I Encontro nacIonal dE Irmãos lEIgos FrancIscanos · Encontro para casais franciscanos ......

56
PROVíNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIçãO DO BRASIL | AGOSTO - 2015 | ANO LXII • N o 06 | I ENCONTRO NACIONAL DE IRMÃOS LEIGOS FRANCISCANOS CONFIRA: INFORMAÇÕES, PROGRAMAÇÃO E ARTIGO SOBRE A VOCAÇÃO DO FRADE MENOR Piero Casentini

Transcript of I Encontro nacIonal dE Irmãos lEIgos FrancIscanos · Encontro para casais franciscanos ......

Província Franciscana da imaculada conceição do Brasil | AGOSTO - 2015 | ANO LXII • No 06 |

I Encontro nacIonal dE Irmãos lEIgos FrancIscanosconFIra: InFormaçõEs, programação E artIgo sobrE a vocação do FradE mEnor

Pier

o Ca

sent

ini

Província Franciscana da imaculada conceição do BrasilRua Borges Lagoa, 1209 - 04038-033 | Caixa Postal 57.073 - 04089-970 | São Paulo - SP

www.franciscanos.org.br | [email protected]

Sumário

Mensagem do Ministro Provincial “Tempo de graça e bênção..........................................................................................................................................................................403

FORMAÇÃO PERMANENTE “Formar para a evangelização e para a missão”, de Frei César Külkamp....................................................................406

SAV Frei Sérgio Silas é ordenado presbítero em São Bernardo ...................................................................................................408 Colatina: 150 jovens nas Missões Franciscanas ............................................................................................................................415 Último encontro vocacional reúne 21 jovens ...............................................................................................................................416 Ituporanga: 11 jovens de Santa Catarina e Paraná no encontro ....................................................................................417

FORMAÇÃO E ESTUDOS Rodeio: “Retalhos de uma espiritualidade”, de Frei Kaynan Cappucci ........................................................................418

FRATERNIDADES O retiro dos frades no Largo da Carioca .............................................................................................................................................420 O Retiro dos frades no Convento São Boaventura ....................................................................................................................422 Regional de Curitiba já se prepara para o Capítulo Provincial ..........................................................................................423 Encontro do Regional do Espírito Santo ............................................................................................................................................424 Encontro do Regional de São Paulo......................................................................................................................................................425 Encontro do Regional de Agudos ..........................................................................................................................................................426 “Seduziste-me, Senhor!”, poema de Frei Walter Hugo.............................................................................................................426 Depoimento: “Onde houver alegria...” ...................................................................................................................................................427 Festa na Fraternidade de Bragança Paulista ....................................................................................................................................428 Caminhada Franciscana da Juventude em Curitiba ................................................................................................................428 Sorocaba: entronização da imagem de Nossa Senhora das Bodas de Caná........................................................429 Livros mostram a presença franciscana no Sudoeste do Paraná ...................................................................................429

FIMDA Angola: Passeio e safári no Parque Nacional de Kisama ........................................................................................................430

EVANGELIZAÇÃO Projeto Amazônia: convite ............................................................................................................................................................................432 Rádios Coroado AM e Movimento FM em destaque ..............................................................................................................434 Vale a pena fazer rádio: depoimento ....................................................................................................................................................434 Rede Celinauta conquista mais dois prêmios em nível estadual ...................................................................................435 Sefras: 15 anos a partir do Largo São Francisco ............................................................................................................................436 USF: Ações solidárias da Pastoral Universitária e Fisioterapia .............................................................................................437 Bom Jesus: Educação Franciscana no Congresso Nacional da ANEC ........................................................................437

CFMB Encontro Nacional de Jovens Franciscanos: Província será sede em 2018 ............................................................438

FFB Nova sede da OFS na Prainha ....................................................................................................................................................................442 Encontro para casais franciscanos ..........................................................................................................................................................442 I Encontro Nacional de Irmãos Leigos em Agudos ...................................................................................................................443 “A vocação do frade menor (leigo): a única, de fato, na vida franciscana”, artigo de Frei Walter de Carvalho Júnior ............................................................................................................................................446

CAPÍTULO PROVINCIAL Notícias da Comissão Preparatória do Capítulo Provincial ..................................................................................................450 Frei Nestor inicia visita canônica ...............................................................................................................................................................451 Capítulo Provincial: Carta de Informações aos Irmãos............................................................................................................452

NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES Artigo: Beatificação de Dom Romero, de Frei Luiz Iakovacz ..............................................................................................454 Falece Ir. Othildes .................................................................................................................................................................................................455 Falecimento da mãe de Frei André Becker ......................................................................................................................................455 Da Secretaria Provincial ...................................................................................................................................................................................455

AGENDA .............................................................................................................................................................................................................456

| Comunicações | Agosto 2015 | 403

Mensagem

nossa Província Francis-cana da Imaculada Con-ceição do Brasil, desde o

último dia 09 de julho conta com a presença de Frei Nestor Inácio Schwerz, OFM, da Província de São Francisco de Assis, eleito pelo Ministro Geral com seu Definitó-rio, para realizar a VISITA CA-NÔNICA na nossa Fraternidade Provincial. Para nós, esta visitação é tempo de graça e de bênção na preparação do nosso Capítulo Provincial, que será celebrado no seminário Santo Antônio de Agudos, SP, entre os dias 18 a 26 de janeiro de 2016.

Aqui exprimo nossa gratidão ao Ministro Geral, Frei Michael A. Perry e seu Definitório que, para substituir a Frei Valmir Ramos, recém-eleito Definidor Geral, escolheu a Frei Nestor Inácio Schwerz como Visitador Geral para a nossa Província. Em segundo lugar, em nome da Fraternidade Provincial, agra-deço a Deus pela disposição ge-nerosa de Frei Nestor para esta empreitada que ele já iniciou, a começar pela Fraternidade do Convento Santo Antônio e o Regional do Rio de janeiro. Frei Nestor, muito obrigado, bem--vindo e sinta-se em casa!   O nosso agradecimento também se estende ao Ministro Provincial, Frei Inácio Dellazari, e a todos os Confrades da Província São Francisco de Assis (RS).

Frei Nestor, segundo a nossa Regra e Constituições Gerais (cf. CCGG Art. 213 e RB 10,1, RnB 4,2), em nome do Ministro Geral, visita nossas fraternidades com uma missão específica:

tEmpo dE graça E bÊnção

| Comunicações | Agosto 2015 |404

Mensagem

• Conversar com cada um de nós;

• Conhecer as nossas condi-ções;

• Examinar nossas iniciativas; • Fomentar as nossas ativida-

des;• Promover entre nós o espírito

de fraternidade;• Admoestar e confortar a cada

um de nós segundo a Regra;• Corrigir-nos em nome e com

a autoridade do Ministro Ge-ral;

• Relatar ao Ministro Geral a nossa real situação acerca da nossa vida de oração, vida fraterna, vivência dos votos, missão evangelizadora.

Sabemos que para Frei Nes-tor será uma empreitada árdua,

principalmente para quem há pouco concluiu seu mandato de seis anos como Definidor Geral, acrescentado ainda o seu tem-po como Secretário Geral para a Evangelização na Ordem. Porém, esta vasta experiência de conhe-cer a Ordem na sua internacio-nalidade, também é para nós um ganho, um ‘mais’ na nossa cami-nhada de preparação do Capítulo Provincial. Esta jornada cansati-va, dada a dimensão e multiplici-dades das nossas atividades apos-tólicas, certamente será facilitada com a apresentação do Projeto Fraterno de Vida e Missão de cada fraternidade.

Neste tempo de preparação do Capítulo Provincial renovo meu convite a abrirmos e “incli-

narmos o ouvido do nosso cora-ção na obediência à voz do Filho de Deus” (Cord 6). Queremos, como Irmãos e Menores, dóceis à santa operação do Espírito do Senhor, discernir com fidelidade a missão evangelizadora que, o Santo Evangelho nos confere no nosso tempo. Creio que, assim, cada um de nós poderá renovar em si o apelo do Papa Francisco endereçado a toda Ordem dos Frades Menores, na celebração do último Capítulo Geral: “Vocês conquistaram uma autoridade moral junto ao povo de Deus com a minoridade, com a frater-nidade, com a brandura, com a humildade, com a pobreza. Por favor, conservem-na! Não a per-cam! O povo quer bem a vocês, ama vocês”.

Que neste tempo possamos in-tensificar nossas orações uns pelos outros, principalmente no sentido do perdão e da misericórdia, a fim de podermos exaltar Jesus Cristo, que nos congregou numa só famí-lia e nos fez irmãos para evangeli-zar. “Rezar - como acaba de dizer o Papa Francisco, em Guayaquil, no Equador -, nos arranca do pe-rímetro das nossas preocupações, fazendo-nos transcender aquilo que nos magoa, agita ou falta a nós mesmos para nos colocarmos na pele dos outros, calçarmos os seus sapatos”.

Comunico ainda que a Co-missão Preparatória do Capítu-lo reuniu-se nos dias 13 e 14 de julho aqui em São Paulo e novos passos foram dados na perspec-tiva de organização e celebração do Capítulo Provincial. O tema, anteriormente já anunciado, fi-cou assim definido: “EVAN-GELIZAR COMO IRMÃOS E

Mensagem

MENORES”. Já o lema é bíblico, inspirado no serviço do lava-pés: “DEI-VOS O EXEMPLO PARA QUE FAÇAIS A MESMA COI-SA QUE EU FIZ” (Jo 13,15).

Recordo também que no pró-ximo dia 02 de agosto celebramos a Festa de Nossa Senhora dos Anjos e a Indulgência da Porci-úncula (“Perdão de Assis”). Nesta perspectiva, e preferencialmente em diálogo com a toda a Primei-ra Ordem Franciscana e TOR, convido a abrirmos nosso cora-ção ao apelo do Papa Francisco para o Ano/Jubileu Extraordi-nário da Misericórdia (“Miseri-cordiae Vultus”) que se inicia na

Solenidade da Imaculada Con-ceição (08 de dezembro de 2015) e se encerra no próximo ano, na Solenidade de Cristo Rei (dia 20 de novembro de 2016). Este Ano da Misericórdia, com várias pro-posições pastorais indicadas pelo Papa Francisco, deverá despertar em nós, Frades Menores, uma profunda reflexão acerca da Mi-sericórdia, tão querida por São Francisco de Assis, e com uma motivação a mais: no próximo ano vamos celebrar o VIII Cente-nário do “Perdão de Assis”.

E para finalizar, em nome da Fraternidade Provincial, quero saudar as IRMÃS CLARISSAS

que no dia 11 de agosto celebram Santa Clara de Assis. A mesma saudação estendemos às IRMÃS CONCEPCIONISTAS que fes-tejam Santa Beatriz da Silva no dia 17 de agosto. Agradeçamos ao Senhor pelo dom da vida con-templativa e que elas sejam en-riquecidas com novas irmãs que respondam generosamente a este chamado vocacional. Parabéns, caríssimas Irmãs! A vocês nossas felicitações e bênçãos! E de vocês mendigamos as preciosas orações pelo bom êxito do nosso Capítulo Provincial.

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM-Ministro Provincial

Assessor: Frei Vitório Mazzuco Filho, professor do ITF

Objetivo: Conhecer e aprofundar textos das Fontes Franciscanas e Clarianas e colher daí uma Espiritualidade que ilumine nossas práticas.

Data de início e carga horária:Quintas-feiras, das 19h30 às 22h00, de 13/08 a 26/11, na sede do ITF, perfazendo 50 horas.Inscrição: R$ 20,00 e Mensalidade: R$ 80,00

novos cursos do ItFconflitos socioambientais e direitos humanos à luz da encíclica laudato sí, do Papa FranciscoAssessora: Francine Damasceno Pinheiro, Doutora em Ciências Sociais

ObjetivoPensar alternativas ao atual modelo de desenvolvimento que contemplem a justiça ecológico-social, comprometendo-se com a defesa da vida e dos pobres, maiores prejudicados com o atual modelo econômico devastatório.

Data de início e carga horária:Terças-feiras, das 19h30 às 22h00, de 11/08 a 24/11, na sede do ITF, perfazendo 50 horas.Investimento. Inscrição: R$ 20,00. Mensalidade: R$ 80,00

espiritualidade a partir de textos de são Francisco e santa clara

| Comunicações | Agosto 2015 |406

ideal evangélico de São Fran-cisco de Assis parte de uma atitude de humildade e devo-

ção para com Deus, com os irmãos e com todo o universo criado. Fran-cisco não economiza palavras para exprimir a devida ação de graças “ao altíssimo e sumo Deus eterno, Trin-dade e Unidade [...], criador de todas as coisas e salvador de todos...” .

Apesar desta postura reverente e despretensiosa, a inspiração do Santo de Assis alcançou uma rele-vância tão grande para a humani-dade toda a ponto de ele ser consi-derado a personalidade do milênio e, em nossos dias, inspirar um pro-jeto de pontificado e de Igreja. Foi com alegria que acompanhamos a Carta Encíclica do Santo Padre, Francisco, intitulada Laudato Si’, sobre o cuidado da casa comum,

que já na primeira linha cita o nome de São Francisco de Assis.

Tudo isso não deve servir para nos gloriarmos de nossa herança bendita, muito maior que os limi-tes da nossa Ordem ou mesmo do Movimento Franciscano, mas, an-tes de tudo, para sermos provoca-dos como herdeiros, a buscarmos possuir e nos deixarmos impelir pelo “Espírito do Senhor e seu san-to modo de operar”, como o fez

Formação Permanente

Formar para a EvangElIZação E para a mIssão“vIvEr o EvangElHo QuE anuncIa”

Frei César KülKamp

| Comunicações | Agosto 2015 | 407

Formação Permanente

ber a revelação de Deus, através da oração do eremita Frei Silvestre, e da Irmã Clara, de que sua trajetó-ria e a da Ordem nascente teria a dupla dimensão contemplativa e apostólica, não deixou de buscar as grutas escondidas e os eremitérios nas altas montanhas, como tam-bém se faz andarilho, missionário de cidade em cidade, acompanha cruzadas e anuncia, com todos os seus recursos e com a própria vida, o Evangelho. “Aquele que se pro-pusera a ser em tudo ‘cristiforme’ não podia deixar de fazer seu e de sua Ordem o preceito de Cristo de evangelizar todas as gentes (Mt 28,19; Mc 16,15)”. E ele fez deste preceito um componente essencial do carisma franciscano.

Na esteira desta tradição, os do-cumentos da nossa Ordem, espe-cialmente as Constituições Gerais, procurando atualizar o carisma aos sinais dos tempos, são unânimes em evidenciar o ideal evangélico de São Francisco e de todo aquele que se aventura responder a esta vocação: “Todos os irmãos participem do múnus evangelizador da Igreja...” “A dimensão missionária é essencial ao nosso carisma: somos uma Fra-ternidade evangelizadora e nossa missão na Igreja é dar testemunho, como irmãos, para tornar conheci-do ‘o bem, todo o bem, o sumo bem, o Senhor Deus vivo e verdadeiro’ (LDA 3). Fomos enviados ao mun-do inteiro para testemunhar ‘sua voz com a palavra e com as obras e fazer saber a todos que não existe outro onipotente senão Ele’ (COrd 9).”

Em nossa busca vocacional esta é a paixão que move e dá sentido àquilo que como frades menores queremos ser e fazer. O Evangelho, nossa Forma de Vida, é o próprio Ressuscitado, o “Amor que não é amado” e que queremos amar. É Ele quem pede de nós sermos seus con-

tinuadores na Sua obra de transfor-mação do mundo, com nossa voz, nossos braços, nosso coração, e, como franciscanos, em fraternidade e com os nossos valores. Itinerantes e livres dos aparatos mais comple-xos, da vaidade egoísta, da apropria-ção da mensagem e dos lugares, da dominação dos destinatários, nossa única riqueza é a pobreza evangéli-ca e nosso instrumental é o compro-misso com a santidade e a coerência de vida. Nosso objetivo é estar no mesmo patamar dos destinatários da mensagem.

Desta forma, em todas as fases da vida, é preciso formar-se para a ação evangelizadora. E esta não consiste apenas em devocionalismo e sacramentalização, ainda que estas coisas estejam em moda e ofereçam resultados imediatos. Também não é um conjunto de ritos com fórmu-las repetidas ou, pior, com exibição de paramentos e alfaias. Trata-se de dizer a fé, a fé no Verbo encarna-do, na proximidade do nosso Deus e procurar chegar ao coração das pessoas. E, como não se cansa de insistir o Papa Francisco, agir com misericórdia para que elas sintam saudade de Deus.

Nosso testemunho será tanto mais coerente e eficaz se, revesti-do de modéstia, for discreto e não ambicionar mais do que prestar um serviço humilde. Deve trans-parecer a qualidade de nossa vida fraterna e as fraternidades preci-sam se converter em “albergues do Ressuscitado”, lugares de acolhida e que, por um itinerário ordena-do de formação permanente, nos ajudem a amadurecer em nossa experiência de fé, em nossa res-posta vocacional e carismática e na corresponsabilidade com a missão da Igreja no mundo, a de ser ins-trumento da Comunhão de Deus e das pessoas.

de forma incessante e com todo o seu ser, o pobrezi-nho de Assis.

Partindo desta experiên-cia de nossa fonte originária e também dos documentos da Igreja para a vida consa-grada, podemos dizer que precisamos caminhar, em termos de formação, muito além da compreensão desta como uma série de progra-mas de uma certa fase para preparar para uma outra ação em um outro perío-do da vida. Ainda mais no tempo em que estamos, com mudanças rápidas e substanciais, é muito difícil dizer que estamos devida-mente capacitados para nos inserirmos, como religiosos, nas múltiplas realidades do mundo e da Igreja. “Se, de fato, a vida consagrada é, em si mesma, uma «progressiva assimilação dos sentimen-tos de Cristo», parece evi-dente que um tal caminho não poderá durar senão toda uma existência, para comprometer toda a pessoa,

coração, mente e forças (cfr. Mt 22, 37), fazendo-a semelhante ao Filho que se doa ao Pai pela humanidade. Assim entendida, a formação não é mais apenas um tempo pedagógico de preparação para os votos, mas representa um modo teológico de pensar a própria vida consagrada, que é, em si, uma formação jamais terminada, uma «participação na ação do Pai que, através do Espírito, plasma no coração (...) os sentimen-tos do Filho».”

Se esse processo dura a existên-cia toda, é evidente que Formação e Evangelização não podem estar separados. Francisco não separa estas dimensões. Depois de rece-

Pier

o Ca

sent

ini

| Comunicações | Agosto 2015 |408

SAV

ordEnação prEsbItEral

Ministério que hoje assumo não é um privilégio; é graça”. Com esta afirmação, dita e

repetida diversas vezes em suas pa-lavras de agradecimento, Frei Sérgio Silas Damasceno recebeu, neste sá-bado, dia 04 de julho, a ordenação presbiteral. No mesmo discurso, o neo-sacerdote se comprometeu a se colocar a serviço do povo de Deus

como presbítero franciscano, tendo como parâmentro Cristo do Lava--Pés, que se fez servo, e do Cristo po-bre, humilde e crucificado, tão caro a São Francisco de Assis. A celebração ocorreu na Basílica Menor de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Cen-tro de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e começou às 16h. A cerimônia foi presidida de forma discreta, serena e piedosa por Dom Nelson Westrupp, administrador

apostólico da Diocese de Santo An-dré, à qual pertence também o mu-nicípio de São Bernardo.

Concelebraram o Ministro Pro-vincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, o Pároco da Paróquia de Nossa Se-nhora da Boa Viagem, Padre Giuse-ppe Bortolato, anfitrião da festa, o Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, comunidade natal de Frei Sérgio Silas, Padre An-tonio Luiz de Araújo (Padre Toni-

FrEI sérgIo sIlas damascEno

“o mInIstérIo QuE HojE assumo não é um prIvIlégIo; é graça”

Frei GUsTaVO meDella

| Comunicações | Agosto 2015 | 409

SAV

ordEnação prEsbItEral

nho), além dos confrades do Regio-nal de São Paulo, o coordenador da Fraternidade de São Sebastião, SP, e pároco da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, onde Frei Silas reside e atua, Frei Paulo Santana, colegas de turma e formadores. Também marcaram presença confrades es-tudantes de Petrópolis (Teologia) e Campo Largo (Filosofia). Estive-ram presentes ainda os familiares do ordenando, com destaque para sua mãe, Maria Aparecida, além de amigos das diferentes épocas e dos diversos lugares por onde Frei Sér-gio Silas passou e viveu.

A celebração transcorreu de forma tranquila, com serviço mui-to eficiente dos dois diáconos, dos acólitos, leitores, ministros e da equipe de música. Frei Diego Melo, do Serviço de Animação Vocacio-nal, esteve nos comentários. Os cantos eram fáceis e conhecidos, porém profundos em suas letras e foram entoados com entusiasmo pela assembleia.

Na homilia, Dom Nelson, que é religioso da Congregação do Sa-grado Coração de Jesus (SCJ), falou com muito carinho e desenvoltura sobre os aspectos próprios da espi-

ritualidade franciscana. Exaltou a figura de São Francisco de Assis e relembrou que a primeira vocação daquele que se propõe a seguir o Santo de Assis não é a de ser sacer-dote. “Para o religioso franciscano, o sacerdócio é uma maneira de se co-locar a serviço da Igreja e do mun-do ao modo de São Francisco, exer-cendo o ministério com profunda caridade, senso de fraternidade, de maneira simples e salvaguardando os bens da criação”, frisou o bispo. Dom Nelson também exortou Frei Sérgio Silas a buscar inspiração em Maria e lembrou, citando o Papa

| Comunicações | Agosto 2015 |410

SAV

Francisco, que a vocação é um presente e que ninguém “compra ingresso” para ser um sacerdote, mas é chamado por Deus. Nesta consideração, o bispo foi ao encontro do lema escolhido por Frei Silas para marcar o seu compromis-so sacerdotal “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16).

Houve diversos momentos emocionantes. A vestição foi um deles, quando Frei Silas foi revestido com as vestes sacerdotais, contando com o auxílio de Frei Paulo Santana, seu coordenador, e Frei César Külkamp, formador do neo--sacerdote em diferentes etapas da caminhada franciscana. Nesta hora, toda a assembleia entoava o clássico “A Ti, meu Deus” em plenos pulmões. Outro momento em que muitos ficaram com os olhos marejados foi logo após o rito da unção das mãos, quando Frei Silas, após tê-las ungidas e amarradas por Dom Nelson, apresentou-as à sua mãe, Maria Aparecida, que soltou o laço e recebeu, em prantos, a primeira bênção do mais novo padre.

Também merecem menção e destaque os momentos em que a Igreja lotada viveu um clima de profundo recolhimen-to e oração, como na hora da Ladainha de todos os Santos, quando o ordenando, deitado no chão, recebeu as preces de

| Comunicações | Agosto 2015 | 411

SAV

intercessão das Igrejas da terra (a assembleia ali reunida) e do céu (os santos e santas que participam da glória eterna de Deus). No rito de im-posição das mãos, um silêncio pro-fundamente orante encheu a grande igreja basílica de Nossa Senhora da Boa Viagem. Durante a oração eu-carística, Frei Sérgio Silas fez uma prece especial na intenção de seu pai, Amadeu Damasceno, falecido quan-do o frade ainda era criança.

Falando em nome de todos os frades, o Ministro Provincial fez um grande agradecimento a todos, des-de a família, aos párocos e às comu-nidades das duas paróquias que aco-lheram e preparam a festa, ao Bispo, Dom Nelson, à família de Frei Sérgio Silas e a todos os presentes. No final, com voz animada, convidou todos a rezarem para que haja cada vez mais

vocações religiosas e sacerdotais. Logo após a celebração, todos fo-ram recebidos com um farto lanche oferecido pela comunidade no salão paroquial.

colEgas dE turma comparEcEm Em massa

Fato que chamou a atenção na ordenação de Frei Sérgio Silas foi a presença considerável de seus cole-gas de turma do tempo de seminário, tanto entre os que permaneceram na caminhada franciscana quanto os que trilharam outros caminhos. En-tre os frades, estavam: Frei Jeâ Paulo Andrade, que atualmente reside no Convento da Penha, em Vila Velha, ES; Frei Clauzemir Makximovitz da Fratenidade Nossa Senhora da Boa Viagem, na Rocinha, Rio de Janeiro; Frei Marcos Prado dos Santos, que

está em Santo Amaro da Impera-triza, SC, Frei André Luiz da Rocha Henriques, residente em Florianó-polis, e Frei Rodrigo da Silva Santos, atualmente no Seminário São Fran-cisco, em Ituporanga, SC.

dIocEsE Em procEsso dE sucEssão

O bispo ordenante, Dom Nelson Westrupp, está como Administra-dor Apostólico, mas já teve sua re-núncia aceita pelo Papa Francisco. Dom Nelson terá como sucessor na Diocese de Santo André Dom Pedro Carlos Cipollini, que veio transferi-do da Diocese de Amparo, interior de São Paulo. A posse do novo bispo está prevista para o dia 26 de julho, às 16h, na Catedral de Nossa Senho-ra do Carmo, no Centro de Santo André.

| Comunicações | Agosto 2015 |412

SAV

ingida com as cores do hábito franciscano e com a saudação franciscana de Paz e Bem na “ponta da língua”, a cidade de São Bernardo do Campo

foi o local da ação de Deus e de sua graça, especial-mente neste domingo, 5 de julho de 2015. Na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Frei Sérgio Silas Dasmasceno, ordenado no sábado presbítero da Igre-ja, celebrou suas primícias. Durante o processo todo de discernimento ao chamado de Deus em sua vida, a Eucaristia foi fonte inestimável e irrenunciável. Agora, pela primeira vez, é Frei Sérgio Silas quem preside o Sacramento da Eucaristia. E essa celebração foi literal-mente em ação de graças.

Na procissão de entrada, todos tomavam seus luga-res em meio a uma assembleia feliz que comparecia para celebrar sua vida e sua missão na vocação de Frei Sérgio Silas. Famílias e pessoas da comunidade que receberam

a prImEIra mIssaFrei ClaUzemir maKximOViTz

e ériKa aUGUsTO (FOTOs)

Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima

| Comunicações | Agosto 2015 | 413

SAV

as visitas missionárias, que rezaram ao longo da semana pelo novo presbítero e por todas as vocações, se viam agora participando da alegria esperada com tanto em-penho.

No início da missa, o pequeno Pedrinho, revestido com os trajes do hábito franciscana, declarava para todos, ao ser perguntado por Frei Diego, que ele queria ser “pa-dre, coroinha e papa”! Sua alegria e felicidade inocentes e puras eram talvez a melhor imagem desse povo que se sentia justificado em sua fé, em sua oração pelas voca-ções, e com tanta esperança depositada agora no trabalho e missão de Frei Sérgio Silas e de todos os ministros do Reino do Céus.

Frei Sérgio conduziu com segurança e devoção toda a celebração, acompanhado atentamente por todos os seus amigos, parentes, confrades e povo que participava da ce-lebração.

Frei César Külkamp, formador presente em boa parte do tempo de formação de Frei Sérgio Silas, foi convidado a fazer a homilia de sua primeira missa, como é costu-me entre os frades. Ressaltou a caminhada vocacional de Frei Sérgio, desde o despertar do primeiro chamado à ca-minhada na Província e na Ordem Franciscana. Sobre a

Frei César, o pregador, e o Pe. Antoninho (abaixo)

| Comunicações | Agosto 2015 |414

SAV

liturgia da Palavra, ressaltou o Evan-gelho, que dizia que nenhum profeta é bem recebido em sua própria terra, e lembrou a estranheza que deve ter causado a todos que conheciam as “peripécias” do jovem Sérgio Silas quando este decidiu aproximar-se da Igreja e buscar a vida francisca-na. Mas, como diz o lema escolhido, “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi”, o chamado

de Deus vem para o serviço, bem na dinâmica do sacerdócio franciscano, tão ressaltado por Frei Sérgio e pelo Bispo, Dom Nélson, na ordenação, no dia anterior.

Após a celebração eucarística, um almoço foi oferecido pela paróquia aos familiares, confrades e todos que vieram de fora para a celebração.

“Caro Frei Silas, Deus está con-tigo! Anime-se e não se dispense da

missão de ser um sinal e símbolo da presença de Deus… Que o mundo de hoje receba a profecia da Boa Nova através de ministros do Evangelho que irradiem a alegria de Cristo. Ser sacerdote é, sobretudo, abrir-se aos outros como irmão! E ser irmão é a grande contribuição do nosso ca-risma franciscano para o mundo de hoje” (conclusão da homilia de Frei César).

chuvoso, não atrapalhou a disposição dos missionários, comprometidos com as visi-tas, bênçãos e com a ação de graças maior pela vocação de Frei Sérgio Silas. A Matriz Nossa Senhora do Rosário de Fátima recebeu as visi-tas. E o dia foi coroado com uma belíssima celebração eucarística onde Frei Sérgio Silas renovou sua fidelidade à Igreja, ao seu legítimo su-perior.

A missa foi repleta de emoção. Com a temática da vocação sacerdotal, o Evan-

IntEnsa sEmana mIssIonárIa Em são bErnardo

Frei ClaUzemir maKximOViTz

São Bernardo do Campo se tornou uma cidade franciscana na semana que antecedeu à Ordena-ção Presbiteral de Frei Sérgio Silas Dasmasceno. Especialmente a Pa-róquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no bairro Ferrazópolis, em que Frei Sérgio passou sua in-fância e adolescência. O Pároco, Pe. Antoninho, como é carinhosamen-te chamado pelo povo que tanto o estima, acolheu franciscanamente

a comitiva de frades que permane-ceu ali até o domingo. No dia 30/6, Frei Diego presidiu a Missa do En-vio. No primeiro dia do Tríduo, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Frei Sérgio Silas celebrou a renovação de sua Pro-fissão de Fé. Já no segundo dia, as comunidades de São Vicente e São José receberam a visita dos frades, e na comunidade São José, Frei Sérgio Silas renovou seu compro-misso de vida religiosa durante a Santa Missa. O último dia, mesmo

gelho escolhido foi o do Lava-Pés, brilhantemente celebrado com o convite ao futuro presbítero de la-var os pés de quem tanto lhe ser-viu e torceu por sua felicidade, de quem tantas vezes velou pela sua saúde e necessidades: ao término da homilia, Frei Sérgio Silas lava os pés de sua mãe, Dona Maria Apa-recida, antecipando sua vocação ministerial (= de servir) no pres-biterado. As lágrimas de sua mãe caiam sobre as mãos que lhe lava-vam os pés...

| Comunicações | Agosto 2015 | 415

SAV

legria, esperança e fé resu-mem o que foram as Missões da Juventude Franciscana no

Estado do Espírito Santo, realizadas de 17 a 19 de julho, na Paróquia San-ta Clara de Assis, em Colatina. Cerca de 150 missionários atenderam ao apelo da Fraternidade de Santa Clara e do Serviço de Animação Vocacio-nal da Província da Imaculada para anunciar e levar a alegria do Evange-lho a todos.

Este encontro, contudo, come-çou muito antes, na preparação, com inúmeras pessoas dispostas a organi-zar e trabalhar para que tudo acon-tecesse de maneira agradável e fosse bem vivenciado por todos. E assim o foi, quando já no dia 17 de Julho, às 19 horas, no Santuário do Divino Es-pírito Santo, em Vila Velha, houve a missa de envio dos jovens missioná-rios. Presidida pelo pároco Frei Pau-lo Roberto Pereira e concelebrada por Frei Clarêncio Neotti, Frei Diego Atalino de Melo e Frei Jeâ Paulo de Andrade, além dos frades estudantes de filosofia Júnior Mendes e Davi Be-linelli, a celebração foi marcada pela animação e presença dos jovens que

iam chegando diretamente de seus trabalhos, aos poucos. Estando os dois ônibus lotados, partiram em di-reção a Colatina, onde chegaram por volta das 23h.

No sábado pela manhã houve um momento de formação com Frei Diego Melo, para explicitar mais claramente o caráter missionário do cristão, especialmente do francisca-no, e o modo como acolher, levar a palavra de Deus, a bênção e a escuta a todos os que precisam.

Após o almoço todos foram dire-cionados para os setores definidos, que ao todo somavam sete comuni-dades que receberiam os jovens. E assim os jovens partiram pelas ruas de Colatina cantando, saudando as pessoas, acolhendo e partilhando a Palavra de Deus com seu jeito jovem e espontâneo de ser. Encontrar Cristo nas mães, pais, filhos, filhas, pessoas que por vezes estavam passando por momentos difíceis, mas que muito se alegravam ao pedir a bênção de Deus para as suas casas, na esperança de que no Senhor todas as dificuldades poderiam ser superadas. Experiência forte e marcante foi a de ser portador do consolo e da força de Deus tam-bém para os enfermos, que mesmo

acamados se alegravam por ver tan-tos jovens dispostos a evangelizar.

Assim, encerrando o sábado de visitas missionárias, cada comunida-de reuniu-se para celebrar a Eucaris-tia. Depois da celebração e do jantar, os jovens continuaram sua missão com um oportuno tempo de convi-vência com as famílias que os esta-vam acolhendo.

No dia do Senhor, último dia da missão, foi a vez da Comunidade Nossa Senhora da Saúde acolher os quase 200 jovens para a celebração de encerramento das missões, pre-sidida pelo Pároco Frei Gilson Kam-mer e concelebrada por Frei Diego, Frei Mario Stein e Frei Pedro do Nas-cimento Viana. Na celebração, con-duzida de modo alegre e vibrante, não faltou alegria e expectativa após o anúncio de que em breve as mis-sões iriam acontecer em Vila Velha, que então será a anfitriã dos jovens de Colatina.

Já findando a tarde de domingo e após as despedidas, e-mails e what-sapp trocados, os jovens regressaram para suas casas com a certeza de que aquele cansaço e dedicação lhes ti-nham dado ainda mais vigor e âni-mo.

colatIna

150 jovEns nas mIssõEs FrancIscanaslUCas mOreira almeiDa

| Comunicações | Agosto 2015 |

Serviço de Animação Voca-cional da Província encerrou a sequência de três encontros

em seu território, totalizando a par-ticipação de 53 jovens que puderam conhecer um pouco mais do carisma franciscano, bem como aprofundar um pouco mais sua própria vocação e chamado.

O último encontro foi realizado de 26 a 28 de junho, no Seminário Frei Galvão de Guaratinguetá, reu-nindo 21 jovens do Estado de São Paulo.

Esses jovens foram acolhidos pe-los frades e postulantes do Seminá-rio, que chegaram na sexta-feira (26). No final da tarde, o grupo já estava formado para ter belíssimo momen-to de oração utilizando o subsídio da Ordem dos Frades Menores para o cultivo do Espírito de Oração e De-

voção: O caminho que leva ao “lugar do coração”, achegas para descobrir interioridade e silêncio na vida fran-ciscana.

No segundo dia, já no ritmo da formação religiosa da Fraternida-de, os vocacionados iniciaram o dia rezando a Liturgia das Horas e par-ticipando da Santa Missa. Também tiveram oportunidade de se confra-ternizarem com os postulantes e par-ticiparem dos afazeres domésticos da casa. Em seguida, cada jovem voca-cionado pôde partilhar um pouco de suas experiências e ouviram Frei Diego Melo, animador provincial do Serviço de Animação Vocacional, juntamente com Frei Alvaci Mendes da Luz, animador regional do SAV, que de maneira leve e espontânea, abordaram um tema vocacional.

Aproveitando o dia de sol, o gru-

po pôde continuar bebendo do ca-risma franciscano visitando a casa de Frei Galvão, a Catedral onde ele foi batizado e rezou sua primeira Missa. Em seguida, todos se dirigiram para o Mosteiro das Irmãs Clarissas, que fica na Fazenda Esperança, para um momento de partilha sobre o chama-do de Deus e sobre o carisma de São Francisco e Santa Clara. Os vocacio-nados não perderam a oportunidade de esclarecer todas as suas dúvidas com as irmãs, que, muito profunda-mente, responderam às suas interro-gações. No final, as Irmãs Clarissas surpreenderam a todos com uma bênção cantada e derramada sobre todos os vocacionados e frades pre-sentes.

Em seguida, retornando para o Seminário, os vocacionados pude-ram conhecer a Casa de Apoio Sol

ÚltImo Encontro vocacIonal rEÚnE 21 jovEns

SAV

416

| Comunicações | Agosto 2015 |

SAV

Nascente, que acolhe portadores de HIV já em fase bastante avançada. Os moradores da casa ficaram muito felizes com nossa visita e nos relata-ram suas experiências de vida. Cer-tamente foi uma experiência rica e cheia de Deus!

Encerrando o sábado, os voca-cionados, juntamente com os pos-

tulantes e frades da casa, confrater-nizaram-se em um jantar recreativo e terminaram o dia aos pés de Jesus, em um momento de adoração euca-rística.

No domingo, após a Missa cele-brada com o povo da comunidade local, houve momento de avaliação e partilha das impressões, ressaltando

o quão profundo e intenso foi este final de semana vivido em fraterni-dade. A grande lição que se tira desse encontro é que vocação é um chama-do de Deus, a resposta é pessoal, mas a vivência e o caminho são sempre em fraternidade.

Anderson de Moraes Mariano, vocacionado

O Seminário São Francisco de As-sis foi o anfitrião do encontro voca-cional, que, sob a coordenação de Frei Diego Atalino de Melo, reuniu de 19 a 21 de junho todos os vocacionados que estão sendo acompanhados nas fraternidades de SC e PR. Ao todo havia 11 adolescentes, provenientes das fraternidades de Concórdia, La-ges, Gaspar, Rodeio, Forquilhinha e Ituporanga.

Como é próprio deste encontro, os vocacionados puderam conhecer o que é a formação franciscana e esta experiência de discernimento propi-ciada pelo seminário através da con-vivência e da prática das atividades dos próprios seminaristas.

Já no primeiro dia, eles puderam conhecer como são as sessões de im-proviso do Grêmio Literário Santo Antônio, e, logo após, houve uma

Ituporanga: 11 jovEns dE santa catarIna E paranáFrei rODriGO saNTOs

apresentação onde cada um disse quem era e de onde vinha, para que, assim, pudessem ser “apadrinhados” por alguns seminaristas que servi-riam de referência para conhecer a casa e suas peculiaridades.

Foi um final de semana agradável

e muito animado. O grupo dos voca-cionados demonstrou entrosamento e grande alegria por estar neste en-contro. Que Deus os ilumine em sua jornada de discernimento e lhes con-fira coragem para tomar sua decisão com convicção!

| Comunicações | Agosto 2015 |418

o iniciarmos esse longo iti-nerário chamado vida fran-ciscana, tão cedo nos depa-

ramos com conceitos muito bem experienciados, formulados pelos irmãos mais velhos que nos ante-cederam. Para alguns é um longo processo de metanoia, para outros de amadurecimento religioso e hu-mano, de relação com Deus e com os irmãos... é tudo isso e, com cer-teza, muito mais. Muito mais, por-que possui um gigantesco espaço para somas, para homens empíricos

e, principalmente, para cada pessoa do frade que, na sua individualidade (que não é individualismo), costura um pedaço do seu ser ao ser em con-junto franciscano.

A unidade da relação fraterna se faz com, não contra. Se faz no silêncio nu de preconceitos e des-pojado de condenações, se faz na aceitação – louvação das diferenças contidas na existência já amada de cada irmão pelo Sumo Bem; se faz na potencialização daquilo que o Senhor já nos concedeu neste pro-cesso de conversão em conjunto, chamado fraternidade, e na bus-

ca animada daquilo em que ainda precisamos crescer.

Já passados alguns meses, temos a certeza de que a fraternidade ide-al não existe. O que existe concreta-mente é a nossa, de Rodeio: compos-ta por irmãos mais velhos, irmãos mais novos brasileiros e irmãos mais novos angolanos, todos frades. Exis-tem irmãos individuais, que buscam, cada um ao seu tempero, atualizar a mensagem de Cristo, não por pala-vras, mas na própria carne, inclusive nas limitações.

Muitos foram os momentos vi-vidos até agora, muitas foram as

Formação e Estudos

rEtalHos dE uma EspIrItualIdadE

Frei KayNaN CappUCCi

doIs galHos dE uma mEsma árvorE

rodEIoA turma de noviços no meio do semestre: “Estamos caminhando, acertando e errando, mas sempre caminhando...”

| Comunicações | Agosto 2015 | 419

Formação e Estudos

alegrias e tristezas, mas um só foi o tesouro encontrado; mais uma vez, e de novo, a cada dia nos encontramos com a pessoa do próprio Altíssimo no Evangelho. Tesouro este, que só tem o seu valor quando traduzido no ordinário e é con-vivido em fra-ternidade, dia após dia. Estamos ca-minhando, acertando e errando, mas sempre caminhando. Aos poucos, o que antes nos parecia valioso e es-sencial, hoje só nos serve como mero instrumento na busca do ser criatu-ra livre e reconciliada em Deus, em comunhão com os irmãos, que Ele mesmo nos concedeu.

Nenhum franciscano caminha sozinho. O frade menor somen-te é pleno em sua vocação quando o é em relação. De nada adianta penitência e conversão, se nos es-quecemos da fraternidade. É preci-

so integrar. Recentemente, o Papa Francisco ressaltou aos frades que estavam reunidos, por ocasião do Capítulo de Pentecostes, a impor-tância e a força transformadora que a vida fraterna e a minoridade pos-suem. Não são dois pilares dissoci-áveis, mas são pontos que se com-pletam e fazem com que a vivência individual de cada frade esteja em maior comunhão com o ideal e com o Evangelho, parâmetros para toda e qualquer busca sincera.

Nesse itinerário, somos chama-dos, de forma mais intensa no novi-ciado, a refletirmos e experimentar-mos o teor e o tempero que a forma de vida que estamos abraçando pos-sui. A Ordem dos Frades Menores surgiu na Itália e é fruto do chamado que o nosso Pai Francisco recebeu, e da leitura profunda que ele mes-mo e seus primeiros companheiros fizeram dos sinais do tempo, con-frontando-os com o Evangelho. Nós, aqui em Rodeio, nos propusemos a iniciar essa mesma busca. Estamos aqui, brasileiros e angolanos, ten-tando intuir o que o Senhor, o mes-mo que há mais de 800 anos falou a Francisco, quer de nós. Sabemos que a Palavra é concreta, que o chamado é pulsante e que os sinais gritam. O que buscamos, está aí o mais difícil, é a melhor maneira de fazer isso: como ser frade menor em Rodeio, como ser frade menor brasileiro, como ser frade menor angolano? Não frades de ontem, mas frades de hoje. Diante da cultura do provisório, diante da fragmentação social e dos profundos conflitos existenciais...

O noviciado é um ano de pro-funda interiorização, de intensa experiência com o Criador. Talvez esteja exatamente nesse ponto o nos-so profetismo – experimentar (no sentido empírico) o con-viver com o diferente em diá-logo, mergulhar na espiritualidade, nas fontes, no Evan-

gelho, e buscar atualizá-los, não para as próximas etapas, mas exatamente para o agora, no quintal na fraterni-dade pluricultural de Rodeio.

O concretizar esse ideal profeti-camente é, sem dúvida, mais simples do que imaginamos. “Ele é, como diz Frei Matheus Borsoi, um trabalho dinâmico, simples e surpreendente. Nesse colocar-se a caminho encon-tramos de tudo um pouco, diversas situações em que podemos exercitar a nossa paciência, onde podemos fa-zer penitência... onde podemos con-cretizar o ideal, nas situações mais simples e corriqueiras. Viver o caris-ma em nossa casa é trabalhar com, caminhar com... olhar para aquilo que nos une.”

“Quando Deus nos chama ao se-guimento, Ele amplia infinitamente a nossa capacidade de viver esse cha-mado, pois a todo instante somos fortificados com a sua presença. A vida fraterna, base da nossa vida, é possível porque é construída com pequenos gestos e atitudes, como, por exemplo, o ouvir o irmão, o buscar compreendê-lo nas suas fra-gilidades, assim como gostaríamos que fizessem conosco.” (Frei Danilo Santos)

Não podemos deixar que roubem o nosso maior sonho: viver o Evan-gelho. Seja como Frei Miguel Tchite-culo, que almeja estar junto daqueles que mais precisam de ajuda, como missionário, como homem de Deus, que anuncia a Boa-Nova aos neces-sitados, sendo em Deus, seja como Frei Abel Schneider que não se cansa de trabalhar-se no seguimento, seja como o Espírito inspirar, somos fra-des menores, ousando simplesmente não ser maiores.

Que o Bom Deus nos custodie nesse caminhar. Que sejamos, enfim, sinais proféticos de que o Reino de Deus pode sim ser real, no aqui, no agora.

| Comunicações | Agosto 2015 |420

ntre os dias 22 e 26 de julho, aconteceu um Retiro no Con-vento de Santo Antônio, no

Largo da Carioca, na cidade do Rio de Janeiro. Inscritos: 21 confrades. Pregador: Frei Neylor J. Tonin. Na primeira reflexão, o tema foi: Por que fazer Retiro? Seguem-se as respostas de um bom número de participantes.

InÍcIo (por QuE FaZEr rEtIro?)

FREI MARQUINHOS: Vim para matar as saudades, para me encon-trar com os confrades. FREI NAZARENO: Está na hora de dar uma parada e deixar Deus falar. Quero sentir mais sua pre-sença em minha vida. FREI CLAUDINO: Tive dúvidas: vou ou não vou? Quero me desli-gar da casa, das tarefas. Na verda-de, quero me converter. FREI SERGINHO: Desejo reen-contrar o caminho, revestir-me da veste nupcial.

FREI PAULO CÉSAR: Desejo me realimentar das fontes verdadeiras. Parar é importante. FREI FABIANO: Encontrar-me mais profundamente com Deus. FREI ALAMIRO: Às vezes, prefi-ro o retiro antigo, ficando sozinho no deserto, numa montanha. Os frades se amam e se odeiam. Que-ro me encontrar com eles. FREI DIVINO: Pensei em passear no Rio e de reencontrar meus con-frades. Estou buscando um jeito novo de retiro. FREI CARLOS BRANCO: Estou buscando um novo sabor de Deus. FREI TADEU: Quero escutar. Escutar o que Deus quer de mim. Somos muito mecânicos. Desejo chegar a uma boa confissão. Estou aberto e buscando meus caminhos. FREI ÂNGELO: Estou rezando para ter novas luzes. Não quero perder o compasso da vida. FREI GAUDÊNCIO: Quero escu-tar Deus. Desejo que Ele apareça mais em minha vida e desejo sabo-

reá-lo mais. FREI REINALDO: Escolhi este retiro porque conheço o pregador e sei que ele é verdadeiro. FREI JORGE: No começo, pensei apenas em cumprir tabela. Agora, quero escutar mais Deus e buscar o sentido verdadeiro da vida. FREI SAMUEL: Desejo buscar a centralidade da vida, junto com os irmãos. FREI LUÍS ALIBERTI: Desejo en-contrar a Palavra de Deus. Como franciscano. Não quero perjurar, mas ser mais fiel. FREI ROZÂNTIMO: Com a aju-da dos irmãos, pretendo me tornar mais forte.

conclusão (como FoI o rEtIro?)

Na avaliação final, no último dia, eis como se expressaram os retirantes:

FREI MARQUINHOS: Valeu a pena e muito. A fraternidade foi sentida e celebrada.

o rEtIro no largo da carIoca

Fraternidades

| Comunicações | Agosto 2015 | 421

Fraternidades

FREI DIVINO: Valeu muito, não me senti frustrado. Conhecendo o pregador, sabia que ia dar certo. Agradeço muito. Foi um ótimo re-tiro. FREI ÂNGELO: Obrigado à Casa. O esquema do retiro foi surpreen-dente. A gente não viu o retiro pas-sar. De fato, fizemos um retiro. Foi superior às minhas expectativas. FREI ALDECI: Muito bom. Estou voltando feliz para casa, revigora-do. O retiro não foi cansativo. Foi prazeroso. Em outros, reza-se para que acabe. Neste, não. Quero ou-tros retiros com Frei Neylor. FREI FELIPINHO: Houve mui-ta participação. Não foi ditatorial. Frei Neylor foi grandemente inspi-rado. FREI GAUDÊNCIO: Também quero mais retiros com Frei Neylor. Ele sabe lidar com os ouvintes. FREI FABIANO: Muito bom. Eu quase não falava nas partilhas, mas hoje me sinto destrancado. FREI CARLOS BRANCO: O esquema foi muito bom. Os tex-tos para as partilhas foram ricos. Agradeço muito.

FREI NAZARENO: A convivên-cia entre todos foi excelente. Os temas, muito bons. O jeito do pre-gador encantou a todos. Caminha-mos juntos. FREI REINALDO: Foi como eu esperava. As partilhas entre os confrades foram excelentes. FREI ALAMIRO: O ambiente da casa foi muito bom. FREI JORGE: Textos e temas es-colhidos pelo pregador foram óti-mos. A Via Sacra foi um dos pon-tos altos. Teria gostado de mais tempo de sacrário. FREI SAMUEL: Só posso dizer que foi muito bom. Aproveitei muito. FREI LUÍS ALIBERTI: Só quero incensar o pregador. FREI ROZÂNTIMO A. COSTA: Teorias, discursos e largas palestras não sustentam uma fé sólida capaz de mudar mentalidades, maneiras de pensar e, consequentemente, mudar uma vida. Creio que essa foi a grande “lição” que levo desse reti-ro tão bem conduzido pelo confra-de Frei Neylor José Tonin que, por incrível, também unindo-se a nós,

como se participante fosse, condu-ziu, por breves e instigantes temas, que “ruminávamos” diante do Sa-crário, o nosso deserto... Apren-dendo a ouvir a voz interior e a seguir minhas intuições, buscando assim uma adesão pessoal, que era partilhada no grande grupo, de uma maneira fraterna e terapêuti-ca. Concluí sobre a necessidade de fazer uma parada em minha vida agitada, para respirar espiritual-mente e parar de tirar o “D” e o “S” de DEUS, não dizendo somente “EU”. Trago também a lembrança da convivência fraterna, alegre e entusiasmada dos confrades. E ao mestre Frei Neylor, minha grati-dão, por tanto sabor-sabedoria na direção e escolha dos temas não de mais um retiro entre tantos, mas “O Retiro”. FREI CARLOS BRANCO: O re-tiro para mim foi surpreendente no tocante ao modelo empregado. Foram usados muitos textos, mas todos breves, de maneira que não cansou, com uma pergunta dire-cionada no final. Todos os retiran-tes participaram dos comentários e também partilharam experiên-cias que enriqueceram o retiro. O modelo funcionou porque não dispersou os retirantes. É verdade que alguns abordaram assuntos que fugia do tema, mas foram res-peitados e puderam manifestar-se de alguma forma. Algumas per-guntas foram bem desconcertan-tes, no sentido de uma provoca-ção aos necessitados de retomar a direção inicial da vocação. Para mim foi um ótimo retiro. Não te-nho o que reclamar ou reivindicar para ser melhor. Agradeço ao Frei Neylor a dedicação em ter prepa-rado bem este retiro e o carisma da comunicação. Que o Deus das mi-sericórdias e bondade o abençoe e proteja sempre.

Procedência de nascimento:1 alemão – Marcos Hollmann1 sergipano – Reinaldo Menezes1 paranaense – Ângelo Vanazzi3 fluminenses/cariocas – Carlos Alberto Branco A., Paulo César M. Borges e Samuel4 paulistas – Luís Aliberti, Reinaldo Parisi (não pode participar), Rozântimo e Sérgio Souza (Serginho)4 mineiros – Alamiro, Aldeci, Felipe G. Alves (Felipinho) e Tadeu7 catarinenses – Antônio Moser (não pode participar), Claudino, Gaudêncio, Fabiano Kessin, Jorge Paulo Schiavini, Nazareno e Valdevino (Divino)

mais jovens Frei Jorge Paulo Schiavini – 37 anos Frei Reinaldo Menezes – 40 anos mais idosos Frei Gaudêncio Sens – 83 anos Frei Felipe Gabriel Alves – 83 anos média de idade 60 anos juBilados de Prata e ouro, de vida religiosa ou de sacerdócio 19 confrades, menos dois ParticiPantes:21 inscritos Textos anotados e enviados, salvo enganos, pelo pregador

rEtIrantEs: curIosIdadEs

Fraternidades

urante os dias 13 a 17 de julho, aconteceu, no Con-vento São Boaventura, em

Campo Largo (PR), o retiro para os frades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Cerca de quarenta frades participa-ram de momentos de oração, refle-xão, partilha e convivência. Além

disso, puderam desfrutar da beleza natural do local, propício para ca-minhadas e contemplação da na-tureza, que se revela desde as mais pequeninas flores até as frondosas araucárias.

O pregador do retiro foi Frei João Mannes, guardião do con-vento, que pautou sua reflexão nos seguintes temas: a importân-cia de realizar um retiro, frater-

nidade e vida consagrada. Além disso, Frei João se baseou em autores como o místico Mestre Eckhart, o Santo Pai Francisco, o Doutor Seráfico São Boaventura e o Papa Francisco.

Assim, os frades participantes puderam revigorar em si o espíri-to de oração e devoção, tido como primordial aos frades por Francis-co de Assis.

mais iNFOrmaÇÕes:Frei João Mannes - E-mail: [email protected] - Fone: (041) 9134-4969site da Fraternidade são Boaventura - www.franciscanosrondinha.com.br

PROFESSORESFrei Fábio Cesar Gomes. Doutor em Teologia, com espe-cialização em espiritualidade Franciscana.Frei Fidêncio Vanboemmel. mestre em espiritualidade Franciscana.Frei João Mannes. Doutor em Filosofia, com especializa-ção na Filosofia mística de são Boaventura.

por ocasião do “ano da Vida Consagrada”, proclamado pelo papa Francisco, a Fraternidade Franciscana são Boaventura, em Campo largo, rondinha (pr), oferece o Curso sobre A Vida Consagrada de São Francisco e Santa Clara de Assis e na Igreja hoje.

rEtIro no convEnto são boavEnturaFrei GaBriel DellaNDrea

| Comunicações | Agosto 2015 | 423

Fraternidades

s frades do Regional de Curitiba reuniram-se, no dia 22 de junho, na Fraternida-

de Bom Jesus da Aldeia para mais um encontro. Na pauta, o estudo e a partilha dos projetos apresentados por duas frentes de evangelização da Província, a saber, “Educação” e “Paróquias e Santuários” e que serão matéria do próximo Capítulo Pro-vincial. Após o relato de Frei João Mannes sobre o histórico e a reda-ção de cada documento, os confra-des foram organizados em grupos

a fim de apresentarem pareceres e contribuições, posteriormente reco-lhidas em plenário.

O período da tarde foi reservado para as comunicações das fraterni-dades, destacando-se a organização da “Caminhada Franciscana da Ju-ventude”, a se realizar entre 19 e 20 de setembro, tendo início no Convento São Boaventura, e o “Congresso Na-cional de Educadores Franciscanos”, que acontecerá nas dependências do Colégio Bom Jesus entre 30 de no-vembro e 03 de dezembro próximos, contando com a presença do Minis-tro Geral da Ordem. Esses eventos

mostram a união das fraternidades em prol da evangelização da juven-tude, uma marca do Regional.

Seja pela vivência fraterna, seja por ações pastorais, os frades vão se preparando para o Capítulo Pro-vincial que se anuncia, tempo de graça e renovação. Nesse sentido, a presença do Visitador Geral, Frei Nestor Inácio Schwerz, nas frater-nidades do Regional de Curitiba, prevista para o início de setembro, tem tudo para ser um momento rico de diálogo e fortalecimento da vocação franciscana. Em louvor de Cristo. Amém!

rEgIonal dE curItIba no rItmo da prEparação para o capÍtulo provIncIal

Frei VaGNer sassi

| Comunicações | Agosto 2015 |424

Fraternidades

dia 22 de junho foi de muito alegria para as fraternidades do Espírito Santo, pois logo

cedo os treze frades e os dois aspi-rantes de Vila Velha embarcaram no trem rumo à cidade de Colatina, no Norte do estado. Às 9h17, desembar-cavam na estação de destino, onde já eram aguardados pelos frades da Fraternidade Frei Galvão.

Após a oração das Laudes, come-çamos o Capítulo com as palavras do coordenador do Regional Frei James Ferreira Gomes Neto e a reflexão do texto de Frei João Reinert: “Francis-canos em paróquias e santuários? A força de um carisma”. É necessário evangelizar em fraternidade, pois é através dela que os frades precisam se encontrar e caminhar no meio do povo: esta é a identidade primeira e essencial dos franciscanos. Nossas paróquias e santuários precisam ser expressão da vida fraterna, caso con-trário, se transformam em projetos individuais e personalizados.

Encontro do rEgIonal do EspÍrIto santo

Frei GilsON Kammer Outro ponto destacado foi o tes-temunho que deve brotar da vida fraterna saudável e madura de todos os frades. Este testemunho repercu-te dentro e fora das fraternidades, quando é realizado com solidez. Foi lembrado ainda que os leigos (as) são e devem se tornar evangelizadores conosco, eles não podem ser trans-formados em simples peças usadas para que o projeto pessoal ou até mesmo fraterno seja realizado.

Sabendo que tudo isso se torna repetitivo e já é pressuposto que to-dos os frades vivam isso, mas saben-do que se torna sempre mais difícil viver este carisma que nos compro-mete com Deus, com São Francisco e com o irmão, foi lembrada uma fra-se da música “Sol de primavera” de Beto Guedes que afirma: “A lição sa-bemos de cor, só nos resta aprender”.

Em Colatina há também a pre-sença das Irmãs Clarissas e para po-dermos estar junto delas, o almoço, por sinal muito saboroso, foi servido no Mosteiro Santíssima Trindade e num clima que misturava alegria,

euforia e sobretudo franciscanismo.Passamos duas horas (12h às 14h) muito divertidas e fraternas. Obriga-do, Irmãs Clarissas!

De volta para a casa dos frades, nos reunimos novamente para con-versarmos sobre a vida cotidiana das fraternidades e, para a alegria geral, todos os frades estão bem de saúde, apesar de alguns estarem fazendo exames médicos mais sérios e delica-dos. Frei Florival Mariano de Toledo está fazendo curso de língua inglesa nos Estados Unidos. A Fraternida-de da Penha se alegra pela presença e conclusão da etapa de aspirantado de Ivan e Rodrigo.

Também foi conversado sobre a expectativa e esforço em organizar e bem realizar as Missões Franciscanas da Juventude na Paróquia Santa Cla-ra de Assis, em Colatina, nos dias 17, 18 e 19 de julho.

Foram ainda tocados outros as-suntos, como o Retiro Provincial que será feito pelo Regional nos dias 28, 29 e 30 de setembro em Vila Ve-lha, as celebrações do Jubileu de 60 anos de Vida Religiosa de Frei Pedro Engel nos dias 22 e 23 de agosto no Convento da Penha, as diversas ce-lebrações franciscanas que aconte-cerão neste segundo semestre. Para celebrar o Ano da Vida Consagrada, haverá um encontro entre os religio-sos e religiosas que trabalham no pe-rímetro de nossas paróquias (Colati-na e Vila Velha) e santuário (Penha), inclusive as Clarissas de Colatina.

Com certeza foi um bom encon-tro, muito fraterno e na simplicida-de todos nos sentimos mais irmãos e como franciscanos retornamos às nossas atividades revigorados pelo testemunho e empenho de todos em viver a vida fraterna de maneira au-têntica.

| Comunicações | Agosto 2015 | 425

Fraternidades

otivados pelo desejo de partilhar tudo quanto o Senhor tinha feito e ope-

rado por meio deles, os frades do Regional de São Paulo estiveram reunidos na manhã do dia 15 de junho na Fraternidade do Largo São Francisco para o seu segundo encontro do ano.

Unânime foi a partilha da gran-deza das festas de Santo Antônio celebradas em todas as fraternida-des, com destaque para aquelas do Pari, em São Paulo, e do Valongo, em Santos, cuja afluência de fiéis a cada ano é maior.

Da Fraternidade São Francisco, de Bragança Paulista, colocamos aos pés do Mestre a vida e o tes-

E os apóstolos juntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.

(Mc 6,30)

Encontro do rEgIonal dE são pauloFrei DieGO a. De melO temunho especial de nossos

confrades enfermos, que na sua paciência diária fazem de suas vidas e dores uma cons-tante oferenda ao Senhor.

Do Largo São Francisco, a boa nova de que alguns espa-ços do Convento serão otimi-zados em função do melhor e maior atendimento aos mo-radores de rua, no conhecido “Chá do padre”.

Sendo a sede da Província, Por fim, na continuidade da

partilha da vida, encerramos o encontro partilhando o alimento, preparado com tanto carinho e dedicação pelos nossos colabora-dores, que também conosco par-tilham suas vidas e a esperança de um mundo melhor.

a Fraternidade Imaculada Concei-ção partilhou as notícias do Capí-tulo Geral, fazendo-nos caminhar em uma só sintonia com a Ordem.

Em Amparo, a fraternidade continua a sua missão, dando des-taque para a positiva presença dos aspirantes durante o tempo de FAV.

| Comunicações | Agosto 2015 |

Fraternidades

o dia 29 de junho, os frades do Regional de Agudos se encontraram no Seminário

Santo Antônio de Agudos. Estive-ram também na reunião D. Caetano

Ferrari, bispo de Bauru, Frei Mário Tagliari, Definidor, e Frei Santiago, que está fazendo uma experiência na Diocese de Bauru, na Paróquia de Avaí. O encontro aconteceu das 9 às 15 horas e foi dedicado ao es-tudo e partilha do Instrumento de

Feriste-me, Senhor, com teu perdão,E me inundei de bênçãos pela estrada...Trago em mim acordes de uma canção,A anunciar teu Reino na jornada.

Agora, Senhor, que me seduziste,Não posso mais fugir do teu amor,A vida para mim agora existeSomente ao rumo alegre – Teu louvor.

O teu chamado virou minha história,De um horizonte triste para a glória,E me jogou na busca da alegria!...

Por isso, canto agora assim feliz,Como cantava Francisco de Assis,Quem me inspirou seguir-te nesta vida.

Frei Walter Hugo de Almeida

sEduZIstE-mE, sEnHor

Encontro do rEgIonal dE agudos

Frei JOrGe lUiz maOsKi

Consulta para o Capítulo Provincial em janeiro de 2016. Fizemos a leitu-ra de todo o texto das cinco Frentes de Trabalho da Província e houve tempo necessário para comentários, sugestões e observações. Foi bas-tante proveitoso o trabalho e houve boa participação dos membros do Regional. Assim conseguimos dar a nossa contribuição. Além disso, também houve tempo para comu-nicados diversos da parte do Defi-nidor Frei Mário e das casas do Re-gional. Combinamos ainda que no dia 30 de novembro vamos celebrar juntos o Jubileu de Vida Religiosa do nosso confrade D. Caetano, uma presença fiel e fraterna em nossos encontros. A missa será na Paróquia Santo Antônio de Bauru, às 19h30 e teremos a presença dos religiosos e religiosas da Diocese, bem como dos padres diocesanos. O nosso próximo encontro acontecerá em Sorocaba no dia 21 de setembro.

| Comunicações | Agosto 2015 | 427

Fraternidades

eu nome é Fabiana e faço parte da Pastoral Familiar da Paróquia Santa Clara

de Assis, de Bauru. Vi, no G1, uma reportagem sobre o batizado de uma garotinha no Circo Kroner quando estava em Presidente Prudente e sou-be que este circo estaria em Bauru. Como católica, não pude me conter e mandei uma mensagem à página do circo, agradecendo a Deus pela fé de-les e que, se tivesse missa em Bauru, gostaria de participar. Então, Evelyn Klein, diretora do Circo, respondeu que me convidaria, mas que tudo de-penderia de conseguirem um padre.

Então fiz o convite para a Frei Alessandro Nascimento, que pronta-mente aceitou, mas com a ressalva de fazer uma “Missa reservada, especial para eles”.

Montei o altar, o pessoal do cir-co trouxe as cadeiras, o frei chegou e Evelyn, toda emocionada, disse que a primeira Comunhão dela tinha sido preparada por freis em missão em Porto Velho e que estava feliz por ver um frei de novo no circo. Pouco a pouco, a Evelyn foi chamando (acor-dando) o pessoal e foram chegando. Frei Alessandro se apresentou a cada um e quis conhecer melhor o traba-lho deles. Às 10 horas do sábado, dia

dEpoImEnto

ondE HouvEr alEgrIa...

27 de junho, a Missa foi celebrada com cerca de 35 pessoas. O frei ex-plicou alguns detalhes da Missa e, durante a homilia, direcionou sua fala para as vivências deles. Pudemos conhecer, com seus testemunhos, o lado humano dessas “pessoas mági-cas”, que garantem a alegria do povo. Um testemunho que marcou demais foi de um senhor que falou que tudo o que o frei estava falando acontecia no circo, que cada palavra que o frei

disse era como se Deus estivesse di-recionando a conversa.

Eu gostaria que em cada lugar que tivermos a nossa Igreja, ou no territó-rio da Província Franciscana, o Circo Kroner fosse recebido com todo cari-nho por nossos freis e amigos. A pró-xima cidade é Araraquara.

Fabiana Helena SilvaParóquia Santa Clara de Assis –

Bauru-SP

165ª Festa de São Pedro Apóstolo de GasparEdição especial online

| Comunicações | Agosto 2015 |428

Fraternidades

aros confrades, paz e bem! Nós aqui do Regional de Curitiba, juntamente com o SAV, esta-

mos promovendo mais uma edição da Caminhada Franciscana da Juven-tude, aproveitando que todos os anos já era realizado um encontro com os jovens da região. Por isso, gostaría-mos de estender o convite para todas as fraternidades de nossa Província, a fim de que animem os jovens para participarem de tal encontro, que será um momento rico de espiritua-lidade, fraternidade, alegria e missão. Seguem abaixo maiores informações, que podem ser divulgadas aos jovens.

orIEntaçõEs gEraIs:• Objetivos: a partir da espiritua-

lidade franciscana, proporcionar

na segunda-feira, 20 de julho, a Fraternidade são Francisco de assis comemorou o aniversário de Frei thiago Hayakawa, Frei Ernesto Kramer e Frei ciríaco tokarski e mais três funcionários.

FEsta na FratErnIdadE dE bragança paulIsta

camInHada FrancIscana da juvEntudE Em curItIba

momentos de encontro com Deus, com os irmãos, com a natureza, consigo mesmo e com os próprios limites, além do incentivo a uma vida mais saudável por meio da prática do exercício físico;

• Quem pode ir? Qualquer pessoa. Para menores de 16 anos, somente mediante autorização dos pais e com um acompanhante maior de idade;

• Qual o trajeto? Chegada e acolhida dos peregrinos até às 11h do dia 19 de setembro de 2015, no Convento São Boaventura, em Campo Largo – PR;

• Após o almoço, haverá formação, dinâmicas, momentos de oração e celebração da Missa;

• À noite, após a janta, faremos um luau com apresentações dos pró-prios grupos (é importante que

os grupos já venham com alguma apresentação pensada);

• Repouso;• No domingo, às 3h, saída de Cam-

po Largo em direção a Curitiba (aprox. 20 km);

• Parada para café e oração da manhã na Paróquia Bom Jesus, no Centro de Curitiba;

• Às 13h30, encerramento com o al-moço no Hospital Colônia São Ro-que, em Piraquara;

• Qual o custo? Contribuição de 30,00 (Incluindo refeições e cami-seta da caminhada);

• O que levar? Roupa leve para a cami-nhada, calçado confortável, saco de dormir e lanterna, pois boa parte da caminhada será feita durante a noite;

• Como se inscrever? Inscrições até o dia 1º de setembro de 2015, pelo link http://goo.gl/forms/EK3K4RhGCk

• Para maiores informações, entrar em contato com [email protected]

Fraternalmente,

Frei Diego Atalino de Melo, OFMServiço de Animação Vocacional

| Comunicações | Agosto 2015 |

O jornalista Roberto Ivan Rossatti nar-ra uma breve retrospectiva da contribui-ção da Rádio Cel inauta , então Col-meia, na organização e aglutina-ção das forças sociais do evento maior, em 1957: a Revolta dos Posseiros. Registra também uma rápida incursão sobre os dados históricos que marcaram a trans-formação do perfil econômico e social da região Sudoeste do Pa-raná.

429

Fraternidades

o último domingo, 19 de ju-lho, os jovens do grupo Ge-ração Força Jovem (GFJ) pro-

moveram uma Missa na comunidade de Santa Mônica para acolher a ima-gem de Nossa Senhora das Bodas de Caná, padroeira do retiro de crisma da Paróquia de Santo Antônio e que inspira o nome do encontro: Caná.

A pedido do pároco Frei Gilber-to Piscitelli, a imagem foi esculpida

Este livro, segundo as autoras Neri França Fornari Bochese e Elizabeth Maria Chemin Bodanese, “relata a história franciscana desde Assis até o Sudoeste do Paraná, em espe-cial, Pato Branco”.“Ao apreciar a obra das pro-fessoras esperava, tão somen-te, deparar-me com uma se- quência de fatos, dados, rela-tos, testemunhas da presença dos frades no Sudoeste do Paraná. Surpreendi-me com o lastro de informações do livro, apto a satisfazer o leitor ávido de conhecer a história antiga e recente da Provín-cia da Imaculada Conceição. Contudo, o núcleo principal

refere-se às atividades missio-nárias dos frades, procedentes da costa catarinense, depois de Lages, Porto União e Pal-mas, que entraram pelas ma-tas de araucárias dando aten-dimento espiritual e solidário às populações caboclas, aos migrantes vindos do Sul e às pequenas vilas que cresciam em meio ao cultivo do solo fértil desta porção do Para-ná e Santa Catarina”, observa Frei Nélson Rabelo. Segundo o pároco da São Pedro Após-tolo de Pato Branco, Frei Oli-vo Marafon, o lançamento da obra faz parte das comemo-rações do Jubileu de Ouro da Matriz São Pedro neste ano.

EntronIZação da ImagEm dE nossa sEnHora das bodas dE caná

sorocaba

pelo artista plástico Frei Pedro da Silva Pinheiro, com muito amor e dedicação, o que resultou em uma peça linda e que retrata o momento em que Nossa Senhora pede ao Fi-lho que providencie mais vinho nas Bodas de Caná da Galileia, através de um milagre, o primeiro de Jesus.

Em andamento, a 4º edição do

KariNa arrUDa

rádIo cElInauta, uma voZ FortE Em mEIo à rEvolta dos possEIros

prEsEnça FrancIscana Em tErras brasIlEIras

Caná forta-lece o laço entre as co-munidades e todas as pas-torais que trabalham em conjunto com um único objetivo: impactar a vida dos crismandos e renovar nossa Igreja com a alegria da juventude.

“É consenso geral: o processo de colonização da região e seu desenvolvimento resultaram de diversos fatores, entre eles, a cultura da fé, sustentada e promovida pelos confrades pioneiros”, ressalta Frei Olivo.

lIvros

| Comunicações | Agosto 2015 |430

Antigamente, um safá-ri se referia à caçada de animais selvagens pela savana africana. Hoje, felizmente, os safáris são jornadas para ob-servação e fotografias,

muitas fotos, da vida selvagem.No dia 14 de julho, os frades

de profissão temporária tiveram

a oportunidade de fazer um safá-ri no Parque Nacional de Kisama, lugar que fica aproximadamente a 110 quilômetros da capital. Mas também aproveitamos, na ida e na volta, para conhecermos o Museu da Escravatura, que serve para re-cordar, com tristeza, o tráfico de escravos. Também visitamos o Mi-radouro da Lua, de onde se vê uma paisagem com cores parecidas às de Marte. Dali se pode ver a famo-

sa Ilha do Mussulo, lugar a perder de vista.

Interessante é que no Parque reina a tranquilidade, mas para sair de Luanda, vive-se uma aventura. É de praxe uma experiência caótica e demorada, dependendo do meio de transporte e da hora. A direção em que se vai não faz muita diferença. E ainda bem que esse passeio aconte-ceu numa época de férias escolares.

Depois de passarmos pelo portal

FIMDA

angola

passEIo E saFárI no parQuE nacIonal dE KIsamaFrei CrisÓsTOmO piNTO ÑGala

2011janeiro• Em 23/01/2011, Frei Afonso Quessongo é orde-nado Sacerdote e Frei António Boaventura Z. Baza é ordenado Diácono. Fevereiro• Admissão de Frei Mvula Nzaji André ao Novicia-do de Rodeio.março• Cinco jovens são admitidos ao Postulantado da Missão de Angola são eles: Alfredo Epalanga Prego, João Alberto Bunga, Quintino V. Samayenje, Santana Sebastião Cafunda e Tiago M. Quingando. julho• Assembleia anual dos frades nos dias 26 a 28 de julho com a presença do Ministro Provincial Frei

Fidêncio Vanboemmel e do Ecônomo Provincial Frei Mário Tagliari. outubro• “Projeto Nossos Miúdos” que acolhe meninos órfãos e excluídos de suas famílias, ganha apoio da Petrobrás pra reformar e ampliar a padaria, principal fonte de renda.novembro• Crisma de 334 jovens de várias Comunidades. dezembro• Palanka monta a 3ª exposição de presépios.

2012janeiro• Frei António Boaventura Zovo Baza: ordenação Sacerdotal – 15/01/2012.

Fevereiro• “Projeto Nossos Miúdos”: 10 anos construindo a paz. • Frei Mvula faz a Primeira Profissão na Ordem Franciscana.• Noviços angolanos 2012: Alfredo Epalanga Prego, João Alberto Bunga, Quintino V. Samayenje, Santana Sebastião Cafunda e Tiago M. Quingando. • Pela primeira vez, o Ministro Geral Frei José Rodrí-guez Carballo visita Angola. • FIMDA assume a Paróquia Nossa Senhora de Fátima na Diocese de Viana. setembro• FIMDA realiza Assembleia Anual.novembro• Experiência missionária de Frei Fábio José Gomes na Missão de Angola.

do Parque, os primeiros animais que vimos foram três inofensivas gali-nhas-de-angola que atravessaram a estrada, de terra batida, bem perto dos carros em que nos encontráva-mos. Ou seja, nos “avisaram” que não poderíamos andar mais de qua-renta quilômetros por hora. Tudo passou muito rápido e chegamos à sede administrativa do Parque por volta das 10 horas da manhã. Logo estávamos almoçando.

O melhor veio depois. Por ser um lugar visitado por muitos turis-tas, sobretudo estrangeiros, só por volta das 15 horas é que começou o nosso safári, devidamente equipa-do com carro e acompanhado pelo guia. Não se pode circular pelo

Parque sem guia. E tal como apren-demos na escola e nos livros, com nossos próprios olhos vimos que aquele lugar de aproximadamente 12 mil quilômetros quadrados está cheio de animais e com uma diver-sidade que falta a muitos outros. É poético estar lá. Mas também é preciso ter sorte, pois nem sempre é fácil ver grandes manadas, como as de antílopes. Mas nós, paciente-mente e com a ajuda do guia, en-contramos girafas, gnus, gazelas e gungas, além de uma quantidade enorme de macacos (bugios), le-bres e aves de diferentes espécies.

Enfim, foi um dia histórico. Va-leu por uma aula ao vivo de geo-grafia e história!

FIMDA

cronologIa da mIssão Em angola (Ix)

| Comunicações | Agosto 2015 |432

Evangelização

PAZ E BEM!

partir das experiências mis-sionárias realizadas por três anos consecutivos, no mês

de janeiro, e das avaliações feitas pelas pessoas que participaram, convidamos a frades, religiosas, leigos e leigas, para uma experi-ência missionária na Amazônia, e para conhecer uma realidade amazônica local. Oferecemos esta possibilidade de 4 a 28 de janeiro de 2016, na Paróquia de Caballo-cocha, Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, Loreto, Peru.

Caballococha está situada em um lago marginal (ou “cocha”, na lingua-gem local – de onde vem seu nome) do lado direito do Rio Amazonas. Com 20.000 habitantes, a maior ci-

dade do Vicariato, é a capital da Pro-víncia de Ramón Castilla. Está dis-tante de Iquitos umas oito horas em bote rápido e umas 30 a 40 horas em barco convencional, e a duas horas da tríplice fronteira (Peru, Colômbia e Brasil) em bote rápido e umas seis horas em lancha. Há transporte to-dos os dias.

Por ser zona de fronteira, Ca-ballococha tem praticamente todos os organismos públicos, mas é sen-sível a ausência do Estado peruano, tanto em políticas públicas, como em investimentos. Como conse- quência, esta é una região despro-tegida, marginalizada e empobreci-da, somando-se a isso uma econo-mia informal de subsistência com o agravante flagelo do narcotráfico e a ilegalidade. A cidade é servida

com energia elétrica 24 horas, um comércio básico, comunicação tele-fônica, internet. O que movimenta a economia da cidade é a informali-dade e a ilegalidade.

A Paróquia Nossa Senhora das Mercês conta com uma fraternida-de das Irmãs Franciscanas do Cru-cificado, e a partir de junho passado com dois frades do Projeto Ama-zônia. Um padre canadense, dio-cesano, mas vinculado aos frades, foi missionário aqui por mais de 30 anos, até a sua morte, em agosto de 2003. Após sua morte vários padres passaram por aqui, mas por breve tempo. A maior parte do tempo a paróquia ficou sem a presença de um padre fixo, sendo atendida por padres visitantes para celebrar sa-cramentos. Nesse tempo as irmãs

projEto amaZÔnIa: convItE

| Comunicações | Agosto 2015 | 433

Evangelização

assumiram a paróquia e animaram a pastoral.

Além do centro urbano com a ma-triz e 10 centros de catequese infantil nos bairros, a paróquia tem umas 40 vilas ribeirinhas ou “casarios”. Muitos deles têm um “animador cristão”, que é o ministro da comunidade. Alguns casarios já foram “tomados” pelos evangélicos, outros pelos israelitas (um movimento messiânico, funda-mentalista, que segue a lei de Moi-sés e que veem na Amazônia a terra prometida) e outros ainda foram do-minados pelos “cocaleros”, inclusive aldeias indígenas inteiras. Os desafios são muitos e os trabalhos não faltam.

motIvaçõEs para a mIssão:– Porque irmãs e irmãos desejam co-

nhecer a Amazônia, realizar uma experiência e fazer um discerni-mento sobre sua vocação missio-nária.

– Porque a evangelização na Ama-zônia é um desafio, a necessidade é grande e os missionários são pou-cos.

– Porque é uma oportunidade para experimentar a riqueza da fraterni-dade internacional.

objEtIvos:– Oferecer aos irmãos e irmãs a pos-

sibilidade de uma experiência mis-sionária na Amazônia.

– Sensibilizar os irmãos da Ordem para a necessidade de novos mis-sionários e da criação de novas fra-ternidades na Amazônia.

– Anunciar a Boa Notícia de Jesus Cristo de que o Reino está próxi-mo.

– Animar a vida cristã nas comuni-dades.

– Desenvolver um trabalho nos bair-ros, visando formar comunidades eclesiais.

– Despertar e promover novas lide-ranças comunitárias.

datas a consIdErar:04 de janeiro 2016: Chegada e recep-

ção dos missionários/as na cida-de de Iquitos, para quem vem via Lima. Todos os missionários de-vem chegar até ao meio dia, ou no dia anterior.

04 de janeiro (19h00): Viagem em

barco para Caballococha. Che-gada prevista na madrugada ou manhã do dia 06.

O4 de janeiro de 2016: chegada dos missionários em Tabatinga ou Le-tícia. Recomendamos este trajeto para quem vem do Brasil ou da Co-lômbia, respectivamente, por ser de mais fácil acesso a Caballococha.

05 de janeiro (09h00): Viagem da fronteira a Caballocoha, em bote convencional. Chegada prevista para a tarde do mesmo dia.

06 a 09 de janeiro: preparação para a missão, estudo da realidade e convivência fraterna.

10 a 24 de janeiro: trabalho missio-nário nos bairros de Caballoco-cha.

17 a 24 de janeiro: trabalho missio-nário nos casarios ou vilas ribei-rinhas.

25 e 26 de janeiro: avaliação e con-fraternização.

26 de janeiro (19h00): viagem a Iquitos. A previsão da chegada é para a manhã do dia 28.

28 de janeiro: viagem de regresso aos seus lugares de origem. Em Iquitos a partir da noite.

IndIcaçõEs prátIcas:– A partir da chegada a Iquitos, Ta-

batinga ou Letícia, até o retorno, também a Iquitos, Tabatinga ou Letícia, os gastos com hospeda-gem, transporte, alimentação e trabalho pastoral, serão assumidos pela administração do Projeto. Os custos de viagem serão assumidos por cada missionário(a) ou respec-tiva entidade que o(a) envia.

– Aos que se apresentarem como candidat@s à experiência missio-nária, ofereceremos orientações e informações mais precisas oportu-namente.

– A data limite para as inscrições é o dia 08 de dezembro de 2015, ou antes, se completar o número de 25 missionári@s.

– Os que desejarem permanecer mais tempo, para passeios, pode-rão fazer por conta própria após termino da missão.

– Para manifestar o desejo de parti-cipar da missão, obter mais infor-mações, ou para esclarecer dúvidas e propostas, devem fazer contato com Frei Atílio Battistuz ([email protected]).

Esperando que as informações oferecidas sejam claras, incenti-vem e motivem a participação, nos colocamos à disposição para maiores esclarecimentos. Gostarí-amos que @s interessad@s entrem em contato conosco mesmo antes de amadurecer a decisão, para dia-logar e esclarecer dúvidas, e evitar transtornos de comunicação, de-vido às limitações da internet por aqui.

Abraçamos a todos fraternal-mente e lhes desejamos Paz e Bem no Senhor.

Fraternidade Franciscana Projeto Amazônia OFM

Caballococha, 10 de julho de 2015

| Comunicações | Agosto 2015 |

Evangelização

s Rádios da Fundação Frei Rogério, Coroado AM e Mo-vimento FM de Curitibanos,

ganharam destaque em toda Santa Catarina, em junho, quando comple-taram 60 e 25 anos de fundação, res-pectivamente. Diversos eventos co-memorativos foram realizados, com ênfase na Missa em Ação de Graças que deu início às festividades, realiza-da em 3 de junho, data oficial de fun-dação das emissoras, na Igreja Matriz Imaculada Conceição, de Curitibanos. Colaboradores e ex-colaboradores

das emissoras, familiares, amigos e comunidade se fizeram presentes na celebração, juntamente com frades da Província, membros da diretoria e de outras paróquias, pessoas que de al-guma maneira têm ou tiveram ligação com a Fundação Frei Rogério.

O aniversário das emissoras foi re-conhecido e homenageado em nível estadual, pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Santa Catari-na (Sert/SC), no dia 22 de junho, du-rante Seminário realizado em Santo Amaro da Imperatriz para discutir o

valE a pEna FaZEr rádIo Ao celebrar 61 anos de rádio, te-mos a ousadia e um corajoso to-pete para opinar sobre este meio. E, se chegamos a essa melhor ida-de, podemos nos colocar de pé e relatar que, acumulamos nessas seis décadas uma bela experi-ência de vida. Nesses bons anos, navegamos conscientemente pelo ar, seja, viajando em veículos ou falando dentro das casas e dos casebres. Com isso, desenvolve-mos galhardamente nosso papel

rádIos coroado am E movImEnto Fm Em dEstaQuE

de anunciar e denunciar. Anun-ciamos de tudo: desde a orienta-ção sábia do sacerdote até o negó-cio da mula. Tivemos a coragem de denunciar desde os desmandos da Revolta dos Posseiros de 1957 até os atuais roubos descarados dos cofres públicos. Marcamos presença onde nosso ouvinte gos-taria que estivéssemos: relatamos momentos festivos e ouvimos la-mentos de pais e mães que perde-ram filhos em acidentes. Fomos

futuro da radiodifusão. Na opor-tunidade o diretor/presidente da Fundação Frei Rogério Frei Neu-ri Francisco Reinisch recebeu a placa comemorativa. Já no dia 25 de junho, as homenagens foram da Câmara de Vereadores de Curitibanos, que realizou Sessão Solene para entrega da Comen-da do Mérito Curitibanense, através do Decreto Legislativo 04/2015 de autoria do vereador Luiz César Abrahão (Juca). No mandato passado, a Comenda do Mérito Curitibanense havia tam-bém sido indicada para as emis-soras da Fundação Frei Rogério, por autoria do vereador Sidnei Furlan.

| Comunicações | Agosto 2015 |

Evangelização

do céu ao inferno, do mel ao fel. Esse trabalho diário impregnou nosso quo-tidiano de realização. Foram 61 anos fazendo o bem. Fomos também ins-trumento decisivo nas mãos dos anun-ciantes no momento certo das vendas. Quantas vezes estivemos dentro das casas vendendo, promovendo e convi-dado nossos ouvintes para fazer bons negócios! Foi através de nossas ondas que o gol do seu time bateu lá na rede do seu coração. Em quantos momentos estivemos juntos: na cabeceira de sua

cama, na hora da palavra amiga, no momento da prece... Mas, o que con-tinua nos dando grande satisfação é ter feito do rádio uma espécie de sino, que chama os ouvintes para se aproxi-marem de Deus, através da Palavra. Quantos relatos de pessoas que, atra-vés da nossa rádio, ouviram recados de consolo, de ânimo e de incentivo. Só por isso valeu a pena estar 61 anos no ar. Fizemos o bem sem saber a quem. Penso que esse trabalho despretensioso levou felicidade para muitos e, por isso,

essas ondas rebatem todos os dias na nossa praia, nos trazendo de volta as bênçãos que enviamos. Por isso é que vale a pena fazer rádio. Essa com cer-teza é a imagem de inúmeras rádios deste País, mas hoje, permita-me cele-brar os 61 anos da minha Rádio Ce-linauta, de Pato Branco, Paraná, pro-motora da Paz e do Bem.

Depoimento do colaborador Sebas-tião Maria Moraes Rodrigues – Pro-dutor e locutor da Rádio Celinauta.

o último dia (09/07) em Curitiba a Rede Celinauta de Comunicação foi mais

uma vez reconhecida em nível es-tadual. Foram dois prêmios con-quistados durante a revelação do Prêmio Fecomércio de Jornalismo. Segundo o Sistema Fecomércio que engloba o Sesc, Senac, IFPD e sin-dicatos patronais, a terceira edição em 2015 teve aproximadamente 50 trabalhos inscritos em 5 categorias: Internet, fotojornalismo, jornal impresso, radiojornalismo e tele-jornalismo.

Em Telejornalismo, a reporta-gem: “Não deixe seu corpo de lado! Vem pro SESC”, com autoria de Thiago Tessaro, Paulo Tessaro e edi-ção de Flavio Tedesco, alcançou o terceiro lugar. O jornalista Thiago Tessaro acredita que toda equipe é valorizada: “É muito bom ser reco-nhecido em meio a tantos trabalhos; demonstra que nossa equipe esta fa-zendo a diferença”.

Em Radiojornalismo, a reporta-gem “Capricho na comida, freguesia bem atendida”, de Edson Honaiser e edição de Fabiano Marangom, ob-teve o primeiro lugar. O jornalista Edson Honaiser lembra que não só a equipe, mas o ouvinte da Rádio

rEdE cElInauta conQuIsta maIs doIs prÊmIos Em nÍvEl Estadual

Celinauta aprende com o jeito de ser informado: “Quantas pessoas foram informadas do trabalho que é desen-volvido, é um fator de responsabili-dade social que realizamos”.

O vice-presidente da Fecomércio Luiz Carlos Borges da Silva disse que para a entidade é importante valori-zar os veículos de comunicação do Paraná: “De nada adianta ter esse desenvolvimento das nossas ativida-des no comércio se a imprensa não acompanhar e tão bem divulgar à nossa população. O trabalho de vo-cês é fundamental e mais uma vez vocês estão de parabéns”, conclui ele.

Pelo segundo ano consecutivo, reportagens da Rede Celinauta (TV Sudoeste e Rádio Celinauta) foram escolhidas entre as melhores do es-tado. Em 2014, dos seis prêmios nas categorias Radiojornalismo e Telejornalismo, quatro foram para a Rede Celinauta. O Diretor Presiden-te Frei Neuri Francisco Reinisch, que acompanhou a equipe na premiação, comenta que: “Não só reflete a com-petência dos nossos jornalistas, mas o compromisso em orientar a nossa comunidade. Princípios fundamen-tais que estão em nosso jeito de fazer jornalismo”, finaliza ele.

Paulo Tessaro, Thiago Tessaro, Edson Honaiser e Frei Neuri Reinisch com os troféus do Terceiro Prêmio Fecomércio

436 | Comunicações | Agosto 2015 |

m meio às comemorações dos 15 anos do Sefras é sempre bom voltar ao marco zero, ao

lugar onde essa caminhada começou a se organizar. Foi a partir do salão do Chá do Padre, no convento do Largo São Francisco, centro de São Paulo, que os frades franciscanos co-meçaram a acolher diversos públicos em vulnerabilidade social. Em segui-da, viu-se a necessidade de organizar institucionalmente o Sefras, para qualificar este atendimento.

“Os frades franciscanos começa-ram um trabalho social de atendi-mento a vários segmentos no salão do Chá do Padre. Eram mulheres grávidas, pessoas portadoras do ví-rus do HIV, idosos, crianças, adoles-centes e pessoas em situação de rua, que vinham receber cestas básicas, chá e pão, e ainda, havia sopão para essas pessoas. A partir dessa popula-ção atendida, os frades perceberam a

Evangelização

FaBiaNO ViaNa

15 anos do sEFras a partIr do largo são FrancIsco

dimento era bastante reduzido e o atendimento não se dava no salão do Chá do Padre ainda, mas, em uma pequena sala. Depois que o Sefras se organizou, começou um trabalho especialmente com a população de rua”, afirmou Márcia.

O diretor-presidente do Sefras desde 2007, Frei José Francisco de C. dos Santos, explica a importân-cia dessa organização em rede. Esta construção vem sendo feita ao longo destes 15 anos, tanto no diz respeito ao atendimento aos empobrecidos, quanto ao que tange à proposição de políticas públicas, externas à rede, com a finalidade de incentivar os atendidos, rumo à autonomia e ao protagonismo de suas vidas.

“Começou-se a perceber que no trabalho social existe uma rede de trabalhos e serviços de atendimen-tos, e existem atores que fazem esses atendimentos diversos, e cada ser-viço tem uma função e todos traba-lham interligados entre si, inclusive questionando e propondo novas po-líticas públicas”, contou.

Essa proposição de políticas é evidente quando olhamos para o trabalho do próprio Chá do Padre, ou mesmo do Recifran. Ambos tra-balham com população em situação de rua e ambos não se contentam em oferecer apenas atividades e ofi-cinas como paliativos. A prioridade não é servir o chá para a população de rua, mas, instrumentalizá-la para que crie autonomia financeira, so-cial e emocional para superar essa condição de vulnerabilidade social. Para o Sefras, sem uma política pú-blica eficaz de moradia para a popu-lação em situação de rua, é inviável trabalhar no sentido da saída da condição de rua.

necessidade de organizá-la por seg-mentos”, conta a coordenadora do Chá do Padre, Márcia Elisabeth dos Santos.

Márcia explica que no ano 2000, esses atendimentos – antes com um caráter espontâneo e, por vezes, até disperso – passaram a ser segmen-tados e organizados em rede, dan-do início à trajetória do Sefras. Essa mudança trouxe maior dinâmica aos serviços, tornando possível uma série de encaminhamentos. Hoje, a rede atua em três Estados (SP, RJ e PR) e atende oito diferentes públicos, como: crianças e adolescentes, cata-dores de recicláveis, imigrantes, pes-soas em conflito com a lei, jovens, e o público atendido inicialmente: po-pulação de rua, idosos e pessoas que vivem com HIV.

“Dividiram os segmentos e or-ganizaram os atendimentos com a população de rua, com os idosos e as pessoas portadoras do vírus do HIV. No começo, o espaço de aten-

Evangelização

Pastoral Universitária e a Agência TWG Models promo-veram no dia 24 de junho, no

Centro Comunitário, do Campus Bra-gança Paulista, a Ação Fashion TWG.

O evento contou com a partici-pação de lojas locais que realizaram um desfile de moda. Estiveram pre-sentes o coordenador da Pastoral Universitária, Frei Thiago Alexan-dre Hayakawa, OFM, a fundadora da Associação Bragantina de Com-bate ao Câncer (ABCC), Rita Val-le, a diretora do Campus Bragança Paulista, professora Márcia Apare-cida Antonio e a coordenadora dos Cursos de Ciências Contábeis e Ad-ministração, professora Aparecida Elizabete Pontes, além da comuni-dade bragantina.

ação dE combatE às drogasParte das atividades desenvolvidas

pelos alunos do Curso de Fisiotera-pia, da Universidade São Francisco (USF) do Campus de Bragança, na disciplina de Estágio Supervisionado, ministrado pela professora Katiuscia Scasni, ocorrem em escolas, entre elas a Escola Estadual Professor Luiz Ro-berto Pinheiro Alegretti, localizada no bairro Padre Aldo Boline.

No dia 15 de junho, alunas rea-lizaram um ciclo de palestras para

A Editora Bom Jesus, instituição vinculada à Associação Francis-cana de Ensino Senhor Bom Jesus (AFESBJ), foi uma das representan-tes da educação franciscana no III Congresso Nacional de Educação Católica, evento promovido pela As-sociação Nacional de Educação Ca-tólica do Brasil (Anec), realizado de

15 a 18 de julho, em Curitiba (PR).Durante o encontro, a Editora

Bom Jesus apresentou o portfólio de materiais didáticos e promoveu diá-logos sobre alternativas e metodolo-gias na busca pela excelência na edu-cação, sempre com foco na formação humana e com base nos princípios franciscanos.

Educação FrancIscana no congrEsso nacIonal da anEc

usF E tWg modEls promovEm ação solIdárIa

os alunos da escola, antecipando as informações referentes ao “Dia In-ternacional de Combate às Drogas”, comemorado anualmente no dia 26 de junho. As alunas ministraram pa-lestra sobre “Esporte e Saúde”, infor-mando sobre os benefícios da prática de atividade física para melhora do desempenho no esporte ou a me-lhora do aspecto físico, e das conse- quências do uso de drogas, com ên-fase no doping. No total, 280 crian-ças e adolescentes participaram das atividades.

assocIação bom jEsus

| Comunicações | Agosto 2015 |438

CFMB

ovens com Francisco seguin-do Jesus Cristo”. O sonho de transformar o mundo e

a realidade, próprio da juventu-de, ganhou o coração do Brasil no último fim de semana, entre 9 e 12 de julho, quando se realizou, em Anápolis (GO), o II Encontro Nacional de Jovens Franciscanos, promovido pela Conferência dos Frades Menores do Brasil. Foram 450 participantes, entre jovens, fra-des e religiosas que tiveram quatro

dias de convivência fraterna, ora-ção, momentos de formação e cul-tura e trabalhos em grupo, sempre norteados pelo tema “Reconstrói a minha casa”, a mesma ordem que o Crucificado deu a Francisco de As-sis em sua plena juventude. Desta Província Franciscana da Imacula-da Conceição participaram 37 jo-vens, que voltaram animados para já iniciarem o trabalho tendo em vista o próximo encontro que será realizado nesta Província em 2018.

As caravanas, vindas de todos os cantos do Brasil onde estão pre-

sentes as nove entidades da Ordem Franciscana no país, se encontra-ram num misto de sotaques, cos-tumes, e modos de pensar muito diversos, revelando que a fraterni-dade fica ainda mais bonita quan-do se realiza na diversidade. A partir de temas apresentados em palestras, os jovens foram provoca-dos a dar sua contribuição aos tra-balhos em grupo. Como resultado, foi produzida, em nome de todos os participantes, uma Carta Aberta da Juventude Franciscana.

No texto, os jovens reconhe-

a provÍncIa é sEdE Em 2018Frei GUsTaVO meDella

Encontro nacIonal dE jovEns FrancIscanos

| Comunicações | Agosto 2015 | 439

CFMB

ceram que a adesão a Cristo exige coragem e personalidade, também notaram que este não deve ser um motivo de desânimo. Eles também fizeram o compromisso de anunciar ao mundo o “Cristo da Esperança”, sempre se colocando ao lado dos crucificados da atualidade. Tam-bém perceberam a importância do engajamento juvenil na mobilização pelo cuidado integral da natureza, sob inspiração do último documen-to do Papa Francisco, a Carta Encí-clica Laudato sí. Como proposta de ação concreta, os participantes se propuseram a um dedicado apro-fundamento no texto desta Encí-clica, levando-a para seus grupos, comunidades e paróquias. Com relação aos avanços tecnológicos, puderam notar que, mais do que instrumento, a rede é um ambiente, que também precisa ser evangeliza-do, especialmente pela juventude.

Num clima de grande frater-nidade e união entre os diferentes ramos da família franciscana, o encontro recebeu a visita do Defi-nidor Geral recém eleito da OFM, Frei Valmir Ramos, do Ministro Nacional da Ordem Franciscana Secular (OFS), Antonio Benedi-to de Jesus, e da Irmã Maria José, OSC, madre superiora do Mosteiro das Irmãs Clarissas de Anápolis. Destaque para a excelente logís-tica preparada pela equipe local, que teve a coordenação e o traba-lho efetivo dos Frades da Província Franciscana do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil, de Goiás.

“Nesses quatro dias de pales-tras, oração, músicas, oficinas e muita alegria, pudemos vivenciar intensamente o encontro, a parti-lha e a fraternidade. Os diferentes sotaques eram marcantes nas con-versas, roupas tradicionais de regi-

ões e bandeiras dos diversos esta-dos do país eram exibidas. A troca de experiências, especialmente nas rodas de discussões, marcadas por temas sócio-ambientais, nos enri-queceram imensamente. Pudemos sentir que, apesar das grandes dis-tâncias geográficas que separaram as diversas regiões e realidades de cada jovem, é evidente o que nos une: o encanto pela causa do Evan-gelho e a vontade de lutar por essa causa, de estar a serviço, de conti-nuar caminhando no seguimento de Jesus Cristo a exemplo de São Francisco. Ao final do encontro, além de muito aprendizado, fica-ram certezas: vale a pena viver a Paz e o Bem, vale a pena ser ponte entre os excluídos e a dignidade, vale a pena seguir o exemplo de Francisco na vivência de Evange-lho! “Estamos em missão!”, disse Cristy Azevedo, de São Paulo.

439

Celebramos a sua existênciacom palavras de gratidãoProvíncia Franciscana da Imaculada Conceição do BrasilEis aqui versos quem vem do coração

Presente no Estado Maravilhoso,Que alegria!Rio de Janeiro, terra abençoadaNos envolva, tu és grandioso

Presente no Estado que conduz,Que alegria!São Paulo, terra acolhedoraNos envolva com a sua luz

Presente no Estado de pura beleza,Que alegria!Espírito Santo, terra nobreNos envolva com sua rara pureza

Presente no Estado que fascina,Que alegria!Santa Catarina, terra de grandezaNos envolva e ilumina

Presente no Estado de todas as gentes,Que alegria!Paraná, terra de coração quenteNos envolva e surpreende

Presente no País de riqueza natural,Que alegria!Angola, terra de belos sorrisosNos envolva, grandeza cultural

Celebramos a sua existênciaProvíncia Franciscana da Imaculada Conceição do BrasilNo dia 15 de julhoGratidão, por tudo que construiu!

Quanta luta e glória!Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil,Nas frentes de evangelizaçãoGratidão, por tudo que transmitiu!

Que linda juventude!Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil,Pelo futuroGratidão, por tudo que anteviu!

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil,Abençoada pelo Espírito SantoConduzida pelos passos de São Francisco de AssisEstamos aqui, envolvidos pelo seu encanto.

a poEsIa abaIxo é dE autorIa do jovEm WEllIngton KIHara, dE curItIba,durantE a aprEsEntação da nossa provÍncIa na noItE cultural.

HomEnagEm à provÍncIa FrancIscana da Imaculada concEIção do brasIl

| Comunicações | Agosto 2015 |440

CFMB

Nós, jovens das nove Entidades da Ordem dos Fra-des Menores do Brasil, estivemos reunidos entre os dias 09 e 12 de Julho de 2015, na Paróquia São Fran-cisco de Assis, em Anápolis-GO, para o II Encontro Nacional de Jovens Franciscanos da Conferência dos Frades Menores do Brasil, promovido pelo Secreta-riado Interprovincial Franciscano de Evangelização e Missão (SIFEM), o Serviço de Justiça, Paz e Inte-gridade da Criação (JPIC) e a Pastoral Educativa da Ordem dos Frades Menores. Este encontro teve como tema: “Jovens com Francisco seguindo Jesus Cristo” e o lema: “Vai e Reconstrói minha Igreja”. Éramos 450 participantes, entre jovens, frades e religiosas prove-nientes de todas as regiões do país.

Viemos cheios de expectativas: a vontade de forta-lecer a fé, conhecer o novo, aprofundar a espiritualida-de franciscana e encontrar luz para nossa caminhada. Foram dias de intensa convivência, vida de oração, partilha de experiências e momentos formativos.

Este encontro nos levou a refletir que a juventu-

de comprometida com Cristo deve ter coragem para abraçar propostas positivas perante os grandes de-safios da atualidade, tais como: o atual modelo eco-nômico que gera exclusão, o extermínio de jovens, a cultura do descartável, a destruição da natureza e as injustiças sociais. Para isso é necessário nosso enga-jamento político na busca de transformação da so-ciedade. Devemos apresentar ao mundo o Cristo da Esperança, colocando-nos ao lado dos crucificados do nosso tempo.

Fomos convidados a nos tornarmos protagonistas e sujeitos da evangelização ao modo de Francisco e Cla-ra, a partir da admiração por tudo de bom que Deus realiza em nossa história e da indignação por tudo que vai contra o seu Projeto Criador. Como discípulos missionários (Documento de Aparecida), queremos anunciar ao mundo a Alegria do Evangelho, conscien-tes de que “a causa missionária é a primeira de todas as causas” (Evangelii Gaudium 15).

Como pedras vivas da Igreja, tomamos maior cons-ciência da importância de sermos discípulos missio-nários em todos os lugares que frequentamos. Na qua-lidade de desbravadores do mundo digital, fruto do avanço da tecnologia, nos comprometemos a promo-ver a evangelização deste novo ambiente, estimulados a praticar a Cultura do Encontro (Cf. Mensagem do

carta abErta do II Encontro nacIonal dE jovEns FrancIscanos

| Comunicações | Agosto 2015 |

CFMB

Papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comuni-cações).

Tomamos consciência de que a questão ambiental é acima de tudo um problema social, no qual os mais pobres são os mais atingidos. Percebemos que todos somos elementos integrantes da natureza, conforme afirma a Encíclica Laudato Sí. Neste documento, o Papa Francisco convida toda humanidade a repensar sua relação com a “casa comum”. Sendo assim, deci-dimos conhecer e aprofundar a Encíclica, buscando ações concretas em defesa do meio ambiente, do con-sumo responsável, denunciando “o luxo indecente e a pobreza crescente”.

Atendendo ao apelo do Papa Francisco, que nos convida para sermos uma “Igreja em saída”, queremos vencer o comodismo que nos emperra, e nos compro-metermos na defesa da vida, na luta pela justiça, indo ao encontro de outros jovens e apresentando a eles os valores que constroem o sentido da vida.

Que o Espírito Santo de Deus nos anime a ser-mos verdadeiros reconstrutores da Igreja do Cristo, a exemplo de Francisco e Clara de Assis.

Carta Aberta do II Encontro Nacional de Jovens Franciscanos da Conferência dos Frades Menores do Brasil (CFMB).

Anápolis, 12 de julho de 2015.

| Comunicações | Agosto 2015 |442

ara alegria dos devotos de São Francisco de Assis que aguar-daram com fé durante anos

e também dos admiradores do con-junto arquitetônico de imóveis histó-ricos da Região Portuária da Cidade do Rio de Janeiro, foi reinaugurada (7/7) uma das igrejas mais antigas, a de São Francisco da Prainha, no Adro de São Francisco, no Morro da

Conceição, Saúde. Tombada desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan) como monumento artístico, o templo en-contrava-se fechado desde 2004 de-vido a problemas de conservação.

A missa solene de reinaugura-ção foi presidida pelo cardeal Dom Orani João Tempesta, arcebispo da Cidade do Rio de Janeiro e conce-lebrada pelo padres Wagner Toledo, Vigário Episcopal do Vicariato Ur-

FFB

Conselho Regional Sudes-te 2, da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS), pro-

moveu no dia 04 de julho, sábado, na sede da Fraternidade São Francisco, Rio Comprido (RJ), a segunda edi-ção do “Encontro de Casais Francis-canos”. O encontro foi assessorado pelo Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM, assistente nacional da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS), que também presidiu, no final da manhã, a Santa Missa para os casais.

O encontro deste ano abordou os desafios na educação dos filhos e a vivência do carisma franciscano secular na famílias. Frei Almir desta-cou que as relações familiares estão

cada vez mais complexas e propôs que os casais franciscanos criem uma rede de apoio mútuo para que, juntos, cultivem os valores francisca-nos, testemunhando-os em família,

transmitam a fé aos seus filhos e fa-miliares, e busquem respostas para os inúmeros desafios enfrentados pelas famílias no cotidiano do mun-do contemporâneo.

Encontro para casaIs FrancIscanos

nova sEdE da oFs na praInHa

CláUDiO saNTOs, OFs Silva Bitencourt, irmãos das frater-nidades vinculadas à OFS e devotos do Santo de Assis.

Dom Orani também anunciou que na igreja funcionará o secretaria-do nacional da OFS, de onde sairão as orientações para todos os francis-canos seculares, e espera que a recu-peração dessa memória ajude a recu-perar também os valores que levam as pessoas a terem o mesmo espírito de Jesus Cristo de fazer o bem.

bano, Luís Maurício Telles, Vigário da 3ª Forania do Vicariato Urbano, e dos frades Gilmar José da Sil-va, OFM, Roger Brunório, OFM e Edcarlos Mário Ho-ffman, OFMCap. A cele-bração contou ainda com a presença do prefeito Eduar-do Paes, do ministro nacio-nal da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS), Antônio Benedito Jesus da

| Comunicações | Agosto 2015 | 443

ela primeira vez no Brasil, os irmãos leigos das várias obe-diências franciscanas (OFM,

OFMConv, OFMCap e TOR) esta-rão reunidos de 4 a 7 de setembro no Seminário Santo Antônio de Agudos (SP). Promover a convivência fra-terna dos irmãos leigos do Brasil e identificar o que é próprio do irmão franciscano, na história e na espiri-tualidade, em vista de novas pers-pectivas, é o objetivo geral deste 1º Encontro Nacional, que tem como tema “A dimensão laical do Frade Franciscano: história, espiritualidade e perspectivas”.

A escolha da Província Francis-cana da Imaculada Conceição como anfitriã deste Encontro Nacional de

Irmãos Leigos de todas as obediên-cias franciscanas no Brasil foi motivo de júbilo para o Ministro Provincial Frei Fidêncio Vanboemmel: “Que todos sejam muito bem-vindos!”, alegrou-se.

Frei Fidêncio lembra que este encontro é muito significativo por-que acontece exatamente no Ano da Vida Consagrada. “Ele traduz aquilo que o Papa Francisco deseja como primeiro objetivo deste ano: olhar para a nossa ‘rica história carismáti-ca’ com gratidão. Uma família caris-mática que, segundo seu fundador São Francisco de Assis, foi concebida para ser em todos os tempos porta-dora da alegria do Evangelho. Este encontro também reflete aquilo que a Ordem dos Frades Menores foi na sua origem: simples e puramente

uma família de irmãos ‘dados pelo Senhor’. Mesmo se as contingências históricas deram aos frades um rosto muito clerical, é importante ressaltar que todos os frades, antes de serem clérigos, são irmãos. Portanto, ‘ser ir-mão’ é a vocação primeira do frade!”, observa Frei Fidêncio.

Frei Gilson Nunes, provincial dos Frades Menores Conventuais da Província São Francisco de Assis, define o encontro como momento de graça para toda a Família Fran-ciscana. “Para a Ordem Minorítica, reunir num único encontro os ir-mãos leigos das várias obediências significa um grande passo em dire-ção à unidade, à cooperação, à par-tilha, ao crescimento recíproco na fraternidade. Se não fosse somente o valor do encontro - como nos re-

FFB

Encontro HIstÓrIco Em agudosmOaCir BeGGO

1º Encontro nacIonal dE Irmãos lEIgos

| Comunicações | Agosto 2015 |444

corda o Papa Francisco, a cultura do encontro, vencer barreiras, precon-ceitos, quem sabe até prejuízos his-tóricos -, também é um momento privilegiado para se refletir a voca-ção do irmão no coração da Ordem e também no coração da Igreja”, in-dica Frei Gilson.

Para o Provincial, os irmãos leigos representam à Ordem Franciscana a possibilidade de um retorno criativo ao carisma. “Lembremo-nos que o nosso Pai Francisco não foi clérigo, muito menos presbítero, e há gran-des indícios e, também podemos di-zer, certezas históricas, nem diácono teria sido. Portanto, a nossa vocação é iminentemente laical numa Ordem mista, onde também os presbíteros são chamados a viver o seu sacerdó-cio na simplicidade, como Irmãos Menores. O que nos define é isso: sermos Irmãos Menores”, enfatiza, acrescentando:

“E a vocação do irmão leigo na Ordem Franciscana é a memória viva e muitas vezes inoportuna para uma Ordem que, ao longo da histó-ria, se clericalizou e tantas vezes se desviou do espírito fraterno e evan-gélico originário”.

Para Frei Tiago Santos, OFM-Cap, um dos membros da equipe de preparação, o encontro dos irmãos por si só já é uma bela oportunida-

FFB

“Evangelizar não é missão exclusiva do sacerdote”

Frei Fidêncio

“A vocação do irmão leigo é a memória viva e, muitas vezes inoportuna, para uma Ordem que ao longo da história se clericalizou e tantas vezes se desviou do espírito fraterno e evangélico originário”

Frei Gilson

de de troca de experiências, de par-tilha de vida, e de aprofundamento de uma vocação comum. “Em âm-bito franciscano, ele vem enrique-cer tanto a vida de cada confrade, como vem chamar a atenção das fraternidades provinciais para essa dimensão da vocação franciscana. O fato de fazermos um encontro em conjunto é motivo de alegria e um convite a alargarmos a nossa tenda, e juntos percebermos a bele-za de nossa vocação. Mas também não deixa de ser uma provocação a um sempre maior aprofundamento de nossa vocação franciscana, aqui mais especificamente em sua ex-pressão laical”, acredita Frei Tiago. Para ele, as partilhas são enriquece-doras, pois “geralmente não se fala de temas abstratos, mas da realida-de de cada um, de modo que isso traz vitalidade à vocação e ânimo no serviço ao reino de Deus”.

pErspEctIvasAs perspectivas que se apresen-

tam para uma revitalização do papel do irmão leigo na Ordem Francisca-na, quando a Igreja também ressalta o papel do leigo na Igreja, é vista por Frei Fidêncio dentro do avanço e da compreensão que hoje temos sobre o conceito de “evangelização”. “Não só avanço, mas também um resgate histórico impresso pelo Concílio Va-ticano II no apelo do ‘retorno às fon-tes’”, esclarece.

“O caminhar e as exigências his-tóricas fizeram com que a missão evangelizadora (entendida como pastoral e/ou ‘cura das almas’) fos-se tarefa quase exclusiva dos ‘sacer-dotes’, em detrimento da vocação laical cuja missão quase que exclu-sivamente se reduzia aos serviços do-mésticos (conventuais). Creio que a nova compreensão de Evangelização ajuda-nos a melhor compreender e acolher a missão da Vida Consagra-

da na Igreja, independentemente se alguém é ‘irmão’ ou ‘padre’”, recor-dou.

“A vida religiosa tem uma missão em si mesma! Portanto, hoje o papel do irmão leigo deve ser compreendi-do a partir do carisma originário da vocação franciscana e vivido a partir da fraternidade franciscana. Uma fraternidade onde cada membro foi concebido como um “irmão dado pelo Senhor”, independentemente dos ofícios que exerce. Por isso é de fundamental importância que cada fraternidade, para ser fraternidade (comunidade de irmãos), tenha seu projeto fraterno de vida e missão que contemple a missão evangelizadora de cada irmão a partir do chamado e do seguimento comum de Nosso Se-nhor Jesus Cristo, segundo São Fran-cisco de Assis”, enfatizou o Ministro Provincial da Imaculada.

Para ele, o papel do irmão leigo na Igreja e na Ordem depende fun-damentalmente da compreensão que se tem do conceito de evangelização,

| Comunicações | Agosto 2015 | 445

exatamente como São Francisco de Assis entendia a vocação francisca-na: “Para isto Ele vos mandou pelo mundo universo, para dardes teste-munho de sua voz, por vossas pala-vras e vossas obras...”

“Portanto, evangelizar não é mis-são exclusiva do sacerdote. É missão de todo o discípulo de Cristo. Assim, a evangelização perfeita é aquela que é compartilhada com os leigos, todos os leigos!”, finalizou Frei Fidêncio.

Para Frei Gilson, este encontro deve ser um momento de redesco-brir o papel do irmão leigo no inte-rior da Ordem. “Ou seja, redescobrir a própria pujança, o frescor do nos-so carisma e assim, nesse momento, também redescobrirmos junto com toda a Igreja a vocação inalienável do batismo, a vocação à santidade, à qual todos nós somos chamados e, portanto, redescobrir a graça de ser-mos irmãos e irmãs no Cristo Cabe-ça da Igreja”, avaliou o Provincial dos Frades Menores Conventuais, com-pletando: “Sentimo-nos honrados e felizes em viver esse momento his-tórico para a Família Franciscana do Brasil, para a Ordem dos Menores, para os Irmãos Leigos e para toda a Igreja”.

Já Frei Tiago lembra que, num

FFB

“O encontro não deixa de ser uma provocação a um sempre maior aprofundamento de nossa vocação franciscana”

Frei Tiago Santos

O encontro tem início na sexta-feira (4/9) com o almoço e terá como mo-derador Frei Rubens Nunes da Mota, (OFMCap–MS). Frei Walter de Car-valho Júnior (OFM), fará a acolhida fraterna em nome da Província da Ima-culada Conceição e Frei Jaime Batista (OFM), será responsável pela oração integradora. Neste dia, o destaque será a partilha de vida em pequenas frater-nidades.No dia 5, sábado, o encontro terá a as-sessoria do professor do ITF Frei Sandro Roberto da Costa (OFM), que abordará o tema “Revendo a história”. À tarde, a moderação será de Frei Mateus Bento (OFMCap–SP), com assessoria de Frei Bruno Scapolan (OFM), abordando o tema “Revendo a espiritualidade”.No domingo, dia 6, o moderador Frei Aloísio Cavalcante (OFMCap) abre os trabalhos e Frei Rubens Nunes Mota (OFMCap) tratará das “Perspectivas (projeto de vida)”; à tarde, sob a mode-ração de Frei Djair Galvan (OFMCap–RS), haverá partilha entre obediências. O encontro se encerra na segunda-feira (7), quando será feita a leitura e aprova-ção da Carta do Encontro com as pro-posições a serem enviadas às Conferên-cias e Províncias, avaliação e celebração de envio.

mundo plural em que vivemos, so-mos provocados a aprofundar cada vez mais aquilo que somos, as esco-lhas que fazemos, enfim, nosso lugar na sociedade e na Igreja. “Celebran-do cinquenta anos da Perfectae Cari-tatis, que nos convida à volta às ori-gens cristãs e a uma atualização do carisma, somos interpelados a juntos refletirmos sobre nossa história, nos-sa espiritualidade e perceber quais perspectivas temos para a caminha-da. O irmão, pelo próprio estilo de vida que assume, tem diante de si uma pluralidade de perspectivas, in-tra e extra eclesial”, acrescenta, citan-do como exemplo o tema da profis-sionalização, que provoca a repensar nossa vida religiosa ante realidades tão diversas e por vezes complexas.

Frei Tiago lembra os desafios de conciliar vida de trabalho e vida fraterna e de como viver estas di-mensões do frade menor em suas realidades. “Mesmo sem muitas res-postas, mas sabedores dos desafios e interpelados por estes, nos coloca-mos a caminho, para juntos, parti-lhando a vida, encontrarmos meios evangélicos de viver a nossa voca-ção. O contato com os leigos não é só necessário, mas benéfico, salutar. Partilhamos da mesma vocação uni-versal à santidade, temos muito a dar e a receber. A vocação comum dada pelo batismo nos faz caminhantes de um mesmo caminho. O fato de não pertencermos à hierarquia nos faz ainda mais próximos. Tratando-se de uma reflexão em terreno francis-cano, diria que o esforço que nossas obediências têm feito junto à Santa Sé para que nos reconheçam como fraternidades mistas já sinalizam que buscamos aumentar a ‘simetria fra-terna’, por muitos anos, acentuada-mente desigual”, acentuou Frei Tia-go, completando: “Nosso encontro é um sinal de união fraterna, de busca comum”.

programação

| Comunicações | Agosto 2015 |446

a vocação do FradE mEnor (lEIgo): a ÚnIca, dE Fato, na vIda FrancIscana

E a eles (sacerdotes pobrezinhos) e a todos os outros quero temer, amar e honrar como a meus senhores. E ajo desta maneira, porque nada vejo corporalmente neste mundo do mesmo altíssimo Filho de Deus, a não ser o seu Santíssimo Corpo e seu Santíssimo Sangue que eles recebem e só eles ministram aos outros.

(Test 8-10)

Bem-aventurado o servo que põe fé nos clérigos que vivem retamente segundo a forma da Igreja Romana. E ai daqueles que os desprezam; conquanto sejam pecadores, no entanto, ninguém deve julgá-los, porque Deus reserva unicamente para si o direito de julgá-los.

(Ad 26,1-2)

Devemos também visitar as igrejas com frequência, venerar os clérigos e reverenciá-los, embora sejam pecadores, não somente por causa deles, mas por causa do ofício e do ministério do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo que eles sacrificam no altar, recebem e aos outros ministram.

(2Fi, 33)

E assim como o Senhor Deus vos honrou acima de todos por causa deste ministério, de igual modo também vós amai-o, reverenciai-o e honrai-o acima de todos.

(Ord 24)

uma ExpErIÊncIa (constrangEdora?) rEcorrEntE

Vejo que em nossos dias, nos en-contros de irmãos leigos, seja em ní-vel provincial, seja em nível de Con-ferência, – e também em Capítulos em que irmãos clérigos e leigos par-ticipam –, é quase de praxe perguntar pela identidade, formação e missão do irmão leigo hoje. Isso, sem dúvida, é bom e oportuno. Mas a mim, parti-cularmente, me incomoda um pouco a insistência na pergunta. Creio que

seja de suma importância interro-garmo-nos sempre sobre a identi-dade, formação e missão do frade menor hoje, ou seja, é vital que os frades jamais percam de vista o que os caracteriza e o que são chamados a ser no momento histórico em que cada entidade da Ordem vive, consi-derando sobretudo as mudanças de época, praticamente globalizadas, e em ritmo tão acelerado. Isso tudo, portanto, em vista de uma atualiza-ção, e, quem sabe, de uma ressigni-

FFB

Pier

o Ca

sent

ini

| Comunicações | Agosto 2015 | 447

ficação da nossa identidade e missão. Essas duas dimensões, em outras pala-vras, precisam sempre ser revistas com olhos de atualidade. Porém, receio que a recorrência destas perguntas endere-çadas aos irmãos leigos possa esconder um desvio de compreensão da própria vocação franciscana.

dEsvIo dE comprEEnsão da vocação FrancIscana

O fato de se insistir em que os irmãos leigos “expliquem-se”, ou seja, redefi-nam-se enquanto frades, em termos de identidade e missão, pode ser justifica-do em termos de contingências. A pri-meira delas é a condição de minoria. Os irmãos leigos são em torno de 17% do total de frades da Ordem. Como em qualquer sociedade, é natural que mino-rias tenham que se explicar e mostrar a

que vêm. Uma segunda contingência provém do fato de a Igreja classificar os seus membros, isto é, os fiéis batizados, em duas categorias (status): a laical e a clerical. Assim, sendo clerical a gran-de maioria dos frades, é de certo modo compreensível que a minoria dos irmãos leigos, talvez de maneira não tão explíci-ta, seja vista como uma espécie de exce-ção, como um grupo de segunda classe ou segunda categoria, como frades meio pela metade, frades de vocação não--completa. O estado clerical traria então algum tipo de complementação e confe-riria algum tipo de plenitude à própria vocação franciscana.

É bom já lembrar que, em termos de espiritualidade franciscana, essas contingências não deveriam se cons-tituir em problema algum para os ir-mãos leigos, visto que a “perfeita ale-

gria”, portanto, a cruz, não é dimensão secundária em nossa forma de vida.

Porém, vejo que pode haver um des-vio de compreensão da própria vocação franciscana quando ela não é considera-da como um único caminho ou opção, mas como dois: o clerical e o laical. Não faz muito tempo, talvez 50 anos atrás, tí-nhamos disso um exemplo emblemático e extremo: em uma mesma casa, dois noviciados, um para os clérigos, outro para os leigos, praticamente não haven-do comunicação entre eles.

a ÚnIca vocação (laIcal) FrancIscana

Penso que quando um postulante bate à porta de nossos noviciados, ele não deve encontrar nada além de um único caminho de vida, que é justa-mente o do frade menor. E, neste senti-

FFB

| Comunicações | Agosto 2015 |448

do, deve encontrar o caminho do frade menor leigo, uma vez que a condição para se entrar na Ordem é ser batizado. De fato, em termos de essência, não há necessidade alguma da vocação clerical (sacerdotal) para a vida de frade menor. Todos nós fizemos – e os novos que che-gam, fazem – o noviciado como leigos, como simples batizados (com exceção dos que nos procuram já tendo sido or-denados sacerdotes). Quando fizemos a Primeira Profissão, ou mesmo a Solene, as fizemos como leigos, prometendo vi-ver o Evangelho, segundo o exemplo de

em geral, os irmãos leigos é que têm que fazer “malabarismos” para explicar por que decidem ser simplesmente frades menores. Na realidade, a meu ver, quem, no processo formativo, deveria dar con-vincentes e adequadas motivações para assumir o sacerdócio, ou seja, acrescen-tar outra vocação à sua vida de frade, seriam justamente os que almejam, na Ordem, a vida clerical. Novamente, em termos de essência, não existe frade sa-cerdote na Ordem. Existe o frade que também é sacerdote, pois trata-se de vo-cações distintas, não dependentes entre

de receber irmãos leigos na Ordem, e tantas outras vicissitudes no decorrer da história franciscana, mostram que o processo de clericalização no interior da Fraternidade iniciou-se muito cedo e desenvolveu-se, ora mais ora menos, nas diversas reformas ocorridas, até os dias de hoje. Esta constatação, em princípio, não revela nada de mal. O importante seria a experiência do único caminho fraterno do sine proprio, da minoridade, da vida em comum, de irmãos. Porém, a clericalização da Ordem, mesmo no contexto da vertente carismática laical

si, mas que se coadunam para o bem, sem dúvida, da Igreja. Perigo, portanto, é propor aos candidatos, no processo de adesão à Ordem, a vocação franciscana como sendo composta por dois cami-nhos possíveis, e não como um único, que vem expresso em nossa identidade carismática: o caminho do irmão menor (leigo). Porque, por fim, também aquele que se tornará sacerdote na Ordem, não renegará sua condição primordial leiga e batismal.

clErIcalIZação E clErIcalIsmoO fato de que São Francisco, logo nos

inícios, tenha acolhido, entre seus frades, irmãos sacerdotes, a posterior proibição

de Francisco, não conseguiu evitar um mal particularmente danoso a todos: o clericalismo. O Papa Francisco reitera-damente tem atacado esse desvio que não é só da Ordem, mas, mais ampla-mente, de toda a Igreja. E entre os frades, o clericalismo não é privilégio de parte dos sacerdotes. Também considerável número de irmãos leigos são clerica-listas, ou seja, veem-se não a partir da vocação essencial franciscana, mas a partir do clérigo, do que estes fazem ou deixam de fazer, do que eles podem ou não. Em outras palavras, há irmãos leigos (eu, provavelmente, incluído en-tre eles) que se compreendem mais a partir do que eles não são, do que, po-

ele e seus irmãos se chamassem frades menores. E é nisto que encontramos a identidade e missão da nossa Ordem: na fraternidade e na minoridade.

Por isso, perguntar seguidamente sobre a vocação do irmão leigo, como se ela não fosse clara, pode denunciar uma falta grave: justamente a falta de clareza quanto à vocação franciscana propria-mente dita. Pois a identidade do frade menor leigo é a que pressupostamente “aprende-se” em qualquer noviciado da Ordem. Em nenhum de nossos novicia-dos deveria ser correto perguntar: Você quer ser frade sacerdote ou leigo?, pois a palavra sacerdote, aí nesse caso, sobra à vocação franciscana. E o pior é que,

Francisco. Como em boa par-

te das várias formas de vida consagrada na Igre-ja, originalmente e fun-damentalmente, a vida franciscana não está em nada vinculada à vida clerical ou sacerdotal, a não ser no que diz respeito à extrema re-verência e respeito, que Francisco espera dos seus frades, para com o Corpo do Senhor e para com os sacerdotes que no-Lo ministram.

Por inspiração divi-na, Francisco quis que

FFB

Pier

o Ca

sent

ini

| Comunicações | Agosto 2015 | 449

sitivamente, a partir da vocação bela, desejável, alegre e entusiasmante que prometeram um dia viver com total dis-ponibilidade e entrega.

Sem pretender elencar outras possí-veis causas, parece-me que o clericalis-mo dos irmãos sacerdotes e dos irmãos leigos nasça sobretudo do esquecimento do sine proprio e do decorrente apego não somente aos bens, mas também aos próprios conceitos e projetos, e ainda do apego ao poder. Vem-me à mente a “querela” de São Francisco com um no-viço que insistia em ter um breviário, e o Santo sempre rejeitando o seu pedido. O noviço insistia e São Francisco nega-va. Até que vem a pergunta do por que São Francisco não lhe concedia a posse de um breviário. E a resposta: “Primei-ro você passa a ter um breviário, depois você dirá: - Irmão, traga-me o breviário”. Trata-se, assim, da intermitente tentação do ter, que, consequentemente, leva ao poder. Decorrentes disso vêm a presun-ção, a prepotência, a incapacidade de es-cutar e de dialogar abertamente, a falta de jeito no trato com as pessoas, o aban-dono da postura de serviço e as buscas por privilégios, vantagens e recompen-sas, entre outras coisas.

a EvangElIZação a partIr da ÚnIca vocação FrancIscana

Chamados, por vocação, a evange-lizar e a anunciar a Boa-nova, todos os frades, antes de tudo assim o fazem pela vida de fraternidade e pela minoridade, isto é, pela própria identidade vivida com generosidade, creio, é que se evangeliza. Depois, segundo a visão de São Francis-co, há outras formas de anúncio, incluin-do o trabalho nas mais diversas áreas. Os frades que optam por se tornarem tam-bém sacerdotes assumem um tipo de evangelização ministerial, voltada mais especificamente para a pregação da Pa-lavra e a administração dos sacramentos. Por sua vez, assim o fazem continuando a seguir o único caminho franciscano. E então, a vocação clerical assumida

por um frade não lhe deveria abrir ou-tro caminho, sabendo que o seu modo de evangelizar deve partir e ser expres-são da única vocação do frade menor.

consEQuÊncIas E dEsaFIos1) Os frades responsáveis pelo serviço de

animação vocacional precisam ter cla-reza sobre o único caminho francisca-no do frade menor, como identidade carismática, e devem saber expô-lo aos candidatos que nos procuram com a intenção de tornarem-se sacerdotes;

2) Todos os frades, mas especialmente os envolvidos nas etapas da formação inicial, da mesma forma, devem estar cientes de que o processo formativo, até a profissão solene, não tem neces-sariamente nada a ver com a forma-ção para o sacerdócio. A impostação correta logo no início é decisiva, pois, conforme ensina S. Tomás de Aquino, em De ente et essentia, “um erro pe-queno no começo é grande no final”.

3) A formação inicial para todos os fra-des deveria ser única, e não poderia ser identificada com a formação ecle-siástico-clerical dos que aspiram aos ministérios ordenados. Mesmo em termos de tempo de formação, não se deveria “atropelar” os anos de forma-ção do frade menor – de estudos e ex-periências fraternas e evangelizadoras -, com os estudos propriamente ditos em vista da ordenação sacerdotal;

4) No período da formação temporária, antes da formação profissional e\ou ministerial, deveria haver, para todos os frades, indistintamente, um tempo dedicado exclusivamente à formação e estudos franciscanos, organizado com um conteúdo programático de acordo com aqueles elementos indi-cados na Ratio Studiorum da Ordem;

5) A formação inicial bem realizada, com base na nossa identidade mais fundamental, ajudaria a não se cair no clericalismo, seja por parte dos ir-mãos leigos, seja por parte dos irmãos sacerdotes;

6) Um modo, talvez, de afrontarmos o nosso decréscimo em número de fra-des, e mesmo em nossa qualidade de vida fraterna e evangelizadora, pode-ria ser o “retorno” à nossa vertente ca-rismática mais originária: nossa única vocação de frades e menores;

7) A minoridade é nossa primeira iden-tidade, sem a qual podemos nos des-viar para um fraternismo cômodo, sem constituir, de fato, fraternidade, que é a nossa primeira forma de evan-gelização;

8) Os irmãos todos, sacerdotes e leigos, precisam ampliar a compreensão so-bre a evangelização e o trabalho, que não se restringe ao âmbito das igrejas, das liturgias, dos sacramentos, das es-truturas eclesiais e eclesiásticas;

9) Temas candentes em nossos tempos, como justiça, paz, integridade da Cria-ção, solidariedade para com os pobres, imigrantes e refugiados, entre outros, abrem um leque evangelizador amplo, que vai além do âmbito ministerial do sacerdote propriamente dito.

tEntando concluIrNessas esparsas ponderações acima,

procuramos afirmar a laicidade da vo-cação franciscana. Elas, em nada e a ne-nhum propósito, menosprezam ou des-respeitam a vocação daqueles frades que decidem tornar-se sacerdotes. Talvez, os frades, sacerdotes e leigos, ao encarna-rem a única e fundamental vocação de irmãos e menores, acolheriam e aten-deriam, de maneira mais profunda, às fortes e contundentes admoestações de São Francisco no que diz respeito à ve-neração daqueles que nos ministram o Corpo de Senhor, como evidenciam os textos que abrem esta reflexão. Com isso, estaríamos contribuindo decisivamente não somente para o bem da Ordem, e sua necessária renovação, mas também para o bem da própria Igreja, que busca livrar-se do clericalismo que a fere.

Frei Walter de Carvalho Júnior

FFB

| Comunicações | Agosto 2015 |450

Capítulo Provincial

Caros confrades, Paz e Bem!

os dias 13 e 14 de julho, a Comissão Preparatória do Capítulo Provincial 2016

esteve reunida na Sede Provincial para dar continuidade ao serviço a ela confiado. Queremos já partilhar com todos alguns encaminhamen-tos dados, na intenção de fazer do Capítulo um “verdadeiro sinal da comunhão fraterna” (CCGG 188).

O tema já é do conhecimento de todos: “Evangelizar como Irmãos e Menores”. Aos membros da Comis-são Preparatória pareceu impor-tante escolher também um lema de inspiração bíblica. Dentre os vários sugeridos, optou-se por Jo 13,15: “Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo que eu vos fiz”.

Quanto à metodologia, julgamos importante adotar decididamente a dinâmica do “ver, julgar, agir e cele-brar”. Isso desde agora na prepara-ção do Capítulo, como também na sua realização. Julgamos necessário que, no Capítulo, a apresentação

dos relatórios do Visitador Geral e do Ministro Provincial seja precedi-da de uma análise de conjuntura da sociedade e da Igreja.

Outras comissões vão traba-lhando em documentos que farão parte do Instrumento de Trabalho do Capítulo, tais como o Plano de Evangelização, os Planos de Provín-cia das Cinco Frentes de Evangeliza-ção, as Diretrizes para a Formação, um Programa Trienal de Formação Permanente e os textos jurídicos (Estatutos Particulares da Provín-cia, Estatutos Peculiares dos dois Secretariados e o Regimento do Ca-pítulo). Estes textos serão enviados com antecedência aos frades para apresentarem sugestões e emendas ainda antes do Capítulo.

Alguns frades serão contatados para algum serviço específico antes ou durante o Capítulo. Queremos contar com a colaboração de todos.

Como no último Capítulo, tam-bém este quer dedicar tempo e espa-ço para a partilha de fatos marcantes da vida dos frades, das fraternida-

des e dos campos de evangelização. É importante que cada lugar vá pre-parando material fotográfico, au-diovisual e de divulgação.

Lembramos aos guardiães/coor-denadores que o prazo final para o envio de contribuições das Frater-nidades a partir do “Instrumento de Consulta” é 15 de agosto. En-viem por correio eletrônico para [email protected]. Logo nos dias seguintes uma comis-são vai trabalhar com este material e uma síntese será devolvida para conhecimento das fraternidades.

Mais importante de tudo é viver o Capítulo Provincial, desde a sua preparação, como um momento privilegiado para dar novo ânimo às questões fundamentais da vida e da missão de nossa Província.

Pela Comissão Preparatória do Capítulo Provincial,

Frei César Külkamp (secretário) e

Frei Antônio Michels (coordenador)

notÍcIas da comIssão prEparatÓrIa do capÍtulo provIncIal

| Comunicações | Agosto 2015 | 451

Capítulo Provincial

omeçou no dia 11 de julho o processo de visita canôni-ca à Província da Imaculada

Conceição do Brasil, já em vista do próximo Capítulo Provincial, a ser realizado em janeiro de 2016. O visitador eleito para esta função foi Frei Nestor Schwerz, da Província de São Francisco, RS. Frei Nestor assumiu o lugar de Frei Valmir Ra-mos, da Custódia do Sagrado Co-ração de Jesus, SP, que havia rece-bido o encargo por primeiro, mas acabou eleito Definidor Geral para a Ordem Franciscana no Capítulo Geral deste ano.

A visita começou pela Frater-nidade do Convento Santo Antô-nio, no Largo da Carioca, Centro do Rio de Janeiro. Frei Nestor segue o cumprimento do crono-grama já estabelecido até o final de novembro deste ano, quando se encerra esta etapa de visitação, na Fraternidade do Convento São Francisco, em São Paulo, SP. Vão ser quase seis meses de intensa atividade, período em que Frei Nestor irá conversar pessoalmente com cada um dos quase 300 fra-des da Província, além de buscar informações e impressões sobre o trabalho de evangelização realiza-do pelos irmãos. Estão previstos também encontros com bispos das Dioceses onde os frades atu-am, leigos em geral e também com as fraternidades da Ordem Fran-ciscana Secular que estão sob o cuidado dos frades. Está também prevista sua ida à Fundação Ima-culada Mãe de Deus, em Angola, país onde os frades estão presentes em missão há 25 anos.

Em carta enviada a todos os fra-des da Província, O Ministro Pro-vincial, Frei Fidêncio Vanboemmel lembra que “Frei Nestor, segundo as nossas Constituições Gerais, em nome do Ministro Geral, visita nossas fraternidades para: conver-sar com cada um de nós; conhecer as nossas condições; examinar nos-sas iniciativas; fomentar as nossas

atividades; promover entre nós o espírito de fraternidade; admoes-tar e confortar a cada um de nós segundo a Regra e corrigir-nos em nome e com a autoridade do Mi-nistro Geral. (cf. CCGG Art. 213 e RB 10,1, RnB 4,2)”. Até maio deste ano, Frei Nestor Schwerz morava em Roma, onde estava a serviço da Ordem como Definidor Geral.

FrEI nEstor InIcIa vIsIta canÔnIcaFrei GUsTaVO meDella

| Comunicações | Agosto 2015 |452

Capítulo Provincial

CAPÍTULO PROVINCIAL 2016Carta de informações aos Irmãos

São Paulo, 9 de julho de 2015.Caro Irmão, Paz e bem!

Minha saudação fraterna a você, Irmão desta querida Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.É com boa disposição, com fé e amor, como Irmão menor, que assumo este serviço fraterno de Visitador da Fraternidade Provincial em vista do Capítulo ordinário eletivo de 2016. Por razões já conhecidas de todos, os encaminhamentos iniciais do processo de preparação foram feitos. Após minha volta ao Brasil, uma breve visita à mãe e familiares, cheguei todo inteiro nesta Província para o serviço que o Ministro Geral Frei Michael Perry me solicitou e para o qual me nomeou.

Venho aqui comunicar várias informações e orientações práticas em vista do bom andamento do processo capitular. Todos sabemos que o Capítulo Provincial é um evento de máxima importância. Dizem nossos Estatutos Gerais: “O Capítulo é uma instituição da maior importância para a direção da vida e da missão dos irmãos na Província” (art. 165).

1. PARTICIPAÇÃO E INSCRIÇÃO DOS IRMÃOS AO CAPÍTULO

Conforme os Estatutos Particulares da Província, artigo 59, TODOS OS IRMÃOS PROFESSOS SOLENES DA FRATERNIDADE PROVINCIAL SÃO CAPITULARES: uns, por dever de ofício, e outros, por direito e decisão pessoal.

No parágrafo 1° são elencados os IRMÃOS QUE ESTÃO PREVIAMENTE CONVOCADOS POR DEVER DE OFÍCIO A PARTICIPAR DO CAPÍTULO: o Presidente do Capítulo; o Ministro Provincial e o Vigário Provincial; os Definidores; o Secretário da Província em exercício; o Ecônomo Provincial; os Guardiães e Coordenadores de Fraternidades; o Presidente da Fundação Imaculada Mãe de Deus de Angola; os Secretários dos Secretariados; os Animadores dos Serviços (JPIC, SEFRAS, SAV); o Moderador da Formação Permanente e o da Evangelização Missionária; o Presidente da Comissão Preparatória; os Mestres dos Postulantes, dos Noviços, dos Estudantes de Filosofia e dos Estudantes de Teologia; os Coordenadores dos Regionais e um representante dos Frades Estudantes, Professo Solene.

No parágrafo 3° se faz referência aos OUTROS IRMÃOS PROFESSOS SOLENES QUE QUEIRAM PARTICIPAR DO CAPÍTULO E QUE DEVEM FAZER SUA INSCRIÇÃO. Segue nesta carta uma ficha a ser preenchida por estes Irmãos que querem participar e não estão na lista dos que devem participar por dever de ofício. Veja no anexo 1 esta ficha de inscrição a ser preenchida. A devolução desta ficha de inscrição, conforme os EEPP, no mesmo parágrafo, é prevista até dois meses antes do Capítulo. Porém, por questão de boa

| Comunicações | Agosto 2015 |

organização, peço, por favor, que ma devolvam, se possível, até o dia 31 de agosto.

Todos os Irmãos de Profissão Solene, presentes no Capítulo, deverão permanecer do início ao final e gozam de voz ativa e direito a voto nas decisões capitulares (cf. Art. 59, §4).

2. ELEIÇÃO DO MINISTRO PROVINCIAL

A ELEIÇÃO DO MINISTRO PROVINCIAL OBEDECE AO SEGUINTE PROCESSO, conforme o artigo 61 dos Estatutos Particulares.

a) Teremos uma primeira etapa para indicação dos candidatos a Ministro Provincial. Veja cédula no anexo 2. Indique dois nomes e envie a cédula preenchida ao Presidente do Capítulo até 31 de agosto do corrente ano. Da apuração deste escrutínio resultará a relação dos 10 nomes mais indicados.

b) Em seguida, teremos um segundo passo em base aos 10 nomes mais indicados. Cada Irmão receberá, no tempo devido, a cédula para indicar um nome entre os 10 relacionados. O resultado deste escrutínio será enviado ao Ministro Geral e seu Definitório para homologação de cinco candidatos elegíveis.

c) A segunda etapa tem por finalidade a eleição propriamente dita do Ministro Provincial. Em tempo oportuno, cada Irmão de Profissão Solene receberá a cédula com os cinco nomes homologados e elegerá um deles para Ministro Provincial. Para a validade deste escrutínio se exige o retorno de dois terços de votos dos Irmãos com direito de votar. A apuração desta votação será feita no início do Capítulo. Caso um dos Irmãos obtenha a maioria absoluta dos votos, considera-se eleito Ministro Provincial.

3. INDICAÇÃO DOS CANDIDATOS AOS OFÍCIOS DE VIGÁRIO PROVINCIAL E DEFINIDORES

A INDICAÇÃO DOS CANDIDATOS A VIGÁRIO PROVINCIAL E DEFINIDORES, em caráter de sondagem de opinião da Fraternidade Provincial, segue este procedimento:

a) Cada Irmão de Profissão Solene indica um nome para candidato a Vigário Provincial. Veja no anexo 3 a cédula para esta indicação.

b) Para Definidores Provinciais, cada Irmão de Profissão Solene indique seis nomes. Veja no anexo 4 a cédula para esta finalidade.

c) A devolução destas cédulas ao Presidente do Capítulo deverá ser feita, via correio postal, até 31 de agosto do corrente ano.

Peço fraternalmente aos guardiães e coordenadores o serviço de distribuir aos confrades de sua fraternidade esta carta, com os devidos anexos, e recolhê-los e enviá-los a mim, com tempo suficiente, respeitando os prazos programados em vista do bom andamento da preparação do Capítulo.

Na certeza de podermos juntos preparar da melhor forma possível este evento fraterno e de graça, rogo a bênção de nosso pai Francisco e de nosso Deus Trindade sobre cada um de vocês.

Seu irmão menor e servo,

Frei Nestor Inácio SchwerzVisitador Geral

453

Capítulo Provincial

| Comunicações | Agosto 2015 |454

o dia 23 de maio de 2015, Dom Oscar Romero foi be-atificado pela Igreja Católica.

Nasceu em Cuidad Barrios (El Salvador) e foi assassinado aos 24 de maio de 1980, enquanto celebrava Missa no Hospital Divina Providên-cia, em San Salvador. Tinha 63 anos e era o quarto arcebispo daquela cida-de. O mandante do crime foi o major Roberto d´Aubuisson. Passados 35 anos, ninguém ainda foi julgado.

De família pobre e numerosa, Dom Oscar tinha, inicialmente, po-sições moderadas diante de questões sociais. Porém, vários acontecimentos o levaram a abraçar a causa dos pobres.

Em primeiro lugar, não podemos esquecer que a graça de Deus age em tudo e em todos. Porém, fatos concre-tos “mexeram” com sua vida. Acom-panhou, de perto, a morte de dois Pa-dres que defendiam os camponeses. Presenciou constantes violações dos Direitos Humanos, tanto por parte do governo como do “esquadrão da morte”. No ano de sua morte (1980), aconteceram outros 1.070 assassi-natos. A Guerra Civil exterminou a vida de aproximadamente 75.000 cidadãos salvadorenhos. Por fim, a inércia do governo diante desses fatos e as interferências internacionais, es-pecialmente dos Estados Unidos, que apoiavam e patrocinavam a guerra, sem dúvida, inquietaram o coração daquele bom pastor.

Estes dados, acima citados, foram publicados pela mídia, por ocasião da beatificação.

As ações concretas, realizadas pelo bispo, foram as constantes visitas às paróquias, através das quais tomava conhecimento da real situação em que

bEatIFIcação dE dom romEro

o povo vivia. Utilizou, então, os pro-gramas radiofônicos e as homilias, em defesa dos injustiçados. Vejamos al-gumas de suas palavras: “Tenho sido, frequentemente, ameaçado de morte. Devo dizer que, como cristão, não acredito na morte sem ressurreição. Se me matarem, ressuscitarei no povo salvadorenho” (Homilia 20/11/1977). “Uma religião feita de missa domini-cal, mas seguida de semanas injustas, não agrada ao Senhor. Uma Igreja que se sente bem, esquecendo-se de pro-testar contra as injustiças, não é uma Igreja querida por Jesus” (Homilia 04/12/1977).

Tal postura de vida incomoda e perturba, assim como aconteceu com Jesus.

O Vaticano, ao receber o proces-so de beatificação, enviado pela ar-quidiocese de San Salvador em 1993, ficou diante do dilema: o martírio foi por causa da fé ou por motivos po-líticos.

Ao tomar a decisão, o Papa Fran-cisco se apoiou, também, nos seus

antecessores. Nas duas visitas que João Paulo II fez àquele país (1983 e 1996), rezou diante de seu túmulo. Em 2007, Bento XVI disse aos jorna-listas salvadorenhos que o martírio de Dom Oscar “foi um testemunho de fé e que merecia ser beatificado”.

No dia 04 de fevereiro de 2015, o Papa Francisco publicou um decreto afirmando que “Dom Oscar Romero foi mártir da fé e não por motivos po-líticos”. Segundo as normas da Igreja Católica, quem é martirizado por causa da fé, não precisa de um mila-gre comprovado para ser beatificado. É o que aconteceu com Dom Oscar.

Uma mãe salvadorenha assim es-creveu ao Papa ao saber desta notí-cia: “Eu tinha 15 anos quando minha mãe ouvia as homilias de Dom Ro-mero, na rádio. Graças a ele, conheci o Evangelho de Jesus. Aprendi que, para encontrar Deus, não devemos olhar para o alto, mas à nossa volta porque Deus caminha conosco, ao lado do pequeno e do pobre, do in-justiçado e marginalizado”.

lUiz yaKOVaCz

Notícias e Informações

artIgo

| Comunicações | Agosto 2015 | 455

Faleceu no dia 19/7, em Gua-ratinguetá (SP), Irmã Othildes, re-ligiosa da Congregação das Irmãs Franciscanas de Siessen. Ela fora internada na UTI do Hospital Frei Galvão com problemas respirató-rios no último dia 15 e veio a fale-cer no dia 19, às 20h09, em decor-rência de complicação pulmonar.

O Ministro Provincial Frei Fi-dêncio Vanboemmel, em nome de todos os frades da Província, solidariza-se com as Irmãs de Sies-sen nessa Páscoa da Ir. Othildes e agradece a Deus pelo carinho e preciosa colaboração desta queri-da irmã na animação vocacional

Siessen, e que faleceu em março deste ano. Formando fraternidade com as duas, vá-rias irmãs também lá trabalharam, entre elas, por mais tempo, a Irmã Edite. Antes da transferência para o Seminário, Irmã Othildes empenhara seus dias no cuidado aos doentes do hospital da cidade, por cer-ca de 40 anos. Era parteira famosa, muito procurada. Tinha tal sensibilidade que,

Notícias e Informações

não raro, era ouvida pelos médicos, em certos casos. Já no seminário, desempenhou o trabalho de refeito-rária, com fidelidade impressionan-te. Incontáveis são as vezes em que, com cuidado de mãe, fazia chás curativos para os frades e semina-ristas gripados, que não olvidavam em pedir-lhe ajuda. Os frades que conviveram com ela contam muitos casos engraçados, sobretudo pelo seu modo “próprio” de falar o Por-tuguês, carregado de sotaque, sem diferenciar os gêneros masculino e feminino. Era sempre com sorriso que Irmã Othildes acolhia as pes-soas. Religiosa fiel e animada, Irmã

novo E-maIl dE d. joão boscoD. João Bosco comunica seu novo email: [email protected]

FrEI clEmEntE mÜllErFrei José Clemente Müller está residindo no Convento della Transfigurazione di N.S.G.C., P.O.B 16 - Monte Tabor - 1610001 - Nazareth - Israel. Tels.: +972.4 667.63.00/ +972.4 662.07.20

vIla vElHa A Fraternidade do Santuário do Divino Espírito Santo tem um novo nº de Caixa Postal: 240

da sEcrEtarIa provIncIalFalEcImEnto

d. adElIna junKlaus bEcKEr

FalEcE Ir. otHIldEs, das Irmãs FrancIscanas dE sIEssEn

dos nossos frades e seminaristas.

dEpoImEntoPor 25 anos, Irmã Othildes, antes de

recolher-se em Guaratinguetá nos últimos tempos, dedicou-se aos frades e semina-ristas de Agudos. Para lá fora enviada com Irmã Maria José, a primeira vocação brasileira da Congregação das Irmãs de

Othildes mantinha intensa vida de ora-ção. Comenta-se que ela tinha “interces-são forte”: alcançava o que pedia. Por esse motivo, muitos se recomendavam às suas orações. Deixam saudades, boas lem-branças e sentimento de gratidão os anos vividos em companhia da Irmã Othildes e suas companheiras.

Frei Walter de Carvalho Júnior

Aos 90 anos de idade, faleceu no dia 2 de julho, em Ituporanga, Dª Adelina Junklaus Becker, mãe de Frei André. Ela deixa 9 filhos (dois são falecidos), 35 netos e 32 bisnetos. Natural de Ituporanga, nasceu

no dia 27 de agosto de 1924 e foi ca-sada com Nicolau Henrique Becker (falecido há dez anos) durante 62 anos. Segundo Frei André, nos últimos 10 anos, ela se dedicava à oração (em média 4 horas por dia) e o restante com o seu pas-satempo predileto: bordados com ponto cruz.

AGENDA 2015Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil(*) As alterações e acréscimos estão destacadas

2016janeiro 05 Primeira Profissão dos Noviços (Rodeio)14 a 17 Missões de Férias da Juventude (Chopinzinho)15 Vestição dos Noviços (Rodeio)18 a 26 Capítulo Provincial

aBriL25 a 29 Reunião da UCLAF (Cochabamba, Bolívia)

juLho JMJ (Itália e Polônia)

Agosto

06 a 09 Assembleia Ordinária da FFB (São Paulo)17 a 21 Retiro e reunião do Definitório Provincial24 a 28 Encontro dos Ecônomos da CFMB, (São Luís, MA)31 Encontro do Regional do Vale do Paraíba (São

Sebastião)31 Encontro do Regional do Vale do Itajaí (Gaspar)31 a 01 Encontro do Regional do Contestado

(Curitibanos)31 a 01 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e

Alto Vale do Itajaí (Curitibanos)

setembro

01 a 04 Assembleia da CFMB (Manaus, AM)04 e 05 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense (Petrópolis - São Francisco)04 a 09 Encontro dos Irmãos Leigos OFM, OFMCap e

OFMConv (Agudos)5 a 7 Retiro para lideranças Jovens de SC (Rodeio)07 e 08 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial14 Reunião dos Mestres da Formação14 Encontro do Regional de Pato Branco14 Encontro do Regional Rio-Baixada (São João de

Meriti)14 Encontro do Regional de São Paulo (Amparo)14 e 15 Encontro do Regional do Leste Catarinense (S.

Amaro da Imperatriz)15 e 16 Conselho de Formação e Estudos (Petrópolis)19 Profissão Solene (Petrópolis)21 Encontro do Regional de Curitiba (S. Boaventura)21 Encontro do Regional de Agudos (Sorocaba - S.

Antônio)26 e 27 Ordenação Presbiteral de Frei Douglas Machado

(São José – SC) 27 Celebração dos 25 anos da Missão de Angola28 Encontro do Regional do Espírito Santo (Vila

Velha)

outubro

20 a 22 Reunião do Definitório Provincial26 a 30 Curso de Franciscanismo (Rondinha)26 a 30 Retiro Provincial (Agudos)30 a 02 Estágio Vocacional (Guaratinguetá)

Novembro

05 a 08 Estágio Vocacional (Ituporanga)09 a 11 Encontro Provincial da Frente de Comunicação da

Evangelização (Rondinha (PR)10 Encontro do Regional do Vale do Paraíba - local a

definir11 e 12 Reunião do Conselho Gestor das Entidades da

Província (Rondinha)16 Encontro do Regional do Espírito Santo -

recreativo - local a definir18 e 19 Encontro do Regional de Pato Branco (Recreativo)20 Encontro do Regional da Baixada e Serra

Fluminense23 Encontro do Regional de São Paulo (Bragança

Paulista)23 Encontro do Regional Rio-Baixada - Recreativo -

local a definir23 e 24 Encontro do Regional do Leste Catarinense -

Recreativo (Florianópolis)26 e 27 Reunião da Comissão Preparatória do Capítulo

Provincial30 Encontro do Regional de Agudos - Recreativo - 50

anos de vida religiosa de Dom Caetano (Bauru)30 Encontro do Regional do Vale do Itajaí

(Blumenau)30 a 03 1º Congresso de Educadores Franciscanos

(Curitiba)

Dezembro

07 Encontro do Regional de Curitiba - Recreativo (Caiobá)07 a 08 Jubileus;14 a 15 Encontro do Regional do Planalto Catarinense e

Alto Vale do Itajaí (Piratuba)14 a 17 Reunião do Definitório Provincial