Hora de Jogo Diagnóstica. Recurso ou instrumento técnico que instrumentaliza as possibilidades...
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Hora de Jogo Hora de Jogo DiagnósticaDiagnóstica
Hora de Jogo DiagnósticaHora de Jogo Diagnóstica• Recurso ou instrumento técnico que
instrumentaliza as possibilidades comunicacionais para depois conceituar a realidade da criança.
• Cria-se um campo estruturado (espaço, tempo, explicitação de papéis e finalidade), graças a um enquadramento, em função das variáveis internas da personalidade.
• O brinquedo é um mediador e atualiza no aqui e agora um conjunto de fantasias e de relações de objeto através do brincar.
HJD ≠ HJTHJD ≠ HJT• Tem início, meio e fim• Opera como unidade
• Elo no amplo continum onde novos aspectos e modificações estruturais vão surgindo pela intervenção do terapeuta.
BrinquedoBrinquedo• Comunicação do tipo espacial, o processo
primário atua na condensação, atemporalidade e deslocamento.
• É na situação do brinquedo que a criança procura relacionar com o real, experimentando-o a seu modo, procurando construir e recriar a realidade.
• Através do brinquedo, a criança não só realiza seus desejos, mas também domina a realidade, graças ao processo de projeção dos perigos internos sobre o mundo externo. O brinquedo é então, um meio de comunicação, é a ponte que permite ligar o mundo externo e o interno, a realidade objetiva e a fantasia.
ProjeçõesProjeções• Cada HJD é uma experiência nova, implica
estabelecimento de um vínculo transferencial breve, cujo objetivo é o conhecimento e a compreensão da criança.
• Aberastury entendeu que a criança não só estabelece uma transferência positiva e/ou negativa com o psicoterapeuta, como expressava Kelin, como também é capaz de estruturar, através dos brinquedos, a representação de seus conflitos básicos, suas principais defesas e fantasias de doença e cura, deixando em evidência seu funcionamento mental.
Sala e MateriaisSala e Materiais• Sala: não muito pequena, com pouco mobiliário,
paredes e piso laváveis e ter água (pia);• Materiais: estejam distribuídos sem corresponder
a nenhum agrupamento de classes. Erikson postula a necessidade de selecionar os brinquedos em função das respostas específicas: tipo sensório-motor, de integração cognitiva, do funcionamento egóico, etc. É interessante representar os objetos do meio real circundante. Outros autores insistem quanto a utilização de material não estruturado.
Instruções e Papel do Instruções e Papel do PsicólogoPsicólogo
Instruções:• Definição de papéis;• Limitação do tempo e do espaço;• Material a ser utilizado; • Objetivos esperados;Papel do psicólogo: • passivo (como observador) • ativo (atenção na formulação de
hipóteses).
Transferência e Transferência e ContratransferênciaContratransferência
• O objetivo do entrevistador é de criar boas condições para que a criança possa brincar com maior espontaneidade possível. A função específica do psicólogo consiste em observar, compreender e cooperar com a criança.
• Além disso, é preciso estar atento para ao estabelecimento de vínculo real e concreto com a criança. O brinquedo torna-se um objeto intermediário que prolonga e diversifica o vínculo.
Análise dos IndicadoresAnálise dos Indicadores• 1. Escolha de brinquedos e brincadeiras;• 2. Modalidades de brincadeiras;• 3. Personificação;• 4. Motricidade;• 5. Criatividade;• 6. Capacidade simbólica;• 7. Tolerância a frustração;• 8. Adequação a realidade;
1. Escolha de brinquedos e 1. Escolha de brinquedos e brincadeirasbrincadeiras
• Levar em conta o tipo de brinquedo escolhido para estabelecer o primeiro contato;
• Quanto ao tipo de jogo observar se tem princípio, meio e fim, se é uma unidade coerente em si mesma. Os jogos organizados correspondem ao estágio de desenvolvimento intelectual correspondente a idade cronológica;
• Outro aspecto importante é o uso da linguagem, sua ligação com a brincadeira desenvolvida e com a idade da criança;
1. Escolha de brinquedos e 1. Escolha de brinquedos e brincadeirasbrincadeiras
Devido as características individuais, a modalidade de abordagem dos brinquedos pode assumir estas formas:
• De observação a distância;• Dependente;• Evitativa;• Dubitativa;• De irrupção brusca sobre os materiais;• De irrupção caótica e impulsiva;• De aproximação, de tempo de reação inicial para
estruturar o campo e, em seguida, desenvolver uma atividade;
2. Modalidades de brincadeiras2. Modalidades de brincadeiras É a forma como o ego manifesta a função
simbólica.
1. Plasticidade: quando a criança pode apelar para uma certa riqueza de recursos egóicos para expressar situações diferentes com um critério econômico, através da via do menor esforço.
2. Rigidez: utilizada com ansiedades muito primitivas para evitar a confusão. Esta característica pode ser tanto nas seqüências, verbalizações e gestos. Qualquer situação nova provoca desorganização e confusão. A brincadeira é monótona e pouco criativa; (crianças neuróticas)
2. Modalidades de brincadeiras2. Modalidades de brincadeiras• Estereotipia e perseverança:
modalidade mais patológica. Manifesta-se uma desconexão com o mundo externo cuja finalidade é a descarga, repete-se uma ou duas vezes a mesma conduta e não há fins comunicacionais; (crianças psicóticas e com lesões orgânicas)
3. Personificação3. Personificação• Capacidade de assumir e atribuir papéis
de forma dramática;• Assume características diferentes em cada
momento evolutivo;• Possibilita a elaboração de situações
traumáticas, a aprendizagem de papéis sociais, a compreensão do papel do outro e o ajuste de sua conduta em função disto, favorecendo o processo de socialização e de individuação.
3. Personificação3. Personificação• A análise dos aspectos observados leva-
nos a avaliar a qualidade e intensidade das diferentes identificações, o equilíbrio entre o superego, o id e a realidade;
• Se durante a hora de jogo a criança solicita a participação do psicólogo, é necessário que ela explique as características do papel atribuído para que fique bem definido e respondas às fantasias projetadas.
4. Motricidade4. Motricidade• Permite verificar a adequação da
motricidade à etapa evolutiva.• A manipulação adequada das
possibilidades motoras permite o domínio dos objetos do mundo externo e a possibilidade de satisfazer suas necessidades com autonomia relativa, já que as dificuldades provocam frustrações e incrementam tensões em nível intra e interpessoal.
5. Criatividade5. Criatividade• Criar é unir ou relacionar elementos
dispersos num elemento novo e diferente.
• É produto de um equilíbrio adequado entre o princípio do prazer e o princípio da realidade. A criança age a sua volta para conseguir fins propostos.
5. Criatividade5. Criatividade Ocorre a dinâmica entre a projeção e a
reintrojeção, do objeto modificado, transformado em um produto qualitativamente diferente, promotor de crescimento e mudança estrutural.
A alteração desta função pode ocorrer:• Uma submissão extrema com elementos
destrutivos e masoquistas;• Uma intolerância à frustração com um ego
imaturo que não adia os desejos insatisfeitos;
6. Tolerância a Frustração6. Tolerância a Frustração• É detectada pela possibilidade de
aceitar as instruções com as limitações impostas e pelo desenvolvimento da atividade lúdica.
• A capacidade de tolerar a frustração está intimamente relacionada com o princípio do prazer e de realidade.
7. Capacidade Simbólica7. Capacidade Simbólica• O brincar é uma forma de expressão da
capacidade simbólica e a via de acesso às fantasias inconscientes.
• A criança consegue pelo brincar a emergência de fantasias através de objetos afastados do conflito primitivo e que cumprem papéis de mediadores, apelando para as suas possibilidades de elaboração secundária para expressar a fantasia.
8. Adequação a Realidade8. Adequação a Realidade• Um dos primeiros elementos a serem
levados em conta ao se analisar a HJD:
• Aceitação ou não do enquadramento;• Possibilidade de se colocar no papel
do outro;