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julho/agosto 2005 4
Critérios claros fortalecemo conceito da internação domiciliar
reportagem
*Da redação
ortalecer cada vez mais o con-
ceito de cuidados domiciliares
é o principal desafio”, que o
médico Roberto Albuquerque assu-
miu como presidente da Associação
Brasileira das Empresas de Medicina de
Internação Domiciliar (ABEMID), cargo
que ocupa desde o início do ano. Ele
acrescenta: “É um conceito ainda,
relativamente, recente no Brasil. Pas-
sou, nesses últimos anos, por alguns
questionamentos e, hoje, vem cada
vez mais ganhando a sua importância
dentro do sistema de saúde, seja ele o
setor privado, seja público”.
Hoje, existem no Brasil, cerca
de 75 empresas especializadas em
assistência domiciliar e que atendem
uma média de 4.500 pacientes por
dia, comprovando que o mercado de
assistência domiciliar está em plena
ascensão.
”Do ponto de vista de mercado,
a internação domiciliar teve, há
cerca de 10 anos, uma expansão
bastante significativa. Esse período
se caracterizou por uma profunda
discussão sobre o modelo de atenção
domiciliar que deveria ser implanta-
do no Sistema de Saúde brasileiro,
particularmente o Sistema de Saúde
Suplementar. Conceitos foram revis-
tos e procurou-se definir critérios de
elegibilidade que caracterizassem me-
lhor o perfil dos pacientes. Para o dr.
Roberto Albuquerque, que também é
diretor da Med-Lar, “o que falta para
que o home care ocupe seu papel
dentro do sistema de saúde é justa-
mente uma maior clareza de critérios
que definam os pacientes elegíveis
para esse modelo de atenção”.
ABEMID defende a regulamen-
tação técnica, diz o presidente Ro-
berto Albuquerque. “A ABEMID tem
permanentemente pautado para
que hajam critérios claros, tanto do
ponto de vista da elegibilidade do
paciente, quanto no ponto de vista
das exigências, – do ponto de vista
da operação propriamente dita, – no
tocante, a qualidade e segurança dos
serviços a serem oferecidos pelas
empresas prestadoras de serviço. O
que a gente quer é que as empresas
tenham condições de segurança mí-
nimas para que possam atuar neste
setor”. Ele defende também que
é preciso que a família entenda os
objetivos do tratamento domiciliar
e que no momento em que esses
objetivos forem alcançados a res-
ponsabilidade passa a ser dela. ”Na
medida em que os critérios ficarem
claros, e forem aceitos, acho que
esse conceito vai crescer muito no
Brasil”, completa o médico.
A diferença do tratamento do-miciliar é significativa
Do ponto de vista estrutural de
organização, a internação domici-
liar é substancialmente diferente
da hospitalar. “Hoje, o modelo de
assistência domiciliar, que existe no
Brasil, envolve uma complexidade
muito maior que simplesmente uma
“F
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visita de um médico de família, que vai lá apenas com o seu conheci-mento, com as suas ferramentas do dia-a-dia. Na assistência domiciliar (home care), nós transferimos para a casa do paciente toda uma estrutura composta de recursos humanos, mobiliário, materiais, medicamen-tos, equipamentos, e que envolve um esforço de logística muito mais complicado”, esclarece o médico.
Também podemos citar o fato da
mudança do ambiente de cuidado
que acarreta o fato de que a equipe
de saúde passa a ser “hóspede“ do
paciente e portanto somos nós que
temos que nos adaptar à realidade
daquela família e de toda a dinâmica
desse específico ambiente familiar
que evidentemente é único paciente
a paciente. Praticamente a maioria
das doenças podem ser tratadas
em casa, não importando a idade
do paciente. O importante é que o
paciente esteja estável do ponto de
vista clínico. Outro fator importante
é a diminuição significativa do ris-
co em adquirir infecção hospitalar
resulta em redução da morbidade
e da mortalidade. O contato mais
próximo com a família só traz be-
nefícios ao paciente, que recupera
sua privacidade num ambiente
aconchegante.
Evidentemente que para isto tem
que haver uma indicação técnica. O
paciente tem que realmente necessi-
tar desse tipo de atenção. A ABEMID
quer estabelecer critérios técnicos
que definam melhor a elegibilidade
do paciente para esse modelo de
atenção. “Eu colocaria em termos de pré-requisito para a internação domiciliar, também a questão da casa do paciente. Nós, da ABEMID temos um modelo de avaliação do ambiente familiar, aí envolvendo não
só a questão física, mas a questão
da dinâmica familiar. Um modelo
que preconiza que esses critérios
têm que ser atendidos. Um exemplo
bastante simples disso é a questão
da comunicação já que a maioria dos
contatos é feitos por telefone. Uma
casa sem telefone, por exemplo, tor-
na o procedimento inviável” ressalta
o dr. Albuquerque.
Apesar das vantagens que ofe-
rece, a implantação da assistência
domiciliar e a gestão dos serviços
exigem muita atenção. Envolve
desde um conjunto de atividades de
caráter ambulatorial, programadas e
continuadas, com a participação de
uma equipe multiprofissional, com a
função de prestar assistência clínico-
terapêutica e psicossocial a pacientes
em seus domicílios, até utilização de
tecnologia especializada de recursos
humanos, equipamentos, materiais,
medicamentos, atendimento de
urgência/emergência e transporte
para atender aqueles pacientes com
quadro clínico mais complexos.
Internação domiciliarbeneficia a todos
A Internação Domiciliar é, hoje,
uma tendência do setor privado de
saúde. No Brasil as empresas de
home care (atendimento domiciliar)
estão vinculadas aos convênios –
operadoras de serviços, cliente e
planos de saúde – com a proposta de
internar o doente em casa ao invés
de interná-lo no hospital. A interna-
ção domiciliar traz benefícios para
as duas extremidades que se servem
dessa modalidade de sistema de saú-
de: os que oferecem e executam os
serviços médicos e os que contratam
e se beneficiam dele. Numa ponta,
libera o Governo do compromisso
direto e imediato com o contribuin-
te, deixa disponíveis mais leitos nos
hospitais para os pacientes graves e
cirúrgicos e possibilita a otimização
dos recursos hospitalares, além
de auxiliar na redução dos riscos
de infecção hospitalar; ao lado
oposto, traz tranqüilidade para a
equipe médica multidisciplinar que
se encarrega do tratamento, pois
a proximidade e o conhecimento
da realidade do paciente permitem
uma melhor análise dos fatores
que influenciam seu estado e re-
cuperação; e principalmente mais
segurança para o doente, que, além
da personalização do atendimento,
resgata o direito de ficar em casa,
no conforto e carinho de seus fami-
liares, convivendo com seus amigos
e suas coisas, enquanto aguarda a
recuperação; e para a família, que
resgata o direito de acompanhar de
perto cada procedimento e conduta
dos profissionais, além de poder
participar do tratamento do familiar,
aprendendo cuidados básicos, o que,
ao final, se reflete, diretamente, na
redução no tempo de internação.
Este fato é expressivo principalmente
na população pediátrica e geriátrica
que têm, na internação domiciliar na
manutenção do elo com a família em
sua própria casa.
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Otratamento fisioterápico em úl- ceras epidérmicas já conquis tou, com seus excelentes resul-
tados, os Estados Unidos da América, Canadá e diversos países da Europa, já existindo o Fisioterapeuta Especialista no tratamento de cicatrização de feridas.
Com o objetivo de despertar o inte-resse dos fisioterapeutas e acadêmicos de fisioterapia brasileiros para esta nova especialidade, resolvemos escre-ver este artigo, baseado em dois anos de estudo e prática sobre o assunto.
Para um tratamento eficaz, é de extrema importância a realização de uma avaliação minuciosa, desven-dando a real causa e os principais aspectos da úlcera, antes de se iniciar o tratamento.
A avaliação é dividida em sistêmica e local. A avaliação sistêmica consiste no estudo do paciente como um todo, incluindo aspectos nutricional, psico-social, funcional e condições clínicas.
Vamos nos ater mais na avaliação local da úlcera, com o objetivo de que, após a leitura deste texto, todos entenderão melhor um pouco deste trabalho. Baseado em estudos da American Academy Wound Manage-ment, da qual fui membro, elaborei uma ficha específica para avaliação de úlceras epidérmicas, para monito-rização semanal da evolução e, conse-qüentemente, um melhor tratamento.
Os fatores fundamentais que com-põem a avaliação são: Classificação das úlceras. Estas
podem ser classificadas princi-palmente como crônica, aguda e pós-operatória.
Etiologia das úlceras. Estas podem se apresentar basicamente como: de pressão, arterial, venosa e diabética.
Estágios das úlceras. Segundo o American National Pressure Ulcer Advisory Pannel, 1989, as úlceras são graduadas em:Estágio I – Eritema não esbranquiça-
Introdução da avaliação fisioterápica no tratamento de úlceras
do, na pele ainda intacta. Iniciando ulceração.Estágio II – Lesão parcial da pele, envolvendo a epiderme e/ou derme. A úlcera é superficial e pode ter a forma de bolha, abrasão ou cratera.Estágio III – Ferida com lesão total da pele, envolvendo a epiderme, derme e a camada subcutânea.Estágio IV – Grande destruição, envolvendo outros tecidos como músculos, tendões e/ou ossos.
Localização das úlceras. Esta deve ser descrita, considerando sempre o paciente em posição anatômica.
Tamanho das úlceras. Existem vá-rias maneiras de se medir o tamanho de uma úlcera. A usada por nós é com o auxílio de uma régua.
Profundidade das úlceras. Pode ser um fator determinante do está-gio da mesma. É aferida com uso de cotonetes e régua.
Undermining. Segundo definição de Carrie Sussman, 1998, é definido um espaço coberto pela pele, sob as bordas da úlcera.
Sinus-tract. É caracterizado por um canal que se inicia na borda da ferida, encoberto pela pele.
Túnel. É uma cavidade subcutânea que comunica duas úlceras em lo-calizações diferentes.
Drenagem. A drenagem pode ser classificada em mínina, moderada ou máxima. A drenagem é mínima quando o curativo primário encon-tra-se seco; moderada, quando ape-nas o curativo primário encontra-se úmido e máxima, quando tanto o curativo primário quanto o secun-dário encontram-se bem úmidos.
Infecção e/ou inflamação. Obser-var sempre se há presença ou não de algum sinal de inflamação e/ ou infecção atrapalhando o processo de cicatrização. Tal observação deverá ser feita juntamente com o médico da equipe.
fisioterapiafisioterapia
Tecido de Granulação e/ou Epite-lização. A presença ou ausência de tais tecidos nos ajudará a perceber se o processo de cicatrização está ocorrendo sem intercorrências e a determinar em qual fase do mesmo a ferida se encontra.
Equipamento de Suporte. Verificar se o paciente faz uso de algum equi-pamento de suporte, como bóias, colchões especiais, entre outros. Caso não o utilize, uma orientação sobre sua importância, tanto cura-tiva quanto preventiva, deverá ser dada. Caso faça uso, avaliar se o faz corretamente.
Gostaríamos de ressaltar que para um tratamento mais eficaz de úlceras epidér-micas, é necessária a formação de uma equipe multidisciplinar especializada, onde o fisioterapeuta tem sua impor-tância juntamente com nutricionistas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e médicos.
A orientação de forma preventiva, por meio de palestras, cartazes etc, deveria ser norma obrigatória em todos os hos-pitais e clínicas, pois prevenir ainda é o melhor tratamento.
PaCoCK, Erle E.,WINKlE, Walton Van. Wound Repair. W.B. saunders Company. london, 1976.
DEalEY, Carol. Cuidando de feridas. atheneu Editora. são Paulo, 1996.
sussMaN, Carrie., BatEs – jENsEN, Barbara M.. Wound Care. aspen Publication, 1998.
YouNg, trudie. (1997) Classificação das Úlceras de Pressão. Nursing 107: 21-25.
hEalEY, Frances. (1997) Classificação das Úlceras de Pressão II. Nursing 109: 16-20.
BaCKEs, Dirce stein., guEDEs, sandra Maria Barbo-sa., RoDRIguEs, Zeli Coelho. (1999) Prevenção de Úlceras de Pressão: uma maneira Barata e Eficiente de cuidar. Dermatologia Nursing 9: 22-27
Leitura recomendada
Dra. Vânia Carvalho Fisioterapeuta; Diretora-sócia da Fisioraim Fisioterapia
e Educação Física [email protected]
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Diante da quantidade de
matérias relacionadas à
fragilidade de inúmeros planos de
saúde, ficamos com a percepção
de que, em breve, poderemos ser
as próximas vitimas. De um lado
seria conveniente, porém levia-
no, achar que a situação está sob
controle, uma vez que é absolu-
tamente certo que outros tantos
planos de saúde irão passar pelas
mesmas dificuldades. De outro,
existe seriedade de ação de alguns
planos que sairão
fortalecidos deste momento, na
medida em que terão sua atua-
ção destacada.
Antes que isto aconteça, o que
se pode fazer para não se tornar
refém de um destes planos que
atuam de forma questionável?
Pensando nisto, resolvemos criar
um manual de sobrevivência para
que o cliente possa se orientar
melhor no momento de aquisição
e utilização do seu plano. Asso-
ciamos cada regra a um ditado
popular uma vez que estes facili-
tam a memorização, provocando
a associação de idéias:
“Se um homem não
sabe para que porto
está navegando,
nenhum vento lhe é
favorável”
(Sêneca)
Em primeiro lugar, devemos
nos perguntar exatamente o que
queremos: Um plano com ampla
cobertura? Apenas com cobertura
hospitalar? Com cláusula de parto?
Com valores de reembolso altos ou
de mercado? Antes de sair compran-
do o primeiro plano que lhe aparecer,
reflita sobre o seu perfil e o nível de
cobertura que pretende ter.
“Vale o escrito”
(Regra do jogo do bicho)
Sabemos que a imensa
maioria de brasileiros
não lê qualquer tipo de contrato. Em
se tratando de planos de saúde, as
desculpas de que os contratos são
ilegíveis não existem mais. Por isso,
recomendamos a leitura atenciosa.
Esta é a única forma de conhecer
seus direitos. Caso lhe seja aplicável,
guarde o material promocional apre-
sentado que, não raro, contribuiu
para sua decisão.
“Todo mundo é
ignorante, só que em
assuntos diferentes”
(Will Rogers)
Tire todas as dúvidas que você
possa ter em relação às condições
contratadas, pois é a única maneira
de garantir que você está compran-
do aquilo que efetivamente quer.
Lembre-se ainda que, no momento
da compra, você é um cliente, mas
no momento da utilização, você será
um paciente. Assim sendo, pense
muito mais como paciente do que
como cliente e não deixe de esclare-
cer nenhum das dúvidas existentes.
“Promessa é dúvida”
(Alberto Maduar)
Promessas de corretores
devem ser feitas por es-
crito. Certifique-se de que todas as
promessas feitas estão efetivamente
documentadas em sua apólice. Na
dúvida, preencha ainda os espaços
em branco. Seguindo este caminho,
você transformará as “promessas em
dívidas”.
“A principal mentira é aquela que conta-mos a nós mesmos”
(Nietzsche)
Infelizmente, a frau-
de tem um custo substancial para os
convênios de saúde. Com alguma
freqüência, vemos ainda o emprés-
timo da carteira do plano a terceiros.
Precisamos nos conscientizar de que
o plano, assim como qualquer servi-
especialespecial
As dez regras de sobrevivência na relação com seu plano de saúde
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ço, tem suas limitações, restrições e
custos e que desrespeitar esta regra
nada mais é do que se enganar.
“Quando a esmola é grande o santo desconfia”
(Ditado popular)
A melhor recomendação é pas-
sar longe de planos que estejam
oferecendo atendimento a preços
muito menores do que a média dos
demais planos, porque isto é sinal de
problemas futuros. Como disse Elio
Gaspari em coluna recente, “planos
individuais de R$ 15 são um contrato
de engano mútuo. O consumidor
pensa que está lidando com uma
empresa boba (capaz de lhe vender
por ninharia uma coisa que custa
várias vezes mais no mercado) e a
empresa tem a certeza de que está
lidando com um tolo. É ela quem
está certa”. Portanto, muito cuidado
para não se tornar um BO (bom para
otário), no momento de compra de
um plano de saúde.
“Um grama de de-sempenho vale mais do que um quilo de imagem”
(Adaptação do ditado criado por José Maria Alkmin)
Muito mais do que a enxurrada
de propagandas e outdoors, o que
vale na medicina é o desempenho
efetivo. Antes de assinar um con-
trato, consulte o PROCON ou a
Agência Nacional de Saúde para
conhecer os planos campeões de
reclamações. Verifique ainda a lista
negra do Conselho Regional de
Medicina e o ranking de planos de
saúde do Sindhrio. Estas entidades
têm informações baseados em
prestadores de serviços de saúde e
dispõem de dados concretos para lhe
auxiliar na escolha de um plano de
saúde confiável. Médicos, hospitais e
laboratórios já são uma grande fonte
de referência para quem procura um
plano de saúde.
“Diga-me com quem andas e te direi quem és”
(Ditado popular)
Antes de contratar um plano de
saúde, analise com muito cuidado
se a rede credenciada é qualificada
e se contempla os médicos e demais
prestadores de serviço que você
costuma utilizar. Uma vez preenchi-
do este quesito, entre em contato
com alguns dos seus prestadores de
referência, obtendo destes a opinião
a respeito do referido plano.
“Começar já é meta-de de toda ação”
(Provérbio grego)
“Grite, grite alto e
rápido. Quem estiver sendo mal
atendido deve protestar junto à em-
presa em que trabalha (caso de plano
empresa), ao PROCON e à ANS. Afi-
nal, a reclamação do consumidor é a
melhor fonte de informação sobre a
saúde dos planos; quando sentir um
cheiro de queimado no atendimento
do seu plano, caia fora. Quando isso
acontecer, a empresa deve ir a pi-
que” (coluna recente – Elio Gaspari);
“Saúde não tem
preço, mas medicina
tem custo”
(Ditado popular)
Os planos de saúde são um recurso imprescindível para o setor privado de saúde. Mas por que o ser humano tem um com-portamento irracional quando se trata de comprar ou usar um plano de saúde? Quando contrata um seguro de carro, sabe tudo sobre as cláusulas. Quando o assunto é plano de saúde, busca um barato e com um livro gordo de credenciados. O resto é o pensamento mágico de que tem “direito a tudo”. Como saúde é um bem não valorável (diferente de um carro) e emocionalmente complexo, ficamos com a sensação de que temos um direito cósmico ou adquirido, com acesso a tudo e todos, sem custos adicionais ou que as restrições são absurdas.
O uso indevido da tecnologia, aumenta o custo que volta contra o pagador do plano (você, cliente). Por isso, muita atenção: fazer um hemo-grama desnecessariamente pode ser mais impactante em termos de custo do que uma ressonância necessária. Não se iluda. No final é sempre você quem paga a conta.
Adriano LondresPresidente do indicato dos hospitais, Clínicas e Casas de saúde do Município do Rio de janeiro
literaturareco
mend
ada
Livro Acreditação Hospitalar Proteção aos usuários, dos profissionais e das Instituições de Saúde
Coleção Instrumentos de Avaliação Conjunto
de instrumentos de avaliação: Manual das Organizações Prestadoras de
serviços hospitalares
Coleção Livros de Acreditação Conjunto de Livros: Acreditação Hospitalar (Quinto e Gastal); Processo de Acreditação: A busca da qualidade das organizações de saúde (Antonio Quinto Neto)
Manual Internacional dePadrões de Acreditação
Hospitalar CBA/JCI
julho/agosto 2005 10
gestão em saúde
Há quem afirme que o mundo contemporâneo deveria ser dividido em AG (antes de Ga-
tes) e DG (depois de Gates) ou seja, o marco dessa mudança deveria ser o ano de 1985 quando Bill Gates iniciou a Microsoft e, com ela, toda uma revolução de hábitos e costu-mes no mundo, que culminou com a criação dessa monumental estrada de comunicação global que é a Inter-net, em que somente um dos “sites” de busca – o google – hospeda mais de 8 bilhões de páginas. Esse é o novo mundo da informação que Gates e sua turma nos proporcionou. Também na saúde esse novo mundo trouxe importantes mudanças e se refletirmos sobre isso veremos, por exemplo, que até 1985 tínhamos muito pouco o que oferecer sobre métodos de investigação diagnósti-ca. Hoje temos muito, e isso obvia-mente gerou um custo não previsto já que a medicina custa muito caro.
Junto com esse fantástico mundo novo, que a revolução da informática nos proporciona, foram incorpora-das novas tecnologias indisponíveis até então, e cada vez mais novos equipamentos com incríveis capa-cidades de resolução de imagem e de processamento de dados digita-
lizados foram rapidamente sendo renovados, e novíssimas versões de aparelhos de ultra-sonografia, tomo-grafia computadorizada de diversas gerações, ressonância magnética, métodos invasivos de diagnóstico por imagem foram surgindo e cada vez mais e mais facilidades na investigação diagnóstica foram incorporados. Além disso, inúmeros métodos terapêuticos também sur-giram, entre os quais se destacam a angioplastia, a colocação de próteses e órteses, a cirurgia videolaparos-cópica e a robótica, e tantas outras novidades do arsenal terapêutico que tanto entusiasmo causa em todos nós. Mas isso tudo tem um custo. E esse custo se transforma em despesas e obviamente alguém tem de pagar essa conta final, seja o setor público, através dos impostos aumentados, ou o setor privado pe-los reajustes dos preços dos planos de saúde.
No caso do setor privado, aqueles que, como eu, adquiriram planos suplementares de saúde antes de 1985, obtiveram pelo bom senso das operadoras dos planos o direito à incorporação dessas novas tecno-logias a suas apólices, já que não havia previsão contratual dessas
coberturas quando os planos foram adquiridos.
Assim tem sido com todas as inovações incorporadas ao arsenal médico nos últimos tempos no setor privado: as operadoras avaliam as demandas, criam fatores de regu-lação incluindo necessidade de au-torização prévia para utilização das novas tecnologias, sempre baseados em critérios técnicos definidos pelas sociedades médicas especializadas, e toda a população assistida pela me-dicina suplementar se beneficia da incorporação de novas tecnologias pelos planos de saúde.
O problema é que devido ao alto custo desses novos arsenais de inves-tigação diagnóstica e terapêutica, os planos de saúde não tem conseguido repassar integralmente esses custos aos preços por eles praticados, e cada vez mais surgem dificuldades no gerenciamento das carteiras dos planos privados em nosso País.
No setor público, a alternativa de receitas para cobrir os crescentes custos da gestão dos seus serviços é o aumento progressivo dos impos-tos, que no Brasil já beira aos 42% de tudo que produzimos.
Nos últimos cinco anos, também nós que trabalhamos no segmento
Repensando a saúdee tirando da menteidéias antigas
“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”
Raul Seixas
Julian
a Rezen
de
Julho/agosto 2005 11
da medicina domiciliar temos feitos enormes progressos no sentido de criar critérios claros e bem definidos para os pacientes que demandam cuidados domiciliares. Uma das gran-des dificuldades que temos, é que a sociedade moderna adquiriu a cultu-ra da hospitalização e centraliza nas ações hospitalares toda a esperança para solução dos problemas de saúde de nossa população.
Talvez, pela incrível velocidade de mudança em nossa sociedade, não tenhamos percebido claramente que nossa população envelheceu e que a expectativa de vida ao nascer duplicou em relação ao início do século passa-do, e que com isso, temos hoje uma imensa população de idosos, muitos residindo na periferia das grandes cidades e com habituais dificuldades de acesso aos serviços de saúde.
Rever o modelo atual de geren-ciamento da assistência médica oferecida pelos planos de saúde suplementar é imperativo para a so-brevivência do modelo de saúde que adotamos. O “home care” no seu sentido mais abrangente que envol-ve desde o gerenciamento de casos e monitoramento de doenças em regime domiciliar até o modelo de internação domiciliar que a ABEMID defende, baseado em protocolos clí-nicos bem definidos e com rigorosos critérios de elegibilidade e alta, é uma importante ferramenta gerencial que permitirá um melhor controle da saú-de de nossa população, evitando-se o desperdício que hoje observamos por falta de um melhor e maior controle da assistência atualmente prestada, que tem gerado uma infinidade de internações hospitalares desneces-
sárias e informações clínicas inúteis, conforme afirma o relatório da OMS sobre cuidados inovadores nas doen-ças crônicas.
Com o nível de conscientização já adquirido por todos, está mais do que na hora de rever o nosso modelo de assistência à saúde e incluirmos nessa discussão a assistência domi-ciliar em todos os níveis de atenção – primária, secundária e terciária.
Não devemos esquecer os sábios conselhos de um dos mais renoma-dos mestres da administração de todo o mundo Peter Drucker, quando afirma : “Com relação ao futuro, a única coisa que podemos afirmar sem medo de errar, é que tudo vai mudar.”
Josier Marques VilarVice-presidente da aBEMID - Diretor da Pronep
julho/agosto 2005 14
Cada sistema familiar funci-
ona como uma rede inter-
comunicante que possui
um funcionamento próprio, onde
seus membros estabelecem rela-
ções interpessoais de acordo com
os papéis que assumem em dado
momento. Quando um membro
da família adoece, é preciso uma
reestruturação para que a família se
adapte, contudo a família por muita
vezes, apresenta dificuldades. Essas
dificuldades surgem diferentemente
na família que tem crianças como
membros. A criança e o adulto têm
estratégias para se adaptar a um
membro adoecido.
Sabemos o quanto a sociedade
afasta a criança dos hospitais, ima-
ginando poupá-la de presenciar o
sofrimento do seu familiar.
Em alguns casos, a criança so-
mente convive com um membro
doente quando ele recorre ao home
care. A internação domiciliar facilita
o tratamento especialidado dentro
de um quadro clínico estável, ela
gera algumas modificações no co-
tidiano da residência e isto não se
refere somente a estrutura física que
é montada, mas a mudança da rotina
e a presença de pessoas da equipe
de saúde que prestam a assistência
ao paciente.
Isto é agravado com a rotina do
home care e a entrada de uma série
de profissionais em sua casa que tra-
zem uma movimentação diferente a
que era vivida. Daí, a importância de
os pais estarem bastante atentos as
reações e atitudes da criança, tanto
em casa quanto na escola.
A criança percebe as muitas
mudanças e que aquele familiar,
que é uma referência para ela, por
exemplo – o pai e a mãe –, está
apresentando um estado que não lhe
permite brincar ou mesmo cuidar do
parente. Quando é um dos pais que
adoece e vem para o home care, a
criança fica por vezes confusa, tendo
em vista que a pessoa que veio para
sua casa é diferente daquela que foi
para o hospital enquanto passava
mal. A criança tem dificuldades de
reconhecer esta nova mãe ou novo
pai que pouco interage ou que apre-
senta grandes dificuldades, necessi-
tando dos cuidados de profissionais
diariamente.
Há, geralmente, uma sobrecarga
de atividades do pai, ou da mãe,
que está saudável e responsável pela
manutenção da casa e das finanças.
Este se apresenta com falta de tem-
po e possibilidade de dar atenção à
criança. Ou seja, a criança fica neste
período com dificuldades na refe-
rência parental. Triste pela doença
de um e sem a atenção do outro, a
criança pode desencadear uma série
de alterações.
Ou ainda pode ocorrer a chega-
da de um bebê que possua alguma
síndrome, que traga graves acometi-
psicologiapsicologia
Atenção às crianças!
Prevenção e
acompanhamento
psicológico em
home care
Julho/agosto 2005 15
mentos, e o irmão tão esperado
pela criança para ser um novo
companheiro ou amigo; apre-
senta uma série de limitações
ou mesmo gera uma grande
mobilização dos pais para aco-
lher e cuidar deste bebê em um
home care.
Esta criança, pode apresen-
tar ciúmes do irmão doente,
que tem a atenção dos pais e
da equipe de saúde, que o vi-
sita ou permanece na casa em
sistema de home care. Ela se
sente preterida e isto dificulta
até mesmo o estabelecimento
de uma relação positiva com
o irmão.
A criança percebe modifi-
cações no seu dia-a-dia sem
conseguir identificar o que está
havendo com precisão. A criança so-
fre em silêncio e a expressão do que é
vivenciado pode ser variada. Sua res-
posta ocorre com comportamentos
não-verbais, podendo ser agressiva,
agitada, deprimida, apática, rebelde,
dentre outros.
Estes comportamentos da crian-
ça geralmente são involuntários e
precisam, se observados, serem ma-
nejados pelos pais ou mesmo se pos-
sível ter o auxílio de um profissional
especializado como um psicólogo. É
importante que não se negligencie
estas reações infantis, a fim de que
se permita a prevenção de distúrbios
posteriores.
É preciso que os pais estejam
atentos à relação que vem estabe-
lecendo com a criança nesta fase
tão conturbada e desestruturante
que traz o adoecer. A família preci-
sa estar próxima e disponível para
atender as necessidades da criança,
seja com uma explicação ou apenas
um carinho. A criança, estando em
fase de desenvolvimento, precisa
do suporte e apoio dos familiares
principalmente porque ela também
está atravessando uma fase de en-
lutamento pelas perdas parciais que
envolvem este processo, além das
atividades prazeirosas e brincadeiras
que a criança vivencia.
Kelly Faria SimõesPsicóloga responsável pelo serviço de Psicologia da
INtENsIVE CaRE, doutoranda em Psicologia na área de Desenvolvimento Psicossocial, Mestre em Psicologia na área de tanatologia; Formação de Psicologia Clínica na
abordagem Centrada na Pessoa, Professora da disciplina de Bioética na Pós-graduação de Psicologia hospitalar na
universidade Veiga de almeida-Rj. E-mail: [email protected]
julho/agosto 2005 16
nutriçãonutrição
Indicadores de qualidade nutricional na assistência domiciliar
Oconceito de internação domi- ciliar originou-se a partir da visão inovadora de duas
enfermeiras, Lillian Walt e Mary Brewster em 1887 nos EUA, após identificarem as vantagens que os pacientes hospitalizados teriam se os cuidados médicos e de enfer-magem fossem prestados na sua própria residência. Em 1947, foi criado o primeiro Departamento de Assistência Domiciliar no Hos-pital Montefiori em Nova York, integrando médicos, enfermeiros, assistentes sociais e outros profis-sionais envolvidos na àrea.
No Brasil, a assistência domiciliar faz parte das modalidades do aten-dimento do Programa de Saúde da Família (PSF), desde 1994 quando foi criado pelo Ministério da Saúde (MS), essa nova atividade que con-vencionou-se chamar de Home Care, vem se confirmando como uma nova ferramenta de gestão.
Hoje sabe-se que o retorno do paciente para a residência, envolve uma série de mudanças de para-digmas, referentes aos aspectos do comportamento profissional, da transferência do tratamento de doenças para o domicílio e sobre-tudo do controle da qualidade da assistência prestada.
A obtenção da qualidade da te-rapia nutricional domiciliar começa pela padronização do processo de assistência, normatização de proto-colos técnicos definidos para fins e serviços, como protocolos sistemati-zados de prevenção e controle, que devem abranger desde a admissão
até a suspensão da terapia nutricio-nal domiciliar.
Na assistência domiciliar, pode-se destacar alguns indicadores diretos de qualidade nutricional relaciona-dos ao paciente que poderão ser mensurados de acordo com índices e/ou taxas. Avaliação periódica do estado
nutricional durante a internação domiciliar;
Incidência de broncoaspiração em pacientes em uso de sonda para alimentação;
Incidência de complicações gastrointestinais relacionadas à Terapia Nutricional;
Incidência de úlcera de pressão durante a internação domiciliar;
Incidência de infecções opor-tunistas durante o período de internação domiciliar.
Outros indicadores, estes indire-tos, também poderão ser utilizados e deverão ser pontuados em uma escala de valores e considerados na elaboração de uma normatização es-pecífica, tais como discuusão clínica, controle de qualidade dos produtos fornecidos, freqüência de serviço de educação continuada e pesquisa de satisfação dos clientes.
A revisão de todo o processo deve ser dinâmica e modificar-se de acordo com os resultados, tendo como objetivo final a qualidade da assistência. Para isso, se torna necessário a implementação de ins-trumentos que facilitem a avaliação de padrões de conformidade e que possam estabelecer formas de con-
trole, com garantia de segurança dos processos executados nos domicílios, facilitando desta forma, a obtenção dos resultados planejados, adquirin-do conseqüentemente, a satisfação do cliente.
Sendo assim, o adequado planeja-mento da Terapia Nutricional Domici-liar, avaliado através de indicadores de qualidade, diretos e indiretos, requer o trabalho conjunto de uma equipe multiprofissional de saúde, que deve ser elaborada de forma metódica, a fim de proporcionar aos prestadores de serviço, ao seguro de saúde, ao paciente e à família um acompanha-mento com atenção especializada e de excelente qualidade.
american society for Parenteral and Enteral Nutrition. Board of Directors. home Care standards. asPEN. NCP 1999: 14(3); 151-162.
Borges VC, Waitzberg DC, silva Mlt, et al. Nutrição Domiciliar: uma Experiência no Brasil. In: Waitzberg Dl. Nutrição oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3a edição. são Paulo. atheneu 2000; p 977-987.
Duarte Yao, Diogo Mj, D’Elboux. atendimento Domici-liar: um enfoque gerontológico. In: Duarte Yao, Diogo Mj, D’Elboux. atendimento Domiciliar: um enfoque gerontológico. são Paulo. atheneu: 2000; p 8-18.
Meyer j, lund D, smith j. Benefits of a Nutrition support service in an hMo setting. NCP 2001: 16(1); 25-29.
Kovacevich Ds, Canada t, lown D. Monitoring home and other alternate site nutrition support. In: “the science and Practice of “Nutrition support”. Eua. asPEN 2001; p 731-756.
Costa jlF. Cóloquio – Indicadores de Qualidade. MBa em gerência de saúde. Rio de janeiro. apostila Fundaçào getúlio Vargas. 1999.
Leitura recomendada
Nut. Nara Lúcia Andrade Lopes Nut. Flávia Lopes Fonseca
Consultoras de Nutrição pela Consult. Nut. na Med-lar; Es-pecialistas em terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela
sBNPE, e Docentes do Curso de Pós-graduação Médica Carlos Chagas e do Centro de Estudos da santa Casa da
Misericórdia do Rio de janeiro (CEsaNta).
Julho/agosto 2005 17
hospitalar 2005hospitalar 2005
A Hospitalar 2005 - a 12ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Clínicas e Consultórios apresentou um saldo positivo de visitação e negócios. Para a presidente da Hospitalar, dra. Waleska Santos, os resultados confirmam o evento como mais importante ponto de encontro do setor de saúde da América Latina, além de impul-sionar os negócios e as exportações que o País precisa, reunindo para a troca de experiências os maiores expoentes do setor em
todo o mundo. Para o presidente da As-
sociação Médica Brasileira, Eleuses Vieira de Paiva “há mais de dez anos, a Hos-pitalar tem contribuído de forma importante para o fortalecimento do setor médi-co-hospitalar. Embora tenha surgido como uma feira de negócios, hoje funciona como um grande fórum em que
A maior feira e o mais importante fórum desaúde da América Latina
representantes dos mais diversos segmentos do setor buscam soluções e estratégias para as grandes questões que envolvem a saúde do povo brasileiro. A troca de informações e idéias é fundamental para a atuação profissional de alto nível, o que só tem a beneficiar os pacientes”.
A revista HOME CARE BRASIL participou da Hospitalar 2005 à convite da Politron, indústria nacional de máquinas e compo-nentes eletrônicos, que acaba de completar 55 anos no mercado e pioneira no segmento de alta freqüência.
Em primeiro plano, Waleska santos presidente da hospitalar, o governador de são Paulo, geraldo alckmin, o ministro da sáude humberto Costa e o
deputado federal Rafael guerra da Frente Parlamentar de saúde
Reprodução/site Hospitalar
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Depressão em idosos:relevância para o home care
Face ao aumento do número
de idosos no país, cresce o
interesse dos profissionais da Saúde
pela área da Geriatria, notadamente,
pela Psicogeriatria, especialidade
que vem ganhando cada vez mais
destaque, pois consiste num ramo
da Psiquiatria que aborda os pro-
blemas psiquiátricos da população
idosa. No presente texto, propomos
uma discussão sucinta acerca da de-
pressão nos idosos à luz do interesse
dos profissionais de Home Care, que
lidam com esta população.
As perspectivas de crescimento
da população idosa no Brasil é
de 15 vezes, entre 1950 e 2025,
colocando nosso País em 6º lugar,
enquanto a da população como um
todo não ultrapassa cinco vezes no
mesmo período. A expectativa de
vida do brasileiro passou de 55,9
anos, em 1985, para 64,8 anos, em
2000, com uma previsão de 72,1
anos para o ano de 2025, quando
14% da população (30 milhões de
pessoas) terá mais de 60 anos de
idade.
O idoso é acometido por diversos
transtornos psiquiátricos e, dentre
os mais comuns, destacam-se os
Transtornos Depressivos, atingindo
até 15% da população de idosos nos
Estados Unidos (ECA – NIH, 1992).
Um estudo realizado em São Paulo
(Ramos et al, 1993) revelou que até
26% dos idosos são acometidos por
sintomas depressivos. Além disso,
quadros depressivos podem atingir
até 30% dos idosos hospitalizados.
Os transtornos depressivos que
acometem idosos produzem grande
impacto na qualidade de vida desses
indivíduos, comprometendo por
vezes o resultado do tratamento de
outras doenças. Dados da Organiza-
ção Mundial de Saúde (2001) apon-
tam que a Depressão Maior é uma
condição que apresenta maior carga
para a família e para a sociedade.
Os idosos deprimidos, por exemplo,
costumam aderir menos aos trata-
mentos propostos para Diabetes e
Doenças Cardiovasculares, além de
apresentarem piores resultados na
evolução dessas doenças. Ademais,
a Depressão aumenta os custos e
as taxas de mortalidade por outras
doenças.
Sintomas depressivos são aque-
les que aparecem numa avaliação
psiquiátrica utilizando-se escalas
de avaliação e podem ter diversas
causas. Já o quadro conhecido
como Depressão Maior, é caracte-
rizado pela presença de uma série
de sintomas para o seu diagnóstico
(DSM-IV – tabela 01):
enfermagem
Tabela 1
Diagnóstico da Depressão
Maior pelo DSM-IV
Cinco ou mais dos seguintes sinto-
mas devem estar presentes a maior
parte do tempo pelo tempo mínimo
de 2 semanas. Um dos sintomas deve
ser humor deprimido (1) ou falta de
prazer(2)
1) humor depressivo na maior
parte do dia;
2) perda ou diminuição do prazer
ou do interesse em atividades
cotidianas;
3) aumento ou diminuição do
apetite;
4) insônia ou excesso de sono
5) agitação ou retardo psico-
motor;
6) fadiga ou diminuição da ener-
gia;
7) sentimento de culpa e deses-
perança;
8) diminuição de concentração e/
ou memória;
9) pensamentos recorrentes de
morte ou suicídio.
Nos idosos, a depressão surge
com sintomas mais intensos de
alteração de memória, apatia e hi-
pocondria. Diversas são as causas da
depressão em idosos, dentre as quais
destacamos fatores biológicos e psi-
cossociais. Nos primeiros, incluem-se
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Julho/agosto 2005 19
Leitura Recomendada
Revista Brasileira de Psiquiatria - Psi-quiatria geriátrica - vol. 24 (supl I), 2002.
lima CaM. Depressão no idoso. aPERj, 2005.
stoppe jr a . Depressão em Idosos - guia para Diagnóstico e Conduta. lemos, 2004.
Busse EW; Blazes Dg. Psiquiatria geri-átrica. 2ª ed. artmed, 1999.
stone jt, Wyman jF, salisbury as. Clinical gerontological Nursing: a guide to ad-vanced Practice. 2ª ed. saunders, 1999.
oMs/oPas: Relatório sobre a saúde Mental no Mundo – saúde Mental, Nova Concepção, Nova Esperança. Ministério da saúde/BR, 2001.
doença física concomitante (doenças
crônicas ou que causam limitação e
dor), uso de medicações (como por
exemplo, certos anti-hipertensivos,
quimioterápicos, benzodiazepínicos,
interferon), aspectos genéticos, alte-
rações nos neurônios e neurotrans-
missores. Já a diminuição da renda,
o divórcio, o falecimento do cônjuge
e processos de luto, o afastamento
dos filhos e da moradia (incluindo
institucionalização), o fato de possuir
uma doença física incapacitante, a
aposentadoria, bem como as modi-
ficações no papel social, constituem
fatores psicossociais que podem es-
tar implicados na gênese de quadros
depressivos.
Um subgrupo de pacientes apre-
senta uma depressão mascarada pe-
los sintomas físicos (fadiga, cansaço
fácil, indisposição, dores difusas,
dor de cabeça, astenia), de modo
que nestes é particularmente difícil
o diagnóstico da depressão, em
virtude da intensidade dos sintomas
somáticos. Outros sintomas físicos
que podem acompanhar a depressão
incluem dores difusas pelo corpo e
alterações do apetite. Nos idosos, é
comum a depressão se estabelecer
acompanhada de sintomas ansiosos,
tais como irritabilidade, apreensão,
sofrimento por antecipação, pre-
ocupações excessivas quanto aos
familiares. Ainda que o diagnóstico
da Depressão seja clínico, o médico
deverá solicitar exames comple-
mentares para a pesquisa de causas
orgânicas da depressão (infecções,
distúrbios metabólicos, alterações
na tireóide, dentre outros). A pseu-
dodemência (um tipo de depressão)
é uma condição em que os sintomas
cognitivos são mais importantes
(alterações de memória, perdas de
objetos, desorientação), sendo muito
confundida com demência.
Um aspecto que o profissional
deve estar atento nos idosos depri-
midos é o suicídio, que, particular-
mente, atinge homens com mais
de 80 anos de idade e indivíduos
em condições dolorosas crônicas.
É fundamental questionar sobre
a intenção do paciente de tirar a
própria vida.
Tratamento da Depressão
O tratamento da depressão no
idoso visa à diminuição dos sintomas
depressivos, a melhora da qualidade
de vida e do estado clínico geral, e
a diminuição da morbidade e mor-
talidade. Os tratamentos de escolha
incluem o uso de medicamentos
antidepressivos, principalmente os
da classe dos Inibidores Seletivos da
Recaptação de Serotonina (ISRS),
pelo melhor perfil de segurança e
tolerabilidade. São utilizados tam-
bém a Mianserina, a Mirtazapina e a
Nortriptilina. A eletroconvulsoterapia
é indicada para pacientes com maior
risco de suicídio. As psicoterapias,
principalmente a Terapia Cognitivo-
Comportamental, a Interpessoal e
a Psicoterapia Dinâmica Breve são
indicadas nos quadros moderados.
Se a causa do quadro depressivo
for uma condição identificada, como
por exemplo, uso de medicações
ou doença física, deve-se retirar a
medicação e tratar a doença física,
respectivamente. O luto consiste
numa condição normal apresentada
por qualquer indivíduo que vivencia
perdas e deve ser diferenciado da
depressão pelo período, não neces-
sitando abordagem farmacológica.
Existe ainda grande preconcei-
to quanto à Depressão e mesmo
com relação ao seu tratamento.
A identificação desses quadros é
de fundamental importância para
a melhoria da qualidade de vida
do idoso, inclusive com relação ao
curso das doenças concomitantes e
mesmo quanto aos relacionamentos
interpessoais do enfermo. O idoso
que mantiver boa nutrição, prati-
car exercícios físicos regularmente,
mantiver relações de confiança,
possuirá assim fatores de proteção
contra o estabelecimento de quadros
depressivos.
Entre 30% a 50% dos idosos
com Depressão não recebem o
diagnóstico e, portanto, deixam de
ser tratados. Assim, o profissional do
Home Care tem um papel de des-
taque na identificação de quadros
depressivos em idosos. A abordagem
interdisciplinar proposta pela equipe
do Home Care, vai ao encontro dos
interesses desses pacientes e de seus
familiares, englobando o médico, a
equipe de enfermagem, o nutricio-
nista, o psicólogo e o fisioterapeuta,
conferindo ao indivíduo enfermo
necessário apoio psicossocial.
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Janaína de Medeiros TavaresEnfermeira - PRoNEP homeCare
Felipe de Medeiros TavaresPresidente da liga acadêmica de
Neurociências e Comportamento da Faculda-de de Medicina de Valença - Rj
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eventoseventos
Fotos: Juliana Rezende
“As soluções para os proble-
mas do sistema de saúde no Brasil
exigem um grau maior de diálogo
e entendimento entre o Estado e
a iniciativa privada”, afirmou o
ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, durante sua palestra no
seminário “Desafios e Perspectivas
para a Saúde no Brasil”, promo-
vido pelo SINDHRIO - Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Casas de
Saúde do Município do Rio de Ja-
neiro. Para FHC “estamos entrando
numa nova fase no Brasil, em que
a questão principal passa a ser a
qualidade. É preciso melhorar a
gestão. Aplicar melhor os recursos.
E com isso combater as fraudes e
os desperdícios”.
Adriano Londres, presidente do
Sindhrio, fez a abertura do evento,
ressaltando que é preciso estru-
turar o sistema de saúde e que o
setor privado possa ser visto como
um aliado da população.
A visão global dos desafios da
saúde, tanto na esfera pública
quanta na privada, foi a vertente
abordada, tendo em vista que a crise
de financiamento de serviços médi-
co-hospitalares é um problema que
desafia governantes e especialistas
em todo o mundo.
A PRONEP sai na frente com uma nova ferramenta: a unidade de Gerenciamento Integral da Saúde. “Acho que estamos dando uma grande contribuição para a inova-ção da saúde no Brasil,”disse Josier Marques Vilar, diretor da empresa. O GIS permite a centralização do
acompanhamento de pacientes elegíveis para programas de Moni-toramento de Cuidados, por uma equipe multiprofissional de saúde, com a avaliação e acompanha-mento do tratamento no próprio ambiente do doente. Todos os dados relacionados aos procedimentos da equipe estarão disponíveis para que médicos, assistentes e familiares possam acompanhar a evolução do atendimento.
“Só há uma maneira de fazer o uso racional da moderna tecnologia: é evitar o desperdício. É isso que o nosso Gerenciamento Integral da Saúde vai promover. A partir da disponibilidade da informação, o médico pode tomar decisões mais corretas, sem precisar, a todo o momento, recorrer a uma resso-nância magnética, ou tomografia computadorizada, cara e, muitas vezes, desnecessária, gerando o des-
perdício. Penso que esse é o grande momento para se promover as ações que desonerem o sistema de gastos excessivos”, afirma Josier Villar.
Para ilustrar a inauguração da unidade GIS, a Pronep convidou o professor da História de Arte, Marco Cavalcanti para mostrar a importância da Renascença sobre o mundo contemporâneo. Em palestra proferida para um auditório comple-tamente lotado por profissionais de saúde, o professor Cavalcanti focou a “Percepção, Investigação, Aná-lise e Conceituação do Processo Criativo de Leonardo da Vinci”. Após a palestra, a diretoria da Pro-nep recepcionou os convidados – na unidade de GIS instalada no segundo andar do Centro Médico Botafogo - com um coquetel abrilhantado pelo médico, dublé de músico, João Franzen que executou belas páginas de jazz e bossa nova.
FHC participa de seminário do SindhrioFHC participa de seminário do Sindhrio
GIS ferramenta contra o desperdício
Os doutores Jean Ruffier, Roberto Resende, Cléa Ruffier,
Josier Vilar, Claudio Barbosa e João Franzen
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o III PRÊMIo alEXaNDRE aDlER DE joRNalIsMo EM saÚDE distribuirá R$ 20.500,00 (vinte mil e quinhentos reais) aos concorrentes inscritos até 16 de setembro de 2005. Esta terceira edição inclui nova categoria: o fotojornalismo.PRÊMIos E CatEgoRIas:o concurso distribuirá um total de R$ 20.500,00 (vinte mil e quinhentos reais), nas categorias: a) Prêmio principal receberá R$ 8.000,00 (oito mil reais); b) Melhor reportagem em jornal – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); c) Melhor reportagem em revista – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); d) Melhor reportagem em tV – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); e) Melhor reportagem em rádio e Internet – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); f) Melhor fotografia jornalística – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).
o prêmio é uma homenagem ao microbiologista e clínico alexandre adler, falecido em março de 2003 – e tem como objetivo valorizar o profissional que se destaca na cobertura do setor de saúde pelas mais variadas vertentes, seja social, econômica, cultural ou científica. “Ficamos satisfeitos de o Prêmio alexandre adler estar se tornando uma referência e poder recompensar o bom repórter da área de saúde”, diz adriano londres, presidente do sINDhRio.Nas duas primeiras edições, realizadas em 2003 e 2004, concorreram 201 reportagens, de autoria de 141 jornalistas de mais de 36 empresas de comunicação de todo o País.o julgamento das matérias levará
em consideração sua contribuição para a discussão de soluções para o sistema de saúde Brasileiro, sem deixar de avaliar a qualidade técnica do texto jornalístico.
a comissão julgadora é formada pela doutoras lúcia adler e gisele Couto (CEs/senac); a jornalista Mirtes guimarães (sindicato dos jornalistas); sra. Carla Campos (gestora em saúde); e sr. Nilson Mello (representando o sindhrio). a Presidência de honra caberá ao Dr. licínio Ratto. os resultados serão divulgados em outubro de 2005, mês em que também será realizada a premiação. a iniciativa é do sindicato dos hospitais, Clínicas e Casas de saúde do Município do Rio de janeiro (sINDhRio), do Centro de Educação em saúde do senac Rio (CEs/senac Rio) e do sindicato de jornalistas Profissionais do Município do Rio de janeiro (sjPMRj).
calendário
calendário
DIa EVENto loCal INFoRMaçõEs
14 a 16/09 hospital Business Marina da glória (Rj) www.hospitalbusiness.com.br
19 a 23/09 III Congresso Brasileiro de Especialistas são Paulo (sP) (11) 5507-7278 em Enfermagem - III CaBEsE
20 a 23/09 9º Congresso Mundial salvador (Ba) www.icml9.org/ BottomofForm1 de Informação em saúde e Bibliotecas
22 a 24/9 CIaD - IV Congresso Interdisciplinar de Centro de Convenções Rebouças assistência Domiciliar/Expo CIaD 2005 são Paulo (sP) www.ciad.com.br Regulamentação Necessária Práticas Possíveis
01/10 XIV Congresso Paulista de Farmacêuticos anhembi (sP) [email protected]
01/10 13º Encontro anual da Formação Freudiana Centro de Convenções www.freudiana.com.br do CBC
12/10 XXV Congresso Brasileiro de Patologia Natal-RN [email protected]
18 a 20/10 21ª Medtrade 2005 atlanta - (Eua) www.medtrade.com
19 a 22/10 39° Congresso de Patologia Clínica/ são Paulo (sP) www.sbpc.com.br / Medicina laboratorial ItM Expo www.cbpcml.org.br
24 a 28/10 VIII Congresso Brasileiro dos Maceió - alagoas 0800-286-8282 Conselhos de Enfermagem
25 a 29/10 VI Congresso Brasileiro de Estomaterapia Praia do Futuro - Fortaleza (CE) [email protected]
30/10 a 05/11 XI Congresso da academia Brasileira Campos do jordão (sP) [email protected] de Neurocirurgia
03 a 07/11 57º Congresso Bras. de Enfermagem - CBEn Centro de Convenções “a Enfermagem na Construção goiânia (go) (62) 255-1247 de um Mundo solidário”
04/11 jornada Pronep 2005 hotel jW Marriot (Rj) (11) 5081-7718
15 a 18/11 IV seminário Brasileiro de Enfermagem Vitória (Es) [email protected] em Endoscopia gastrointestinal
11/11 XV Congresso da sociedade Brasileira de Diabetes salvador (Ba) [email protected]
20 a 23/11 XVI Congresso Bras. de Nutrição Parenteral e Enteral Centro de Convenções do Ceará [email protected] IV Congresso Brasileiro de Nutrição Clínica Fortaleza (CE) (21) 2537-0852 I simpósio luso-Brasileiro de Nutrição Clínica 14 às 19 horas
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é uma publicação registrada e editada pela 3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda.
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Assinatura Anual: R$ 170,00(12 edições)
eventoseventos
Encontro científico destaca distúrbios do sono e doença pulmonar
Recente encontro
científico, reuniu
dois dos mais con-
ceituadas nomes da
Medicina, em suas
respectivas áreas
de especialização:
as doutoras Dalva
Poyares e Maria
Christina Lombar-
di Machado, que
falaram para um
privilegiado grupo
de profissionais do
setor médico-hospi-
talar. Andréa Kacu-
rin, diretora Intensive Care, empresa
anfitriã, juntamente com a Air
Liquide, abriu o evento saudando
às ilustres convidadas. Seguindo-se
a um vídeo institucional, estrelado
pela atriz Márcia Cabrita, o diretor-
médico da IC, Herbert Palheano,
anunciou as palestras:
– “Os Distúrbios do
Sono, Apnéia/Hipopnéia
Obstrutiva do Sono”,
apresentado pela drª
Dalva Poyares, pesqui-
sadora e professora da
Disciplina de Medicina
e Biologia do Sono da
Universidade Federal de
São Paulo; e,
Filemon Botto de Barros, Andrea kacurin, Christina Machado, Dalva Poyares, Erico Coelho e Cosmos Lopes
Erico Coelho (Air Liquide), Miguel Angelo, Enio Panetti, Andrea kacurin, Herbert Palhano (Intensive Care),
Maria Christina Lombardi Machado e Dalva Poyares
– “Diagnós-
tico e Manejo
da Doença Pul-
monar Avan-
çada”, tema
abordado por
Maria Christina
Lombardi Ma-
chado, doutora
em Medicina
pela Disciplina
de Pneumolo-
gia da UNIFESP.
Após a
conferência, a Intensive Care e Air
Liquide homenagearam suas convi-
dadas com um elegante jantar no
Jakui, bar do Intercontinental-Rio,
onde se realizou o evento.
.
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