I CONGRESSO UNIFAP - Fernando...apenas a Copa do Mundo, mas a melhor Copa do Mundo, sem o fiasco do...
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I CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA UNIFAPFÍSICA NA UNIFAP
JOGOS OLÍMPICOS E COPA DO MUNDO: ESTADOS PERIFÉRICOS NA ORGANIZAÇÃO
DOS MEGAEVENTOSDOS MEGAEVENTOS
Fernando [email protected]
Agenda Rio Agenda Rio 2016 e políticas 2016 e políticas
esportivasesportivas
O futebol na Agenda do
governo Lula
Uma introdução“Duas perguntas”“Duas perguntas”
Qual o lugar dos Megaeventos Esportivos no contexto da Economia Política Global?
�Empreendedorismo Urbano
�Concorrência Interurbana
�Commodities Culturais�Commodities Culturais
�Empresariamento da Cidade
E quanto ao país?
Que circustânciasenvolvem o Projetoenvolvem o Projeto
Rio 2016?
Janela Política
Uma “Janela de Oportunidade Política”
gera produção de Agenda e Políticasgera produção de Agenda e Políticas
Agenda Rio 2016 e políticas esportivasAgenda Rio 2016 e políticas esportivas“Um “Um EstudoEstudo””
1
“Um “Um EstudoEstudo””
“O Dia da Vitória”2 de outubro de 2009
…e os personagensda festa…
� Lula� Jacques Rogge� Jacques Rogge�Arthur Nuzman
�Mike Lee� Eike Batista
�Orlando Silva� Sérgio Cabral� Eduardo Paes
�Dilma Roussef
A Totalidade RelacionalA Totalidade Relacional
O chefe de Estado
Antes de ser presidente da República, eu sou brasileiro.
Antes de ser presidente da República, eu sou fanático por
esporte e, dentro do esporte, o futebol. E antes de ser futebol. E antes de ser
presidente da República, eu sou torcedor.
A força de Lula substitui o debate programático e dá origem
ao denominado fenômeno lulismo, um projeto sem
rupturas e pluriclassista, caracterizando-se ainda pela
forte ligação dos pobres com a figura de Lula
(André Singer)
Um governo que absorve as representações corporativas de
trabalhadores e empresários, com um chefe de Executivo trabalhadores e empresários, com um chefe de Executivo
carismático a mediar interesses conflitantes, fortalecido
pela crescente centralização do Estado. Ele, o Lula, tem
força, carisma, para segurar essa colcha e essa federação
é boa para todos
(Werneck Vianna)
Há um investimento pessoal de Lula na candidatura,
o que se justifica por sua paixão pelo esporte e por
sua percepção sobre a importância dos Jogos no
plano das relações externas e concorrência global.
O carisma e capital simbólico acumulado de Lula se
O Lulismo vai ao Olimpo!
O carisma e capital simbólico acumulado de Lula se
traduzem também em prestígio e trânsito diante de
organizações e lideranças internacionais,
agregando apoio à canditatura brasileira.
O Projeto Rio 2016, pa Lula, está relacionado a
perspectiva de transformação e mobilidade, traço
constituinte de sua trajetória e conduta política.
Deixamos de ser um país de segunda
classe. Ganhamos a cidadania
internacional! internacional!
… Para além da vontade e empenho do condottiere e
do mito, o projeto Rio 2016 está articulado a umprojeto mais geral de soberania e desenvolvimentonacional, cujas matizes são:
O papel do Estado e o Governo Lula:
�O reposicionamento do país na geopolíticamundial;
�A recuperação do papel do Estado ereorganização do capitalismo brasileiro.
Uma política externaengajada
Ao se fazer ouvir nas decisões em
torno dos grandes problemas da comunidade internacional, a diplomacia do governo Lula diplomacia do governo Lula proclamou uma maior presença do Brasil no mundo, alçando-o à condição de potência e autêntico global player. Neste contexto, os megaeventos esportivos acabaram por ocupar lugar de destaque.
Neodesenvolvimentismo
O jogos são vistos como uma espécie de catalisador de obras e investimentos, dinamizando a economia e redefinindo a imagem da cidade e do país no mercado mundial. Ainda que superestimados, os impactos sociais e econômicos esperados impactos sociais e econômicos esperados se articulam ao próprio projeto nacional idealizado pelos intelectuais e lideranças governistas, pautado na manutenção da estabilidade e ação distributiva do Estado, induzindo o crescimento e coordenando os investimentos no país a partir de estratégias de planejamento de longo prazo.
ESTADO FINANCIADOR
• Aliança com o capital nacional pela qual, via BNDES, o Governoempenhou-se em fortalecer as grandesempresas nacionais
ESTADO INVESTIDOR
• Investimento , via PAC, em grandes obras de infraestrutura, conferndo um papelmais ativo ao Estado
• Investimento em obras
ESTADO SOCIAL
• Recuperação da capacidade do Estado de prover políticassociais de inclusão e redução da pobreza, a exemplo do BolsaFamília.
empresas nacionais
• Crédito aos gruposempresariaisenvolvidos com a construção de arenas, hoteleira e turismo, tecnologias de informação e comunicação, dentre outros setores
• Investimento em obrasde infraestrutura, sobretudo de portos, aeroportos, segurança, mobilidade e eregeneração urbana.
exemplo do BolsaFamília.
• Políticas intersetoriaisde segurança, com destaque para o PRONASCI, ao qual se vinculam o PST e o PELC
E o Rio de Janeiro?CIDADE DE EXCEÇÃO versus CIDADE GLOBAL
• Revitalização dos Espaços de Desvalia
• O “PAC do Esporte”
• Pacificação e Urbanização das favelas...e também a erradicação : Vila Autódromo, Canal do Anil, Gardênia Azul, Parque da Panela, Metrô-Mangueira e Gardênia Azul, Parque da Panela, Metrô-Mangueira e Belém-Belém.
�Empreendedorismo Urbano
�Empresariamento da Cidade
�Concorrência Interurbana
A cartolagem olímpica
� Tradição aristocrática� Centralização� Clientelismo� Personalismo� Histórico suspeitoso
O fato é que o COI e COB
detêm os direitos de imagem e
propriedade intelectual das
commodities culturais que envolvem o Movimento Olímpico e os Jogos
Olímpicos, o que lhes confere
poder monopolista e vantagem de negociação com os Estados nacionais
na definição e contratação da sede olímpica.
A festa
As receitas do marketing olímpico pagam os gastos com a
organização da festa, mas não com a preparação do local da festa
(Marcelo Proni)
E a conta…
� 28,8 bihões� 28,8 bihõesInvestimentos previstos
� 4,2 bilhõesCOI e marketing olímpico
� 22,6 bilhõesFundo Público
� Ato Olímpico� Host City Contract
� COJO� APO
O mercado
� CUSTO CANDIDATURA: do total dos R$ 138 milhões gastos,
37 milhões veio da iniciativa privada
A partir dos setores de atuação do Grupo EBX – mineração, petróleo, empreendimentos imobiliários, hotelaria, infraestrutura portuária, naval e energia – e setores infraestrutura portuária, naval e energia – e setores
representados pelos demais patrocinadores – construção civil, transporte aéreo e telecomunicações –, configura-se um
quadro tendencial das frações da burguesia a serem privilegiadas com a realização dos Jogos.
As assessorias internacionais
Importar know-how e expertise internacional por parte de consultores identificados com identificados com chamados modelos vitoriosos ou experiências de sucesso é visto, no plano simbólico, como um sinal de afirmação e competência.Ver: Fernanda Sánchez
De volta ao TodoDe volta ao Todo
O Bloco Olímpico
Configura-se, assim, o que pode ser definindo como BLOCO OLÍMPICO, BLOCO OLÍMPICO, ou seja, o bloco de poder inerente à organização dos Jogos Rio 2016
“Três conclusões… três novos pontos de partida”três novos pontos de partida”
1. O projeto neodesenvolvimentista do governo Lula, ou LIBERAL-DESENVOLVIMENTISTA, sem comprometer a hegemonia do capital financeiro, está ancorado na aliança com a grande burguesia nacional.
2. Assim, a noção de BLOCO DE PODER permite identificar o favorecimento dos interesses econômicos de FRAÇÕES DA CLASSE dominante em detrimento de outras, considerando tanto sua ação política como a posição particular que tanto sua ação política como a posição particular que ocupam no processo de produção num momento e situação determinados.
3. O Estado se constitui como agente organizador da HEGEMONIA de determinadas frações de classe no seio do bloco de poder.
A Agenda Esportiva“Um balanço”
2003-2006 - Agnelo
• Lei Agnelo-Piva
2006-2011 - Orlando
• Lei de Incentivo
Do Entusiasmo pelo Esporte à “Síndrome de Estocolmo”
• Lei Agnelo-Piva
• O Programa Segundo Tempo
• O CNE
• As Conferências
• A Política Nacional
• Princípio organizador da Agenda: SOCIAL
• Lei de Incentivo
• Rio 2007
• A assessoria do futebol
• Copa 2014 e Rio 2016
• O Plano Decenal
• Princípio organizador da Agenda: ECONÔMICO
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Megaeventos
Modernização da Gestão
Mudanças no desenho institucional
Novo ordenamento legal
MANEJO SOCIAL DO RISCO
Políticas Focais
PRONASCI-PELC
Mais Educação-PST
Praças do PAC-Praças da Juventude
O futebol na agenda do governo LulaO futebol na agenda do governo Lula““OutroOutro EstudoEstudo””
2
““OutroOutro EstudoEstudo””
MODERNIZAÇÃO CONSERVADORAPonto de partida:
A modernização conservadora dofutebol negócio no Brasil,
a partir de 1970
� Comercialização � Publicidade � Publicidade � Televisão � Futebol-força � Centros de Treinamentos
(CTs) � Clube dos Treze� Lei Zico � Lei Pelé � CPI do Futebol
(RODRIGUES, 2007)
UM NOVO SALTO DE MODERNIZAÇÃO
� Aliança com atores tradicionais:
CBF, Federações e CBF, Federações e grandes clubes
� Copa do Mundo FIFA 2014
FONTES: http://www.esporte.gov.br/ascom/pesquisaNoticia.do
http://www2.planalto.gov.br/imprensa/discursos
UNIDADES DE CONTEXTO NÚMERO DE NOTÍCIAS
256
A PESQUISA
FONTE: RIBEIRO DOS SANTOS, Mariângela, (2010), com base em dados da pesquisa documental
256Ordenamento Legal 30
Gestão dos Clubes 12
Financiamento 39
Segurança nos Estádios 67
Copa do Mundo FIFA 2014 108
Ordenamento legal
� 2003 - MP do Futebol – altera a Lei Pelé
� 2003 - EDT
� 2004 - CBJD
� 2005 - Lei do Clube Formador – altera a Lei Pelé� 2005 - Lei do Clube Formador – altera a Lei Pelé
� 2009 - Atualização do CBJD
Gestão dos Clubes
� 2004 - Comissão de Futebol e Marketing esportivo
� 2006 – Cartilha para padronização das práticascontábeis dos Clubes de Futebol Profissional
Financiamento
� 2006 – Timemania
� 2006 – Cartilha para padronização das práticascontábeis dos Clubes de Futebol Profissional
� 2006 – Lei de Incentivo ao Esporte� 2006 – Lei de Incentivo ao Esporte
� 2007 – MP da dívida dos Clubes
Segurança nos Estádios
� 2003 - Carta de Brasília sobre Segurança nos Estádios
� 2003 - EDT
� 2004 - Comissão Nacional de Prevenção da Violênciae Segurança nos Espetáculos Esportivos –e Segurança nos Espetáculos Esportivos –CONSEGUE ou Comissão Paz no Esporte
� 2006 - Programa da FPF-ME
� 2009 - Programa Torcida Legal
� 2010 - Reformulação do EDT
Copa do Mundo FIFA 2014
� 2006 - GT Interministerial pró-COPA� 2007 - Garantias governamentais� 2007 - Confirmação do Brasil como país sede� 2008 - Seminário das cidades candidatas a sede� 2009 - Encontro com prefeitos das cidades sede� 2009 - Matriz de Responsabilidades� 2009 - Matriz de Responsabilidades� 2009- Linha de crédito do BNDES � 2009 - Portal da Transparência da Copa - CGU� 2010 - Projeto de isenções fiscais� 2010 - Comitê Nacional de Proteção de Direitos da Copa� 2010 - CGCOPA – Comitê Gestor Plano Estratégico e GCOPA
– Grupo Executivo� 2010 - Comitê de Responsabilidade e Câmaras Temáticas
2010 - Comitê de Responsabilidade e Câmaras Temáticas
EstádiosMeio ambiente e sustentabilidade
Cultura, Educação e Ação Social
SaúdeSocial
Saúde
Desenvolvimento Turístico
Segurança
Promoção Comercial e Tecnológica
Infraestrutura
Transparência Agenda de eventos
“Três conclusões…”
1. O pleito de sediar a Copa data do início do governo defutebol, ainda que não configure uma agenda. De todomodo, desde a confirmação do Brasil como país sede, aCopa do Mundo FIFA 2014 assume o caráter de princípioorganizador da agenda pública do futebol.
2. A agenda do futebol produz uma série de ações gerenciaispor parte do Estado, mas se destaca o novo ordenamentopor parte do Estado, mas se destaca o novo ordenamentolegal referente aos temas das garantias governamentais,da segurança nos estádios, da gestão e do financiamentodos clubes.
3. Há uma retomada e intensificação do diálogo, por parte doEstado, com atores tradicionais como a CBF, as Federaçõese os grandes Clubes de futebol.
“Um novo ponto de partida… o presidente torcedor”o presidente torcedor”
O Lulismo de chuteiras
“Nós vamos fazer não
apenas a Copa do
Mundo, mas a melhor
Copa do Mundo, sem o
fiasco do resultado final
da Copa de 50.
Para isso, companheiro Para isso, companheiro
Ricardo Teixeira, você
precisa mandar olhar
mais o time do
Corinthians.”
Cerimônia de assinatura dos termos de cooperação com as 12 cidades-sede
Palácio Itamaraty, 13 de jan. 2010