HUGO PONTES A LOJA MAÇÔNICA ESTRELA CALDENSE - Poema … · A documentação fotográfica também...
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HUGO PONTES A LOJA MAÇÔNICA "ESTRELA CALDENSE"
E
SUA
HISTÓRIA
1.895 a 1.995
Copyright (c) by Hugo Pontes Coordenação Gráfica: Simone Macedo Composição e impressão: Gráfica Universal Revisão do autor Fotos e documentos: Arquivo da Loja, particulares e Wilson Ribeiro Poços de Caldas-MG-Brasil, novembro de l995 366.1 PONTES, Hugo P814l A loja maçônica "Estrela Caldense" e sua história 1895-1995. Poços de Caldas, Gráfica Universal, 1995 nº de pág. Ilustr. 1. Maçonaria I. Pontes, Hugo. II. Título CDU 366.1 Catalogação: Maria José dos Santos CRB-SP 5128
APRESENTAÇÃO A Loja Maçônica "Estrela Caldense" está intimamente ligada à história da cidade de Poços de Caldas, município criado em 6 de novembro de 1.872. Antes de 1.895, homens valorosos e de bons costumes já trabalhavam para o progresso e desenvolvimento da então Vila de Poços de Caldas. Quis o Grande Arquiteto do Universo que esses homens, unidos no ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, erguessem, a 5 de dezembro de 1.895 as colunas de um Templo e, irmanados, passassem a trabalhar, com muito sacrifício, por aquilo no qual acreditavam. Por isso é que, caro leitor, nas páginas seguintes encontraremos nomes, muitos nomes de pessoas que ajudaram a escrever a história da Maçonaria em Poços de Caldas. Esses nomes, por certo, estarão grafados para sempre, a fim de que as gerações futuras possam saber quem foram eles, o que realizaram e a sua conduta ante a sociedade em que viveram e ajudaram a construir. A história desta Loja é a história dos homens. É o relato das suas realizações, tendo o apoio das suas famílias, dos seus amigos e da comunidade poços-caldense. Homens de ontem, com seus defeitos e virtudes, fizeram a história que hoje é contada para que os homens de hoje, com suas qualidades e defeitos, possam saber que cem anos de luta resultaram na construção de um mundo melhor de homens livres para o hoje e para o amanhã.
ESCLARECIMENTO Escrita sob a minha perspectiva e com a liberdade que me foi proporcionada, os amigos leitores poderão encontrar, ocasionalmente, alguma falha nesta obra. Isso acontecendo, solicito a compreensão de todos, uma vez que muitas foram as dificuldades encontradas no desenvolvimento da pesquisa. Deparei-me com a falta de documentação, tão preciosa e necessária para o desenvolvimento do trabalho. Para se ter uma idéia, em 1937, por ocasião em que as Lojas Maçônicas foram fechadas por Getúlio Vargas, a direção da EC queimou toda a documentação existente desde 1895. O movimento militar de 1964 ensejou que os Irmãos dessem fim a documentos produzidos de 1937 até 1964. A documentação fotográfica também é precária. O acervo existente na Loja aos poucos foi desaparecendo por falta de um arquivamento adequado e inúmeras eram as fotos de propriedade particular de maçons e que não foram deixadas na Instituição. Daí a nossa dificuldade. Valeu-nos os cem anos de atividades registradas em Atas que, ainda permanecem intactas; valeu-nos a boa-vontade de maçons e cidadãos poços-caldenses que se dispuseram a nos dar depoimentos valiosos. A todos, sem distinção de nomes, agradeço, esperando que o trabalho satisfaça aos Irmãos e à sociedade que ora recebem a história da "Estrela Caldense" e, por conseqüência, mais um pedaço da história da cidade. ÍNDICE 1 Fundação - 1.895 1.1 Fundadores
2 Os primeiros documentos - 1895 3 Episódios e fatos marcantes - 1896 a 1899 4 Os cem primeiros iniciados 5 Século XX - 1.900 A 1.995 cronologia de luta, cooperação e desenvolvimento 6 A grande benemérita e a grande benfeitora 7 As Instituições mantidas pela Loja 7.1 O Instituto Educacional São João da Escócia 7.2 A Escola Sete de Setembro 7.3 O Lar de "Irmã Catarina" 7.4 O Hospital "Pedro Sanches" 8 A "Estrela Caldense" na política 8.1 Maçons em cargos eletivos ou de confiança 8.2 Os nomes e as ruas 9 A "Estrela Caldense" e o jogo de azar 10 A Construção do Templo 11 As grandes questões com os Grandes Orientes 12 A "Estrela Caldense" e os intelectuais em seu meio 13 A família dentro da família maçônica 14 Os Veneráveis de 1895 a 1995 15 O Quadro atual de obreiros Anexo Histórico e Memorial descritivo do Pavilhão da E.C. Bibliografia Índice Onomástico
Os três capítulos iniciais que compõem esta obra são de autoria do Irmão e ex-Venerável ALBERTO MACEDO, já falecido, que, na década de setenta, realizou investigações tendo em vista contar a história da "Estrela Caldense". Por uma deferência especial, sua esposa Maria Braga Macedo e seu filho Alberto Macedo Júnior cederam-nos a pesquisa, que compreende os anos de 1895 a 1899, ora inserida neste livro.
CAPÍTULO I FUNDAÇÃO - 1.895
A "Estrela Caldense" iniciou suas atividades a cinco de dezembro de 1895. Vinte e seis foram os seus fundadores. Dezessete residiam na vizinha cidade paulista de São João da Boa Vista; seis na então Vila de Poços de Caldas e os três restantes, um em cada cidade, respectivamente, Caconde - SP, Caxambu - MG e Cascavel - SP, hoje Aguaí.
Ora, onde encontrar nesse mundo de Deus a fonte informativa para nos relatar quais foram os homens livres e de bons costumes que lançaram nestas plagas a semente da acácia, tão nossa conhecida?
Analisando a atuação relevante de Antônio Pereira Guimarães, conhecido por Toneco, Silvério Duarte d'Oliveira, José Caetano Horta, Nicolao Longo, Jacomo Joaquim e Joaquim José Pereira - o mais idoso dos vinte e seis - seja ocupando cargos nas quatro primeiras diretorias, seja freqüentando a Loja com relativa assiduidade, chegou-se à conclusão de que foram eles os responsáveis pela idéia de se fundar uma Loja Maçônica na Vila de Poços de Caldas.
O pesquisador já se achava seguro de que dezessete dos fundadores eram domiciliados em São João da Boa Vista, dentre os quais sete deles pertenciam à Loja "Deus e União", restando-lhe, pois, acompanhar o raciocínio lógico e natural qual fosse o de descobrir o destino de tão importante entidade, após tantos anos decorridos. Para isso recorreu à memória prodigiosa de Ivo Sandry que informou ter a "Deus e União", há anos, encerrado as suas atividades maçônicas, mas que a co-irmã "Templários da Justiça", sua remanescente, conservava os arquivos em bom estado.
A Loja Maçônica "Templários da Justiça", do Oriente de São João da Boa Vista, abriga, desde a sua fundação, um valioso acervo histórico que compreende documentos das extintas Lojas "Deus, Pátria e Liberdade" (fundada em 1877) e "Deus e União" (fundada em julho de 1895) de cujo quadro de obreiros surgiria a maior força para se levantar as colunas da Loja que foi denominada "Estrela Caldense".
Dois documentos da maior importância não foram localizados
no arquivo da "Estrela Caldense": a ata que, forçosamente, deveria ter sido lavrada no dia da fundação, e a de instalação ou de regularização, quando se verificou o seu reconhecimento pela Potência Maçônica a qual se filiou.
Esperava-se que tais documentos ou, pelo menos, o ato da fundação constasse de balaústres (atas) lavrados na Loja "Deus e União". Isso, entretanto, não aconteceu. Mas outras fontes levaram o pesquisador a reunir dados que possibilitaram encontrar a origem da "Estrela Caldense" e seus fundadores.
No dia seis de julho de 1895, em casa do maçom Bonifácio Paulino de Carvalho Júnior, na cidade de São João da Boa Vista, formou-se uma assembléia de maçons na qual compareceram, entre outros: Guilherme Clímaco da Cruz Novais, gr.: 33, da Loja "Ordem e Progresso"; Jeronymo Ribeiro, gr.: 30, da Loja "Sete de Setembro", ambas da capital de São Paulo; Alfredo Cypriano Freire, gr.: 30, da "Trabalho e Honra", de Casa Branca-SP; José Pinheiro de Ulhôa, gr.: 3, da "Independência" de Campinas e Manços de Andrade, Silviano Barboza, Emigydio Antônio da Silva Melo, todos do grau 18 e vinculados à "União e Caridade II", do Oriente de Casa Branca-SP, com objetivo de fundar uma Loja.
A referência ao fato acima se enquadra no contexto histórico uma vez que os maçons relacionados, em número de oito, são também fundadores da "Estrela Caldense".
Idéia recebida com entusiasmo, a criação da Loja denominada "Deus e União" se concretizou. Quatro meses após, em dezesseis de novembro de 1895, em Sessão Magna, procedeu-se a sua regularização, tendo comparecido todos os Irmãos já mencionados e mais dois visitantes da maior importância para os trabalhos em andamento: Antônio Pereira Guimarães e Silvério Duarte d'Oliveira, da Vila de Poços de Caldas.
Na mesma ocasião, destacando a solenidade, reafirmam o juramento prestado em Loja, em recente Sessão de Iniciação, os aprendizes: Adolpho Acayaba, Jorge Augusto Novais, Carlo De Felice, João Osório d'Andrade Oliveira, João Baptista de Figueiredo, João Joaquim Braga e Leopoldo Maciel de Godoy. Igual compromisso de fidelidade à Oficina, que os recebia como Filiandos Livres, foi prestado por Luiz Gambetta Sarmento e Antônio José Salgado Júnior, procedentes das Lojas "Independência" e "Triunfo e União", respectivamente.
Ainda foram recebidos, por filiação, os dois visitantes
mencionados Antônio Pereira Guimarães e Silvério Duarte d'Oliveira, residentes na Vila de Poços de Caldas onde, até novembro de 1895, não existia atividade maçônica organizada.
As atas da fundação e da regularização da Loja "Deus e União" vêm contribuir para afastar todas as suposições e dúvidas sobre a ausência de dados no que se refere aos entendimentos havidos no tempo anterior ao surgimento da Loja "Estrela Caldense".
Antônio Pereira Guimarães e Silvério Duarte d'Oliveira eram maçons , registrados como possuidores do grau 3, conforme inscrição, porém ambos não figuram como fundadores da "Deus e União, mas a ela se filiaram em 16 de novembro de 1895, prestando compromisso na memorável Sessão Magna.
Partindo de gestos de tamanha significação em que as relações maçônicas despontaram como as mais estreitas e fraternas, aconteceu que, dezenove dias depois, os Irmãos, moradores na Vila de Poços de Caldas, recebiam envaidecidos a visita honrosa de uma caravana de maçons, sob a chefia do Mestre Guilherme Clímaco da Cruz Novais, gr.: 33, cuja missão era a de erigir mais um "Templo à Virtude" na promissora Vila de Poços de Caldas.
Os obreiros reunidos, portando ferramentas as mais variadas, segundo suas aptidões, construíram em curto espaço de tempo uma Oficina Simbólica a qual denominaram Loja Maçônica "Estrela Caldense".
1.1 - OS FUNDADORES
ADOLPHO ACAYABA, Gr.: 3.: Inscrição nº 42. Nasceu na cidade de São João da Boa Vista-
SP em 14 de janeiro de 1864. Foi iniciado na Loja "Deus e União" em 23 de julho de 1895. Era comerciante, solteiro e residia em Caconde-SP.
Compareceu às duas primeiras sessões de fundação da EC, depois a mais quatro e não houve, posteriormente, registro de seu comparecimento.
ALFREDO CYPRIANO FREIRE, Gr.: 30.: Inscrito sob nº 59. Nasceu em Alfenas-MG em 29 de maio de
1860. Era casado, comerciante e residia em São João da Boa Vista. Iniciou suas atividades maçônicas em 5 de dezembro de 1890 pela Loja "Trabalho e Honra" de Casa Branca-SP. Foi um dos fundadores das seguintes Lojas: "Deus e União" e "São Paulo" em SJBV; "Aurora Mineira", de Caldas-MG. Não consta no registro a sua presença na EC.
ANTÔNIO JOSÉ SALGADO JÚNIOR, Gr.: 3.: Nasceu em Santo Amaro-SP em 13 de fevereiro de 1865 e
foi iniciado na Loja "Triunfo e União" em 26 de setembro de 1895. Era casado e exercia a profissão de farmacêutico. Filiou-se à "Deus e União" em 16 de novembro de 1895 e participou da fundação da EC. Foi também fundador da Loja "São Paulo". Residia em São João da Boa Vista-SP.
Por ter sido aquele que lavrou o termo de abertura do primeiro livro de registro de presença às sessões, na condição de Secretário Interino, coube-lhe o privilégio de nos ter legado o único documento conhecido que menciona o começo da EC. ANTÔNIO PEREIRA GUIMARÃES, Gr.: 3.:
Registrado sob nº 39 no livro próprio, nascido em Uberaba-MG, em 6 de março de 1850. Iniciado na Loja "Cruzeiro do Sul", possivelmente do mesmo Oriente, em 18 de abril de 1889. Residia na Vila de Poços de Caldas.
Maçom graduado 3.: era, entre seus Irmãos que residiam na Vila, líder por temperamento, constituindo-se no principal responsável pela criação da "Estrela Caldense" da qual foi elemento de destaque, senão a sua coluna mais vigorosa. Foi eleito Venerável da primeira diretoria para os anos de 1896-1897.
Era comerciante. Solteiro, residia com uma irmã, D. Ritinha. professora e proprietária de uma escola primária.
Desempenhou diversas e penosas incumbências na presidência de comissões ou isoladamente. Pode-se citar a sua missão de ir a Caldas, em 1896, sede da Comarca, para protestar junto às autoridades da época e clamar por providências por causa do
incêndio proposital que pessoas irresponsáveis provocaram no prédio da Loja Maçônica "Aurora Mineira".
Acometido de um mal incurável que lhe deformara a fisionomia, faleceu na Santa Casa de Poços de Caldas, em 1925.
A cidade de Poços de Caldas, por seu povo, prestou significativa homenagem a essa figura ímpar, dando-lhe o nome a uma de suas ruas, localizada no bairro Vila Nova.
BONIFÁCIO PAULINO DE CARVALHO JÚNIOR, Gr.: 18.:
Inscrito sob nº 53. Nasceu em 3 de janeiro de 1871, em São Bento do Sapucaí-SP. Iniciou suas atividades maçônicas em 2 de julho de 1895 na Loja "União e Caridade II", de Casa Branca-SP. Era casado e exercia a profissão de farmacêutico na cidade de São João da Boa Vista. Era da Loja "Deus e União". Compareceu às duas primeiras sessões de fundação da EC.
CARLO DE FELICE, Gr.: 3.: Inscrito sob nº 55. Nasceu na Itália, na cidade de Botonto, no
dia 4 de março de 1867. Era casado, comerciante e procedia da Loja "Deus e União" onde foi iniciado a 14 de setembro de 1895.
Compareceu às duas primeiras sessões de fundação da EC e a mais seis subseqüentes. No balaústre nº 47, de 18 de junho de 1898 consta que a Loja decidiu conceder a ele, e a mais onze Irmãos, o título de remido, pois não tinha condições de pagar as despesas e freqüentar os trabalhos da Loja, uma vez que morava em São João da Boa Vista.
CONRADO MARCONDES DE ALBUQUERQUE, Gr.: 3.: Inscrito sob nº 56. Nasceu em Castro - PR no dia 18 de
março de 1842. Era casado, comerciante e residia em São João da Boa Vista. Foi iniciado em 15 de outubro de 1895 pela Loja "Deus e União.
Não existe registro de sua presença na sessão de fundação da EC.
EMIGYDIO ANTÔNIO DA SILVA MELLO, Gr.: 18.:
Inscrito sob nº 49. Nasceu em Campinas-SP em 4 de setembro de 1862. Era casado, comerciante e residente em São João da Boa Vista. Foi iniciado em 27 de março de 1895 na Loja "União e Caridade II" de Casa Branca-SP. É um dos fundadores da "Deus e União". Não há registro da sua presença na sessão de fundação da EC.
GUILHERME CLÍMACO DA CRUZ NOVAIS, Gr.:33.: Nasceu na cidade de Barra Mansa-RJ. no dia 10 de fevereiro
de 1847. Foi iniciado em 27 de fevereiro de 1877 através da Loja "América" de Lorena-SP.
Era, entre os maçons fundadores da EC, o único portador do grau 33, por isso mesmo aparece em todas as solenidades maçônicas mais destacadas, porque sua experiência de dezoito anos de maçonaria o indicava como orientador, conselheiro e mestre.
De Lorena transferiu-se para São João da Boa Vista. Com vários Irmãos contribuiu para fundar e regularizar a Loja "Deus e União", nas datas de 6 de julho e 16 de novembro de 1895. E a 5 de dezembro do mesmo ano foi o Venerável da Sessão de fundação da "Estrela Caldense" na qualidade de Irmão mais graduado.
Assinou, para efeito de visto, o Termo de Abertura do primeiro livro de presença como "Constituidor de Loja". Esse Termo tornou-se histórico por ser o único documento que confirma as primeiras presenças no dia da fundação. Foi agraciado com o título de Benemérito da Loja e Filiando Livre em 1896. JACOMO JOAQUIM, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 67. Nasceu em Roma, Itália, no dia 4 de janeiro de 1856. Foi iniciado em 5 de fevereiro de 1890, não constando o nome da Loja. Era solteiro e exercia a profissão de carpinteiro. Fez parte do grupo de maçons residentes na Vila que idealizaram a EC, participando de suas atividades com interesse e assiduidade. Faleceu em 8 de outubro de 1898. A Loja angariou entre os Irmãos a importância de Rs. 162$500 (Cento e sessenta e dois mil e quinhentos réis) e enviou para a sua família na Itália. JERONYMO RIBEIRO, Gr.: 30.:
Consta do registro nº 62 do livro próprio como tendo nascido
em Lamar, na data de 17 de março de 1856, casado, negociante, iniciado na Loja "Sete de Setembro", de São Paulo, capital, no dia 8 de junho de 1890.
Era fundador da Loja "Deus e União", de São João da Boa Vista, exercendo a função de mestre de cerimônia, como instrutor que era. Foi o primeiro Venerável da "Estrela Caldense", de 5 de dezembro de 1895 a 8 de maio de 1896, quando foi eleita e empossada a primeira diretoria.
Residia na cidade de São João da Boa Vista e já obtivera o grau 30, fruto dos relevantes trabalhos realizados em favor da Maçonaria. Basta dizer que trazia consigo a glória por ter contribuído, em menos de um ano, para fundar e organizar três Lojas.
Maçom dos mais experientes, sempre disposto, aceitou a incumbência de dirigir os destinos da EC no seu período preparatório, como instrutor, sem qualquer ônus. A ata da sessão do dia 13 de dezembro de 1895 revela a aprovação de proposta para cobrir as despesas decorrentes das suas viagens de São João a Poços para dirigir os trabalhos da Loja.
JOÃO BAPTISTA DE FIGUEIREDO, Gr.: 3.: Nasceu a 9 de maio de 1841 na cidade de Boa Esperança-
MG. Foi iniciado na Loja "Deus e União" em 14 de outubro de 1895. Era casado, lavrador e residia em São João da Boa Vista-SP.
Esteve presente apenas na sessão de fundação da EC.
JOÃO JOAQUIM BRAGA, Gr.: 3.: Inscrito sob nº 60. Nasceu na cidade de Braga, Portugal, no
dia 30 de junho de 1851. Era casado e exercia a atividade de comerciante na localidade de Cascavel - hoje Aguaí-SP. Foi iniciado a 14 de outubro de 1895 pela Loja "Deus e União". Existe em Aguaí uma Loja denominada "Major Braga" da qual o Ir.: é o patrono, certamente em reconhecimento ao seu trabalho meritório em favor da Maçonaria.
JOÃO OSÓRIO d'ANDRADE OLIVEIRA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 52. Nasceu em 3 de março de 1860 em São João da Boa Vista-SP. Era casado e exercia a profissão de lavrador. Foi iniciado na Loja "Deus e União" em 28 de setembro de 1895. Não há registro de sua presença em trabalhos da EC. JOAQUIM JOSÉ PEREIRA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 61. Nasceu em 17 de março de 1837 em
Douradinho, distrito de Machado-MG. Foi iniciado na Loja "Amor e Trabalho" a 25 de fevereiro de 1877. Joaquim era o maçom mais idoso entre os fundadores, contando em 1899 sessenta e dois anos de idade. Era casado e exercia a atividade de comerciante.
Não esteve presente às primeiras reuniões da Loja, porque seu nome não consta dos registros de presença nos dias 5 e 6 de dezembro de 1895. Joaquim morava à Rua Assis Figueiredo, esquina com Rua Ceará. Tinha esposa e um casal de filhos. João Tomas Pereira, seu filho, foi iniciado na EC em 15 de abril de 1896.
JORGE AUGUSTO NOVAIS, Gr.: 3.: Inscrito sob nº 47. Era o mais novo dos vinte e seis
fundadores. Nasceu em São Paulo-SP a 30 de setembro de 1876 e foi iniciado, na "Deus e União", em 15 de outubro de 1895. Tinha como atividade o comércio e residia em São João da Boa Vista. Era solteiro. Esteve nas duas primeiras sessões, por ocasião da fundação e depois compareceu a mais três. JOSÉ CAETANO HORTA, Gr.: 3.:
Nascido na cidade mineira de Juiz de Fora aos 15 de maio de 1852. Iniciou-se na Loja "Fidelidade Mineira", no dia 5 de abril de 1887. Solteiro, residia na Vila de Poços de Caldas e era comerciante.
Quando da primeira eleição na EC, foi escolhido para 1º Vigilante, na gestão 1896/1897, cujo mandato não chegou a concluir, sendo substituído pelo Ir.: Constantino Muniz Barreto.
JOSÉ PINHEIRO DE ULHÔA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 46. Nasceu em Casa Branca-SP em 18 de
setembro de 1863. Iniciou-se na Maçonaria através da Loja "Independência", de Campinas-SP em 26 de setembro de 1888. Era solteiro, tabelião e residia em São João da Boa Vista onde ajudou na fundação das Lojas "Deus e União" e "São Paulo". Uma única presença marca a sua passagem pela EC.
LEOPOLDO MACIEL DE GODOY, Gr.: 3.: Inscrito sob nº 48. Natural de São João da Boa Vista-SP, tendo nascido em 6 de setembro de 1874. Era solteiro e negociante. Sua iniciação verificou-se em 15 de outubro de 1895 na Loja "Deus e União". Compareceu somente a quatro reuniões na EC .
LUIZ GAMBETTA SARMENTO, Gr.: 3.: Inscrito sob nº 45. Nasceu em Moji-Mirim-SP no dia 19 de
janeiro de 1861, tendo sido iniciado pela Loja "Independência", de Campinas, no dia 26 de agosto de 1895. Era casado e tinha a atividade de agrimensor. Filiou-se à "Deus e União" na sessão de 16 de setembro de 1895. Foi fundador das Lojas "São Paulo", de S.João da Boa Vista e "Aurora Mineira", de Caldas. Esteve presente às duas primeiras sessões, não mais comparecendo, até que requereu seu afastamento, conforme consta no bal.: nº 45 de 10 de agosto de 1896.
MANÇOS DE ANDRADE, Gr.: 18.: Nasceu em Sant'Ana do Sapucaí-MG em 21 de maio de
1866. Casado e era advogado. Iniciou-se na Loja "União e Caridade II", de Casa Branca-SP. Fundador da "Deus e União", foi o Orador da sua primeira diretoria eleita em 6 de julho de 1895. Se esteve presente às duas primeiras sessões, que deram margem à fundação da "Estrela Caldense", o livro de presença da época não registra. MANOEL ALVES DA SILVA, Gr.: 3.:
Registrado sob nº 58. Nasceu na cidade de Barra de São João - RJ, no dia 24 de dezembro de 1870, sendo iniciado pela Loja "Antônio Carlos" em 27 de agosto de 1894. Era também comerciante.
Residia em São João da Boa Vista e mudou-se para a Vila de Poços de Caldas. Na "Estrela Caldense" desempenhou o cargo de 2º Vigilante na diretoria provisória e na primeira diretoria eleita para 1896/1897.
MANOEL JOSÉ d'OLIVEIRA, Gr.: 3.:
Inscrito sob nº 57. Natural de Maricá-RJ onde nasceu em 20 de agosto de 1860. Foi iniciado em 13 de abril de 1895, na "Caridade Mineira" de Caxambu-MG (Loja fundada em 27.3.1895 e que trabalhava em Baependi, mais tarde foi assimilada pela “Confraternidade Mineira”), cidade onde residia e exercia a atividade como comerciante. Era casado. Esteve na EC apenas nas sessões de fundação. NICOLAO LONGO, Gr.: 3.:
Registrado no livro próprio sob nº 63. Nasceu em Pádua, Itália, no dia 7 de setembro de 1850. Sua iniciação verificou-se em 14 de janeiro de 1893, na Loja "União e Caridade II", do Oriente de Casa Branca-SP. Era casado e estabelecido como comerciante à Rua Marechal Deodoro daquela cidade. Quando se transferiu para a Vila de Poços de Caldas, aqui instalou uma oficina de consertos de armas de fogo e outras especialidades. Assíduo aos trabalhos da Loja, Nicolao Longo ocupou o cargo de Hospitaleiro no ano de 1898/1899. Faleceu a 13 de junho de 1908. SILVÉRIO DUARTE d'OLIVEIRA, Gr.: 3.;
Registrado sob nº 40, em livro próprio, nasceu a 20 de junho de 1853 na cidade de Saquarema-RJ. Iniciado pela Loja "Caridade Mineira" de Caxambu-MG, mesmo tendo residência em Poços de Caldas.
Era casado e dedicava-se ao comércio. Antes mesmo de ser maçom, exerceu atividade com vereador da Vila de Poços de Caldas .
Foi Venerável, eleito para o biênio 1897/1898. Agia com habilidade e ponderação, sem deixar de ser enérgico quando necessário, avesso que era às atitudes menos polidas.
Comparecia com assiduidade aos trabalhos da Oficina, desde a sua criação até meados de julho de 1898. Após findar seu mandado, passou a dosar sua freqüência aos trabalhos da Loja.
SILVIANO BARBOZA, Gr.: 18.: Nasceu em Cruzeiro-SP no dia 2 de outubro de 1861 e foi
iniciado na Loja "União e Caridade II" de Casa Branca-SP no dia 27 de março de 1895. Fundou as Lojas "Deus e União" e "São Paulo", ambas em São João da Boa Vista. Era casado e exercia a profissão de jornalista. Participou pouco das atividades da EC. Esteve nas duas primeiras sessões e depois fez mais duas visitas.
Todos os maçons que aqui vieram para fundar a "Estrela
Caldense" e continuaram a vir por determinado tempo o faziam usando como meios de transporte cavalos e o Trem de Ferro da Mojiana, nos quais se deslocavam desde Casa Branca, Aguaí e São João da Boa Vista. Um dos fundadores, entretanto, fazia questão de vir a cavalo: Jeronymo Ribeiro.
CAPÍTULO II OS PRIMEIROS DOCUMENTOS - 1.895
No período compreendido entre cinco a trinta e um de dezembro de 1895, tempo esse que se pode considerar de organização e adaptação da Loja "Estrela Caldense", foram efetuadas sete reuniões, sendo que somente a partir da terceira, realizada dia nove, existem balaústres gravando os assuntos nelas tratados. A primeira e a segunda reuniões, embora não se tenha descoberto as suas respectivas atas, têm suas realizações comprovadas por meio de três documentos de grande importância: o livro de registro de freqüência, o termo de abertura nele lavrado na data e as assinaturas dos maçons fundadores presentes nos dias 5 e 6 de dezembro. Vejamos a transcrição desses documentos.
Doc. 1
"À Gl.: do Sup.: Arch.: do Univ.: Livro de Presença Servirá este livro para n'elle se assignarem, nas sessões
respectivas, todos os Obr.: presentes. Dado e passado com a assignatura do Venerável, neste
Val.: de Poços de Caldas, aos cinco dias do mez de dezembro de 1.895 (E.:V.:). Eu Antônio José Salgado Junior, Gr.: 3.:, o escrevi, como Secr.: Int.: O Constituidor da Aug.: Resp.: Loja "Estrela Caldense". Guilherme Clímaco da Cruz Novaes, Gr.: 33.:"
Doc. 2 "À Gl.: do Sup.: Arch.: do Univ.: Ata, digo, sessão dos presentes à instalação aos 5 de
dezembro de 1.895 (E.: V.:)." Seguem vinte assinaturas: Antônio José Salgado Junior, Secr.: Int.: Gr.: 3.:,
Jeronymo Ribeiro, 18.:, Luiz Gambetta Sarmento, 3.:, José Pinheiro de Ulhôa, 3.:, Leopoldo Maciel de Godoy, 3.:, Jacomo Joaquim, 3.:, Manoel José de Oliveira, 3.:, Jorge Augusto Novaes, 3.:, Bonifácio Paulino de Carvalho Júnior, 3.:, Antônio Pereira Guimarães, 3.: Carlo De Felice, 3.: Manoel Alves da Silva, 3.: João Baptista de Figueiredo, 3.: José Caetano Horta, 3.: Nicolao Longo, 3.: Adolpho Acayaba, 3.: João Joaquim Braga, 3.: Silvério Duarte d'Oliveira, 3.: Guilherme Clímaco da Cruz Novaes, 33.: Silviano Barboza, 18.:
Doc. 3 "À Gl.: do Sup.: Arch.: do Univer.: Sessão aos seis dias do mez de Dezembro de mil
oitocentos e noventa e cinco (E.: V.:), ao Or.: de Poços de Caldas".
Seguem doze assinaturas dos Irmãos.: presentes: Silvério Duarte d'Oliveira, 3.: José Caetano Horta, 3.:
Carlo De Felice, 3.: Jacomo Joaquim, 3.: Manoel Alves da Silva, 3.: Jorge Augusto Novaes, 3.: Guilherme Clímaco da Cruz Novaes, 33.: ou Napoleão 1º, Nicolao Longo, 3.: Adolpho Acayaba, 3.:
Silviano Barboza, 18.: Luiz Gambetta Sarmento, 3.: Antônio José Salgado Junior, 3.:"
Celebrado o momento da fundação, no mesmo dia foi
escolhida a diretoria provisória que passaria a gerir a entidade recém-constituída, até que ela contasse com um Quadro de Obreiros capaz de - em qualidade e número - eleger as suas LLuz.: DDign.: e OOf.:, pois a Constituição Maçônica estabelece que nenhuma Loj.: pode funcionar com menos de sete membros, todos Mestres, conforme o ritual.
A diretoria ficou assim formada: Ven.: Jeronymo Ribeiro, de São João da Boa Vista 1º Vig.: Antônio Pereira Guimarães,Vila de Poços de Caldas 2º Vig.: José Caetano Horta, da Vila de Poços de Caldas Tesour.: Silvério Duarte d'Oliveira, Vila de Poços de Caldas Secret.: Silviano Barboza, de São João da Boa Vista Os cargos indispensáveis como os de Orador, Mestre-de -
Cerimônia, Chanceler e outros foram preenchidos, por nomeação, pelo Venerável.
No tempo compreendido entre seis a trinta e um de dezembro de 1895, a diretoria fez realizar seis sessões nos dias seis, nove, treze, dezesseis, vinte e vinte e três, dando uma demonstração objetiva de se querer efetivar a Loja como uma realidade na então florescente Vila de Poços de Caldas, Município de Caldas.
Na sessão de seis de dezembro foram iniciados os primeiros candidatos: Alfredo Pereira Borges, José Alves da Silva, João Teixeira de Carvalho, Constantino Muniz Barreto e José Ferreira Polydoro. Com apenas dezoito dias de atividades a Loja registrava, além dos fundadores e dos iniciados nomeados acima, três filiações: José Joaquim Corrêa, José de Magalhães Mendonça e Antônio de Almeida Souza; e ainda os aprendizes: Manoel Pio de Carvalho, Luiz Canuto Guimarães, Antônio Machado de Moraes, Carlos Dariolli, Henrique Goffi, Antônio Antunes Portugal e Antônio Pinto.
O edifício simbólico, da recém-criada Loja, entrou no ano de 1896 com a força necessária para a formação do seu alicerce: sete mestres fundadores, três mestres filiados e doze aprendizes. Eram vinte e dois Irmãos com residência na Vila e dispostos a levar avante o objetivo traçado: elevar a "Estrela Caldense" e torná-la uma instituição
digna. Em oito de abril de 1896 elegeu-se a primeira diretoria que
ficou assim constituída: Venerável.: Antônio Pereira Guimarães.:3 1º Vigilante.: José Caetano Horta.:3 2º Vigilante.: Manoel Alves da Silva.:3 Orador.: Sebastião Fernandes Pereira.:3 Secretário.: Antônio Pinto.:3 Tesoureiro.: Randolpho Mourão.:3 Chanceler.: Adolpho Acayaba.:3 Hospitaleiro.: Nicolao Longo.:3 CAPÍTULO III EPISÓDIOS E FATOS MARCANTES DE 1.896 a 1.899
Um dos princípios gerais da Maçonaria é que ela condena a exploração do homem, bem como os privilégios e as regalias, mas enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à Humanidade
Em todas as Lojas Maçônicas encontram-se cidadãos das mais variadas profissões, porque a Instituição reconhece o trabalho como um dever social; julga-o dignificante e nobre sob quaisquer de suas formas: manual, intelectual ou técnica.
A "Estrela Caldense" sempre cumpriu com dignidade os princípios gerais da Ordem, dando guarida aos candidatos, dignos e úteis dentro da comunidade, os quais, espontaneamente, bateram à sua porta e foram recebidos, quer iniciados, filiandos ou visitantes.
Um retrospecto da época da fundação até o ano de 1899 nos mostra o pedreiro, o carpinteiro, o serralheiro, o pintor, o artista, o comerciante, os profissionais liberais, o agricultor, o industrial, o funcionário público, o ferreiro , o político, o magistrado como iniciados e freqüentes aos trabalhos da Oficina. Eram todos homens que ocupavam, na comunidade, um papel de grande importância moral e material no contexto de desenvolvimento da então Vila de Poços de
Caldas, tais como: Francisco Perfeito Pinheiro, funcionário municipal; Pedro Sanches de Lemos, médico humanitário; Bento Dias Ferraz de Arruda, rábula; Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, fazendeiro; Carlos Alberto Maywald, construtor; José Ignácio de Barros Cobra, no cargo de Agente Executivo da primeira Câmara de 1892 a 1900 e inúmeros outros Irmãos que, a par das suas atividades profissionais, trabalharam para o engrandecimento da "Estrela Caldense".
Antônio Pereira Guimarães, em 1896, tomou para si a responsabilidade de chefiar uma missão que foi à cidade de Caldas protestar contra o ato de selvageria praticado por elementos daquela localidade que incediaram o prédio onde funcionava a Loja Maçônica "Aurora Mineira".
Entenderam os Irmãos que uma das metas principais da Loja deveria ser a Educação. E a 7 de setembro de 1896 era inaugurada uma escola noturna, sem designação de nome, com um professor contratado por Rs. 50$000 (cinqüenta mil réis).
Em certa ocasião um modesto circo, propriedade do Irmão Hilário Maria de Almeida que, de quando em quando, permanecia na Vila, foi depredado por populares. A Loja pediu providências ao então delegado de polícia, Manoel Pio de Carvalho, que imediatamente prendeu os culpados e instaurou o competente inquérito.
Desde o momento em que começou a funcionar pouco se soube sobre os locais onde se realizavam as reuniões da EC, bem como onde se instalara a Escola Noturna.
Dados colhidos com os Irmãos mais velhos são vagos e imprecisos. Nenhum registro se fez de 5 de dezembro de 1895 até 31 de maio de 1898 sobre o local ocupado para o funcionamento das atividades da Loja e da escola. Presume-se que a EC tenha sido instalada na antiga Praça "Senador Godoy", atual "Pedro Sanches" , nº 223, em prédio de propriedade de Antônio Teixeira Diniz, o Barão de Campo Místico, uma vez que a ele pagava-se aluguel.
Saindo do endereço mencionado, a Loja passou a manter suas atividades em prédio do Ir.: Silvério Duarte d'Oliveira, situado na antiga Rua dos Poços, nº 29, atual Rio de Janeiro. Ali hoje encontra-se instalada a Tipografia Brasil.
Desse endereço a EC foi para o seu primeiro prédio, construído em terreno doado pelo Ir.: Francisco Perfeito Pinheiro.
Uma comissão, composta por Antônio Machado de Moraes, Francisco Perfeito Pinheiro, Pedro Sanches de Lemos, Caetano José de Abreu e Carlos Alberto Maywald ,foi encarregada de apresentar
planta, orçamento e plano para a construção do edifício. Em sessão do dia dezoito de junho de 1898 foram
apresentados o plano, a planta e o orçamento da obra. Nessa ocasião todos fizeram suas ofertas, conforme veremos: Caetano José de Abreu, 200$000 réis; Francisco Perfeito Pinheiro, o terreno para o edifício; Fernando José Lopes, esquadrias e serviço de carpinteiro; Affonso Masseotti, serviços de ferreiro; Benedito Rodrigues de Camargo, serviço de pedreiro; Manoel Luiz Zuanella, construção do frontispício; Benevenuto Patteroni, 100$000 réis e seis dias de serviço; Severiano Cândido de Assis, duas dúzias de tábuas; João Teixeira de Carvalho, 10$000 réis e serviço de carroça; Arthur Lopes de Camargo, 100$000 réis; João Salvucci, 100$000 réis e serviços; Jacomo Curia, 100$000 réis e serviço de ferreiro; Nicolao Amalfi, 20$000 réis e serviços; Presciliano Pereira de Jesus, 20$000 réis e dois jogos de portais; José da Costa, 100$000 réis; Luiz Felício, 4.000 tijolos; José Joaquim Corrêa, 100$000 réis; Antônio Machado de Moraes, a cal necessária para a obra; João Thomaz Pereira, Carlos Alberto Maywald e Francisco Machado de Moraes, todo o serviço de carpinteiro; Sebastião Fernandes Pereira, 28.750 tijolos; Adolfo Neugbauer, 100$000 réis; Rodolpho Garcia Rosa, 100$000 réis; Antônio Pessoa de Almeida, as pedras necessárias para a construção e Eduardo Pio Westin e Maurílio Ramos de Figueiredo ficavam à disposição para o que fosse preciso, dentro das possibilidades de cada um.
O Venerável, Sebastião Fernandes Pereira, marcou para o dia vinte e sete de junho, às 17:30 h, a cerimônia do lançamento da pedra fundamental da obra a ser iniciada pela "Estrela Caldense" e fez convite a todos para a importante solenidade.
Não sem muita dificuldade, o prédio foi sendo erguido e, a cada encontro de trabalho, durante todo o tempo da construção, o Venerável sempre conclamava a todos para se unirem em torno da diretoria "para mais uma etapa difícil e exaustiva", qual fosse a de proverem os meios necessários à satisfação dos compromissos assumidos perante Irmãos e amigos que nela tanto confiaram.
A despeito de ainda não contar com o acabamento final, em sete de janeiro de 1899 foi realizada a primeira sessão no prédio recém-construído.
Por fim, no dia quatorze de março de 1899, em Sessão Magna, o Templo foi sagrado e houve uma concorrida e primeira cerimônia de Adoção de Lowtons, na qual foram apadrinhadas as
crianças Joaquim, Sebastião e Maria Pereira de Oliveira, filhos de João Thomaz Pereira e Francisca de Paula Oliveira; Maria da Conceição Pereira, filha de Sebastião Fernandes Pereira e Antônia Margarida Ferreira.
Após as solenidades, o Templo foi aberto à visitação pública, tendo comparecido inúmeras famílias de maçons e pessoas da sociedade local e cidades vizinhas, interessadas em conhecer as dependências do edifício.
CAPÍTULO IV OS CEM PRIMEIROS INICIADOS - 1.895 a 1.910
Iniciação é uma palavra derivada do Latim "Initia" que tem por significado adquirir os primeiros rudimentos de uma ciência. Em relação à Maçonaria quer se referir aos primeiros passos ritualísticos e aprendizado nos mistérios da Ordem.
Os cem primeiros iniciados na "Estrela Caldense" o foram a partir de seis de dezembro de 1895 até cinco de junho de 1910.
José Alves da Silva, o primeiro iniciado era irmão carnal de um fundador, Manoel Alves da Silva; o Ir.: mais novo entre os cem, Ferruccio Incrocci, tinha 21 anos de idade; o último iniciado do século XIX foi Francisco da Rocha Leite; e o primeiro do século XX José Freire.
Nas pesquisas, colhendo depoimento dos parentes de maçons antigos, percebemos que as famílias sempre pensaram que um de seus membros tivesse sido um dos fundadores da Loja. Entretanto isso não se comprova, através de documentos. O que se verifica é que muitos foram iniciados em seguida à fundação e isso trouxe a idéia de que tenham sido fundadores. Mas só poderiam ser fundadores aqueles que já eram Mestres-Maçons.
Esta relação de cem nomes contém muito simbolismo. A razão maior é a de que cada cidadão mencionado represente aqueles que passaram, os que estão e os que ainda serão iniciados na Loja, sempre caminhando para engrandecê-la com muito trabalho e determinação.
NOME INICIAÇÃO 001 - José Alves da Silva 06.12.1895 002 - José Ferreira Polydoro 06.12.1895 003 - Constantino Muniz Barreto 06.12.1895 004 - João Teixeira de Carvalho 06.12.1895 005 - Alfredo Pereira Borges 06.12.1895 006 - Manoel Pio de Carvalho 09.12.1895 007 - Luiz Canuto Guimarães 09.12.1895 008 - Antônio Machado de Moraes 09.12.1895 009 - Henrique Goffi 13.12.1895 010 - Carlos Dariolli 13.12.1895 011 - Antônio Antunes Portugal 16.12.1895 012 - Antônio Pinto 23.12.1895 013 - Sebastião Fernandes Pereira 08.01.1896 014 - Randolpho Mourão 08.01.1896 015 - Alfredo Tristão 08.01.1896 016 - Antônio Ferreira Coelho 17.01.1896 017 - Leandro Fernandes Almeida 21.01.1896 018 - Francisco Machado de Moraes 29.01.1896 019 - Antônio Magalhães 29.01.1896 020 - Bonifácio Fernandes Filho 12.02.1896 021 - Arthur Ferreira Brandão 18.03.1896 022 - Augusto José de Oliveira 18.03.1896 023 - Paulino Fellipe de Figueiredo 18.03.1896 024 - Arthur Affonso de Barros Cobra 18.03.1896 025 - João Thomaz Pereira 15.04.1896 026 - José Henrique dos Santos 15.04.1896 027 - Joaquim Cunha Diniz Junqueira 27.04.1896 028 - Rodolpho José de Barros Cobra 13.05.1896 029 - Francisco Perfeito Pinheiro 20.05.1896 030 - Pedro Sanches de Lemos 10.06.1896 031 - Bento Dias Ferraz de Arruda 10.06.1896 032 - Benedito Rodrigues de Camargo 15.06.1896 033 - Fernando José Lopes 15.06.1896 034 - Carlos Alberto Maywald 19.06.1896 035 - Adolpho Neugbauer 19.06.1896 036 - Reducino Pinto 16.07.1896 037 - Presciliano Pereira de Jesus 28.07.1896 038 - João Salvucci 06.09.1896 039 - Maximiano da Fonseca Reis 21.11.1896 040 - Rodolpho Garcia Rosa 16.01.1897 041 - Maurílio Ramos de Figueiredo 30.01.1897 042 - Lourenço Dias Ferreira 10.03.1897
043 - Antônio Pessoa de Almeida 05.04.1897 044 - João Nepomuceno Corrêa 08.04.1987 045 - Caetano José Pereira 28.05.1897 046 - Giuseppe Bernardo 04.06.1897 047 - Antônio Ramos 04.06.1897 048 - Jacomo Curia 11.06.1897 049 - Alípio da Cruz 21.06.1897 050 - Luiz Felício 28.06.1897 051 - Affonso Masseotti 23.07.1897 052 - Severiano Cândido de Assis 30.07.1897 053 - João Fernandes Alvarez 13.08.1897 054 - Affonso Pereira de Carvalho 20.08.1897 055 - José da Costa 30.08.1897 056 - Benevenuto Patteroni 30.08.1897 057 - José de Oliveira Macedo 05.02.1898 058 - Arthur Lopes de Camargo 26.03.1898 059 - Henrique Capps Júnior 14.05.1898 060 - Trajano Chrysóstomo Corrêa 28.05.1898 061 - Nicolao Amalfi 11.06.1898 062 - José Borges da Fonseca 22.07.1898 063 - Rozendo Carrera 17.09.1899 064 - Francisco Mencarini 04.02.1899 065 - Manoel Martins Alvarez 04.02.1899 066 - Antônio Pelicciari 22.02.1899 067 - Augusto Fernandes de Almeida 08.04.1899 068 - Carlos Duarte Cruz 20.05.1899 069 - Arthur Fernandes Sabroza 23.05.1899 070 - Manoel Gaspar Guerra 05.06.1899 071 - Pantaleão Stanziola 28.07.1899 072 - Patrício Marques dos Santos 04.08.1899 073 - Carlos Henrique 11.08.1899 074 - Firmino Machado de Moraes 01.09.1899 075 - João Ponteprimo 29.09.1899 076 - Archanjo Dal Poggetto 03.11.1899 077 - Francisco da Rocha Leite 09.02.1900 078 - José Freire 18.05.1901 079 - Luciano Bruno 18.05.1901 080 - Ferruccio Incrocci 08.02.1902 081 - Virgílio Wenceslau Messias 20.07.1903 082 - José Freire da Cruz 08.08.1903 083 - Venâncio Vivas 21.11.1903 084 - João Amaral 20.08.1904 085 - João Machado 05.09.1904 086 - João Pinto Bandeira Júnior 10.09.1904 087 - Antônio Mazzetto 26.11.1904 088 - Francisco Gesualdi 20.05.1905 089 - Antônio Luiz Pinto 02.07.1905
090 - José Moreira da Silva 10.02.1906 091 - Manoel da Rocha Porto 31.03.1906 092 - Salomão de Souza 07.07.1906 093 - Angelo Martelli 25.08.1906 094 - Rogério Moura Gambier 22.09.1906 095 - Jovino Pereira da Fonseca 08.06.1907 096 - Carlos Mellara 20.07.1907 097 - Maximiano Barbosa da Silva 20.07.1907 098 - Antônio Canhedo 30.05.1908 099 - Ernesto da Silveira Mello 05.06.1909 100 - Joaquim Ferreira da Silva 09.07.1910
CAPÍTULO V SÉCULO XX - 1.900 a 1995: CRONOLOGIA DE LUTA, COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 1900 - A "Estrela Caldense" reúne-se no dia vinte de janeiro , para sua primeira Sessão Econômica do ano, na qual os IIr.: discutiram a reformulação do Regulamento Interno da Loja e realizou-se um Conselho de Família. Em vinte de abril constituiu-se a diretoria para o biênio 1900-1901 e o Venerável eleito foi Antônio Machado de Moraes. 1900 - Henrique Capps Júnior, iniciado em 14 de maio de 1898, solicita da Loja uma carta de apresentação, pois estava de partida para os Estados Unidos da América do Norte onde iria estudar. Como possuía poucos recursos para se manter lá, a carta poderia abrir portas junto aos IIr.: norte-americanos. Em nossas pesquisas não há registro de nenhuma notícia desse Ir.: , depois da sua ida. 1901 - o fato significativo foi o convite para um Congresso Maçônico na cidade de Pouso Alegre, com objetivo de discutir a chegada crescente dos jesuítas ao Brasil, expulsos da Europa, e que eram frontalmente contrários aos maçons.
1902 - Vários Irmãos fazem apelo em Loja para tornar a EC mais dinâmica e objetiva no sentido de propiciar mais assistência às pessoas necessitadas. 1905 - Proposta a restauração do Ensino Primário, implantado anos antes pela Loja, sob o forte argumento de que a sua paralisação havia acarretado incontáveis prejuízos à infância da cidade. 1906 - João Amaral propõe fundar um periódico para divulgar assuntos de interesses maçônicos. Uma comissão foi nomeada para estudar a proposta. Em 20 de outubro um jornal foi criado com o nome de "Pelicano", para ser impresso nas oficinas da tipografia do jornal "A Voz do Povo". Os IIr.: encarregados do jornal foram: Antônio Mazzetto, Salomão de Souza e Manoel Luiz Zuanella. Por falta de recursos financeiros o jornal não chegou a ser impresso. 1910 - Houve grande mobilização dos IIr.: para, junto à comunidade, prestar toda a assistência necessária às vítimas da epidemia de varíola que se abateu sobre Poços de Caldas. Para tanto a EC colocou as dependência da Loja e o trabalho dos maçons à disposição da Prefeitura Municipal. 1911 - Recebida em Sessão Magna a visita de uma Irmã, de nacionalidade espanhola, Belem Sarraga de Ferro. A escritora e propagandista do Livre Pensamento aqui esteve para fazer uma conferência sobre Maçonaria e falar a respeito do ensino racionalista, no Templo da "Estrela Caldense" e no Teatro Politeama. 1913 - O Ven.: Antônio Pessoa de Almeida, por sugestão de Joaquim Bernardes de Freitas, nomeia uma comissão para tratar da fundação de uma Escola Primária. 1914 - Correspondência vinda do Grande Oriente da França solicitava auxílio pecuniário com objetivo de socorrer os infelizes, sem distinção de nacionalidade, que sofriam com os horrores da guerra européia. Na ocasião os Irmãos levantaram, entre si e na comunidade, a quantia de duzentos e dezesseis mil réis, que foram enviadas àquele país. 1915 - Cria-se a Escola São João da Escócia, com objetivo de aceitar matrículas somente de alunos carentes, tendo como
professor o maçom João José Pereira dos Santos. 1916 - Decreto do Grande Oriente do Brasil faz saber que "onde não houver escola mantida pelo governo ou por associação leiga, as Lojas e os maçons serão obrigados a suprir essa falta, dando a essa missão preferência". 1916 - O Ir.: Affonso Junqueira faz, em Loja, uma proposta ousada para a época: fundar-se uma Loja só de mulheres. A proposição foi acolhida pelo Venerável Antônio Pessoa de Almeida que solicitou dos Irmãos um estudo da Constituição Maçônica para que tal idéia fosse viabilizada. Entretanto nada mais se mencionou sobre o assunto em questão. 1917 - Um concurso, para a criação do estandarte da Escola São João da Escócia, é realizado e tem por vencedor um dos alunos, cujo nome não foi revelado em ata e não foi possível descobrir através das pesquisas. O estandarte tinha por figura um pelicano, símbolo maçônico, e o professor João dos Santos sugeriu que se acrescentasse um globo terrestre e um livro. Tal sugestão não foi aceita. Feito um orçamento na época, o estandarte não foi confeccionado porque ficaria muito caro. Ao aluno foi dado, como prêmio, uma caixa de lápis de cor. 1917 - A EC faz doação em dinheiro para os Aliados da Primeira Grande Guerra. 1917 - Antônio Pessoa de Almeida propõe a criação da Associação da Cruz Vermelha em Poços de Caldas. A proposta não evoluiu por causa de conflitos de interesses entre membros da sociedade local. 1918 - Registrada as homenagens dos maçons aos médicos Francisco de Faria Lobato e Antônio de Rezende Chagas, pelos serviços relevantes prestados em favor da comunidade. Por ocasião da chamada "Gripe Espanhola" esses médicos trabalharam com denodo e afinco, salvando pessoas em Poços de Caldas e na região, sem medo de se exporem à temida epidemia. 1919 - A ESJE encontra-se em dificuldade financeira e o professor João dos Santos abre mão de quarenta por cento de seus
vencimentos. A proposta não foi aceita pelos Irmãos. 1920 - Por solicitação do Governo Federal, a EC colabora para fazer o recenseamento da população poços-caldense. 1921 - Os Irmãos se unem para enviar donativo em dinheiro aos flagelados russos, vítimas da fome. Chegava ao fim a "Revolução Russa", guerra civil entre o Exército Vermelho e os Russos Brancos. 1922 - Irmãos registram os lamentáveis acontecimentos por que passa o Brasil. Era o último ano do governo Epitácio Pessoa, aproximavam-se as eleições para a Presidência da República e eclodia a Revolta dos "18 do Forte" de Copacabana, movimento tenentista contra a política do "café-com-leite", união entre políticos paulistas e mineiros. 1923 - Correspondência do prefeito Francisco Escobar à Loja, dá ciência de sua escolha para o cargo de Senador Estadual. 1924 - Boatos corriam pela cidade dizendo que a Loja sofreria uma atentado por razões de ordem política. O objetivo era dinamitar o Templo da EC. 1925 - A viúva do Irmão Júlio Ribeiro, escritor brasileiro, autor de "A Carne", envia vários exemplares do seu livro para que os Irmãos adquiram e a renda reverta em benefício da mesma. 1925 - O Irmão Guido Rocchi, maestro, doa à Loja a confecção do busto do ilustre maçom Pedro Sanches de Lemos. 1926 - A cunhada, Teresina Carini Rocchi, esposa de Guido Rocchi, solicita da EC a interferência junto a ele, a fim de que seja cumprido o compromisso de dar a ela uma pensão mensal de Rs.150$000 (Cento e cinqüenta mil réis). Foi dado um prazo para regularizar tal situação. 1926 - Tendo falecido o maçom, doutor Vicente Neiva, o vigário da paróquia proibiu a funerária local de prestar os serviços necessários, além de se recusar a realizar missa de corpo presente. 1927 - Waldomiro Maurício lança protesto em Loja contra a execução, na cadeira elétrica, nos EUA, de Sacco e Vanzetti.
1928 - Consignado em ata voto de protesto contra a pena de morte, instituída pelo Primeiro Ministro da Itália, Benito Mussolini. 1929 - O Ir.: Rômulo Cardillo, faz um discurso veemente, em Loja, contra a corrupção que tem flagelado a humanidade. 1929 - Visita a "Estrela Caldense" Nicolau Ancona Lopes, redator do Jornal "O Estado de São Paulo", grande jornalista e figura de destaque na Ordem Maçônica. 1931 - O governo fascista italiano persegue e mata inúmeros maçons, não poupando nem suas esposas e filhos. A EC protesta não aceitando convite da Sociedade de Socorro Mútuo "Stella d'Itália" para recepcionar o Cônsul italiano em visita a Poços de Caldas. 1932 - Em razão dos inúmeros pedidos de matrícula para a ESJE, perto de duzentos e cinqüenta, Palmiro D'Andrea sugere que se diminua o recinto do Templo para dar lugar a mais salas de aula. 1932 - O Irmão João Moreira Salles prontifica-se em colaborar com a quantia de cinco mil réis, mensais, para ajudar na manutenção e custeio da Escola São João da Escócia. 1933 - Ivo Sandry relata em reunião a notícia de que Hitler está perseguindo os maçons alemães, a fim de impor a sua onipotência e despotismo. Pede, e é atendido pelos Irmãos, que seja enviado o protesto da Loja à embaixada da Alemanha no Brasil. 1933 - O médico Arthur de Mendonça Chaves não pôde fornecer o Atestato Sanitário, exigido pelo Governo do Estado, para que a Escola São João da Escócia fosse oficialmente reconhecida porque os sanitários da escola não estavam de acordo com as normas de higiene exigidas. Na ocasião o médico orientou a direção da ESJE nas reformas das instalações, assim como prestou relevantes serviços, tendo, por isso, recebido o diploma de Benemérito da "Estrela Caldense". 1934 - Realizada uma Sessão Magna para receber o ilustre Irmão Gabriel Terra, presidente da República Oriental do Uruguai, em visita à
Poços de Caldas e à "Estrela Caldense". 1934 - É desenvolvida uma campanha entre os maçons e cidadãos poços-caldenses para que todos façam o alistamento eleitoral, conforme determinava a Constituição Federal. 1935 - Irmãos da "Estrela Caldense" medeiam conflito de ordem política entre integralistas e extremistas, residentes na cidade, que se dispunham a um enfrentamento corporal. 1936 - Uma palestra de grande proveito é feita, pelo prefeito Dr. Assis Figueiredo, para os alunos da Escola São João da Escócia, cujo tema era a proteção e o cuidado que se deve ter com as árvores. 1936 - O prefeito Francisco de Paula Assis Figueiredo recebe congratulações da Loja por ter promovido uma prova de automobilismo na cidade. 1937 - Pedido vindo de Barcelona, Espanha, solicitava ajuda em donativos ou mesmo que os Irmãos ou pessoas da cidade, adotassem crianças órfãs, vítimas da Gerra Civil que por lá se desenvolvia. Os registros posteriores e pesquisas realizadas na cidade, não revelaram se houve alguém que tenha se interessado em adotar crianças espanholas. 1937 - Decreto do governo de Getúlio Vargas obriga o fechamento de todas as Lojas Maçônicas no País. Em Poços de Caldas tal ordem foi cumprida pelo delegado de polícia, Moacyr Vieira Martins. 1938 - Seis meses depois do Decreto, Vargas determina que sejam reabertas todas as Lojas, desde que estivessem cuidando ou mantendo alguma instituição de utilidade pública. 1939 - A EC é chamada a se manifestar sobre a criação da Siderúrgica Nacional. Os Irmãos acreditam ser impossível integralizar o capital necessário apenas entre os membros da sociedade civil brasileira. 1939 - O Venerável Pedro Henrique faz veemente protesto contra o regime nazista que, passando sobre os Tratados de Paz, agride a
Polônia, trazendo o desassossego àquele país e ao mundo. 1941 - Uma Loja, considerada espúria, era fundada em Poços de Caldas com o nome de "Fraternidade Poços-Caldense". Verificamos que a mesma teve curta existência. 1942 - Waldemar Hait pede aos membros da EC que não proponham para iniciação pessoas que sejam proprietárias ou trabalhem em casas de jogos de azar. 1943 - Violento artigo contra a Maçonaria, no jornal " O Santuário", tem pronta resposta da EC, através de boletins espalhados pela cidade. 1944 - Os Irmãos colocam-se a campo a fim de ajudar no problema da falta de açúcar na cidade. 1945 - Enviado à embaixada da Espanha, no Rio de Janeiro, protesto pelos atos do ditador Francisco Franco e pelas atrocidades cometidas contra o povo espanhol. 1946 - A "Estrela Caldense" se dispõe a encabeçar movimento e lutar contra a prática do câmbio negro de alimentos, pois havia escassez de gêneros na cidade e comerciantes inescrupulosos aproveitavam-se da situação para explorar, não poupando ninguém. 1947 - Realizada uma Sessão Magna para comemorar o centenário de nascimento de Pedro Sanches de Lemos. Na ocasião foi inaugurado o busto que hoje é visto na entrada saguão do prédio da EC. Ressaltamos para registro que Pedro Sanches foi iniciado, assim como o foi Bento Dias Ferraz de Arruda, em dez de junho de 1896, particularmente em casa do Venerável Antônio Pereira Guimarães. 1947 - É manifestada a preocupação com a deficiência da polícia local e a falta de segurança a que estavam expostos os habitantes de Poços de Caldas. O Ir.: Deolindo de Toledo Júnior comunica em Loja que foi criada uma Guarda Municipal noturna e que a mesma havia iniciado suas atividades, tendo como diretores: Martinho Mourão, Remo Cardillo e o próprio Deolindo Jr. 1948 - Relato de Remo Cardillo, em documento, registra que o maçom
Edgard de Almeida havia convidado o maçom Manoel Pereira Sobrinho para ser padrinho de batismo de sua filha. Entretanto o padre (não há menção do seu nome) da paróquia local recusou-se, alegando ser o padrinho um maçom. Ante a recusa, dirigiram-se todos à Paróquia de São Sebastião, na Vila Cruz, onde os padres oblatos realizaram o ato religioso. 1948 - O Venerável Moacyr Vargas de Souza conclama os Irmãos a se unirem em torno da Escola São João da Escócia, pois ele antevê um "futuro brilhante para a instituição educacional mantida pela Loja. 1948 - Pedro Linguanotto comunica a instalação, por proposta do Ir.: José Batista Nogueira, do Serviço de Proteção aos Animais. Segundo ficou acertado, a entidade seria dirigida pelas professoras do Grupo Escolar "David Campista", tendo à frente Jaci Nogueira. 1948 - Uma conferência literária do advogado Edmundo Cardillo na Sociedade de Cultura e Arte, presidida pelo doutor Sebastião Pinheiro Chagas, trouxe muito aborrecimento a este último, pois o tema "Dante Allighieri, A Divina Comédia e a Maçonaria" desagradou aos filiados da entidade e muitos pediram demissão. Em tempo: Edmundo Cardillo ainda não era maçom. 1949 - Moacyr Vargas de Souza fala sobre a necessidade de a "Estrela Caldense" ter um jornal próprio. 1950 - É mencionado em Loja o fato de a Santa Casa de Poços de Caldas, por sua direção, monopolizar o atendimento, deixando de fora médicos da cidade que ali desejavam trabalhar. 1951 - Ivo Sandry comunica à Loja sobre o estado precário no qual se encontra a senhora Teresina Carini Rocchi, viúva de Guido Rocchi. O Ir.: Rômulo Cardillo confirma as informações e pede aos Irmãos que dêem a assistência necessária a essa cunhada. 1952 - Inaugurada a biblioteca "Capitão Affonso Junqueira", da EC, com a presença da senhora Maria Ovídia Junqueira, viúva do homenageado.
1953 - A "Estrela Caldense" é uma das fundadoras do "Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais", tendo seu registro sob nº 3, no livro 1 daquela entidade. 1954 - Acontece a Sagração do novo Templo, com inúmeras solenidades. Na ocasião foi colocado, no saguão da Loja, o busto de Pedro Sanches de Lemos, grande maçom e grande médico humanista. O Ir.: Guido Pelicciari, de São Paulo, filma todo o evento. 1954 - A Loja "Major Braga", de Aguaí, por indicação do Ir.: Jorge Potgê, delibera, por votação de seus filiados, que a EC e todos os seus membros sejam declarados sócios honorários e fundadores daquela Oficina. 1954 - Edmundo Cardillo, Issa Sarraf, José Remígio Prezia e Arino Ferreira Pinto tomam posse como vereadores à Câmara Municipal de Poços de Caldas, por eleições livres. Vale lembrar que naquela época vereador não recebia para exercer o mandato. Era escolhido por suas virtudes e postura diante da sociedade. 1955 - A "Estrela Caldense" inicia movimento junto às autoridades do Estado de São Paulo para o asfaltamento da estrada Cascata-Moji-Mirim. 1955 - Pedro Linguanotto, em brilhante oratória, discorreu, em Loja, sobre o significado e importância das nossas flora e fauna e lamentava a devastação da natureza que se processava em nosso país. 1956 - A EC realiza importante e histórico conclave maçônico, que resultou em mudanças significativas para a Maçonaria de Minas Gerais. 1957 - A EC recebe a visita do maçom e famoso cantor popular Vicente Celestino. Na ocasião foi saudado pelo Ir.: Antônio Alberto Fernandes que reverenciou o seu talento vocal. 1957 - A Loja solicita o apoio da Maçonaria brasileira ao povo de Porto Rico, pelo direito de auto-determinação daquela ilha. 1958 - Intrigas contra o Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do
Brasil e o Grande Oriente Tiradentes de Minas Gerais envolvem a "Estrela Caldense". Panfletos desfavoráveis ao GOB estavam sendo distribuídos em papel timbrado da EC. Apurou-se, em seguida, que a Loja não estava envolvida no caso. 1959 - É exibido em Loja a publicação "Jornalzinho", editada pela Pia Editora de São Paulo. Trazia uma história em quadrinhos na qual mascarados, denominados maçons, seqüestram e matam menores, em cenário que mostrava um Templo maçônico. A EC envia protestos às autoridades competentes e à Associação Brasileira de Imprensa. 1960 - Sob a coordenação de IIr.: das Lojas "Estrela Caldense" e "Luz e União" foi realizada uma passeata de estudantes e de pessoas da comunidade em protesto contra o jogo de azar e a paralisação definitiva do mesmo em Poços de Caldas. 1961 - Debatida em Loja a situação da Usina Atômica de Poços de Caldas. Todos são a favor de que seja enviada correspondência ao governo federal solicitando o prosseguimento das obras, uma vez que a não-conclusão da mesma só trará prejuízo ao país. 1962 - José Vargas de Souza comunica que comprou de Décio Alves de Morais, o jornal "Gazeta do Sul de Minas", pela quantia de Cr$ 2,8 milhões de cruzeiros e que a "Estrela Caldense" e o Instituto Educacional São João da Escócia ficariam com a maior parte das cotas. Inúmeros Irmãos participaram desse esforço adquirindo ações. 1963 - A Loja realiza o feito de iniciar três irmãos carnais na mesma data: Walker, Wanir e Wander Bressane Braga, filhos do Ir.: Júlio de Melo Braga. 1964 - Estranhamente a "Estrela Caldense", sempre tão combativa, não se manifestou sobre a situação político-institucional por que passava o Brasil nesse ano. 1965 - A Loja presta significativa homenagem a Pedro Linguanotto por seus cinqüenta anos como maçom exemplar. 1966 - O Venerável José Carlos de Paiva Cardillo anuncia, em Loja, que a instalação da Faculdade de Direito, pretendida para Poços de
Caldas, com o esforço dos maçons e do IESJE, estava perto de se concretizar. O Ir.: Carlos Errico Neto nos informou que, por injunções políticas e econômicas, essa Faculdade foi instalada em São João da Boa Vista. 1967 - A "Estrela Caldense" realiza protesto pela falta de liberdade de imprensa no Brasil. 1967 - Maçons da "Estrela Caldense" e da "Luz e União" se unem para organizar um time de futebol. Durante algum tempo a equipe brilhou em campos mineiros, paulistas e fluminenses, realizando partidas de cunho beneficente. Para se ter uma idéia, até mesmo os atletas pagavam ingresso. Uma das memoráveis partidas da equipe "Estrela Caldense”, contra a Loja de São José do Rio Pardo, teve proposta de entrada em campo "na forma ritualística", para provar que o time era composto só de maçons, conforme nos relatou o Irmão, hoje residente em Itajubá, Durval Borges de Oliveira. 1968 - Fundada a "Fraternidade Feminina do Cruzeiro do Sul", entidade que congregava as esposas dos maçons e tinha por objetivo dar assistência a enfermos e necessitados, quer fossem maçons ou não. 1969 - Colocada em Loja a candidatura, a Grão-Mestre do Grande Oriente de Minas Gerais, de Athos Vieira de Andrade. Na ocasião o Irmão falou sobre a sua prioridade de governo: "o amparo à infância. 1972 - O Ir.: Alberto Macedo fala sobre um possível entendimento entre a EC e o "Lar de Irmã Catarina" a fim de que os maçons assumissem a direção daquela entidade. Tal não aconteceu naquela época porque algumas exigências feitas não davam para ser cumpridas. 1972 - A "Estrela Caldense" apóia a candidatura de Athos Vieira de Andrade para Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil. 1973 - Athos Vieira de Andrade vence as eleições para o GOB. 1974 - A EC apoia a reabertura da Loja Maçônica "Aurora Cacondense", de Caconde - SP. enviando Orlandino Risola como seu
representante às solenidades. 1975 - O Ir.: Orlandino Risola comunica que a EC conseguiu a instalação do primeiro Consistório interiorano. Caso inédito na Maçonaria brasileira. A solenidade de instalação deu-se a 23 de fevereiro de 1975. 1975 - A Loja encarrega Alberto Macedo de realizar uma pesquisa sobre a história da "Estrela Caldense". 1975 - A EC se empenha junto ao Governador de Minas e ao Secretário do Departamento Estadual de Rodagem, Vicente Pinheiro Chagas, para a construção da "estrada do contorno". 1976 - Proposta da Comissão de Educação e Cultura da "Estrela Caldense" sugere a criação de mais uma escola. 1978 - Preocupados com o crescimento do uso de drogas, pela juventude, a EC empenha-se numa campanha efetiva de alerta contra o perigo que ela representa para a sociedade. 1979 - Javier Torrico Morales sugere, em Loja, que 1980 fosse proclamado o "Ano da Educação em Poços de Caldas" e que todos se esforçassem para dotarmos a cidade de cursos superiores. 1980 - A Loja asssume a administração do "Lar de Irmã Catarina", creche mantida por uma instituição espírita. O "Lar" recebeu o nome de Irmã Catarina, porque esse nome é o de uma Luz, uma Entidade, segundo alguns espíritas consultados. 1981 - Irmãos da "Estrela Caldense" recebem proposta para adquirir e assumem a Escola "Sete de Setembro". 1983 - Relatado em Loja que a Sagrada Congregação para a Doutrina, no Vaticano, reuniu-se e, em declaração assinada pelo Papa João Paulo II, deixou-se de mencionar as instituições contrárias à doutrina da fé católica, acabando, então, com a prática da excomunhão dos seus membros. Com isso cessavam, temporariamente, as perseguições à Maçonaria.
1983 - Acertada uma palestra do monsenhor Trajano Barroco, pároco local, nas dependências do Templo da "Estrela Caldense", para o dia primeiro de dezembro. Nessa ocasião o padre reconciliou-se com os maçons. 1984 - O Hospital "Pedro Sanches" passa a pertencer e a ser administrado pela Loja. 1988 - A "Estrela Caldense" dirige-se ao governador do Estado, Newton Cardoso, solicitando a criação da Universidade de Poços de Caldas, uma vez que a Autarquia Municipal de Ensino não estava em condições de continuar sendo mantida com o dinheiro dos cofres públicos municipais. 1989 - A EC manifesta-se contrária ao transporte e armazenamento de rejeitos radiativos que estão sendo trazidos de São Paulo para a cidade de Caldas, por iniciativa da Empresas Nucleares Brasileira. 1990 - A Loja é informada de que o processo de criação da Faculdade de Direito, a funcionar no IESJE, foi encaminhado para o Conselho Estadual de Educação. 1992 - Na campanha eleitoral para a Prefeitura da cidade, a Loja abre suas portas a fim de que os candidatos apresentem seus programas de governo. 1992 - Prestada significativa homenagem e dado o título de Benemérito a Alberto Rosi por seu longo tempo como maçom e sua contribuição e trabalho em favor da "Estrela Caldense". 1993 - O Instituto Educacional São João da Escócia recebe comunicado da Universidade de Alfenas e protocolo de intenções para que seja firmado convênio instalando cursos superiores de Direito e Engenharia Química a funcionar nas dependências do Colégio. 1993 - A Loja coloca à disposição da UNIFENAS os prédios da rua Ceará e o prédio em construção da rua Corumbá, em comodado, por doze anos, para a instalação das faculdades.
1994 - Waldir Miguel fala sobre o processo da Faculdade de Direito que foi encaminhado ao Ministério da Educação, em Brasília. E relata o esforço que tem sido feito para que a UNIFENAS traga para cá cursos superiores. 1994 - Proposta vinda de setores da comunidade mobiliza os IIr.: contra uma tentativa de municipalização do Hospital "Pedro Sanches", propriedade privada, cuja entidade mantenedora é a "Estrela Caldense". 1994 - Constituída a Comissão encarregada dos preparativos dos festejos do Centenário da "Estrela Caldense": Élio de Oliveira Macedo, Antônio Carlos da Silva, Antônio José Iranço de Almeida, Antônio Honório dos Santos, Cleiber Augusto Pomarico, Dumas Pestana Filho, Hélio Antônio Scalvi, Fábio Capitanini, Lázaro Emanuel Franco Salles, Richard Alves de Morais, Jair Antônio Vieira e Silva e Celso Renato Cavini e Hugo Pontes. 1994 - A diretoria do Museu Filatélico, da Empresa Brasileira de Correios, aprova a emissão de carimbo comemorativo dos cem anos da "Estrela Caldense", a ser lançado em dezembro de 1995. 1994 - O Hospital "Pedro Sanches" inaugura moderna Unidade de Tratamento Intensivo, para melhor atender à comunidade poços-caldense, e recebe o nome de "Walter Miguel", maçom e um de seus primeiros diretores. 1994 - Aprovada em Loja a Bandeira da "Estrela Caldense", idealizada por Antônio Honório dos Santos com arte final do Irmão Richard Alves de Morais. 1994 - A cinco de dezembro a Loja comemorou os seus noventa e nove anos de existência com uma solenidade na qual foi oficialmente apresentada a Bandeira aos membros do quadro. Na ocasião houve homenagem aos maçons mais antigos e uma palestra realizada pelo Ir.: Francisco de Assis Carvalho, diretor da Revista "A Trolha", de Londrina-PR. 1995 - Através do empenho da "Estrela Caldense", a Universidade de Alfenas instala a Faculdade de Direito na cidade. Para viabilizar o
funcionamento, é cedido o prédio recém-construído, localizado à Rua Corumbá, para onde seria transferida a Escola Sete de Setembro. Tal procedimento foi necessário até que a Unifenas instale seu Campus, em terreno doado pelo povo de Poços de Caldas. 1995 - A Câmara Municipal aprova e o prefeito Luiz Antônio Batista sanciona a Lei 5.875 de 05.05.1995, de autoria do vereador Ronaldo Junqueira concedendo o "Diploma de Gratidão da Cidade" à "Estrela Caldense", "pelos seus CEM ANOS de bons serviços prestados à comunidade poços-caldense nos setores de educação, assistência social e saúde". A honraria foi entregue, em sessão solene da Câmara, no Pálace Cassino, no dia 30 de junho. CAPÍTULO VI A GRANDE BENEMÉRITA E GRANDE BENFEITORA
Em 1896 a "Estrela Caldense" dá início a sua obra de Benemérita e Benfeitora da Ordem, na então Vila de Poços de Caldas.
Daquela época em diante, não mais deixou de estar atenta às necessidades quer do seu Quadro de Obreiros, quer em atender a um pedido de ajuda do mais longínquo povoado brasileiro e até mesmo do exterior.
Em 1897, pela primeira vez, a Loja se vê responsável pelas despesas com o funeral de um de seus membros. Falece o Ir.: Antônio Magalhães e os Irmãos acorrem para dar a devida assistência à família enlutada.
É importante ressaltar que o atendimento dos pedidos era feito por uma comissão encarregada pelo Venerável para avaliar a oportunidade da solicitação. Assim, a primeira Comissão de Beneficência a ser organizada em Loja, em maio de 1898, foi composta pelos Irmãos Pedro Sanches de Lemos, Silvério Duarte d'Oliveira e Caetano José de Abreu para "promoverem os meios necessários a fim de enviar socorro a São Carlos do Pinhal face à epidemia de "febre amarela" que atingiu, com gravidade, aquela cidade paulista".
Em 1899, mês de novembro, a Vila de Poços de Caldas estava diante da "peste bubônica", epidemia grave contra a qual os IIr.: trabalham denodadamente.
E assim se alicerçou a "Estrela Caldense", com todos os IIr.: imbuídos do mais alto espírito da filosofia maçônica: quanto mais as carências da população exigiam, mais os Irmãos cobravam empenho de si mesmos com o objetivo de resolver os problemas dos mais necessitados.
Em outubro de 1914, o mundo assistia à Primeira Grande Guerra, e os IIr.: levantavam a quantia de 216 mil réis, para atender a um pedido, do Grande Oriente da França, com objetivo de socorrer os infelizes que estavam sofrendo com os horrores da Guerra Européia.
No ano de 1915 cria-se a Escola São João da Escócia e, em 1916, recebe do Grande Oriente do Brasil o título de "Grande Benfeitora da Ordem" pela fundação e manutenção do estabelecimento de ensino, além dos justos serviços prestados à causa maçônica.
Em 1917 os IIr.: fazem mais uma doação em dinheiro para os Aliados da Primeira Grande Guerra. Ao mesmo tempo Antônio Pessoa de Almeida propunha que fosse fundada na cidade a Associação da Cruz Vermelha. Tal proposta, por conflitos de interesse envolvendo pessoas da sociedade local, não se concretizou.
Em 1921 o flagelo da fome atinge a Rússia e, ao receber pedido de ajuda, a EC sai em socorro das vítimas enviando donativos para amenizar o problema.
Março de 1924 a cidade de Campos-RJ sofre com uma enchente de grandes proporções e a EC promove uma quermesse, envolvendo toda a cidade de Poços de Caldas, com objetivo de angariar recursos para ser enviado àquela cidade norte-fluminense.
As ações de benemerência ocorriam tanto para uma ajuda externa, quanto para um atendimento na cidade. Antônio Luiz Pinto lança em reunião e vê aprovada a proposta de se estipular uma contribuição mensal, feita por todos os IIr.:, para socorrer as viúvas necessitadas dos nossos IIr.: falecidos.
Em janeiro de 1926 os maçons promovem um verdadeiro mutirão para angariar recursos em alimentos, dinheiro e material de construção, a fim de socorrer os desabrigados da enchente ocorrida na cidade de Poços de Caldas.
O Ir.: Palmiro D'Andrea, em novembro de 1929, sugere em Loja que seja solicitado para a "Estrela Caldense" o título de "Grande
Benemérita da Ordem" junto ao GOB. Tal título é concedido. Reafirmando sempre seu compromisso com a educação
gratuita, Haroldo Escobar lembra aos Irmãos que a Escola São João da Escócia é uma instituição para alunos pobres.
A Guerra Civil Espanhola chega à "Estrela Caldense" através de uma correspondência vinda da Loja "Minerva 25", de Barcinos, Barcelona, Espanha, solicitando donativos e mesmo oferendo para que os nossos Irmãos ou pessoas da cidade acolhessem, por adoção, pequenos órfãos espanhóis, vítimas da luta entre homens da mesma nacionalidade.
Um grande terremoto sacode e devasta o Chile, em 1939, vitimando milhares de pessoas. A EC mobiliza-se enviando aos desabrigados dinheiro para que sejam atendidas as pessoas nas suas necessidades prementes.
Os maçons da "Estrela Caldense" sempre demonstraram preocupação com a infância. Pedro Henrique e Moacyr Vargas de Souza, trazem uma proposta em Loja para que seja fundada uma creche para crianças carentes. Entretanto a proposta não evoluiu porque havia uma grande tarefa sendo realizada: a construção do Templo.
Em 1953, relato do Ir.: João Ribeiro dá-nos conta da internação, de um rapaz pobre, havida na Santa Casa local e, depois, recusada porque o mesmo não podia pagar. O rapaz foi encaminhado à Casa de Saúde e Maternidade "Pedro Sanches" atendido e operado pelo médico Walter Correa de Carvalho, que nada cobrou. Os IIr.: da "Estrela Caldense" pagaram as despesas de internação.
Os relatos mostram um pouco do muito que a EC tem realizado nos seus cem anos de existência.
Em Poços de Caldas a entidade sempre esteve junto à população e, todos os Irmãos orgulharam-se e orgulham-se por estarem mantendo escolas, creche e hospital.
Não raro maçons são convidados a assumir a direção de entidades beneficentes. Infelizmente isso tem sido objeto de recusa, uma vez que os Quadros da Loja não têm disponibilidade para atender às solicitações.
CAPÍTULO VII
AS INSTITUIÇÕES MANTIDAS PELA LOJA 7.1 - O INSTITUTO EDUCACIONAL SÃO JOÃO DA ESCÓCIA Esta escola, por si só, tem uma longa história de prestação de serviços à cidade. São oitenta anos de dedicação exclusiva à educação dos jovens poços-caldenses.
Várias são as razões para que a "Estrela Caldense" tenha fundado, em primeiro de julho de 1915, uma escola primária.
A vinte e um de agosto de 1896, em reunião, o Venerável Antônio Pereira Guimarães fala aos IIr.: sobre uma Escola Noturna, para crianças, a ser mantida pela Loja e que começaria a funcionar no dia Sete de Setembro, data significativa para o País e para a Maçonaria.
Os anos foram passando e essa escola noturna não mais funcionou, trazendo incontáveis prejuízos à infância da Vila de Poços de Caldas. Pensando nisso, o maçom Joaquim Bernardes de Freitas, em outubro de 1913, propôs que fosse fundada outra. O então Venerável, Antônio Pessoa de Almeida nomeou uma comissão para estudar o assunto. Nada foi feito de concreto, pois o momento não permitia.
Mas em cinco de junho de 1915 a proposta volta a ser ventilada, quando o Ir.: João José Pereira dos Santos, vindo de São João da Boa Vista, se dispõe a ser o professor da escola gratuita que a Loja pretendia fundar. O Venerável Arthur Lopes de Camargo nomeia uma comissão para viabilizar o projeto, contando com os seguintes nomes: Pedro Linguanotto, João Pereira Godinho e Joaquim Bernardes de Freitas, os quais, durante o mês, trabalham na elaboração dos estatutos da escola. No dia 29 de junho é marcada uma reunião para a aprovação dos estatutos e escolha da primeira diretoria.
Os membros da comissão marcam o início das atividades escolares para primeiro de julho de 1915 daquela que foi denominada "Escola São João da Escócia" e em cujo estatuto rezava ser uma escola exclusivamente para dar atendimento a alunos carentes, tornando-se este o maior orgulho dos Irmãos que a idealizaram.
Já em sessão do dia dez o mesmo mês, João dos Santos
dizia aos Irmãos que havia dezenove alunos matriculados. Entre esses dezenove alunos destacamos o nome de um
deles, Jurandir Ferreira, personalidade intelectual de importância maior em Poços de Caldas, que iniciou seus estudos na "Escolinha da Maçonaria" e ainda se encontra entre nós.
Vontade de trabalhar pela infância, esse foi o motivo que impulsionou os seguintes Irmãos : Antônio Pessoa de Almeida, Manoel Troyano, João Adalberto Piffer, Affonso Junqueira, Caetano Benedetti, Paulo Custódio do Nascimento, Maximiano Ramos, Mário Mourão, Cláudio Henrique, Ignácio de Moura Gavião, Pedro Henrique, Pedro Linguanotto, Patrício Marques dos Santos, Chrispino Caponi, Ernesto da Silva Mello, Ferrucio Incrocci, Virgílio Chaves, Nicolao Amalfi e Joaquim Bernardes de Freitas.
Outros foram os nomes que participaram das reuniões, dando apoio, com suas presenças, para a consolidação da idéia: Antônio Canhedo, Joaquim José Pereira (um dos fundadores da EC), João Thomaz Pereira, Ettore Manucci, Fortunato Vinci, Arthur Lopes de Camargo, Orlando Manhães Barreto, Aurélio Borelli, Raphael Sarti, Alípio da Cruz, João Pereira de Godinho, Antônio Chiado e Virgílio Silva.
A primeira diretoria ficou assim constituída: presidente, Pedro Linguanotto; secretário, Joaquim Bernardes de Freitas: tesoureiro, Virgílio Chaves.
A explicação para que a escola tenha recebido o nome "São João da Escócia" é dada por ser ele o Santo patrono da Maçonaria simbólica e primitiva.
Ao longo dos anos, desde a sua fundação, a Escola São João da Escócia sempre primou por dar assistência educacional e moral à infância necessitada. Aceitavam-se matrículas de alunos que podiam pagar, mas numa proporção de quatro por um, ou seja, para cada quatro alunos carentes, um que tivesse condição de pagar era aceito.
Em 19 de agosto de 1954 os Irmãos da "Estrela Caldense" criam o Instituto Educacional São João da Escócia,"sociedade civil de caráter beneficente e cultural e de assistência social, sem finalidade lucrativa e que tem por fim ministrar o ensino em seus vários graus e o amparo à infância e juventude, congregando estabelecimentos mantidos por maçons de Poços de Caldas e de outras cidades do Brasil".
O Instituto, que se tornou o mantenedor da escola primária,
teve como fundadores: José Vargas de Souza, Hélio Sandry, Pedro Linguanotto, Bernardo Mejlachovicz, Júlio de Melo Braga, João Franceschini, Benedito Norberto Filho, Turido Italo Bonazzi, Antônio Monteiro, Alberto Rosi, Francisco Cagnani, Ivo Sandry, Olintho Tavares Paes, Francisco Perez Mayo, Manoel de Freitas, Orcival Pereira da Silva, Geraldo Ribeiro, Arino Ferreira Pinto e Deolindo de Toledo Júnior.
Em agosto de 1955, Arino Ferreira Pinto, proprietário da Escola Técnica de Comércio, propõe, em Loja, que o Instituto Educacional São João da Escócia a encampe. A proposta foi recebida com simpatia, pois na ocasião a diretoria procurava um local mais amplo para instalar a Escola São João da Escócia.
Nomeou-se uma comissão para tratar do assunto e a 22 de agosto de 1955, em Assembléia Geral Extraordinária, deliberou-se incorporar a Escola Técnica de Comércio e seu patrimônio, conforme negociação com seu proprietário, ao Instituto Educacional São João da Escócia.
Participaram dessa histórica reunião oitenta e cinco Irmãos, os quais se tornaram sócios do Instituto: Hélio Sandry, João Bonifácio, Ivo Sandry Jr., Sebastião Pinto, José Maria Simões, Geraldo Tambasco Glória, Júlio de Melo Braga, Carlos dos Santos, Antônio Monteiro, Ademar Corrêa da Costa, Ivo Sandry, Florindo Alvarez Barreiro, Alberto Rosi, Luiz de Souza Moreira, Avelino Esteves, Nelson D'Angelo, Geraldo Ribeiro. José Gama do Valle, José Botelho Muniz Neto, Luiz Augusto Dal Poggetto, Armando Franceschini, Orlandino Risola, João Fortunato Ferreira, Jordão Frison, Francisco Gilberto Blasi, Benedito Hércules Pavesi, Fausto Bernardo Maretti, Alan Kardec Pinto, Turido Italo Bonazzi, João Alcântara, Willian Lage Poli, Pedro Bonifácio, Antônio Avelino de Melo, Ronaldo Moretti, José Carlos de Campos, Manoel dos Reis, Antônio Gentilini, General Zangiacomo, César Frison, Abílio Bastos, Sebastião do Prado Luz, José Latrônico, José Márcio Simões, Hércules Frison, Manoel Cândido Martins, Waldemar Chirolli, Djalma de Souza Gonçalves, Alberto Cazzani, Alfredo Lopes, José Dias dos Santos, Deolindo de Toledo Júnior, Darcy Domenico, Irineu Guitarrari, Oswaldo Borsa, João Domingos Salavolte, Manoel Batista Dias, Adib Karan, Olintho Tavares Paes, Jurandir Loureiro, Arlindo Pereira, Pedro Linguanotto, Issa Sarraf, Paulo Aquino, José Rabelo de Andrade, Paulo Lopes Ribeiro, Jovelino Muniz, José Baptista, Antônio Bueno Brandão, Antônio Bernardes de Araújo, Moacyr Vargas de Souza, Edmundo Gouveia Cardillo,
Benedicto Norberto Filho, José Lawis, Antônio Napole, Bernardo Mejlachovicz, Júlio Camilo Pereira, Francisco Cagnani, João Pedro de Alcântara, Manoel de Freitas, Miguel de Oliveira, Orcival Pereira da Silva, João Francisco Miguel, Rutherford Leal e José Fonseca.
A primeira diretoria foi composta dos seguintes membros: José Vargas de Souza, presidente; Hélio Sandry, vice;
Antônio Monteiro, primeiro secretário; Benedito Norberto Filho, segundo secretário; Deolindo de Toledo Júnior, primeiro tesoureiro, e Geraldo Ribeiro, segundo tesoureiro. A diretoria executiva e pedagógica ficou a cargo de Arino Ferreira Pinto que a exerceu desde a incorporação até o ano de 1987, proporcionando, com a sua visão de educador e grande humanista, o "futuro brilhante para a instituição" profetizado em 1948 por Moacyr Vargas de Souza.
Com o passar dos anos o Instituto Educacional São João da Escócia aumentou o número de sócios, todos pertencentes à "Estrela Caldense" e, com isso, teve uma diversidade de conselheiros e diretorias de Conselhos os quais contribuíram para que a instituição crescesse e se tornasse uma das grandes casas de ensino do Sul de Minas Gerais. Participaram como presidentes do Instituto: José Vargas de Souza - 1954 a 1960 e 1963 a 1977; Arino Ferreira Pinto - 1960/1961; Avelino Esteves - 1961 a 1963 e 1977; Francisco Luz - 1977 a 1982; Sebastião da Costa Abrantes - 1982 a 1987; Birajá Silveira - 1987 a 1990; Waldir Miguel - 1990 a 1994.
O biênio 1995/1996 tem na diretoria os seguintes Irmãos: Antônio Carlos da Silva ,presidente; Waldir Miguel, vice; David Martins Pinheiro, tesoureiro; Valdemir Silva Sandy, 2º Tesoureiro; João Batista Delgado, secretário e Luiz Gonzaga Carvalho Pomarico, 2º secretário.
O Conselho Deliberativo está composto dos seguintes membros efetivos: Antônio José Iranço de Almeida, Antônio Carlos de Andrade, Antônio Roberto Amo, Benedicto Rocha Valença, Cristiano José Rehder, Euclides Paiva Mendes, José Martinho do Prado Luz, José Antônio Mareca, Noboru Arashiro, Rubens Marcondes Sarti e Sebastião Marques. Suplentes: Élio de Oliveira Macedo, Hélio Sandry e Benedicto Cauby Ferreira e Silva. Conselho Fiscal: Dumas Pestana Filho, Vítor Antônio Camilo e Gilson Loyola. Suplentes: Édio Basso e Rovilson Ferreira dos Santos.
A direção executiva está sob a responsabilidade do Ir.: Celso Renato Cavini; a direção pedagógica a cargo de Doracy Teixeira Lemos; coordenação pedagógica sob a responsabilidade de Magda Perez Pinto Garcia, Sônia Maria Saraiva Archanjo, Rosa Maria
Noronha Muniz, Tereza de Lourdes Arantes e Neuza Maria de Figueiredo. Funcionárias como: Célia Márcia Carneiro de Bom, Maria Tereza de Siqueira, Laércia Ramos Braga e Maria Aparecida Dias Barbosa há mais de vinte anos cuidam do departamento de pessoal e da escrituração escolar; Wander Bressane Braga atende à tesouraria.
O Instituto, ao longo dos anos, por sua diretoria executiva e pedagógica, preocupou-se em ampliar as suas instalações, a fim de oferecer mais vagas em suas salas e maior conforto aos que procuravam a Instituição. Para tanto conta, hoje, com três prédios, num total de cinqüenta salas de aulas e laboratórios, funcionando em três turnos de atendimento que vão do Jardim de Infância ao segundo grau, este com os cursos de Eletrônica, Química, Turismo, Micro-Informática, Patologia, Colegial e preparatório para o vestibular em convênio com o Sistema Anglo de Ensino, de São Paulo. Um amplo ginásio coberto atende às necessidades das práticas esportivas e de Educação Física.
7.2 - ESCOLA SETE DE SETEMBRO Tem esse nome por ter sido fundada em 1922, ano do
centenário da Independência do Brasil, por iniciativa de dona Carolina Bernardo que foi sua diretora até 1931. Mais duas educadoras estiveram à frente da escola até 1967: as professoras Eugênia e Nicolina Bernardo.
Em 1968 o estabelecimento foi adquirido por Ana Maria Ramos Paiva - diretora no período inicial -, Sheila Cury Nogueira da Silva, Célia Beatriz Marcassa e Maria Lúcia Pellachin ,diretora de 1970 até 1992 e sua última proprietária.
No ano de 1981 a "Estrela Caldense" adquiriu a escola e, com a experiência dos Irmãos, conseguiu ampliar as matrículas, instalando-se em prédio alugado, pertencente ao "Lar de Irmã Catarina".
A primeira diretoria administrativa foi constituída em 1981 e
ficou assim composta: Antônio José Iranço de Almeida, presidente; Birajá Silveira e João Carlos Terra de Podestá, tesoureiros e Fernando Rocca Avila, secretário.
Nesses quatorze anos, outros Irmãos da EC revezaram-se na administração direta e indireta da Escola Sete de Setembro, cada qual contribuindo como sócios e com seu tempo e esforços disponíveis para o crescimento da instituição: Alair Astolfo da Silva, Alfrânio José Dias de Rezende, Antônio Carlos de Andrade, Antônio Carlos da Silva, Antônio Honório dos Santos, Antônio Roberto Amo, Antônio Siqueira Costa, Ariovaldo Euclides de Castro, Arnaldo Toledo de Aguiar, Benedicto Rocha Valença, Celso Renato Cavini, Cristiano José Rehder, Darcy Domenico, David Ferreira, David Martins Pinheiro, Édio Basso, Hélio Antônio Scalvi, Élio de Oliveira Macedo, Euclides Paiva Mendes, Flávio Antônio Couto de Araújo Cançado, Genésio Mendes da Silva, Gilson Loyola, Ivanil Cipriano, Jair Junqueira, Jarbas Junqueira, João Batista Delgado, João Batista Magalhães, João José Ferreira, José Antônio Mareca, José Benedito, José Lauro Vieira, José Ludgero Neto, José Maria Pezzi, José Maurício Coutinho, José Roberto Araújo, Laudo Ferreira de Camargo, Lázaro Emanuel Franco Salles, Luiz Fernando Gimenes de Castro, Luiz Gonzaga Guedes dos Santos, Luiz Gonzaga Carvalho Pomarico, Luiz de Souza Moreira, Manoel Simões, Milton Cirilo de Oliveira, Paulo de Tarso Clementoni da Costa, Rovilson Ferreira dos Santos, Rubens Franceschini, Rubens Marcondes Sarti, Sebastião da Costa Abrantes, Sebastião Marques, Sebastião Vieira Romão, Sílvio Carlos Mendes, Vítor Antônio Camilo, Waldemar Miguel Júnior, Waldemar Saraiva, Waldir Miguel, Waldo Miguel, Walter Mendes e Walter Miguel.
Na atualidade o diretor-administrativo é Cleiber Augusto Pomarico; vice, Waldemar Miguel Júnior; secretário, Sebastião Marques e tesoureiro, Fernando Rocca Avila. A direção pedagógica está sob a responsabilidade a professora Maria Célia Spinelli de Aguiar; a Supervisão tem à frente Cristina Alberti e a coordenação geral é de Márcia Nastrini Delgado.
A Escola Sete de Setembro mantém atendimento a crianças a partir de dois anos de idade até a oitava série do primeiro grau, tendo matriculados perto de quinhentos alunos em dois turnos de funcionamento: manhã e tarde.
7.3 - LAR DE IRMÃ CATARINA
Esta instituição foi fundada em 30 de outubro de 1951 pelo
senhor Luiz Ribas e senhora Jandira Gonçalves, ambos espíritas e cidadãos preocupados com a infância de Poços de Caldas. Ao longo dos anos a entidade foi administrada por voluntários que ocuparam, até o ano de 1980, a sua diretoria.
Na história da "Estrela Caldense" há registro mostrando o interesse de Irmãos em criar uma creche. Proposta nesse sentido foi feita por Pedro Henrique e Moacyr Vargas de Souza no ano de 1948.
A primeira vez que a EC teve contato com o "Lar de Irmã Catarina" foi em 1959 quando os fundadores da creche solicitaram ajuda dos maçons na compra de um terreno para a instalação da entidade.
Passaram-se os anos. Em 1980 o "Lar" se via em meio a uma crise financeira. Devia muito ao comércio da cidade, que já se recusava a fornecer material e gêneros necessários para o seu funcionamento. A diretoria daquela época pretendia, por solução mais viável, vender parte do terreno onde estava erigido o prédio da creche, para saldar as dívidas. Entretanto, depois de vários contatos, reuniões e entendimentos com os IIr.: a "Estrela Caldense" assumiu a entidade.
Foi então eleita a sua primeira diretoria, para os anos de 1980 a 1982, composta dos seguintes maçons: Antônio José Iranço de Almeida, presidente; Ângelo Marcos Geraldi, primeiro-secretário; Birajá Silveira, segundo-secretário. Do Conselho Consultivo faziam parte: Antônio Honório dos Santos, David Martins Pinheiro, Euclides Paiva Mendes, João José Ferreira, Lázaro Emanuel Franco Salles, Cristiano José Rehder, João Carlos Terra de Podestá, Antônio Roberto Amo, Arnaldo Toledo de Aguiar e João Alberto Naldoni.
Todos os IIr.: e cunhadas empenharam-se para reerguer a creche, fazendo campanhas junto à comunidade. Seis meses depois a entidade estava saneada, graças ao dinamismo e força do Ir.: Antônio José Iranço de Almeida e sua esposa, Maria Ester Françoso de Almeida.
Em janeiro de 1982 assume a direção da creche "Lar de Irmã Catarina" o maçom Antônio Carlos de Andrade que, com muita dedicação, tem desenvolvido um trabalho elogiável frente à entidade, contando com o apoio de todos os Irmãos para diversos tipos de assistência direta e indireta.
Hoje o "Lar de Irmã Catarina" tem um prédio moderno, construído com ajuda de toda a comunidade, inclusive com dinheiro conseguido no programa "Cidade contra Cidade" da TVS, em 1984. Naquela ocasião Poços de Caldas participou do espetáculo e para cá foi destinada uma verba. Parte dela o então prefeito, Adnei Pereira de Morais, destinou ao "Lar".
A capacidade instalada da creche é suficiente para dar atendimento a cento e quarenta crianças diariamente.
Em 1995, preocupados com a não-continuidade dos estudos das crianças mantidas pelo "Lar", Antônio Carlos de Andrade e Celso Renato Cavini propuseram à Loja e tornou-se realidade a criação do ensino fundamental. Com isso foi montado o processo de autorização e hoje estão implantadas as quatro primeiras séries.
A atual diretoria tem como presidente Antônio Carlos de Andrade; vice, João Carlos Terra de Podestá; secretário, Élio de Oliveira Macedo e tesoureiro, Antônio Carlos da Silva.
7.4 - HOSPITAL "PEDRO SANCHES" A data de 29 de fevereiro de 1984 revestiu-se de significativa
importância para a Loja Maçônica "Estrela Caldense", pois seus membros foram convocados para uma reunião na Casa de Saúde e Maternidade "Dr. Pedro Sanches", por intermédio do diretor-presidente daquela entidade, doutor Antônio Megale.
Tal reunião tinha por objetivo propor a transformação da Casa de Saúde "em uma sociedade civil, sem fins lucrativos, cuja administração deveria caber aos Mestres-Maçons ativos e regulares que pertenciam ou viessem a pertencer aos quadros de obreiros da Loja Maçônica "Estrela Caldense". É importante salientar que hospital passava, na ocasião, por uma crise financeira sem precedentes e a sua credibilidade estava seriamente comprometida, uma vez que não atendia às necessidades da população e isso prejudicava a imagem dos seus proprietários.
A então Casa de Saúde passou a denominar-se, por força de novo estatuto, Hospital "Pedro Sanches".
Estiveram presentes a essa reunião decisiva os Irmãos: Lázaro Emanuel Franco Salles, Cristiano José Rehder, Euclides Paiva Mendes, João Batista Magalhães, Luiz Fernando Gimenes de Castro,
João Batista Delgado, José Lauro Vieira, David Martins Pinheiro, Sebastião Marques, Darcy Domenico, Ariovaldo Euclides de Castro, Antônio Carlos de Andrade, José Antônio Mareca, José Aparecido Macedo, Ivo Sandry Júnior, Ângelo Marcos Geraldi, Élio de Oliveira Macedo, Fausto Bernardo Maretti, Waldemar Saraiva, Manoel Simões, João Carlos Terra de Podestá, Antônio Honório dos Santos, Rovilson Ferreira dos Santos, José Benedito, Fernando Rocca Ávila, Luiz de Souza Moreira, Jair Junqueira, José Maria Pezzi, Antônio Carlos de Almeida, Paulo de Tarso Clementoni da Costa, Lenildo de Almeida Thomaz, Benedito Rocha Valença, Sebastião da Costa Abrantes, Antônio Roberto Amo, José Martinho do Prado Luz, Sílvio Carlos Mendes, Waldir Miguel, Walter Miguel, José Mendes Vilella, Arnaldo Toledo de Aguiar, Paulo José Ferreira, Oswaldo Sampaio, Celso Renato Cavini, Adelmar de Oliveira, Antônio Carlos da Silva, Walter Mendes, Alberto Rosi e Geraldo Tambasco Glória.
A primeira eleição realizada foi para compor o Conselheiro Deliberativo, que ficou constituído dos seguintes maçons - Membros Efetivos: Antônio Carlos da Silva, Antônio Roberto Amo, Ângelo Marcos Geraldi, Fernando Rocca Avila, João Batista Magalhães, João José Ferreira, José Benedito, Sebastião da Costa Abrantes, Waldir Miguel e Walter Mendes, além dos médicos: Jorge Lauand Filho, Gérsio Zingoni, Paulo Roberto Santos Corrêa e Luiz Fernando Zingoni. Membros Suplentes, os Irmãos: José Antônio Mareca, Laudo Ferreira de Camargo, José Lauro Vieira. E os médicos: Saulo Zenun e Roberto Matta Machado. Conselho Fiscal: Birajá Silveira, Celso Renato Cavini. E também o médico Vítor José Adissi.
Esse Conselho elegeu para o triênio 1984-1987 a diretoria que iria presidir e dar rumos à nova entidade que estava surgindo sob a orientação e responsabilidade administrativa da "Estrela Caldense. Como Provedor, Euclides Paiva Mendes; vice-provedor, Walter Miguel; diretor-financeiro, João Batista Delgado e diretor-secretário, Élio de Oliveira Macedo.
Desde 1984, inúmeros Irmãos têm emprestado suas forças para a administracão do Hospital "Pedro Sanches". Não tem sido fácil tal empreitada face às dificuldades que se fazem sentir a cada dia, pois o atendimento à saúde torna-se, por força da situação econômica por que passa o Brasil, cada vez mais um atendimento à doença da nossa população, notadamente aquela de menor poder aquisitivo.
A diretoria atual, neste ano do Centenário da "Estrela Caldense", está constituída dos seguintes IIr.:: provedor, Luiz Gonzaga
Carvalho Pomarico; diretor-financeiro, Élio de Oliveira Macedo; diretor-secretário, Jorge Antônio Moreira Lopes. CAPÍTULO VIII A ESTRELA CALDENSE NA POLÍTICA
A participação da Loja na política partidária e na administração da cidade ocorreu de maneira gradativa e natural, sem que os IIr.: a tivessem como interesse principal. Mas como cidadãos livres sentiram-se sempre no dever de estarem presentes a qualquer chamamento. Aliás, não foi porque os cidadãos fossem maçons que participaram da vida pública, mesmo antes de serem maçons muitos já se ocupavam da administração da Vila de Poços de Caldas e a "Estrela Caldense" ainda nem estava fundada. Ficaremos apenas num exemplo: Pedro Sanches de Lemos, médico, em 1889 era presidente da Junta Paroquial e ainda não era iniciado nos mistérios da Maçonaria.
A partir da sua fundação, a EC sempre esteve ao lado das autoridades constituídas do Município, do Estado e do País, desde que as ações dessas autoridades não ferissem os princípios básicos sobre os quais a Maçonaria Universal alicerçou-se: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
A Loja engaja-se, no ano de 1896, numa campanha em favor da República. Foi por ocasião em que se dissolveu o Partido Republicano Federal - aglomerado composto do Partido Republicano Paulista e dos Clubes Republicanos de outros Estados - fazendo com que deixasse de existir qualquer partido de âmbito nacional . O presidente da República era Prudente de Morais.
Em 1910 a Loja Capitular "Dois de Dezembro", do Rio de Janeiro, envia correspondência à EC solicitando apoio para a candidatura dos IIr.: Hermes da Fonseca e Venceslau Brás para presidente e vice-presidente da República. A eleição seria realizada a 1º de março. Vencedores, tomam posse e governam até o fim do mandato, 1914.
Outra manifestação ocorreu em março de 1917, ocasião em que os jornais "A Lanterna" e "A Razão", ambos do Rio de Janeiro,
movem uma campanha acirrada contra o Irmão Delfim Moreira da Costa Ribeiro, presidente do Estado de Minas Gerais. A Loja, de imediato, hipotecou solidariedade a Delfim, enviando telegramas de protestos aos jornais. A campanha aconteceu em virtude de interesses políticos, tendo em vista a proximidade das eleições para a presidência da República naquele ano, cujo candidato era o Ir.: Venceslau Brás.
Em 1921, mês de julho, a Loja engaja-se na campanha do Ir.: Nilo Coelho, candidato à Presidência da República, uma vez que o outro candidato, Dr. Arthur Bernardes, representava um perigo iminente para a Maçonaria brasileira. Mas foi Arthur Bernardes que se elegeu.
Em nível municipal, no ano de 1922, a instituição pôde ver à frente da Prefeitura Municipal, pela primeira vez, o Irmão João Benedito de Araújo, nomeado pelo então presidente do Estado de Minas Gerais, Ir.: Raul Soares, em substituição a Francisco Escobar, escolhido para ser Senador estadual.
Em 1924 e depois em 1929 é nomeado prefeito da cidade o Ir.: João Affonso Junqueira em substituição ao Ir.: Carlos Pinheiro Chagas, que aqui foi prefeito de 1927 a 1929.
Preocupada com a liberdade de expressão, a Loja inicia, em 1924, uma campanha em Poços de Caldas para que o voto seja secreto, a fim de que se acabe com a pressão eleitoral sobre a população. Conclamava, também, os cidadãos para que se alistassem eleitoralmente e obtivessem o título.
Atentos aos movimentos de ordem mundial os IIr.:, pela voz de Caetano Benedetti, em maio de 1925, protestam contra a tirania fascista que estava oprimindo a Maçonaria na Itália. Dois anos antes, em 1923, o fascismo se tornara partido único naquele país, ocupando dois terços das cadeiras na Câmara.
Alerta, a nossa instituição se fez presente na mobilização geral por causa do Clero que desejava influenciar nos destinos da Assembléia Nacional Constituinte de 1932, tentando modificar a Constituição de 1891 que distinguia as ações da Igreja e do Estado.
O Ir.: Pedro Henrique, em 1932, alertava que o Fascio havia fundado um núcleo de adeptos em Poços de Caldas. No ano seguinte já havia preocupação de setores da sociedade com o fato de o fascismo estar trazendo a desunião à colônia italiana radicada na cidade.
Em 1934 o Decreto nº 1.120 do Grande Oriente do Brasil é
editado com objetivo de sugerir aos IIr.: somente filiarem-se a partidos políticos cujas diretrizes estivessem de acordo com a filosofia maçônica.
Em 1937 entra-se no Estado Novo. O presidente Getúlio Vargas fecha o Congresso e o Senado. Outorga nova Constituição, redigida um ano antes, por Francisco Campos, e determina o fechamento de todas as Lojas Maçônicas do Brasil, proibindo, inclusive, as manifestações de caráter político-partidário.
Passando por cima das questões de ordem política, a "Estrela Caldense" envia correspondência a Getúlio Vargas solidarizando-se com o presidente por ocasião de um atentado que o mesmo sofrera no dia 11 de maio de 1938, na chamada Revolta Integralista.
1953 marca a eleição do Ir.: Edmundo Gouveia Cardillo como representante do povo na Câmara Municipal.
Em manifestação ímpar, o Venerável Deolindo de Toledo Júnior, no ano de 1954, pede à Loja que se una em torno das candidaturas de diversos Irmãos. O ano de 1955 inicia com os Irmãos Arino Ferreira Pinto, Edmundo Cardillo, Issa Sarraf e José Remígio Prezia tomando posse na Câmara Municipal, como vereadores da cidade.
Agostinho Loyolla Junqueira e Resk Frayha representariam o poder executivo naquela legislatura.
Em agosto de 1955 o Ir.: Arlindo Pereira apontava aos Irmãos a situação lamentável e confusa em que se encontrava a política partidária em nosso país e o descrédito por que passavam os candidatos a cargos eletivos.
Através dos anos, a "Estrela Caldense", sob a orientação das suas Luzes, esteve atuante na política local. A cronologia nos dá a certeza disso.
No ano de 1962 o Ir.: José Vargas de Souza candidata-se a prefeito da cidade. Nessa ocasião uma acirrada campanha da igreja católica local impediu a vitória de Vargas. A perseguição histórica é lembrada até hoje por todos aqueles que naquele tempo viveram e dela tomaram conhecimento para transmitir às gerações.
Curiosamente o ano de 1964 não registra a participação ou a manifestação da Loja em torno do movimento que trouxe a ditadura. Somente em 1967 deparamo-nos com uma tímida manifestação de alguns Irmãos, em Loja, lamentando o silêncio da Maçonaria brasileira diante da ditadura e um protesto veemente contra a liberdade de
imprensa. Mais recentemente, a partir da década de oitenta, vários
Irmãos têm participado da vida político-administrativa da cidade, contribuindo, com seu trabalho, para a administração do município.
8.1 - MAÇONS EM CARGOS ELETIVOS E DE CONFIANÇA
Acácio Rocha de Oliveira - Vereador - 1958 a 1982 Adelmar de Oliveira - Vereador - 1970 a 1972 Antônio de Almeida Marques - Vereador A.da Prata-1952 - 1955 Alfredo Tristão - Vereador - 1901 Antônio Alberto Fernandes - Prefeito de Botelhos -1951- 55 Antônio Carlos da Silva - Secretário da Fazenda -1984-86 Antônio Machado de Moraes - Vereador - 1898 a 1900 Antônio de Matos Neto - Secretário Serv.Urb.-1993-1995 Antônio Pinto - Vereador - 1895 a 1901 Arino Ferreira Pinto* - Vereador - 1955 a 1963 Benedicto Cauby Ferreira e Silva - Vereador - 1967 a 1970 Benedicto Norberto Filho - Vereador - 1973 a 1976 Diretor DME -1964-67 / 1971 Diretor DMAE- 1975 a 1983 Benedito Rodrigues de Camargo - Vereador - 1897 Caetano José de Abreu - Juiz de Paz - 1895 a 1897 Carlos Alberto Maywald - Vereador - 1898 a 1901 Carlos Errico Neto - Vereador - 1951 a 1954 Secretário Governo-1971-74 Secretário Governo-1979- 1983 Secretário Educação -1977-78 Carlos Pinheiro Chagas - Prefeito - 1927 a 1929 David Paiva Côrtes - Vereador - 1947 a 1950 Edmundo Gouveia Cardillo* - Vereador - 1951 a 1958 Vereador - 1963 a 1966 Eduardo Pio Westin - Vereador - 1902 a 1904 Presidente Cons. Delib. 1907-8 Francisco Luz** - Vereador - 1971 a 1982 Francisco Mencarini - Vereador - 1901 a 1903 Francisco Perfeito Pinheiro - Intendente Municipal - 1892 Francisco Gilberto Blasi - Vereador - 1955 a 1959 Gilberto de Matos** - Vereador - 1973 a 1980 Haroldo Escobar - Vereador - 1936 a 1938 Henrique Goffi - Vereador - 1895 a 1897 Horácio de Paiva - Vereador - 1951 a 1954
Irvânio Malaquias - Vereador - 1973 a 1982 Issa Sarraf - Vereador - 1955 a 1958 Ivo Sandry - Juiz de Paz - 1952 Javier Torrico Morales - Vereador - 1982 a 1992 João Affonso Junqueira - Prefeito - 1924 e 1929-30 João Batista Delgado - Secretário Adm. - 1984 a 1986 João Benedito de Araújo - Prefeito - 1922 a 1925 João José Ferreira - Vereador - 1983 a 1988 João Moreira Salles - Conselheiro Deliberativo -1922 Joaquim Affonso Junqueira - Juiz de Paz - 1895 a 1897 Joaquim José Pereira - Vereador - 1892 a 1894 José Affonso de Barros Cobra - Vereador - 1892 a 1900 Agente Executivo - 1901 José Francisco Tepedino - Vereador - 1951 a 1954 José Ignácio de Barros Cobra Agente Executivo -1892-1900 José Maurício Coutinho - Secr. Fazenda - 1983 a1986 Secr. Planejamento - 1986-88 Presidente da AME - 1986-88 José Nastrini - Vereador - 1963 a 1966 José Remígio Prezia - Vereador - 1944 a 1962 José Vargas de Souza - Vereador - 1959-62/1973-76 Secretário Turismo - 1959-1963 Secretário Educação-1976-1977Laércio Pereira do Lago - Prefeito Sta. Rita Caldas-1962 Lázaro Emanuel Franco Salles - Secretário Admin. - 1989 a 1991 Luiz Canuto Guimarães - Vereador - 1897 Luiz Perez Alvarez - Vereador - 1952 a 1955 Manoel Pereira Sobrinho - Secretário Obras - 1983 a 1988 Moacyr Vargas de Souza - Vereador - 1963 a 1966 Diretor DMAE- 1965 a 1976 Nicodemus Braga da Costa - Vereador - 1967 a 1970 Oswaldo Stanziola - Dir. Águas Minerais-1984 a 1986 Pedro Linguanotto - Vereador - 1951 a 1954 Pedro Sanches de Lemos - Presidente Junta Paroquial-1889 Juiz de Paz -1895 a 1900 Presciliano Pereira de Jesus - Vereador - 1894 Reginaldo Alvisi - Vereador - 1970 a 1976 Secretário Fazenda -1974-75 Diretor Projeto Cura - 1979 Rodolpho Garcia Rosa - Vereador - 1895 a 1896 Ronaldo Borghetti - Vereador - 1970 a 1972 Sebastião da Costa Abrantes - Vice-Prefeito - 1983 a 1986 Sebastião Fernandes Pereira - Vereador - 1892 a 1900 Juiz de Paz -1901 a 1903 Sebastião Vieira Romão* - Vereador - 1973 a 1982 Secretário de Esportes - 1973 Sérgius Bertozzi - Secretário Administração -1994
Silvério Duarte d'Oliveira - Vereador - 1893 a 1894 Ubaldo Latronico - Vereador - 1960 a 1964 Virgílio Wenceslau Messias - Secretaria Municipal -1902 Waldir Miguel - Secretário Governo - 1993-94 Secretário Turismo - 1994 Walter Miguel - Secretário Turismo - 1993
* Presidente da Câmara **Presidente da Câmara e Prefeito 8.2 - OS NOMES E AS RUAS Inúmeros foram os homens que tiveram a honra de ser
homenageados e emprestarem seus nomes, por vontade do povo de Poços de Caldas, a logradouros, ruas e avenidas e escolas da cidade. À "Estrela Caldense" cabe a satisfação de registrar, com orgulho, para a sua história, que as personalidades abaixo mencionadas fizeram parte de seu Quadro de Obreiros, contribuindo para o engrandecimento da Instituição e do Município.
R. Alfredo Lopes - Jardim Centenário R. Antônio Luiz Pinto - Bairro Santa Ângela R. Antônio de Mattos - Bairro Santana R. Antônio Pereira Guimarães - Bairro Vila Nova R. Antônio Rubbo - Jardim Santa Lúcia R. Cap. Affonso Junqueira - Centro-Vila Líder R. Cap. Orlando Barreto - Vila Cruz R. Cap. Paulino Cobra - Bairro Gama Cruz R. Cap. Venâncio Vivas - Bairro Cascatinha R. Coronel Virgílio Silva - Vila Nova R. De Luizi - Bairro Santa Ângela R. Doutor Antenor Damini - Bairro Santa Rosália R. Doutor Mário Mourão - Bairro São Benedito-Centro Balneário Termal R. Dr. Moacyr Vargas de Souza - Jardim Filipino Estação Tratamento Água Pr.Doutor Pedro Sanches - Centro R. Doutor Pedro Rehder - Bairro Santa Ângela R. Doutor Rômulo Cardillo - Bairro João Pinheiro R. Doutor Vicente Risola - Bairro São Benedito
R. Dr. Walter Correa de Carvalho - Bairro Centenário R. Doutor Wilson Danza - Bairro São Geraldo Pr.Euclides Mendes - Parque Pinheiros R. Ézio Danza e Silva - Vila Togni Pr.Fausto Delgado - Bairro São Geraldo R. Francisco Cagnani - Bairro Santa Rosália Av.Francisco Gesualdi - Jardim Novo Mundo R. Geraldo Ribeiro - Jd. Filipino-Vila Lider R. Hélio Dominghetti - Vila Olímpica R. Henrique Borghetti - Parque Primavera R. Ivo Sandry - Jd. Campo da Mojiana R. João de Almeida Prata - Jd. São Paulo-Sta. Rita Pr.João Moreira Salles - Jardim dos Estados Av.João Romeu Tramonte - Chácara Poços de Caldas R. Joaquim Pereira - Bairro Santana-Jd.Estados Pr.José Affonso Junqueira - Centro R. José Nastrini - Bairro Santa Rosália R. Jose Piffer - Bairro Cascatinha Av.José Remígio Prezia - Jardim dos Estados * José Vargas de Souza - Colégio Municipal R. Lourenço Dias Ferreira - Bairro Santa Rosália R. Manoel Cândido Martins - Jardim Country Club R. Manoel Correa - Bairro Santa Rosália R. Manoel Gomes Florindo - Bairro Santa Ângela R. Manoel Luiz Alves - Bairro Santa Helena R. Manoel Luiz Zuanella - Bairro Santa Ângela R. Manoel Reis - Bairro Santa Ângela Trav. Maywald - Centro R. Palmiro D'Andrea Tupy - Bairro Bortolan R. Pedro Bertozzi - Vila Togni R. Pedro Linguanotto - Centro * Prof. Arino Ferreira Pinto - "CAIC" (Escola) * Prof. Arlindo Pereira - Escola Estadual Polivalente R. Rafael Sarti - Bairro Santa Rosália R. Sebastião do Prado Luz - Estância Poços de Caldas * Sebastião Vieira Romão - Terminal Rodoviário R. Ver. Acácio Rocha Oliveira - Bairro Santa Lúcia Av. Vereador Edmundo Cardillo - Jardim Centenário - Escola Estadual R. Vereador Francisco Luz - Jardim dos Estados/ B.Santana R. Vereador Horácio de Paiva - Bairro Santa Ângela Pr.Vereador Issa Sarraf - Jardim Country Club R. Vereador Ubaldo Latronico - Jardim Campos Elíseos Av.Walter Danza - Conjunto Habitacional * Walter Miguel - Central de Linhas Urbanas
CAPÍTULO IX A "ESTRELA CALDENSE" E O JOGO DE AZAR
É sabido, por todos quantos nesta terra de Poços de Caldas vivem, que a prática do jogo de azar já ocorria em meados do século XIX.
Desde a sua fundação, a "Estrela Caldense" sempre saiu a campo, mesmo em prejuízo da Instituição e dos Irmãos, em particular, para lutar contra o vício do jogo e sua estimulação, que sempre fez infelicitar a maioria das famílias daqueles que, desafortunadamente, tiveram e têm a compulsão para tão danosa prática.
Cronologicamente, acompanharemos a tentativa e o trabalho dos Irmãos com o objetivo de estancar o mal.
Em 1899 Bento Ferraz dá o tom da posição da Loja quando critica um artigo publicado no jornal "21 de Abril", do Rio de Janeiro, no qual se faz a apologia do jogo de azar.
O Ir.: Alfredo Sá, vice-presidente do Estado de Minas Gerais, no ano de 1926, solicita do delegado de polícia de Poços de Caldas que proiba os jogos de azar na festa de São Benedito.
Na mesma ocasião Palmiro D'Andrea solicita das autoridades competentes - policial e administrativa - que os chalés de jogos fossem fechados nos intervalos da "Estação de férias", uma vez que os mesmos prejudicavam as pessoas pobres que ali acorriam para tentar a sorte.
No mês de novembro de 1931 a EC envia representação escrita ao prefeito Assis Figueiredo e ao Conselho Municipal solicitando o fechamento das casas que exploram jogos proibidos pelas leis do país.
O jornal "Correio da Manhã", do Rio de Janeiro, de 13 de novembro de 1931 publica o protesto que a "Estrela Caldense" dirigiu aos governos estadual e federal contra a deliberação do município de Poços de Caldas em permitir a exploração dos jogos de azar nos "dancings" e cabarés. Com isso inúmeras entidades civis brasileiras manifestaram apoio à campanha, realizando um grande movimento nacional contra a exploração do jogo na cidade.
Em fevereiro de 1932 Irmãos da EC saem em socorro à casa
comercial de Ivo Sandry, em sociedade com Palmiro D'Andrea, ferrenho adversário do jogo, porque um grupo de pessoas, ligadas a tal atividade, incentivadas pelo prefeito, pretendia atacar a referida casa de comércio. Na ocasião os maçons Pedro Linguanotto, Deolindo de Toledo Júnior e alguns amigos, considerados exímios caçadores, protegeram por três dias a então denominada Casa Tupy.
Dada imensa publicidade ao fato, inúmeros telegramas de todo o país foram enviados à EC, prestando solidariedade e oferecendo ajuda; e ao presidente do Estado de Minas Gerais, Olegário Maciel, solicitando providências contra os proprietários das casas de jogos e contra os atos do prefeito.
Em maio de 1942 Waldemar Hait propõe aos maçons que não indiquem nome de pessoas que trabalhem ou sejam proprietários de casas de jogos proibidos por lei.
No mês de janeiro de 1944 o proprietário de cassino, Miguel Kair, se dispõe realizar uma festa com renda para a Escola São João da Escócia. A oferta é recusada pela direção da escola.
No mesmo ano, entrando no mês de agosto, a Loja empreende vigorosa campanha contra os cassinos que propunham admitir moças da comunidade local para neles trabalharem. O primeiro estabelecimento a recuar nas suas pretensões foi o Cassino Líder.
O mês de abril de 1946 traz, através de lei, a determinação do então presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra, fechando todos os cassinos e proibindo o jogo de azar em todo o território nacional.
Em 1947 a Loja reitera o seu propósito em não aceitar, nos seus quadros, jogadores, trabalhadores e proprietários de casas de jogos.
Chegamos ao ano de 1958 e os Irmãos recusam a indicação de um elemento da sociedade local que, apesar de suas qualidades, era proprietário de casa de jogos, mesmo sendo permitida por lei.
No ano de 1960, apesar da proibição dos jogos de azar, feita pelo governo em 1946, a prática ainda persistia. Através do então Venerável, Arino Ferreira Pinto, a Loja se manifesta. Na ocasião pessoas ligadas ao jogo ameaçam os IIr.: , caso continuassem com a campanha. Na oportunidade a "Estrela Caldense" contou com o apoio da Loja Maçônica "Luz e União".
Sob a coordenação das duas Lojas foi realizada, em outubro de 1960, uma passeata de cidadãos e estudantes conscientes, em protesto contra o jogo e pelo fechamento das casas que exploravam essa atividade, em cumprimento à Lei de 1946.
Desde sempre os Irmãos souberam que o vício do jogo trazia e traz a miséria e a desarmonia no seio das famílias, daí a insistência em combater tal prática, pois é sabido, contado pelos nossos cidadãos mais velhos, que Poços de Caldas só prosperou quando ficou livre das casas que exploravam os jogos de azar. Até então a cidade era uma terra onde os ricos, claro, não arriscavam o seu patrimônio no "pano verde", mas o remediados e pobres viviam no jogo ou do jogo. E na cidade a moeda corrente eram as fichas verdes ou amarelas ou vermelhas manipuladas nas mesas e roletas dos cassinos.
Com o término do jogo, a cidade encontrou a sua verdadeira vocação econômica e hoje ela tem vida própria, pois aqui se produz e o trabalho é visto como um bem e direito do cidadão.
CAPÍTULO X A CONSTRUÇÃO DA LOJA
No terceiro capítulo, foi mencionado que não se sabia ao certo onde a Loja realizava seus trabalhos, mas sabia-se, por registros em ata, que os Irmãos pagavam aluguel a Antônio Teixeira Diniz, o Barão do Campo Místico. E, em outra ocasião, até meados de 1899, ao Ir.: Silvério Duarte d'Oliveira.
Relatamos, também, o fato de a Loja ter iniciado a construção do seu primeiro prédio no ano de 1898 e concluído em 1899 com a colaboração e o sacrifício pessoal de cada um dos Irmãos.
Na época, com a concordância de todos, o então tesoureiro da Loja, Caetano José de Abreu tomou por empréstimo dois mil contos de réis, junto a diversos Irmãos, para fazer face às despesas que a obra demandava.
Por razões desse empréstimo diversos Irmãos constituíram a "Sociedade Anonyma Construtora", para fiscalizar e gerenciar a obra erigida em terreno, doado pelo Ir.: Francisco Perfeito Pinheiro, localizado na denominada Rua 7 de Março, hoje Rua Pernambuco.
Esse prédio foi construído de maneira a abrigar o Templo e as salas de aula onde funcionava a Escola Noturna.
Durante muitos anos a EC pagou aluguel à "Sociedade Anonyma Construtora".
Mas no ano de 1921, numa Sessão Especial, acertou-se que a Loja pagaria toda a dívida com a Sociedade Anonyma. Esta não receberia mais aluguel e os Irmãos do Quadro se encarregariam das despesas de conservação do prédio.
Em 1941 o prédio passa por uma pequena reforma, conforme se tem mencionado em registro de primeiro de dezembro daquele ano.
No ano de 1943 uma comissão, composta por Joaquim Pereira Filho, Júlio Camilo Pereira e Manoel Pereira Sobrinho, é nomeada pelo Venerável Antônio Monteiro para fazer o projeto da ampliação do prédio.
Nesse ínterim a "Estrela Caldense" requer das autoridades judiciárias, através do Ir. Raul Ferreira, advogado, o direito de usucapião do terreno doado em 1898 por Francisco Perfeito Pinheiro, mas não regularizado na época, uma vez que naquele tempo não existia a formalidade legal de escritura e registro de imóveis. Essa exigência só passa a acontecer com a Lei 3.708, de 01.01.1916, em vigor a partir de 01.01.1917.
Em 11 de julho de 1946 o prédio é demolido na parte onde se localizava o Templo, preservando-se as salas de aula a fim de não prejudicar o funcionamento da Escola São João da Escócia. As reuniões da Loja passam a ser feitas em sala da Escola Técnica de Comércio, cedida por Arino Ferreira Pinto.
Muitos foram os Irmãos, Lojas co-irmãs, pessoas da cidade e de outras localidades que colaboram com a reforma do prédio, enviando material, dinheiro ou comprando cautelas. A cada dia que passava mais os maçons empenhavam seus esforços na construção do imóvel.
Em outubro de 1946 o Ir.: Oscar Nassif apresentava, em Loja, uma lista de contribuição espontânea de pessoas da cidade e Irmãos, para a construção do Templo: Irmãos Antônio José Castilho Chamorro, Cr$ 300,00; Luiz Rodrigues Maldonado, Cr$ 100,00; Antônio de Almeida Marques, Cr$ 100,00; Frederico Lourenço, Cr$ 20,00, Frederico Pregnolato, Cr$ 300,00; Antônio Ricardo Frison, Cr$ 380,00 e 200 litros de gasolina; e os amigos Simon Rodrigues, Cr$ 20,00; Antônio Manzano Filho, Cr$ 20,00; Adelino Laranjeira, Cr$ 10,00, Marcos Silva, Cr$ 10,00 e Camerindo Togo Nogueira da Silva, 300 tijolos.
No mês de novembro de 1946, o Venerável Moacyr Vargas de Souza conclamava os maçons para envidarem todos os esforços a
fim de que a obra não sofresse interrupções, caso contrário seria um desprestígio para a Ordem Maçônica.
Em maio de 1947, mesmo sem estar concluído, os trabalho voltam a acontecer no Templo. Na sessão do dia 21, Rômulo Cardillo propõe um voto de louvor ao Venerável Moacyr Vargas de Souza, ao Irmão, Ismael da Costa Pereira, engenheiro do DER que muito trabalhou pela construção, e a todos os que se empenharam para que o prédio estivesse no estágio de ser ocupado.
Mas a tarefa ainda não estava cumprida, faltando muito para terminar. E os Irmãos atendiam a cada chamamento. Antônio Alberto Fernandes, do Or.: de Botelhos, enviou grande quantidade de madeira, enquanto Orlandino Risola e Eurípedes Carlos de Abreu Filho ofereceram-se para fazer o transporte da mesma em caminhões de suas propriedades. Do Ir.: Lucas Furchi veio a doação dos tacos para o piso; de Amleto Belone, de Ribeirão Preto chegaram os globos; os Sandry, Deolindo de Toledo Júnior e José Maria Simões ofertaram os vitrôs necessários. Olintho Tavares Paes colocava à disposição seus serviços de mão-de-obra no valor de trezentos cruzeiros.
Enquanto a obra prosseguia, o Ir.: Raul Ferreira dava ciência, em março de 1947, que o Juiz de Direito, em Belo Horizonte, havia concedido à "Estrela Caldense" a propriedade do terreno, por usucapião.
Corria o ano de 1949 e o Templo ia sendo construído com morosidade. Foi então que Pedro Linguanotto constituiu uma comissão para agilizar o andamento da obra. Construção: Joaquim Pereira, Joaquim Pereira Filho e João Fortunato Ferreira; Eletricidade: João Batista Nogueira, Pio da Silva e Rubens Ramos; Ferragens: Francisco Cagnani, João Baptista e José Baptista; tesoureiro: Francisco Perez Mayo e como Fiscal de Obras: Ivo Sandry.
Em outubro de 1949, Ivo Sandry, estando em São Paulo, entra em contato com o Ir.: Biscio Pisciotti, engenheiro construtor do Templo do Grande Oriente de São Paulo, que se ofereceu para vir a Poços de Caldas orientar a construção do edifício definitivo, onde se abrigariam a "Estrela Caldense" e a "Escola São João da Escócia".
Enquanto a obra prosseguia, cada Irmão empenhava-se em encomendar, ao Ir.: General Zangiacomo, as suas respectivas cadeiras, a um custo Cr$ 420,00 e as doavam para a Loja. Vale lembrar que os assentos, em couro, foram confeccionados em Andradas pelo celeiro e artesão Benedito de Oliveira Reis.
Tanta era a vontade de ajudar que Waldemar Hait, iniciado
na "Estrela Caldense" e desde a década de 40 residente em Caracas, na Venezuela, enviou o equivalente para pagar uma cadeira. Lino Fazzi, que era da Loja Maçônica "Luz e União", doou uma cadeira.
O artista plástico Aldo Stoppa fez os desenhos dos símbolos maçônicos que ainda hoje podem ser admirados na porta principal do edifício; o Ir.: Severo Augusto Luizi realizou a pintura artística no teto do Templo e o escultor, Ir.: João Garbim, de Ourinhos, fez todas as esculturas que são vistas nas paredes frontais do prédio.
Por fim, a 16 de julho de 1954, foi inaugurado no novo Templo com uma Sessão Branca, presidida pelo Venerável José Vargas de Souza. Compareceram inúmeros convidados entre famílias poços-caldenses e visitantes de outros Orientes.
A Sessão foi aberta pelo Ir.: Helvécio Monteiro de Barros, Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais. Arlindo Pereira encarregou-se de saudar os presentes. Registraram-se as presenças do Grão-Mestre do Grande Oriente do Paraná, Ir.: Normando Giusi e inúmeras outras autoridades maçônicas.
A Escola São João da Escócia esteve representada pelas professoras Lourdes Sampaio, Cínthia Luizi, Francisca de Paiva, Julieta Brigagão, Dalva Sarti e o Inspetor Escolar Ir.: Pedro Rehder. Estiveram presentes o prefeito Municipal, Martinho de Freitas Mourão e todos os vereadores, tendo à frente o presidente da Câmara, dr. João Eugênio de Almeida.
CAPÍTULO XI AS GRANDES QUESTÕES COM OS GRANDES ORIENTES
O relacionamento com os Grandes Orientes do Brasil e de Minas Gerais - aos quais, respectivamente, a EC esteve e está subordinada - sempre sofreram percalços em virtude da independência por que sempre pautou a Instituição.
As dificuldades começam a aparecer no ano de 1917 quando, no mês de outubro, em virtude do descaso com que o Grande Oriente do Brasil vinha tratando os assuntos referentes à "Estrela Caldense", o Ir.: Alípio da Cruz propõe o rompimento com aquela Potência. Tal proposta foi aprovada, apenas ficou estabelecido que se
enviasse comunicado ao Rio de Janeiro e que fossem aguardados oito dias para a obtenção de um resposta. Não houve, depois, registro de alguma resposta. E nem a Loja rompeu com o GOB.
Dezessete anos mais tarde, maio de 1934, chega um manifesto das Lojas de Belo Horizonte solicitando apoio para a realização de um Congresso Maçônico, somente entre as Lojas de Minas Gerais, com o objetivo de se fundar um Grande Oriente Estadual. Na ocasião o Venerável, Haroldo Escobar, externou sua opinião lembrando que a "Estrela Caldense", anos atrás, já havia proposto a criação do GOE-MG, mas que a idéia não fora avante.
Como se pode perceber, pela cronologia, os acontecimentos evoluíam muito lentamente. Em maio de 1953 o Com.: Central do Grande Oriente do Brasil manifesta-se, através de parecer enviado a todas as Lojas, contrário à criação de um Grande Oriente Estadual. Em obediência, a EC acompanha a orientação do GOB.
No entanto, na ocasião já estava em curso o processo e em junho do mesmo ano proclamou-se, através do Ir.: Octávio Batista Diniz, do Oriente de Belo Horizonte, fundado o Grande Oriente Tiradentes de Minas Gerais ao qual a "Estrela Caldense" adere, tornando-se fundadora do mesmo e indica o Ir.: Gonçalo Ribeiro Gonçalves, residente de Belo Horizonte, como seu primeiro representante junto à Potência recém-criada.
Em fevereiro de 1954 o Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais comunica, em manifesto, que a Loja tem pleno gozo de seus direitos maçônicos, achando-se inscrita sob número 3, no Livro nº 1. O documento recebido vinha assinado por dezoito Lojas subordinadas e pelo Conselho Estadual, respectivamente.
Na ocasião o Ir.: Octávio Batista Diniz vem a Poços de Caldas pedir apoio para sua candidatura a Grão-Mestre estadual.
Em julho de l956 a "Estrela Caldense" organiza e sedia, em Poços de Caldas, o Segundo Conclave Maçônico do Grande Oriente Estadual Tiradentes, cujos resultados foram significativos e decisivos para a Maçonaria em Minas Gerais.
Em dezembro, desse mesmo ano, Arino Ferreira Pinto, Moacyr Vargas de Souza e Temistoclides Luiz Silva encontraram-se com o Grão-Mestre Geral da Ordem, em São Paulo, para discutir e tentar solucionar o impasse relativo à intervenção do Grande Oriente do Brasil no Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais.
No episódio a "Estrela Caldense" teve participação decisiva, não só tomando posição contra o GOB, como também influenciando e
orientando as decisões das Lojas da região sul-mineira. 1958 inicia com sérias decisões a serem tomadas. Sob
intervenção do GOB, o Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais, tendo como presidente o Grão-Mestre Octávio Batista Diniz, declara a sua independência, a fim de salvaguardar os direitos dos maçons mineiros repelidos pelo Poder Central. Há de se ressaltar que o início das mudanças teve origem em julho de 1956, por ocasião do Conclave aqui realizado.
Em julho de 1962 o Ir.: Durval Borges de Oliveira, da EC, é indicado para fazer parte do Conselho do Grande Oriente Tiradentes de Minas Gerais.
Em março de 1969 a Loja apóia a candidatura de Athos Vieira de Andrade para Grão-Mestre do agora denominado Grande Oriente de Minas Gerais.
Em outubro de 1975 a "Estrela Caldense" passa por séria crise em virtude das divergências existentes entre o GOMG e o GOB. Uma ação movida contra a Loja, porque o Grande Oriente do Brasil considerava ser de sua propriedade o prédio da EC, trouxe inquietação aos IIr.:
Entretanto tudo foi solucionado com rapidez e presteza pelos IIr.: João Bosco Simões, Venerável, e Luís Carlos Garcia Rosa que providenciaram o registro da EC como entidade jurídica independente, junto aos órgãos competentes em Belo Horizonte.
Em dezembro de 1982 houve tímida manifestação de alguns IIr.: sugerindo o desvinculamento em relação ao GOMG, em virtude de conflitos de interesses internos, mas a proposta não foi levada avante. Na atualidade a "Estrela Caldense" continua subordinada ao Grande Oriente de Minas Gerais, cujo Grão-Mestrado está instalado na cidade de Belo Horizonte, sob a presidência do Grão-Mestre Helton Barroso Drey. CAPÍTULO XII A "ESTRELA CALDENSE E OS INTELECTUAIS EM SEU MEIO
A Instituição, nesses cem anos de existência, contou com
inúmeros cidadãos considerados intelectuais em nossa sociedade que, por verem na Maçonaria uma alternativa de expansão do seus ideais de liberdade, nela se iniciaram para melhor aperfeiçoamento do espírito. Para alguns desses intelectuais, ora nomeados abaixo, havia e há uma comunhão entre o que eles pensavam e a filosofia maçônica.
Na pesquisa tivemos a oportunidade de encontrar, exatos, 33 Irmãos voltados para as artes, em suas mais variadas manifestações. 1* ALBERTO MACEDO - Historiador e pesquisador. Estudou e pesquisou inúmeros fatos relativos à Maçonaria. Devemos a ele o trabalho inicial referente à história da fundação da "Estrela Caldense" no período compreendido entre 1895 a 1899. 2* ARINO FERREIRA PINTO - Poeta , jornalista e professor Deixou poemas e artigos escritos em jornais da cidade (Gazeta do Sul de Minas) e da região. 3* ARLINDO PEREIRA - Poeta , romancista e professor Obra: Dicionário de Sinônimos Odontológicos, 1955 Estranha Aventura de Max Smith, novela de ficção, l957. * Foi um dos fundadores da Faculdade Federal de Odontologia de Alfenas. 4* BENEDICTO CAUBY FERREIRA E SILVA - Escritor Colabora no "Jornal da Cidade" com artigos sobre assuntos variados. 5* BENEDICTO NORBERTO FILHO - Escritor e pesquisador. Obra: Poços de Caldas, seu Pioneirismo na Energia Elétrica Brasileira. História da Água Potável em Poços de Caldas A Água Mineral em Poços de Caldas - 1985 6* CARLOS ANGEL LOPES - Artista cênico
Atuava no Circo "Queirolos". 7* CARLOS ERRICO NETO - Jornalista, historiador e professor Obra: Fundação de Poços de Caldas - Origem Histórica - 1992 Diretor e fundador do jornal "O Eco", em 1941. Colabora com artigos para o "Jornal da Cidade" e "Jornal da Mantiqueira". 8* EDMUNDO GOUVEIA CARDILLO - Escritor e jornalista. Obra: Aspectos Novos de Velhos Temas. Ed. Saraiva, SP, 1950 As Máscaras da Morte. Ed. Brasbiblos, SP, 1971 Vale-Flor, Ed. Brasbiblos,SP, 1972 Fantasmas do Ocultismo, Edibace, SP, 1973 O Livro que Mata a Morte (Tradução), Ed. Três, SP, 1973 O Bruxo Vermelho de Napoleão (Tradução). Ed. Mandala, SP, 1974 Dante - Seiscentos Anos de Dúvidas. Ed. Aquarius, SP 1976 Obs: Todas as obras do autor têm por tema o ocultismo. 9* EDUARDO ADAMI - Escritor Obra: Um Médico na Tempestade, romance. Ed. Saraiva, SP,1954: A Dor Tem Sete Cores, contos. Ed. Saraiva, SP, 1957. 10* FÉLIX COTAET - Jornalista Colaborou no "Jornal da Cidade", "Jornal da Mantiqueira", "Gazeta do Sul de Minas", e jornais de diversas cidades paulistas. 11* FRANCISCO SERGI - Músico Maestro de orquestra de navio para viagens internacionais. 12* GUIDO ROCCHI - Músico. Maestro da orquestra do Teatro Politeama. Veio para Poços,
convidado pelo prefeito Francisco Escobar. 13* HAROLDO ESCOBAR - Jornalista. Editor do jornal "Correio de Poços”, 1932 14* HILÁRIO MARIA DE ALMEIDA - Artista cênico Atuava em espetáculos de Circo de sua propriedade. 15* HUGO PONTES - Poeta , jornalista e professor Obra: "A Simbologia da Iniciação Maçônica no conto "O Recado do Morro" de Guimarães Rosa", ensaio. SLMG, Belo Horizonte, maio, 1987 Saciedade dos Poetas Vivos. poemas visuais, Ed. Blocos, Rio, 1993. Participação em diversas antologias poéticas. Colaborador em jornais locais: "Jornal da Mantiqueira", "Cidade Livre", "Dois Pontos" e "Jornal da Cidade". Foi editor da "Gazeta do Sul de Minas" 16* JOÃO BATISTA GARCIA - Jornalista Colabora no "Jornal da Cidade" de Poços de Caldas e jornais de cidades paulistas. 17* JOÃO TORRES - Poeta e jornalista Colaborador em jornais como "O Santuário", "Jornal de Poços", "Diário de Poços", "Gazeta do Sul de Minas" e Revista da AABB - Rio - RJ. 18* JORGE XIMENES - Artista Plástico Dedicava-se às telas de pinturas a óleo. 19* JOSÉ BALDASSARI - Jornalista Colaborador em jornais locais e da região. 20* JOSÉ BOTELHO MUNIZ NETO - Jornalista Colaborador do "Jornal da Mantiqueira", "Gazeta do Sul de Minas".
21* JOSÉ CARLOS DE PAIVA CARDILLO - Jornalista e editor. Foi redator da Gazeta do Sul de Minas e colabora com artigos para o “Jornal da Cidade”. 22* JOSÉ PINTO DE AGUIAR - Músico e professor Instalou-se na Vila em 1898. Compunha e dava aulas. 23* JOSÉ VARGAS DE SOUZA - Jornalista. Diretor da "Gazeta do Sul de Minas" 24* LÁZARO EMANUEL FRANCO SALLES - Poeta e jornalista. Obra A Lira dos Quinze Anos. poemas, Ed. do autor, Poços, 1968 O Terceiro Estágio. poemas, Ed. do autor, Poços, 1987 Pedro Pedra Pedregulho. Ed. do autor, Poços, 1994 25* LINDOLFO LINO BELICO - Escritor e jornalista Obra: A Fuga Trouxe a Morte. 1944 Quebra-Coco (novela). Ed. Mantiqueira, BH, 1953 O Amanhã Cuidará de Si (romance). Ed. Saraiva, SP, 1967 Por Quem Chora o Amor (romance). Ed. Record, Rio,1972 Aquele Outono em Poços de Caldas (romance). Ed. autor,Poços,1974 Meu Nome É Quincas (romance). Ed. autor, Poços, 1995 26* LUIZ ROBERTO JUDICE - Poeta Obra: Flores Murchas. poemas, São Paulo, 1968 Lira de Quatro Cordas. trovas, Poços de Caldas, 1994 Pérolas de Fogo, sonetos, Poços de Caldas, 1995 27* MÁRIO MOURÃO - Historiador e pesquisador e jornalista
Obra: Poços de Caldas - Síntese Histórico-Social. Saraiva, SP, 1951 O Livro dos Velhos. Civilização Brasileira, Rio, 1945 28* PALMIRO D'ANDREA TUPY - Jornalista Editor de "A Folha", em 1928 29* PEDRO SANCHES DE LEMOS - Escritor e Pesquisador. Obra: As Águas Termais de Poços de Caldas. Imprensa Oficial-BHz, 1904 30* RAUL MASCARENHAS PEREIRA - Músico Instrumentista, apresentava-se no Cassino da Urca. 31* RÔMULO CARDILLO - Escritor e pesquisador Obra: Uma Visita a Hot Springs (Subsídios para o Aperfeiçoamento dos Serviços das Termas "Antônio Carlos"), 1952 32* SEVERO AUGUSTO LUIZI - Artista plástico. É autor de um acervo de grande valor artístico que está hoje em coleções particulares e salas de exposições pelo Brasil e exterior. 33* SILVIANO BARBOZA - Jornalista, 1895. Um dos fundadores da EC. CAPÍTULO XIII A FAMÍLIA DENTRO DA FAMÍLIA MAÇÔNICA
Uma das teses entre os maçons, de modo geral, é que só quem sabe compreender o que é Maçonaria é a sua própria família .
Ao longo dos séculos as perseguições religiosas e políticas;
as incompreensões da sociedade e o próprio desvirtuamento da atividade maçônica geraram um sentimento de preocupação e de defesa dos IIr.: que só encontrou reciprocidade no seio da família daqueles que escolheram estar na Ordem para melhor trabalhar em favor da humanidade.
Assim a entidade recebeu pais, filhos, avós, bisavós, netos, bisnetos, sobrinhos, irmãos, primos, cunhados, genros, ou seja, parentes sangüíneos e consangüíneos como se, imbuídos do mesmo propósito, quisessem estar juntos para que a Instituição não perecesse no tempo.
Abaixo relacionamos alguns nomes de famílias poços-caldenses ou provenientes de outros Orientes que, por um século vêm conduzindo os destinos da Loja Maçônica "Estrela Caldense". Salientamos que nesta relação predominam nomes de origem italiana, portuguesa e espanhola. No entanto, pelo levantamento realizado encontramos também o libanês, alemão, inglês, polonês, argentino, romeno, francês, grego e boliviano. Além disso, relacionam-se homens das mais diversas profissões, como: pedreiros, marceneiros, serralheiros, advogados, médicos, engenheiros, comerciantes, comerciários, industriais, professores, dentistas, sapateiros, viajantes comerciais, fazendeiros e funcionários públicos.
ALCÂNTARA Nelson e Nelson Filho ALENCASTRO Leopoldo Hilário, Leopoldo Filho ALMEIDA Hilário Maria e Hilário Filho ALVISI Henrique e Reginaldo ANDRADE José Rabelo e Francisco Horácio ANDRADE Antônio Carlos, Darlan de; José Osvaldo Marcondes BARBOSA José e Benedito
BAPTISTA João, Benedito e José BENTO João Ferreira e João Ferreira Júnior BERTOZZI Pedro, Ermindo, Marco Antônio, Luiz Filho e Sérgius BLASI Francisco Gilberto e Sérgio Ítalo BONIFÁCIO José, Pedro e João BORGHETTI Henrique, Ronaldo e Nello BRAGA Júlio de Melo, Walker, Wander e Wanir Bressane BRANDÃO Frederico, Benedito Sérgio, Francisco, Antônio Carlos CAMPOS João Ferreira e José Carlos de CARNEIRO Celso e Antônio CARDILLO João, Rômulo, Edmundo Gouveia, Remo e José Carlos de Paiva CARVALHO Walter Correa e Nicodemus Braga da Costa CAVINI Cezare e Celso; Acácio Rocha de Oliveira COBRA Rodolpho José, José Affonso, Paulino Affonso, José Ignácio e Arthur Affonso de Barros CORREA Manoel, Ademar e Márcio Roberto Correa CÔRTES
David, Francisco de Paiva e Gabriel Kerr Paiva DAL POGGETTO Archanjo e Luiz Augusto DANZA Celso, Wilson, Ottorino, Walter, Elpídio; Ézio Silva DELGADO Ari, Fausto e Ruy DOMINGHETTI Octávio e Hélio Geraldo ERRICO Carlos e Carlos Neto FERREIRA Lourenço Dias, Lourenço Júnior e Benedicto Cauby FERREIRA Arino Pinto, João Batista Monteiro e Hugo Pontes FONSECA José Borges da e Alfredo Pereira Borges FRANCESCHINI João, Rubens e Armando FRAZÃO Manoel Teixeira e Manoel Júnior FRISON César, Jordão, Hércules, Antônio Ricardo e José Luís GERALDI Geraldo, Paulo Raimundo e Ângelo GLÓRIA Sílvio, Geraldo e Antônio Tambasco GRANERO João, João Filho e Norivaldo HENRIQUE Carlos, Cláudio, Pedro, Francisco, Petrônio Romano e Luciano Romano
INCROCCI Palmiro e Ferruccio JUNQUEIRA Joaquim da Cunha Diniz, Joaquim Affonso, José Affonso e Affonso JUNQUEIRA Jair e Jarbas LATRONICO Ubaldo, José e Edson LUZ Sebastião, José Martinho, Antônio, César do Prado; Francisco; Vicente Carlos do Vale Morais MACEDO José Aparecido e Élio de Oliveira MAGALHÃES Francisco e Francisco Carneiro Filho MAGALHÃES José d'Oliveira, Mauro e José Carlos MALDONADO José e Luiz Rodrigues MANZANO João Antônio e José Antônio MARCONDES Pedro; Luiz Roberto Judice MARECA José Antônio; Luiz Torrezillhas Aranda MARQUES Antônio de Almeida e Antônio José Iranço de Almeida MATTOS Antônio, Gilberto e Antônio Neto MAYO Francisco Perez, Luiz Perez Alvarez e Francisco Perez Filho MELO
Antônio, Joaquim, Joaquim Avelino Júnior e José Ghirlanda Netto MENDES Euclides, Euclides Paiva, Walter, Edmundo Ismael, Sílvio Carlos; José Maria Pezzi; Euclídes Antônio Pezzi; Ismael Ribeiro da Silva MIGUEL Waldir, Walter, Waldo e Waldemar Filho MODESTI José Roberto, José Alberto Lodi, e José Carlos de Paiva Oliveira MORAES Antônio, Firmino e Francisco Machado de MOREIRA Luiz e Antônio de Souza NASSIF Oscar, Felipe e Issa Sarraf NASTRINI José, Ézio; João Batista Delgado PAVESI Benedito Hércules e Haroldo PEREIRA Joaquim, Joaquim Filho, Júlio Camilo e Manoel Sobrinho PEREIRA Arlindo, Milton e Walter PEREIRA Joaquim José, João Thomaz, Sebastião e Joaquim José Netto PIFFER João Adalberto, José e Gilberto Natal PINTO Sebastião e Alan Kardec POMARICO Cleiber Augusto, Luiz Gonzaga Carvalho e Luiz Augusto POLI Júlio, Willian Lage e Djalma Freire
PREGNOLATO Frederico e Ferruccio PREZIA Luiz e José Remígio RABELO Élio, José Carlos e Sebastião Carlos RAMOS Maximiano e Antônio REHDER Pedro e Cristiano José REIS Jacques Augusto de Araújo, Dermeval e Durval Rocha REIS Manoel, Antônio Fernando e José Maria; Lindolfo Lino Belico RIBEIRO João Augusto e Geraldo RISOLA Vicente e Orlandino; Antônio Marcos Souza; Walter e Wilson Mancini ROSA Rodolpho Garcia e Luís Carlos Garcia ROSI Alberto, Vivaldi e João Carlos Terra de Podestá RUBINHO Luiz e Manoel Esteves SALES Benedito, Tabajara e Ubiratan Ferreira SANDRY Ivo, Oscar, Hélio, Ivo Júnior; Francisco Gesualdi :Fábio Capitanini SANTOS Antônio Honório, Antônio Sérvulo; José Alves de Souza SARMENTO
Luiz Gambetta, Hugo, Alberto, Agnaldo e Cincinato Vasconcelos SARTI Raphael, Rodolfo, Rubens e Rogério SCARPIM Jeronymo e Gerolamo SCASSIOTTI João e Affonso SILVA Manoel e José Alves da SIMÕES José Maria, João Bosco e José Márcio SOUZA Moacyr e José Vargas, Affonso José de Souza, Luiz Carlos Mathes; Orlando Panacci SOUZA Liberato e Liberato Maximiano Júnior STANZIOLA Pantaleão, Caetano e Oswaldo TEPEDINO Emílio, José Francisco e Benedito Ângelo VIEIRA Sebastião Romão, Walter José, Ari Sérgio e Walter Arruda VIVAS Venâncio, Constâncio e Petrônio XAVIER Alcino e Noel de Souza WESTIN Eduardo Pio, Gabriel Pio e Roque ZANGIACOMO General e Reginaldo Vítor ZUANELLA Manoel Luiz, Ernesto e Armindo
CAPÍTULO XIV OS VENERÁVEIS DE 1.895 a 1.995
Eleito entre os Mestres, o Venerável é aquele maçom que irá, por um período de dois anos, dirigir os trabalhos da Oficina. Todos depositam nele a confiança necessária para que a Loja tenha êxito e cresça através da sua sábia conduta e desempenho.
De 1895 a 1995 esses foram os Irmãos que até agora conduziram, com acertos e erros, os destinos da centenária "Estrela Caldense": 1895 a 1896 - Jeronymo Ribeiro 1896 a 1897 - Antônio Pereira Guimarães 1897 a 1898 - Silvério Duarte d’Oliveira 1898 a 1899 - Sebastião Fernandes Pereira 1899 a 1900 - Caetano José de Abreu .1900 a 1901- Antônio Machado de Moraes .1901 a 1903 - Caetano José de Abreu .1903 a 1904 - Francisco Perfeito Pinheiro* .1904 a 1905 - Sebastião Fernandes Pereira .1905 a 1915 - Antônio Pessoa de Almeida ** .1915 a 1916 - Arthur Lopes de Camargo .1916 a 1917 - Antônio Pessoa de Almeida
.1917 a 1918 - Affonso Junqueira .1918 a 1919 - Antônio Pessoa de Almeida .1919 a 1920 - Chrispino Caponi .1920 a 1921 - Antônio Pessoa de Almeida .1921 a 1922 - Paulo Custódio do Nascimento .1922 a 1923 - Antônio Pessoa de Almeida .1923 a 1924 - Antônio Luiz Pinto .1924 a 1925 - Antônio Canhedo Pedro Linguanotto *** .1925 a 1926 - Palmiro D'Andrea Waldomiro Maurício *** Antônio Luiz Pinto *** Pedro Linguanotto *** Jacques Augusto de Araújo Reis *** .1926 a 1927 - Pedro Linguanotto .1927 a 1928 - Ivo Sandry .1928 a 1929 - José Pedro de Oliveira .1929 a 1930 - Palmiro D'Andrea .1930 a 1931 - Rômulo Cardillo .1931 a 1932 - Antônio Canhedo .1932 a 1933 - João Mendonça de Amorim .1933 a 1934 - Haroldo Escobar
.1934 a 1935 - Ivo Sandry .1935 a 1936 - João Mendonça de Amorim .1936 a 1937 - Antônio Luiz Pinto .1937 a 1938 - José Maria Simões .1938 a 1939 - João Mendonça de Amorim .1939 a 1940 - Pedro Henrique .1940 a 1943 - Antônio Luiz Pinto .1943 a 1946 - Antônio Monteiro .1946 a 1949 - Moacyr Vargas de Souza .1949 a 1950 - Antônio Monteiro .1950 a 1951 - Pedro Linguanotto .1951 a 1954 - Ivo Sandry .1954 a 1955 - Deolindo de Toledo Júnior .1955 a 1960 - José Vargas de Souza .1960 a 1962 - Arino Ferreira Pinto .1962 a 1963 - Antônio Monteiro .1963 a 1965 - Walter Correa de Carvalho .1965 a 1967 - José Carlos de Paiva Cardillo .1967 a 1969 - Geraldo Ribeiro .1969 a 1971 - José Vargas de Souza
.1971 a 1973 - Alberto Macedo .1973 a 1977 - João Bosco Simões .1977 a 1979 - Cristiano José Rehder .1979 a 1981 - Euclides Paiva Mendes .1981 a 1983 - Antônio José Iranço de Almeida .1983 a 1987 - Euclides Paiva Mendes .1987 a 1989 - Waldir Miguel .1989 a 1991 - Cristiano José Rehder .1991 a 1993 - Antônio Carlos da Silva .1993 a 1995 - Élio de Oliveira Macedo .1995 a 1997 - Élio de Oliveira Macedo * Faleceu no meio do mandato. ** Ocupou o veneralato durante quinze anos. *** Ocuparam o veneralato interinamente.
CAPÍTULO XV
O QUADRO ATUAL
A Diretoria para o biênio 1995-1997, eleita em maio, está assim
constituída:
Venerável.: Élio de Oliveira Macedo.:18
1º Vigilante.: Rubens Marcondes Sarti.:22
2º Vigilante.: Hélio Antônio Scalvi.:14
Orador.: Benedicto Cauby Ferreira e Silva.:14
Secretário.: Luiz Roberto Judice.:15
Tesoureiro.: Dumas Pestana Filho.:15
Chanceler.: Valdemir Silva Sandy.:19
Hospitaleiro.: Antônio Honório dos Santos.:9
Neste ano do Centenário a Instituição conta, coincidentemente, com 100
Irmãos no Quadro. Em toda e qualquer circunstância, todos vêm
desempenhando suas funções maçônicas, quer atuando com seus cargos
em Loja, quer administrando as instituições mantidas pela "Estrela
Caldense.
Nome Iniciação Atividade
Adelmar de Oliveira.:33 24.06.1966 Professor
Adenir Inocêncio de Melo.:15 31.10.1975 Func.Públ.
Alberto Rosi.:33 08.04.1933 Aposentado
Amilton Majeau.:30 26.10.1963 Aposentado
Ângelo Italo A.N. Araújo.:3 05.12.1985 Func.Público
Ângelo Marcos Geraldi.:33 14.07.1974 Comerciante
Antônio Carlos de Andrade.:18 18.03.1972 Industrial
Antônio Carlos da Silva.:22 13.04.1980 Advogado
Antônio Honório dos Santos.:9 22.02.1975 Func.Público
Antônio José I. de Almeida.:33 05.l2.1968 Corr.Imóveis
Antônio de Matos Netto.:2 14.03.1984 Comerciante
Antônio Roberto Amo.:31 12.11.1972 Comerciante
Armando Bertoni.:3 27.02.1989 Comerciante
Arnaldo Toledo de Aguiar.:18 29.04.1972 Comerciante
Augusto Eduardo Corrêa.:1 14.03.1994 Comerciante
Benedicto Cauby F. e Silva.:14 05.12.1985 Médico
Benedicto Rocha Valença.:33 24.06.1966 Economista
Carlos Roberto Reis Almeida.:9 30.04.1983 Adm.Empresa
Celso Renato Cavini.:18 11.11.1973 Contador
César do Prado Luz.:3 24.06.1960 Industrial
Cleiber Augusto Pomarico.:19 21.05.1984
Comerciante
Cristiano José Rehder.:33 05.12.1975 Médico
Darlan de Andrade.:2 14.06.1993 Industrial
David Martins Pinheiro.:33 13.06.1968 Comerciante
Dumas Pestana Filho.:15 04.05.1987 Engenheiro
Édio Basso.:15 10.11.1984 Advogado
Edvaldo Allan R. Araújo.:3 09.03.1992 Contador
Élio de Oliveira Macedo.:18 14.07.1974 Comerciante
Élio Rabelo.:4 20.06.1988 Comerciante
Euclides Paiva Mendes.:33 11.11.1973 Comerciante
Eurípedes Carlos Abreu Fº.:33 07.10.1944 Aposentado
Fábio Capitanini.:3 19.05.1990 Securitário
Fausto Bernado Maretti.:3 15.01.1955 Enfermeiro
Fernando Rocca Avila.:30 27.12.1975 Comerciante
Flávio A.C. Araújo Cançado.:14 27.02.1989 Comerciante
Flávio Lúcio V. Figueiredo.:3 14.09.1992 Dentista
Genésio Mendes da Silva.:33 03.12.1983 Repr.Com.
Geraldo Lopes Vieira.:9 30.06.1984
Func.Público
Gilson Loyola.:3 06.10.1984 Comerciante
Hélio Antônio Scalvi.:9 21.11.1988 Func. Publico
Hélio Sandry.:33 05.08.1946 Aposentado
Ivanil Cipriano.:18 21.05.1984 Professor
Jair Antônio Vieira e Silva.:4 21.10.1988 Comerciante
Jair Junqueira.:18 28.11.1983 Comerciante
Jarbas Junqueira.:9 23.11.1987 Comerciante
João Batista Delgado.:18 07.08.1982 Comerciante
João Carlos Terra Podestá.:18 14.11.1974 Dentista
João José Ferreira.:3 22.08.1976 Repr.Com.
Jorge Antônio M. Lopes.:9 17.12.1987 Médico
José Antônio Mareca.:18 25.08.1980 Comerciante
José Aparecido Macedo.:33 29.09.1956 Comerciante
José Carlos Rabelo.:1 14.03.1994 Economista
José Ghirlanda Netto.:4 22.10.1960 Contador
José Lauro Vieira.:3 07.08.1982 Engenheiro
José Ludgero Neto.:3 10.12.1984 Repr.Com.
José Luís Frison.:1 12.06.1995 Mecânico
José Maria Pezzi.:18 03.12.1983 Comerciante
José Martinho Prado Luz.:19 19.08.1950 Comerciante
José Maurício Coutinho.:18 01.10.1984 Contador
José Mendes Vilella.:33 09.l2.1920 Aposentado
José Osvaldo Marcondes.:2 14.06.1993 Advogado
Laudo Ferreira de Camargo.:18 07.08.1982 Industrial
Lázaro E. Franco Salles.:33 10.04.1976 Anl.Clínico
Luís Antônio Gaiga.:2 25.07.1994 Securitário
Luiz Antônio Pomarico.:4 04.05.1987 Comerciante
Luiz Carlos Mathes.:3 26.l0.1963 Func. Público
Luiz Gonzaga C. Pomarico.:15 09.05.1987 Comerciante
Luiz Torrezilhas Aranda.:1 27.09.1993 Engenheiro
Luiz Roberto Franco.:1 25.07.1994 Advogado
Luiz Roberto Judice.:15 08.05.1987
Func.Público
Luiz de Souza Moreira.:33 14.04.1944 Aposentado
Manoel Simões.:31 11.09.1961 Ferroviário
Márcio Silva Cunha.:1 13.03.1995 Func. Público
Marco Antônio de Melo.:3 19.05.1990 Func. Público
Milton Cirilo de Oliveira.:3 27.02.1989 Farmacêutico
Noboru Arashiro.:9 09.05.1987 Médico
Oscar Sandry.:30 05.08.1946 Industrial
Osvaldo Sampaio.:19 02.03.1963 Aposentado
Paulo César de Queiroga.:3 09.03.1992 T.Laticínios
Richard Alves de Morais.:2 27.09.1993 Comerciante
Rovilson Ferreira dos Santos.:18 14.11.1978 Comerciante
Rubens Franceschini.:3 22.08.1976 Comerciante
Rubens Marcondes Sarti.:22 01.10.1984 Industrial
Sebastião Carlos Rabelo.:1 12.06.1995 Contador
Sebastião da Costa Abrantes.:19 12.11.1972 Comerciante
Sebastião Marcelino Carvalho.:3 20.06.1988 Bancário
Sebastião Marques.:31 05.10.1980 Comerciante
Sérgius Bertozzi.:3 19.05.1990 Comerciante
Valdemir Silva Sandy.:18 06.10.1984 Aposentado
Vítor Antônio Camilo.:22 21.05.1984 Contador
Waldemar Miguel Júnior.:31 11.11.1973 Comerciante
Waldemar Saraiva.:33 11.03.1968 Aposentado
Waldir Miguel.:33 23.11.1964 Comerciante
Waldo Miguel.:3 01.10.1984 Comerciante
Walter Mendes.:18 27.12.1975 Comerciante
ANEXO
Histórico e Memorial Descritivo do Pavilhão da "Estrela Caldense"
Desde a sua fundação, a Loja Maçônica "Estrela Caldense"
nunca possuiu um Pavilhão que a representasse.
Entretanto a comissão encarregada dos preparativos para a
comemoração do centenário - nomeada pelo Venerável Élio de Oliveira
Macedo - sob a presidência de Antônio Carlos da Silva, propôs em Loja
que os Irmãos emprestassem seus conhecimentos e sugerissem uma idéia
para a criação da nossa bandeira.
O Irmão Antônio Honório dos Santos apresentou as suas
sugestões que, depois de amplamente discutidas pela comissão, foram
aceitas.
Coube ao Ir.: Richard Alves de Morais realizar o trabalho de
arte final.
No dia onze de outubro de 1994 o projeto foi apresentado em
reunião e aprovado por todos os presentes: Élio de Oliveira Macedo,
Antônio Carlos da Silva, Dumas Pestana Filho, Richard Alves de Morais,
Hugo Pontes, Celso Renato Cavini, Lázaro Emanuel Franco Salles, Hélio
Antônio Scalvi e Antônio Honório dos Santos.
Para a confecção da bandeira, foi escolhida a MG -
Confecções", de propriedade de Maria Goreti Vilas Boas, da cidade de
Itajubá - Sul de Minas Gerais.
DESCRIÇÃO
A Bandeira, retangular, é na cor azul-celeste. Ao centro tem
uma estrela irradiante com cinco pontas; no meio da estrela vê-se um
delta, em cujo contorno está o nome da Loja; no interior do delta há um
círculo e, no meio deste, um pavimento de mosaico encimado pelos
esquadro e compasso entrelaçados.
O azul do retângulo representa a cor da Loja. A Estrela
irradiante quer significar o nome da instituição e os raios, a sua pujança e
brilho. O delta lembra o nosso Estado de Minas Gerais e a tríplice força
indivisível e divina: vontade, amor e inteligência cósmicos.
O círculo branco, no interior do delta, representa a criação e o
universo.
O pavimento de mosaico reflete a união de todos os maçons do
Globo, mesmo com suas diferenças de raça, meio e opinião.
O compasso é o emblema da medida e da justiça. Quer
simbolizar Deus. O esquadro é o símbolo da retidão e disciplina
maçônicas.
BIBLIOGRAFIA BARBOSA, Waldemar de Almeida. História de Minas. Belo Horizonte, Comunicação, 1979. BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. Trad. Frederico Ozanan Pessoa de Barros. São Paulo,
Pensamento, 1979.
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930. Sâo Paulo, Brasiliense, 1970.
fONSECA, Luiz Gonzaga da. História de Oliveira. Belo Horizonte, Ed. Bernardo Álvares, 1961
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. Sâo Paulo,Pensamento,s.d..
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 20ª ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1985.
LEADBEATER, C.W. A Vida Oculta na Maçonaria. Trad. Joaquim Gervásio de Figueiredo. Sâo
Paulo, Pensamento, 1973.
MEGALE, Nilza Botelho. Memórias Históricas de Poços de Caldas. 1ª ed. Poços de Caldas,
Semec, 1990.
MOURÃO, Mário. Poços de Caldas - Síntese Histórico-Social. São Paulo, Ed. Saraiva, 1951.
NETO, Carlos Errico. Fundação de Poços de Caldas - Origem Histórica. Poços de Caldas, Gráfica
SulMinas, 1992
OTTONI, Homero Benedicto. "Poços de Caldas". São Paulo, Ed. Anhambi, 1960.
PEREIRA, Gaspar Eduardo. Poços de Caldas - Síntese da História Administrativa. 2ª Edição,
Gráfica SulMinas, Poços de Caldas, 1984.
SODRÉ, Nelson Werneck. Formação Histórica do Brasil. 2ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1963.
TEIXEIRA, Francisco M.P., e Dantas, José. História do Brasil - da Colônia à República-São Paulo,
Moderna, 1983.
TORRES, João Camilo de Oliveira. História de Minas Gerais. Belo Horizonte, Ed. Bernardo
Álvares, 1962
VIANNA, Hélio. História do Brasil. 6ª ed. São Paulo, Melhoramentos, 1967.
WIRTH, Oswald. O Ideal Iniciático. Trad. R. Montezuma, Rio de Janeiro, ed. do tradutor, 1932.
OUTRAS PUBLICAÇÕES CONSULTADAS
Guia da Cidade de Poços de Caldas - Departamento Municipal de Eletricidade. 1ª ed., 1991.
Jornais:
"Cidade de Poços"
"Vida Social"
"O Defensor"
"A Folha"
"Revista de Poços de Caldas"
"Correio de Poços"
"Gazeta do Sul de Minas"
"Diário de Poços de Caldas"
"Jornal da Mantiqueira"
"Jornal da Cidade"
OUTRAS FONTES DE CONSULTA
Leitura e análise dos Livros de Atas de reuniões da "Estrela Caldense ", de 1895 a 1995.
Entrevistas com maçons mais antigos;
Entrevista com cidadãos poços-caldenses;
Consulta a documentos, publicações,fotos do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas.
ÍNDICE ONOMÁSTICO A tipo 10
Abílio Bastos
Acácio Rocha de Oliveira
Adelino Laranjeira
Adelmar de Oliveira
Ademar Corrêa da Costa
Adenir Inocêncio de Melo
Adib Karan
Adnei Pereira de Morais
Adolfo Neugbauer
Adolpho Acayaba
Affonso José de Souza
Affonso Junqueira
Affonso Masseotti
Affonso Pereira de Carvalho
Affonso Scassiotti
Agnaldo Vasconcelos Sarmento
Agostinho Loyolla Junqueira
Alair Astolfo da Silva
Alan Kardec Pinto
Alberto Cazzani
Alberto Macedo
Alberto Rosi
Alberto Vasconcelos Sarmento
Alcino Xavier
Aldo Stoppa
Alfrânio José Dias de Rezende
Alfredo Cipriano Freire
Alfredo Lopes
Alfredo Pereira Borges
Alfredo Sá
Alfredo Tristão
Alípio da Cruz
Amleto Belone
Amilton Majeau
Ana Maria Ramos Paiva
Ângelo Italo Amaral Nogueira de Araújo
Ângelo Martelli
Ângelo Marcos Geraldi
Antenor Damini
Antônia Margarida Pereira
Antônio Alberto Fernandes
Antônio de Almeida Marques
Antônio de Almeida Souza
Antônio Antunes Portugal
Antônio Avelino de Melo
Antônio Bernardes de Araújo
Antônio Bueno Brandão
Antônio Canhedo
Antônio Carlos de Almeida
Antônio Carlos de Andrade
Antônio Carlos Brandão
Antônio Carlos da Silva
Antônio Carneiro
Antônio Chiado
Antônio Fernando dos Reis
Antônio Ferreira Coelho
Antônio Gentilini
Antônio Honório dos Santos
Antônio José Castilho Chamorro
Antônio José Iranço de Almeida
Antônio José Salgado Júnior
Antônio Luiz Pinto
Antônio Machado de Morais
Antônio Magalhães
Antônio Manzano Filho
Antônio Marcos de Souza
Antônio de Mattos
Antônio de Matos Neto
Antônio Mazzetto
Antônio Megale
Antônio Monteiro
Antônio Napole
Antônio Pereira Guimarães
Antônio Pelicciari
Antônio Pessoa de Almeida
Antônio Pinto
Antônio do Prado Luz
Antônio Ramos
Antônio Rezende Chagas
Antônio Ricardo Frison
Antônio Roberto Amo
Antônio Rubbo
Antônio Sérvulo dos Santos
Antônio Siqueira Costa
Antônio de Souza Moreira
Antônio Tambasco Glória
Antônio Teixeira Diniz
Archanjo Dal Poggetto
Ari Delgado
Ari Sérgio Vieira
Arino Ferreira Pinto
Ariovaldo Euclides de Castro
Arlindo Pereira
Armando Bertoni
Armando Franceschini
Armindo Zuanella
Arnaldo Toledo de Aguiar
Arthur Affonso de Barros Cobra
Arthur Bernardes
Arthur Fernandes Sabroza
Arthur Ferreira Brandão
Arthur Lopes de Camargo
Arthur de Mendonça Chaves
Athos Vieira de Andrade
Augusto Fernandes de Almeida
Augusto Eduardo Corrêa
Augusto José de Oliveira
Aurélio Borelli
Avelino Esteves
B
Belem Sarraga de Ferro
Benedicto Cauby Ferreira e Silva
Benedicto Norberto Filho
Benedito de Oliveira Reis
Benedicto Rocha Valença
Benedito Ângelo Tepedino
Benedito Barbosa
Benedito Baptista
Benedito Ferreira Sales
Benedito Hércules Pavesi
Benedito Rodrigues de Camargo
Benedito Sérgio Brandão
Benevenuto Patteroni
Benito Mussolini
Bento Dias Ferraz de Arruda
Bernardo Mejlachovicz
Birajá Silveira
Biscio Pisciotti
Bonifácio Fernandes Filho
Bonifácio Paulino de Carvalho Júnior
C
Caetano Benedetti
Caetano José de Abreu
Caetano José Pereira
Caetano Stanziola
Camerindo Togo Nogueira da Silva
Carlo De Felice
Carlos Alberto Maywald
Carlos Angel Lopes
Carlos Dariolli
Carlos Duarte Cruz
Carlos Errico
Carlos Errico Neto
Carlos Henrique
Carlos Mellara
Carlos Pinheiro Chagas
Carlos Roberto Reis Almeida
Carlos dos Santos
Carolina Bernardo
Célia Beatriz Marcassa
Célia Márcia Carneiro de Bom
Celso Carneiro
Celso Danza
Celso Renato Cavini
César Frison
César do Prado Luz
Cezare Cavini
Cláudio Henrique
Cleiber Augusto Pomarico
Cincinato Vasconcelos Sarmento
Cínthia Luizi
Conrado Marcondes de Albuquerque
Constâncio Vivas
Constantino Muniz Barreto
Chrispino Caponi
Cristiano José Rehder
Cristina Alberti
D
Dalva Sarti
Darcy Domenico
Darlan de Andrade
David Ferreira
David Martins Pinheiro
David Paiva Côrtes
Décio Alves de Morais
Delfim Moreira da Costa Ribeiro
Deolindo de Toledo Júnior
Dermeval Rocha Reis
Djalma Freire Poli
Djalma de Souza Gonçalves
Doraci Teixeira Lemos
Dumas Pestana Filho
Durval Borges de Oliveira
Durval Rocha Reis
E
Edgard de Almeida
Édio Basso
Edmundo Gouveia Cardillo
Edmundo Ismael Mendes
Edson Latronico
Eduardo Adami
Eduardo Pio Westin
Edvaldo Allan Resende de Araújo
Élio de Oliveira Macedo
Élio Rabelo
Elpídio Danza
Emigydio Antônio da Silva Mello
Emílio Tepedino
Epitácio Pessoa
Ermindo Bertozzi
Ernesto da Silva Mello
Ernesto Zuanella
Ettore Manucci
Euclides Antônio Pezzi
Euclides Mendes
Euclides Paiva Mendes
Eugênia Bernardo
Eurico Gaspar Dutra
Eurípedes Carlos de Abreu Filho
Ézio Danza e Silva
Ézio Nastrini
F
Fábio Capitanini
Fausto Bernardo Maretti
Fausto Delgado
Felipe Nassif
Félix Cotaet
Fernando José Lopes
Fernado Rocca Avila
Ferrucio Incrocci
Ferrucio Pregnolato
Firmino Machado de Moraes
Flávio Antônio Couto de Araújo Cançado
Flávio Lúcio Vilela Figueiredo
Florindo Alvarez Barreiro
Fortunato Vinci
Francisca de Paiva
Francisca de Paula Oliveira
Francisco de Assis Carvalho
Francisco Brandão
Francisco Cagnani
Francisco Campos
Francisco Carneiro Magalhães
Francisco Carneiro Magalhães Filho
Francisco Escobar
Francisco de Faria Lobato
Francisco Franco
Francisco Gesualdi
Francisco Gilberto Blasi
Francisco Henrique
Francisco Horácio Andrade
Francisco Luz
Francisco Machado de Moraes
Francisco Mencarini
Francisco de Paiva Côrtes
Francisco de Paula Assis Figueiredo
Francisco Perez Mayo
Francisco Perez Mayo Filho
Francisco Perfeito Pinheiro
Francisco da Rocha Leite
Francisco Sergi
Frederico Brandão
Frederico Lourenço
Frederico Pregnolato
G
Gabriel Kerr Paiva Côrtes
Gabriel Pio Westin
General Zangiacomo
Genésio Mendes de Almeida
Geraldo Lopes Vieira
Geraldo Geraldi
Geraldo Ribeiro
Geraldo Tambasco Glória
Gerolamo Scarpim
Gérsio Zingoni
Getúlio Dornelles Vargas
Gilberto Francisco Blasi
Gilberto de Mattos
Gilberto Natal Piffer
Gilson Loyola
Giuseppe Bernardo
Gonçalo Ribeiro Gonçalves
Guido Pelicciari
Guido Rocchi
Guilherme Clímaco da Cruz Novaes
H
Haroldo Escobar
Haroldo Pavesi
Hélio Antônio Scalvi
Hélio Geraldo Dominghetti
Hélio Sandry
Helton Barroso Drey
Helvécio Monteiro de Barros
Henrique Alvisi
Henrique Borghetti
Henrique Capps Júnior
Henrique Goffi
Hércules Frison
Hermes da Fonseca
Hilário Maria de Almeida
Hilário Maria de Almeida Júnior
Horácio de Paiva
Hugo Pontes
Hugo Vasconcelos Sarmento
I
Ignácio de Moura Gavião
Irineu Guitarrari
Irvânio Malaquias
Ismael da Costa Pereira
Ismael Ribeiro da Silva
Issa Sarraf
Ivanil Cipriano
Ivo Sandry
Ivo Sandry Júnior
J
Jaci Nogueira
Jacomo Curia
Jacomo Joaquim
Jacques Augusto de Araújo Reis
Jair Antônio Vieira e Silva
Jair Junqueira
Jandira Gonçalves
Jarbas Junqueira
Javier Torrico Morales
Jeronymo Ribeiro
Jerônimo Scarpim
João Adalberto Piffer
João Affonso Junqueira
João Alberto Naldoni
João Alcântara
João Amaral
João Antônio Manzano
João Augusto Ribeiro
João Baptista
João Baptista de Figueiredo
João Batista de Almeida Prata
João Batista Delgado
João Batista Ferreira Monteiro
João Batista Garcia
João Batista Magalhães
João Batista Nogueira
João Benedito de Araújo
João Bonifácio
João Bosco Simões
João Cardillo
João Carlos Terra de Podestá
João Domingos Salavolte
João Eugênio de Almeida
João Fernandes Alvarez
João Ferreira Campos
João Ferreira Bento
João Ferreira Bento Júnior
João Fortunato Ferreira
João Franceschini
João Francisco Miguel
João Garbim
João Granero
João Granero Filho
João Joaquim Braga
João José Ferreira
João José Pereira dos Santos
João Machado
João Mendonça de Amorim
João Moreira Salles
João Nepomuceno Corrêa
João Osório d'Andrade Oliveira
João Paulo 2º
João Pedro de Alcântara
João Pereira de Carvalho
João Pereira de Godinho
João Pinto Bandeira Júnior
João Ponteprimo
João Ribeiro
João Romeu Tramonte
João Salvucci
João Scassiotti
João Teixeira de Carvalho
João Thomaz Pereira
João Torres
Joaquim Affonso Junqueira
Joaquim Avelino de Melo
Joaquim Avelino de Melo Júnior
Joaquim Bernardes de Freitas
Joaquim da Cunha Diniz Junqueira
Joaquim José Correa
Joaquim José Pereira
Joaquim José Pereira Netto
Joaquim Pereira
Joaquim Pereira Filho
Joaquim Pereira de Oliveira
Jordão Frison
Jorge Antônio Moreira Lopes
Jorge Augusto Novaes
Jorge Lauand Filho
Jorge Potgê
Jorge Ximenes
José Alberto Lodi
José Affonso de Barros Cobra
José Affonso Junqueira
José Alves da Silva
José Alves de Souza
José Antônio Manzano
José Antônio Mareca
José Aparecido Macedo
José Baldassari
José Baptista
José Barbosa
José Batista Nogueira
José Benedito
José Bonifácio
José Borges da Fonseca
José Botelho Muniz Neto
José Caetano Horta
José Carlos de Campos
José Carlos Magalhães
José Carlos de Paiva Cardillo
José Carlos de Paiva Oliveira
José Carlos Rabelo
José da Costa
José Dias dos Santos
José d'Oliveira Magalhães
José Ferreira Polydoro
José Fonseca
José Francisco Tepedino
José Freire
José Freire da Cruz
José Gama do Valle
José Ghirlanda Netto
José Henrique dos Santos
José Ignácio de Barros Cobra
José Joaquim Corrêa
José Latronico
José Lauro Vieira
José Lawis
José Ludgero Neto
José Luís Frison
José de Magalhães Mendonça
José Márcio Simões
José Maria Pezzi
José Maria dos Reis
José Maria Simões
José Martinho do Prado Luz
José Maurício Coutinho
José Mendes Vilella
José Moreira da Silva
José Nastrini
José de Oliveira Macedo
José Osvaldo Marcondes
José Pedro de Oliveira
José Piffer
José Pinheiro de Ulhôa
José Pinto de Aguiar
José Rabelo de Andrade
José Remígio Prezia
José Roberto Araújo
José Roberto Modesti
José Rodrigues Maldonado
José Vargas de Souza
Jovelino Muniz
Jovino Pereira da Fonseca
Julieta Brigagão
Júlio Camilo Pereira
Júlio de Melo Braga
Júlio Poli
Júlio Ribeiro
Jurandir Ferreira
Jurandir Loureiro
L
Laércia Ramos Braga
Laércio Pereira do Lago
Laudo Ferreira de Camargo
Lázaro Emanuel Franco Salles
Leandro Fernandes de Almeida
Lenildo de Almeida Thomaz
Leopoldo Hilário de Alencastro
Leopoldo Hilário de Alencastro Filho
Leopoldo Maciel de Godoy
Liberato Maximiano de Souza
Liberato Maximiano de Souza Júnior
Lindolfo Lino Belico
Lino Fazzi
Lourdes Sampaio
Lourenço Dias Ferreira
Lourenço Ferreira Júnior
Lucas Furchi
Luciano Bruno
Luciano Romano Henrique
Luís Antônio Gaiga
Luiz Antônio Batista
Luiz Augusto Dal Poggetto
Luiz Augusto Pomarico
Luiz Bertozzi Filho
Luiz Canuto Guimarães
Luiz Carlos Garcia Rosa
Luiz Carlos Mathes
Luiz Esteves Rubinho
Luiz Felício
Luiz Fernando Gimenes de Castro
Luiz Fernando Zingoni
Luiz Gambetta Sarmento
Luiz Gonzaga Carvalho Pomarico
Luiz Gonzaga Guedes dos Santos
Luiz Perez Alvarez
Luiz Prezia
Luiz Ribas
Luiz Roberto Franco
Luiz Roberto Judice
Luiz Rodrigues Maldonado
Luiz de Souza Moreira
Luiz Torrezilhas Aranda
M
Magda Perez Pinto Garcia
Manços de Andrade
Manoel Alves da Silva
Manoel Alves da Silva
Manoel Batista Dias
Manoel Cândido Martins
Manoel Corrêa da Costa
Manoel Esteves Rubinho
Manoel de Freitas
Manoel Gaspar Guerra
Manoel Gomes Florindo
Manoel José d'Oliveira
Manoel Luiz Alves
Manoel Luiz Zuanella
Manoel Martins Alvarez
Manoel Pereira Sobrinho
Manoel Pio de Carvalho
Manoel dos Reis
Manoel da Rocha Porto
Manoel Simões
Manoel Teixeira Frazão
Manoel Teixeira Frazão Júnior
Manoel Troyano
Márcia Nastrini Delgado
Marco Antônio Bertozzi
Marco Antônio Melo
Márcio Roberto Correa
Márcio Silva Cunha
Marcos Silva
Maria Aparecida Dias Barbosa
Maria Célia Spinelli Aguiar
Maria da Conceição Pereira
Maria Ester Françoso de Almeida
Maria Goreti Vilas Boas
Maria Lúcia Pellachin
Maria Ovídia Junqueira
Maria Pereira de Oliveira
Maria Tereza de Siqueira
Mário Mourão
Martinho de Freitas Mourão
Maurílio Ramos de Figueiredo
Mauro Magalhães
Maximiano Barbosa da Silva
Maximiano da Fonseca Reis
Maximiano Ramos
Miguel Kair
Miguel de Oliveira
Milton Cirilo de Oliveira
Milton Pereira
Moacyr Vargas de Souza
Moacyr Vieira Martins
N
Nello Borghetti
Nelson Alcântara
Nelson Alcântara Filho
Nelson D'Angelo
Neuza Maria Figueiredo
Newton Cardoso
Nicodemus Braga da Costa
Nicolao Amalfi
Nicolao Longo
Nicolau Ancona Lopes
Nicolina Bernardo
Nilo Coelho
Noel de Souza Xavier
Noboru Arashiro
Norivaldo Granero
Normando Giusi
O
Octávio Batista Diniz
Octávio Dominghetti
Olegário Maciel
Olintho Tavares Paes
Orcival Pereira da Silva
Orlandino Risola
Orlando Manhães Barreto
Orlando Panacci
Oscar Nassif
Oscar Sandry
Oswaldo Borsa
Oswaldo Sampaio
Oswaldo Stanziola
Ottorino Danza
P
Palmiro D'Andrea Tupy
Palmiro Incrocci
Pantaleão Stanziola
Patrício Marques dos Santos
Paulino Affonso de Barros Cobra
Paulino Fellipe de Figueiredo
Paulo Aquino
Paulo César de Queiroga
Paulo Custódio do Nascimento
Paulo José Ferreira
Paulo Lopes Ribeiro
Paulo Raimundo Geraldi
Paulo Roberto Santos Corrêa
Paulo de Tarso Clementoni da Costa
Pedro Bertozzi
Pedro Bonifácio
Pedro Henrique
Pedro Linguanotto
Pedro Marcondes
Pedro Rehder
Pedro Sanches de Lemos
Presciliano Pereira de Jesus
Petrônio Romano Henrique
Petrônio Vivas
Pio da Silva
Prudente de Morais
R
Randolpho Mourão
Raphael Sarti
Raul Ferreira
Raul Mascarenhas Pereira
Raul Soares
Reducino Pinto
Reginaldo Alvisi
Reginaldo Vitor Zangiacomo
Remo Cardillo
Resk Frayha
Richard Alves de Morais
Roberto Matta Machado
Rodolfo Marcondes Sarti
Rodolpho Garcia Roza
Rodolpho José de Barros Cobra
Rogério Marcondes Sarti
Rogério Moura Gambier
Rômulo Cardillo
Ronaldo Borghetti
Ronaldo Junqueira
Ronaldo Moretti
Roque Westin
Rosa Maria Noronha Muniz
Rovilson Ferreira dos Santos
Rozendo Carrera
Rubens Franceschini
Rubens Marcondes Sarti
Rubens Ramos
Ruhterford Leal
Ruy Delgado
S
Salomão de Souza
Saulo Zenun
Sheila Cury Nogueira da Silva
Sebastião Carlos Rabelo
Sebastião da Costa Abrantes
Sebastião Fernandes Pereira
Sebastião Marcelino de Carvalho
Sebastião Marques
Sebastião Pereira
Sebastião Pereira de Oliveira
Sebastião Pinto
Sebastião Pinheiro Chagas
Sebastião do Prado Luz
Sebastião Vieira Romão
Sérgio Italo Blasi
Sérgius Bertozzi
Severiano Cândido de Assis
Severo Augusto Luizi
Silvério Duarte d'Oliveira
Silviano Barboza
Sílvio Carlos Mendes
Sílvio Tambasco Glória
Simon Rodrigues
Sônia Maria Saraiva Archanjo
T
Tabajara Ferreira Sales
Tereza de Lourdes Arantes
Trajano Barroco
Trajano Chrysóstomo Corrêa
Temistoclides Luiz Silva
Teresina Carini Rocchi
Turido Italo Bonazzi
U
Ubaldo Latrônico
Ubiratan Ferreira Sales
V
Valdemir Silva Sandy
Venceslau Brás
Venâncio Vivas
Vicente Neiva
Vicente Celestino
Vicente Pinheiro Chagas
Vicente Risola
Virgílio Chaves
Virgílio Silva
Virgílio Wenceslau Messias
Vítor Antônio Camilo
Vítor José Adissi
Vivaldi Rosi
W
Waldemar Chirolli
Waldemar Hait
Waldemar Miguel Júnior
Waldemar Saraiva
Waldir Miguel
Waldo Miguel
Waldomiro Maurício
Walker Bressane Braga
Wander Bressane Braga
Wanir Bressane Braga
Walter Arruda Vieira
Walter Correa de Carvalho
Walter Danza
Walter José Vieira
Walter Mancini
Walter Mendes
Walter Miguel
Walter Pereira
Willian Lage Poli
Wilson Danza
Wilson Mancini