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Jornal Ocidental | Dezembro de 2009
1533 Anos da Cidade
Todos os meses o JO trará para você,
aqueles eventos, aqueles discos,
aquelas músicas e aquelas cenas dos anos
1980 e 1990 que você nem lembrava.
Lazer e cultura na Cidade Ocidental de antigamente
Por André Brito
Todos os meses o JO trará para você,
aqueles eventos, aqueles discos,
aquelas músicas e aquelas cenas dos anos
1980 e 1990 que você nem lembrava.
Por André Brito
Pegando carona no que eu disse na página 3, vou contar um pouco sobre a histó-
ria da cidade, mais especifi camente, a vida artística, desde os primórdios.
Mas lembrando que é apenas a minha visão da coisa, as minhas primeiras lem-
branças e tudo de uma forma resumida. Claro que é muito mais do que isso que vou
relatar abaixo.
Até o fi nal da década de 1980,
a cidade era apenas um núcleo.
Finalmente no ano de 1989,
elevou-se à categoria de Distri-
to de Luziânia. Nos endereços
de correspondência, era im-
prescindível colocarmos: Ci-
dade: Luziânia. Bairro: Cidade
Ocidental. Fato que irritava e
atrapalhava qualquer morador.
Enquanto isso, os cida-
dãos iam se mobilizando. Seja
politicamente ou buscando
formas de diversão. Frente à
falta de opções de lazer, clu-
bes noturnos surgiram e desa-
pareceram. Alguns marcaram
época. O pioneiro foi o Clube
Vem Viver, localizado na SQ
13. O local reunia centenas de
jovens em busca de diversão.
Na época, fi nal da década de
1980, os ritmos do momento
eram o Funk e o Rock’n’Roll,
com destaque para as bandas
nacionais que estavam surgin-
do na ocasião. Havia outros
locais na cidade, mas convém
citar apenas os mais popu-
lares. Entre bailes, shows e
concursos de dança, as brigas
começaram a fi car freqüentes
nesses locais. Fato comum
para lugares de grande rotati-
vidade de pessoas. Mais tarde,
o clube foi arrendado por Cid
e Gina Lima. Pessoas bastante
conhecidas por sua orientação
política e seu envolvimento
com o futebol e a educação lo-
cal. O estabelecimento ganhou
novo nome. Passou a se cha-
mar Hollyday. E com isso ga-
nhou notoriedade fora dos li-
mites do futuro município por
sua diversidade de eventos.
Houve a realização de desfi les,
matinês, concursos de dança,
shows de artistas nacionais e
de festivais de bandas locais.
Outros estilos também se
destacavam. O Rock também
marcou época. Simultanea-
mente ao advento de Legião
Urbana e outros, a banda No-
mes Feios surgiu para uma
longa carreira. Marcelo, mais
conhecido como “Zumby” foi
o idealizador. Graduado em
Estatística pela UnB, chegou a
organizar e manter, junto com
Roca Melo, o Grupo Guarara-
pes de Escotismo. Uma alter-
nativa ao conhecido ócio de
nossa cidade e uma iniciativa
inovadora que não encontrou
par em nossa Cidade até hoje.
São os moradores de nossa
cidade buscando soluções e
incentivando gerações a com-
bater os males da sociedade
“moderna”.
Comentários de quem viveu aquela época
(postados em www.andrebrito.wordpresss.com)
É com muito prazer que lhes escrevo para ressaltar
nesse pequeno trecho o quão interessantes foram
os diversos movimentos da Cidade Ocidental e em
todas as suas vertentes. A ebulição do Funk e Rock em pro-
fusão. A arte teatral e musical, do Rock ao Heavy Metal.
Do Grupo Suburbios aos Demo’s… muita coisa boa rolou.
E deixa saudade.. assim como o DJ Marinho, que deus o
tenha ao seu lado fazendo festas. Um abração professor e
que continuem iluminando o caminho dos nossos jovens,
unindo corações e mentes em prol de um mundo melhor,
mais justo e mais gostoso de viver.
Marcelo Zumby
Meu caro André, louvável a iniciativa de divulgar e
levar a informação da história da nossa querida
Cidade Ocidental. Você é, com certeza, o único a
fazer isso. Parabéns pelo desprendimento e pela iniciativa.
A título de contribuição e para que a informação seja a mais
correta, a primeira casa noturna da cidade não foi o Vem
Viver e sim a Discoteca do Honorato (SQ 11)e a segunda foi
a Zum-Zum (SQ 12). Valeu André e é isso ai, não deixe a
nossa história morrer.
Sidney Araújo
Parabéns André!
Antes das discotecas nós íamos as “Festinhas” na
11, 15 ,etc produzidas pelo Régis, Rocha e Cia e
não podemos deixar de fora o Sambaqui (atrás da antiga
rodoviária).
Vereador Marcelo Araújo
Abaixo, foto do local que abrigou vários clubes como o anti-
go Vem Viver, que depois virou Hollyday, Point e Nostalgia
Drinks, que foram palcos de muitas ilusões, alegrias, triste-
zas, momentos de glória, reconhecimento por trabalhos bem
feitos, desfi les organizados pelo Jornal Ocidental e outros em-
presários, prêmios concedidos ao comércio local, também foi
palco de violência, brigas memoráveis mas esquecíveis, festas
de carnaval, de Reggae, de Rap, de Samba, de Rock, show de
Biafra, Jorge Aragão, Thaíde e DJ Hum, Sampa Crew, Mix-
mania com Celsão, casais encontraram o amor de suas vidas,
casais se separaram, casais brigaram, fi lhos foram concebi-
dos não ali, mas depois de uma noite alegre e quente.
Enfi m, lugar histórico!
Foto: André Brito