relacionados – históricos, evolutivos e ecológicos, que resultam em padrões de diversidade em diferentes níveis de organização (organismos, populações, espécies, clados) e em diferentes escalas de tempo e espaço (comunidades locais, paisagens, pool regionais, e biotas). Envolve também a percepção dos limites do conhecimento e das interfaces entre áreas ou sub-áreas do conhecimento. Para atingir essa missão, nossa proposta é fornecer: (1) uma sólida formação teórica, que abranja diferentes áreas ou sub-áreas do conhecimento – daquelas de abordagem histórica, àquelas relacionadas aos processos micro e macro evolutivos assim como às relacionadas aos processos ecológicos de nicho (interações entre espécies e delas com o meio); (2) uma sólida formação instrumental, que permita o entendimento da variedade de abordagens metodológicas, de técnicas e de análises disponíveis para o avanço na descrição, e na compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade biológica em diferentes níveis de organização e escalas; (3) uma visão do estado atual, e dos limites, do conhecimento para diferentes grupos zoológicos; (4) um ambiente intelectualmente estimulante que propicie independência e senso crítico. Esperamos que o mestre ou doutor egresso de nosso curso esteja apto a multiplicar esta visão integrada da diversidade biológica, através da atuação no ensino em diferentes níveis, na pesquisa, e na aplicação de conhecimento científico para o direcionamento da tomada de decisão associada à biodiversidade, seja em escolas, universidades, órgãos públicos, empresas, consultorias ou no terceiro setor. Consideramos que a multiplicação desta perspectiva integradora sobre a diversidade biológica é ao mesmo tempo desafiadora, mas fundamental e estratégica para o país. Abrigamos uma enorme biodiversidade que é complexa, ainda bastante desconhecida nos seus mais variados aspectos, e está em grande parte ameaçada. Profissionais capazes de ensinar, avançar e aplicar o conhecimento sobre padrões e processos associados à geração e manutenção da biodiversidade, de maneira crítica e inovadora, são certamente fundamentais para que o país, no longo prazo, vença desafios e aproveite oportunidades para conciliar conservação e desenvolvimento social e econômico, visando um futuro mais sustentável. Tanto nosso quadro de disciplinas - que engloba aspectos teóricos e instrumentais (incluindo atividades de campo) relacionados a diferentes sub-áreas do conhecimento, e permite uma visão do estado de conhecimento da biodiversidade em grupos específicos (ver Estrutura curricular) - como a abrangência dos projetos de pesquisa de nossos orientadores, organizados em duas linhas de pesquisa principais, são peças chaves para propiciar aos alunos do programa uma visão integrada da diversidade biológica. Em nosso programa, orientamos, lecionamos e pesquisamos em temas associados a duas linhas de pesquisa principais: (1) Evolução, sistemática e biogeografia – que engloba diversas áreas inter-relacionadas - história natural, anatomia comparada e funcional, taxonomia e sistemática, biologia do desenvolvimento e evolução, e filogeografia e biogeografia - todas associadas com a descrição, classificação, relações de parentesco, origem, evolução e distribuição geográfica de espécies e clados de animais; (2) Comportamento animal e conservação – que agrupa diferentes vertentes dentro da área de comportamento animal, como a etologia, comportamento sensorial e ecologia

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comportamental, e pesquisas mais diretamente relacionadas com a biologia da conservação, em especial os impactos de atividades antrópicas sobre a diversidade biológica em diferentes níveis de organização e escalas espaciais. As duas linhas de pesquisa ganharam impulso nos últimos anos com a contratação e/ou credenciamento de novos docentes, em especial nas áreas de biologia do desenvolvimento e evolução (4 docentes), e comportamento animal (2 docentes), e são bastante inter-relacionadas e complementares, particularmente pela estreita relação entre comportamento e evolução, e biologia da conservação e os padrões de distribuição da diversidade biológica. Perfil do egresso Dada a missão do programa explicitada acima, o perfil esperado de nosso egresso é o de um profissional que apresente uma visão integrada da diversidade biológica, e, portanto, (1) conheça a diversidade de abordagens teóricas e metodológicas para avançar o conhecimento acerca dos padrões e processos associados à geração e manutenção da biodiversidade, (2) tenha uma percepção do estado atual, e dos limites, deste conhecimento, (3) identifique as interfaces e lacunas entre áreas e sub-áreas relacionadas a ele, (4) sendo capaz de lecionar, avançar e aplicar este conhecimento, através da integração de abordagens e inovação. A avaliação e monitoramento tanto do perfil como da atuação dos egressos são, ao mesmo tempo, desafiadores, em termos de mensuração qualitativa e quantitativa, e essenciais para a constante melhoria do programa no sentido de atingir sua missão. O programa se empenha em manter atualizada e disponível a lista de seus egressos - com informações sobre os orientadores, títulos de dissertação e tese, tipos de atuação, nome e localização das instituições onde trabalham, link para o currículo na Plataforma Lattes ou para outras fontes de informação (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls) - como forma de permitir avaliação e monitoramento dos campos de atuação de nossos egressos. Em termos tanto dos tipos de atuação (ensino, pesquisa e aplicação) e da abrangência espacial onde atuam nossos egressos (que engloba a imensa maioria dos estados em todas as regiões do país), certamente nossa missão vem sendo cumprida (ver dados em Histórico e contextualização do programa – FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE MESTRES E DOUTORES, e Indicadores de Solidariedade e Nucleação). Já a avaliação e monitoramento do perfil do egresso são mais complexos de serem realizados, embora uma série de evidências sugiram que o programa vem se aprimorando em atingir sua missão. Em primeiro lugar, a alta proporção de alunos do programa com bolsa FAPESP (49% dos titulados no quadriênio tiveram bolsa FAPESP por pelo menos alguns meses) atesta a qualidade e competitividade dos projetos de dissertação e tese propostos por alunos e orientadores do programa (ver Histórico e contextualização do programa – FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE MESTRES E DOUTORES). Em segundo lugar, os prêmios internacionais recebidos por nossos alunos por seus trabalhos científicos, que têm repercutido na mídia, indicam que de fato os projetos realizados têm levado a resultados de qualidade e relevância em nível internacional. Somente em 2016, seis alunos - Aline Henrique Corrêa, Guilherme Gainett, Jorge Alves Audino, Karine Bianca Nascimento, Paulo Hofstatter, e Pedro Henrique dos Santos Dias - receberam prêmios internacionais por seus trabalhos, e quatro - Karine Bianca Nascimento, Paulo Hofstatter, Pedro Henrique dos Santos Dias, e Sarah Viana - tiveram seus trabalhos divulgados em reportagens veiculadas em rádios, jornais ou canais de televisão (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/premio_midia_alunos_docentes.xls). Por fim, a quantidade (481 artigos científicos), qualidade (proporção de artigos em periódicos A1 ou A2, ou B1 ou superior) e nível de colaboração internacional (proporção de artigos de alunos com co-autores de instituições internacionais) da produção cientifica de nossos alunos no quadriênio (ver dados detalhados em Histórico e contextualização do programa – QUADRO DOCENTE E

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PRODUÇÃO CIENTÍFICA), assim como a proporção de artigos sem a co-autoria de orientadores (47%), indicam o potencial acadêmico de nossos alunos e egressos. Proposta Curricular Estrutura curricular O quadro de disciplinas do programa é bastante amplo, e inclui quatro tipos básicos de disciplinas, de maneira a atender a missão do programa (ver Objetivos): (1) Teóricas/ conceituais – que apresentam e trabalham os conceitos fundamentais e as abordagens teóricas relacionadas a cada uma das duas linhas de pesquisa do programa. Na primeira destas linhas (Evolução, sistemática e biogeografia), as disciplinas teóricas/ conceituais incluem “A Filosofia da Sistemática Biológica”, “Princípios de Zoologia e Sistemática”, “Princípios de Evolução Molecular Aplicados à Reconstrução Filogenética” (disciplina recém-criada de docente contratado recentemente), “Biogeografia Histórica”, “Sistemática e Biogeografia” e “História da Zoologia no Brasil”. Na segunda linha de pesquisa do programa (Comportamento animal e conservação), as disciplinas teóricas/ conceituais incluem “Comportamento animal”, “Ecologia Sensorial e Comportamento” e “Ecologia de Comunidades”. (2) Metodológicas/ instrumentais – que apresentam abordagens metodológicas, técnicas e análises utilizadas para o avanço do conhecimento nas duas linhas de pesquisa do programa. Na primeira destas linhas (Evolução, sistemática e biogeografia), as disciplinas metodológicas/ instrumentais incluem “Inferência Filogenética: Filosofia, Método e Aplicações”, “Biogeografia Comparativa: Descobrindo e Classificando Padrões Biogeográficos de uma Terra Dinâmica”, “Introdução à Biogeografia Paramétrica”, “Introdução à Morfometria Geométrica”, “Tópicos Especiais em Zoologia: Técnicas Histológicas Aplicadas à Pesquisa em Zoologia”, “Tópicos Especiais em Zoologia: Introdução à Ilustração Científica”, e “Tópicos Especiais em Zoologia: Análises de Comunidades Microbianas Utilizando Dados NGS (QIIME) e Microscopia”. Na segunda linha de pesquisa do programa (Comportamento animal e conservação), as disciplinas metodológicas/ instrumentais incluem “Projeto de Pesquisa em Comportamento Animal” (disciplina recém-criada de docente contratado recentemente), “Tópicos Especiais em Zoologia - Análises Ecológica e Biogeográfica de Comunidades Marinhas” e “Análise Espacial e Macroecologia”. (3) Estado do conhecimento de grupos específicos – que apresentam o estado da arte do conhecimento relacionado a vários aspectos dos diferentes grupos taxonômicos abordados nas pesquisas e projetos do programa, muitas das quais envolvem aulas práticas em campo ou em laboratório, e que incluem: “Malacologia”, “Morfologia Comparada de Insetos”, “Sistemática e Evolução de Arachnida”, “Ciclos de Vida e Sistemática de Cnidários”, “Filogenia e Diversidade de Diptera da América do Sul”, “Reprodução e Desenvolvimento Larval em Crustáceos Decápodes”, “Biologia e Sistemática de Orthoptera”, “Embriologia Comparativa de Invertebrados Marinhos”, “Anatomia Comparada de Peixes: Um Enfoque Evolutivo”, “Sistemática e Evolução de Répteis e Anfíbios” e “Anatomia e Evolução de Aves”. (4) Ciclo de seminários e palestras - A disciplina “Novas Abordagens na Pesquisa Biológica” corresponde a um ciclo de palestras que visa apresentar e promover o debate sobre projetos de pesquisa inovadores e assim desenvolver pensamento crítico nos pós-graduandos, e trouxe para o programa durante o quadriênio 39 palestrantes, sendo 12 do exterior (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/palestrantes.xls).

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(5) Pedagógicas – que focam na formação dos pós-graduandos como docentes do ensino superior: “Crítica e Prática na Formação do Pesquisador-Docente Durante a Pós-Graduação em Ciências Biológicas” e “Preparação Pedagógica em Biologia”. Esta última fornece preparação para que os pós-graduandos possam participar como estagiários no Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE), atuando como monitores em disciplinas da graduação em Ciências Biológicas do Instituto de Biociências da USP (no quadriênio, 28 alunos do programa atuaram como monitores PAE de 12 disciplinas de graduação distintas, ver dados em Integração com a graduação). Assim, o programa oferece disciplinas que cobrem as questões teóricas e conceituais, assim como as abordagens metodológicas, das sub-áreas do conhecimento que compõe as duas linhas de pesquisa do programa (Evolução, sistemática e biogeografia, e Comportamento animal e conservação), propiciando aos alunos (1) uma sólida formação teórica em sub-áreas que vão daquelas de abordagem histórica, àquelas relacionadas aos processos micro e macro evolutivos e às relacionadas aos processos ecológicos de nicho (interações entre espécies e delas com o meio), e (2) uma sólida formação instrumental, que inclui uma variedade de abordagens metodológicas, de técnicas e de análises. Oferece também disciplinas que abordam o estado da arte do conhecimento de vários aspectos relacionados a diversos grupos taxonômicos, fomentando (3) uma visão do estado atual, e dos limites, do conhecimento para diferentes grupos zoológicos. Por fim, através de disciplina que apresenta projetos inovadores de pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e do mundo, o programa ajuda a criar (4) um ambiente intelectualmente estimulante que propicie independência e senso crítico. Esperamos assim contribuir para que nossos alunos adquiram uma visão integrada da diversidade biológica, compreendendo a importância de processos históricos, evolutivos e ecológicos, que resultam em padrões de diversidade em diferentes níveis de organização e em diferentes escalas de tempo e espaço, percebendo os limites do conhecimento e as interfaces entre sub-áreas do conhecimento. É importante salientar que, além de atender nossos alunos, muitas de nossas disciplinas têm atraído pós-graduandos de outros programas e essa procura tem aumentado nos últimos dois anos. No quadriênio, 66 alunos de fora do programa cursaram nossas disciplinas (ver dados em Intercâmbios). Experiências inovadoras de formação Uma das características do programa que tem impacto muito positivo sobre a formação dos alunos é a extensa rede de colaboração dos nossos docentes com pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o que facilita que muitos pesquisadores externos participem como professores das disciplinas do programa. Durante o quadriênio, excluindo-se palestrantes, 12 pesquisadores de instituições estrangeiras de países sul e norte americanos e europeus, e 13 de outras instituições brasileiras, participaram de 19 disciplinas do programa (ver dados em Intercâmbios internacionais). A presença de professores externos nas disciplinas fomenta a interação dos estudantes com pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais, contribuindo para o contato com diferentes perspectivas e abordagens, estabelecimento de redes de colaboração, intercâmbio de informações, e apoio com aspectos teóricos ou metodológicos. Outra particularidade marcante do programa, que é extremamente relevante para a formação de nossos alunos, é o apoio e estímulo a atividades externas, incluindo visitas a laboratórios, visitas a coleções científicas, participação em cursos e workshops, e participação em eventos científicos (congressos e simpósios), tanto no Brasil e como no exterior. Dos 99 alunos matriculados em nível de mestrado no quadriênio, 33 (33%) realizaram alguma destas atividades em âmbito nacional (com predomínio de participação em eventos científicos - 26%, e

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participação em cursos e workshops - 11%), e 37 (37%) em âmbito internacional (com predomínio de participação em eventos científicos - 24%, e visitas a coleções científicas - 15%) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). Em nível de doutorado, conforme esperado, a participação dos alunos é bem mais expressiva. Dos 101 alunos matriculados no programa no quadriênio, 55 (54%) realizaram alguma destas atividades em âmbito nacional (com predomínio de participação em eventos científicos - 48%, e participação em cursos e workshops - 9%), e 64 (63%) em âmbito internacional (com predomínio de participação em eventos científicos - 45%, e visitas a coleções científicas - 34%) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). Estas atividades, além de fomentarem a interação dos estudantes com pesquisadores e estudantes de outras instituições nacionais e internacionais, contribuindo para o estabelecimento de redes de colaboração e intercâmbio de informações, abrem um vasto leque de oportunidades de aprendizado que vão desde a apresentação formal de trabalhos científicos ao desenvolvimento de habilidades com novas técnicas e temas. Ensino a distância O programa e seu corpo docente estão envolvidos em várias atividades relacionadas ao ensino à distância e têm usado recursos de interação à distância para complementar atividades de ensino presenciais e/ou disponibilizar recursos que possam ser acessados por alunos e profissionais que não cursaram a disciplina e atuam em outras instituições. Podem ser destacados: 1) A ferramenta de vídeo conferência possibilita realização de defesas, exames de qualificação e outras reuniões com a participação de examinadores de outras instituições (inclusive do exterior), ampliando a interação entre alunos e pesquisadores. Tem sido usada também em disciplinas oferecidas pelo programa, como “Sistemática e Biogeografia”, que é também parte dos requisitos básicos do programa de doutorado em biologia comparada do Richard Gilder Graduate School (RGGS) do American Museum of Natural History em Nova Iorque, Estados Unidos. Essa disciplina foi oferecida simultaneamente nos dois programas, por vídeo conferência, possibilitando que alunos e professor interagissem em tempo real e em língua inglesa. 2) Material didático, como aulas e tutoriais, de livre acesso disponível nos sites das disciplinas ou como vídeos no Youtube. Como exemplo, a disciplina “Inferência Filogenética: Filosofia, Método e Aplicações” (http://www.ib.usp.br/cladistica) disponibiliza todas as aulas, uma lista de referências bibliográficas, além de oferecer tutoriais sobre a instalação e execução dos recursos computacionais utilizados. O docente da disciplina, Fernando Portella de Luna Marques, disponibilizou também vídeos no Youtube com explicações sobre conceitos ou métodos, alguns dos quais com mais de 10.000 visualizações até o momento (https://www.youtube.com/watch?v=xyZZodtlZ3M). 3) Uso de sítios wiki de edição colaborativa em disciplinas, o que permite que os alunos publiquem seus exercícios e trabalhos finais, recurso utilizado pela disciplina “Ecologia de Comunidades” (http://ecologia.ib.usp.br/bie5778/). 4) Material didático com informações básicas relacionadas a temas que fazem parte dos projetos de pesquisa do programa. Como exemplo, o site mantido pelo docente do programa Silvio Nihei contém informações sobre Biogeografia e acesso a ferramentas usadas em estudos biogeográficos (http://www.ib.usp.br/~silvionihei/biogeografia.htm).

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5) Blogs de divulgação científica. Por exemplo, o blog mantido pelo Prof. Daniel Lahr e colaboradores, denominado “From Inside the Shell” (https://testateamoebaeresearch.wordpress.com/), onde são discutidos diversos avanços do campo em linguagem popular. 6) Materiais didáticos que resultam dos projetos de pesquisa dos docentes do programa e que são disponibilizados para alunos, profissionais de outras instituições e outros interessados. Uma dessas iniciativas é o banco de imagens de organismos marinhos, chamado Cifonauta (http://cifonauta.cebimar.usp.br), de autoria de um dos docentes do programa (Alvaro E. Migotto) e do pesquisador Bruno C. Vellutini, egresso do programa, criado a partir das pesquisas e atividades de ensino desenvolvidas por estudantes e pesquisadores. A documentação fotográfica é comum em estudos científicos, mas apenas uma pequena parcela dos vídeos e fotos produzidos acaba sendo utilizada em atividades didáticas, publicada em periódicos especializados ou estampada em folhetos e outros materiais de divulgação. Milhares de imagens com ótimo potencial para a divulgação científica nunca são publicadas. Foi com o intuito de aproveitar este material que o Cifonauta foi concebido. O banco possui mais de 11.000 fotos e 780 vídeos de mais de 550 espécies, a maioria de São Sebastião, litoral do estado de São Paulo, com informações sobre classificação taxonômica, estágio de vida e habitat, e o site permite navegar de modo intuitivo e didático. Outros exemplos incluem vídeos diversos sobre protistas feitos sob a coordenação de Daniel Lahr, (http://www.ib.usp.br/zoologia/lahr/index.php/outreach), e vídeos sobre anfíbios realizados sob a coordenação de Taran Grant (http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil). 7) Atuação na Universidade Virtual de São Paulo (UNIVESP) – docentes do programa, como João Miguel de Matos Nogueira e Luís Fábio Silveira, atuaram também em curso semipresencial de licenciatura em ciências oferecido pela USP em parceria com a UNIVESP.

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Infraestrutura Laboratórios Os docentes permanentes do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do IBUSP estão alocados em 5 instituições: Departamento de Zoologia do IBUSP, Museu de Zoologia da USP, Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH-USP, Centro de Biologia Marinha da USP (CeBiMar) e Instituto Butantan. Em todas essas cinco instituições, que abrigam docentes e alunos do programa, há excelente infraestrutura, que inclui laboratórios específicos para cada docente e seus alunos, laboratórios multiusuários que vão desde àqueles específicos para análises moleculares e histológicas, à microscopia eletrônica e computadores de alto desempenho (cluster) para análise de dados, coleções zoológicas de referência internacional e laboratórios e alojamentos que facilitam trabalho de campo tanto próximo ao mar quanto à floresta atlântica. A maior parte dos docentes do núcleo permanente do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do IBUSP (18, 65%) está alocada no Departamento de Zoologia do Instituto, que conta com excelente infraestrutura estabelecida ao longo de mais de 80 anos desde sua criação em 1934, constantemente modernizada e rearranjada para atender as necessidades dos docentes e alunos. De maneira geral, o espaço físico é distribuído em salas individuais de docentes (escritórios, 18 m2 por docente) e laboratórios específicos para cada docente (23 laboratórios no total, sendo 18 destes de docentes do programa, cada um com no mínimo 36 m2). Tais laboratórios são equipados de acordo com as necessidades dos projetos de pesquisa de cada docente, mas todos contam, em geral, com equipamento óptico, computadores, impressoras e scanners, e equipamento de apoio (freezers, geladeiras, bancadas, entre outros). No último quadriênio, quatro novos laboratórios específicos foram estabelecidos para atender os novos projetos de pesquisa de quatro docentes do programa recém contratados: o Laboratório de Biologia Evolutiva do Desenvolvimento (Prof. Federico D. B. Almeida), o Laboratório de Evolução de Protistas (Prof. Daniel J. G. Lahr), o Laboratório de Biologia e Evolução de Mollusca (Prof. José Eduardo A. R. Marian) e o Laboratório Behavioural Ecology of Cool Organisms (BECO, Prof. Eduardo S. A. Santos). Os dois primeiros foram equipados graças ao financiamento de dois projetos Jovem Pesquisador FAPESP (2015/50164-5 e 2013/04585-3), e hoje contam com equipamento de microscopia avançada, cultivo e de biologia molecular necessários a estas linhas de pesquisa. O Laboratório de Biologia e Evolução de Mollusca foi equipado graças a um financiamento do Edital Universal CNPq (477233/2013-9) e verbas adicionais advindas da Reserva Técnica Institucional FAPESP, e o Laboratório BECO foi em parte equipado com o auxílio do PROEX de nosso programa. Característica marcante da excelente infraestrutura disponível a todos os docentes e alunos do programa é a presença de sete laboratórios multiusuários do tipo “facility” no Departamento de Zoologia do IBUSP. Cinco destes laboratórios já estavam instalados previamente a este quadriênio: (1) Laboratório de Sistemática Molecular – O laboratório consiste de excelente espaço desenhado especificamente para o trabalho com biologia molecular. Estão disponíveis 8 termocicladores para realização de reações de PCR (polymerase chain reaction), além de toda a infraestrutura necessária para preparação e análise de amostras (pipetadores, centrífugas, cubas de eletroforese, sistema de visualização de bandas eletrônico, balanças, autoclave, sistema de purificação de água, entre outros). O laboratório conta com 3 técnicos de nível superior que auxiliam na aplicação de técnicas moleculares dos projetos de pesquisa dos

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docentes e alunos do programa, bem como no treinamento de alunos que ainda não possuem experiência em trabalho de bancada com biologia molecular. (2) Laboratório de Processamento Computacional de Alto Desempenho – O laboratório consiste de uma sala climatizada especificamente desenvolvida para abrigar racks de computadores para análises intensas. O principal “cluster” de computadores para análises conta com 24 “nós”, sendo 8 com processador Intel I7 de 8 cores e 16 GB RAM, e os outros 16 com processador Intel I7 de 4 cores e 8GB RAM. O sistema é capaz de executar os principais aplicativos para reconstrução filogenética necessários para os estudos desenvolvidos pelos participantes de nosso programa e é também utilizado por docentes e alunos de outros programas. (3) Laboratório de Histologia – O laboratório consiste de uma sala especificamente designada para preparações histológicas, equipada com capela para manipulação de substâncias tóxicas voláteis, microscópios e estereomicroscópios, infraestrutura para preparação de blocos para corte histológico, micrótomos para realização dos cortes e equipamento para realização da coloração de tais cortes. Conta com 2 técnicos que auxiliam a preparação de cortes histológicos dos projetos de pesquisa de docentes e alunos do programa. (4) Museu seco e Museu úmido (Coleções de referência) – Consistem em salas climatizadas equipadas com estantes de aço e armários de aço no sistema “arquivo deslizante” especificamente desenhados para abrigar coleções. Neste espaço, são abrigadas as principais coleções didáticas e de referência utilizadas pelos docentes e alunos do programa. (5) Laboratório de preparações osteológicas – O laboratório consiste de duas salas, uma equipada com duas caixas de madeira com tampa, de dimensões 55 x 200 x 53 cm, vedadas com telas e que abrigam larvas e adultos do coleóptero Dermestes maculatus (Dermestidae) utilizados para preparação de esqueletos secos de vertebrados. A outra sala é utilizada para manuseio dos exemplares antes e depois da preparação. Os exemplares são utilizados por docentes e alunos do programa em atividade de pesquisa, didáticas e de extensão e o laboratório conta com um técnico. Estes cinco laboratórios receberam modernizações e reformas durante os últimos quatro anos, na forma de aquisição de novos equipamentos ópticos e novas tecnologias, destacando-se a adaptação do Laboratório de Sistemática Molecular para a preparação de amostras para sequenciamento de próxima geração, com aquisição de modernos termocicladores, máquina de Real-Time PCR e Qubit para quantificação de amostras. No Laboratório de Processamento Computacional de Alto Desempenho ocorreu significativa substituição de CPUs e memórias (cerca de 75% da capacidade total). Além destes cinco laboratórios já existentes, foram instalados dois novos laboratórios multiusuários no Departamento de Zoologia do IBUSP no último quadriênio: o Laboratório de Preparações e Culturas e o Laboratório de Criação e Manutenção de Invertebrados Marinhos, ambos equipados para o cultivo, estudo e preparação de material biológico para pesquisa e aulas, e que contam com dois técnicos. Os demais docentes do núcleo permanente do Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP estão alocados em três outras instituições da Universidade de São Paulo - Museu de Zoologia – MZUSP (6, 22%), Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH (2), e Centro de Biologia Marinha – CEBIMar (1), e no Instituto Butantan (1). De maneira similar, estes docentes acomodam seus alunos em laboratórios específicos com estrutura adequada para seus projetos de pesquisa, além de terem acesso aos laboratórios multiusuários do Departamento de Zoologia

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do IBUSP. Por outro lado, estas instituições proveem infraestrutura complementar e extremamente importante para o programa: (1) Coleções científicas do Museu de Zoologia e do Instituto Butantan – O Museu de Zoologia conta com uma coleção zoológica que é referência mundial, contando com diversas seções tanto de vertebrados (Coleções Herpetológica, Ictiológica, Mastozoológica e Ornitológica), como de invertebrados (Coleções Carcinológica, Chelicerata, Malacológica e Outros Invertebrados), além de uma Coleção Paleontológica. Destacam-se entre elas a coleção Ornitológica (http://biton.uspnet.usp.br/mz/?page_id=2168%20C), a maior do mundo com mais de 100.000 exemplares, e a coleção Herpetológica (http://biton.uspnet.usp.br/mz/?page_id=2125) que reúne o maior acervo de répteis e anfíbios sul-americanos do mundo, figurando entre as seis maiores coleções herpetológicas existentes, com cerca de 260.000 exemplares. De maneira semelhante, o Instituto Butantan abriga o Laboratório Especial de Coleções Zoológicas, contando com coleções herpetológicas e artropodológicas (http://www.butantan.gov.br/pesquisa/unidadesdepesquisa/labcolecoeszoologicas/Paginas/default.aspx). As coleções em ambas instituições são amplamente utilizadas pelos docentes e alunos do programa. (2) Estação Biológica de Boracéia – Esta estação consiste de uma unidade de conservação de cerca de 40 alqueires de Mata Atlântica pertencente à USP e administrada pelo Museu de Zoologia (http://www.mz.usp.br/?page_id=216). Dentre suas instalações, possui um alojamento e laboratório equipado com estereomicroscópios. As instalações estão disponíveis e são usadas tanto para pesquisa como para disciplinas do programa. (3) Laboratórios e alojamentos do CEBIMar – Com instalações à beira-mar, oferece infraestrutura adequada (laboratórios com água do mar corrente, tanques para manutenção de organismos vivos, salas de aula, refeitório, biblioteca especializada, alojamento e auditório) para o desenvolvimento de diversos projetos de pesquisa, cursos e disciplinas (http://cebimar.usp.br/index.php/pt/). As instalações são amplamente utilizadas por docentes e alunos do programa para coletas e estudos, e por disciplinas do programa ministradas ali, a exemplo da disciplina Embriologia Comparativa de Invertebrados Marinhos. Por fim, os alunos e docentes do programa têm acesso a equipamentos e recursos disponíveis no Instituto de Biociências. De maior importância, por ser muito utilizada para fotodocumentação e imagens microscópicas utilizando técnicas avançadas como microscopia eletrônica e confocal, é a Central de Aquisição de Imagens e Microscopia (CAIMi, http://www.ib.usp.br/pesquisa/pt/caimi). O CAIMi recebeu durante o último quadriênio verbas do INFRA-USP e da FINEP para renovar toda a gama de equipamentos, tendo sido adquiridos: novo microscópio eletrônico de varredura Zeiss, modelo Sigma; novo microscópio confocal de alta resolução Zeiss LSM 880; novo micrótomografo SkyScan 1176; microscópio para microdissecção a laser Zeiss; e AMNIS para citometria de fluxo, além dos equipamentos previamente disponíveis. Recursos de informática O Programa de Pós-graduação em Zoologia, sendo sediado no Instituto de Biociências da USP, conta com recursos de informática disponibilizados pelo próprio instituto e pela Universidade de São Paulo. O sistema administrativo do Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP está totalmente automatizado e disponibilizado online, por meio do sistema Janus (https://sistemas.usp.br/janus), como é regra para todo programa de Pós-graduação da USP.

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Este sistema centralizado permite coordenação do sistema de regularização de matrículas, de disponibilização de disciplinas, contabilização de prazos e créditos, informações sobre alunos e orientadores, entre outros. A manutenção do sistema é feita no nível da USP e realizada por funcionários especializados do Centro de Tecnologia e Informação (CETI - http://cetisp.sti.usp.br/). Adicionalmente, os docentes e alunos do programa encontram no CETI apoio para as mais diversas necessidades, como acesso remoto ao acervo literário via VPN (Virtual Private Network), antivírus corporativo e videoconferência. Adicionalmente, o IBUSP conta com a Seção Técnica de Informática-IB (STI - http://www.ib.usp.br/o-instituto/sti.html), responsável pelo sistema de email exclusivo do instituto, manutenção de microinformática, aquisição de licenças de software, hospedagem de sites no servidor do IB, e administração do material multimídia disponível no instituto. O IBUSP através do STI oferece a qualquer aluno interessado a implantação de um endereço eletrônico ([email protected]), independente do da USP ([email protected], oferecido pelo CETI), bem como espaço em provedor para criação de páginas laboratoriais e pessoais, além de hospedar as páginas das disciplinas. Toda a área do IBUSP tem acesso sem fio à internet por meio da RedeUSP, mantida e gerenciada pela própria universidade. O Instituto de Biociências da USP também disponibiliza três outros recursos de informática muito importantes para o programa: (1) uma impressora de grande porte para impressão de painéis (de tamanho grande) para a apresentação de trabalhos em eventos científicos, que é intensamente utilizada por docentes e alunos do programa; (2) computadores e equipamentos para projeção de apresentações diretamente do computador (projetor multimídia) em todas as salas de aula, onde são ministradas a maioria das disciplinas do programa; (3) uma sala de aula multimídia com 80 notebooks e todos os equipamentos de projeção necessários para aulas, que foi reformada e modernizada em 2016, e é extremamente importante para algumas das disciplinas do programa que requerem recursos computacionais; (4) uma sala especialmente dedicada a videoconferências que facilita a realização de defesas, aulas de qualificação e reuniões remotas entre alunos, docentes e colaboradores nacionais e internacionais. Conforme já descrito (ver Laboratórios acima), nosso programa conta também com o Laboratório de Processamento Computacional de Alto Desempenho do Departamento de Zoologia do IBUSP, onde está instalado um cluster de computadores construído em 2006 e atualizado/aprimorado desde então, o qual é usado por docentes e alunos na execução de programas de análise de dados que utilizam processamento paralelizado (reconstruções filogenéticas principalmente). Há também a disponibilidade de uso da Nuvem USP, através do CETI-USP, que permite criação de máquinas virtuais tanto para tarefas mais rotineiras como back-up de dados, como para verdadeiras máquinas virtuais HPC (High Performance Computer) capazes de analisar as grandes quantidades de dados gerados por técnicas de sequenciamento de nova geração. Estes dois recursos computacionais são também utilizados em disciplinas ministradas por docentes de nosso programa e docentes estrangeiros colaboradores de nosso programa, possibilitando aos nossos alunos o aprendizado de novas ferramentas, e experiência prática com diversas análises computacionais utilizadas em pesquisas zoológicas. Por fim, os recursos de informática disponíveis nos laboratórios específicos dos docentes do programa também são bastante robustos. Todas as salas de docentes e laboratórios específicos que abrigam os alunos das cinco instituições envolvidas no programa contam com microcomputadores, impressoras, scanners, entre outros equipamentos. Em alguns laboratórios específicos, há também computadores de uso laboratorial, como aqueles que interpretam e montam as imagens de microscópios estereoscópios com focos automatizados e captação de imagens digitalizadas.

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Biblioteca O sistema de empréstimos de material bibliográfico é unificado na USP, permitindo o acesso e empréstimo de qualquer aluno ou docente aos diferentes acervos. Entre estes, as bibliotecas do IBUSP e do MZUSP, instituições que abrigam a maioria dos docentes e alunos do Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP, representam dois dos mais importantes centros de referência bibliográfica nacional na área de Zoologia, sendo utilizados por docentes e alunos de vários programas de pós-graduação. Além disso, pela proximidade geográfica e pela boa logística de intercâmbios, os alunos de nosso programa também utilizam as bibliotecas dos Institutos Oceanográfico, de Ciências Biomédicas, de Química e de Geociências, do CEBIMar, entre outras da USP. O acervo da biblioteca do IBUSP, em especial, conta com 99.920 volumes, que incluem livros do acervo geral (33.615), obras raras (2.449), teses (3.224), multimeios (4.636), e hemeroteca da produção bibliográfica do corpo docente (13.830). Em termos de periódicos científicos, são 252 assinaturas correntes, 38 doações correntes, 75 permutas correntes, 1.346 não correntes, num total de 1.711 periódicos (166.627 fascículos, 41.656 volumes), e 510 periódicos on-line (http://www.ib.usp.br/biblioteca/). A biblioteca ainda oferece o serviço indispensável de empréstimo entre bibliotecas e comutação bibliográfica. A área útil da biblioteca é de 1.126 m2, sendo que o acervo ocupa 322 m2, e os usuários têm 196 m2 de área disponível para estudo; as demais áreas são destinadas a salas de trabalho e circulação. A biblioteca acomoda 110 usuários em diversos espaços. Em termos de recursos humanos, o quadro funcional da biblioteca é composto de 4 técnicos de nível superior (bibliotecários), 7 técnicos de nível médio, encarregados pelo empréstimo de material bibliográfico e atividades técnicas de apoio, e 4 técnicos de nível básico, encarregados da manutenção da biblioteca e da limpeza e desinfestação do acervo, por meio de congelamento de livros. Os recursos financeiros para aquisição de material bibliográfico e renovação de periódicos são provenientes da Reitoria da USP, e de projetos apresentados à Reitoria e instituições de fomento, como a FAPESP. Adicionalmente, todos os alunos e docentes do programa têm ao seu dispor publicações eletrônicas em texto completo disponibilizados pelo portal CAPES, incluindo publicações das principais editoras de ciências biológicas e ainda bases de dados com resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento. Os alunos e docentes do programa têm à sua disposição a descrição automatizada de todo o acervo bibliográfico disponibilizada no catálogo geral da USP (Dedalus: http://www.usp.br/sibi). Esse recurso possibilita a busca à distância, reserva e renovação de empréstimo à distância, reduzindo consideravelmente o tempo gasto na procura e obtenção da referência desejada. Adicionalmente, as dissertações e teses defendidas no programa desde o ano 2000 estão disponíveis em formato pdf na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP (http://www.teses.usp.br/). Outras informações SECRETARIA DE PÓS-GRADUAÇÃO Sendo sediado no Instituto de Biociências da USP, nosso programa utiliza a Secretaria de Pós-graduação do instituto, localizada em novo edifício recém-construído e dedicado à administração do IBUSP, que atende também aos outros cinco programas de pós-graduação sediados no instituto (http://www.ib.usp.br/ensino/pos-graduacao.html, programas de pós-graduação em Botânica, Ecologia, Fisiologia, Genética e Mestrado Profissional em Aconselhamento Genético).

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A Secretaria de Pós-graduação do IBUSP conta com 4 secretários, sendo que uma delas, Lilian Parpinelli, atende especificamente nosso programa, auxiliando a Comissão Coordenadora do Programa – CCP nos processos de exame de ingresso, matrícula, implementação de bolsas, agendamento de bancas, atualização do site do programa, inserção de dados na Plataforma Sucupira, preparação das pautas e atas das reuniões mensais da comissão, entre outras atividades. RECURSOS PARA MANUTENÇÃO E RENOVAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA EXISTENTE Tanto os laboratórios específicos quanto os laboratórios multiusuários alocados no Departamento de Zoologia do IBUSP, que abriga a maior parte dos docentes e alunos do programa, são equipados e mantidos utilizando verbas provenientes de projetos de pesquisa dos docentes do programa (ver FONTES DE FINANCIAMENTO abaixo), mas também com auxílio da Reserva Técnica Institucional (RTI) repassada pela FAPESP ao Instituto de Biociências. A RTI é a uma verba adicional que correspondente a 15% da verba concedida pela FAPESP aos docentes do IB. A Congregação do IB, por sugestão da Comissão de Pesquisa, desde 2014 repassa anualmente uma porcentagem deste orçamento diretamente para uso e gestão por parte de cada departamento. Os repasses para o Departamento de Zoologia foram de R$ 250.000,00 em 2014, e R$ 100.000,00 em 2015 e 2016. Devido à flexibilidade na utilização deste recurso graças às regras da FAPESP, o departamento utilizou essa verba principalmente para manutenção de equipamentos diretamente essenciais à pesquisa, como por exemplo equipamentos ópticos, e melhoria das instalações, destacando a instalação e manutenção de equipamentos de climatização na quase totalidade das salas, e a instalação de 23 armários anti-fogo seguindo a regulamentação institucional para armazenamento de substâncias tóxicas e inflamáveis. A disponibilidade de tal verba é fundamental para as atividades do programa, uma vez que a quantidade de laboratórios é muito grande e com demandas altas, e o custo de manutenção e modernização dos equipamentos é elevado. RECURSOS OBTIDOS POR FINANCIAMENTO DE PROJETOS DE PESQUISA Embora os recursos da RTI sejam importantes para manutenção geral dos vários laboratórios específicos e multiusuários, o andamento dos projetos e pesquisas de docentes e alunos do programa depende dos financiamentos obtidos diretamente pelos docentes. O Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP se destaca pela qualidade e competitividade dos projetos de pesquisa, e, consequentemente, pelo volume de verbas obtidas pelo seu quadro de docentes (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls). Durante o quadriênio, 26 dos 28 docentes permanentes do programa (93%) obtiveram financiamento externo como coordenadores ou pesquisadores principais em um total de 122 projetos financiados por agências nacionais e internacionais. Dentre estes, 25 dos 28 docentes permanentes do programa (89%) obtiveram como coordenadores no último quadriênio financiamento para 85 projetos, provenientes de 7 agências de fomento nacionais e internacionais, totalizando aproximadamente R$ 22.569.149,41 e US$ 1.808.171,91. Adicionalmente, 15 docentes permanentes do programa (54%) atuaram como pesquisadores principais em 36 projetos coordenados por pesquisadores de outras instituições/ programas, provenientes de 21 agências de fomento nacionais e internacionais, totalizando R$ 36.984.767,30 e US$ 15.473.596,79. A quantidade de recursos mobilizada por nossos docentes é reflexo direto da importância de nosso programa para a área de Zoologia no Brasil e no mundo. BOLSAS

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Outra fonte de recursos fundamental para o programa são as bolsas de estudo. Durante o quadriênio, os alunos titulados no programa contaram com bolsas institucionais fornecidas pela CAPES (atualmente 12 de mestrado e 14 de doutorado) e pelo CNPq (atualmente 11 de mestrado e 12 de doutorado). Adicionalmente, 51 dos 104 titulados no quadriênio contaram com bolsas da FAPESP por pelo menos parte do curso de pós-graduação, e a distribuição destas bolsas ao longo dos 4 anos se manteve estável (11, 16, 10, 14, respectivamente).

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Integração com a graduação Indicadores de integração com a graduação Nosso programa de pós-graduação está inserido no Instituto de Biociências da USP (IBUSP) responsável por um dos mais tradicionais e importantes cursos de graduação na área de Biologia do país. O curso de Ciências Biológicas do IBUSP, que oferece 120 vagas por ano, apresenta grande competição no vestibular, com uma média de 19 candidatos por vaga e nota de corte de 51 na primeira fase da FUVEST (dados disponíveis em: http://www.fuvest.br/vest2017/informes/fuv2017.corte.pdf). Em comparação com os 107 cursos que estavam disponíveis para o vestibular na USP em 2017, Ciências Biológicas é o 25o curso de graduação mais concorrido. Os alunos de graduação em Ciências Biológicas encontram no IBUSP infraestrutura excelente para o ensino e pesquisa, que inclui diversos laboratórios didáticos, e uma grande quantidade de laboratórios, grupos e projetos de pesquisa. O Instituto de Biociências da USP cumpre um objetivo central de instituições de ensino superior e pesquisa – propiciar e fomentar a interface entre as atividades de ensino, sejam essas na graduação ou na pós-graduação, e a pesquisa científica realizada pelos docentes do instituto. O instituto tem forte tradição de participação dos alunos da graduação nos laboratórios de pesquisa através de estágios. Em muitas ocasiões, os estágios, que se iniciam como voluntários, evoluem para pesquisas realizadas como projetos de Iniciação Científica. Uma vez alcançada essa fase, o instituto conta com uma série de canais que disponibilizam bolsas para que os alunos realizem suas pesquisas de forma remunerada. O instituto conta anualmente com uma cota de bolsas CNPq (PIBIC), uma cota de bolsas Santander, e bolsas do Programa Unificado de Bolsas de Estudos para Estudantes de Graduação (PUB), que integra a Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da USP, visando o engajamento dos alunos de graduação em projetos de ensino, pesquisa ou cultura e extensão. Além dessas opções, os docentes e alunos do instituto podem solicitar bolsas FAPESP de Iniciação Científica em fluxo contínuo. Além dessas fontes de fomento à participação dos alunos de graduação na pesquisa realizada pelos docentes, o instituto conta com eventos que ressaltam a importância das contribuições realizadas pelos alunos de graduação. Os trabalhos de Iniciação Científica são apresentados em um grande evento anual, o Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP (http://www.usp.br/siicusp/). Além disso, o curso de Ciências Biológicas inclui uma disciplina obrigatória no Bacharelado de estágio orientado. Essa disciplina, denominada “Pesquisa em Biologia”, permite aos alunos de graduação desenvolverem um trabalho de pesquisa orientado por um docente do instituto. Ao fim do semestre, o aluno redige e apresenta o trabalho final escrito, no formato de artigo científico, e também realiza uma apresentação oral, que é avaliada por uma banca formada por três docentes do IBUSP. O Programa de Pós-Graduação em Zoologia utiliza essa excelente estrutura para associar os alunos de graduação às suas atividades de pesquisa. Ao longo do último quadriênio (2013-2016), 24 de nossos docentes (85% dos 28 docentes que compõem o núcleo permanente) orientaram um total de 152 trabalhos de Iniciação Científica e/ou de Pesquisa em Biologia, sendo 33 em 2013, 30 em 2014, 47 em 2015 e 42 em 2016 (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/docentes_atuacao_graduacao.xls). Durante o último ano (2016), nove foram projetos vinculados à disciplina Pesquisa em Biologia e 33 eram projetos de Iniciação Científica. Os projetos vinculados à disciplina Pesquisa em Biologia em 2016 foram: Ana Clara Reis Moscatelli de Carvalho. “Descrição da morfologia externa do jovem recém-eclodido de uma espécie estiglobionte de Aegla leach, 1820”. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz de Siqueira Bueno. (2016)

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Giselle Cortez Armando. “Aspectos reprodutivos de Tropiometra carinata (Echinodermata, Crinoidea) do canal de São Sebastião, SP”. Orientador: Prof. Dr. Álvaro Esteves Migotto. (2016) Jéssica Ribeiro do Desterro. “Resistência à tetrodotoxina e análogos em representantes de Anura”. Orientador: Prof. Dr. Taran Grant. (2016) André Gustavo da Silva Cattaruzzi. “Redescrição anatômica de Stereostemum tumidum cope 1886 (Reptilia: Mesosauridae) com auxílio de tomografia computadorizada de alta definição”. Orientador: Prof. Dr. Hussam El Dine Zaher. (2016) Caio Gueratto Coelho da Silva. “Descrição de novas espécies de Heteropachylinae kury, 1994 e discussão sobre o posicionamento filogenético (Opiliones: Laniatores: Gonyleptidae)”. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Pinto da Rocha. (2016) Henrique Alves dos Santos. “Relevância do tipo de alimento no crescimento de éfiras de Scyphozoa (Cnidaria)”. Orientador: Prof. Dr. André C. Morandini. (2016) Renata Gonçalves Magalhães. “Análise da diversidade morfológica e genética de populações de Gymnodactylus amarali, 1825 (Squamata: Gekkota: Phyllodactylidae)”. Orientador: Prof. Dr. Miguel Trefaut Urbano Rodrigues. (2016) Flávia Murari. “Amostragem de hidromedusas na região de Cananéia entre os anos de 1999 e 2002”. Orientador: Prof. Dr. André C. Morandini (2016) Brigida Louise Bezerra Argiona. “Análise histológica da região da glândula de defesa de opiliões (Arachnida)”. Orientador: Prof. Dr. Pedro Gnaspini Netto. (2016) Além do papel como orientadores de alunos de graduação, os docentes de nosso programa de pós-graduação foram responsáveis por ministrar disciplinas de graduação para um total de 155 turmas (disciplinas em anos diferentes) no período de 2013 a 2016 (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/docentes_atuacao_graduacao.xls). Dos 28 docentes que compõem o núcleo permanente, 23 (82%) ministraram disciplinas na graduação durante o quadriênio. Os cinco docentes que não ministraram disciplinas na graduação atuam no Museu de Zoologia da USP, ou no Instituto Butantan, que não possuem cursos de graduação. Esse envolvimento com a graduação na forma de disciplinas permitiu que, em média, os docentes permanentes de nosso programa dedicassem cerca de 559 horas de atividades de ensino durante o período de 2013-2016. Associada à ministração de disciplinas na graduação, existe no Instituto de Biociências da USP

a possibilidade de alunos de graduação atuarem como monitores em disciplinas que já

cursaram como alunos, havendo todo ano a disponibilização de bolsas para essas monitorias

pagas pelo próprio instituto. Durante o quadriênio, 11 dos nossos orientadores permanentes

(39%) foram responsáveis por supervisionar a atividade de 57 alunos de graduação que

atuaram como monitores em diversas disciplinas oferecidas para a graduação

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/docentes_atuacao_graduacao.xls).

Somando-se as atividades de orientação de alunos de graduação e ministração de disciplinas

na graduação, 25 (89%) docentes do quadro permanente do programa estiveram envolvidos

com a graduação (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/docentes_atuacao_graduacao.xls). Os

três docentes que não tiveram nenhum envolvimento com a graduação ao longo do

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quadriênio estão atuando em instituições – o Museu de Zoologia da USP e o Instituto Butantan

– que não possuem curso de graduação.

Outra forma de contanto entre nosso programa de pós-graduação e a graduação são disciplinas credenciadas no programa que são ministradas em conjunto com turmas da graduação. Esse formato é comum entre as disciplinas que o nosso programa oferece. Apenas para citar três exemplos, as disciplinas “Sistemática e Evolução de Répteis e Anfíbios”, “Comportamento Animal” e “Inferência Filogenética: Filosofia, Método e Aplicações” são ministradas dessa maneira. Esse formato de disciplina tende a criar uma grande integração entre os alunos dos dois níveis acadêmicos, geralmente, atribuindo aos alunos de pós-graduação um papel de liderança ou supervisão durante a execução de projetos ou trabalhos em grupo. Esse extenso contato com os alunos de graduação permite que os estudantes tenham a possibilidade de conhecer possíveis orientadores de projetos de Iniciação Científica, fortalecendo a interface entre a graduação e o nosso programa de pós-graduação. Por fim, uma maneira interessante de integração com a graduação de outras universidades

ocorre por iniciativa dos alunos do nosso programa de pós-graduação. Nossos alunos organizam

e oferecem desde 2013 o Curso de Verão em Zoologia (CVZoo,

https://sites.google.com/site/cursodeveraoemzoologia/home), um curso de extensão

universitária destinado a alunos de graduação ou recém-graduados do estado de São Paulo, de

outras regiões do Brasil e até mesmo de outros países. O formato do curso prevê aulas e

workshops para ensinar conceitos fundamentais e ferramentas utilizadas em biologia

comparada e na pesquisa em Zoologia. Durante o quadriênio (2013-2016), um total de 75 alunos

do nosso programa estiveram envolvidos na organização e participação como professores do

CVZoo, que tem ganhado visibilidade ao longo dos anos. Enquanto em 2013, 308 pessoas se

inscreveram para participar e 30 alunos foram efetivamente matriculados no curso, em 2016 a

procura aumentou substancialmente para 732 inscritos e um total de 50 alunos matriculados.

Um exemplo do alcance dessa iniciativa pode ser compreendido pelo local de origem de alguns

participantes. O CVZoo já teve quatro alunos internacionais (dados para os anos 2014-2016: um

aluno do Uruguai e três do Peru), e atendeu alunos de 20 estados brasileiros mais Distrito

Federal.

Estágio de docência Além dos mecanismos de integração com a graduação expostos na seção anterior, os alunos do nosso programa de pós-graduação exercem participação significativa em atividades de monitoria de disciplinas de graduação. Essas atividades são estimuladas pelo estágio em docência. Desde 2005, a USP implementa um programa de estágios de docência para seus alunos de pós-graduação, o Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE, http://www.usp.br/prpg/pt/interna1/pae.html). O PAE é constituído por dois componentes: (1) um módulo de preparação pedagógica/didática; e (2) o estágio supervisionado em docência. Para a primeira fase, os programas de pós-graduação do IBUSP oferecem, conjuntamente, uma disciplina “Preparação Pedagógica em Biologia” (BIP-5700). Após essa etapa, os alunos inscrevem-se em uma disciplina de graduação de sua escolha para realizar o estágio. O professor coordenador da disciplina é responsável pela orientação do aluno durante o estágio. Os alunos que ingressam no programa PAE podem receber uma bolsa para realização do estágio, que é acumulada com a bolsa de pós-graduação (conforme regulamentação da CAPES). Ao final do PAE, os alunos participantes são avaliados pelo professor responsável. Caso aprovados, recebem um certificado e um crédito pelo estágio. No ano de 2016, oito de nossos alunos de pós-graduação realizaram o estágio em docência, em sete disciplinas da graduação:

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Alípio Rezende Benedetti (DO): Princípios de Sistemática e Biogeografia Arianna Stefania Gutierrez Osorio (DO): Biologia do Desenvolvimento Luiz Fernando Moura de Oliveira (ME): Invertebrados Paulo Gonzalez Hofstatter (DO): Diversidade Biológica e Filogenia Carolina Nisa Ramiro (DO): Vertebrados Elton Popp Antunes (ME): Vertebrados Natália Rizzo Friol (DO): Macroevolução e Diversidade de Metazoa Victor Giovannetti (DO): Ictiologia Básica Durante o quadriênio (2013-2016), 28 alunos de pós-graduação de nosso programa realizaram

o estágio PAE em disciplinas da graduação

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/estagio_docencia.xls). Todos esses alunos participaram

de 31 turmas de um total de 12 disciplinas de graduação. Dessas disciplinas de graduação,

nove foram ministradas por 12 (43%) docentes do nosso núcleo permanente de orientadores.

Como um todo, estas diversas atividades – disciplinas na graduação, orientação de estágios, iniciações científicas e monitorias em aulas de graduação, disciplinas conjuntas para graduação e pós-graduação, estágio de docência via PAE e Curso de Verão – permitem uma estreita integração entre os participantes de nosso programa de pós-graduação, sejam docentes ou pós-graduandos, e a graduação do Instituto de Biociências da USP e seus alunos.

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Intercâmbios Intercâmbios Nacionais Escolhemos alguns indicadores para descrever os intercâmbios entre nosso programa e outros programas e instituições nacionais, divididos entre indicadores associados aos docentes, aos alunos e a colaborações formais via projetos financiados e participação em redes de pesquisa. Para o corpo docente, quantificamos a participação de nossos docentes em bancas, cursos, disciplinas ou palestras, e visitas de colaboração científica, em outros programas e instituições no país, e simultaneamente, a participação de docentes externos ao nosso programa nas bancas ou como co-orientadores de nossos alunos, em nossas disciplinas, como palestrantes no programa, ou que visitaram nossos docentes para colaborações científicas. Para o corpo discente, quantificamos a participação de nossos alunos em cursos ou disciplinas e estágios ou visitas a outros programas e instituições no país, e simultaneamente, a participação de alunos externos ao programa em nossas disciplinas. Por fim, para as colaborações formais, quantificamos a participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores de outros programas e instituições nacionais, e em redes de pesquisa nacionais. Todos esses indicadores apontam para um intercâmbio intenso de docentes e alunos entre nosso programa e outros pelo país, propiciando amplas oportunidades para disseminação de nossa produção intelectual, para o estreitamento de colaborações científicas, e para o aprendizado e experiências com outras instituições e pesquisadores. Indicam, também, a participação significativa de nossos docentes em projetos e redes de pesquisa nacionais, que permitem obter recursos e agregar expertises para pesquisas inovadoras. INTERCÂMBIO DE DOCENTES (1) Participação dos docentes permanentes do programa em bancas, disciplinas, cursos ou palestras, e visitas de colaboração científica, em outros programas e instituições nacionais Uma contribuição importante de nosso corpo docente a outros programas de pós-graduação do Brasil se dá através das participações em comissões julgadoras diversas (e.g., bancas de mestrado ou doutorado, exames de qualificação ou concursos). No quadriênio, 22 docentes permanentes (79%) participaram presencialmente de 96 bancas (2013 – 25, 2014 – 32, 2015 – 18, e 2015 – 21) em 20 instituições/ programas de pós-graduação (UFBA, UnB, PUC-Minas, UFMGG, UFVJM, UFU, UFMS, UFPA, UFPB, UEM, UFPR, UFRJ, UFRGS, UFSM, UFSC, ESALQ-USP, FFCLRP-USP, UFABC, UNESP, UNICAMP) fora dos campi da USP e outras instituições da cidade de São Paulo, distribuídas por 11 unidades da federação (BA, DF, MG, MS, PA, PB, PR, RJ, RS, SC, SP) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Esta contribuição é certamente maior, uma vez que hoje a participação em bancas de defesa pode acontecer por vídeo conferência, e a avaliação das dissertações e teses são não presenciais em vários programas pelo país. No mesmo período, 18 de nossos docentes permanentes (64%) realizaram 54 visitas para colaborações científicas (2013 – 15, 2014 – 17, 2015 – 9, e 2016 – 13), em instituições pertencentes a oito unidades federativas do país (AC, AL, BA, DF, PR, RJ, RS, SP), incluindo UFAC, UFBA, UFPR, UERJ, UFRJ, PUCRS, UFRGS, CEBIMar-USP, FFCLRP-USP, UFSCAR, UNESP e UNICAMP (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Nessas oportunidades, nossos docentes colaboraram com os pesquisadores destas instituições de diversas formas, desde reuniões para formalizar convênios à discussão de projetos, análises de dados e elaboração de artigos científicos.

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Por fim, 6 docentes permanentes (21%) ministraram 7 palestras, cursos ou disciplinas (2013 – 1, 2014 – 1, 2015 – 4, 2016 – 1) em 6 instituições (UFA, UFG, UFV, UNESP, UFSCar, USP) de 4 estados brasileiros (AL, GO, MG, SP) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). (2) Participação de docentes externos ao programa em bancas ou como co-orientadores de nossos alunos, como colaboradores em nossas disciplinas, como palestrantes ou como visitantes para colaborações científicas De modo recíproco, contamos com a participação de professores de outros programas de pós-graduação do Brasil em nosso programa. Um exemplo é a atuação de docentes externos em bancas de defesa de teses e dissertações de nossos alunos. No quadriênio, tivemos 92 participantes externos representantes de 14 estados brasileiros (AM, BA, CE, MG, MS, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/examinadores_externos.xls). Outro exemplo é a participação de docentes externos como co-orientadores de nossos alunos de pós-graduação. Ao todo, contamos com 16 co-orientadores do quadriênio, oriundos de outras unidades da USP, da Universidade Federal de São Carlos (SP) ou da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (RS) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/coorientadores.xls). Além das participações em bancas e das co-orientações, nosso programa beneficiou-se com a participação de docentes externos em nossas disciplinas. No quadriênio, nossas disciplinas tiveram a colaboração de 13 docentes externos ao programa provenientes de instituições como os Departamentos de Botânica, Ecologia e Fisiologia do IBUSP, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Minas Gerais, e Universidade Federal do Alagoas, em nove de nossas disciplinas. Além disso, tivemos o privilégio de receber no nosso programa, no âmbito da disciplina de pós-

graduação “Novas Abordagens na Pesquisa Biológica”, coordenada por um de nossos docentes

recém-contratados (Prof. Federico D. B. Almeida), diversos palestrantes externos ao programa.

Ao todo, tivemos 25 palestrantes brasileiros que representavam mais de dez instituições

nacionais, dentre elas: Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (SP), Instituto de

Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (SP), Instituto de Ciências Biomédicas da

USP (SP), Instituto Oceanográfico da USP (SP), Instituto de Química da USP (SP), Laboratório

Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (SP), Universidade Estadual de Campinas (SP),

Universidade Estadual Paulista – Campus Botucatu (SP), Universidade Federal do ABC (SP),

Universidade Federal de Minas Gerais (MG) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/palestrantes.xls).

Por fim, as visitas de colaboradores nacionais aos laboratórios dos docentes de nosso programa também foram significativas. Tomando o ano de 2016 como exemplo, tivemos 32 pesquisadores que visitaram os laboratórios de nossos docentes, oriundos das seguintes instituições: Escola de Artes Ciências e Humanidades da USP (SP), Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"-USP (SP), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-USP (SP), Instituto Biológico (SP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (AM), Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ), Universidade de Brasília (DF), Universidade Estadual de Campinas (SP), Universidade Estadual Paulista – Campus Jaboticabal (SP), Universidade Federal de Pelotas (RS), Universidade Federal de São Carlos Campus Sorocaba, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (MS), Universidade Federal do Pará (PA) e Universidade Federal do Paraná (PR) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/visitantes.xls). As finalidades dessas visitas foram a elaboração de artigos científicos, estudos de acervos de coleções, colaboração em projetos de pesquisa, entre outros.

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INTERCÂMBIO DE ALUNOS (1) Participação de nossos alunos em cursos ou disciplinas, e estágios ou visitas, a outros programas e instituições nacionais A participação expressiva em intercâmbios não esteve limitada ao nosso corpo docente neste quadriênio. Considerando cursos ou disciplinas, e visitas ou estágios (incluindo visitas a coleções científicas, mas excluindo eventos científicos como congressos e simpósios), em outras instituições nacionais, tivemos ao todo 30 alunos (15% dos matriculados) que realizaram pelo menos uma dessas atividades no quadriênio (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). Alunos de ambos os cursos (mestrado e doutorado) participaram ativamente desses intercâmbios. Por exemplo, tivemos 9 alunos de doutorado (9% dos matriculados) e 11 de mestrado (11%) que participaram em cursos/ disciplinas ou workshops, 9 de doutorado (9%) e 3 de mestrado (3%) que visitaram coleções científicas, e 3 de doutorado (3%) e 1 de mestrado (1%) que visitaram laboratórios, de outras instituições. (2) Participação de alunos externos ao programa em nossas disciplinas De forma recíproca, alunos de outros programas de pós-graduação nacionais visitaram nosso programa para cursar nossas disciplinas. No quadriênio, tivemos 66 alunos externos ao nosso programa e a outros programas da USP que cursaram nossas disciplinas de pós-graduação, provenientes de mais de 20 instituições e 12 estados brasileiros (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/alunos_externos.xls), a saber: Instituto Butantan (SP), Instituto de Botânica (SP), Instituto Oceanográfico da USP (SP), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (AM), Secretaria de Educação de São José dos Campos, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (PR), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (RS), Universidade Federal do Amazonas (AM), Universidade Federal Rural do Amazonas (AM), Universidade Federal da Bahia (BA), Universidade Federal do Ceará (CE), Universidade Federal do Espírito Santo (ES), Universidade Federal de Goiás (GO), Universidade Federal do Piauí (PI), Universidade Federal de São Paulo (SP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (RS), Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ), Universidade Estadual Paulista – Campus Rio Preto e Assis (SP), Universidade Federal do ABC (SP), Universidade Federal de São Carlos, Universidade Federal do Pará (PA) e Universidade Federal de Viçosa (MG). COLABORAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS DE PESQUISA (1) Participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores de outros programas e instituições nacionais, e em redes de pesquisa nacionais No quadriênio, 10 (36%) de nossos docentes permanentes participaram como pesquisadores principais de 20 projetos cujos coordenadores pertenciam às seguintes instituições nacionais: Centro de Biologia Marinha da USP (SP), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga – CECAT/ ICMBio (DF), Instituto Butantan (SP), Instituto Oceanográfico da USP (SP), Instituto de Química da USP (SP), Museu de Zoologia da USP (SP), PETROBRAS, Universidade de Brasília (DF), Universidade Estadual de Campinas (SP), Universidade Federal da Bahia (BA), Universidade Federal do Espírito Santo (ES), Universidade Federal do Paraná (PR) e IEAPM (RJ). O financiamento dessas parcerias nacionais somou mais de R$ 36 milhões e mais de US$ 800 mil (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls).

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Além disso, cinco de nossos docentes permanentes também participam de redes de pesquisa que envolvem instituições nacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/rede_pesquisa_docentes.xls), incluindo USP, UNESP, UNICAMP, UFSCAR, UNB, CNPEM-MCTI, UFVJM, UFMG, EMPRAPA, IMAZON, INPA, Museu Paraense Emílio Goeldi, UEPA, UFG, UFLA, UFV, UFOPA, UFPA, UFRJ, UFF, UFMT, UFRA. Intercâmbios Internacionais De maneira semelhante ao realizado para os intercâmbios nacionais, para os internacionais, também escolhemos alguns indicadores, divididos entre indicadores associados aos docentes, aos alunos e a colaborações formais via projetos financiados e participação em redes de pesquisa. Para os docentes, quantificamos a participação de nossos docentes em bancas, cursos, disciplinas ou palestras, e visitas de colaboração científica, em instituições estrangeiras, e simultaneamente, a participação de docentes estrangeiros nas bancas ou como co-orientadores de nossos alunos, em nossas disciplinas, como palestrantes no programa, ou que visitaram nossos docentes para colaborações científicas. Para os alunos, quantificamos a participação de nossos alunos em cursos ou disciplinas, e estágios ou visitas, a instituições estrangeiras, e simultaneamente, a participação de alunos estrangeiros em nossas disciplinas e matriculados no programa. Por fim, para as colaborações formais, quantificamos a participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores estrangeiros, e em redes de pesquisa internacionais. Os indicadores apontam para um intercâmbio intenso de docentes e alunos entre nosso programa e pesquisadores e instituições estrangeiras, indicando um alto grau de internacionalização do programa, e propiciando amplas oportunidades para disseminação de nossa produção intelectual, para o estreitamento de colaborações científicas, e para o aprendizado e experiências com outras instituições e pesquisadores. Destaca-se a grande participação de nossos alunos em atividades no exterior, em grande parte devido à alta porcentagem de alunos com bolsa FAPESP, condição que permite a solicitação de “Bolsas Estágio de Pesquisa no Exterior” (BEPE-FAPESP), e a projetos na área de taxonomia e sistemática, que requerem o estudo de acervos de museus, sendo que a visita a excelentes coleções estrangeiras (e.g., Smithsonian Institution, AMNH, MNHN) está prevista na maioria dos projetos de taxonomia de nosso programa. Os indicadores também apontam para a participação significativa de nossos docentes em projetos e redes de pesquisa internacionais, que permitem obter recursos e agregar expertises, e demonstram o reconhecimento internacional de nossos docentes. INTERCÂMBIO DE DOCENTES (1) Participação de nossos docentes em bancas, cursos, disciplinas ou palestras, e visitas de colaboração, a instituições estrangeiras No exterior, 6 (21%) dos docentes permanentes do programa atuaram como membros de 15 bancas ou comitês de acompanhamento de teses e dissertações em 9 instituições (University of the Western Cape, Edith Cowan University, Univeristy of Melbourne, Universidad de Antioquia, Universidad Nacional de Colombia, American Museum of Natural History, French National Centre for Scientific Research, Villefranche-sur-mer oceanological observatory e Universidade de Neuchâtel) de 6 países (África do Sul, Austrália, Colômbia, EUA, França e Suíça), com

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participação crescente ao longo dos anos (2013 – 1, 2014 – 2, 2015 – 3, e 2016 – 9) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/banca_comite_internacional.xls). Neste quadriênio, 16 (57%) de nossos docentes permanentes realizaram 41 visitas de colaboração científica a instituições estrangeiras de 21 países (Alemanha, Argentina, Austrália, Belize, Canadá, Egito, Equador, Espanha, EUA, França, Holanda, Inglaterra, Japão, México, Peru, Portugal, Suécia, Suíça, Taiwan, Trinidade e Tobago e Uruguai), o número de visitas tendo sido relativamente estável nos quatro anos (2013 – 8, 2014 – 13, 2015 – 12, e 2016 – 8) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Nessas oportunidades, as colaborações foram diversas, como reuniões para formalizar redes de pesquisa, discussão de projetos, análises de dados e redação de manuscritos. Dentre as instituições visitadas para esses fins, estiveram: Australian Museum, Freie Universität Berlin, Instituto Nacional de Investigación y Desarrollo Pesquero, Lund University, Massachusetts Institute of Technology, Museo de Historia Natural da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Muséum National d’Histoire Naturelle, National Museum of Marine Biology & Aquarium, National Naturhistorisch Museum, Seto Marine Biological Laboratory, Smithsonian Institution, State University of Mississippi, Universidad Nacional Autónoma de México, Universidad Yachay, Universidade de Neuchâtel, Universität Hamburg, University of Kansas, University of Tsukuba e Univesity of Toronto. Por fim, em 8 visitas a institutos do exterior no quadriênio (2013 – 1, 2014 – 4, 2015 – 2, e 2016 – 1), 7 (25%) de nossos docentes permanentes ministraram palestras, cursos e disciplinas em 8 instituições (National Museum of Marine Biology and Aquarium, Universidad Nacional de Colombia, Universidad de Antioquia, Universidad Yachay, Tohoku University, Universidad Nacional Autónoma de México, Universidade de Neuchâtel e Universidad de la República) de 7 países (Argentina, China, Colômbia, Equador, Espanha, Itália, Japão, México, Polônia, Suíça e Uruguai) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). (2) Participação de docentes estrangeiros nas bancas ou como co-orientadores de nossos alunos, em nossas disciplinas, como palestrantes no programa, ou que visitaram nossos docentes para colaborações científicas No quadriênio, tivemos 12 docentes de instituições estrangeiras participando em comissões julgadoras de nossas teses e dissertações, representando os seguintes países e instituições: Argentina: Universidad de Buenos Aires e Consejo Nacional de Investigaciones Científicas Y Técnicas (Conicet); Áustria: University of Vienna; Espanha: Universidad Autónoma de Madrid; EUA: Harvard University e Smithsonian Institution; Holanda: Unesco – Institute For Water Education; Inglaterra: University of London; Uruguai: Univesidad de la República (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/examinadores_externos.xls). Além disso, neste quadriênio contamos com a participação de seis docentes estrangeiros como co-orientadores de nossos alunos de pós-graduação, oriundos de quatro países e cinco universidades (Argentina: Universidad de Buenos Aires; Espanha: Universidad de Valencia; EUA: The Ohio State University e University of California; Inglaterra: University of Cambridge) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/coorientadores.xls). Tivemos também a colaboração de 12 pesquisadores de 12 instituições estrangeiras em 11 de nossas disciplinas durante o quadriênio. Estes pesquisadores são afiliados a instituições como o Natural History Museum (Londres, Inglaterra), University of New South Wales (Austrália), University of Manchester (Inglaterra), National Institute for Fisheries Research and Development (Argentina), Providence College (EUA), Universidad de Concepción (Chile), Natural History Museum of Los Angeles County (EUA), American Museum of Natural History (EUA),

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University of British Columbia (Canadá), Real Jardín Botánico (Espanha), University of Vienna (Austria), e University of Florida (EUA). Poder contar com a experiência de pesquisadores estrangeiros em nossas disciplinas é um diferencial de nosso programa e um reflexo da extensa rede de colaboração dos nossos docentes com pesquisadores brasileiros e estrangeiros. No âmbito da disciplina de Pós-Graduação “Novas Abordagens na Pesquisa Biológica”, coordenada pelo Prof. Federico D. B. Almeida, recebemos em nosso programa no quadriênio 12 palestrantes estrangeiros, oriundos de cinco países (Alemanha: Max Planck Institut, Freie Universität Berlin; Espanha: Univesidat de Barcelona; EUA: American Museum of Natural History, Providence College, Massachusetts Institute of Technology – EAPS, Harvard University, University of Maryland, Southern Illinois University; França: Museum National d'Histoire Naturelle; Inglaterra: King’s College London, Natural History Museum) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/palestrantes.xls). Por fim, 24 (85%) dos nossos docentes permanentes receberam ao longo do quadriênio 108 pesquisadores estrangeiros em seus laboratórios, incluindo pós-docs, com número crescente ao longo dos anos (2013 – 19, 2014 – 24, 2015 – 32, 2016 - 33) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/visitantes.xls; http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/posdocs.xls). Esses pesquisadores, oriundos de 15 países (Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, EUA, França, Inglaterra, México, Noruega, Panamá, Paraguai), vieram colaborar com nossos docentes de diversas formas, por exemplo, na redação de manuscritos, discussão de projetos, análise de coleções mantidas por nosso corpo docente, realização de coleta de material biológico em conjunto com nossos pesquisadores, estágios, entre outros. INTERCÂMBIO DE ALUNOS (1) Participação de nossos alunos em cursos ou disciplinas, e estágios ou visitas, em instituições estrangeiras A participação de nossos alunos em intercâmbios internacionais foi surpreendentemente expressiva. Considerando cursos ou disciplinas, e visitas ou estágios (incluindo visitas a coleções científicas, mas excluindo eventos científicos como congressos e simpósios), em instituições internacionais, tivemos ao todo 69 alunos (35% dos matriculados) que realizaram pelo menos uma dessas atividades no quadriênio (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). Alunos de ambos os cursos (mestrado e doutorado) participaram ativamente desses intercâmbios. Por exemplo, tivemos 7 alunos de doutorado (7% dos matriculados) e 1 de mestrado (1%) que participaram em cursos/ disciplinas ou workshops no exterior, 34 de doutorado (34%) e 15 de mestrado (15%) que visitaram coleções científicas no exterior, e 24 de doutorado (24%) e 8 de mestrado (8%) que visitaram laboratórios em instituições no exterior. (2) Participação de alunos estrangeiros em nossas disciplinas e matriculados no programa De forma recíproca, 12 alunos estrangeiros cursaram nossas disciplinas de pós-graduação no quadriênio, representando sete países (Alemanha: University of Tübingen; Argentina: Universidad Nacional de Mar del Plata e Universidad Nacional Del Sur; Chile: Universidad de Valparaíso; Colômbia: UNIANDES e Universidad de Antioquia; Espanha: Universidad de Alicante; EUA: Texas A & M University; México: Universidad Autónoma de Baja California e Universidad Nacional Autónoma de México) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/alunos_externos.xls).

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É importante destacar que, do total de alunos matriculados no nosso programa no quadriênio, 21 (10,5%) eram estrangeiros, oriundos da Angola, Colômbia, Itália, Equador, Espanha, EUA, México e Paraguai. COLABORAÇÕES FORMAIS E INFORMAIS DE PESQUISA (1) Participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores estrangeiros, e em redes de pesquisa internacionais No quadriênio, 8 (29%) dos nossos docentes permanentes participaram como pesquisadores principais de 16 projetos cujos coordenadores eram estrangeiros, provenientes de oito países e das seguintes instituições: Argentina: Universidad Nacional de Mar del Plata; Chile: Universidad de Concepción; Colômbia: Universidad Nacional de Colombia; Espanha: Universitat de Barcelona; EUA: Smithsonian Institution, American Museum of Natural History, Massachusetts Institute of Technology, University of California, Michigan State University, City University of New York e University of Connecticut; Inglaterra: King’s College of London; México: Universidad Nacional Autónoma de México; Suíça: Universidade de Neuchâtel. Esses projetos coordenados por estrangeiros somaram US$ 14.613.383,00, R$ 235.000,00, 406.340,00 libras esterlinas, 18.400,00 francos suíços e 180.000,00 euros (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls). Além disso, cinco docentes permanentes também participam de redes de pesquisa que envolvem instituições estrangeiras (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/rede_pesquisa_docentes.xls), incluindo: Ohio State University, University of Central Florida, Florida State University, University of Vienna, University of Veterinary Medicine-Vienna, Centre de coopération internationale en recherche agronomique pour le développement - CIRAD, Harvard University, Lancaster University, London School of Economics, Oregon State University, Stockholm Environment Institute, The Nature Conservancy (TNC), U.S. Environmental Protection Agency Office of Research and Development, University of Cambridge, University of Canberra, e University of Exeter.

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Solidariedade, nucleação e visibilidade Indicadores de Solidariedade e Nucleação SOLIDARIEDADE Entre as características mais marcantes do Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP estão a extensa rede de colaborações de seus docentes e a importância de seus egressos ao longo dos quase 50 anos do programa em ajudar a criar e desenvolver outros programas de pós-graduação em todo o país. Estes dois aspectos estão associados à contribuição que nossos docentes trazem, através de diversas atividades, a outros programas de pós-graduação em Zoologia e áreas correlatas do país. Entre algumas dessas atividades, estão (1) a participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores de outras instituições nacionais, o que leva a (2) uma frequência alta de visitas a outros programas para manter colaborações científicas, (3) a ministração de palestras/ cursos/ disciplinas em outras instituições, e (4) a participação em bancas examinadoras tanto de alunos como de contratação de docentes em outros programas. Além disso, nosso programa contribui com outros programas (5) através das disciplinas de pós-graduação que ministramos, às quais atendem vários alunos de programas de fora da USP. Uma das maneiras que nossos docentes contribuem com a pesquisa realizada em outros programas é através da participação em projetos coordenados, ou sediados, em outras instituições. Mais de um terço de nossos docentes permanentes - 10 dos 28 (36%) – participa de projetos com coordenação de fora do programa em instituições nacionais, num total de 20 projetos, sediados nos estados de PR, SP, RJ, ES, e BA, além do Distrito Federal (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls). Estas participações vão desde grandes redes de pesquisa, como INCTs e NAPs, a projetos de pesquisa financiados por fundações de apoio à pesquisa em outros estados, sediados nas universidades USP, Unicamp, UnB, UFBA, UFES, UFPR e nos institutos de pesquisa com programa de pós-graduação, Instituto Butantan e IEAPM. Dada esta extensa colaboração em projetos de pesquisa com pesquisadores de outros programas, nossos docentes frequentemente visitam estas instituições e recebem seus pesquisadores e alunos em seu laboratório. Durante o quadriênio, 18 dos docentes permanentes (64%) do programa realizaram um total de 54 visitas para colaboração científica (2013 - 15, 2014 - 17, 2015 - 9, 2016 - 13) a instituições nacionais de oito unidades federativas (AC, AL, BA, DF, PR, RJ, RS, SP), incluindo UFAC, UFPR, UNESP, UERJ, UFRJ, PUC-RS, UFRGS e UFBA (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Além das colaborações científicas, muitas das quais estão inseridas dentro de projetos financiados, nossos docentes colaboram com outros programas através de palestras, cursos ou disciplinas que ministram. Durante o quadriênio, 6 dos docentes permanentes (21%) do programa ministraram 7 palestras, cursos ou disciplinas (2013 – 1, 2014 – 1, 2015 – 4, 2016 – 1) em 6 instituições de 4 estados (AL, GO, MG, SP), incluindo UFA, UFG, UFV, UNESP, e UFSCar (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Uma das formas mais eficazes de contribuir com desenvolvimento de outros programas de pós-graduação é através de participação em bancas examinadoras, seja de exames de qualificação e defesa de dissertações ou teses, como de contratação de novos docentes. No quadriênio, 22 (79%) dos docentes do programa participaram presencialmente de um total de 96 bancas de mestrado ou doutorado, exames de qualificação ou concursos para contratações (2013 – 25, 2014 – 32, 2015 – 18, e 2015 – 21), fora dos campi da USP ou outras instituições da cidade de

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São Paulo, em 20 instituições de ensino superior localizados em 11 unidades da federação (BA, DF, MG, MS, PA, PB, PR, RJ, RS, SC, SP) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Esta contribuição é certamente maior, uma vez que hoje a participação em bancas de defesa pode acontecer por vídeo conferência, e a avaliação das dissertações e teses são não presenciais em vários programas pelo país. Finalmente, uma contribuição relevante de nosso programa para a formação de alunos de outros programas se dá através da participação de alunos de fora nas disciplinas do programa. Durante o quadriênio, 19 das disciplinas ministradas pelo programa foram atendidas por 66 alunos externos aos programas de pós-graduação da USP. Estes estudantes foram provenientes de diversas instituições, principalmente mais próximas regionalmente (UNESP, UNIFESP, UFABC, UFSCar, IO-USP, Instituto Butantan), mas também de outros estados, incluindo UFRJ, PUC-RS, UFPR, UFBA, UFCE e UFGO (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/alunos_externos.xls). NUCLEAÇÃO Ao longo dos quase 50 anos de existência de nosso programa, um número expressivo de nossos egressos, mestres e doutores, foram contratados como docentes e pesquisadores em universidades e institutos de pesquisa de todo o país, tendo um papel central na nucleação de inúmeros programas de pós-graduação em Zoologia e áreas correlatas. Até o momento, dentre os 772 egressos (mestres e doutores) do programa, 241 (31%) foram contratados como professores em instituições públicas de ensino superior (federais ou estaduais) ou instituições de pesquisa com programas de pós-graduação, espalhadas por 24 das 27 unidades federativas (com exceção do Amapá, Amazonas e Rondônia). Como alguns dos exemplos de Instituições em que nossos egressos foram contratados estão a USP, UNESP, UFRJ, FURG, UFPR, UFSCAR, UFPE, UNICAMP, USP-Ribeirão, UFLA, UFRRJ, UFRGS, Museu Nacional, UFSE, UESC, UFPB, UERJ, UFRPE, UFMG, UFF, UFGO, PUC-RS, UFV, UNB, UFBA, Museu Paraense Emílio Goeldi, UECE, UFAL, UFCE, UFRN, UNIFESP, UFT, UERR, ESALQ, UFMS, IFTO, UFMT, UFSC, UFPI, UFABC, UEMA, UFAC. Outros 38 egressos de nosso programa (5%) foram contratados em universidades privadas em 10 estados (ES, GO, MS, PE, RJ, RS, RO, SC, SP, SE), incluindo instituições que possuem programas de pós-graduação na área como a PUC-RS. Adicionalmente, 71 de nossos egressos (9%) foram contratados em institutos nacionais de pesquisa e/ou fundações em 9 estados (AM, DF, MG, PA, PB, RJ, RS, SP), vários dos quais possuem programas de pós-graduação, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Desta maneira, nosso programa, ao longo de seus 50 anos de existência, formou 350 mestres e doutores que atuam como docentes e/ou pesquisadores em universidades públicas e privadas e institutos de pesquisa, muitos dos quais atuam diretamente no desenvolvimento da pós-graduação, em todos os estados do país com exceção do Amapá (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). O histórico recente demonstra que o nosso programa continua com sua tradição em formar mestres e doutores competitivos que preenchem vagas em universidades em todo território nacional e no exterior. Considerando-se apenas os 104 titulados durante o último quadriênio, oito mestres ou doutores egressos de nosso programa foram contratados em universidades: Universidade Federal do Acre, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande, Universidade Metropolitana de Santos, Centro de Investigaciones Biologicas del Noroeste, no México, e Universidade del Valle, na Colômbia. Acompanhamento de egressos

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Embora boa parte de nossos egressos atue como docentes e pesquisadores em universidades ou institutos de pesquisa (ver NUCLEAÇÃO acima), vários têm sua atividade profissional nas mais diversas áreas, incluindo a docência nos demais níveis de ensino, e a atuação na área de biodiversidade e meio ambiente em órgãos púbicos, empresas privadas ou como profissionais autônomos (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). Entre os doutores, nossos egressos têm atuado principalmente como pesquisadores (85%), associados ou não ao ensino superior, principalmente em instituições públicas, mas também privadas, espalhadas por todo o Brasil (ver NUCLEAÇÃO acima). Outros 6% são empresários, profissionais de empresas privadas ou profissionais autônomos, atuando principalmente na área de consultoria para biodiversidade e meio ambiente, e 3% são professores de ensino fundamental ou médio. Entre os mestres, 59% estão fazendo doutorado ou pós-doutorado (ou estão de alguma maneira vinculados à pesquisa com bolsas técnicas ou colaborações informais), 10% são empresários, profissionais de empresas privadas ou profissionais autônomos (também principalmente na área de consultoria para a biodiversidade e meio ambiente), 9% atuam em pesquisa e ensino superior em universidades públicas ou privadas, 6% são servidores públicos (a maioria em cargos técnicos, mas também como pesquisadores), e 4% são professores de ensino fundamental ou médio. Essa diversidade de atuações pode ser vista também entre os 104 titulados deste quadriênio (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). Entre os 44 doutores formados, 24 (54%) continuam atuando em pesquisa como pós-doutorandos, 7 (15%) já estão contratados como docentes no ensino superior (ver NUCLEAÇÃO acima), e 2 (4,5%) estão no setor privado. Entre os 60 mestres, 35 (58%) continuam seus estudos de pós-graduação, 7 atuam como profissionais no setor privado/público (12%), 3 (5%) como docentes no ensino fundamental/médio, e 1 (1,6%) atua como docente no ensino superior (Universidade Metropolitana de Santos). O monitoramento da atuação dos egressos é desafiador, em termos de mensuração qualitativa e quantitativa, mas essencial para a constante melhoria do programa. Nosso programa se empenha em manter atualizada e disponível a lista de seus egressos - com informações sobre os orientadores, títulos de dissertação e tese, tipos de atuação, nome e localização das instituições onde trabalham, link para o currículo na Plataforma Lattes ou para outras fontes de informação (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls) - como forma de permitir avaliação e monitoramento dos campos de atuação de nossos egressos. Visibilidade Procuramos aumentar a visibilidade do programa de várias formas. Mantemos um site do programa atualizado em três línguas (Português, Inglês e Espanhol), que permite aos interessados - candidatos, alunos, docentes e público geral - obter todas as informações relevantes. As teses e dissertações oriundas do programa ficam disponíveis e facilmente acessáveis através do banco de teses da USP. Nossos docentes mantêm páginas de seus laboratórios, das disciplinas que ministram e de divulgação científica. Muitos de nossos docentes e alunos dão entrevistas ou participam de reportagens na mídia sobre os resultados de suas pesquisas ou temas científicos. Os alunos do programa oferecem o Curso de Verão em Zoologia, que busca divulgar a ciência na área da Zoologia e nosso programa para alunos de graduação ou recém-formados, e professores do ensino fundamental e médio, de todo país. Nosso programa conta com um site recém reformulado, criado utilizando um “Content Style Manager” chamado Joomla, que é padrão no Instituto de Biociências da USP. Esta ferramenta de criação de sites facilita e padroniza a visualização em diferentes sistemas operacionais e navegadores, incluindo smartphones, garantindo visualização democrática mesmo em sistemas mais obsoletos (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/). Seguindo a recomendação da CAPES, o site oferece todas as informações em três línguas, Português, Inglês e Espanhol, e sua estrutura

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foi planejada para disponibilizar todas as informações necessárias para todos os usuários e participantes do programa, de maneira clara e intuitiva. O público alvo é composto pelos candidatos a ingresso no programa, alunos do programa, docentes do programa e pesquisadores interessados em se tornar credenciados no programa, além de conter informações para o público geral. O site está organizado em uma página inicial que contém a missão do programa e links para as listas de defesas e qualificações do mês, e mais 8 abas, que dão acesso à informação de maneira rápida e intuitiva. A aba “Ingresso” fornece informações sobre como funciona o exame de ingresso, editais atuais e passados, e provas passadas. A aba “Bolsas” oferece informações sobre bolsas ativas no programa, suas vigências e previsão de liberação de novas bolsas. A aba “Estrutura” apresenta os membros da Comissão Coordenadora do Programa – CCP e da Comissão de Pós-graduação do IBUSP – CPG e seus contatos, calendário das reuniões, e links para todos os regulamentos normativos. A aba “Pesquisa” lista todos os orientadores credenciados como plenos no programa, suas linhas de pesquisa, link para as páginas dos laboratórios, e contatos. Para os alunos matriculados, a aba “Para Alunos” concentra toda informação relacionada a disciplinas, créditos, prazos, exame de qualificação, defesas de dissertação e tese, formulários e relatórios de desempenho acadêmico. Para orientadores e interessados em se tornar orientadores, a aba “Para Orientadores” inclui toda a informação sobre direitos e deveres, e regras de credenciamento e recredenciamento de orientadores e co-orientadores. A aba “Proex” agrega a informação sobre atuais pesquisadores e editais PNPD, planejamento do uso de recursos, editais para solicitação de uso de recursos, e planilhas de gastos efetuados. Finalmente, a aba “Histórico” descreve o histórico do programa e dá acesso a uma série de planilhas que sintetizam dados sobre o programa (i.e. as mesmas planilhas citadas em links nesse relatório). Além do site do programa, todas as dissertações e teses já defendidas desde o ano 2000 estão disponíveis em formato pdf na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP (http://www.teses.usp.br/). Muito importante para a visibilidade do programa são os sites dos laboratórios específicos dos docentes do programa, que fornecem informações sobre os projetos de pesquisa, publicações, alunos envolvidos, entre outras, que podem ser encontrados na aba “Pesquisa” do site do programa. Adicionalmente, diversas disciplinas do programa possuem site próprio, e estes também podem ser encontrados no site do programa, dentro da aba “Para Alunos” – “Disciplinas”. Adicionalmente, diversos docentes do programa disponibilizam vídeos no Youtube com aulas que explicam conceitos ou métodos, mantêm sites de divulgação científica, ou mantêm sites contendo fotos e vídeos de espécies de diferentes grupos taxonômicos. Como exemplos destas três formas de divulgação, o Prof. Fernando Portella de Luna Marques disponibilizou vídeos de aulas no Youtube, alguns dos quais já tiveram mais de 10.000 visualizações até o momento (https://www.youtube.com/watch?v=xyZZodtlZ3M). O Prof. Daniel Lahr e colaboradores mantêm o blog de divulgação científica “From Inside the Shell”, https://testateamoebaeresearch.wordpress.com/, onde são discutidos diversos avanços na área de evolução microbiológica em linguagem popular. O banco de imagens de organismos marinhos chamado Cifonauta, http://cifonauta.cebimar.usp.br, de autoria do Prof. Alvaro E. Migotto, contém mais de 11.000 fotos e 780 vídeos de mais de 550 espécies. Divulgação similar é feita pelo Prof. Daniel Lahr, que disponibiliza vídeos diversos sobre protistas e microbiologia em geral (http://www.ib.usp.br/zoologia/lahr/index.php/outreach, e pelo Prof. Taran Grant que disponibiliza vídeos sobre anfíbios (http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil). Outra forma importante de divulgação que dá imensa visibilidade ao programa são as participações de docentes e alunos do programa em entrevistas e reportagens sobre seus

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projetos de pesquisa e resultados científicos em programas de rádio e TV e em reportagens de jornais e revistas. Somente durante 2016, os docentes do programa concederam cerca de 35 entrevistas para rádios, jornais e revistas nacionais, e 1 entrevista para uma revista digital americana (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/premio_midia_alunos_docentes.xls). Um exemplo de destaque é a entrevista do Prof. Álvaro Migotto concedida ao site americano Editage, onde discorre sobre os desafios de seu bem-sucedido projeto de divulgação científica CIFONAUTA já descrito acima (www.editage.com/insights/cebimar-making-science-more-

accessible-to-the-local-brazilian-community?placement=5-exceed-return). No mesmo período, alunos do programa concederam 4 entrevistas para veículos nacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/premio_midia_alunos_docentes.xls). Um exemplo é a entrevista concedida pelo doutorando Paulo Hofstatter para o jornal da USP, onde explicou em detalhes seu artigo publicado recentemente sobre transferência lateral de genes essenciais a reparo de DNA no ancestral dos eucariontes (http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-biologicas/sequenciamento-genetico-de-amebas-ajuda-a-entender-evolucao-de-reparo-de-dna/). Por fim, desde 2013, os pós-graduandos do programa têm organizado anualmente o Curso de Verão em Zoologia (https://sites.google.com/site/cursodeveraoemzoologia/home), que divulga a ciência na área de Zoologia, e nosso programa, para alunos de graduação ou recém-formados, e professores do ensino fundamental e médio, de todo país. O Curso de Verão em Zoologia tem por objetivo ensinar aos participantes conceitos fundamentais em biologia comparada através de aulas/workshops e informar sobre ferramentas utilizadas em pesquisa em Zoologia, apresentando também os diferentes laboratórios e linhas de pesquisa do programa. O curso vem crescendo ao longo das suas quatro edições, despertando o interesse em diversas partes do país: em 2013, obteve 308 inscrições e recebeu 30 alunos; em 2014, obteve 365 inscrições e recebeu 35 alunos de 18 estados brasileiros e 1 do Peru; em 2015, obteve 208 inscrições e recebeu 40 alunos de 19 estados brasileiros, além de alunos do Peru e Uruguai; finalmente, em 2016, obteve 732 inscrições e recebeu 50 alunos de 19 estados brasileiros e Peru.

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Inserção social Inserção Social O Programa de Pós-Graduação em Zoologia tem formado, ao longo dos anos, excelentes

profissionais que decidiram seguir suas carreiras tanto em áreas acadêmicas quanto nas mais

diferentes áreas fora da academia. Dentre os nossos egressos, cerca de 18% (141 egressos)

atuam hoje fora da academia, ou seja, não são professores, alunos ou pós-doutorandos no

ensino superior público ou privado, e não estão envolvidos diretamente com pesquisa em outros

órgãos públicos que não universidades (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls).

Esses profissionais que optaram por seguir carreiras fora da academia atuam hoje nas mais

variadas áreas da sociedade e, portanto, têm um enorme potencial de contribuir para a

disseminação e aplicação de conhecimentos sobre a diversidade biológica.

Entre estes 141 egressos, boa parte (40%) atua em órgãos públicos (e.g. IBAMA ou Ministério da

Saúde) ou fundações (e.g. Fundação Parque Zoológico ou a Fundação Zoobotânica do Rio

Grande do Sul), trabalhando em funções desde técnicas às de coordenação, atuando

diretamente na tomada de decisão e em políticas públicas na área de meio ambiente. Entre os

60% que atuam no setor privado, 21% são profissionais liberais, a maioria dos quais atua como

consultores ambientais, autônomos ou contratados de empresas de consultoria ambiental. Este

grupo tem papel fundamental em processos de avaliação de impactos ambientais associados ao

licenciamento ambiental, e projetos de monitoramento ambiental e de recuperação de áreas

degradas, entre outros. Alguns são empresários (4%), sendo sócios/proprietários de empresas

que vão da consultoria ambiental a agência de turismo, e o restante atua principalmente no

ensino fundamental e médio (ver abaixo Interfaces com a Educação Básica).

Além da inserção direta de egressos do Programa de Pós-Graduação em Zoologia em áreas fora

da academia com imenso impacto na sociedade, existem atividades executadas pelos docentes

e discentes do programa que têm impacto social. Um exemplo dessas atividades são as emissões

de pareceres para agências de fomento – nacionais e internacionais – e para periódicos

científicos.

No quadriênio, 26 orientadores permanentes (93%) do programa, excluindo-se apenas os dois

mais jovens e recém contratados, emitiram pareceres para agências de fomento, incluindo

agências de fomento internacionais (e.g. National Science Foundation dos EUA e a Israel Science

Foundation). Ao longo do mesmo período, 20 docentes do núcleo permanente (71%) emitiram

pareceres como revisores para 54 periódicos Qualis B1 ou superior, 12 deles classificados como

Qualis A1, 19 como Qualis A2 e 23 como Qualis B1

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/pareceres_periodicos.xls). Entre estes estão periódicos

como a Systematic Biology e Current Biology (ambos A1), Journal of Biogeography e Journal of

Experimental Zoology (ambos A2) e Protist e Behavioural Processes (ambos B1).

Não só nossos docentes, mas também nossos alunos atuam como revisores de agências públicas

e de periódicos científicos. Somente em 2016, 15 alunos do programa emitiram um total de 22

pareceres como revisores de periódicos, dos quais 80% foram para periódicos internacionais, e

dois emitiram pareceres para agências públicas ligadas ao meio-ambiente.

Além dos pareceres a agências de fomento e periódicos científicos, outra atividade com impacto

social realizada por nossos alunos e docentes é a ministração de cursos de extensão, destinados

a pessoas de fora da universidade, das mais diversas áreas. Em especial, os alunos de nosso

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programa têm se dedicado a essa atividade com bastante frequência. Por exemplo, 19 discentes

do programa ministraram um total de 22 cursos de extensão em 2016, o que é expressivo. Parte

desses cursos de extensão foram ministrados no evento “IV Curso de Verão em Zoologia”

organizado pelos alunos do programa, que ministra palestras e cursos para alunos de graduação

ou recém graduados de diversas universidades do Brasil. Um outro exemplo de curso de

extensão ministrado por um aluno do programa foi o curso “Biologia acadêmica, zoologia à luz

da evolução”, ministrado pelo aluno Gabriel Cohen no Colégio Vértice.

Por fim, é importante salientar que uma parte considerável dos projetos de pesquisa e/ou

extensão executados por nossos docentes tem grande potencial de trazer impactos sociais. Doze

dos projetos com financiamentos vigentes durante o quadriênio, que contam com a participação

de cinco docentes do nosso núcleo permanente, possuem potencial de aplicação nas áreas

ambiental, médica e/ou farmacêutica

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls). Por exemplo, o Instituto Nacional de

Ciência e Tecnologia em Estudos Inter e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INTREE), com

participação no núcleo gestor da Prof. Renata Pardini de nosso programa, desenvolverá uma

série de atividades com o intuito de promover o uso do conhecimento científico na tomada de

decisão relativa a problemas ambientais em várias instâncias. O Instituto Nacional de Ciência e

Tecnologia em Toxinas (INCTTOX), com participação do Prof. Miguel T. U. Rodrigues de nosso

programa em projeto coordenado por pesquisadores do Instituto Butantan, aborda a

caracterização de novas moléculas que poderão ser utilizadas como fármacos ou agentes

terapêuticos.

Fica evidente, pelos dados compilados nesta seção, que o Programa de Pós-Graduação em

Zoologia atua de maneira importante em atividades que geram impactos sociais. Uma parcela

considerável de nossos egressos atua diretamente em atividades fora da academia, ajudando a

disseminar e aplicar o conhecimento sobre nossa diversidade biológica. Nossos docentes,

através de pareceres, contribuem substancialmente para a avaliação de conteúdo científico que

é produzido e publicado na área de Zoologia e áreas correlatas, e para a distribuição de recursos

financeiros na ciência. Docentes e, principalmente, alunos do programa, via cursos de extensão,

ajudam a disseminar o conhecimento científico para fora da universidade. Finalmente, vários de

nossos projetos têm potencial direto de aplicação nas áreas ambiental, médica e/ou

farmacêutica.

Interfaces com a Educação Básica

A interface do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do IBUSP com a Educação Básica ocorre

principalmente através da atuação de docentes e alunos do programa em atividades de

extensão cujo público alvo são alunos e professores da Educação Básica.

Um dos exemplos mais marcantes de ações deste tipo entre os docentes do programa são as

atividades que vêm sendo desenvolvidas pelo Prof. Alvaro Migotto voltadas aos estudantes e

professores do ensino fundamental e médio no Centro de Biologia Marinha (CEBIMar). Durante

o período de outubro de 2014 a abril de 2016, o projeto coordenado pelo Prof. Alvaro Migotto

organizou visitas monitoradas ao CEBIMar para a divulgação das ciências marinhas e assuntos

relacionados à educação ambiental, focando no litoral norte de São Paulo. Além das visitas

monitoradas, o Prof. Migotto desenvolveu o projeto intitulado “Série de folhetos de divulgação

científica sobre a biodiversidade marinha do Litoral Norte de São Paulo”. Nesse projeto, vem

sendo produzido material de divulgação e educação científica cujo alvo são, novamente,

estudantes e professores do ensino fundamental e médio.

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Já entre os alunos do programa, um exemplo de ação voltada para a Educação Básica estão os

trabalhos desenvolvidos pelo aluno de doutorado Bruno Gonçalves Augusta. Bruno faz parte do

Grupo CienciAção (http://cienciacao.wix.com/site), um grupo de divulgação científica fundado

em 2009 cuja principal atividade é divulgar a ciência para todos os tipos de público. O grupo atua

proferindo palestras, oferecendo cursos e oficinas e também atua no desenvolvimento de

atividades lúdicas para o público infantil, com ações voltadas para a formação e

aperfeiçoamento de educadores. Bruno foi responsável por organizar e ministrar quatro cursos

de aperfeiçoamento cujo público continha estudantes e professores da Educação Básica, além

de alunos do ensino técnico.

Também entre os alunos do programa há uma atividade coletiva - o Curso de Verão em Zoologia

(https://sites.google.com/site/cursodeveraoemzoologia/home), organizado anualmente desde

2013, que tem como público alvo também os professores da Educação Básica do estado de São

Paulo. O curso tem como objetivo divulgar conhecimentos e técnicas em Zoologia.

Outra interface entre a Educação Básica e o Programa de Pós-Graduação em Zoologia do IBUSP

que não pode deixar de ser mencionada é o contato entre estudantes e/ou grupo de estudantes

de ensino médio ou fundamental e orientadores do programa. Nesse caso, ocorre com certa

frequência que alunos do Ensino Básico necessitam de informações ou ajuda para executar

projetos que estão desenvolvendo, como iniciativas de Pré-Iniciação Científica, projetos

científicos em suas instituições de ensino ou Iniciação Científica Jovem. Um exemplo de

atividades nessa interface vem das solicitações de ajuda que o Prof. Eduardo S. A. Santos

recebeu de estudantes da Educação Básica e também de alunos de pós-graduação que estão

desenvolvendo seus projetos de pesquisa em conjunto com a Educação Básica. O Prof. Eduardo

S. A. Santos foi consultado ao menos três vezes em 2016 por estudantes buscando auxílio no

desenvolvimento de seus projetos. Em todas essas consultas, os estudantes foram orientados

sobre como proceder com relação ao desenvolvimento de seus projetos de pesquisa.

Finalmente, ressaltamos que cerca de 5% dos nossos egressos (39 profissionais formados até

2016) atuam diretamente no ensino fundamental e médio

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). Esses egressos atuam como professores ou

como coordenadores/diretores pedagógicos, propiciando assim uma interface direta de

transferência de conhecimento entre o Programa de Pós-Graduação em Zoologia e a Educação

Básica.

As atividades realizadas pelos alunos e docentes do Programa de Pós-Graduação em Zoologia

do IBUSP na interface com a Educação Básica são instrumento importante para transmitir

conhecimento a uma parcela da sociedade que tem (os professores da educação básica) e terá

(os estudantes que ainda estão na educação básica) um papel fundamental na formação de

cidadãos que pensem de maneira crítica sobre as implicações de das atividades humanas sobre

a diversidade biológica.

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Internacionalização Os indicadores apresentados no item “Intercâmbios internacionais” apontam para um intercâmbio intenso de docentes e alunos entre nosso programa e pesquisadores e instituições estrangeiras, indicando um alto grau de internacionalização do programa, e propiciando amplas oportunidades para disseminação de nossa produção intelectual, para o estreitamento de colaborações científicas, e para o aprendizado e experiências com outras instituições e pesquisadores. Como mostrado naquele item do relatório, o fluxo de docentes/ pesquisadores entre nosso programa e instituições estrangeiras é intenso, tanto através da participação de nossos docentes em bancas, cursos, disciplinas ou palestras, e visitas de colaboração científica, em instituições estrangeiras, quanto através da participação de docentes estrangeiros nas bancas ou como co-orientadores de nossos alunos, em nossas disciplinas, como palestrantes no programa, ou como visitantes dos laboratórios de nossos docentes para colaborações científicas. Além disso, a participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores estrangeiros, e em redes de pesquisa internacionais, é alta. De maneira similar, o fluxo de alunos entre nosso programa e instituições estrangeiras é também alto, seja via a participação de nossos alunos em cursos ou disciplinas, e estágios ou visitas, a instituições estrangeiras, ou através da participação de alunos estrangeiros em nossas disciplinas e matriculados no programa. Ao final deste item, apresentamos os valores para o nosso programa dos critérios estabelecidos pela Área de Biodiversidade da Capes para quantificação do grau de internacionalização dos programas de pós-graduação da área. Comentamos a seguir os valores obtidos, que, conjuntamente com os dados apresentados no Item intercâmbios internacionais sumarizados acima, sugerem alto grau de internacionalização de nosso programa. Seis destes critérios mensuram a qualidade da produção científica de docentes, alunos e egressos, ou a distribuição da produção científica entre docentes permanentes. Todos esses indicadores apontam para uma produção científica em nosso programa de qualidade (25 - 90% - dos docentes permanentes com H ≥ 7, e 16 - 57% - com H ≥ 10; número de produtos Qualis A2 ou superior com participação de discente ou egresso por titulado Mestre equivalente 0,47; número de livros ou capítulos de livro de editoras internacionais de renome 18), e bem distribuída entre os docentes permanentes (22 - 79% - docentes permanentes com ≥ 4 Qualis A2 ou superior ou ≥ 6 Qualis B1 ou superior; 26 - 93% - dos docentes permanentes do programa têm pelo menos um artigo científico publicado em periódicos B1 ou superior em co-autoria com pesquisadores de instituições estrangeiras). Três dos critérios quantificam a participação de alunos de doutorado e docentes permanentes em atividades acadêmicas no exterior, e indicam, como mostramos no item Intercâmbios internacionais, que nossos alunos e docentes realizam essas atividades com frequência (46 dos 101 alunos de doutorado matriculados no quadriênio (46%) participaram de eventos científicos ou de cursos de curta duração no exterior; 44 dos 101 alunos de doutorado matriculados no quadriênio (44%) realizaram estágio no exterior; 7 (25%) dos docentes permanentes do programa atuaram como membros de bancas ou comitês de acompanhamento de teses e dissertações de alunos de instituições estrangeiras, ou receberam alunos de instituições estrangeiras para realizar parte de seus projetos no Brasil). Cinco critérios estão relacionados à participação de estrangeiros nos programas, sejam alunos ou pesquisadores, e também indicam, como mostramos no item Intercâmbios internacionais, que recebemos frequentemente estrangeiros em nosso programa (21 alunos estrangeiros entre

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os 200 matriculados no quadriênio – 10,5%; docentes do programa supervisionaram 15 pós-doutorandos que realizaram seus doutorados no exterior; seis pesquisadores de instituições estrangeiras co-orientando nossos alunos; 11 disciplinas ministradas tendo como responsáveis ou colaboradores 12 pesquisadores de instituições estrangeiras; 12 palestrantes de instituições estrangeiras). Finalmente, cinco critérios mensuram de formas diferentes o prestígio internacional dos docentes permanentes, e sugerem que os docentes do nosso programa têm reconhecimento internacional na área de Zoologia (Elizabeth Höfling, Honorary Fellow da "American Ornithologists' Union” e Ricardo Pinto da Rocha, vice-presidente da “International Society of Arachnology”; 9 docentes permanentes - 32% - participam de comitê editorial de periódico estrangeiro com Qualis B1 ou superior; 13 (46%) dos nossos docentes permanentes participam de projetos com financiamento internacional ou de redes de pesquisa internacionais; nossos docentes ajudaram a organizar 9 reuniões científicas internacionais). (1) Número de Docentes Permanentes que foram diretores ou presidentes de sociedade científica internacional: Elizabeth Höfling é Honorary Fellow da "American Ornithologists' Union” e Ricardo Pinto da Rocha, vice-presidente da “International Society of Arachnology”. (2) Número de livros ou capítulos de livro de editoras internacionais de renome (por exemplo, Springer, Elsevier, Oxford, ou equivalentes): no quadriênio, 40 livros ou capítulos de livros de editoras internacionais foram publicados por nossos docentes permanentes, sendo que destes, 18 são de editoras internacionais de renome (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/livros_capitulos_docentes.xls). (3) Número de Docentes Permanentes com participação em comitê editorial de periódico estrangeiro (Qualis B1 ou superior): 9 (32%) docentes permanentes participaram de comitê editorial de periódico estrangeiro (Qualis B1 ou superior) no quadriênio. (4) Número de Docentes Permanentes com participação em convênio ou projeto de pesquisa com financiamento internacional: no quadriênio, 13 (46%) dos nossos docentes permanentes participaram como pesquisadores principais ou coordenadores de projetos com financiamento internacional (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls), ou participam de redes de pesquisa internacionais, financiadas por diversas fontes, incluindo internacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/rede_pesquisa_docentes.xls). (5) Número de reuniões científicas internacionais organizadas: durante o quadriênio, nossos docentes ajudaram a organizar 9 reuniões científicas internacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/evento_internacional.xls) (6) Número de Docentes Permanentes com participação em bancas ou comitê de acompanhamento de pós-graduando no exterior ou ainda que receberam aluno do exterior para desenvolver parte de seu projeto no Brasil: 7 (25%) dos docentes permanentes do programa atuaram como membros de bancas ou comitês de acompanhamento de teses e dissertações de alunos de instituições estrangeiras, ou receberam alunos de instituições estrangeiras para realizar parte de seus projetos no Brasil (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/banca_comite_internacional.xls). (7) Número de Docentes Permanentes com produtos B1 ou superior em coautoria com pesquisadores de instituições estrangeiras: 26 (93%) dos docentes permanentes do programa têm pelo menos um artigo científico publicado em periódicos B1 ou superior em co-autoria com

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pesquisadores de instituições estrangeiras (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls). (8) Número de palestras ou equivalentes ministradas por pesquisadores visitantes de instituições estrangeiras: no âmbito da disciplina de Pós-Graduação “Novas Abordagens na Pesquisa Biológica”, coordenada pelo Prof. Federico D. B. Almeida, recebemos em nosso programa no quadriênio 12 palestrantes de instituições estrangeiras (ver Intercâmbios internacionais, http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/palestrantes.xls) (9) Número de disciplinas ministradas por pesquisadores visitantes de instituições estrangeiras: no quadriênio, 11 disciplinas foram ministradas tendo como responsáveis ou colaboradores 12 pesquisadores de 12 instituições estrangeiras distintas (ver Intercâmbios internacionais). (10) Número de pesquisadores de instituições estrangeiras como orientadores/coorientadores no programa: no quadriênio, todos os nossos orientadores, permanentes ou colaboradores, são de instituições nacionais, mas tivemos seis pesquisadores de instituições estrangeiras co-orientando seis de nossos alunos (ver Intercâmbios internacionais, http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/coorientadores.xls). (11) Número de pós-docs estrangeiros (titulados no exterior) associados ao Programa: no quadriênio, os docentes do programa supervisionaram 15 pós-doutorandos que realizaram seus doutorados no exterior (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/posdocs.xls). (12) Número de alunos de Doutorado que realizaram estágio no exterior em relação ao número total de matriculados de Doutorado no quadriênio: 44 dos 101 alunos de doutorado matriculados no quadriênio (44%) realizaram estágio no exterior (seja para examinar espécimes em coleções ou colaborar com pesquisadores e a equipe de seus laboratórios; http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). (13) Número de alunos de Doutorado que participaram de eventos científicos ou de cursos de curta duração no exterior em relação ao número total de matriculados de Doutorado no quadriênio: 46 dos 101 alunos de doutorado matriculados no quadriênio (46%) participaram de eventos científicos ou de cursos de curta duração no exterior (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). (14) Número de alunos estrangeiros matriculados no Programa em relação ao número total de matriculados no triênio: tivemos 21 alunos estrangeiros entre os 200 matriculados no quadriênio, resultando numa proporção de 10,5% de estrangeiros. (15) Número de docentes permanentes com 4 ou mais produtos Qualis A2 ou superior, ou 6 ou mais produtos Qualis B1 ou superior no quadriênio: 22 (79%) docentes permanentes com ≥ 4 Qualis A2 ou superior ou ≥ 6 Qualis B1 ou superior (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls). (16) Número de produtos Qualis A2 ou superior com participação de discente ou egresso por titulado Mestre equivalente: considerando como egressos os que se titularam há até 3 anos da publicação, foram publicados no quadriênio 43 artigos científicos A1 ou A2 em co-autoria entre docentes e alunos/egressos (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls) mais 26 artigos científicos A1 ou A2 em que alunos/ egressos são autores, sem a participação de seus orientadores (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_discentes.xls), somando 69 artigos científicos A1 ou A2. O número de titulados mestre-equivalente no quadriênio foi de 148 (60 mestres e 44 doutores), resultando em 69/148 = 0,47.

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(17) Número de docentes permanentes com H ≥ 7: 25 (90%) dos docentes permanentes com H (ResearchID) ≥ 7 (18) Número de docentes permanentes com H ≥ 10: 16 (57%) dos docentes permanentes com H (ResearchID) ≥ 10

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Atividades complementares . Neste item, apresentamos informações que não foram contempladas nas demais partes deste relatório, mas que compõem indicadores adicionais da qualidade e desempenho de nosso programa no quadriênio: (1) financiamentos à pesquisa; (2) bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq; e (3) destaques da produção científica do Programa de Pós-Graduação no quadriênio. FINANCIAMENTOS No quadriênio, 26 (93%) dos docentes permanentes do programa participaram, como coordenadores ou pesquisadores principais, de projetos de pesquisa financiados por agências de fomento nacionais e internacionais (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls). Apenas Eduardo S. A. Santos, o docente permanente mais jovem e recentemente credenciado no programa, e Elizabeth Höfling, que se aposentou no final de 2016, não participaram no quadriênio de projetos financiados. Vinte e cinco (89%) de nossos docentes permanentes foram coordenadores de projetos de pesquisa. No total, estes 25 docentes coordenaram 85 projetos de pesquisa que somaram mais de R$ 22,5 milhões e cerca de US$ 1,8 milhões. No mesmo período, 15 (54%) de nossos docentes permanentes participaram como pesquisadores principais de 36 projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores de outras instituições, que somaram quase R$ 37 milhões e mais de US$ 15 milhões. Isso significa que, em apenas quatro anos, os docentes permanentes de nosso programa foram responsáveis por angariar, como coordenadores ou pesquisadores principais, aproximadamente R$ 62 milhões e de US$ 17 milhões. Trata-se, portanto, de indicador importante da capacidade de nosso núcleo permanente de buscar de recursos para apoio à execução de projetos de pesquisa, para financiamento de equipamentos, material permanente de diversas espécies, viagens de pesquisa a instituições no Brasil e no exterior, entre outros, garantindo, inclusive, a exequibilidade de projetos de pós-graduação inovadores e desafiadores. Parte desses recursos foi obtida através de agências internacionais, com praticamente um terço dos docentes do quadro permanente (9) envolvidos em 17 projetos com financiamento internacional. BOLSAS DE PRODUTIVIDADE EM PESQUISA DO CNPQ Dos 28 docentes do núcleo permanente, 17 (61%) são atualmente bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq (PQ-CNPq), nos níveis 2 (35%), 1D (17,5%), 1C (12%), 1B (23,5%) e 1A (12%), como listado abaixo: Alvaro Esteves Migotto (1D) Andre Carrara Morandini (2) Antonio Carlos Marques (1B) Antonio Domingos Brescovit (1A) Carlos Jose Einicker Lamas (2) Hussam El Dine Zaher (1B) Joao Miguel De Matos Nogueira (2) Luis Fabio Silveira (1B) Luiz Ricardo Lopes De Simone (1D) Marcelo Duarte Da Silva (2)

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Marcelo Rodrigues De Carvalho (1C) Marcos Domingos Siqueira Tavares (1C) Miguel Trefaut Urbano Rodrigues (1A) Renata Pardini (1D) Ricardo Pinto Da Rocha (1B) Silvio Shigueo Nihei (2) Taran Grant (2) Deve-se levar em consideração que 14% de nosso núcleo permanente é composto por docentes jovens contratados nos últimos quatro anos e que ainda não solicitaram a PQ-CNPq: Daniel J. G. Lahr, Eduardo S. A. Santos, Federico D. B. Almeida, e José Eduardo A. R. Marian. Há expectativa, portanto, de que o número de bolsistas PQ-CNPq aumente em poucos anos. Considerando que a referida bolsa é destinada a pesquisadores que se destaquem entre seus pares, no que se refere à relevância, originalidade e repercussão da produção científica, à formação de recursos humanos em nível de Pós-graduação e à inserção internacional, entre outros (vide http://cnpq.br/bolsas-no-pais), qualificamos este item como um indicador importante da qualidade de nosso corpo docente em nível nacional. DESTAQUES DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO QUADRIÊNIO Como descrito no item “Histórico e contextualização do programa”, o quadro de docentes permanentes apresenta produção científica expressiva tanto em quantidade (661 artigos publicados no quadriênio) como em qualidade (61% dos artigos publicados em periódicos B1 ou superior). Neste item, selecionamos algumas publicações de nosso corpo docente e discente para ilustrar adequadamente a diversidade e qualidade das pesquisas desenvolvidas em nosso programa. Miranda, L. S.; Collins, A. G.; Hirano, Y. M.; Mills, C. E. & Marques, A. C.; (2016) Comparative internal anatomy of Staurozoa (Cnidaria), with functional and evolutionary inferences. PeerJ, 4: e1951. Este artigo representa uma das principais contribuições da tese de Doutorado de nossa aluna Lucília Souza Miranda, que recebeu menção honrosa do “Prêmio Capes de Tese 2015 - Área Biodiversidade”, pelo trabalho “Evolução de Staurozoa (Cnidaria): inferências moleculares, morfológicas e de cnidoma”. Neste artigo, uma extensa base de dados da anatomia de nove espécies de Staurozoa e a filogenia molecular resultante de outro capítulo da tese foram empregadas para investigar a evolução do plano corpóreo do grupo, com implicações para a compreensão da evolução de Cnidaria. Gainett, G., Sharma, P. P., Pinto‐da‐Rocha, R., Giribet, G., & Willemart, R. H. (2014). Walk it off: predictive power of appendicular characters toward inference of higher‐level relationships in Laniatores (Arachnida: Opiliones). Cladistics, 30(2): 120-138. Este artigo, de autoria de um aluno de mestrado (Guilherme Gainett) e dois docentes do programa (Ricardo Pinto-da-Rocha e Rodrigo Willemart) em colaboração com pesquisadores dos E.U.A., investigou um conjunto de caracteres morfológicos (i.e., estruturas cuticulares dos apêndices) e testou seu sinal filogenético para Laniatores, a maior subordem de Opiliones, cujas relações internas permanecem mal resolvidas. Além de demonstrar o potencial desses caracteres para a sistemática do grupo em questão, este trabalho é um excelente exemplo de como os sistematas de nosso programa priorizam a evidência total mesmo na era da filogenômica, buscando novos caracteres morfológicos que possam auxiliar na compreensão da evolução de determinado táxon.

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Jeckel, A. M., Saporito, R. A., & Grant, T. (2015). The relationship between poison frog chemical defenses and age, body size, and sex. Frontiers in Zoology, 12(1): 27. O artigo, escrito por uma aluna de doutorado (Adriana Jeckel) e um docente do programa (Taran Grant) em colaboração com um pesquisador estrangeiro (Ralph Saporito), ilustra a interdisciplinaridade de nosso PPG. Ao agregar a expertise de Saporitto (química de toxinas) àquelas de seu laboratório (biologia e sistemática de anuros), Jeckel e Grant conseguiram demonstrar que há correlação entre a idade do animal e a riqueza de alcaloides acumulados no tegumento de rãs de veneno, bem como entre o tamanho do corpo e a quantidade de alcaloides. Portanto, a partir de uma abordagem interdisciplinar, foi possível avançar no entendimento dos mecanismos de sequestro de alcaloides adquiridos pela dieta em rãs de veneno. Prates, I., Xue, A. T., Brown, J. L., Alvarado-Serrano, D. F., Rodrigues, M. T., Hickerson, M. J., & Carnaval, A. C. (2016). Inferring responses to climate dynamics from historical demography in neotropical forest lizards. Proceedings of the National Academy of Sciences, 113(29): 7978-7985. Este artigo, que teve a participação de um de nossos docentes (Miguel T. Rodrigues), ilustra bem uma vertente recente do Programa, que alia estudos ecológicos e evolutivos à conservação. Integrando análises de dados genômicos e de modelagem de nicho ecológico de três espécies de lagartos, os resultados deste trabalho trazem implicações diretas para os estudos sobre os impactos das mudanças climáticas na distribuição dos animais dos neotrópicos. Banks-Leite, C., Pardini, R., Tambosi, L. R., Pearse, W. D., Bueno, A. A., Bruscagin, R. T., Condez, T. H., Dixo, M., Igari, A. T., Martensen, A. & Metzger, J. P. (2014). Using ecological thresholds to evaluate the costs and benefits of set-asides in a biodiversity hotspot. Science, 345(6200): 1041-1045. Publicado na prestigiada Science e contando com uma aluna egressa (Adriana A. Bueno) e uma docente do programa (Renata Pardini) como autoras, este artigo representa um esforço de quase dez anos de pesquisadores brasileiros, que lideraram a coleta de dados relacionados com 25.000 espécimes de vertebrados da Mata Atlântica. Com base nesses dados, os autores mostram um limiar ecológico drástico nas comunidades de vertebrados com a perda de hábitat, e estimaram que seria necessário preservar 30% da floresta para manter a integridade das comunidades de vertebrados essenciais ao funcionamento desse ecossistema. Além disso, seus cálculos sugerem que menos de 0,01% do PIB anual brasileiro poderia ser suficiente para preservar as funcionalidades essenciais da Mata Atlântica.

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Autoavaliação Informe os pontos fortes do programa Com base nos dados apresentados nos itens anteriores desse relatório, consideramos que nosso programa se destaca em seis aspectos principais: (1) Abrangência dos projetos e linhas de pesquisa e adequação da estrutura curricular ao perfil esperado do egresso O Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP, desde a sua origem, congrega docentes e alunos que desenvolvem pesquisas relacionadas com a descrição, classificação, relações de parentesco, origem, evolução e biogeografia de diferentes linhagens de animais. Mais recentemente, novos temas associados a Zoologia foram agregados, em especial a biologia do desenvolvimento, e diferentes vertentes associadas ao comportamento animal e à biologia da conservação. Assim, o programa hoje abrange duas linhas de pesquisa: (1) Evolução, sistemática e biogeografia – que engloba diversas áreas inter-relacionadas - história natural, anatomia comparada e funcional, taxonomia e sistemática, biologia do desenvolvimento e evolução, e filogeografia e biogeografia - todas associadas com a descrição, classificação, relações de parentesco, origem, evolução e distribuição geográfica de espécies e clados de animais; (2) Comportamento animal e conservação – que agrupa diferentes vertentes dentro da área de comportamento animal, como a etologia, comportamento sensorial e ecologia comportamental, e pesquisas mais diretamente relacionadas com a biologia da conservação. As duas linhas de pesquisa ganharam impulsos nos últimos anos com a contratação e/ou credenciamento de novos docentes, em especial nas áreas de biologia do desenvolvimento e evolução (4 docentes), e comportamento animal (2 docentes), e são bastante inter-relacionadas e complementares, particularmente pela estreita relação entre comportamento e evolução, e biologia da conservação e os padrões de distribuição da diversidade biológica. Além disso, as pesquisas realizadas no programa abrangem diversos grupos, entre microorganismos eucariontes, invertebrados e vertebrados, em ambientes terrestres, de água doce e marinhos, e abordam diferentes domínios morfoclimáticos da região Neotropical e do mundo. Do ponto de vista das abordagens, nossos projetos e pesquisas unem componentes clássicos da zoologia, como a análise de dados de história natural e morfológicos, com abordagens mais recentes que incluem a análise de dados moleculares, de distribuição geográfica, comportamentais e ecológicos, englobando ferramentas de análise associadas aos campos da paleontologia, sistemática e inferência filogenética, filogeografia e dinâmica de populações, biogeografia e macro-ecologia, biologia evolutiva do desenvolvimento, comportamento animal e biologia da conservação. O programa oferece disciplinas que cobrem as questões teóricas e conceituais, assim como as abordagens metodológicas, das sub-áreas do conhecimento que compõe as duas linhas de pesquisa do programa (Evolução, sistemática e biogeografia, e Comportamento animal e conservação), propiciando aos alunos (1) uma sólida formação teórica em sub-áreas que vão daquelas de abordagem histórica, àquelas relacionadas aos processos micro e macro evolutivos e às relacionadas aos processos ecológicos de nicho (interações entre espécies e delas com o meio), e (2) uma sólida formação instrumental, que inclui uma variedade de abordagens metodológicas, de técnicas e de análises. Oferece também disciplinas que abordam o estado da arte do conhecimento de vários aspectos relacionados a diversos grupos taxonômicos, fomentando (3) uma visão do estado atual, e dos limites, do conhecimento para diferentes

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grupos zoológicos. Por fim, através de disciplina que apresenta projetos inovadores de pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e do mundo, o programa ajuda a criar (4) um ambiente intelectualmente estimulante que propicie independência e senso crítico. Esperamos assim contribuir para que nossos alunos adquiram uma visão integrada da diversidade biológica - característica central do perfil que esperamos de nosso egresso (ver Objetivos – Perfil do egresso) - compreendendo a importância de processos históricos, evolutivos e ecológicos, que resultam em padrões de diversidade em diferentes níveis de organização e em diferentes escalas de tempo e espaço, percebendo os limites do conhecimento e as interfaces entre sub-áreas do conhecimento. (2) Qualidade e alto grau de internacionalização do corpo docente e discente O programa conta hoje com um quadro docente de 7 colaboradores (20%) e 28 permanentes (80%). A composição do núcleo permanente foi significativamente renovada durante o último quadriênio, com a aposentaria de 3 docentes, e a incorporação de 6 docentes, contratados durante o quadriênio no Departamento de Zoologia do IBUSP (4) ou a partir de credenciamento de pesquisadores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (2), que deram forte impulso às duas linhas de pesquisa do programa. O quadro de docentes permanentes do programa é de excelente qualidade, incluindo hoje 17 pesquisadores com bolsa de produtividade CNPq (61% dos permanentes), 25 pesquisadores com índice H no ResearchID maior ou igual a 7 (90% dos permanentes), e 16 pesquisadores com índice H no ResearchID maior ou igual a 10 (57%). Dada a recente inclusão de pesquisadores jovens no núcleo permanente, todos esses indicadores têm grande potencial de crescimento nos próximos anos. O programa congrega especialistas mundialmente reconhecidos em diferentes grupos zoológicos, que apresentam uma produção acadêmica de excelência, boa parte da qual envolve colaboradores internacionais (ver próximo item), e mantêm também forte intercâmbio internacional, seja via projetos financiados por órgãos de fomento no exterior (9 docentes permanentes – 32% - participando de 17 projetos com financiamento internacional vigentes no quadriênio, http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls) e participação em redes de pesquisa internacionais (5 docentes permanentes - 18% - participando de redes de pesquisa internacionais no último ano do quadriênio, http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/rede_pesquisa_docentes.xls), ou através de viagens de pesquisa ao exterior e recebimento de pesquisadores estrangeiros em seus laboratórios (ver dados em Intercâmbios internacionais). Vários indicadores apontam também para a qualidade do corpo discente do programa. A alta proporção de alunos do programa com bolsa FAPESP (49% dos titulados no quadriênio) atesta a qualidade e competitividade dos projetos de dissertação e tese propostos por alunos e orientadores do programa. A alta proporção de alunos que realizam atividades no exterior - visitas a laboratórios, visitas a coleções científicas, participação em cursos e workshops, e participação em eventos científicos (congressos e simpósios) – indica o nível de experiência e de colaborações internacionais de nossos alunos. Entre os alunos de mestrado, 37 (37%) realizaram alguma destas atividades no exterior durante o quadriênio, e a proporção é bem mais alta entre os alunos de doutorado (64 alunos, 63%) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/atividades_alunos.xls). Os prêmios internacionais recebidos por nossos alunos por seus trabalhos científicos, que têm repercutido na mídia, indicam que de fato os projetos realizados têm levado a resultados de qualidade e relevância em nível internacional (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/premio_midia_alunos_docentes.xls). Por fim, a quantidade (481 artigos científicos), qualidade (proporção de artigos em periódicos A1 ou A2, ou B1 ou superior) e nível de colaboração internacional (proporção de artigos de alunos com co-

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autores de instituições internacionais) da produção científica de nossos alunos no quadriênio, assim como a proporção de artigos sem a co-autoria de orientadores (47%), indicam o potencial acadêmico de nossos alunos e egressos (ver próximo item). (3) Volume, qualidade e internacionalização da produção científica A produção científica dos docentes de nosso núcleo permanente é extremamente relevante tanto em termos do número de artigos publicados como em termos da qualidade desses artigos, medida através do Qualis dos periódicos em que são publicados e pela participação de co-autores de instituições estrangeiras (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls). No total dos quatro anos do quadriênio, os 28 docentes permanentes do programa foram responsáveis pela produção de 661 artigos científicos, com um número crescente ao longo dos anos, 148 em 2013, 154 em 2014, e 179 em 2015, e 180 em 2016. Esta produção é de altíssima qualidade, englobando 149 artigos publicados em periódicos A1 ou A2, e com a proporção de artigos dessa faixa (em relação ao total) aumentando ao longo dos anos do quadriênio de 19% em 2013, para 22% em 2014, e 25% e 24% em 2015 e 2016, respectivamente. O número de artigos publicados em periódicos B1 ou superior foi de 403 no quadriênio, perfazendo mais da metade da produção (61%), com proporção alta e estável ao longo do quadriênio (2013 – 61%, 2014 – 59%, 2015 – 63%, e 2016 – 61%). Além disso, a produção científica do quadro de docentes permanentes frequentemente envolve colaborações internacionais, com mais de um terço dos artigos científicos publicados no quadriênio envolvendo autores de instituições estrangeiras (240, e 36%). Essa proporção vem crescendo bastante, de 32% em 2013 e 2014, para 37% em 2015 e 43% em 2016. Da mesma maneira, a produção científica de nossos alunos e egressos (considerando aqueles que se titularam há até 3 anos antes da publicação) é também volumosa e de qualidade. Alunos ou egressos participaram como autores de 38% da produção científica dos docentes permanentes no quadriênio (253 artigos em co-autoria entre docentes permanentes e alunos ou egressos recentes) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_docentes.xls). Essa proporção vem se mantendo estável especialmente ao longo dos últimos dois anos do quadriênio (43%, 31%, 39% e 40%, em 2013, 2014, 2015 e 2016, respectivamente). A qualidade da produção científica conjunta entre docentes do quadro permanente e alunos ou egressos vem aumentando consideravelmente, sendo que a proporção dessa produção conjunta publicada em periódicos A1 ou A2 saltou de 3% em 2013 para 21%, 27% e 17% em 2014, 2015 e 2016, respetivamente, enquanto a proporção da produção conjunta publicada em periódicos B1 ou superior se manteve relativamente estável (53%, 55%, 71% e 54% ao longo dos anos do quadriênio). Ainda mais importante como indicador da qualidade do corpo discente do programa é número e qualidade dos artigos científicos publicados por alunos e egressos sem a co-autoria de seus orientadores. Os 200 alunos matriculados durante o quadriênio em conjunto com os egressos do programa (considerando apenas aqueles que se titularam há até 3 anos antes da publicação) produziram outros 228 artigos científicos entre 2013 a 2016, independentemente de seus orientadores, sendo 26 em periódicos A1 ou A2 (11%), e 105 em periódicos B1 ou superior (46%) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/producao_discentes.xls). (4) Infraestrutura e recursos O programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP conta com excelente infraestrutura nas 5 instituições que abrigam nossos docentes e alunos: o Departamento de Zoologia do IBUSP, Museu de Zoologia da USP, Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH-USP, Centro de Biologia Marinha da USP (CeBiMar) e Instituto Butantan, que inclui laboratórios específicos para cada docente, laboratórios multiusuários, coleções zoológicas de referência internacional e laboratórios e alojamentos que facilitam trabalho de campo tanto próximo ao mar quanto à

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floresta atlântica, além de excelentes bibliotecas, em particular duas das mais importantes na área de Zoologia no Brasil (ver detalhes em Infraestrutura). Característica marcante da excelente infraestrutura disponível a todos os docentes e alunos do programa é a presença de oito laboratórios multiusuários no Departamento de Zoologia do IBUSP ou no instituto, que vão desde àqueles específicos para análises moleculares e histológicas e salas de cultivo, à microscopia eletrônica e cluster de computadores para análise de dados. Essa infraestrutura é complementada pelas demais instituições que abrigam docentes e alunos do programa, que hospedam duas das maiores e mais importantes coleções científicas do Brasil e do mundo – aquelas do Museu de Zoologia da USP e do Instituto Butantan - e laboratórios e alojamentos próximo ao mar (CEBIMar) ou à floresta atlântica (Estação Biológica de Boracéia – MUZUSP), onde são realizados trabalhos de campo e disciplinas. Além disso, o Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP se destaca pela qualidade e competitividade dos projetos de pesquisa, e, consequentemente, pelo volume de verbas obtidas pelo seu quadro de docentes (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls), utilizadas para manter a infraestrutura e o andamento das pesquisas realizadas no âmbito do programa. Durante o quadriênio, 26 dos 28 docentes permanentes do programa (93%) obtiveram financiamento externo como coordenadores ou pesquisadores principais em um total de 122 projetos financiados por agências nacionais e internacionais, totalizando aproximadamente R$ 62 milhões e de US$ 17 milhões. A qualidade dos projetos de pesquisa leva também a um número elevado de bolsas Fapesp obtidas por nossos alunos - 51 dos 104 titulados no quadriênio contaram com bolsas da FAPESP por pelo menos parte do curso de pós-graduação. (5) Participação de alunos de graduação na pesquisa do programa e apoio à graduação Através de disciplinas ministradas na graduação, orientação de alunos de graduação em estágios, iniciações científicas e monitorias associadas a disciplinas de graduação, ministração de disciplinas conjuntas para graduação e pós-graduação, estágio de docência de pós-graduandos via PAE (Programa de Aperfeiçoamento do Ensino) e curso de extensão organizado anualmente por pós-graduandos do programa para alunos de graduação, ou recém formados, de todo país, nosso programa mantém estreita integração com a graduação, em especial, com o curso de Ciências Biológicas do IBUSP, um dos mais tradicionais e importantes cursos de graduação na área de Biologia do país (ver detalhes em Integração com a graduação). Nosso programa utiliza as excelentes oportunidades de bolsas, disciplinas específicas de estágio orientado em pesquisa, e simpósios de iniciação científica oferecidas pelo IBUSP e pela USP para associar os alunos de graduação às suas atividades de pesquisa (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/docentes_atuacao_graduacao.xls). Ao longo do último quadriênio (2013-2016), 24 de nossos docentes (85% dos 28 docentes permanentes) orientaram um total de 152 trabalhos de Iniciação Científica e/ou de Pesquisa em Biologia, sendo 33 em 2013, 30 em 2014, 47 em 2015 e 42 em 2016. Além do papel como orientadores de alunos de graduação, 23 (82%) docentes permanentes foram responsáveis por ministrar disciplinas de graduação para um total de 155 turmas no período entre 2013 e 2016, e 11 dos nossos orientadores permanentes (39%) foram responsáveis por supervisionar a atividade de 57 alunos de graduação que atuaram como monitores em diversas disciplinas oferecidas para a graduação. Somando-se as atividades de orientação de alunos de graduação e ministração de disciplinas na graduação, 25 (89%) dos docentes permanentes do programa estiveram envolvidos com a graduação no quadriênio, excluindo-se três docentes que atuam em instituições – o Museu de Zoologia da USP e o Instituto Butantan – que não possuem curso de graduação.

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Outras formas de contanto entre nosso programa de pós-graduação e a graduação se dão via

disciplinas credenciadas no programa que são ministradas em conjunto com turmas da

graduação, o estágio em docência realizado por nossos pós-graduandos - 28 alunos de pós-

graduação realizaram o estágio PAE em 31 turmas de 12 disciplinas de graduação no

quadriênio (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/estagio_docencia.xls), e através do Curso de

Verão em Zoologia (CVZoo, https://sites.google.com/site/cursodeveraoemzoologia/home), um

curso de extensão universitária destinado a alunos de graduação ou recém-graduados de todo

país, organizado anualmente desde 2013 por nossos pós-graduandos.

(6) Solidariedade, nucleação, visibilidade e inserção social Entre as características mais marcantes do Programa de Pós-graduação em Zoologia do IBUSP estão a extensa rede de colaborações de seus docentes e a importância de seus egressos ao longo dos quase 50 anos do programa em ajudar a criar e desenvolver outros programas de pós-graduação em todo o país. Estes dois aspectos estão associados à contribuição que nossos docentes trazem, através de diversas atividades, a outros programas de pós-graduação em Zoologia e áreas correlatas do país, e ao papel central de nucleação de nossos egressos por todo território nacional (ver detalhes em Solidariedade, nucleação e visibilidade). Entre os indicadores de solidariedade e colaboração com outros programas estão: (a) a participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores de outras instituições nacionais - mais de um terço de nossos docentes permanentes - 10 dos 28 (36%) – participou durante o quadriênio de projetos com coordenação de fora do programa em instituições nacionais, num total de 20 projetos, sediados nos estados de PR, SP, RJ, ES, e BA, além do distrito federal (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls). (b) uma frequência alta de visitas a outros programas para manter colaborações científicas - 18 dos docentes permanentes (64%) do programa realizaram um total de 54 visitas para colaboração científica (2013 - 15, 2014 - 17, 2015 - 9, 2016 - 13) a instituições nacionais de oito unidades federativas (AC, AL, BA, DF, PR, RJ, RS, SP), incluindo UFAC, UFPR, UNESP, UERJ, UFRJ, PUC-RS, UFRGS e UFBA (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). (c) a ministração de palestras/ cursos/ disciplinas em outras instituições - 6 dos docentes permanentes (21%) do programa ministraram 7 palestras, cursos ou disciplinas (2013 – 1, 2014 – 1, 2015 – 4, 2016 – 1) em 6 instituições de 4 estados (AL, GO, MG, SP), incluindo UFA, UFG, UFV, UNESP, e UFSCar (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). (d) a participação em bancas examinadoras tanto de alunos como de contratação de docentes em outros programas – no quadriênio, 22 (79%) dos docentes permanentes do programa participaram presencialmente de um total 96 bancas de mestrado ou doutorado, exames de qualificação ou concursos para contratações (2013 – 25, 2014 – 32, 2015 – 18, e 2015 – 21), fora dos campi da USP ou outras instituições da cidade de São Paulo, em 20 instituições de ensino superior localizados em 11 unidades da federação (BA, DF, MG, MS, PA, PB, PR, RJ, RS, SC, SP) (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/afastamentos.xls). Esta contribuição é certamente maior, uma vez que hoje a participação em bancas de defesa pode acontecer por vídeo conferência, e a avaliação das dissertações e teses são não presenciais em vários programas pelo país. (e) a participação de alunos externos ao programa nas disciplinas de pós-graduação que ministramos - durante o quadriênio, 19 das disciplinas ministradas pelo programa foram atendidas por 66 alunos externos à USP. Estes estudantes foram provenientes de diversas

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instituições, principalmente mais próximas regionalmente (UNESP, UNIFESP, UFABC, UFSCar, IO-USP, Instituto Butantan), mas também de outros estados, incluindo UFRJ, PUC-RS, UFPR, UFBA, UFCE e UFGO (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/alunos_externos.xls). Em termos do papel de nucleação de nossos egressos, os números falam por si só. Até o momento, dentre os 772 egressos (mestres e doutores) do programa, 241 (31%) foram contratados como professores em instituições públicas de ensino superior (federais ou estaduais) ou instituições de pesquisa com programas de pós-graduação, espalhadas por 24 das 27 unidades federativas (com exceção do Amapá, Amazonas e Rondônia). Outros 38 egressos de nosso programa (5%) foram contratados em universidades privadas em 10 estados (ES, GO, MS, PE, RJ, RS, RO, SC, SP, SE), incluindo instituições que possuem programas de pós-graduação na área como a PUC-RS. Adicionalmente, 71 de nossos egressos (9%) foram contratados em institutos nacionais de pesquisa e/ou fundações em 9 estados (AM, DF, MG, PA, PB, RJ, RS, SP), vários dos quais possuem programas de pós-graduação, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Desta maneira, nosso programa, ao longo de seus 50 anos de existência, formou 350 mestres e doutores que atuam como docentes e/ou pesquisadores em universidades públicas e privadas e institutos de pesquisa, muitos dos quais atuam diretamente no desenvolvimento da pós-graduação, em todos os estados do país com exceção do Amapá (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/egressos.xls). Hoje docentes e alunos realizam diversas atividades de divulgação, mantendo a visibilidade do programa. Em especial, nosso programa conta com um site recém reformulado, em três línguas, que permite aos interessados - candidatos, alunos, docentes e público geral - obter todas as informações relevantes, além de disponibilizar planilhas com dados e indicadores sobre o programa e sobre o uso dos recursos PROEX (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/). As teses e dissertações oriundas do programa ficam disponíveis em formato pdf na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP (http://www.teses.usp.br/). Nossos docentes mantêm páginas de seus laboratórios e das disciplinas que ministram, disponíveis no site do programa. Adicionalmente, diversos docentes do programa disponibilizam vídeos no Youtube com aulas que explicam conceitos ou métodos, mantêm sites de divulgação científica, ou mantêm sites contendo fotos e vídeos de espécies de diferentes grupos taxonômicos. Outra forma importante de divulgação que dá imensa visibilidade ao programa são as participações de docentes e alunos do programa em entrevistas e reportagens sobre seus projetos de pesquisa e resultados científicos em programas de rádio e TV e em reportagens de jornais e revistas (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/premio_midia_alunos_docentes.xls). Somente durante 2016, os docentes do programa concederam cerca de 35 entrevistas para rádios, jornais e

revistas nacionais, e 1 entrevista para uma revista digital americana. No mesmo período, alunos do programa concederam 4 entrevistas para veículos nacionais. Por fim, desde 2013, os pós-graduandos do programa têm organizado anualmente o Curso de Verão em Zoologia (https://sites.google.com/site/cursodeveraoemzoologia/home), que divulga a ciência na área de Zoologia, e nosso programa, para alunos de graduação ou recém-formados, e professores do ensino fundamental e médio, de todo país. Nosso programa também atua de maneira importante em atividades que geram impactos

sociais. Uma parcela considerável de nossos egressos - cerca de 18% (141 egressos) - atua

diretamente em atividades fora da academia, nas mais variadas áreas da sociedade e, portanto,

têm um enorme potencial de contribuir para a disseminação e aplicação de conhecimentos

sobre a diversidade biológica. Além disso, nossos docentes, através de pareceres, contribuem

substancialmente para a avaliação de conteúdo científico que é produzido e publicado na área

de Zoologia e áreas correlatas, e para a distribuição de recursos financeiros na ciência. No

quadriênio, 26 orientadores permanentes (93%) do programa, excluindo-se apenas os dois mais

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jovens e recém contratados, emitiram pareceres para agências de fomento, incluindo agências

de fomento internacionais (e.g. National Science Foundation dos EUA e a Israel Science

Foundation). Ao longo do mesmo período, 20 docentes do núcleo permanente (71%) emitiram

pareceres como revisores para 54 periódicos Qualis B1 ou superior, 12 deles classificados como

Qualis A1, 19 como Qualis A2 e 23 como Qualis B1

(http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/pareceres_periodicos.xls). Entre estes estão periódicos

como a Systematic Biology e Current Biology (ambos A1), Journal of Biogeography e Journal of

Experimental Zoology (ambos A2) e Protist e Behavioural Processes (ambos B1). Docentes e,

principalmente, alunos do programa, via cursos de extensão, ajudam a disseminar o

conhecimento científico para fora da universidade. Por exemplo, 19 discentes do programa

ministraram um total de 22 cursos de extensão em 2016, o que é expressivo. Finalmente, vários

de nossos projetos têm potencial direto de aplicação. Doze dos projetos com financiamentos

vigentes durante o quadriênio, que contam com a participação de cinco docentes do nosso

núcleo permanente, possuem potencial de aplicação nas áreas ambiental, médica e/ou

farmacêutica (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls).

Em quais pontos o programa pode melhorar De maneira geral, precisamos aprimorar a forma de coleta e sistematização dos vários tipos de dados sobre o programa, seus docentes, alunos e egressos. A obtenção e organização desses dados é fundamental para avaliarmos internamente o programa, e planejarmos mudanças e melhorias, assim como para a avaliação Capes. Em particular, é importante que, no próximo quadriênio, a organização e inserção dos dados na Plataforma Sucupira seja feita continuamente ao longo dos anos, cobrindo todas as categorias de dados, incluindo a produção dos egressos. A coordenação atual, que assumiu em junho de 2016, fez o possível para corrigir e completar os dados dos anos anteriores, que se encontravam bastante incompletos na Plataforma Sucupira (ver Histórico e contextualização do programa – GESTÃO). Embora tenhamos conseguido obter e organizar esses dados referentes aos relatórios de 2013, 2014 e 2015, não foi possível inserir na Plataforma Sucupira por completo toda a produção científica (artigos científicos) dos egressos e a produção intelectual técnica de docentes e alunos para estes anos. Assim, incluímos links para as planilhas contendo esses e outros dados ao longo deste relatório e no site do programa (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/). Esse processo de obtenção e organização dos dados referentes aos anos anteriores exigiu o engajamento de todos os membros da atual Comissão Coordenadora do Programa - CCP. Desta maneira, a comissão como um todo identificou os pontos falhos da coleta e sistematização de dados, o que facilitará o processo de melhoria destas etapas já para esse primeiro ano do novo quadriênio (ver Planejamento futuro). Associada ao aprimoramento da forma de coleta e sistematização dos vários tipos de dados sobre o programa, está a necessidade de aumentar a comunicação e interação entre docentes e alunos e a Comissão Coordenadora do Programa – CCP, assim como entre os membros da comissão, de maneira a evitar a excessiva centralização de decisões na figura do coordenador (incluindo a preparação do relatório Capes), como ocorreu na gestão passada. Maior comunicação e interação já vêm ocorrendo, com toda a equipe atual participando ativamente de todas as decisões e na preparação do relatório Capes deste ano, através disponibilização dos dados sobre o programa no site (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/) e através de consultas a orientadores e alunos (ver Planejamento futuro). Outra questão importante para o programa é aumentar a frequência com que as disciplinas são oferecidas. Embora o programa ofereça um conjunto excelente e amplo de disciplinas que cobrem seus objetivos e linhas de pesquisa (ver Objetivos e Estrutura curricular), algumas delas

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poderiam ser oferecidas com maior frequência. No entanto, a porcentagem de docentes (colaboradores e permanentes) que ministraram disciplinas de pós-graduação no programa já aumentou de 76,6% no triênio anterior para 80% neste quadriênio. Além disso, considerando apenas os docentes permanentes, esta proporção neste quadriênio foi bem mais alta (de 89%). Isto indica que, em boa parte, as disciplinas ministradas com menor frequência são aquelas ministradas por colaboradores. Esse diagnóstico nos permitirá planejar ações para garantir frequência adequada de oferecimento das disciplinas no próximo quadriênio (ver Planejamento futuro). Outro aspecto que foi bastante melhorado em relação ao triênio anterior está relacionado aos tempos médios de titulação. Para o mestrado, os valores médios foram muito reduzidos, de 33,5 meses no triênio anterior para 29,2 meses neste quadriênio. Para o doutorado, a redução foi mais moderada, de 53,7 meses no triênio anterior para 52,3 neste quadriênio, já que os valores do triênio anterior já não eram muito elevados. Uma maior redução desses tempos, em especial para o doutorado, pode não ser positiva, dado que muitos de nossos alunos de doutorado têm bolsas FAPESP e usufruem de bolsa estágio de pesquisa no exterior (BEPE), que propiciam experiência internacional muito relevante, e permitem que se estenda a até 60 meses o período de bolsa dos alunos. De qualquer maneira, é importante que o programa atente em, no mínimo, manter os tempos de titulação no próximo quadriênio (ver Planejamento futuro). Durante o quadriênio, três dos nossos docentes permanentes podem ser considerados “docentes-exceção”, tendo sido os únicos que, em algum momento, tiveram mais de 8 alunos simultâneos, considerando todos os programas de pós-graduação da USP em que orientam. Todas essas circunstâncias foram pontuais, e não perduraram por mais do que um ano: (1) Antônio Domingos Brescovit acumulou mais que 8 alunos simultâneos apenas em 2016 (10 alunos), (2) Luís Fabio da Silveira, apenas em 2013 (10 alunos), e (3) Taran Grant, apenas em 2016 (9 alunos). Entretanto, o tempo de titulação dos alunos destes três orientadores estão, em todos os casos, muitos próximos ou abaixo dos valores médios do programa no quadriênio (29,2 meses para mestrado, e 52,3 meses para o doutorado): (1) Antônio Domingos Brescovit, média entre 4 mestres titulados no quadriênio 27,4, e média entre 3 doutores titulados no quadriênio 53,1; (2) Luís Fábio da Silveira, média entre 7 mestres titulados no quadriênio 29,8, e média entre 4 doutores titulados 49,9; (3) Taran Grant, 29,6 e 53,9, tempos de titulação de seus únicos titulados, mestre e doutor, respectivamente. Além disso, todos os 3 pesquisadores são bolsistas de produtividade CNPq, têm vários projetos de pesquisa financiados (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls), e têm produção científica de excelência: (1) Antônio Domingos Brescovit, PQ 1A, 3 projetos com financiamento vigente no quadriênio, incluindo um de agência internacional e um temático Fapesp em que é coordenador, e 69 artigos científicos publicados no quadriênio (10% A1 ou A2, 45% B1 ou superior, 35% com alunos ou egressos - considerando aqueles que se titularam há até 3 anos antes da publicação, e 26% com co-autores de instituições estrangeiras); (2) Luís Fábio da Silveira, PQ 1B, 4 projetos com financiamento vigente no quadriênio, todos como coordenador, e 52 artigos científicos publicados no quadriênio (27% A1 ou A2, 46% B1 ou superior, 58% com alunos ou egressos, e 2% com co-autores de instituições estrangeiras); (3) Taran Grant, PQ 2, 4 projetos com financiamento vigente no quadriênio, todos como coordenador, incluindo um de agência internacional, e 17 artigos científicos publicados no quadriênio (35% A1 ou A2, 88% B1 ou superior, 12% com alunos ou egressos, e 76% com co-autores de instituições estrangeiras). Desta maneira, o número elevado de alunos sob orientação destes docentes foi pontual no tempo, não afetou o tempo de titulação de seus alunos, e reflete o alto desempenho e produtividade científica destes pesquisadores, cujos laboratórios estão envolvidos em vários projetos financiados e atraem muitos candidatos à pós-graduação. Vale mencionar ainda que o número de titulados mestre-equivalente por docente do núcleo permanente nesse quadriênio foi de 4,86, e, como mencionamos acima, o tempo de titulação foi bastante reduzido em relação

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ao triênio anterior, o que indica que o programa como um todo apresenta alta eficiência de formação de mestres e doutores, devido também a orientadores experientes, que coordenam vários projetos de maneira efetiva e tem uma procura alta de candidatos à pós-graduação.

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Planejamento futuro Considerando os pontos fortes do programa e os aspectos em que o programa pode melhorar (ver Autoavaliação), consideramos que, no próximo quadriênio, seis metas são importantes de serem alcançadas: (1) Transparência e consultas amplas ao corpo docente e discente do programa Nosso programa agrupa docentes e alunos sediados em diferentes instituições próximas, na maioria vinculadas à USP. Embora essa seja uma vantagem em termos tanto da expertise dos docentes e abrangência dos projetos e linhas de pesquisa (ver Objetivos) quanto da infraestrutura complementar que estas instituições oferecem ao programa (ver Infraestrutura), também implica na necessidade de um esforço constante de comunicação. Assim, consideramos importante aumentar o diálogo entre os membros do programa, tanto docentes como alunos, e entre eles e a Comissão Coordenadora do Programa – CCP, assim como a transparência com relação aos planejamentos, estratégias e decisões da comissão. Esta maior comunicação e transparência têm como objetivos (a) fazer conhecer os indicadores de qualidade do programa, (b) nossos pontos fortes e aspectos que precisam de atenção, (c) conhecer a opinião de docentes e alunos sobre o funcionamento do programa, identificando aspectos considerados positivos e negativos, de maneira a ajudar a traçar estratégias, (d) fazer conhecer as decisões tomadas pela comissão e seus motivos subjacentes, e (e) disponibilizar o planejamento do uso de recursos e os gastos realizados com a verba PROEX. Todas essas atividades, assim como aquelas descritas no próximo item (ver abaixo - Engajamento dos alunos no planejamento do uso dos recursos e das atividades acadêmicas), devem levar à redução da centralização das decisões ocorrida na gestão passada (ver Autoavaliação). Uma série de atividades já foram implementadas nesse sentido. Uma delas se refere à reformulação do site do programa (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/) - que agora inclui abas que contêm planilhas de dados sobre indicadores do programa (Aba Histórico) e informações sobre o planejamento do uso de recursos além de planilha com os gastos realizados (Aba PROEX). Além disso, a CCP tem enviado informes sobre suas decisões, e consultas via email para obter a opinião dos participantes do programa, a alunos e docentes. Além das iniciativas já tomadas e mencionadas acima, pretendemos estabelecer um cronograma de reuniões plenárias periódicas – pelo menos uma por semestre – de maneira a manter a comunicação e a interação dos membros do programa, a divulgação de informações e decisões, e identificação de aspectos positivos e negativos. Acreditamos que essa atividade será profícua para o programa tanto para dar embasamento para as decisões e estratégias da CCP quanto para aumentar o engajamento de alunos e docentes com o funcionamento do programa. (2) Engajamento dos alunos no planejamento do uso dos recursos e das atividades acadêmicas A formação dos alunos é objetivo central de qualquer programa de pós-graduação, e pode ser mais eficiente através da participação efetiva dos alunos no planejamento do uso de recursos e das atividades acadêmicas do programa. Este engajamento gera reflexão, espaço para discussão e resolução de divergências, experiência de trabalho em grupo com vistas ao coletivo, e aprendizado sobre a organização e execução de diferentes tipos de atividades. Algumas estratégias já estão em ação para aumentar a participação e engajamento dos alunos no funcionamento do programa. Foi criada uma comissão composta por cinco alunos, sendo dois os representantes discentes (titular e suplente) da CCP, para, a partir das regras

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estabelecidas pela CCP e com o apoio/ orientação dos membros docentes desta comissão, discutir critérios de prioridade, divulgar, receber, avaliar e deferir solicitações, e divulgar os resultados, de editais para uso de recursos do PROEX pelos alunos. Até o momento, foram lançados dois editais que podem ser acessados no site do programa, Aba PROEX (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/). Para além do planejamento do uso dos recursos, no futuro esperamos envolver os alunos em uma série de atividades acadêmicas, que visam aumentar as possiblidades de colaborações e discussões científicas entre os membros do programa e entre eles e pesquisadores externos. Nesse sentido, esperamos estimular os alunos, através da representação discente na comissão, a organizar um seminário interno, provavelmente semestral, para apresentação de projetos e resultados de pesquisa de alunos e docentes do programa, e cursos de curta duração ou conjunto de palestras com pesquisadores de fora do programa, brasileiros e estrangeiros, sobre temas de interesse para as pesquisas e projetos dos alunos. Esperamos assim aumentar as oportunidades para a criação de ambiente intelectualmente estimulante que propicie independência e senso crítico, e incrementar a vinda de pesquisadores externos para palestras, cursos e disciplinas. (3) Sistematização do monitoramento de indicadores para acompanhamento constante da evolução do programa Como exposto no item “Em quais pontos o programa pode melhorar” (ver Autoavaliação), precisamos aprimorar a forma de coleta e sistematização dos vários tipos de dados sobre o programa, seus docentes, alunos e egressos. Em particular, é importante que, no próximo quadriênio, a organização e inserção dos dados na Plataforma Sucupira seja feita continuamente ao longo dos meses de cada ano e ao longo dos diferentes anos, de maneira a evitar o que ocorreu ao final deste quadriênio quando a nova equipe da CCP teve que fazer um esforço muito grande para completar os dados e informações referentes aos anos anteriores (2015, 2014 e 2013). A obtenção e organização de dados sobre o programa é fundamental não só para a avaliação Capes, mas também para avaliarmos internamente a evolução do programa, e planejarmos mudanças e melhorias. A atual Comissão Coordenadora do Programa - CCP já identificou os pontos falhos da coleta e sistematização de dados, e já realizou uma reformulação dos formulários anuais de atividades para egressos, alunos e docentes. Conseguiu também sistematizar boa parte da informação sobre o programa referente a este quadriênio, tendo disponibilizado todos os dados em planilhas no site do programa, aba Histórico (http://ib.usp.br/zoologia/poszoologia/). Com isso, tanto a coleta de dados como a sistematização e inserção das informações na Plataforma Sucupira serão feitas de maneira muito mais eficiente, completa e gradual já nesse primeiro ano do novo quadriênio. (4) Criar ou fortalecer mecanismos de controle de número de alunos por docente, acompanhamento do apoio dado aos alunos e manutenção do tempo de titulação Estes três aspectos – controle do número de alunos em orientação simultânea por docente, acompanhamento do apoio dado aos alunos e manutenção do tempo de titulação (que foi reduzido neste quadriênio, ver Autoavaliação) – são inter-relacionados e importantes para a qualidade e eficiência com que o programa forma seus mestres e doutores. Precisamos no futuro próximo (1) divulgar melhor entre alunos e docentes o critério estabelecido pela Capes de no máximo 8 orientandos simultâneos por docente (uma vez que o limite na USP é maior, de 10 alunos simultâneos), e eventualmente criar mecanismos que

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impeçam ou evitem que isso aconteça; (2) manter os prazos para finalização das dissertações e teses (atualmente de 26 e 48 meses, respectivamente), e monitorar os tempos de titulação, de maneira a evitar que aumentem; e (3) criar mecanismos para avaliar o apoio, em termos tanto da infraestrutura e recursos financeiros como de frequência de reuniões para discussão e orientação, que os alunos recebem de seus orientadores. Com relação ao último aspecto, pela primeira vez, ao final de 2016 solicitamos a todos os alunos do programa através de formulário, o envio de informações sobre a adequação do número e duração das reuniões com o orientador e dos recursos financeiros e de infraestrutura oferecidos pelo laboratório do orientador, assim como sobre o estágio de desenvolvimento dos projetos de mestrado ou doutorado. Simultaneamente, solicitamos a todos os orientadores do programa, também através de formulário informações sobre o desempenho acadêmico e estágio de desenvolvimento do projeto de seus alunos. No médio prazo, essas informações permitirão uma avaliação geral das condições oferecidas por nossos orientadores para um bom desempenho acadêmico de seus orientados e uma avaliação geral do desempenho acadêmico e estado de desenvolvimento dos projetos de nossos alunos, além da identificação precoce de problemas entre orientador e aluno. (5) Aumentar a frequência de oferecimento das disciplinas Como foi colocado no item “Em quais pontos o programa pode melhorar” (ver Autoavaliação), embora a porcentagem de docentes (colaboradores e permanentes) que ministraram disciplinas de pós-graduação no programa tenha aumentado de 76,6% no triênio anterior para 80% neste quadriênio, e o programa ofereça um conjunto excelente e amplo de disciplinas que cobrem seus objetivos e linhas de pesquisa (ver Objetivos e Estrutura curricular), algumas de nossas disciplinas poderiam ser oferecidas com maior frequência. No entanto, considerando apenas os docentes permanentes, a proporção de docentes que ministraram disciplinas neste quadriênio foi alta (89%), indicando que, em boa parte, as disciplinas oferecidas com menor frequência são as ministradas pelos colaboradores, que na maioria dos casos estão credenciados no programa como orientadores pontuais (vinculados apenas a um aluno em específico), o que explica a infrequência de oferecimentos. Do ponto de vista da formação dos alunos, consideramos importante garantir que sejam oferecidas com frequência o núcleo de disciplinas conceituais/ teóricas e instrumentais/ metodológicas que fazem parte da estrutura curricular do programa (ver Estrutura curricular). Parte destas disciplinas já estão de fato entre as mais frequentemente oferecidas no programa (pelo menos 3 vezes no quadriênio), mas consideramos importante que se reforcem mecanismos (por exemplo, relacionados ao recredenciamento), que garantam a frequência de oferecimento dessas disciplinas, essenciais para a formação dos alunos. (6) Maior internacionalização do programa O programa já apresenta ótimos indicadores de internacionalização. Como mostrado no item Intercâmbios internacionais, o fluxo de docentes/ pesquisadores entre nosso programa e instituições estrangeiras é intenso, tanto através da participação de nossos docentes em bancas, cursos, disciplinas ou palestras, e visitas de colaboração científica, em instituições estrangeiras, quanto através da participação de docentes estrangeiros nas bancas ou como co-orientadores de nossos alunos, em nossas disciplinas, como palestrantes no programa, ou como visitantes dos laboratórios de nossos docentes para colaborações científicas. Além disso, a participação de nossos docentes em projetos de pesquisa coordenados por pesquisadores estrangeiros, e em redes de pesquisa internacionais é alta. De maneira similar, o fluxo de alunos entre nosso

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programa e instituições estrangeiras é também alto, seja via a participação de nossos alunos em cursos ou disciplinas, e estágios ou visitas, a instituições estrangeiras, ou através da participação de alunos estrangeiros em nossas disciplinas e matriculados no programa. Conjuntamente com esses dados de intercâmbio internacional, os valores obtidos para os critérios de internacionalização – relacionados à qualidade da produção científica de docentes, alunos e egressos e à distribuição da produção científica entre docentes permanentes, à participação de alunos de doutorado e docentes permanentes em atividades acadêmicas no exterior, à participação de alunos ou pesquisadores estrangeiros no programa, e ao prestígio internacional dos docentes permanentes (ver Internacionalização) - sugerem alto grau de internacionalização de nosso programa. Para manter e aprimorar nosso nível de internacionalização, a atual Comissão Coordenadora do Programa – CCP definiu como prioridades para o uso da verba do programa trazer pesquisadores de instituições estrangeiras para palestras, cursos e disciplinas, e financiar a ida de alunos para eventos científicos, cursos, e estágios no exterior. Já lançamos, no espaço de pouco mais de 6 meses, 2 editais para solicitação de recursos por nossos alunos, em que 9 deles foram contemplados com verba para participação em eventos científicos no exterior em 2017. Além disso, o aumento do número de matriculados estrangeiros no programa deve ser estimulado pela reformulação do site do programa, que agora tem todas as informações em 3 línguas, e a alteração do regimento de pós-graduação da USP, que exclui a necessidade de prova de proficiência em português para alunos estrangeiros. Por fim, pretendemos estimular que docentes e alunos aproveitem a vasta rede de colaborações internacionais que já possuem para incluir pesquisadores estrangeiros como co-orientadores formais, aumentando a oportunidade de discussões, troca de ideias e apoio mais centradas diretamente nos projetos dos alunos.

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Outras informações Como mencionamos na parte “Histórico e contextualização do programa”, nosso programa passou por um período de grande renovação do quadro de docentes entre o triênio anterior e o atual quadriênio, que se deveu à aposentadoria de três docentes, dois do Departamento de Zoologia do IBUSP (Eleonora Trajano e Carlos Eduardo Falavigna da Rocha) e um do Museu de Zoologia da USP (Cleide Costa), à contratação de quatro novos docentes no Departamento de Zoologia do IBUSP (Daniel J. G. Lahr e Federico D. B. Almeida em 2013, José Eduardo A. R. Marian em 2014, e Eduardo S. A. Santos em 2015), e ao credenciamento no programa de docentes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH-USP (Rodrigo H. Willemart, e Fernando J. C. Baz), ambos que já mantinham colaboração intensa com docentes e alunos do nosso programa. Os três docentes que se aposentaram deixaram o corpo permanente do programa durante o atual quadriênio, uma vez que não solicitaram recredenciamento (Eleonora Trajano e Cleide Costa), ou solicitaram credenciamento como orientador pontual para finalização da orientação de alunos específicos, passando para o quadro de colaboradores (Carlos Eduardo Falavigna da Rocha). Os quatro docentes contratados no Departamento de Zoologia ingressaram no quadro permanente do programa a partir do momento em que tiveram alunos aprovados em exame de ingresso (Daniel J. G. Lahr já no início do quadriênio em 2013, José Eduardo A. R. Marian em 2014, Federico D. B. Almeida em 2015, e Eduardo S. A. Santos em 2016). Entre os dois docentes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades – EACH-USP, Rodrigo H. Willemart pediu credenciamento e foi incorporado ao quadro de docentes permanentes já no início do quadriênio em 2013, e Fernando J. C. Baz em 2015. Dessa maneira, a saída de docentes do núcleo permanente durante o quadriênio foi de três docentes (todos por aposentadoria) e a entrada de docentes no núcleo permanente durante o quadriênio foi de quatro (três por novas contratações durante o período). Dadas a renovação do núcleo permanente descrita acima, novos projetos de pesquisa foram acrescentados ao programa, dando impulso às duas linhas de pesquisa e à estrutura curricular do programa (ver Objetivos e Estrutura curricular). Assim, no início desse quadriênio, nós reformulamos os nomes e descrições destas duas linhas de pesquisa, de maneira a adequá-las à renovação do núcleo permanente. A linha de pesquisa Evolução, sistemática e biogeografia, engloba áreas interligadas – história natural, anatomia comparada e funcional, taxonomia e sistemática, biologia do desenvolvimento e evolução, e filogeografia e biogeografia – relacionadas com a descrição, classificação, relações de parentesco, origem, evolução e distribuição geográfica de espécies e clados de animais. Estas áreas, que sempre foram foco do programa, ganharam impulso pela incorporação de quatro dos seis docentes que ingressaram no quadro permanente nesse quadriênio em relação ao triênio anterior (Daniel J. G. Lahr, José Eduardo A. R. Marian, Federico D. B. Almeida, e Fernando J. C. Baz), os quais contribuem especialmente para as áreas de evolução e biologia evolutiva do desenvolvimento. Já a linha Comportamento animal e conservação agrupa diferentes vertentes dentro da área de comportamento animal, como a etologia, comportamento sensorial e ecologia comportamental, e pesquisas mais diretamente relacionadas com a biologia da conservação, e ganhou impulso pela incorporação de dois docentes que ingressaram no quadro permanente nesse quadriênio em relação ao triênio anterior (Eduardo S. A. Santos, e Rodrigo H. Willemart), ambos atuando na área de comportamento animal. As duas linhas de pesquisa são bastante inter-relacionadas e complementares, particularmente pela estreita relação entre comportamento e evolução, e biologia da conservação e os padrões de distribuição da diversidade biológica.

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Durante o quadriênio, três dos nossos docentes permanentes podem ser considerados “docentes-exceção”, tendo sido os únicos que, em algum momento, tiveram mais de 8 alunos simultâneos, considerando todos os programas de pós-graduação da USP em que orientam. Todas essas circunstâncias foram pontuais, e não perduraram por mais do que um ano: (1) Antônio Domingos Brescovit acumulou mais que 8 alunos simultâneos apenas em 2016 (10 alunos), (2) Luís Fabio da Silveira, apenas em 2013 (10 alunos), e (3) Taran Grant, apenas em 2016 (9 alunos). Entretanto, o tempo de titulação dos alunos destes três orientadores estão, em todos os casos, muitos próximos ou abaixo dos valores médios do programa no quadriênio (29,2 meses para mestrado, e 52,3 meses para o doutorado): (1) Antônio Domingos Brescovit, média entre 4 mestres titulados no quadriênio 27,4, e média entre 3 doutores titulados no quadriênio 53,1; (2) Luís Fábio da Silveira, média entre 7 mestres titulados no quadriênio 29,8, e média entre 4 doutores titulados 49,9; (3) Taran Grant, 29,6 e 53,9, tempos de titulação de seus únicos titulados, mestre e doutor, respectivamente. Além disso, todos os 3 pesquisadores são bolsistas de produtividade CNPq, têm vários projetos de pesquisa financiados (http://www.ib.usp.br/zoologia/arqs/financiamentos.xls), e têm produção científica de excelência: (1) Antônio Domingos Brescovit, PQ 1A, 3 projetos com financiamento vigente no quadriênio, incluindo um de agência internacional e um temático Fapesp em que é coordenador, e 69 artigos científicos publicados no quadriênio (10% A1 ou A2, 45% B1 ou superior, 35% com alunos ou egressos - considerando aqueles que se titularam há até 3 anos antes da publicação, e 26% com co-autores de instituições estrangeiras); (2) Luís Fábio da Silveira, PQ 1B, 4 projetos com financiamento vigente no quadriênio, todos como coordenador, e 52 artigos científicos publicados no quadriênio (27% A1 ou A2, 46% B1 ou superior, 58% com alunos ou egressos, e 2% com co-autores de instituições estrangeiras); (3) Taran Grant, PQ 2, 4 projetos com financiamento vigente no quadriênio, todos como coordenador, incluindo um de agência internacional, e 17 artigos científicos publicados no quadriênio (35% A1 ou A2, 88% B1 ou superior, 12% com alunos ou egressos, e 76% com co-autores de instituições estrangeiras). Desta maneira, o número elevado de alunos sob orientação destes docentes foi pontual no tempo, não afetou o tempo de titulação de seus alunos, e reflete o alto desempenho e produtividade científica destes pesquisadores, cujos laboratórios estão envolvidos em vários projetos financiados e atraem muitos candidatos à pós-graduação. Vale mencionar ainda que o número de titulados mestre-equivalente por docente do núcleo permanente nesse quadriênio foi de 4,86, e, como mencionamos acima, o tempo de titulação foi bastante reduzido em relação ao triênio anterior, o que indica que o programa como um todo apresenta alta eficiência de formação de mestres e doutores, devido também a orientadores experientes, que coordenam vários projetos de maneira efetiva e têm uma procura alta de candidatos à pós-graduação.