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Edição Julho/05

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Critérios claros fortalecemo conceito da internação domiciliar

reportagem

*Da redação

ortalecer cada vez mais o con-

ceito de cuidados domiciliares

é o principal desafio”, que o

médico Roberto Albuquerque assu-

miu como presidente da Associação

Brasileira das Empresas de Medicina de

Internação Domiciliar (ABEMID), cargo

que ocupa desde o início do ano. Ele

acrescenta: “É um conceito ainda,

relativamente, recente no Brasil. Pas-

sou, nesses últimos anos, por alguns

questionamentos e, hoje, vem cada

vez mais ganhando a sua importância

dentro do sistema de saúde, seja ele o

setor privado, seja público”.

Hoje, existem no Brasil, cerca

de 75 empresas especializadas em

assistência domiciliar e que atendem

uma média de 4.500 pacientes por

dia, comprovando que o mercado de

assistência domiciliar está em plena

ascensão.

”Do ponto de vista de mercado,

a internação domiciliar teve, há

cerca de 10 anos, uma expansão

bastante significativa. Esse período

se caracterizou por uma profunda

discussão sobre o modelo de atenção

domiciliar que deveria ser implanta-

do no Sistema de Saúde brasileiro,

particularmente o Sistema de Saúde

Suplementar. Conceitos foram revis-

tos e procurou-se definir critérios de

elegibilidade que caracterizassem me-

lhor o perfil dos pacientes. Para o dr.

Roberto Albuquerque, que também é

diretor da Med-Lar, “o que falta para

que o home care ocupe seu papel

dentro do sistema de saúde é justa-

mente uma maior clareza de critérios

que definam os pacientes elegíveis

para esse modelo de atenção”.

ABEMID defende a regulamen-

tação técnica, diz o presidente Ro-

berto Albuquerque. “A ABEMID tem

permanentemente pautado para

que hajam critérios claros, tanto do

ponto de vista da elegibilidade do

paciente, quanto no ponto de vista

das exigências, – do ponto de vista

da operação propriamente dita, – no

tocante, a qualidade e segurança dos

serviços a serem oferecidos pelas

empresas prestadoras de serviço. O

que a gente quer é que as empresas

tenham condições de segurança mí-

nimas para que possam atuar neste

setor”. Ele defende também que

é preciso que a família entenda os

objetivos do tratamento domiciliar

e que no momento em que esses

objetivos forem alcançados a res-

ponsabilidade passa a ser dela. ”Na

medida em que os critérios ficarem

claros, e forem aceitos, acho que

esse conceito vai crescer muito no

Brasil”, completa o médico.

A diferença do tratamento do-miciliar é significativa

Do ponto de vista estrutural de

organização, a internação domici-

liar é substancialmente diferente

da hospitalar. “Hoje, o modelo de

assistência domiciliar, que existe no

Brasil, envolve uma complexidade

muito maior que simplesmente uma

“F

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visita de um médico de família, que vai lá apenas com o seu conheci-mento, com as suas ferramentas do dia-a-dia. Na assistência domiciliar (home care), nós transferimos para a casa do paciente toda uma estrutura composta de recursos humanos, mobiliário, materiais, medicamen-tos, equipamentos, e que envolve um esforço de logística muito mais complicado”, esclarece o médico.

Também podemos citar o fato da

mudança do ambiente de cuidado

que acarreta o fato de que a equipe

de saúde passa a ser “hóspede“ do

paciente e portanto somos nós que

temos que nos adaptar à realidade

daquela família e de toda a dinâmica

desse específico ambiente familiar

que evidentemente é único paciente

a paciente. Praticamente a maioria

das doenças podem ser tratadas

em casa, não importando a idade

do paciente. O importante é que o

paciente esteja estável do ponto de

vista clínico. Outro fator importante

é a diminuição significativa do ris-

co em adquirir infecção hospitalar

resulta em redução da morbidade

e da mortalidade. O contato mais

próximo com a família só traz be-

nefícios ao paciente, que recupera

sua privacidade num ambiente

aconchegante.

Evidentemente que para isto tem

que haver uma indicação técnica. O

paciente tem que realmente necessi-

tar desse tipo de atenção. A ABEMID

quer estabelecer critérios técnicos

que definam melhor a elegibilidade

do paciente para esse modelo de

atenção. “Eu colocaria em termos de pré-requisito para a internação domiciliar, também a questão da casa do paciente. Nós, da ABEMID temos um modelo de avaliação do ambiente familiar, aí envolvendo não

só a questão física, mas a questão

da dinâmica familiar. Um modelo

que preconiza que esses critérios

têm que ser atendidos. Um exemplo

bastante simples disso é a questão

da comunicação já que a maioria dos

contatos é feitos por telefone. Uma

casa sem telefone, por exemplo, tor-

na o procedimento inviável” ressalta

o dr. Albuquerque.

Apesar das vantagens que ofe-

rece, a implantação da assistência

domiciliar e a gestão dos serviços

exigem muita atenção. Envolve

desde um conjunto de atividades de

caráter ambulatorial, programadas e

continuadas, com a participação de

uma equipe multiprofissional, com a

função de prestar assistência clínico-

terapêutica e psicossocial a pacientes

em seus domicílios, até utilização de

tecnologia especializada de recursos

humanos, equipamentos, materiais,

medicamentos, atendimento de

urgência/emergência e transporte

para atender aqueles pacientes com

quadro clínico mais complexos.

Internação domiciliarbeneficia a todos

A Internação Domiciliar é, hoje,

uma tendência do setor privado de

saúde. No Brasil as empresas de

home care (atendimento domiciliar)

estão vinculadas aos convênios –

operadoras de serviços, cliente e

planos de saúde – com a proposta de

internar o doente em casa ao invés

de interná-lo no hospital. A interna-

ção domiciliar traz benefícios para

as duas extremidades que se servem

dessa modalidade de sistema de saú-

de: os que oferecem e executam os

serviços médicos e os que contratam

e se beneficiam dele. Numa ponta,

libera o Governo do compromisso

direto e imediato com o contribuin-

te, deixa disponíveis mais leitos nos

hospitais para os pacientes graves e

cirúrgicos e possibilita a otimização

dos recursos hospitalares, além

de auxiliar na redução dos riscos

de infecção hospitalar; ao lado

oposto, traz tranqüilidade para a

equipe médica multidisciplinar que

se encarrega do tratamento, pois

a proximidade e o conhecimento

da realidade do paciente permitem

uma melhor análise dos fatores

que influenciam seu estado e re-

cuperação; e principalmente mais

segurança para o doente, que, além

da personalização do atendimento,

resgata o direito de ficar em casa,

no conforto e carinho de seus fami-

liares, convivendo com seus amigos

e suas coisas, enquanto aguarda a

recuperação; e para a família, que

resgata o direito de acompanhar de

perto cada procedimento e conduta

dos profissionais, além de poder

participar do tratamento do familiar,

aprendendo cuidados básicos, o que,

ao final, se reflete, diretamente, na

redução no tempo de internação.

Este fato é expressivo principalmente

na população pediátrica e geriátrica

que têm, na internação domiciliar na

manutenção do elo com a família em

sua própria casa.

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Otratamento fisioterápico em úl- ceras epidérmicas já conquis tou, com seus excelentes resul-

tados, os Estados Unidos da América, Canadá e diversos países da Europa, já existindo o Fisioterapeuta Especialista no tratamento de cicatrização de feridas.

Com o objetivo de despertar o inte-resse dos fisioterapeutas e acadêmicos de fisioterapia brasileiros para esta nova especialidade, resolvemos escre-ver este artigo, baseado em dois anos de estudo e prática sobre o assunto.

Para um tratamento eficaz, é de extrema importância a realização de uma avaliação minuciosa, desven-dando a real causa e os principais aspectos da úlcera, antes de se iniciar o tratamento.

A avaliação é dividida em sistêmica e local. A avaliação sistêmica consiste no estudo do paciente como um todo, incluindo aspectos nutricional, psico-social, funcional e condições clínicas.

Vamos nos ater mais na avaliação local da úlcera, com o objetivo de que, após a leitura deste texto, todos entenderão melhor um pouco deste trabalho. Baseado em estudos da American Academy Wound Manage-ment, da qual fui membro, elaborei uma ficha específica para avaliação de úlceras epidérmicas, para monito-rização semanal da evolução e, conse-qüentemente, um melhor tratamento.

Os fatores fundamentais que com-põem a avaliação são: Classificação das úlceras. Estas

podem ser classificadas princi-palmente como crônica, aguda e pós-operatória.

Etiologia das úlceras. Estas podem se apresentar basicamente como: de pressão, arterial, venosa e diabética.

Estágios das úlceras. Segundo o American National Pressure Ulcer Advisory Pannel, 1989, as úlceras são graduadas em:Estágio I – Eritema não esbranquiça-

Introdução da avaliação fisioterápica no tratamento de úlceras

do, na pele ainda intacta. Iniciando ulceração.Estágio II – Lesão parcial da pele, envolvendo a epiderme e/ou derme. A úlcera é superficial e pode ter a forma de bolha, abrasão ou cratera.Estágio III – Ferida com lesão total da pele, envolvendo a epiderme, derme e a camada subcutânea.Estágio IV – Grande destruição, envolvendo outros tecidos como músculos, tendões e/ou ossos.

Localização das úlceras. Esta deve ser descrita, considerando sempre o paciente em posição anatômica.

Tamanho das úlceras. Existem vá-rias maneiras de se medir o tamanho de uma úlcera. A usada por nós é com o auxílio de uma régua.

Profundidade das úlceras. Pode ser um fator determinante do está-gio da mesma. É aferida com uso de cotonetes e régua.

Undermining. Segundo definição de Carrie Sussman, 1998, é definido um espaço coberto pela pele, sob as bordas da úlcera.

Sinus-tract. É caracterizado por um canal que se inicia na borda da ferida, encoberto pela pele.

Túnel. É uma cavidade subcutânea que comunica duas úlceras em lo-calizações diferentes.

Drenagem. A drenagem pode ser classificada em mínina, moderada ou máxima. A drenagem é mínima quando o curativo primário encon-tra-se seco; moderada, quando ape-nas o curativo primário encontra-se úmido e máxima, quando tanto o curativo primário quanto o secun-dário encontram-se bem úmidos.

Infecção e/ou inflamação. Obser-var sempre se há presença ou não de algum sinal de inflamação e/ ou infecção atrapalhando o processo de cicatrização. Tal observação deverá ser feita juntamente com o médico da equipe.

fisioterapiafisioterapia

Tecido de Granulação e/ou Epite-lização. A presença ou ausência de tais tecidos nos ajudará a perceber se o processo de cicatrização está ocorrendo sem intercorrências e a determinar em qual fase do mesmo a ferida se encontra.

Equipamento de Suporte. Verificar se o paciente faz uso de algum equi-pamento de suporte, como bóias, colchões especiais, entre outros. Caso não o utilize, uma orientação sobre sua importância, tanto cura-tiva quanto preventiva, deverá ser dada. Caso faça uso, avaliar se o faz corretamente.

Gostaríamos de ressaltar que para um tratamento mais eficaz de úlceras epidér-micas, é necessária a formação de uma equipe multidisciplinar especializada, onde o fisioterapeuta tem sua impor-tância juntamente com nutricionistas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e médicos.

A orientação de forma preventiva, por meio de palestras, cartazes etc, deveria ser norma obrigatória em todos os hos-pitais e clínicas, pois prevenir ainda é o melhor tratamento.

PaCoCK, Erle E.,WINKlE, Walton Van. Wound Repair. W.B. saunders Company. london, 1976.

DEalEY, Carol. Cuidando de feridas. atheneu Editora. são Paulo, 1996.

sussMaN, Carrie., BatEs – jENsEN, Barbara M.. Wound Care. aspen Publication, 1998.

YouNg, trudie. (1997) Classificação das Úlceras de Pressão. Nursing 107: 21-25.

hEalEY, Frances. (1997) Classificação das Úlceras de Pressão II. Nursing 109: 16-20.

BaCKEs, Dirce stein., guEDEs, sandra Maria Barbo-sa., RoDRIguEs, Zeli Coelho. (1999) Prevenção de Úlceras de Pressão: uma maneira Barata e Eficiente de cuidar. Dermatologia Nursing 9: 22-27

Leitura recomendada

Dra. Vânia Carvalho Fisioterapeuta; Diretora-sócia da Fisioraim Fisioterapia

e Educação Física [email protected]

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Diante da quantidade de

matérias relacionadas à

fragilidade de inúmeros planos de

saúde, ficamos com a percepção

de que, em breve, poderemos ser

as próximas vitimas. De um lado

seria conveniente, porém levia-

no, achar que a situação está sob

controle, uma vez que é absolu-

tamente certo que outros tantos

planos de saúde irão passar pelas

mesmas dificuldades. De outro,

existe seriedade de ação de alguns

planos que sairão

fortalecidos deste momento, na

medida em que terão sua atua-

ção destacada.

Antes que isto aconteça, o que

se pode fazer para não se tornar

refém de um destes planos que

atuam de forma questionável?

Pensando nisto, resolvemos criar

um manual de sobrevivência para

que o cliente possa se orientar

melhor no momento de aquisição

e utilização do seu plano. Asso-

ciamos cada regra a um ditado

popular uma vez que estes facili-

tam a memorização, provocando

a associação de idéias:

“Se um homem não

sabe para que porto

está navegando,

nenhum vento lhe é

favorável”

(Sêneca)

Em primeiro lugar, devemos

nos perguntar exatamente o que

queremos: Um plano com ampla

cobertura? Apenas com cobertura

hospitalar? Com cláusula de parto?

Com valores de reembolso altos ou

de mercado? Antes de sair compran-

do o primeiro plano que lhe aparecer,

reflita sobre o seu perfil e o nível de

cobertura que pretende ter.

“Vale o escrito”

(Regra do jogo do bicho)

Sabemos que a imensa

maioria de brasileiros

não lê qualquer tipo de contrato. Em

se tratando de planos de saúde, as

desculpas de que os contratos são

ilegíveis não existem mais. Por isso,

recomendamos a leitura atenciosa.

Esta é a única forma de conhecer

seus direitos. Caso lhe seja aplicável,

guarde o material promocional apre-

sentado que, não raro, contribuiu

para sua decisão.

“Todo mundo é

ignorante, só que em

assuntos diferentes”

(Will Rogers)

Tire todas as dúvidas que você

possa ter em relação às condições

contratadas, pois é a única maneira

de garantir que você está compran-

do aquilo que efetivamente quer.

Lembre-se ainda que, no momento

da compra, você é um cliente, mas

no momento da utilização, você será

um paciente. Assim sendo, pense

muito mais como paciente do que

como cliente e não deixe de esclare-

cer nenhum das dúvidas existentes.

“Promessa é dúvida”

(Alberto Maduar)

Promessas de corretores

devem ser feitas por es-

crito. Certifique-se de que todas as

promessas feitas estão efetivamente

documentadas em sua apólice. Na

dúvida, preencha ainda os espaços

em branco. Seguindo este caminho,

você transformará as “promessas em

dívidas”.

“A principal mentira é aquela que conta-mos a nós mesmos”

(Nietzsche)

Infelizmente, a frau-

de tem um custo substancial para os

convênios de saúde. Com alguma

freqüência, vemos ainda o emprés-

timo da carteira do plano a terceiros.

Precisamos nos conscientizar de que

o plano, assim como qualquer servi-

especialespecial

As dez regras de sobrevivência na relação com seu plano de saúde

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ço, tem suas limitações, restrições e

custos e que desrespeitar esta regra

nada mais é do que se enganar.

“Quando a esmola é grande o santo desconfia”

(Ditado popular)

A melhor recomendação é pas-

sar longe de planos que estejam

oferecendo atendimento a preços

muito menores do que a média dos

demais planos, porque isto é sinal de

problemas futuros. Como disse Elio

Gaspari em coluna recente, “planos

individuais de R$ 15 são um contrato

de engano mútuo. O consumidor

pensa que está lidando com uma

empresa boba (capaz de lhe vender

por ninharia uma coisa que custa

várias vezes mais no mercado) e a

empresa tem a certeza de que está

lidando com um tolo. É ela quem

está certa”. Portanto, muito cuidado

para não se tornar um BO (bom para

otário), no momento de compra de

um plano de saúde.

“Um grama de de-sempenho vale mais do que um quilo de imagem”

(Adaptação do ditado criado por José Maria Alkmin)

Muito mais do que a enxurrada

de propagandas e outdoors, o que

vale na medicina é o desempenho

efetivo. Antes de assinar um con-

trato, consulte o PROCON ou a

Agência Nacional de Saúde para

conhecer os planos campeões de

reclamações. Verifique ainda a lista

negra do Conselho Regional de

Medicina e o ranking de planos de

saúde do Sindhrio. Estas entidades

têm informações baseados em

prestadores de serviços de saúde e

dispõem de dados concretos para lhe

auxiliar na escolha de um plano de

saúde confiável. Médicos, hospitais e

laboratórios já são uma grande fonte

de referência para quem procura um

plano de saúde.

“Diga-me com quem andas e te direi quem és”

(Ditado popular)

Antes de contratar um plano de

saúde, analise com muito cuidado

se a rede credenciada é qualificada

e se contempla os médicos e demais

prestadores de serviço que você

costuma utilizar. Uma vez preenchi-

do este quesito, entre em contato

com alguns dos seus prestadores de

referência, obtendo destes a opinião

a respeito do referido plano.

“Começar já é meta-de de toda ação”

(Provérbio grego)

“Grite, grite alto e

rápido. Quem estiver sendo mal

atendido deve protestar junto à em-

presa em que trabalha (caso de plano

empresa), ao PROCON e à ANS. Afi-

nal, a reclamação do consumidor é a

melhor fonte de informação sobre a

saúde dos planos; quando sentir um

cheiro de queimado no atendimento

do seu plano, caia fora. Quando isso

acontecer, a empresa deve ir a pi-

que” (coluna recente – Elio Gaspari);

“Saúde não tem

preço, mas medicina

tem custo”

(Ditado popular)

Os planos de saúde são um recurso imprescindível para o setor privado de saúde. Mas por que o ser humano tem um com-portamento irracional quando se trata de comprar ou usar um plano de saúde? Quando contrata um seguro de carro, sabe tudo sobre as cláusulas. Quando o assunto é plano de saúde, busca um barato e com um livro gordo de credenciados. O resto é o pensamento mágico de que tem “direito a tudo”. Como saúde é um bem não valorável (diferente de um carro) e emocionalmente complexo, ficamos com a sensação de que temos um direito cósmico ou adquirido, com acesso a tudo e todos, sem custos adicionais ou que as restrições são absurdas.

O uso indevido da tecnologia, aumenta o custo que volta contra o pagador do plano (você, cliente). Por isso, muita atenção: fazer um hemo-grama desnecessariamente pode ser mais impactante em termos de custo do que uma ressonância necessária. Não se iluda. No final é sempre você quem paga a conta.

Adriano LondresPresidente do indicato dos hospitais, Clínicas e Casas de saúde do Município do Rio de janeiro

[email protected]

literaturareco

mend

ada

Livro Acreditação Hospitalar Proteção aos usuários, dos profissionais e das Instituições de Saúde

Coleção Instrumentos de Avaliação Conjunto

de instrumentos de avaliação: Manual das Organizações Prestadoras de

serviços hospitalares

Coleção Livros de Acreditação Conjunto de Livros: Acreditação Hospitalar (Quinto e Gastal); Processo de Acreditação: A busca da qualidade das organizações de saúde (Antonio Quinto Neto)

Manual Internacional dePadrões de Acreditação

Hospitalar CBA/JCI

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gestão em saúde

Há quem afirme que o mundo contemporâneo deveria ser dividido em AG (antes de Ga-

tes) e DG (depois de Gates) ou seja, o marco dessa mudança deveria ser o ano de 1985 quando Bill Gates iniciou a Microsoft e, com ela, toda uma revolução de hábitos e costu-mes no mundo, que culminou com a criação dessa monumental estrada de comunicação global que é a Inter-net, em que somente um dos “sites” de busca – o google – hospeda mais de 8 bilhões de páginas. Esse é o novo mundo da informação que Gates e sua turma nos proporcionou. Também na saúde esse novo mundo trouxe importantes mudanças e se refletirmos sobre isso veremos, por exemplo, que até 1985 tínhamos muito pouco o que oferecer sobre métodos de investigação diagnósti-ca. Hoje temos muito, e isso obvia-mente gerou um custo não previsto já que a medicina custa muito caro.

Junto com esse fantástico mundo novo, que a revolução da informática nos proporciona, foram incorpora-das novas tecnologias indisponíveis até então, e cada vez mais novos equipamentos com incríveis capa-cidades de resolução de imagem e de processamento de dados digita-

lizados foram rapidamente sendo renovados, e novíssimas versões de aparelhos de ultra-sonografia, tomo-grafia computadorizada de diversas gerações, ressonância magnética, métodos invasivos de diagnóstico por imagem foram surgindo e cada vez mais e mais facilidades na investigação diagnóstica foram incorporados. Além disso, inúmeros métodos terapêuticos também sur-giram, entre os quais se destacam a angioplastia, a colocação de próteses e órteses, a cirurgia videolaparos-cópica e a robótica, e tantas outras novidades do arsenal terapêutico que tanto entusiasmo causa em todos nós. Mas isso tudo tem um custo. E esse custo se transforma em despesas e obviamente alguém tem de pagar essa conta final, seja o setor público, através dos impostos aumentados, ou o setor privado pe-los reajustes dos preços dos planos de saúde.

No caso do setor privado, aqueles que, como eu, adquiriram planos suplementares de saúde antes de 1985, obtiveram pelo bom senso das operadoras dos planos o direito à incorporação dessas novas tecno-logias a suas apólices, já que não havia previsão contratual dessas

coberturas quando os planos foram adquiridos.

Assim tem sido com todas as inovações incorporadas ao arsenal médico nos últimos tempos no setor privado: as operadoras avaliam as demandas, criam fatores de regu-lação incluindo necessidade de au-torização prévia para utilização das novas tecnologias, sempre baseados em critérios técnicos definidos pelas sociedades médicas especializadas, e toda a população assistida pela me-dicina suplementar se beneficia da incorporação de novas tecnologias pelos planos de saúde.

O problema é que devido ao alto custo desses novos arsenais de inves-tigação diagnóstica e terapêutica, os planos de saúde não tem conseguido repassar integralmente esses custos aos preços por eles praticados, e cada vez mais surgem dificuldades no gerenciamento das carteiras dos planos privados em nosso País.

No setor público, a alternativa de receitas para cobrir os crescentes custos da gestão dos seus serviços é o aumento progressivo dos impos-tos, que no Brasil já beira aos 42% de tudo que produzimos.

Nos últimos cinco anos, também nós que trabalhamos no segmento

Repensando a saúdee tirando da menteidéias antigas

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”

Raul Seixas

Julian

a Rezen

de

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da medicina domiciliar temos feitos enormes progressos no sentido de criar critérios claros e bem definidos para os pacientes que demandam cuidados domiciliares. Uma das gran-des dificuldades que temos, é que a sociedade moderna adquiriu a cultu-ra da hospitalização e centraliza nas ações hospitalares toda a esperança para solução dos problemas de saúde de nossa população.

Talvez, pela incrível velocidade de mudança em nossa sociedade, não tenhamos percebido claramente que nossa população envelheceu e que a expectativa de vida ao nascer duplicou em relação ao início do século passa-do, e que com isso, temos hoje uma imensa população de idosos, muitos residindo na periferia das grandes cidades e com habituais dificuldades de acesso aos serviços de saúde.

Rever o modelo atual de geren-ciamento da assistência médica oferecida pelos planos de saúde suplementar é imperativo para a so-brevivência do modelo de saúde que adotamos. O “home care” no seu sentido mais abrangente que envol-ve desde o gerenciamento de casos e monitoramento de doenças em regime domiciliar até o modelo de internação domiciliar que a ABEMID defende, baseado em protocolos clí-nicos bem definidos e com rigorosos critérios de elegibilidade e alta, é uma importante ferramenta gerencial que permitirá um melhor controle da saú-de de nossa população, evitando-se o desperdício que hoje observamos por falta de um melhor e maior controle da assistência atualmente prestada, que tem gerado uma infinidade de internações hospitalares desneces-

sárias e informações clínicas inúteis, conforme afirma o relatório da OMS sobre cuidados inovadores nas doen-ças crônicas.

Com o nível de conscientização já adquirido por todos, está mais do que na hora de rever o nosso modelo de assistência à saúde e incluirmos nessa discussão a assistência domi-ciliar em todos os níveis de atenção – primária, secundária e terciária.

Não devemos esquecer os sábios conselhos de um dos mais renoma-dos mestres da administração de todo o mundo Peter Drucker, quando afirma : “Com relação ao futuro, a única coisa que podemos afirmar sem medo de errar, é que tudo vai mudar.”

Josier Marques VilarVice-presidente da aBEMID - Diretor da Pronep

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Cada sistema familiar funci-

ona como uma rede inter-

comunicante que possui

um funcionamento próprio, onde

seus membros estabelecem rela-

ções interpessoais de acordo com

os papéis que assumem em dado

momento. Quando um membro

da família adoece, é preciso uma

reestruturação para que a família se

adapte, contudo a família por muita

vezes, apresenta dificuldades. Essas

dificuldades surgem diferentemente

na família que tem crianças como

membros. A criança e o adulto têm

estratégias para se adaptar a um

membro adoecido.

Sabemos o quanto a sociedade

afasta a criança dos hospitais, ima-

ginando poupá-la de presenciar o

sofrimento do seu familiar.

Em alguns casos, a criança so-

mente convive com um membro

doente quando ele recorre ao home

care. A internação domiciliar facilita

o tratamento especialidado dentro

de um quadro clínico estável, ela

gera algumas modificações no co-

tidiano da residência e isto não se

refere somente a estrutura física que

é montada, mas a mudança da rotina

e a presença de pessoas da equipe

de saúde que prestam a assistência

ao paciente.

Isto é agravado com a rotina do

home care e a entrada de uma série

de profissionais em sua casa que tra-

zem uma movimentação diferente a

que era vivida. Daí, a importância de

os pais estarem bastante atentos as

reações e atitudes da criança, tanto

em casa quanto na escola.

A criança percebe as muitas

mudanças e que aquele familiar,

que é uma referência para ela, por

exemplo – o pai e a mãe –, está

apresentando um estado que não lhe

permite brincar ou mesmo cuidar do

parente. Quando é um dos pais que

adoece e vem para o home care, a

criança fica por vezes confusa, tendo

em vista que a pessoa que veio para

sua casa é diferente daquela que foi

para o hospital enquanto passava

mal. A criança tem dificuldades de

reconhecer esta nova mãe ou novo

pai que pouco interage ou que apre-

senta grandes dificuldades, necessi-

tando dos cuidados de profissionais

diariamente.

Há, geralmente, uma sobrecarga

de atividades do pai, ou da mãe,

que está saudável e responsável pela

manutenção da casa e das finanças.

Este se apresenta com falta de tem-

po e possibilidade de dar atenção à

criança. Ou seja, a criança fica neste

período com dificuldades na refe-

rência parental. Triste pela doença

de um e sem a atenção do outro, a

criança pode desencadear uma série

de alterações.

Ou ainda pode ocorrer a chega-

da de um bebê que possua alguma

síndrome, que traga graves acometi-

psicologiapsicologia

Atenção às crianças!

Prevenção e

acompanhamento

psicológico em

home care

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mentos, e o irmão tão esperado

pela criança para ser um novo

companheiro ou amigo; apre-

senta uma série de limitações

ou mesmo gera uma grande

mobilização dos pais para aco-

lher e cuidar deste bebê em um

home care.

Esta criança, pode apresen-

tar ciúmes do irmão doente,

que tem a atenção dos pais e

da equipe de saúde, que o vi-

sita ou permanece na casa em

sistema de home care. Ela se

sente preterida e isto dificulta

até mesmo o estabelecimento

de uma relação positiva com

o irmão.

A criança percebe modifi-

cações no seu dia-a-dia sem

conseguir identificar o que está

havendo com precisão. A criança so-

fre em silêncio e a expressão do que é

vivenciado pode ser variada. Sua res-

posta ocorre com comportamentos

não-verbais, podendo ser agressiva,

agitada, deprimida, apática, rebelde,

dentre outros.

Estes comportamentos da crian-

ça geralmente são involuntários e

precisam, se observados, serem ma-

nejados pelos pais ou mesmo se pos-

sível ter o auxílio de um profissional

especializado como um psicólogo. É

importante que não se negligencie

estas reações infantis, a fim de que

se permita a prevenção de distúrbios

posteriores.

É preciso que os pais estejam

atentos à relação que vem estabe-

lecendo com a criança nesta fase

tão conturbada e desestruturante

que traz o adoecer. A família preci-

sa estar próxima e disponível para

atender as necessidades da criança,

seja com uma explicação ou apenas

um carinho. A criança, estando em

fase de desenvolvimento, precisa

do suporte e apoio dos familiares

principalmente porque ela também

está atravessando uma fase de en-

lutamento pelas perdas parciais que

envolvem este processo, além das

atividades prazeirosas e brincadeiras

que a criança vivencia.

Kelly Faria SimõesPsicóloga responsável pelo serviço de Psicologia da

INtENsIVE CaRE, doutoranda em Psicologia na área de Desenvolvimento Psicossocial, Mestre em Psicologia na área de tanatologia; Formação de Psicologia Clínica na

abordagem Centrada na Pessoa, Professora da disciplina de Bioética na Pós-graduação de Psicologia hospitalar na

universidade Veiga de almeida-Rj. E-mail: [email protected]

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julho/agosto 2005 16

nutriçãonutrição

Indicadores de qualidade nutricional na assistência domiciliar

Oconceito de internação domi- ciliar originou-se a partir da visão inovadora de duas

enfermeiras, Lillian Walt e Mary Brewster em 1887 nos EUA, após identificarem as vantagens que os pacientes hospitalizados teriam se os cuidados médicos e de enfer-magem fossem prestados na sua própria residência. Em 1947, foi criado o primeiro Departamento de Assistência Domiciliar no Hos-pital Montefiori em Nova York, integrando médicos, enfermeiros, assistentes sociais e outros profis-sionais envolvidos na àrea.

No Brasil, a assistência domiciliar faz parte das modalidades do aten-dimento do Programa de Saúde da Família (PSF), desde 1994 quando foi criado pelo Ministério da Saúde (MS), essa nova atividade que con-vencionou-se chamar de Home Care, vem se confirmando como uma nova ferramenta de gestão.

Hoje sabe-se que o retorno do paciente para a residência, envolve uma série de mudanças de para-digmas, referentes aos aspectos do comportamento profissional, da transferência do tratamento de doenças para o domicílio e sobre-tudo do controle da qualidade da assistência prestada.

A obtenção da qualidade da te-rapia nutricional domiciliar começa pela padronização do processo de assistência, normatização de proto-colos técnicos definidos para fins e serviços, como protocolos sistemati-zados de prevenção e controle, que devem abranger desde a admissão

até a suspensão da terapia nutricio-nal domiciliar.

Na assistência domiciliar, pode-se destacar alguns indicadores diretos de qualidade nutricional relaciona-dos ao paciente que poderão ser mensurados de acordo com índices e/ou taxas. Avaliação periódica do estado

nutricional durante a internação domiciliar;

Incidência de broncoaspiração em pacientes em uso de sonda para alimentação;

Incidência de complicações gastrointestinais relacionadas à Terapia Nutricional;

Incidência de úlcera de pressão durante a internação domiciliar;

Incidência de infecções opor-tunistas durante o período de internação domiciliar.

Outros indicadores, estes indire-tos, também poderão ser utilizados e deverão ser pontuados em uma escala de valores e considerados na elaboração de uma normatização es-pecífica, tais como discuusão clínica, controle de qualidade dos produtos fornecidos, freqüência de serviço de educação continuada e pesquisa de satisfação dos clientes.

A revisão de todo o processo deve ser dinâmica e modificar-se de acordo com os resultados, tendo como objetivo final a qualidade da assistência. Para isso, se torna necessário a implementação de ins-trumentos que facilitem a avaliação de padrões de conformidade e que possam estabelecer formas de con-

trole, com garantia de segurança dos processos executados nos domicílios, facilitando desta forma, a obtenção dos resultados planejados, adquirin-do conseqüentemente, a satisfação do cliente.

Sendo assim, o adequado planeja-mento da Terapia Nutricional Domici-liar, avaliado através de indicadores de qualidade, diretos e indiretos, requer o trabalho conjunto de uma equipe multiprofissional de saúde, que deve ser elaborada de forma metódica, a fim de proporcionar aos prestadores de serviço, ao seguro de saúde, ao paciente e à família um acompanha-mento com atenção especializada e de excelente qualidade.

american society for Parenteral and Enteral Nutrition. Board of Directors. home Care standards. asPEN. NCP 1999: 14(3); 151-162.

Borges VC, Waitzberg DC, silva Mlt, et al. Nutrição Domiciliar: uma Experiência no Brasil. In: Waitzberg Dl. Nutrição oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 3a edição. são Paulo. atheneu 2000; p 977-987.

Duarte Yao, Diogo Mj, D’Elboux. atendimento Domici-liar: um enfoque gerontológico. In: Duarte Yao, Diogo Mj, D’Elboux. atendimento Domiciliar: um enfoque gerontológico. são Paulo. atheneu: 2000; p 8-18.

Meyer j, lund D, smith j. Benefits of a Nutrition support service in an hMo setting. NCP 2001: 16(1); 25-29.

Kovacevich Ds, Canada t, lown D. Monitoring home and other alternate site nutrition support. In: “the science and Practice of “Nutrition support”. Eua. asPEN 2001; p 731-756.

Costa jlF. Cóloquio – Indicadores de Qualidade. MBa em gerência de saúde. Rio de janeiro. apostila Fundaçào getúlio Vargas. 1999.

Leitura recomendada

Nut. Nara Lúcia Andrade Lopes Nut. Flávia Lopes Fonseca

Consultoras de Nutrição pela Consult. Nut. na Med-lar; Es-pecialistas em terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela

sBNPE, e Docentes do Curso de Pós-graduação Médica Carlos Chagas e do Centro de Estudos da santa Casa da

Misericórdia do Rio de janeiro (CEsaNta).

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Julho/agosto 2005 17

hospitalar 2005hospitalar 2005

A Hospitalar 2005 - a 12ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Clínicas e Consultórios apresentou um saldo positivo de visitação e negócios. Para a presidente da Hospitalar, dra. Waleska Santos, os resultados confirmam o evento como mais importante ponto de encontro do setor de saúde da América Latina, além de impul-sionar os negócios e as exportações que o País precisa, reunindo para a troca de experiências os maiores expoentes do setor em

todo o mundo. Para o presidente da As-

sociação Médica Brasileira, Eleuses Vieira de Paiva “há mais de dez anos, a Hos-pitalar tem contribuído de forma importante para o fortalecimento do setor médi-co-hospitalar. Embora tenha surgido como uma feira de negócios, hoje funciona como um grande fórum em que

A maior feira e o mais importante fórum desaúde da América Latina

representantes dos mais diversos segmentos do setor buscam soluções e estratégias para as grandes questões que envolvem a saúde do povo brasileiro. A troca de informações e idéias é fundamental para a atuação profissional de alto nível, o que só tem a beneficiar os pacientes”.

A revista HOME CARE BRASIL participou da Hospitalar 2005 à convite da Politron, indústria nacional de máquinas e compo-nentes eletrônicos, que acaba de completar 55 anos no mercado e pioneira no segmento de alta freqüência.

Em primeiro plano, Waleska santos presidente da hospitalar, o governador de são Paulo, geraldo alckmin, o ministro da sáude humberto Costa e o

deputado federal Rafael guerra da Frente Parlamentar de saúde

Reprodução/site Hospitalar

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Depressão em idosos:relevância para o home care

Face ao aumento do número

de idosos no país, cresce o

interesse dos profissionais da Saúde

pela área da Geriatria, notadamente,

pela Psicogeriatria, especialidade

que vem ganhando cada vez mais

destaque, pois consiste num ramo

da Psiquiatria que aborda os pro-

blemas psiquiátricos da população

idosa. No presente texto, propomos

uma discussão sucinta acerca da de-

pressão nos idosos à luz do interesse

dos profissionais de Home Care, que

lidam com esta população.

As perspectivas de crescimento

da população idosa no Brasil é

de 15 vezes, entre 1950 e 2025,

colocando nosso País em 6º lugar,

enquanto a da população como um

todo não ultrapassa cinco vezes no

mesmo período. A expectativa de

vida do brasileiro passou de 55,9

anos, em 1985, para 64,8 anos, em

2000, com uma previsão de 72,1

anos para o ano de 2025, quando

14% da população (30 milhões de

pessoas) terá mais de 60 anos de

idade.

O idoso é acometido por diversos

transtornos psiquiátricos e, dentre

os mais comuns, destacam-se os

Transtornos Depressivos, atingindo

até 15% da população de idosos nos

Estados Unidos (ECA – NIH, 1992).

Um estudo realizado em São Paulo

(Ramos et al, 1993) revelou que até

26% dos idosos são acometidos por

sintomas depressivos. Além disso,

quadros depressivos podem atingir

até 30% dos idosos hospitalizados.

Os transtornos depressivos que

acometem idosos produzem grande

impacto na qualidade de vida desses

indivíduos, comprometendo por

vezes o resultado do tratamento de

outras doenças. Dados da Organiza-

ção Mundial de Saúde (2001) apon-

tam que a Depressão Maior é uma

condição que apresenta maior carga

para a família e para a sociedade.

Os idosos deprimidos, por exemplo,

costumam aderir menos aos trata-

mentos propostos para Diabetes e

Doenças Cardiovasculares, além de

apresentarem piores resultados na

evolução dessas doenças. Ademais,

a Depressão aumenta os custos e

as taxas de mortalidade por outras

doenças.

Sintomas depressivos são aque-

les que aparecem numa avaliação

psiquiátrica utilizando-se escalas

de avaliação e podem ter diversas

causas. Já o quadro conhecido

como Depressão Maior, é caracte-

rizado pela presença de uma série

de sintomas para o seu diagnóstico

(DSM-IV – tabela 01):

enfermagem

Tabela 1

Diagnóstico da Depressão

Maior pelo DSM-IV

Cinco ou mais dos seguintes sinto-

mas devem estar presentes a maior

parte do tempo pelo tempo mínimo

de 2 semanas. Um dos sintomas deve

ser humor deprimido (1) ou falta de

prazer(2)

1) humor depressivo na maior

parte do dia;

2) perda ou diminuição do prazer

ou do interesse em atividades

cotidianas;

3) aumento ou diminuição do

apetite;

4) insônia ou excesso de sono

5) agitação ou retardo psico-

motor;

6) fadiga ou diminuição da ener-

gia;

7) sentimento de culpa e deses-

perança;

8) diminuição de concentração e/

ou memória;

9) pensamentos recorrentes de

morte ou suicídio.

Nos idosos, a depressão surge

com sintomas mais intensos de

alteração de memória, apatia e hi-

pocondria. Diversas são as causas da

depressão em idosos, dentre as quais

destacamos fatores biológicos e psi-

cossociais. Nos primeiros, incluem-se

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Julho/agosto 2005 19

Leitura Recomendada

Revista Brasileira de Psiquiatria - Psi-quiatria geriátrica - vol. 24 (supl I), 2002.

lima CaM. Depressão no idoso. aPERj, 2005.

stoppe jr a . Depressão em Idosos - guia para Diagnóstico e Conduta. lemos, 2004.

Busse EW; Blazes Dg. Psiquiatria geri-átrica. 2ª ed. artmed, 1999.

stone jt, Wyman jF, salisbury as. Clinical gerontological Nursing: a guide to ad-vanced Practice. 2ª ed. saunders, 1999.

oMs/oPas: Relatório sobre a saúde Mental no Mundo – saúde Mental, Nova Concepção, Nova Esperança. Ministério da saúde/BR, 2001.

doença física concomitante (doenças

crônicas ou que causam limitação e

dor), uso de medicações (como por

exemplo, certos anti-hipertensivos,

quimioterápicos, benzodiazepínicos,

interferon), aspectos genéticos, alte-

rações nos neurônios e neurotrans-

missores. Já a diminuição da renda,

o divórcio, o falecimento do cônjuge

e processos de luto, o afastamento

dos filhos e da moradia (incluindo

institucionalização), o fato de possuir

uma doença física incapacitante, a

aposentadoria, bem como as modi-

ficações no papel social, constituem

fatores psicossociais que podem es-

tar implicados na gênese de quadros

depressivos.

Um subgrupo de pacientes apre-

senta uma depressão mascarada pe-

los sintomas físicos (fadiga, cansaço

fácil, indisposição, dores difusas,

dor de cabeça, astenia), de modo

que nestes é particularmente difícil

o diagnóstico da depressão, em

virtude da intensidade dos sintomas

somáticos. Outros sintomas físicos

que podem acompanhar a depressão

incluem dores difusas pelo corpo e

alterações do apetite. Nos idosos, é

comum a depressão se estabelecer

acompanhada de sintomas ansiosos,

tais como irritabilidade, apreensão,

sofrimento por antecipação, pre-

ocupações excessivas quanto aos

familiares. Ainda que o diagnóstico

da Depressão seja clínico, o médico

deverá solicitar exames comple-

mentares para a pesquisa de causas

orgânicas da depressão (infecções,

distúrbios metabólicos, alterações

na tireóide, dentre outros). A pseu-

dodemência (um tipo de depressão)

é uma condição em que os sintomas

cognitivos são mais importantes

(alterações de memória, perdas de

objetos, desorientação), sendo muito

confundida com demência.

Um aspecto que o profissional

deve estar atento nos idosos depri-

midos é o suicídio, que, particular-

mente, atinge homens com mais

de 80 anos de idade e indivíduos

em condições dolorosas crônicas.

É fundamental questionar sobre

a intenção do paciente de tirar a

própria vida.

Tratamento da Depressão

O tratamento da depressão no

idoso visa à diminuição dos sintomas

depressivos, a melhora da qualidade

de vida e do estado clínico geral, e

a diminuição da morbidade e mor-

talidade. Os tratamentos de escolha

incluem o uso de medicamentos

antidepressivos, principalmente os

da classe dos Inibidores Seletivos da

Recaptação de Serotonina (ISRS),

pelo melhor perfil de segurança e

tolerabilidade. São utilizados tam-

bém a Mianserina, a Mirtazapina e a

Nortriptilina. A eletroconvulsoterapia

é indicada para pacientes com maior

risco de suicídio. As psicoterapias,

principalmente a Terapia Cognitivo-

Comportamental, a Interpessoal e

a Psicoterapia Dinâmica Breve são

indicadas nos quadros moderados.

Se a causa do quadro depressivo

for uma condição identificada, como

por exemplo, uso de medicações

ou doença física, deve-se retirar a

medicação e tratar a doença física,

respectivamente. O luto consiste

numa condição normal apresentada

por qualquer indivíduo que vivencia

perdas e deve ser diferenciado da

depressão pelo período, não neces-

sitando abordagem farmacológica.

Existe ainda grande preconcei-

to quanto à Depressão e mesmo

com relação ao seu tratamento.

A identificação desses quadros é

de fundamental importância para

a melhoria da qualidade de vida

do idoso, inclusive com relação ao

curso das doenças concomitantes e

mesmo quanto aos relacionamentos

interpessoais do enfermo. O idoso

que mantiver boa nutrição, prati-

car exercícios físicos regularmente,

mantiver relações de confiança,

possuirá assim fatores de proteção

contra o estabelecimento de quadros

depressivos.

Entre 30% a 50% dos idosos

com Depressão não recebem o

diagnóstico e, portanto, deixam de

ser tratados. Assim, o profissional do

Home Care tem um papel de des-

taque na identificação de quadros

depressivos em idosos. A abordagem

interdisciplinar proposta pela equipe

do Home Care, vai ao encontro dos

interesses desses pacientes e de seus

familiares, englobando o médico, a

equipe de enfermagem, o nutricio-

nista, o psicólogo e o fisioterapeuta,

conferindo ao indivíduo enfermo

necessário apoio psicossocial.

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Janaína de Medeiros TavaresEnfermeira - PRoNEP homeCare

Felipe de Medeiros TavaresPresidente da liga acadêmica de

Neurociências e Comportamento da Faculda-de de Medicina de Valença - Rj

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eventoseventos

Fotos: Juliana Rezende

“As soluções para os proble-

mas do sistema de saúde no Brasil

exigem um grau maior de diálogo

e entendimento entre o Estado e

a iniciativa privada”, afirmou o

ex-presidente Fernando Henrique

Cardoso, durante sua palestra no

seminário “Desafios e Perspectivas

para a Saúde no Brasil”, promo-

vido pelo SINDHRIO - Sindicato

dos Hospitais, Clínicas e Casas de

Saúde do Município do Rio de Ja-

neiro. Para FHC “estamos entrando

numa nova fase no Brasil, em que

a questão principal passa a ser a

qualidade. É preciso melhorar a

gestão. Aplicar melhor os recursos.

E com isso combater as fraudes e

os desperdícios”.

Adriano Londres, presidente do

Sindhrio, fez a abertura do evento,

ressaltando que é preciso estru-

turar o sistema de saúde e que o

setor privado possa ser visto como

um aliado da população.

A visão global dos desafios da

saúde, tanto na esfera pública

quanta na privada, foi a vertente

abordada, tendo em vista que a crise

de financiamento de serviços médi-

co-hospitalares é um problema que

desafia governantes e especialistas

em todo o mundo.

A PRONEP sai na frente com uma nova ferramenta: a unidade de Gerenciamento Integral da Saúde. “Acho que estamos dando uma grande contribuição para a inova-ção da saúde no Brasil,”disse Josier Marques Vilar, diretor da empresa. O GIS permite a centralização do

acompanhamento de pacientes elegíveis para programas de Moni-toramento de Cuidados, por uma equipe multiprofissional de saúde, com a avaliação e acompanha-mento do tratamento no próprio ambiente do doente. Todos os dados relacionados aos procedimentos da equipe estarão disponíveis para que médicos, assistentes e familiares possam acompanhar a evolução do atendimento.

“Só há uma maneira de fazer o uso racional da moderna tecnologia: é evitar o desperdício. É isso que o nosso Gerenciamento Integral da Saúde vai promover. A partir da disponibilidade da informação, o médico pode tomar decisões mais corretas, sem precisar, a todo o momento, recorrer a uma resso-nância magnética, ou tomografia computadorizada, cara e, muitas vezes, desnecessária, gerando o des-

perdício. Penso que esse é o grande momento para se promover as ações que desonerem o sistema de gastos excessivos”, afirma Josier Villar.

Para ilustrar a inauguração da unidade GIS, a Pronep convidou o professor da História de Arte, Marco Cavalcanti para mostrar a importância da Renascença sobre o mundo contemporâneo. Em palestra proferida para um auditório comple-tamente lotado por profissionais de saúde, o professor Cavalcanti focou a “Percepção, Investigação, Aná-lise e Conceituação do Processo Criativo de Leonardo da Vinci”. Após a palestra, a diretoria da Pro-nep recepcionou os convidados – na unidade de GIS instalada no segundo andar do Centro Médico Botafogo - com um coquetel abrilhantado pelo médico, dublé de músico, João Franzen que executou belas páginas de jazz e bossa nova.

FHC participa de seminário do SindhrioFHC participa de seminário do Sindhrio

GIS ferramenta contra o desperdício

Os doutores Jean Ruffier, Roberto Resende, Cléa Ruffier,

Josier Vilar, Claudio Barbosa e João Franzen

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o III PRÊMIo alEXaNDRE aDlER DE joRNalIsMo EM saÚDE distribuirá R$ 20.500,00 (vinte mil e quinhentos reais) aos concorrentes inscritos até 16 de setembro de 2005. Esta terceira edição inclui nova categoria: o fotojornalismo.PRÊMIos E CatEgoRIas:o concurso distribuirá um total de R$ 20.500,00 (vinte mil e quinhentos reais), nas categorias: a) Prêmio principal receberá R$ 8.000,00 (oito mil reais); b) Melhor reportagem em jornal – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); c) Melhor reportagem em revista – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); d) Melhor reportagem em tV – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); e) Melhor reportagem em rádio e Internet – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais); f) Melhor fotografia jornalística – R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).

o prêmio é uma homenagem ao microbiologista e clínico alexandre adler, falecido em março de 2003 – e tem como objetivo valorizar o profissional que se destaca na cobertura do setor de saúde pelas mais variadas vertentes, seja social, econômica, cultural ou científica. “Ficamos satisfeitos de o Prêmio alexandre adler estar se tornando uma referência e poder recompensar o bom repórter da área de saúde”, diz adriano londres, presidente do sINDhRio.Nas duas primeiras edições, realizadas em 2003 e 2004, concorreram 201 reportagens, de autoria de 141 jornalistas de mais de 36 empresas de comunicação de todo o País.o julgamento das matérias levará

em consideração sua contribuição para a discussão de soluções para o sistema de saúde Brasileiro, sem deixar de avaliar a qualidade técnica do texto jornalístico.

a comissão julgadora é formada pela doutoras lúcia adler e gisele Couto (CEs/senac); a jornalista Mirtes guimarães (sindicato dos jornalistas); sra. Carla Campos (gestora em saúde); e sr. Nilson Mello (representando o sindhrio). a Presidência de honra caberá ao Dr. licínio Ratto. os resultados serão divulgados em outubro de 2005, mês em que também será realizada a premiação. a iniciativa é do sindicato dos hospitais, Clínicas e Casas de saúde do Município do Rio de janeiro (sINDhRio), do Centro de Educação em saúde do senac Rio (CEs/senac Rio) e do sindicato de jornalistas Profissionais do Município do Rio de janeiro (sjPMRj).

calendário

calendário

DIa EVENto loCal INFoRMaçõEs

14 a 16/09 hospital Business Marina da glória (Rj) www.hospitalbusiness.com.br

19 a 23/09 III Congresso Brasileiro de Especialistas são Paulo (sP) (11) 5507-7278 em Enfermagem - III CaBEsE

20 a 23/09 9º Congresso Mundial salvador (Ba) www.icml9.org/ BottomofForm1 de Informação em saúde e Bibliotecas

22 a 24/9 CIaD - IV Congresso Interdisciplinar de Centro de Convenções Rebouças assistência Domiciliar/Expo CIaD 2005 são Paulo (sP) www.ciad.com.br Regulamentação Necessária Práticas Possíveis

01/10 XIV Congresso Paulista de Farmacêuticos anhembi (sP) [email protected]

01/10 13º Encontro anual da Formação Freudiana Centro de Convenções www.freudiana.com.br do CBC

12/10 XXV Congresso Brasileiro de Patologia Natal-RN [email protected]

18 a 20/10 21ª Medtrade 2005 atlanta - (Eua) www.medtrade.com

19 a 22/10 39° Congresso de Patologia Clínica/ são Paulo (sP) www.sbpc.com.br / Medicina laboratorial ItM Expo www.cbpcml.org.br

24 a 28/10 VIII Congresso Brasileiro dos Maceió - alagoas 0800-286-8282 Conselhos de Enfermagem

25 a 29/10 VI Congresso Brasileiro de Estomaterapia Praia do Futuro - Fortaleza (CE) [email protected]

30/10 a 05/11 XI Congresso da academia Brasileira Campos do jordão (sP) [email protected] de Neurocirurgia

03 a 07/11 57º Congresso Bras. de Enfermagem - CBEn Centro de Convenções “a Enfermagem na Construção goiânia (go) (62) 255-1247 de um Mundo solidário”

04/11 jornada Pronep 2005 hotel jW Marriot (Rj) (11) 5081-7718

15 a 18/11 IV seminário Brasileiro de Enfermagem Vitória (Es) [email protected] em Endoscopia gastrointestinal

11/11 XV Congresso da sociedade Brasileira de Diabetes salvador (Ba) [email protected]

20 a 23/11 XVI Congresso Bras. de Nutrição Parenteral e Enteral Centro de Convenções do Ceará [email protected] IV Congresso Brasileiro de Nutrição Clínica Fortaleza (CE) (21) 2537-0852 I simpósio luso-Brasileiro de Nutrição Clínica 14 às 19 horas

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julho/agosto 2005 22

é uma publicação registrada e editada pela 3D Editoração e Comunicação Integrada Ltda.

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a hOmE CARE BRASIL é distribuida mensalmente por mala-direta para empresas e profissionais de saúde. os conceitos emitidos em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores.

Assinatura Anual: R$ 170,00(12 edições)

eventoseventos

Encontro científico destaca distúrbios do sono e doença pulmonar

Recente encontro

científico, reuniu

dois dos mais con-

ceituadas nomes da

Medicina, em suas

respectivas áreas

de especialização:

as doutoras Dalva

Poyares e Maria

Christina Lombar-

di Machado, que

falaram para um

privilegiado grupo

de profissionais do

setor médico-hospi-

talar. Andréa Kacu-

rin, diretora Intensive Care, empresa

anfitriã, juntamente com a Air

Liquide, abriu o evento saudando

às ilustres convidadas. Seguindo-se

a um vídeo institucional, estrelado

pela atriz Márcia Cabrita, o diretor-

médico da IC, Herbert Palheano,

anunciou as palestras:

– “Os Distúrbios do

Sono, Apnéia/Hipopnéia

Obstrutiva do Sono”,

apresentado pela drª

Dalva Poyares, pesqui-

sadora e professora da

Disciplina de Medicina

e Biologia do Sono da

Universidade Federal de

São Paulo; e,

Filemon Botto de Barros, Andrea kacurin, Christina Machado, Dalva Poyares, Erico Coelho e Cosmos Lopes

Erico Coelho (Air Liquide), Miguel Angelo, Enio Panetti, Andrea kacurin, Herbert Palhano (Intensive Care),

Maria Christina Lombardi Machado e Dalva Poyares

– “Diagnós-

tico e Manejo

da Doença Pul-

monar Avan-

çada”, tema

abordado por

Maria Christina

Lombardi Ma-

chado, doutora

em Medicina

pela Disciplina

de Pneumolo-

gia da UNIFESP.

Após a

conferência, a Intensive Care e Air

Liquide homenagearam suas convi-

dadas com um elegante jantar no

Jakui, bar do Intercontinental-Rio,

onde se realizou o evento.

.

.

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