i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r...

16
L' ^r__B_________B_HEH?^^'- ^ I m\//i-^^i'_i__^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr_r^^Wh%^ln__^.--~r<_'^'"'l __..___¦ ur'______\v_w__lM_LV. ' "*¦:;-;:"__M__É__»_»___..¦ ¦• ¦ ¦ ¦ ¦ ¦: __V__»___fir%______ -__p» -_—_-_- mm^ ¦¦-.' ¦Amim n_^B^__l3_l________l_^lSr\\ALFREDO ^Immtl Ê -i''"""*"¦*V-__\\'''-"^Sí-5te_.^,,ÍJ^w?*SiK_.; '-^V___HÍ_____________-_________________________________Me_^C *

Transcript of i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r...

Page 1: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

' ^r__B_________B_HEH?^^'- ^

I m\ // i-^^i'_i__^B B^Klll-^^^rsra-5 ¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr_r ^^Wh%^ln __^.--~r<_'^'"' l

__..___¦ ur'______\v_w__lM_LV. ' "*¦ :;-;:"__M__É__»_»___..¦ ¦• ¦ ¦ ¦ • ¦ ¦: __V__»___fir% ______ -__p» -_—_-_- mm^ ¦¦- .'¦Amim n_^B^__l3_l________l_^lSr\\ ALFREDO^Immtl Ê -i''"""* "¦*V-__\\''' • -"^Sí-5te_.^,,ÍJ^w?*SiK_. ; '-^V___HÍ_____________-_________________________________Me_^C *

Page 2: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

-H*s«—'• -**S~'~ -"¦v.-rHg-iiy.^ ^^^-~y,aff>^-^»r>^*^ .-¦¦¦'¦IP ¦—¦.'*¦"¦ -r .n'--'^"

Página 2 Sexta-feira, 5 de maio de 1950 O GLOBO SPORTIVO

Apresentamos nesta fiági*na o retrato e a descriçãode um famoso boxeur.

Quem e ele?Há alguns anos, havia na Califórnia um rapaz que possuía

tudo que Hollywood poderia desejar — o físico de Atlas, o perfilde Barrymore e certo talento dramático. Surpreendentemente,porem, os encantos da capital do cinema não o seduziam, poisele não queria ser artista. Acreditem ou não, o rapaz em questãoqueria ser pugilista.

Trabalhando na fazenda do pai, sonhava com o dia emque se tornaria campeão. E finalmente, com muita paciência,conseguiu convencer o pai a mandar construir um ginásio eum ring de box na fazenda. Depois que o ring ficou pronto,todos os empregados tomavam parte nesta nova diversão. Apóso trabalho, realizavam-se, varias noites por semana, lutas de

^ box das quais todos os presentes podiam participar.O rapaz gostava de lutar contra homens mais velhos e ex-

perimentados, pondo à prova a sua força. A principio, apa-nhava quase sempre, mas com o tempo foi aprendendo os tru-quês dos lutadores mais experimentados, não tardando que seachasse em condições de derrotar os empregados da fazenda.Ele achou, então, que Já podia tornar-se boxeur profissional. Aprincipio, sen pai opôs-se à idéia, mas por fim cedeu antv osinsistentes pedidos do filho e deu seu consentimento.

* * *

Na sua primeira luta como profissional, o rapaz teve deenfrentar uro boxeur com muitos anos de atividade no ring cque era um verdadeiro touro. Alguns amigos do rapaz acha-vam que este veterano talvez fosse um adversário muito peri-goso para quem se iniciava na difícil carreira, o rapaz, entre-tanto, não estava preocupado. Tinha confiança nos seuspunhos.

E não se enganava, pois venceu o adversário sem muitotrafoalho. Vieram outras lutas e o filho do fazendeiro continuoua vencer, revelando possuir um soco tremendo Estava agorabem lançado em sua nova carreira.

Um dia recebeu um convite para ir a Hollywood fazer um"test" cinematográfico. Para muita gente, isto teria sido o mes-mo que tirar a sorte grande. O dinheiro e a fama estariam aoseu alcance. Que devia fazer? Sina, trabalhar no cinema erabom, mas ele preferia trocar murros no rinjç com um adver-sarío. Foi sem o menor pesar rçue recusou o convite de Ho!-lywood.

Fizera uma escolha acertada, porque subiu rapidamente nescada da fama, derrubando todos os adversários. O seu socodevastador tornou-se conhecido em toda a eesfci do Pacifico.Estava sempre pronto a receber dois socos antes de desferir umdos seus í

-* * *

Uma noite ele entron no ring para enfrentar Frrinfc Onm-bell. outro iovem peso-pesado q«e muíto -rometia. Foi um com-bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubadoà, lona Ainda estava desacordado auando o arrastaram parao canto, onde Os seus "«-e/mndos" tudo fizeram para que elevoltasse a si, sem residir"**^ Campbel foi ti~nr;oort;irlo ime-diafaníente para um hospital, onde morreu sem recuperar ossentidos.

O vencedor da luta fico» dp=»»lado nor ter sido o r-,nnsa«lorinvoluntário da morte de Campbell e fnrou que abandonariao ring.

Ao pensar no futuro, lembrou-se do convite que Hollywoodlhe fizera muitos anos antes. Se o queriam naquela ocasião,talvez ainda o quisessem. F. assi?— foi ao estúdio cinemalo-gráfico que lhe oferecera o contrato.

Mas anos olhar ran ele. os m^»nrais do estúdio lhe flisse-ram oue 5*>feH~~eote ele não servi;» fitais. Por que?" As lutasha-viam deix^o «ele s~s« r"*w*e. O -rrfjl ootrora inrpeeavclse ac^fí^ira devido à vioVncii do<s muitos jrotpes mie recebera.Não nodia mais çer nm *raiã da tela, pois açora o scm aspeeioera o flt* — ¦«— verd^^ejí-o >io—eur.

Tristnnho, o rapaz voltou par», a fazenda do pai, entregan •do-se com afinco a»s mais darog trabalhos para se esquecer tioque acontecera. Â medida que o tempo foi passando, entre-tanto, a lembrança da hita de Campbell foi desaparecendo doseu cérebro. Voltou a treinar no gifsio. E finalmente resolveuvoltar ao ring.

* * *

Venceu a primeira luta da sua "rcntrée", embora não es-tivesse em sua melhor forma. Uma vez transposto este ohstâ-culo, pôs-se em marcha em direção ao topo. Seus adversário*

__ü^rwiiiiw*iiiiiiHuMiwir_íiiiitff^ _Ê___^$1£ ^_I_B^9____^^__MP^_B___B_fiW_H___P__r*______l___^ ~ ^y\.ii" ' _H_ _____¦ : ___^^^^'''' ' - '

*?^BB_k_3_n__J "• "•. ' v-v.',va. >". • ¦ :'.< 7.**",vRkJ_S''_"'jP i^^&a-^' ¦rP*_>_'>^_Ji- ; ¦ ¦'!___«_¦__—EfBRr' ¦B____rWr___t _^_y*wtS":k__»3hhS \ -Ç_* *"* ^^^^S?*^ r^^&fos^^ >- '*v in ^SppHr ^.p^mJWtBHpbS^^

-*"¦-' *"¦¦ ^ * ~ *H^f__ ** ('•¦• '**Mf<dff **-y:^"»g _?_X__3E-^i^_?^Ü____Í__KL' ^t^r^^jSS^^^^^W^^^- W_______*^' í_w ___SS««__^»

JEJÍWOTSffl lH___B_l_iSWii%;

______H___MB______W_Í»a:*'^^ -K«MHIwa__lmff?__S^ ^Bl E_gfrl«_ < _B__^__________^&^^>^¦Hp^^^^P^ ^____HHM__^ _f__iii'¦¦':¦. ;BJB___S^__SS_K v _______8__H_B_K__3_1&£_^ ^Wl mtW? ¦__ 3_____ _K?N:-'-:_i *WM __râfe __K J__________*iÍi9_H

l • ¦•Bkí_i-l__mffi____i_B»:^:-'--- ? __ü _H_ E!__~^_^__»_É_rT_- wm:ãí__h_SkP^^^____^^^^^^^^ ^„ • ¦ -; '"': A tmv*ÊÈ _f í •* t ¦

mmÊmmmmmmmKmmmmmmmmmÊimmmÍm)mmmmM ilinffirfliqg^PlITi «m 'mi .i"i_n_»nm

,»tHriiii \M*w imm WijWttliJ^'

íoram-se tornando mais categorizados e cie perdeu alguma»lutas; os seus fans sabiam, entretanto, que ele era um boxeurde raras qualidades. Após vários anos de contin-o sucesso, ciefinalmente assinou contrato para enfrentar « campeão mundialrios peso-pe.sados.

Mas antes que a luta se realizasse, aconteceu uma coisaestranha. Hollywood, ç.ue antes repelira o famoso e popular"chaUenger" por causa do seu i*rfü, oferecia-lhe agora umasoma fabulosa para fazer um filme. Ele aceitou e desempenhouo principal papel masculino num fume com uma das mais po-pula res atrizes da época, apesar do perfil estar agora mais acha-lado do q«e nunca.

Terminado o filme, o jjw~em californiano atingiu a metaque sempre visara desde os seus tempos de criança, r»_ farí_da.Conquistou o título de campeão mundial, arrebaianuo-o de umdos mais corpulentos homens que já o tivera cm mãos, Comose chama de?

* * *

Para saber a resposta, vire a página.

TESÍS PARA IIM

1

AGENTES - ACEITAM-SEPára Casimiras, Únhos, Aviamentos, etc Mostruário gratuito. Ótimacomissão e adiantamentos. Yenaas pelosistema de Reembolso Posta].

Cartas* TEÇiiTO?MBIIIÍÍ> > kua VafliJ^ ÜM mà$r^$ao0do*?,:::¦:

'ãoj tnu&fd tzupi moumf vp

amou O ' vjsiuvCi CT/«j_ *o4 s.xfU ou nsxuvdv -maqumi

anb n opajouj3p oi*)dtuo3 o 'sopos^d-ossd sop nnpumu

ov3dmoi> oôiiuv *J3i>g xvif imjKjjsty vp&p liusni op awr"-ou O 'oesdons apajufi vmo settE*ntn£jD t>y ojjí ou opfq-1X9 '„diuoavj v a vpgtnõnd q„ ismQtf op amou o

Os ultimes uxalcluv- à*football ijur a FraiK* dáspu-Um contra, a Escócia e aBélgica serviram de "testa"

para a censlituição da pri-meira lista d« 25 jogadoro,eaíre es «.ujtis serão ese«_ú-dos os on«e que representa-râo a França na Copa daMando.

M ~inntiT«TW©" tievocá«amir_se boje para estabe-leoer a prisseira tista de joçadores >?i.scvl.iv"is de figo-ras entre os felíxardos q«eirão ao Brasil.

Todo s** crentetas despor'U%*os e paatít olarwientc o àt"_e Finar®'*, s;il»cnía..'- *aeccswâade âe seiecionar-stapeaas os Jogadores qae te*3B_a_i \ crthui»-irameiisc cia*-se miernaraeaal _ sej-m ^a-i»a_esi de d«HV»d«r «o K»t> de

Jajiciro. d« «jw»» a**i'ibonrosa. as core» tricoIOiCS.

'.' ^^^^^__«_-BÍs

Page 3: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

PPfill^r.',^ . ^^^ **mm>p.>..»»ypr,»™«»-,^wr^»T.../^^,nTn,.xt,, ^^j^p^p^j»,,

O GLOBO SPORT/VO Sexta-feira, 5 de maio de 1950

DA PRIMEIRA FILA

PBNTCMARIO FILHO

Jair era o irmão de Orlando. Agora Orlan-do é o irmão de Jair. Sucedeu o mesmo comos Da Guia. Ladislau foi o irmão de Luiz An-

%tonio. Médio ,o irmão de Ladislau. Domingos che-gou a ser o irmão de Médio. De repente tudo mu-dou, parando em Domingos. Domingos acresceu-tou o Da Guia ao nome: Domingos Antônio Da

%Guia. O dê grande, maiúsculo, nobre. Antigamen-te, na China, a nobreza não passava dos pais para

los filhos passava dos filhos para os pais, dos ne-\tos para os avós, e assim por diante. Às vezes bas-tava a façanha de um homem para enobrecer uma

\família toda, até a quinta geração. A nobreza fu-tcbnlística tem muito disso. Domingos consagrouos Da Guia, definitivamente. Sem dúvida os Ro-sa Pinto, de onde descendem Orlando e Jair, nãomerecem tantos rapapés. Jair anda por cima, Or-lando desceu de cotação. Há um pouco de injus-tica em tudo isso. Geralmente, quando um joga-dor deixa de aparecer pelos camfpos, sai do car-

liar. A delicadeza manda que a gente se esqueçadas falhas que ele tinha, para só se lembrar dasqualidades.

Cercadores de frango passar ain a grandeskeepers por u mrhotivo parecido, tornando-se antigüidades, objetos de museu. Hoje em

dia, então o que não falta é crack do passado, jo-gando cada vez mais 7ia imaginação da saudade.Orlando, não: àmedida que o tempo passa o jo-go de Orlando vai diminuindo. Daqui a poucomuitos perguntarão co?no é que Orlando conse-guiu entrar num primeiro team, até num scratch.Orlando corria de mais. A recordação que ficou¦dele foi a de um meteoro. Uma coisa que não seh èdireito. E depois Domingos da Guia achavame quanto menos corresse uni jogador, melhor.Como é que a cento e vinte quilômetros alguémpodia ter a noção das. coisas, do certo ou do erra-do? Num automóvel, com parabrisa e tudo, Domin-gos só via árvores e casas passando, como num'nstantaneo mal batido. Enquanto Orlando cor-mria. Domingos da Guia parava, para pensar. Owlrlando tinha de parar também. Mas quando pa-trasse levaria tempo para descobrir onde estava

_o goal.Apesar dos pesares a torcida do Vasco tinha

um beguin por Orlando. Toda vez que ele pe-í gava a bola e botava o motor de popa paraMrabalhar, os vascainos moços e velhos, homens,^nulheres e crianças, piniham-se de pé. Casacas,"asacas rasgavam o ar. Dava gosto ver o Orlandoorrendo, confundi7ido-se com a bola. O Orlando,'cqnenino, um tico de gente, gordinho, bem nu-rido, lembrava uma bola, mal comparando. EraUficil saber onde estava a bola, onde estava Or-ando, que corria mais do que ela. Pena que oampo fosse pequeno para a velocidade de Orlan-o. Quando Orlando menos esperava o campo aca-ara, ele saíra para fora do campo com a bola.pomuigos nem se mexera, deixara Orlando se di-Wrtir à vontade, bater o record de Jess Oiuens,domingos sabia que Orlando não era automóvel,iao tinha freio de mão nem nada.

E Orlando driblava bem, chutava bem, ti-nha todas as qualidades. Não havia quem chu-iasse uma bola parada melhor do que ele.qucla velocidade, porem, estragava tudo. Welfa-e alimentava a esperança de que o tempo corri-'isse o ardor de Orlando. Com a idade^o Orlan-to perderia a pressa, aprendria que devagar sehm ao longe — toda a filosofia dominicana. (Do-ninicana de Domingos, não da Ordem de São Do-

Wungos). Outros jogadores tinham começado as-•§"«. imaginando que noventa minutos eram umW9undo na eternidade. E os anos começaram ajp«a/\ Orlando não envelhecia, parecia cada vezJpais inoço. O velho Welfare, sim, é que embran-Mecia os cabelos, é que ficava pesadão, é que can-ava os olrios. Orlando passava feito uma bala,veifare queria acompanhá-lo com o olhar, e nãooaia. Depois de tuna corridinha de Orlando elesjregava os olhos, achando que precisava ir a"nocuhsta. Um belo dia — dia de treino, com Or-anão na ponta — Welfare apareceu de óculos em_pao Januário.

5 Por essas e outras, quando Orlando trouxe •

p Jair pela mão, "este é meu irmão, também

I zUn

)oga bola", Welfare balançou a cabeça. Basum Rosa Pinto no Vasco. O Jair, com certe-í"; "Hxara ao irmão. Não é que Welfare não gos-|'i£> rio Orlando. Pelo contrario: o Orlando atéIo/

"w Casa de Welfare- Welfare dava de comer*urtandopara que o Orlando não fosse embora."ons tempos de 34 o Vasco não discutia essasa$-'_ fornecia almoço e jantar aos jogadores. O?i«o faltava era restaurante de vascainos por" os vascainos donos de restaurantes eram in-

izes de cobrar um almoço ou um jantar a um"aré- ""* Fausto, um Orlando. O Vasco ia de:m P°pa, os rapazes bem que o mereciam.

¦> °l\ ° Vasco foi para trás, os vascainos donosSSí(lUronte começaram a torcer o nariz, a char

ruim. Aqueles malandros perdiam em campo enem Unham vergonha de vir comer de graça àcusta de um honesto vascaino.

6 Acabou-se a sopa. Para alguns o choque não

foi muito grande. De um certo modo eles com-preendiam que o seu Manoel, ou o seu não seise tinham razão, toda a razão. Orlando, porem,era diferente. Tudo o que ele ganhava enfurnava,

pensando com uma antecedência danada em quan-do ele fosse velho e inválido. Sim, quando a ve-Ihice lhe batesse à porta, que é que ele ia fazer senão tivesse dinheiro? O dinheiro só servia paraisso mesmo, para a gente não pedir esmolas, pa-ra a gente não ir para um asilo da velhice desam-pada. Todo o dinheiro que Orlando gan?iasse se-ria pouco, não chegava, só chegaria com os ju-ros, porque ele pensava viver muitos anos, muitosanos mesmo. E avalie se o dinheiro acabasse an-tes que ele morresse Assim, logo que os vascainosdonos de restaurantes resolveram cobrar os almo-ços e os jantares, Orlando, em sinal de protesto,arrumou as malas, avisou que ia para Barra Mansa.

* » *

7 Ninguém, em São Januário, se espantou com

a decisão de Orlando. Orlando preferia deixarde jogar football, embora o football lhe desse

dinheiro para comer do bom e do melhor, a pagarqualquer coisa. O Vasco queria que ele morressede fome? Pois ele tinha casa, comida e roupa la-vada em Barra Mansa. Barra Mansa orgulhava-sede possuir um filho como Orlando. Só uma vez osbarramansenses ficaram assim, assim com ele. Or-lando tinha ido com um scratch a São Paulo. Navolta, segundo informações obtidas com a famíliaRosa Pinto, Orlando desceria em Barra Mansa.Então Barra Mansa se embandeirou. O comercioconsiderou a data da chegada de Orlando comoum meio feriado. Era a primeira vez que um fi-lho de Barra Mansa entrava num scrateti carioca.Encomendou-se a banda de música. O noturnopaulista chegaria cedo. Muito antes da hora donoturno a estação estava cheia. Um painel atra-vessava toda a largura da avenida Rio Branco deBarra Mansa: Salve, Orlando.

8E subitamente o trem apitou, foi um reboliço

danado, as moças alisando o vestido, os ho-mens abotoando o paletó. O noturno dimi-

nuiu a marcha, veio resfolegando, como se estives-se cansado. E Orlando pára, emoldurado pela por-ta do carro, com uma maleta na mão, o paletó cin-tadinho, camisa de seda e tudo. Aquilo foi umasurpresa para ele. Nunca lhe passara pela cabe-ça que ele era uma grande figura, uma espéciede seu doutor, do prefeito ou do delegado. Desde,porem, que ele era isso e mais alguma coisa, pre-cisava dar-se importância, bancar o tal. E Orlaii-do desceu os três degraus da escada do vagão, se-rio, digno, com uma gravidade de ministro. Os gri-tos de Orlando, Orlando, eram, agora, rumores fa-miliares não o comoviam. E depois era indispensa-vei não fraquejar, ir para a frente. Agora ele es-tava de cima. U meidadão ia meter a mão no boi-so de dentro do paletó, para tirar, um improviso.Orlando cortou-lhe o gesto para perguntar-lhe on-de ficava a rua tal, número tal.

9 Quase que houve o diabo. Barra Mansa se

ofendeu. Então o Orlando não sabia onde fi-cava a rua tal. número tal, então o Orlando

se esquecera de Barra Mansa a ponto de ignoraronde ficava a casa do pai dele, da mão dele, a casados Rosa Pinto? Mais do que rápido Orlando deuexplicações, tratando de consertar tudo. Era tar-de. Pelo menos não se fez a festa, ou, por outra.se fez a festa, mas só se fez a festa porque a ban-da de música estava ali e atacou um dobrado. Pe-na que Barra ficasse ignorando que quase Orlan-do trocara a gloria por uma vida pacata, lá, entreos barramansenses, todos de casa. amigos velhos.Madame Welfare evitou a volta de Orlando paraBarra Mansa. Se era por questão de almoço e jan-tar, havia comida na casa do Mister, onde comiamdois podiam comer três. Orlando passou a comercom Madame e com Mister Welfare.m Welfare morava atrás do Vasco. Parecia per-li\to e era longe como o diabo. Orlando tinha

Ude dar uma volta, de gastar sapato. Assim nãohaveria sapato que chegasse. Orlando fez os cál-culos: uma viagem ao meio-dia, outra viagem àssete horas da noite. Ida e volta. Toda a rua Abilio.muito mais de cem metros, quase duzentos metros.toda a rua Dom Carlos, outros cem ou duzentosmetros. Pensando bem, ele não comia de graça,pagava em sola de sapato. E os sapatos estavampela hora da morte. Orlando andou desiste nãodesiste. Só não desistiu porque teve uma idéia ver-dadeiramente luminosa. Não há nada como a ne-cessidade para abrir os olhos da gente. Orlandoarranjou uma tábua, encostou a tábua ao muroda casa de Welfare. Era só subir pela tábua. Numinstante ele estava do outro lado, sem precisar fa-:er voltas, sem precisar gastar sola de sapato.

¦

¦

*\> ,*"" ¦'¦>j'-:;; ¦?'..*-;';.'. '-.'V^

Página $ ¦¦)!¦¦:-¦¦¦ ¦.¦¦¦:¦>•¦:

A PRIMEIRA VÍTORBRASIL

# Em 1920, em Antuérpia, o Brasil conquistava, pela pri-meira vez, através do tenente Guilherme Paraense, um ti-tulo olímpico, feito repetido apenas por Maria Lenk, em1936. Como o nosso patricio conquistou esse título de cam-peão mundial de revolver é aqui relembrado numa crô-nica de 1945 do desembargador Afranio Costa, que se co-locou em segundo lugar no campeonato individual de pis-tola:

•Há um quarto de século, em Beverloe, nos arredoresde Anvers conseguia o Tiro Nacional as três primeiras co-locações premiadas para o Brasol. em Jogos Olímoicos;Um campeonato mundial, um segundo lugar individual eum terceiro lugar de equipe coroaram o esforço tenaz e per-severante, de um punhado de atiradores, ó qu9 faltavaentço, em número, sobrava em entusiasmo e confiança!DIFICULDADES INICIAIS

Convidado o Brasil a comparecer à VII Olimpíada ini-ciou-se o grande debate para apurar que esportes deviampreferencialmente comparecer. Era a grande luta entrea água e a terra. Jamais pude compreender bem o motivodessa contenda inútil travada no campo doutrinário, comsacrifício de um tempo precioso para o aprimoramento dévalores técnicos. Entrementes foram os atiradores se con-gregando, prestigiados por dois grandes nomes, sempn-lembrados com gratidão: Arnaldo Guinle e Àriovisto drAlmeida Rego. Entretanto, viram os do Tiro ao Alvo, desdelogo. um ponto fraco: o Tiro ao Alvo não era esporteconfederado. E muito embora no aceso da contenda pas-sasse isso despercebido aos que disputavam a supremaciaterrestre e aquática, foi ttdo por prudente encontrar-sealguém que, no entrechoque das correntes, trabalhasse peloTiro ao Alvo, nas reuniões públicas, e surgiu como baluar-te Vítor Nidosi Chermont. que devotadamente se dedicou âtarefa.

PRUDÊNCIA...Exercícios rigorosos, provas sucessivas eiliminatorias le-vadas a bom termo, conseguiram uma equipe que podiarazoavelmente representar o Brasil. Entretanto, apesar daíacilidade em constatatar-se exatamente a posição da equi-

pe brasileira ante as mundiais, por ser o tiro ao alvo mr.esporte de resultado exatos, jamais quisemos levar o entu-siasmo alem da justa e prudente medida que o critério c-o bom senso deviam aconselhar. Conhecíamos de sobra a.sdecepções e os decréscimos de produção que, no momentopreciso abatem os ânimos mais fortes, no esporte. Firme-mente dispostos a honrar o nome do Brasil, empenharam-se pacientemente os atiradores em exercícios intermina-veis de toda a ordem. Obstáculos tremendos tiveram queser enfrntados: advogados, médicos, oficiais do Exercitacomerciantes, funcionários públicos cuja vida era faina• continua, desdobravam-se no treinamento rígido, fis des-pesas com armas e munições não eram pequenas, o tempoescasso, tudo era mister vencer. E tudo foi vencido.

AQUÁTICO, TERRESTRE OU AÉREO...A imprensa trazia o público a par do movimento. Al-

guns dias antes do embarque, em memorável sessão da Con-lederaçao, no antigo iravünáo Mourisco, depois de muito discutir, quedou a assembléia estarrecida diante do impasse; aConíeueração apenas superintendia esportes terrestres '

caquáticos, e corno devia ser o Tiro ao Alvo classificado */Prolongou-se o aebate noite a dentro, horas a fio, diver-gindo as opiniúeh; o resultado foi que aquático, terrestre ouaéreo, devia o Tiro comparecer, e assim foi. Poucos dia^mais tarde, a bordo do "Cürvellò", ssguiam atiradores, re-madores e jogadores de water-polo. a viagem demonstror-de inicio a resistência orgânica dos representantes drBrasil.

Basta dizer-se que o "Cuívello" partira com o triplada lotação; a mesa de refeições era feita pela manhã e se-guia ininterruptamente até horas adiantadas da noite.Dormia-se no salão de fumar, sobre tapetes e sofásporque acomodações não havia.

O notável esforço da Confederação conseguia reuniralguns magros contos de réis, a que foram adicionadas eco-nomias privadas de membros da delegarão e até mesmo dopranteado Roberto Trompowsky, que a chefiava. Tudo con-sumido, privações de toda a ordem, vieram as inevitáveisrusgas, comuns à época de "pouco pão". Nada, porem aba-teu o animo dos atiradores. A hora do exercício em Be-verloo, iam todos fazendo o melhor possível. Cada qual car-regava a pe, cerca de dois quilômetros ,alvo, com a arma-çao respectiva, arma, munição e tudo mais. Um vento fri ¦e cortante da imensa planicie quando não era acompanhado por chuva, levantava nuvens de poeira que, engas-gando nas armas, partia-lhes as molas. Os contratempo,aumentavam, e parecia que o Destino comprazia-se em pôra prova nossa capacidade de resistência.

Poucos dias depois, desapareceu parte apreciável do es-toque de munição, conseguido a crédito na Casa Lapori.porque do dinheiro prometido pelo Congresso, havia apena inoticias vagas do trânsito do projeto pelas Comissões da Câ-mara e do Senado.

Foi quando, por aeaso , aproximando-nos do GeneralShyedre. chefe das equines amerícan<•><? de Tiro à<s on'rv.pía_oas. dele conseguindo suficiente quantidade de munição quolhe sobrava na bagagem.E assim ganhamos!

Page 4: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

i

7WyQ^vm&mV»%^^

Página 4 Sexta-feira, 5 de maio de 1950 O GLOBO SPORTIVO

SPORTS EM TODO 0 MUNDOEM VIENA, ao regressar de uma partida de golf na pequena cidade de Klasno-

viça o antigo campeão mundial de tennis profissional, Karel Kozeluh morreu numacidente — anuncia o correspondente do jornal "Der Abend". O carro em que viajavao campeão chocou-se em grande velocidade, co mum caminhão que vinha em sentidoinverso, co mos faróis apagados. Kozeluh morreu instantaneamente e dois amigosque com ele se encontravam foram gravem ente feridos. Karel Kozeluh contava 55anos.

EM BUENOS AIRES, o boxeador peso- médio Felix Codoba, de Buenos Aires, asso-mou a possivel colocação de campeão sul-americano de sua categoria, no próximocampeonato de box que se realizará em Guayaquil, ao derrotar Manuel Singarello.

EM ROMA, Mario Fornari, de 28 anos de idade, antigo treinador do team dc foot-bali, sendo afetado de esquizofrenia e hospitalizado, faleceu acidentalmente, mortopor um policial. Fornari brandia uma faca de açougue e ameaçava atacar o policial,que foi obrigado a fazer uso do revolver. Fornari foi treinador do Roma F. C, sendofamoso na Itália.

LANA TURNER £ CAMPEÃ DE PESCAEM PARIS, o jovem

corredor ciclista fran-cês, Pierre Eusebio, fa-leceu em conseqüênciade uma queda durantea corrida realizada napista de Vincennes.Pierre Euzebio Levefratura do crânio.

EM LONDRES, a Co-missão de Organizaçãoda Copa do Mundo deFootball designou paraesta prova os seguin-tes árbitros: Leafe,Ellis e Rader (Ingla-terra); Eriffiths (Paísde Gales); Mitchell(Escócia). Por outrolado, certo número dcjuizes britânicos e es-trangeiros se reuniramhoje na sede da "Foot-Bali Association", paradiscutir a uniformisa-ção dos regulamentosde jogo e particular-mente os problemas daproteção do goleiro. As-sistiram notadamenteesta reunião Charles deLassalle (França); Da-tillo e Gallati (Itália);Van der Mee (Holan-da); Lorty (Suiça);Beranck (Áustria).

Lana Turner, quando consegue afastar-se da filmagemdos estúdios, dedica-se a pesca, sport em que já conquistou va-rios troféus. Na gravura vêmo-la gloriosa ao lado de um atumde 497 libras, o maior pescado por uma mulher no inicio datemporada.

Segundo a opinião de funcionários e técnicos espor-tivos são más as possibilidades de boa colocação da Sui-ça no Campeonato Mundial de Football, a ser realizadono Rio de Janeiro, em junho próximo. Esses técnicosapresentam três motivos para essa sombria previsão:l.o) — o football na Suiça limita-se a algumas poucascidades, vilas e aldeias, na regiões baixas do país, emqu evivem cerca de 2 milhões de pessoas. Por conse-guinte, existe apenas urn número restrito de bons jo-gadores; 2.°) — Todos os jogadores de football na Suiçasão amadores e, como se dediquem ao comercio e ou-trás profissões, têm pouco tempo para treinar- 3.°) —Não haverá uma concentração de treinamento espe-ciai para a equipe suiça escolhida para participar doCampeonato. Em vez disso, os jogadores terão apenas3 dias como "período de preparação", antes de par-tirem.

SABE?— Por que

score venceu oBrasil no seu pri-meiro jogo nocampeonato d omundo de 1938?

— Quandofoi realizado oprimeiro cam-peonato mundialde football?

— Sobre quesport Mae-terlinck escreveuum livro?

— Se disser-mos "oploma-*chia", a que sportnos referimos?

— Que reimorreu pratican-do o alpinismo?

(Respostaspágina 11).

na

YJ,—k l . v^^ ^C^ ir*^r v V—'"7—j

__ 1si

ÁfaMÁaU a ttaaa "'ndetHdaçm

John Marshall não nadará na França nem no Japão no cursodo verão atual declarou o treinador de Yale, Sr. Robert Kiphuth.

Marshall, de 20 anos, calouro em Yale, é a nova sensação dosesportes aquáticos, tendo "records" ainda não oficializados mim-diais e norte-americanos em cinco provas de estilo livre. Esse jo-vem é requestado insistentemente para provas internacionais. 0Racing Club, da França, convidou Marshall a competir em Parisaos 28 de maio, mas o calouro de Yale declinou da preferencia ex-plicando que estará em provas na Universidade na dita oportuni-dade. Também não se espera que Marshall vá ao Japão mais tarde,no verão, integrando um grupo de excursões.

Suas atividades e estudo exigirão muito de Marshall", disseKiphuth.

Marshall e o japonês Furuhashi, aparentemente, estão nummesmo nivel, indo o francês Alex Jany imediatamente após.

No mesmo dia em que Marshall decidiu em definitivo não ir àFrança, casualmente este a

s £ np "E? O T1 ' '

SPORTIVO

Clara Schroth, estenógrafa norte-americana, participou em que provadas Olimpíadas de 1948?

a) Iatismo

b)

O

o)

Ginástica

Esgrima

Tiro ao alvo

(Solução na página 11)

ponto de romper o "record"mundial dos 4Ü0 metros.

Sir Frank Beaurepaire,prefeito de Melbourne. cidadeaustraliana em que nasceuMarshall, esteve visitando Yaleem viagem de volta à pátriaapós tir estado na Inglaterra.Ali quis ver Marshall em ação.Beaurepaire, um dos grandesnomes da natação do passadoe agora um dos altos membrosdo Comitê Olímpico, anotoucomo perito que o tempo deMarshall foi de 4:36. O ""re-còrd" mundial de Fanuhashlfoi de 4:33,3 mas Marshall, emrecente reunião promovidapela Amateur Atltic Union, fa4:29.5.

44E Marshall esteve afãs-tado dos treinos puxados du-rante dez dias", disse Kiprm"1;

"As instalações de Yaleo treinamento são maravüno-sos", declarou Beaupane-"Nada temos que se lhes con-pare". m

Kiphuth declarou que ^dos principais defeitos ^°.esl'lo de Marshall já foi corng»"por outro treinador — Bui •Consistia no mergulho do onbro direito quando Marshai- ^vantava o braço paraágua.

t ]

'<

tomar

Page 5: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

O GLOBO SPORTIVO >exta-feira, 5 de maio de 1950

^'^Y Y J^lj|l

- YSSSsEr \ \»Y

fcv^fÇ' ¦•¦¦ ¦ 1

EPI&» -"" Isli» ' : fll]ü ilIS JE11m k^.vvw *?-¦: • WÈÊÈÊÈb^^üiíi ¦* _iih1

§111" *%iM^| ' ¦¦¦ J_ §í»bn IH-v -Kit* fl$91il£i8ü%% ^w. 1 ¦ „: MililiilllllwSmWP-'^ 1SS^vYSwsk Y& ;: YIIssssssksh—I

-1 - 'MlltÉt^I.Y - ¦::- «Wj^^^^» - J^^^

Y. .^ X-'YYY',">.sY ^,^^^n_S@^^^v^^ S> nv»0 5 "S|

Y^^üB-e^Y^si^^^-v Y' ' ^S^f—Sffl^_HRl:^lllpl_

JJ JJ,

Miss Cole, operosa e popu-lar empresaria de espetáculosde "catch" da Inglaterra, re-cebe os cumprimentos aspe-ciais de "Giant Jim", um lu-tador que ela contratou e quelisura nas suas anotações, se-gundo ela declarou, como omais alto cios "catcher" queja teve sob contrato. O fia-graiate foi feito na estaçãoferroviária de Paddington, porocasião da chegada do gi-gante.

9409a IO anosMaio, 1. Eleito presidente do Flu-foinense, o Sr. Mario Polio resolve

restabelecer uma separação absolu-ia entre amadorismo e profissiona-¦smo — Em Buenos Aires, diante da¦meaça da torcida, de por fogo nas.arquibancadas, o Racing desiste daIjeiuhi do passe de Churco Garcia.¦f- i>o Pacaembú, os baskcballers en-ferram a sua temporada invictos,perrotando os brasileiros por 32 a

J1» na prorrogação. — 5: Quando¦ettüa por 2 a 0, o Flamengo reage|

c,°nsegue vencer o Botafogo por 3•t ~ Goals de Canali (penalty) eprçy; de Jorge, (2) e Sá. — O Vas-P derrota o Bangú por 3 a 0. —

lo V* €urnera é considerado deser->ií i- Exército francês, já que eraKjMao naturalizado da França —? "onsucesso perde para o América|°r

3a 0. Renda, 6:143$000. — "Mi||,uerto" vence o G. P. Prefeitura-punicipal,

pilotada por GeraldoSm

"¦* Na "^rada Rio-São Paulo,tNl

'ncidente que Lavoura Cota obrm° .« mundi~- "e ciclismo. — Nai*lo^ »» -m 1ui-ômetros contra oW»V e bat»do seis vezes o "---V™ brasileiro.

Co So Cf0 ecortesTOSE LINS DO REGO —- Os tres grandes deram a Vargas Netto, um cartaz de herói.1 or toda parte, onde estive so havia uma opipinião. Vargas Netto tinha sofrido um golpecruel Os tres grandes agiram com a mais impiedosa descortesia. O pretexto que foramdescobrir para ferir, pelas costas o homem querido de todos, menos do Sr. Carlito Rochanao tem precedência e nem justificativa. 'MARIO POLLO — O motivo fútil traiu a prenieditação. A falta do pedido de licençaera um requisito perfeitamente sanavel. Bastaria que se preenchesse a lacuna solicitan-do ao presidente que cumprisse a exigência estatutária. Aceitamos o raciocínio — o nãocumprimento de outras vezes, não era razão aceitável para que não cumprisse agoraUm mal nao firma precedente para a repetição do mal. Mas que se o convidasse a nreen-cner a formalidade. O pretexto ingênuo denunciou o desejado epilogo.

-., ^ARIO FIIiITI? — Não foi outr« o processo do movimento para a deposição do pre-sidente Vargas Neto, que vem sendo executado há meses, apesar dos desmentidos formaisdos que vibraram o golpe. Este, inclusive, é o aspecto mais chocante, em se tratando deesportistas, do movimento em que se envolveram certos presidentes de clubes, mandan-tes e mandados do golpe contra o presidente Vargas Netto. Presidentes de clubes que nãocoraram em dizer uma coisa para fazer outra.

MARIO VIANA PARAGUAIOS (3) x URUGUAIOS (2)Na arbitragem funcionou Mario Viana, tendo como bandeirinha os juizes que acom-panharam as delegações uruguaia e paraguaia. Satisfez o trabalho da equipe. — (OGlobo).

Aliás, tivemos, por parte de Mario Viana, uma grande arbitragem, a concorrer aindamais para o êxito da jornada. — Diário da Noite).

Pelo menos noque toca ao box," antigamente '%ou "nos bons tem-pos", coom dizemos saudosistas, eramuito pior do quehoje. Foi há mais

de noventa anos. Nos albores do pu-gilato por dinheiro, como disse ai-guem que logo passou a aceitá-lo,lutavam pelo Campeonato dos Es-tados Unidos Dominic Bradley e umtal Rankin. O combate, que se rea-lizava em Point Albin, começou porvolta das duas horas da tarde e ascinco os dois homens continuavamtrocando murros. E' bom saber quese lutava de mãos nuas, que nãohavia lona no tablado e qeu os com-batentes não tinham protetores denenhuma espécie. Era, além domais, permitido agarrar na cintura,na nuca ou onde fosse. Bem, eramcinco horas da tarde, como dizia-mos. Bradley e Rankin haviam lu-tado já 152 rounds! 152 rounds!Nisso, Rankin foi informado de queo promotor havia fugido, levando omontante das entradas. Foi o bas-tante para cair em K. O. Os espec-tadores fizeram uma subscrição ederam aos boxeurs uns dólares, gra-ças aos quais puderam comer nessanoite e empreender a volta para assuas respectivas cidades.

Gostamos da atuação do Sr. Mario Viana.Foi preciso ao consignar o penalty contra

os paraguaios, dupla e brilhantemente, aliás,defendido pelo arqueiro Vargas, que não caiu"de... posto"...

A expulsão de Miguez foi merecida, dalconsiderarmos excelente o Índice técnico re-irelado pelo veterano "referee". — (Campeão).

Atuou regularmente. (O Mundo).

Teve boa atuação. (A Noite)

A /HA

Página 5

/ri^^s_-"'r j-tejfSiT"' liíiiiü.

|Jla»»~^ j-Jl—f—BHl Q5l —Sr ffi _9w Hj -: ;"e.' s,;"-r-* M8WMMMMI—BK_—lii——i—11_———___.¦

\\ ,?-¦¦' r\ J? mm • y 'i -i 1 « JLa H jflí i^^# II mmm msm %0 \ar Ssssa ^iwwl wtL Sb*^ \sis^ a _ :

A Morie no RingEm Chicago, escreveu um cro-

nista sportivo que "o box produziumais mortes em relação com o nú-mero de participantes que qual-quer outro sport".

A partir de janeiro de 1946, ocor-reram quarenta e duas mortes no:;Estados Unidos em conseqüênciade golpes sofridos no ring, segun-do Thomas Gorman, o citado cro-nista."As 13 mortes do ano de 1943foram a continuação de uma seriede desastres que estão ocorrendo apartir dos anos em que esse sportpassou a ser legal nos Estados Uni-dos.

De acordo com uma estatísticapública recentemente, cinco bo-xeurs morreram como resultado delutas celebradas até 20 de abrildeste ano; 13 durante o ano de1948, 9 no ano de 1947 e 11 no anode 1946.

Um pugilista não precisa ser es-murrado de maneira brutal paraficar com lesões graves. Basta tersofrido pequenas hemorrabias eoutros danos menores no cérebro,que estejam ao alcance da vistasuperficialmente.

Essas classes de lesões são per-manentes e ao ser recebidas ou-trás, contribuem para a perda dasanidade mental e do controle doorganismo, cujo resultado é co-nhecido como a denominação de"punch drunk".

00

s1 """""'

're-

Desde 1891 que se adotou redesnas traves dos goals. Antes, os goalsrápidos provocavam grandes dis-cussões, >?as sem conseqüências,porque a decisão do juiz era inape-lavfd

Salão de Honra do Clube de Natação e Regatas, fotografia que extraímosde "Vida Sportiva" de 1919, encimando a seguinte legenda: "O valoroso grêmiocampeão de remos, natação, water-polo, esgrima, etc., que já participou empugnas no Uruguai e na França foi fundado em 1896; e siia vida até hojetem sido de conquistas brilhantes e louros merecidos. Na gravura, o Salãode Honra da querida falange Jagunça possuidora de uma diretoria incansávele dedicada".

¦":';y

Page 6: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

Página 6 Sexta-feira, 5 de maio de 1950 O GlOBO SPORTIvq

:!

JURANDIR FABEL — BELOHORIZONTE — MINAS — 1) —Rodrigues atuava pelo Ipiranga, deião Paulo, ante» de vir para o Flu-nlnense. — 2) — O Palmeiras foifampeão nos anos de 1920 — 1926

1927 — 1932 — 1933 — 19361936 e 1940 com o nome de Pa-

estra Itáiia e nos de 1942 — 1944t 1947 com o atual nome de Palmei-as. — 3) — Os irmãos Lima que

jogadovam futebol eram sete. Masatualmente em times profissionaissó dois estão jogando: o Mário noVasco e o Eduardo no Palmeiras.

4) — O Botafogo tem 27 vitó-rias sobre o Flamengo e 17 empates.Em compensação o Flamengo tem 29vitórias sobre o Botafogo. — 5) —Rejeitadas as caricaturas de lsaias,Ademir e Jaime bem como os de-senhos de Oberdan, Carr|,ii"(\ «• Au-gusto.

—oOo—

WELPHO ROSA — NOVA IGUA-ÇU — ESTADO DO RIO — 1) —Nos jogos do super-campeonato de1946 os placards do Botafogo foramestes: Botafogo 1 x Flamengo 0 eBotafogo 2 x Flamengo 1 — Bota-fogo 1 x América 0 — Botafogo 2x América 0 — Fluminense 3 x Bo-tafogo*1 e Fluminense 1 x Botafo-go 0. — 2) — O time de water-polocompõe-se de sete jogadores, sendoum arqueiro, dois zagueiros, umcentro médio e três avantes. — 3)

O time do Botafogo no primeirojogo do campeonato de 1948 em queperdeu para o São Cristóvão por 4a 0, formou assim: Osvaldo — Ger-son e Sarno — Marinho — Niltone Juvenal — Paraguaio — Geninho

Zezinho — Otávio e Braguinha.4) — Rejeitada a cari^4"»-a de

Bigode

—oOo—

NAIR CAMPOS — RIO DE JA-NEIRO — As idades pedidas são asseguintes: Castilho 22 anos — Pin-daro 25 — Pinheiro 18 — Pé deValsa 25 — Valdir 20 — Flávio 22

Santo Cristo 27 — Didi 21 —Silas 28 — Carlaile 24 — Rodrigues25 — Mário Faria 21 — Orlando 26"109" 22 — Lafaiete 20 e Emilson19 — Garcia 25 anos — Juvenal25 — Bigooe 28 — Biguá 29 — Bria28 — Beto 25 — Válter 24 — Zi-zinho 28 — Gringo 23 — Durval 24

Esquerdinha 26 — Bodinho 21 —Lêro 24 — Nilton 32.

—oOo—

JORGE FERREIRA DA SILVAMESQUITA — ESTADO DO RIO1) — O clube mais antigo do Rio

le Janeiro (clube de futebol, bemintendido) é • Fluminense, funda-áo em 1902. — 2) — Rejeitados os•*^senho* de Dimas — 7izinho —

BILHETES DO i £ j i g%g%

Wmmm* '

I I ' ¦¦.

' _a_Ía_Ra_a_a_T^a__a__-_ar^ VBBl-aBa-L ^__al

CARLOS AR-AS

CHICO LANDI — ,o campionis-nmo do automobilismo nacional— num desenho do IHtor AiltonFonseca, de Vila Isabel, Rio.

Castilho e índio que para começarerrados vieram feitos a lápis comum.

G. PINTO — UBÁ — MINAS —1) — O Vasco foi campeão em 1923e 1924 na extinta Liga Metropolita-na de Desportos Terrestres. Em 1929na AMEA. Em 1934 na Lica Cario-ca de Futebol. Em 1936 na Federa-ção Metropolitana de Desportos. Em1945, 1947 e 1949 na Federação Me-tropolitana de Futebol. — 2) — OFlamengo foi campeão em 1914 —1915 — 1920 e 1921 na Liga Metro-politana. Em 1925 e 1927 na AMEA.Em 1939 na Liga de Futebol do Riode Janeiro. Em 1942 — 1943 e 1944na Federação Metropolitana de Fu-tebol. — 3) — O Fluminense foicampeão em 1906 — 1908 — 1909— 1911 — 1917 — 1918 e 1919 naLiga Metropolitana. Em 1924 nnaAMEA. Em 1936 na Liga Cariocade Futebol. Em 1937 — 1938 — 1940e 1941 na Liga de Futebol do Riode Janeiro.

—oOo

_UlS ISMAR MACHADO —DISTRITO FEDERAL — Domingosda Guia já está com 39 anos. Quala dúvida que o senhor opõe ao têr-mo zagueiro?

ANTÔNIO FACURY — UBERA-BA — MINAS — Na fila para pu-blicação oportuna os seus desenhosde Barbosa e Chico, os cracks vas-cainos convocados para a seleção rir-cional.

LEÔNIDAS — o veterano "cen-ter" nacional, ora técnico substi-túto do São Paulo — num dese-nho do leitor Arlindo Oquindo ^eCavalcanti, Rio.

JORGE RIBEIRO — MARQUÊSDE VALENÇA — ESTADO DO RIO— Rejeitado o seu desenho do me;atricolor Didi.

ROBERTO ARAGONE — POU-SO ALEGRE — MINAS — Rejeita-do o seu desenho do meia Garlai'e.do Fluminense.

JOSÉ D SOUSA .REGO — ,SE-nriOR DO. BONFIM — BAlA, ~.Rejeitados os seus desenho» de In»dio e Tovar

SILIO RENATO CAMPOS —ILHA DO GOVERNADOR — Nafila para publicação o desenho deDanilo, mas rejeitado o do zaguei-ro Juvenal.

—oOo—

AOS LEITORES EM GERAL —

O leitor Ubaldo Nogueira da Silva residente â rua Rio Grande do

Sul, 290 — apartamento 5 — BeloHorizonte deseja vender uma cole-ção dos números 540 a 590. Os in-teressados queiram se dirigir àque-le enderéc1

»*#-¦

ÁVILA — centro-medio do Bo-tafogo — numa caricatura do lei-tor José Nolasco, de Niterr

—oOo—

HÉLIO DOS SANTOS — RIODE JANEIRO — 1) — Os campeõescariocas foram: Fluminense — 1906

1908 — 1909 — 1911 — 1917 —1918 — 1919 — 1924 — 1936 —1937 — 1938 — 1940 — 1941 —1946. Flamengo — 1914 — 1915 —1920 — 1921 — 1925 — 1927 —1939 — 1942 — 1943 — 1944. Vasco

1923 — 1924 — 1929 — 1934 —1936 — 1945 — 1947 — 1949. Bo-tafogo — 1910 — 1930 — 1932 —1933 — 1934 — 1935 — 1948. Amé-rica — 1913 — 1916 — 1922 — 1928

1931 — 1935. Paissandu — 1912.São Cristóvão — 1926. Bangu —1933. — 2) — O primeiro certamede profissionais no Rio foi disputa-do em 1933 tendo como campeão oBangu. — 3) — Os campeões pau-listas foram: Corintians — 1914 —

1922 — 1923 — 1924 1929 — 1937 — 1938 —1941. C. A. Paulistano —-

191619281939190519171926

• 1908 — 1913 — 1916 —1918 — 1919 — 1921 —

1927 — 1929. Palestra Itá-lia (atualmente Palmeiras) — 1920— 1926 — 1927 - 1932 — 1933 —1934 — 1936 — 1940 — 1942 —1944 — 1947. São Paulo F. C; —1931 — 1943 —• 1945 — 1946 —1948 — 1949. São Paulo Atletic —1902 — 1903 — 1904 — 1911. E,C. Germania — 1906 — 1915. e.C. Internacional — 1907 — 1928.Associação Atlética Palmeiras —1909 - 1910 — 1915. E.C. Ameri-cano — 1912 — 1913. A. A. São Ben-to — 1914 — 1925. Portuguesa deDesportos — 1935 — 1936. Santos

. C- ~ 1935- ~„*) — Apesar detodas as" suai esperanças os seus de-senhos de Jair — Ademir — Umaforam rejeitados

'Cp, |_f "_PFjTa-fifil. -la- -

H': ¦¦'-'•"^-ltm y if__^fc__H "™"^__H•:4i

U. __¦ -'*-— SS r«^frf Vr\.

SWINDIN — o goleiro do Arse-nal, que vem de levantar maisuma vez a Taça da Inglaterra —num desenho do leitor ítalo Ce-sor Tapajoz, desta capital.

—0O0—

VALTER GARRIDO — PARA-DA DE MAGALHÃES BASTOS —RIO — Na fila para publicação opor-tuna o seu desenho do arqueiroOberdan.

—OOO—

EVERALDO LOPES CARDOSONATAL — R. G. DO NORTE -

Desculpe, mas os seus desenhos deGeraldino — Oberdan — Ademir,foram rejeitados.

—eOo—

SIMONIDES CARRIÇO — CA-BO FRIO — ESTADO DO RIO —Os cariocas são tetra campeões br«-sileiros de futebol: 1943 — 1944 —1946 — 1950. Os quadros campeõesforam estes: 1943 — Batatais — Do-mingos e Norival — Biguá — Ruie Jaime (Afonsinho — Pedro Amo-rim — Ademir (Lelé) — Pirilo (J.Pinto) — Tim e Vevé. — 1944 —Batatais — Mundinho (Norival) eAugusto (Nilton) — Biguá ílvan)

Danilo e Jaime — Pedro Amo-rim — Zizinho — Heleno — J(alre Jorginho. (Também jogaram Djal-ma — Geraldino e lsaias. 1946 —Luís — Augusto e Norival (Harol-do) — Biguá (EU) — Danilo e Jal-me (Jorge) — Pedro Amorim —Ademir (Maneco) — Heleno — Or-lando (Ademir) e Rodrigues (Chi-col. 1950 — Barbosa — Santos e Ju-venal — Eli — Danilo (Alfredo) eBigode — Nestor (Tesourinha) —Maneca — Ademir — Ipojucan •

ANTENOR ESTEVES — MAR-CELINO RAMOS — R- G. SUL -1) — A assinatura anual desta re-vista custa apenas Cr$ 40,00. O pe-dido deve ser encaminhado direta-mente à gerência com a impor*8?1"cia encaminhada por meio de che-que, vale postal ou registado çornvalor declarado.' — -) — Não te-mos fotografias para dar nem pw>vender. — 3) — Rejeitadas as cari-.caturas de Pirilo e Ademir. Pp-meiro porque foram feitas a W1*comum e segundo porque aquele pa-pei fino. tão bom para cópias, nwdeixou serias dúvidas sobre a teilautoria das mesmas.

DORACI DE CRISTO COSTA —

ITATIAIA — ESTADO DO R,£> 7Rejeitado o seu desenho

"do t>tMT-'ro Tesourinha.

Page 7: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

¦ f- - ¦»*¦¦;: -K-jf^i^^^:.

O GLOBO SPORTIV Sexta-feira, 5 de maio de 1950 Página 7ni

_¦ 1» «sS.. ____ ___ -^l* n 0 j^VflsiP Minfnç N-)í_ Vppiti UUlIO l?i ia 113 11 ria Wi__r__IlI \\ss^®»_l w 1! 1 ti»_| | ü, V*kf I lyiV m w w ã II li \J

i in .I.I.H i5ll_> KKOWNING salientou há tempo, num artigo, os conhecimentos que devepossuir o espectador de basketball, se quiser desfrutar plenamente das alternativasdesse jogo. Kefenu-_e. então, à ação individual dos jogadores e às normas que devemser apUcad ; para julga-los. Agora, em seu segundo trabalho, fala do aspecto prova-velmente mais interessante do basketball moderno: o ataque. Os sistemas ofensivos,como são e como se os. pode distinguir. E' uma lição muito importante para «, espec-tador de basketb.ill. porque os sistemas ofensivos se converteram numa ciência com-pucada. tão abstrusa às vezes como a matemática avançada, e é faeil perder-se narfcomplexas evoluções dos jogadores.

Bi*d Browning está muito bem qualificado para dar essa lição. O veterano jogadore nianager que visitou recentemente a América do Sol à frente do "Phillips 66", foitreinador do conjunto norte-americano que se classificou campeão na Olimpíada deLondres. Sob sua direção, o "Phillips 66" foi seis anos consecutivos campeão nacio-nal dos Estados unidos. E foi ele. pessoalmente, quem deu forma a essa equipe in-ven cível.Disse Bud Browning que "um dos espetáculos mais formosos para um amante

do esporte é o que lhe oferece uma equipe de basketball hábil e formada por astrosindividuais liem coordenados entre si. quando se lança à ofensiva. Mas não é fácil apre-cia-la cm todo o seu valor. E' preciso, para isso, conhecer os rudimentos do basketballofensivo.

Acima de tudo é necessário recordar que, para que qualquer plano de ataque sejaefetivo, deve basear-se na capacidade individual de seus jogadores. Cada um delestem que dominar dos completo os fundamento- d0 basketball: o lançamento, o passe,o jogo de pernas c pés e o dribling. Mas, ainda dominando esses pontos básicos, énecessário um sistema que aproveite ao máximo essa habilidade individual. Um planoofensivo que taça atuar coordenadamente os cinco atacantes na tarefa de avançarpelo campo contrario e levar a bola té o cesto.

l-.xistcm dois tipos fundamentais de ataque: o rápido e o sistema lento e pausado,de jogadas preconcebidas O "Phillips 66" prefere aplicar o rápido cm todas as oca-sioes tavoravets. porcue está convicto de que nenhum outro sistema oferece tantaoportunidade pata cs chegar ao cesto.

A teoria da ação rápida ê levar a bola ao campo contrario antes #e que a defesapossa prcp_xar.se. Nesse sistema, o quadro que ataca deve esforçar-se por superarnumericamente ns defensores dentro de seu próprio território. O ideal é ter dois nomenscontra uma defesa. três contra dois, ou quatro contra três.

O ataque rápido começa quando a bola troca de mãos. Geralmente, ao ser fnter-ceptado um rebote. Mas deve-se recordar que não pode ser empregado sempre que»a bota chegue às mãos de uma equipe. Os jogadores devem acostumar-se a raberr<ii«.i!iii(> e possível, ase a deiesa esta preparada, a jogada rãpfda não p«de terêxito.

Em nosso sistema — disse Browning — consideramos a quadra dividida em trêspartes: a zona central e duas zonas laterais. Quando a bola é obtida, num rebote,a defesa passa imediatamente ao homem colocado na zona central. Este parte, dri-Dianoo, ate o cesto contrario. Dois de seus companheiros, um cada zona lateral,o acompanham bwileantto a urn metro atrás.

A bola deve permanecer o mais po.-srvel no setor central. Assim há maiores pos-sibiliriades de 2*oal ao chegar ao cesto. O jogador que avança pelo centro pode lançarao cesto, passar a um dos seus companheiros laterais ou fazer um "pivot", e passara um do«s que ficaram mais atrás.

(mando o jogador central encontra um obstáculo em seu caminho, passa a bola aum dos atacantes laterais que. imediatamente, dribla para o centro, e continua porali. O que entregou a bola vai ocupar o posto lateral que Unha seu companheiro.

Quando o homem que leva a pelota chega à linha do tiro livre, os dois jogadoreslaterais entram, em ângulo de 45 graus, para ele. O que leva a bola ?iode escolher:lança ele mesmo ou faz um passe a qualquer dos seus companheiros».

O ataque rápido nãço pode ser forçado. Se a defesa está preparada, ou se temsuperioridade numérica, é preciso reter a pelota e c-tperiemntar uma jogada preconco-bida.

O ataque rápido requer um excelente estado físico. Os jogadores devem estar emcondições de avançar rapidamente, cassar a grande velocidade e com precisão, e adotardecisões instantâneas, acerca do que devem fazer.

- ATAQUE COM "P1VOT"

Sempre que não seja possível o ataque rápido é necessário reter a bola e entrarnum estilo lento de ataque. Para o "PhiTHps 66", temos achado preferível não consi-derar uma serie de jogadas preconcebidas em que cada homem tenha uma tarefa defi-rutlva, sem criar um estilo geral, que permita a cada jogador usar sua própria ini-ciativa na procura de oportunidades. Este estilo serve para equipes cujos integrantespossuam considerável experiência. Em outro caso. é melhor fixar a cada homem suatarefa exata"Vosso ataque se baseia num "pivot", ou homem-chave, que se movimenta nazona de tiro livre, voltado de costas para o cesto. Esse homem serve como centro derecepção e distribuição de passes para seus quatro companheiros, que se movem nazona de ataque, tratando de se livrar dos adversários. Pode também o "pivot" girarsobre si mesmo e lançar ao cesto.

Quando tem a bola em seu poder, deve fazer fintas com a cabeça e os ombros, ou.ameaçar com passes ou tiros fingidos. Isto impede que a defesa permaneça emequilíbrio e descoloca os defensores. Entretanto, seus companheiros devem mover-seconstantemente, procurando tirar a frente dos adversários. Tarde ou cedo, os bonspasses e a rapidez dos movimentos abrirão uma brecha para o lançamento.

Não é necessário que o "pivot" entregue a bola a cada companheiro que sedescoloque. Ele ê quem deve decidir quando a oportunidade é favorável. Se esta nãose apresenta, deve devolver a bola a um companheiro situado no fundo da quadra.Nao é raro que isto Mieeda varias vezes antes de que se lance o ataque definitivo.

«JOGADAS PREPARADAS

llã jogadores que preferem empregar jogadas preparadas de antem&o. Nelas, cadahomem tem uma tarefa precisa que deve cumprir ao lhe ser dado o sinal. Os quadrosque utilizam esse tipo de ataque dedieam muito tempo a aperfeiçoá-lo, para quecada homem saiba exatamente o que deve fazer e quando deve fazê-lo. Sustem ospartidários desse tipo de jogo que este tem êxito precisamente por essa circunstancia.Cada um sabe o que vai fazer e o que vão fazer os seus companheiros, e a ação secoordena perfeitamente. Assim se obtém um rendimento máximo dc cada um.

Sem embargo, há falhas importantes. Em primeiro lugar, as jogadas preçonce-.btdas não podem dar resultado por muito tempo contra um ouadro inteligente. Aose repetir pela terceira ou quarta vez, os defensores se prepar _»¦>'" para fazer-the frente.Atem disso, os jogadores se teriam demasiado mecânicos. Deixam de pensar por simesmos e se limitam a cumprir as instruções recebidas. Às vezes. • **Philipes 66** em-prega uma jogada, jjreparnda especialmente para um determinado adversário. Nessescasos ( se utiliza a jogada uma ou duas vezes, em momentos críticos do encontro.Vonsidermos muito melhor permitir que nossos jogadores apliquem sua própria ini-ciativa.

No "-Phillips 66" temos uma regra que aplicamos sempre: Existindo dúvidas acercadu extto de uma jo»rda, se entrega a boln a um companheiro retrasado. E' maisimportante controlar o balão que tentar um ataque forçado, ser» boas probabilidadesde êxito

Depois de ler estas notas, o espectador pode apreciar c_ estilos de ataque. Ohomem-chave é o homem-chave ê o "pivot". Quando uma jogada estiver em de:en-voiviniento. ê preciso fixar-se nele. Porque a capacidade do centro decide muitas vezeso resultado da narliria.

uma Partida De BasketballBUD BROWNING, TREINADOR DE UM FAMOSO "FIVE" NORTE-AMERICANO, ENSINA NESTE ARTIGO A APRECIAR O ASPECTO

TÉ»"wi«-r. rvc iiaa ¦_-./¦__¦'

«___n ^______H_il___r^^^^^^^^5_^ip^Jtt^É^-__^R^^,**^^ jH^HBBgB ^H _____ '"¦''- _____r» ^___fl_ifiWÊÊÈÊmwÊÊBSr* • *'^__i^___^_^^-^______»^^__ki»--

^'•"*í^fS_^P^^:-:;_____§_»• ^11¦pVn ^H_B*_^^__I _EbT ___Pi ___&. *¦ .r ^-Ma- __SEffi___B_H»?- ___j| l__S__y _____

BP^^ ____^ HB&. __M_____«gaM_fiMB_HSit:;,- S$_K6»__-__>j^fl_i- ¦ JmmmnW- jtBíti:5^3__F ___£_- -"-W^*- jTn-^P^PWt^^^P'"1 -^ E_ÉSm _______l___t- ÊgÊ ^1 Ipl EIíIéIÉÉIí m 'Jl __!

3_r »__' |B 9mL __l !_3__*? Jík. IMtík\^3!SmmÍi^^^!Í«Bf.WmS^Mf # _M'

^á_B ¦llliii_& **B? í^l^íí:i^

-*Ka^HNg««__Í___N__K_____M__3______^^ frfffiniM-ffiiTfflHlW^

Lm; rebote e quase sempre o ponto de partida para o contra-ataque rápido, amelhor arma do ataque no basketball. Em dois ou três movomentos, deve levar-se a bola ao campo contrario para surpreender a defesa

BB%p_igBflBIH____________________________________________________ii_ \ l_*r_l__^__nWMM_rafij§S33BJC^ B_I__E_____ifflrr1_*

_§ _ri'.í_R,B_ s P____j_j ^"a

^^^^^^^^^^^^^^C^'^^ *\_____i

______^_$£--______^-l_____í Ht'-. ^^^___________M_____i__i_^___>_-i-^_i_-g__S)_i_e_____r-»_______________________________ .¦!*-____________-lg___B__^_i8»B__i-_^«3^-«!%_nB____i _____^^*^_____^â____i __B. v'':-^^__i BKa__-l__?S5__ss4iSSs_______Sn___l ___Kt_3ra_£^^a___£S5_<S____i ___t ¦ - l^______________H___B»_1»_>k3B«C_%í5s£fl _Be_IÍ_I a tB li_______fi*l 'i^-sSi.__!-a__M_i ___-Sys-j-&--3R--:> ¦•-'-::.____ ____E!^-a?__--l__l .^,À-__i-_____^^___í ___KV^-^-^K''' • ^ -Í_H ______^^f___K____i ^

__i^ÉÍiÍÍÍÍ'ii__| ____1^ÍP^_I i_IÍÍfèl'iÍ_^-_B_ra______i^l_l §ÊI fS_8 ________s__-_^__3____l ^k:^ ^ • :^C::___j_R___r^___|RI_l§__^_a_S_^qiw_f_3H_______________________________«l___-;_^___________M "í

__!___-- ^^Br ':-' "'''::TI_'l^_ffHf__^'*-*Ni^*7SiSÍ__a-^Kf Ht. lHKr ¦'¦ > 4_p__I^BK,w : _| Hn " -^|^^^^SB^Ba^wá|^^^^;%.-.-.^r. ^^^^^^^Êfí^fi^ ~ %-^___-^:-^'_^__^ • <*'*^ s«St?^ ~"\ '

____! _R^' ^w __b ^•¦^^^JI:^lfS?M-fí___v§||^g ¦**&s S^_______r ^ffi EB______^___K-S_^9^ Hf *-fiSlÍ----___í_im*^^^ fjr-V *' ____- -_9r

ií _n«_____#_iil K'^':: :--iH i_^'_________________*^^^_i_B a___s_>r, -^____________i 5*1 ;-''1y.£:-__H ____K^4_r_l _______M_MÍ*_-t-':«^:S___ •'_____________txS________I___PIh__^^_¦ __?__B__WI__kS*^*;'; _««

fe"-TS-____F-- ¦ 5»^i_• ¦¦¦:¦*«•«»' Si ¦ ^>__i^*i,''R"__i?^l^__8í_i?'-¦ _i_S«'***'^__^^^P¥^^B_Bn !___3>9v-fl«v ^S_r"^o^' "'" y -m_____X_BP-^______é____?iV^>9*^__^v __kl- _j*_w^" *jbh>* ; . '•;¦¦-.-. *--'t'^^___rKR [» fllav

' .* Ji ^_3___MP^__-_»i»*!_BI_____^^ ' '-___M___M01---r-^-^^ *'*¦¦'•¦" '^-.:\^Í^-:í-^fcvWSB

iHSn9E9_ _BH^3i_c' ¦«, -^"JCf ft. sA S&R&ít .S_S''._k *4MvH^_9i WStXSBBsBit. ¦oy^i^B^f23^¦¦ .'v^ *«è_v?<íx_'i____________[XsRSSb_MhI_____E__[^ **-ty?*^ . ^éf<... "WSBS __i_____<-9_- -^^^-^¦^-?_?_WIP^^Wi_____^''V*? Ws?? /¦.^••, ; ¦ -^S»^_n«>___B'¦' 8______T "-«ki-T^^v aiíV** ^t_ I__Ü***S Jegwítj|^SHK*x 1*^^B|V"--•* -'7-1'-^'-—Blt^BlirM____r_r___Ér "'• "'''^'Jífiív"'" ¦ ^E___í

. 'l*aV3_ ¦J^«>*_ _;'^iv^ \£. ___r*__R-' K^ffy^^KÈ. wBBil_ 3HS___n "_S#K4V_«.4_££v«dHHJl_E____F *9r- ¦!»_________«__c_____________r^7%'/ f \_ ^3_! ?^_jK___^b^G-^-__-_^__?-9«-»E B9____9T O» tnsfiitm_9__fl ____P TiT*h*-'i»ii___. \ .-v_ "" _______W____, ^TrTÍ__lli_i \mwB:' ^-?tBl:-ByMUlj_el__; i b_BF__ ^_3. :':õ* '¦- ' '^__i_9

_HG__nl__r. -__M___T*' - «¦_«-.j4___ -.*¦¦'..-.' ^_L -fl_, -^_____S_**__ar j«v iwCÍ>&q&^'"'"** 9^S_qKJK3Btàt ¦ ^j.^9_IS___Ec^>>_U__ ^_S__F ¦' '- ..^í1"-__________ -f __S___T' ¥-,-™Si ¦'¦ Y ¦¦ -s- ;•% iSSViTirf'^ StP^^^ iSStMKmmttmWm a)i>ryaT.^w^w*fliO*C}ax-^cv.-.v ^ãx>. í«jx-a»

_H_____' . i-jaSaflH^y -.. <x» '-.-. # __aeííív*i" ' -L,'Ta___.^SiL'. ^j*- ¦ - -J_ _c_S_«_i_99Í__________B___S_V«_f^' ' ¦¦¦ "^Bfc, - ]S88S&ú_ my»

A jogada resulíou de um contra-ataque. Entra velozmente um atacante paraeneestar, qua°;ido cs esforços da defesa são já tardio. . Os jogadores sempredevem estar bem treii".*i->«, pava variar seus movimentos ofensivos de acordo

«cm ag circunstancias

¦_¦

Page 8: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

""" JÊ

¦

BjWW^' r-*yüft-' £ ...... ;^^w^ ¦ -/íflii^ -£ ' '*'^¦^T^B^Bffffiy^BBg^ ' ''-^888^-' ^^^Br ^v jB 3E____JR_____Kâ____________! ütífe--*' -"'- •_£__¦ iiiíí !*' ¦¦ " ¦¦ "• ^SSisé,'¦ "^íS"' í^^íí'"'' A^joS/Sijmpmm

nlili_i_r#%im%i^ "' nu i', T iitiiffliii_MÍniiii«TT.n'iiii'ii'w^ fi *^t§§éíp$lte, '}¦" -t___l__l

O arqueiro guarani Vargas noutra sensacional intervençfu J>efesa dr Vargas,j

Não chegou a empolgar o transcurso da pe-leja que uruguaios e paraguaios travaram emSão Januário. Em que pesem algumas poucaspassagens interessantes, a partida foi de umfootball frio, com dois teams discretos e poucosvalores destacados. Os selecionados apresenta-ram-se com as características que lhe têm sidopeculiares, isto é, os paraguaios jogando à baseda velocidade, do entusiasmo, tirando partidodos rápidos deslocamentos em campo, enquantoos orienais, mais lerdos, mais clássicos. Nesseconfronto levaram a melhor os paraguaios, queda igualdade do placard no primeiro tempo, porum tento, subiram à superioridade, marcandotrês a um, para no final concederem ainda maisum tento aos uruguaios.

A luta, de inicio, desenrolou-se monotana-mente, persistindo os quadros no mutuo reco-nhecimento. A partir dos doze minutos iniciou-se uma fase de alguma vibração, reflexo do pe-nalty de Vargas, do empate dos uruguaios, e deum shoot violento de Alvarez na trave, que oponta Uugain emendou com a mão para as re-des, sem sucesso, porque Mario Vianna estavaatento e hão deixou escapar o hands. O tempofinal marcou nítida superioridade dos para-iruaios que chegaram à vitoria, muito emborafosse ela ameaçada à última hora com um goalaos quarenta e três minutos, um bombardeioà porta do goal de Vargas. A defesa guaranidescontrolou-se. rebatendo de qualquer forma.Mas apesar da iminência de empate, o perigo

passou pela exiguidade de tempo, ficando a vi-toria do Paraguai por três a dois. Diga-se quea vitoria guarani foi o fruto de melhor disposi-ção e maior acerto dos dianteiros vencedores,enquanto o team oriental, com muitas; falhas,não teve a combatividade do adversário parasupri-la. Houve até a chance do penalty perdi-do, que deu ensejo a duas espetaculares inter-venções do goleiro Vargas.

NÃO ACERTARAM OS URUGUAIOS

A equipe uruguaia, que no primeiro tem-po conseguira equilibrar a partida, a despeitode suas falhas, sofreu no segundo periodo de-créscimo sensível de produção. O motivo, certa-mente, foi o grande número de alterações (pie.longe de beneficiar a equipe, serviram apenaspara acentuar a fraqueza dos vários setores. Aentrada de Tejera foi prejudicial, e a substitui-ção do ainda grande Obdulio Varela. De Ange-hs, Martinez. Schiaffino e Villamide, entrand •Rodolfo Pini, Vanoli. Matias Gonzalez. Gambetae Cancela. A rigor somente surtiu efeito a trocade De Angelis por Vanoli, de vez que todos osoutros mostraram-se inferiores aos substituidos.Passando a uma apreciação individualista dosuruguaios, pode-se dizer que o arqueiro Paz nãocomprometeu. Martinez foi um bom zagueiro,exibindo jogo bastante clássico Vilches, entu-siasta. formou boa zaga. Tejera fraquíssimo, de-notando absoluta falta de forma. Obdulio Va-

rela foi a melhor figura da intermediária.|ataque esteve apagado, pois que nem niesimJuan Schiaffino conseguiu fazer alguma coisaTodos os atacantes fracos, incapazes de aproveitar com êxito as oportunidades de goal.

O DESENVOLVIMENTO DA PARTIDAA primeira chance para a abertura do

|core pertenceu aos uruguaios, que a despe"""çaram. Vargas, driblado por Perez que ia Parjo arco, derrubou-o na área fazendo-o errarshoot. Miguez cobrou a penalidade ma»!para Vargas rebater. O próprio Miguez eme •

dou a rebatida mas o goleiro voltou a apare a bola, nos pés de Gonzalito, afastou »|rigo. Ao quinze minutos, isto é, dois minutos-. Jpois, um ataque rápido dos paraguaios pelareita. determinou a abertura da contagem ^pez saltou cabeceando um centro da direitacobrindo o goleiro Paz que sairá do arco.sado apenas um minuto, o Uruguai revidoupatando a partida. Schiaffino foi o autor.ataque, desviando-se para a esquerda e cenido da linha de fundo. A pelota nos pés de »foi shootada de pronto, de pé esquerdo, nnando o keeper paraguaio. No segundo wmcom três minutos, o Paraguai já estava ei»tagem. Leguizamon investiu pela meia essqtifr

Aos 0.anda"*

cia. atirando forte no meio do arco.minutos foi expulso de campo o comuruguaio Miguez, por tentar agredir um asario na disputa da bola. Aos 21 mi"*iitos V

Page 9: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

ii mi i i in i ii u ii ¦ n m i ii iw.iiii . '' ., ji i'P ii iiimi i'i uni iihiiiiiih i i. |iinv j.m.^i,",.,]... . MJjrimBIJ^WtMMUIMJJ!1.''. ,<p~msF#m:~, ,.;..:,,.,^^^^gmmgm rüWJSWP ?vm&>.--'««pfí"« >-;./"¦¦

i4 J^¥T Â W-T-tO'?**?*? ¦_£-_¦____ ¦ ^"^ • *.«/—rv.w^.1.^ *-;g

: _______:iiv'-'- w^*^ • '^*".' ¦ i' —"V-'-^"""' "'HHoHSK^___________MF •¦ -_&«&_¦ 'fiS^ _? jç^T^' '""-*'*-. __>"¦¦' -vá..-- ^5_!;' '^vK^ _______¦__.

"'"¦'¦ * s<:??

Jjinuiís chegaram ao terceiro goal, quando Al-Bez fechou espetacularmente pela esquerda.»se ao final, aos 43 minutos, Júlio Perez in-Bamente solto frente ao arco, recolheu um«òot de Britos que fora à trave, marcando o«ai em situação que reputamos irregular.

¦ PARAGUAIOS JOGARAM PARA GANHAR

I Conquanto pecassem também em vários¦res, os paraguaios souberam decidir a par-w pelo dinamismo de seus craks. No quefè às substituições feitas, não há críticas a fa-¦de vez que a produção dos que entraram no**"i_ nao determinou qualquer alteração no¦"imento da equipe. A defesa mostrou-se re-«lamente firme, pouco serena, entretanto,•ndo se lhe deparavam situações críticas,!§siao em que as bolas eram rebatidas de qual-w forma. O ataque só teve, em realidade.gpi

figura de relevo, que foi o comandante Al-Sfez. Distribuindo e deslocando-se sempre com.Crivei rapidez, o center paraguaio foi sempre

I perigo para o arco de Paz, culminando por¦ o autor do goal da vitoria. Lopez e Lopez¦es foram dois meias por vezes eficientes, en¦J»to os ponteiros nada fizeram. A defesapr<M ntou-se eom um bom goleiro que é Var-s«s . _._/üiiío e Gonzalez formaram uma zaga

^}v Kníre os médios, Leguizamon foi o queis ""pressionou, enquanto Cantero. mostrou-

m elemento valoroso pela sua energia.

Viches, um dos novos da equi Pe uruguaia, sendo socorrido

WBSBHÊMm-^ -k *£**_¥¦ _••!.:i

aéàwàiaêmiaÊmmmálÊàWtÊmmk

Paz atirando para defender. O guardião uruguaio não esteve numa tarde feliz__¦¦*

Page 10: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

...¦ .../^¦.•/¦^•-.,*í^'Í-JIS.^IWBT'

—V.

-*

Pág/na 70 Sexfa-fe/ra, 5 c/e ma/o de 795C

¦ -wwjra^-

O GLOBO SPORT/Vo

;^«Jfe.

Tornem Dos Jogo? Olímpicos fl)

ffH m â.I nmosZfe Alberto Laurence

Do 31aior SPe Todos Os Co

f ¦ ¦ ¦nciais rentesnoLÉns 3B UM ti ##| f $

Conhecemos, afinal de contas, a lista oficial dos 16 países classificados para dispu-tarem no Brasil, entre o sábado 24 de junho e o domingo 23 de julho, a IV Taça JulesRimet- (Taça do Mundo), o maior de todos os "campeonatos mundiais** que conheçaa historia do íootball.

Pois, na verdade, nunca houve, oficialmente, ^campeonato do mundo" de football.mas até 1928, poderemos admitir que o "profissionalismo", existindo de modo oficiale organizado somente na Grã-Bretanha, o torneio de football dos Jogos Olímpicosconstituía verdaceiro campeonato universal, enquanto desde 1930 a "World Cup-" ou"Coupe du Monde" (hoje "Coupe Jules Rimet") representou o mesmo papel, nenhu-ma "edição" destas duas competições, alcançoc, aliás, o caráter, a importância é obrilho do certam*. que todos chamam pelo mundo inteiro de "Torneio do Rio".

A lista dos 16 ficou então estabelecida, na última reunião da Comissão de Orga-nização da Taça Jules Rimet. do modo seguinte:

AMÉRICA DO SUL — BRASIL. URUGUAI, PARAGUAI. CHILE e BOLÍVIAAMERICA PO NORTE — ESTADOS UNIDOS e MÉXICO.ÁSIA — ÍNDIA.EUROPA — ITÁLIA, INGLATERRA. SUÉCIA, ESPANHA. IUGOSLÁVIA, SUIÇA,

PORTUGAL e FRANÇA.t

Quais são os "titulos" oficiais conquistados por estes 16 países nos torneios mun-diais dos Jogos Olímpicos ou da Taça Jules Rimet, é o que vamos passar em revistaimediatamente.

QUATRO OU CINCO "CAMPEÕES DO MUNDO"Antes da Primeira Guerra Mundial houve um único "campeão do mundo", a Grã-

Bretanha, cujo selecionado venceu o primeiro e o segundo torneios de football dosJogos Olimpicos, em Londres lf*08) e em Estocolmo U912". E não havia motivos dediscutir o caráter e o valor destes torneios.

Já entre as duas guerras mundiais, de 1920 até 1930, em particular, a coexistênciado amadorismo e c fato que os Jogos Olímpicos só fossem abertos aos amadores, tirouuma parte de seu prestigio a estes torneios, detestados pelos britânicos e vencidospela Bélgica em Antuérpia (1920) e duas vezes pelo Uruguai, em Paris (1924> e Amster-dam < 1928).

Em 1930. a PIPA criou a "World Cups" que, disputada pela primeira vez eraMontevidéu, acabou com uma terceira vitoria do Uruguai. Em 1934, na Itália e em1938 na França, foi a famosa "squadra azzurra" italiana. que venceu. Entrementes,em 1936, houve um Torneio de Football dos Jogos Olimpicos de Berlim, tambémvencido pela Itália.

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial tivemos os Jogos Olimpicos de Lon-tires (1948) e seu torneio de íootball de pouco relevo, sempre aberto só aos amadores,enquanto os maiores jogadores do mundo inteiro são profissionais e foi a Suécia quemvenceu.

Houve, portanto de fato, quatro grandes "campeões do mundo" cujos três maisrepresentativos, valorosos e*famosos tornarão a encontrar-se no Brasil: InglateiroTJruguai e Itália. •

Resumindo, vemos que cinco países somente foram camneões:INGLATERRA Í1908 e 1912).BÉLGICA Í1920).URUGUAI (1924. 1928 e 1930,.ITÁLIA (1934, 1936 e 1938))3UECTA (1948, só amadores) t

¦

"...¦¦:¦¦

'Qamkm mim ifistante"

C 0 RT/t os/RS&E RIAAí4§#

E como já dissemos, o título da Suécia náo tem o mesmo valor dos outros, nniapenas a Iugoslávia e a Dinamarca mandaram a Londres a "nata" dos seus ia»!dores (assim como a Suécia), enquanto os outros países estavam representadosY»selecionadas de amadores. w

Vamos então passai em revista a conduta dos 16 concorrentes do próximo TorneiaMundial nos deu precedentes certames, começando pelos sete torneios dos Joe»Olimpicos e deixando para a próxima vez as três Copas do Mundo. w

• BRASILO Brasil nunca pary.cipou dos torneios de football dos Jogos Olímpicos. Somparecsn.

porem, nos três campeonatos mundiais (Taça do Mundo) organizados pela FlFAeíoi um dos motivos que lhe valeram a honra de tornar-se a sede do quarto.

URUGUAI

O Uruguai participou das Torneios Olimpicos de 1924 (Paris e 1928) (Amsternam)3 triunfou em ambas as ocasiões.

1924 — Venceu i-ucessivamente a Iugoslávia por 7x0. os Estados Unidos por 3x0.a França por 5x1, a Holanda por 2x1 e na final a Suiça por 3x0 'Paris). '

1923 — Venceu iucessivamente a Holanda por 2x0, a Alemanha por 4x1, a Itáliapor 3x2 e na final a Argentina por 2x1. depois de um primeiro jogo empatado por lxl(Amsterdam).

O Uruguai não participou dos Torneios Olímpicos de 1908, 1912, 1920, 1936 e 1M8,PARAGUAI E BOLÍVIA

Nunca participaram dos Torneios de Football dos Jogos Olimpicos. *CHILE

O Chile, talvez animado pelo triunfo dos Uruguaios em 1924. veio participa:do Torneie dos Jogos de Amsterdam em 1928. Foi, contudo, eliminado logo no primeiro"jogo, vencido pela contagem de 4x2, pior Portugal, que também estreava nas grandecompetições internacionais ce football. O Chile não participou dos Torneios de 1908,1912, 1920. 1924. 1930 e 1948.

ESTADOS UNIDOSOs Estados Unidos, apesar da pouca popularidade e da qualidade técnica apenu

regular do seu footbaii. é um "habituado" fiel dos torneios mundiais desde 1924 'nãoparticipou dos Torneios de 1908. 1912 e 1920):

1924 - Os Estados Unidos venceram a Estônia pior 1x0 e foram eliminados nauoitavas de final, por 3x0. pelo Uruguai, futuro campeão .

1928 — Pouca sorte tiveram os americanos do norte que. logo no primeiro jogo(oitava de final > tiveram que encontrar a Argentina e foram eliminados pela conugemsignificativa de onze £,oals a dois.

1936 — Performance muito mais honrosa, embora eliminados também desde o pri-meiro jogo (oií«avas de final" Os Estados Unidos jogaram contra a Itália, futurocampeão, e perderam pela contagem mmima tlxO^.

1948 — Outra vez os Estados Unidos foram eliminados desde o primeiro jogo(oitavas de tinal) pela Itália, porem pela contagem pesada de 9x9.

MÉXICO

Como o Chile, o México participou pela primeira vez de una torneio mundial em(28 nos Jogos Olimpicos de Amsterdã.

1928 — Eliminados dessete o primeiro jogo (oitavas de final) pela Espanha, pela con-1936 — Nao participou.1948 — Eliminado desde o primeiro jogo (oitavas de final) pela Corai, por 5x3.

ÍNDIA

A índia compareceu pela primeira vez no "concerto" do football Internacional noTorneio dos Jogos Olímpicos de Londres em 1948.

Perdeu desde o primeiro jogo (oitavas de final» eliminada por 2x1, contagem hon-rosa, pelo selecionado de amadores da França. Foi nesta ocasião que os hindus t»-garam com oito jogadores descalços, o que incomodou bastante os gauleses

PORTUGAL

Portugal estreou em 1928 em Amsterdam (não participou dos Troneios de 1908. 19111920 e 1924>.

192ü — Portugal venceu o Chile por 4x2 e a Iugoslávia por 2x1. Depois íoi elimi-cida pela Tchecoslovaquia por 7xú.

Não participou tampouco dos torneios olimpicos de 1936 e 1948.

IUGOSLÁVIA

A Iugoslávia 'antiga Servia,- estreou quando nascia, apenas em 1920, no -rornriode Football dos Jogos Olímpicos de Antuérpia.

1920 — A Iugoslávia íoi eliminada desde o primeiro jogo (oitava de íinal). ven-cida pela Tchecoslovaquia por 77x0. í~»s ••••

1924 — a Iugoslávia teve o azar de" ser o primeiro adversário dos uruguaios emParis (1/16 de final- e caiu esmagada pelos sul-americanos, também pela contagemvlG t XU.

1928 — A Iugoslávia íoi novamente eliminada desde o primeiro jogo (oitava de•,«o2'enCl^a- pOT Ponu^ Pela contagem desta vez hdprosa de 2x1.1936 -— Nao participou. %¦ 1948 — A Iugoslávia venceu sucessivamente Luxemburgo por 6x1, a Turquia P*

3x1 e o selecionado de amadores da Grã-Bretanha «em semi-finaD por 3x1 também.oUmpfcc-

^ ÍÍnal **** Suecia- P°r 3xl- e classificou-se portanto como vice-camp"0

£ S P A N H A

briuánS,^YCUJ° f00t5aU .ellSfttl«hava antes da primeira guerra mundial, estreou

brilhantemente no orneio dos jogos Olímpicos de Antuérpia (1920>. 101,<nor lS ;~,dJ?P ? VeXfeu a Dinamarca (finalista dos torneios de 1908 f J?!rJfnen Pf*^1 Pel° Pai» organizador, a Bélgica, por 3x1, em quarta de »*•

W L rnl1f nDeVne -consolação", a Espanha v-enceu^sucessivamente » -i«*

£Seccslovanni-Tr.

° e * Hi>landR P™ 3x1. E se beneficiando da descia - '<?»?

ne£ ímeXamH "? .COEf-ta- * Espanha ganhou o segundo lugar oficia, do Tor-

neio imediatamente atras do campeão. a Bélgica. ,. ,„vencida, nela itSS^ ^l™' infeIi*™nte. desde o primeiro jogo 0/16 de í^

Ss do^SoríS m,P^ ,C°ntage mminil™ «IxOK deporá de uma luta memorardgValtnS im? SS SdÍal* ° unico goal- sendo ™ *»* contra do sagueiro esp^*

IMS ap me!hores Jogadores no campo naquela dia. . ^

novamente T^?V2?U * Estônia por 2x0 e o México por 7x1. Depois^,S ítaokf1,8 de f?al contXa a ItaJia * empatou (lxl depois da* p-**g£™ on S r

desemPflte. °s espanhóis tiveram que escalar um quadro de *%

coíita-r ^íel;;,V "umeros^ contusões dos titular^ e foi vencida pela l&» **

ayT '"esperada c exagerada de 7x1A Espanha não uarticipou des Tcrnttos dos Jõsss Olímpicos de 1936 e de 1««-

(A *^uin

'ia*"»

Page 11: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de maio de%950 Página 17

w-m-ríi!mpákêtífíKL

Mii__í_P?âi

tfl_-_Rh rki-Hr ifl

-W-^-M-iv*5»^ ' *^3_S ^_________Hr-~-^ *^^_** Ba

QUEM BEBFCjumetteHEPETEí

SE NÃO SABE...— * * 5 (Jogo cora a Polo-

mia).— 193-, em Montevidéo.— Box (Ldogie de ia boxe).— Esgrima

—- Hei Alberto da Bélgica.

"TEST SPORTIVOc) TLif

(Solução):na

ESTOCOLMO, maio (Be Geraldo Romual-do da Silva — Enviado especial d'0 GLOBOSPORTIVO — Via SAS) — Jovem, mas inter-nacional consagrado, tanto que traz nos om-bros a expressão de muitas vitorias consegui-das eni favor das cores da Suécia, Karl Pai-mer sabe muito bem que a inclusão de seunome na lista dos futuros scratchmen já nãodepende dele somente, porque a finura uo cor-po, essa quase fragilidade que o torna um ju-venil de .0 anos, não poderá ser transformadatia noite para o dia. Impressiona e dá penasaber, principalmente contado por ele próprio,o muito que tem feito — dormir cedo, ali-mentai-se o máximo, aescansar .^7*3 cadarefeição — só para ver se consegue subir depeso.

Mas não há jeito. Tenho feito o impôs-sivel, tenho tentado até com médicos especia-listas — só a balança não acusa melhora ai-guma...

SE FOR ESCOLHIDO, MUITO BEft?

Indagamos:Mas você espera ser escolhido, não es-

pera?Pelo menos estou lutando para não dar

margem a que me cortem...— E se você for cortado ?

Ficarei triste e me limitarei a torcerpelos que tiveram a ventura de voar até oRio.

Desejaria voltar ao Rio ?Quando mais não seja, para provar que

posso jogar um pouco mais do que joguei.Sorri e acrescenta:

Mais do que tudo — estou brincandoeom o passado — pela honra de defender ascores da Suécia.

E* verdade que você tem um conviteanimador para se tornar profissional naItália?

Tenho. -S, realmente, um convite capazde me fazer independente financeiramente.

Por q-e não o aceitou como os outros ?Porque sobreexistirá sempre o perigo de

encerrar minha carreira perante meu públicoe perante meus pais; sobretudo perante meuspais, que são os meus maiores e melhores tor-cedores.

Encerrar a carreira, de que maneira ?Ora, então você não sabe que jogador

sueco que se torna profissional é jogador mor-to para a Federação?!

O BRASIL E' UM CANDIDATO SERIO, MASA INGLATERRA TAMBÉM É...

Tentamos nova pergunta — "Qual é o seucandidato ao título de vencedor da "Copa doMundo"? — e palmer, sorriso de criança (nofundo não passa mesmo de uma criança ), res-pondeu:

Não é que eu queira ser agradável aoabrasileiros — pra que, se o fim de meu foot-bali se dará aqui? — mas acredite que tenhovocês no melhor dos cálculos. Aliás, para sermais claro, existem, a meu ver, dois cândida-tos reais e indiscutíveis ao torneio de 1950: oBrasil e a Inglaterra.

_ A Itália, nio ?Parece que nao. E' uma .aposição

apenas... Que foi que mais surpreendeu a você

no football brasileir»?A facilidade dos forwards em shootar a

goal.Não gostou das defesas brasileiras ?Gostei de algumas. Diaiam-me mara-

valhas da defesa do Vasco, mas eu não chegueia ver em ação o f-moso sexteto campeão sul-americano.

E concluiu:Admito, porém, que se o Campeonato

do Mundo chegar a ser decidido entre inglesese brasileiros, os brasileiros' terão pela frenteuma tarefa duríssima, pois a retaguarda daInglaterra não é fácil de _er transposta.

ff/f%MI-|i

§?§£.. : '..':': ¦,:¦'¦¦ -.,':.:./:: >¦: ::.:.í' •' '>,-::':

''¦¦'•¦•¦_ -. ¦¦ '?¦¦¦?:'.•"-:¦::''¦;

'?*'•''&:?-' \ "..'¦ ,. ¦

:

aaaWlamMW&l&l ¦¦>?'%'''"-x.^%**'/ *'C^*-»-,*'V*^ *•¦¦¦- >.*-• - <!*...- .,i:|íd-;*^fr"* .-...-»*¦•»¦. j-*;_»WF.^**^» tr *,.« "*•.*__*¦.. *. **¦?. ¦'. *• •*' * ¦ -. -- -— _ -^_U_____^_ta_A_S_-__^_________. i

ralmcr en> pleno treinamento com Nilson, em Boson

NOVA LEI DE CONTRATONA INGLA TERRA

(LONDRES, maio (De Geraldo Romualdo da Silva — Enviado especial d'0GLOBO SPORTIVO --- Via Panair) — Recentemente 88 delegados pertencentes(o que é muito importante), a 88 clubes profissionais filiados à Liga Inglesa»reuniram-se na cidade de Manchester para assumir uma decisão que se atum-ciava importante em face do regime. *

O conclave foi presidido pelo ex-Jogador do Portsmouth, James Guthrie,defensor da criação de um sindicato oficial e obrigatório, que venha a ampararos profissionais, sübendo-se que a "União" aprovou duas propostas bastantediscutida nos dias atuais. A primeira aconselha que os membros do Sindicatopoderão recusar-se a atuar com outros elementos que nãó façam parte da Or-ganizacão. E a segunda — mais positiva — estabelece que os signatários doconvênio recorreriam, a partir da data que assinalou a reunião, à arbitragemdo Ministério do Trabalho, caso não venha a ser elaborada uma nova espéciede contrato a ser subscrito pelo Comitê, constituído pela "União dos jogadores",pela Federação Inglesa e pela Liga Inglesa.

O contrato em discussão prevê um espaço de tempo máximo de duraçãodos compromissos, o qual será limitado entre um, dois e três anos, findo o qualserá permitido ao atleta retomar a liberdade.

De uma maneira geral, tanto a Liga como a Associação parecem de acordocom á proposta. E o Ministério do Trabalho também. Apenas o entusiasmodos peliteantes esfriou um pouco diante da alternativa de terem de ligar o•«projeto à necessidade de deixar com o Fisco sessenta por cento de suas futuraseconomias... ... _.,,-. „ ..-

Page 12: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

Página 12

^_________É___f ÍHH^JH "

ííi/í ^¦¦'-^ |^']KLy_____fltA^t trY^$A ¦___) __B_(fliíB(_____

61gBíii^p>«ll««l*^Wi|l|.iWMI«'«"l~«!»W^.lx«i'*-f--^-

Sexfa-feira, 5 de maio de 7950

.¦ -.-- ': -!¦-' - x rfn^fHNpnm

DOS *PkCK\O GLOBO SPORTIVO

^s süt ^« ^_f ^b _hef ^f a yp

V:'

BAULD STEEL i-~ iLi&fiooh^T% M'^ WADQELL,XtRangers)>

LONDRES, maio (De Geraldo Ro-mualdo da Silva — Enviado especiald'0 GLOBO SPORTIVO — Via Panair)— Presentemente inferior, na verdade,ao team nacional da Inglaterra, de fa-to e indiscutivelmente por um dessesfenômenos naturais do football — umano o inglês aparece melhor, no outro

o escocês — o selecionado da "ScottishFootball! Association" não deixa nemassim de constituir uma excelente for-ça atrativa pela expressão individualda maioria de seus integrantes, comopor exemplo o arqueiro Cowan; os za-gueirOs Cox e Young; o médio Forbes(muito nosso conhecido por sinal) e osatacantes Steel, Moir e Liddefl.

Fartam-lhes, naturalmente, sobretu-do nos dias que correm, mais força co-

MOIR-Bolton?

letiva ou a torça coletiva que se vis-lumbra no "onze" da Inglaterra. Dequalquer modo, porem, uma vez prepa-rado e devidamente em xeque, esseplantei poderá muito bem se transfor-mar num dos maiores obstáculos aosreais pretendentes à Copa do Mundo;desde, é evidente — e aqui vai o re-gisto da ressalva — que no Rio de Ja-neiro, tal como tem sucedido no exte-rior, mesmo em se tratando da Europa— a famosa equipe não caia tanto deprodução. Ou não se desmereça tanto.Porque, lenda ou não lenda — valhana pior das hipóteses uma coinciden-cia bastante esquesita — toda vez queos escoceses concordam em jogar forade Hampden Park, acontece o que nin-guem espera. Ninguém da Escócia, éclaro; tanto seus rapazes se perdem e

MuÍ$ül

Tf^OCtffA*

se comprometem tecnicamente, isso, alias, nito tde agora, e foi o antigo e consagrado selecionadorda "Azzurra", Vittorio Pozzo, quem chamou a nossaatenção para o falo.

Mas, por falar nesses homens, vale a pena dar-se ao torcedor brasileiro uma rápida iãcia de comoele se formaram e o que fazem. Principiemos, en-tao, por Cowan, cujo nome completo é JAMESCOWAN — "Jimmy", tal como se o chamam na in-Umidade, mau grado a alta ciasse — continua jo-gando em Glasgow e pertence ao Morton. Ele tema fama de decidir as partidas de seu clube, tal asegurança nas pegadas. Nasceu em Pisley, e antesdo Morton atuou pelo Mossvile. De uma feita foi em plena guerra — jogou contra a Escócia. Per-tencia, nessa época, ao Exército britânico e com'o Exército britânico foi levado a enfrentar o quadroda Escócia, em Hamburgo, não teve outro remédiosenão concordar com a determinação.

Mas o seu primeiro grande sucesso só se consu-mou numa partida disputada contra a Bélgica, umano mais tarde (1918), e depois, contra a Suécia

GEORGE YOUNG - Capitão e zagueiro. Os"supporters" do Rangers gostam de dizer que nãohá dinheiro que compre o ~passe" de Young e, comefeito, muitos clubes importantes de Londres e daprópria Liga Inglesa têm mantido interesse por ele,sem contudo conseguir 0 engajamento definitivodesse crack em suas fileiras. Young começou a jo-gar football no Dundas Scholi, mas somente noRangers logrou viver Os sucessos que o consagraramdefinitivamente

Grande em excesso, com quase dois metros dealtura, domina inteligentemente qualquer estilo dejogo. Constantemente os torcedores do Rangers sereúnem para falar do "big-heroi"

que é George epara dar-lhe alguma coisa a mais que o clube nãolhe pode dar. . .

SAMUEL COX — Cox veio do interior. Perten-cia ao Darvel e do Darvel passm ao Rangers Obte-ve o primeiro êxito em 194"). quando viajou de aviãoaté Hamburgo, na Alemanha, a fim de enfrentar aesquadra do Exército britânico. Tem a vantagem dejogar em qualquer posição, sendo que no propriRangers é usado preferentemente na meia esquerda

n. iIAü CO,LL,~7 "M° C°n" é ° mais J°vcm ™mpo-nente do plantei. Formado em engenharia, procuraahar com carinho e inteligência o esporte à sua pro»fissão. Tambem pertence ao Rangers. onde joga des-de 1945. O excelente engenheiro civil nad- fico ¦,uever, peias característica* ariSas^rt^p,.?^

planejador da sala de cálculos.WILLIAM WOODBURN _ Dizem os Rangers-supporters" quando se referem a Woodburn- "Aí

esta outro dos nossos que ninguém comprará comSisfêitò, cnaS

°S eSTeSCS "3o eStão ^tamentesatisfeitos com o seu trabalho no último interna-cional. nao obstante os três sucessos obtidos con íao team de Mortensen. munira

„ «oth!S í0IrBES» 1 T°dOS °S bras««^os conhecem

?....£?• ° ™de foffo d0 Arsenal. \lex nasc™ e„Umted, e excursionou varias ve_es pela Europa Sur-ge como um dos maiores médios ST Grã-Brrtk_ü!_

WILLIAM WADDELL - Tambem faz parte doRangers. Mas os "fanáticos" do Rangera meferemrR^Un" ¦__**i ;s,° *•_-* «£3*«»<."no Rangers. Nao se trata de uma sunersticãn „n;cna^verdade, snas performances se %g£Z%S&

O fenômeno que oeorre com Jan Jair oeorr,

RAF, desenvolveu-se fisicamente e »*¦£?£•*!£(Conclui na página 14)

«Ci*i *r>-* Wà•Mo: Uj;ij

/ x J^?fe_3M?___Hw

CJi ^j»young

»<ar»ge.s captam

COXlínnKrr

TO^tli J McCOUL ^3^v*1pf\^ Jr (Ranceis»

WQJJOBUBr**kníievs>tange rs*

Page 13: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

¦ * : -v : • ' P«5TOf1^..u.rM.,,.,».^<SpW^^i, ...» -v-, ^ w-T ^-"nUMr^TMMKnilIfill^'. 'Ja

O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de maio de 1950 Página 13

T_ft

á% ¦* a_Pl __ ¦ÉP ¦ -Pá AS _ffe BB_ -E-w BBB(LOS E TÁTICAS DO FOOTBALLOpinando com notória descrença

em técnicos e marcações, escreveuo cronista esportivo de "La Nacion"de Buenos Aires:

Não é do nosso propósito negarimportância ao trabalho dos coachs,qualquer que seja a especialidadede esporte que se trate, porque se-ria injusto.

O coach foi, com efeito, um ele-mento indispensável tão pronto co-mo o caráter de emulação dado aosesportes aguçou o espírito de com-petição e tornou necessário, maisdo que nunca, o estilo e a eficien-cia física. No que toca ao football.visto que a ele queremos nos refe-rir de modo especial, sabe-se quedesde a implantação do profissio-nalismo na Inglaterra todos os clu-bes de importância tém um prepa-rador, pelo menos, apesar de háainda alguns anos o mundo con ti-nuasse tranqüilo na crença de queo jogo dependia substancialmente,em linhas gerais, da aplicação ade-quada de uma pequena serie deformas simples: no ataque, o mé-todo de passes curtos ou longos,com passes que a meudo vão deum lado a outro do campo; na de-fesa, dois backs para cuidar pre-ferivelmente dos insideers adver-sarios, um center-hnlf destinado aocentre-forward e dois halves paraos dianteiros de ala. Era o clás-Bico, o provavelmente eficaz, o con-sagrado por uma longa experien-cia. Claro é que de quando em_uando se observavam ligeiras va-riantes de tática segundo o acon-solhassem as características dosadversários, ou outra manobra maisde cunho individual que coletivo,inteligentemente concebida a base2e aptidões pessoais que, desenvol-tidas numa forma nova, eram sus-cetiveis de fazer maior o rendi-mento de uma linha de ataque.

.. ara demonstrar que isso nãoacorreu somente na Europa bastarádizer que nos primeiros anos doséculo atual um quadro uruguaio,o Wanderers, implantou como for-ma sistemática de sua ação ofen-siva o que de pronto se populari-sou com o nome de "cortada". Nãohavíamos visto isso no Southamp-ton, nem no Tottenham Hotspur,nem no Everton, apesar de se tra-tar de quadros respeitáveis por suaeficiência em seu próprio meio.Talvez que tivesse algum ignoradoprecedente europeu a simples ma-aobra adotada pelo quinteto do ei-todo clube de Montevidéu, que gra-Cas a ela adquiriu de pronto uma

superioridade maior do que mm-ca. Seja como for, o certo é que.pelos menos no ambiente rioplaten-se, a originalidaded de seu "estilo"foi indiscutível.

Mas a situação se modificou nosúltimos tempos. Alguns prepara-dores oriundos de certas regiões eu-ropéias — não todos, naturalmentee assim dizemos para que entre asexceções se coloquem quantos quei-ram — sentiram, segundo se ad-verte, a necessidade de aumentar atranscendência de seu oficio e as-sim se preparam a inventar siste-mas de jogo ou a introduzir varian-tes nos já ensaiados, como conse-quencia de uma ânsia renovadoraque na maioria dos esportes, senãona totalidade, tem limitações evi-dentes, porque tudo, ou quase tudo,já foi feito.

Com a aproximação do campeo-nato mundial, no Rio de Janeiro,essa "ânsia" tende a se acentuar.Nele, segundo algumas publicações— e das mais prestigiosas — vãose encontrar vários sistemas dejogo. Ja se falou aqui do que temcomo chave ou símbolo um "M"maiúsculo e do que corresponde aum W. Essas linhas de formaçãoem M e em W são, como se sabe,referentes ao ataque e nem semprepraticaveis com muito rigor, pormuito que nelas insistam os prepa-radores, porque ninguém ignora quehá centre-forwards muito mais efi-cazes quando jogam um pouco adi-antados do que se ficassem um tan-to atrás (e vice-versa) e que omesmo sucede com os insiders. Masnão nos de tenhamos a falar dasteorias difundidas por aqui e ve-jamos em que consistem algumasdas táticas européias que na Capi-tal brasileira vão ser postas à pro-va. De inicio, examinemos o siste-ma suíço. O football na Confedera-ção Helvética se mostrou, ao ganharseus dois últimos encontros com oda Inglaterra, superior a este. oque ainda parece incrível aos bri-tânicos. Toda questão est, segundoalguns cronistas insulares, em que

.os suicos jogam com um "center-

half de ataque"; ao passo que umdos backs marca o center-forwardcontrario, o outr zagueiro e umhalf de ala se ocupam dos ináiders.Tal é a teoria desta formação, que,

como se compreende, deixa umhalf lateral para o respectivo pon-teiro adverso, mas não prove umamarcação precisa para o outro"winger". Acresceaternos que quan-do o quinteto britânico atacava, o

9<

60

»9

01• li

fc

y—ç?O O Oc

Na Bélgica, França e Uruguai, ocenter-half aparece indicado nosprogramas com o n. 3 e é narealidade mais um zagueiro. Naformação suiça (em baixo) essemesmo jogador tem uma missão

dc ataque, em vez de defesa

sem necessidade de cruzar o Atlân-tico.

Diante do sistema do center-halfatacante está o do center-half de-fensivo, que atua entre os dois za-gueiros e mais ou menos em suamesma linha. E' a formação pre-dominante na Bélgica, França eHungria, onde os programas assi-nalam esse jogador com o número3, colocando-o, por conseguinte, en-tre ambos backs. Os halves lateraisnão se movem ali sobre a linha detoque, senão que perto do eixo docampo, e são o apoio imediato dosforwards interiores, formando comestes um quadrilátero tão suposta-mente forte no ataque como na de-fesa. Tal como na formação suiça,a linha atacante se alinha em for-ma de W.

Qual é o valor real de tudo isto?E' de se supor que não resulta des-denhavel, se se pensa que tais ino-vações começaram a preocupar aInglaterra, onde alguns clubes dos

Viqií m^í^ „„ .o • melhores (Boi ton, Wanderers,nali direito ou esquerdo dos sui- Manchester UUnited e Totenhamços e um dos forwards, se as cir-cunstancias o requeriam, modifica-vam a colocação e recuavam paraseu goal. Chamam a isso "o fer

Hotspur, entre outros), introduzi-ram já certas modificações na ve-lha tática britânica, que consiste

rolho". Não custa advertir que é' PrinciPalmente em "parar" o ad-VP_"?__!*iGum ferrolho muito suscetível de ser

forçado e que o sistema não passa 0s tradicionalistas não deixaramde uma simples teoria que se des- de obServar, por outra parte, que omorona quando um rival pujante football nao é um jogo que res-lhe perde o respeito. Não obstante, ponda a normstó rigidamente inva-há na Europa quem pense que se- rfaveis. Seria absurdo, com efeito,melhante tática enganou - talvez pretender que se o praticasse "porpor ser ilógica e, consequentemen- música". Se cada homem tivessete, inesperada aos ingleses e desar- exatamente assinalada a sua tare-ticulou seu jogo nos momentos di- fa ^ to^ os momentos e nãoficeis. "O ferrolho foi ideado por deVesse fazer senão o que lhe dis-um coach indiscutivelmente de seram que fizesse, lhe faltaria umaprestigio, Dori Kurschner, há mais coisa importantíssima, que mnitode 10 anos. Esse preparador se a meudo é fator decisivo: a inicia-transferiu para o Brasil e ali, se- Uva individual diante do imprevis-gundo dizem, implantou o seu sis- to. que no football surge a cadatema. Que há em tudo isso boa ^^ e em todos os iugares dodose de fantasia o diz o fato de campo. Essa faculdade de inicia-que o "ferrolho" seja para nós, tiva _ ou. como se disse. de im_treze anos depois da viagem de provisação — é um elemento dema-Kruschner, uma novidade, embora siado precioso para preteri-lo e noquando na Inglaterra se afirme que caso de nossos jogadores vale tan-o pratica a maioria dos quadros to, pelo menos, como qualquer sis-sul-americanos, embora o amoldan- tema, excelente em teoria, masdo a seu temperamento, sempre constantemente exposto a desmo-inclinado a improvisação, como dis- ronar-se por obra do contingente.se um cronista. Claro é que um quadro de football

não há de ser simplesmente umNum número recente de "World BruP° de onze homens que jogam

Sports" recordou Willy Meisl, co- como bem entendem, sem ordemmentarista de autoridade notória, nem combinação. Ninguém ignora,a visita que o Rapid de Viena fezno ano passado ao Brasil, ondeatuou com muito pouca sorte. Ao

por exemplo, o quanto importa quecada qual conserve todo o possivela posição que deve ocupar, porqueisto pernúfirá que qualquer compa-nheiro faça um passe certo semolhar par aonde o dirige. A mtui-ção, alheia às frias teorizações dospreparadodreds, vale também porsi mesmas, para não falar das ou-trás aptidões que contribuem paradefliür um grande jogador.

Tudo isto leva inevitavelmenteà conclusão de que essas novidadespodem ser interessantes, mas nãotão transcendentais como preten-dem. Há tempo que, sob a capade tecuicismo — um tenicismo bembarato, sem dúvida — nos falamdo sistema de marcação "de homempara homem". E' o que se fez —ou se tem procurado fazer — sem-pre. Desde há mais de três quartosde século, para cinco atacantes hácinco defensores moveis que se dis-tribuem de atenmão a tarefa. Masisto não significa que se o half di-reito, encarregado de marcar o pon-teiro esquerdo do bando rival, vêque a bola avança perigosamentepelo centro do dcampo, dê de om-bros porque sua tarefa é marcarsimplesmente ao "seu homem". De-verá, sim, acudir onde seu instintolhe diga que sua cooperação é ur-gentemente necessária. Assim emtudo e para todos. O contrarioeqüivaleria a suster a possibilidadede um football jogado sob regula-mento.

Voltamos, em suma, ao tantas ve-zes repetido: o quadro joga segundolhe permite o rival. São, pois, emdefinitivo, as qualidades pessoais,e em seguida a aptidão maior oumenor dos onze homens para con-jugar harmonicamente seus esfor-ços para a obtenção da finalidadecomum, o que verdadeiramenteconta. Tudo o mais poderá resul-tar muito bonito, mas em sua quasetotalidade são simples teorizaçõesvistosas e muito pouco fundadas''nesse sentido prático que semprefoi distintivo do bom football jo-gado com a dupla finalidade essen-ciai de fazer goals e impedir que

o adversário o faça.O Campeonato do Mundo não

conseguirá, certamente, alterar es-sa verdade, sejam quais forem ossistemas que eles ponham em pra-tica, ou — o que se ajustará maisà realidade — se procure seguir.

LEIAMGIB! MENSAL

DE MAIO

voltar à Europa, o Rapid introdu-ziu o que seus dirigentes chama-ram "o sistema brasileiro" e o fi-zeram com certo sucesso. O críticoacha notável essa adoção de umatática que, já aperfeiçoada em seusenunciados teóricos por outro téc-nico — Karl Rappan —os austria-cos poderiam estudar perto de suaprópria casa, ou seja, na Suíça,

O GLOBO SPORTIVODiretores: Roberto Marinho e Mario Rodrigues Fi-lho. Diretor Superintendente: Henrique Tavares.Gerente: Rubens de Oliveira. Secretário: RicardoSerran. Redação, administração e oficinas: RuaBethecourt da Silva, 21, 1.° andar, Rio de Janeiro.Preço do número avulso para todo o Brasil: CrS0,80. Assinaturas: anual, CrS 40,00;* semestral,

CrS 25,00

Page 14: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

".''¦-'¦'"""¦¦¦

'¦ - -.;... ¦¦'¦aa.--. ..::¦-:'¦ :-M:'

jainc 14 Sexfa-fe/ra, 5 de maio de 1950 O GLOBO SPORTIVO

viMATUJANDO O SCRATCH

MARGEM DOS TREINOS DE ARAXADe VASCO ROCHA

üs três treinos col-tivos deAraxá não tiveram nenhum ca-rater de "test" para a escolhae composição da equipe brasi-leira que intervirá na Copa doMundo. Aliás, é preciso que seesciareça, embora não sejaquestão desconhecida para o.que acompanham o desenrolardos acontecimentos esportivosligados ao importante certameinternacional, que cada pa_s-Concorrente poderá inscrever omáximo de vinte e dois joga-dores, ou, praticamente, duasequipes completas. Na estânciahidro-mineral do Triângulo Mi-nelro, porem, a C.B.D. colocouvinte e oito dos mais renoma-dos cracks nacionais com oobj.tivo claro e definido de alirecuperar as energias gastasnuma temporada de grandeatividade, como foi a do anopasmado. E nesse particular,submetidos aos regimes reco-meratados, com os banhos e asduchas, com as caminhadasmatutinas, com os exercícios in-dividuais leves e com as refei-çõea dictéticas previamente pre-paradas, os nossos jogadores,como do fato fomos testemu-nhas durante os vinte oito diasem que também estivemos emAraxá, conseguiram progressosfísicos admiráveis, refazendo eretemperando as energias per-didas.

UM TRABALHO DE RARADEDICAÇÃO

Não entraremos no assuntotécnico que procuraremos abor-dar ant-s de nos ocuparmos deum d e t a lhe merecedor damaior atenção. Queremos nosref* cir ao trabalho realizadopelo:? doutores Amiícar Gifforiie Newton Paes Barreto. Antesde mais nada devemos dizer<_-e os dois simpáticos e conhe--idos médicos especialistas emmedicina esportiva foram deuma dedicação a toda pro-va e alvo dos mais merecidoselogios. Estabelecido o progra-ma a ser obedecido, elaboradopor eles mesmos, muito cedoainda, antes mesmo de ser dadoo "toque de alvorada" na con-cen tração, que se verificava àssete e trinta da manhã, já osdoutores Gi-foni e Paes Barre-to, coaüjuvauos e prestimosa-mente auxiliados pelos massa-gLstas Mario Américo e Orlan-do Lucheze, estavam a postospara a realização dos trabalhosinerentes, examinando e apÜ-cando aos cracks o receituarioaconselhado e diagnosticado. E,com . a mesma dedicação, omesmo zelo profissional, aque-les facultativos acompanhavamo_"s_-tts "eí**»_tès" até ás últ"mashoras determinadas pelo pro-grama, ou a "hora de reco-

bARA OS CABELOSUse e não mude

JUVENTUDE gg,ALEXANDREDá vida, mocidade e

VíGOR AOS CABELOS S"beíos

«VIGOP1COS

lher", precisamente às 22 horas,quanuo, então, deixavam a con-centração para o descanso deque careciam. Justiça seja lei-ta aos doutores Amilcar Gi-fonie Paes Barreto, porque os su-cestos da concentração de Ara-xá só foram garantidos em facedesse exemplo de dedicação quederam os dois médicos patri-cios.

UM "TEST" PARA OSTREINOS

Se é verdade que os três trei-nos não tiveram caráter de"test" para a escolha dos ele-mentos que formarão o.s doisselecionados brasileiros à Copado Mundo, serviram, contudo,de "test" para a avaliação dascondições físicas daqueles quese concentraram naquela cs-tancia hndro-miner.al. Verifica-do ficou que eram excelentes ascondições de todos Examina-dos e pesados pelos médicos dc-pois de cada ensaio coletivo,mostraram os cracks não ha-verem experimentado grandedesgastes. Poucos foram aque-les que perderam mais de tre-zentas gramas pelos esforçosdespendidos Aliás, os que maissentiram foram aqueles que es-tavam classificados na catego-ria dos gordos, dos que precisa-vam mesmo perder peso. Mas,experimentaram o desgaste, co-mo se constatou, de formabranda, de taí maneira que, des-cansados, acusaram uma re-cuperação notavelmente rápida.Essa circunstancia favoreciagrandemente u certeza dosêxitos alcançados com a re-cuperação dos dias de repousoe de tratamento adequado, pro-vando que, uma vez em ótimascondições, bem dispostos e sa-dios, os cracks poderiam sersubmetidos ao_ mais rigorosostreinamentos técnicos, períodoesse que se iniciará tão prontoestejam terminados os compro-misses internacionais com osuruguaios e paraguaios, atual-mente em curso.

IMPRESSÕES DEIXADASPELO ENSAIOS

Fisicamente, portanto, comodissemos, são excelentes as con-dições dos cracks. Tecnicamen-te, os ensaios coletivos de Ara-xá deixaram muito a desejar.Até um certo modo nem pode-ria deixar, que assim fosse, des-de que se reconheça que os jo-gadores estiveram ausentes docontacto coordenado da pelotapor mais de vinte dias O pri-meiro coletivo não agradou. Osjogadores agiram sem entusias-mo e sem controle ideal de con-junto. Estavam lerdos nos seusmovimentos, com os músculossem a desejada elasticidade. Opúblico presente, que ali estacanumeroso para conhecer osmaiores cracks nacionais, porsua vez, não contribuiu com oseu estímulo e os seus aplausospara incentivar os jogadores aum melhor desempenho. A chu-va, que caiu sem cessar, inin-temipta e copiosamente, tam-bem prejudicou a ação dos con -centrados em atividade técnica,desde que escorregadia a can-cha, não permitindo a firmezarias intervenções e das mano-bras nos passes. O segundoexercido em conjunto foi o me-lhor. Os quadros jogaram m.**tis

pela camisa que vestiram, a doNajá c do Ipiranga, rivais tra-dicionais de Araxá, uma espe-cie de Fla-Flu daquela cidade.Tiveram o estímulo da assisten-cia torcendo peias camisas, e,embora sob tempestade impie-dosa, o ensaio teve movimenta-ção e teve projeção maior noque se refere ao empenho doscracks. Todavia, não possibili-tou ainda uma impressão téc-nica lisonjeira, revelando, an-tes, pelo contrario, que os jo-gadores ainda teriam muito quese exercitar em manobras cole-tivas. O terceiro e derradeirotreino foi melhor do que o pri-meiro e pior do que o segundo,a despeito de que não houves-se chuva. Mas, também nãohouve o estímulo da assistência,pouco numerosa, embora umavez mais tivesse sido posto emlitígio o prestigio das camisasdos dois valorosos clubes ara-xaenses. Provaram os cracks,novamente, que ainda necessi-tam de muitos outros exercícioscoletivos para conseguirem aforma técnica, para obterem aharmonia conjuntiva, a coesão,etc, o que, certamente, serãovirtudes a serem adquiridas nospróximos treinos.GARATLJANDO AS UNHAS

MESTRAS DO SELECIONADO..

Em que pese a acusação quenoj possa ser feita de que esla-mos nos adiantando muito,precipitando os acontecimentos,podemos declarar, todavia que,pelo empenho individual, pelotrabalho pessoal realizado peloscracks em atividade, os treinosdc Araxá deixaram margem àobservações que serviriam paragaratujar as linhas mestras daformação do selecionado brasi-Seiro que intervirá nos princi-pais cotejos da Copa do Mun-do. Barbosa, por exemplo, re-velou amplamente a sua classe,mesmo que tenha sido inferiora Castilho nos dois últimos en-saios. Augusto ,por sua vez,deixou antever ser elementoimprescindível. A escolha doseu companheiro de zaga fica-ria entre Mauro e Juvenal, ca-bendo a este a nossa preferen-cia. Juvenal foi, individual-mente, muito mais ativo e mui-to mais eficiente do que Mauro,mas nunca experimentado aoLado de Augusto, pareceu a to-dos que Juvenal se adapta me-lhor tendo Santos como com-panheiro. A intermediária for-mou-sc naturalmente — Eli,Danilo e Noronha. Bauer é umgrande rival para Eli, mas nãomostrou a mesma invergadtiranos momentos críticos. Danilotem muita experiência e melhorciasse que Brandãozinho, masnuma análise completa não fi-ca em nivel muito superior aRui, elemento trabalhador, di-nâmico, distinguido. Noronhamais técnico do que Bigode, quevale pela agressividade, pelaflama. Da vanguarda os nomesque se evidenciam foram os deTesourinha, superior a Friaça,Zizinho, muito técnico e efi-ciente, mas ameaçado peio di-namismo proveitoso de Maneca,que vem melhorando muito, eAdemir, que não encontra se-meihança na sua classe, nassuas manobras, no seu trabalhopessoal, em antagonismo comBaltazar, que apenas valeu pelo

aproveitamento das oportunida-des, especialmente nas bolasaltas. Adãozinho, sem sentidoprático. Jair em confrouto comPinga levou vantagem apenaspelo acerto do entendimento,das fintas notáveis e dos arre-messos, mas Pinga foi mais tra-balhador, mais dinâmico e maisativo. Entre Chico e Rodriguesa dúvida é grande, desconcer-tante, mesmo porque as carac-teristicas dc um e de outro sãobem diferentes. Chico pareceumelhor condutor e melhor infil-

trador, mas Rodrigues centroumais e atirou mais, valendo pe-los tentos conquistados c pelopoder ofensivo dos tiros.Enfim, essas foram as observa-ções que fizemos dos treinos deAraxá, para tirar tais conclu-soes. Mas, somente com a rea-lização de muitos outros cole-tivos, que se incluem no roteirode preparação de Flavio Costa,é que se poderá, em definitivo,encontrar as bases para a for-mação do scratch brasileiro.

BIOGRAFIA DOS CRAKS ESCOCESES(Conclusão da página 13)

WILLIAM BAULD — Jogador discutido pelo cxce_so deenergia e pequeno discernimento quando tem de usar a ca-beca. mas titular absoluto do scratch. Vale-se da corageme da valentia para ficar aonde está, e com essas duas qua-lidades tem decidido muitos matches difíceis para a Escócia.Hoje ganha a vida dirigindo um bar de bebidas, mas an.estrabalhava num hospital de fisioterapia.

WILLIAM STEEL — "Billy" — naturalmente o quarto"Billy" dessa linha — o mais famoso de todos, espantou omundo do football britânico com a sua transferencia parao Derby, pela qual recebeu a soma liquida dc 15.500 libras.Nenhum jogador chegou a isso em todo o Império, masBilly Steel se tornou conhecido quando integrou pela primei-ra vez o scratch da Escócia (1947), alcançando a gloria defi-nitivá ao furar as redes do kceper do selecionado da Europaque jogou em Hampden Parle, contra o scratch da Grã-Bre-lanha. Pertencia anteriormente ao MortOn e hoje, n,» DerbyCounty, faz as vezes de escritor. Pelo menos tem um livroem exposição — "Como jogar football" — que lhe rende quasetanto quanto o contrato feito co,u 0 Derby,

WILLIAM LIDDELL — E' um dos "gênios" da equipe.Foi soldado c herói durante a guerra e hoje, entre um sábadoe outro, ou entre um c outro jogo, desenvolve sua atividadenum escritório comercial de Liverpool como contabiüsta di-diplomado, em dois filhos gêmeos — Malcolm e Da vis — su»-tentando assim a origem de bom escocês que é...

;¦ vw_U^__Jg____W»-?it'*yr? i** \.**-——-———-__ ^Hj r * *¦v"He ^ ____^A

^^^^ SB-* W-fl-T-- T___*_ lir JER 'i^^^/ ViH-'* _B va3-^_l'-^ A- ' ' ^mm\\\WÊÈÈÊÊfi&&'>

»-*''" '¦'""*'__ ' ___^v^_____H____H-«Í-_ra_B-^l____nF^a

"* ...•—_-_. *r*_i

ífENZDMEL\ / M « I r I" • C * l M * H X £ f EXrCCTORANTf

Page 15: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

',: o

* _.', .,'

O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 5 de maio de 1950

\a taça ida iC€N©U

NCLATEC

Página 15

i#¥A *«¦¦•..

I LONDRES, maio (De Geraldo Romualdo da Silva ÍEs-Ipecial para O GLOBO SPORTIVO - Via PANAIR) —¦Desde 1872, com o Wandercrs e o Royal Engineers íinalis-jtas, vive a Inglaterra, intensamente, todas as emoções detua *'Cup Winncrs", que é, em outras palavras, a "Copa".fe é bastante lógico, pois se o football constituo por si¦mesmo uma perene fonte de atração, ou mais, uma paixão«singular para o povo desta Ilha nobre e poderosa, nadajrnais natural que a "Cup Final" se transforme num acon-ferimento particularmente grato aos "supporters" — quefeíio os torcedores daqui e de mais alem.

Assim tem sido, realmente, desde o século passadod, «¦até mesmo nos momentos de aflição mais forte, nas horasIde iheertesa porque passa o mundo, sempre fica e domina¦na gente da Nação imperecivel uma soma de reservas mo-|rais capar. de. pela força do espírito e da tradição, trans-

Iformar um dia triste numa tarde excepcionalmente magní-

fica tle gloria, de alegria e de vibração.

DIFERENÇA ENTRE A "COPA" E O CAMPEONATOMas agora eu vos contarei o que significa a "Taça da

bnglarerra". Como ela nasceu, não, porque isso deman-idarir, muito tempo. Apeiws como o certame se processa.

De fnto, existe muita diferença entro a Taça e o Cam-[pconato propriamente dito. Em outras palavras: enquanto

o Campeonato se realiza, por exemplo, entre os 434 clubesfiliados à "Football League" — correspondentes à l.«, 2.»

te 3." divisões (com 22 representações cm separado), algu-Imãs de Londres e outras sediadas em vários e diferentes[pontos do país — Taça envolve número muitíssimo ele-Ivado e não faz distinção absolutamente alguma entre os[que se encontram classificados na 1.*, 2.» c 3." divisões[tanto que abrange, inclusive, os não filiados diretamente[á

-Football League". n4ss apenas à "Football Association",[que está para o football inglês como a C. B. D. para o|íoo1balI brasileiro.

Dcrstí forma, caso se tornasse possível promover cex-haroe idêntico no Brasil, clubes d4?sconhecidos do interior[mais longínquo poderiam obter facilmente inscrição na[Taça «sempre, ê clarn. que tivéssemos uma Taça...). eteriam exatamente o? clubes do Acre. de Goiaz., de Mato[Grosso, alguns mais do extremo norte- e tambem outros,fcnats do extremo sul. cm número variável, tal o caso daBnglaterca. que ja contou coto 2O0. :t(K). 400. 500. 610. 700le agora anda perto dos 800! E isto é: a Taça da Inglaterra¦vale como uma afirmativa da íorça nacional do football[inglês.

CLASSIFICAÇÃO POR "K. O."Agora outro detalhe: forçosamente a disputa do tro-

Ifeu tende a ser, segundo o critério da eliminação do per-Jdedoo Eliminação por *"K. O.", se se tratasse de -box".

Eliminando-se os "noqueados". de acordo com as zo-|jias em que se acham situados, sobrarão consequentemente

vencedores. Outro aspecto não menos importante da¦disputa esta cm que os clubes da l.« e 2.» divisões des-Brutarn sempre do privilegio de só entrar em ação a partirIdas cinco últimas rodadas. Já com os da segunda, o cri-ferio é dl versei r eles so entram depois da quinta. Na sexta^ara se ser mais exato.

Jâ com os candidatos da 3.V sucede que a participação-6 se consuma depois da sexta rodada. Quer dizer: da•ferünia em diante.

CRrrERIO DE ARRECADAÇÕES

Isso mesmo sem se considerar os de menor expressão,pequeninos clubes sediados em províncias distantes ou

bro-umas de Londres, que são igualmente inscritos desde"taue consigam colocar-se nos tres melhores lugares da cate-iona a que pertencem.

Mas. de certo que não faltará quem deseje saber comojer-

arrecadações são feitas e divididas. Eis a explicação:ç

"l>oriieieau" é estabelecido em partes iguais — absoluta-

Pinte iguais, divididas em quatro partes distintasr a l.«.¦Wasiderada "Caixa ünica". a 2.» e a 3.* destinadas aos¦Ssputantes do dia e a 4.«, à "Football Association". patro-TWadora e responsável pelo Torneio. E" bom acrescentar

Wc a soma correspondente á "Caixa Única" fornecerá umFviuendo à parte, para efeito exclusivamente de ainda¦•« (átimos (52 clul>es da tabela, o que rvão deixa de refle-uma formula humana e elevada de auxiliar aos "ne-¦fprssitados".

SETENTA E OITO ANOS DE "COPA"Em 1950, por conseguinte, pela 69« vez — não se con-

fâTfsê °1S94a4n°eS m^Uerra (19" e i915' d^°« 1940. 1M1.

íi- • ! , ' ** e 1945'. o povo de Londres foi levnrln «SLrSíf/r a <****%£^o «XcfiuSJtrorauimtnto. Desta feita, como se sabe. para consaerarArsenal campeão pela terceira vez das Ilhas!

COnsagrar

OI." campeonato foi obtido em 1930. quando os *-gun-ners venceram o Hunddcrsfield de 2x0 e o2.-

°m PJ36oerrotando o Sheffield United de 1x0. Afinal, é uíS. festa

VnL TÀ^y* hÍSt01Ía d° ÍÜOtba11 de todo o ^undo?Uma festa de causar inveja pela ordem do público neladisciplina dos atletas e. mais do que isso, pelo inteS

™'.C,. CS P°em Rl lutí1' Jogando-se inteiro pelo seu Rc^pelas cores que honram em todos os campos do mundoE hoje como sempre, lá esteve e lá estará S. M a fim

de te?™ sucede"

f*bjido passado, humanamente trajada^fi.., marronlistrado, cumprinprntar um por um drde luta*

desejar-lhes "boa s°*e" ™ futura hora e me

"GOD SAVE THE KING"

ti, Aítes„do "toss". a banda escocesa executa o "God Savene King . que as cem mil pessoas cantam fervorosamen-

match rinrc1ad0t.arde' * h0™ *5«»«™nte apmzada. oEm 1950 tudo se repetiu de acordo com a tradição OArsenal entrou em campo juntamente com o Liverooolambos formados em "fila indiana", tomaram posição dianteda "'buna real onde aguardaram o aperto de mão deM- O Arsenal apresentou-se com Swindin; Scott e Bar-nes; forbes. Compton (Leslie) e Mercer; Cox. Logie Go-""S* L<;wlsoe Con,Pton (Dcnis) e o Liverpool com SidlowLambert e Spicer; Taylor. Hughes e Jones; Payne, BaronStubbins, Fagan e Liddell.

FORBES, O "GÊNIO" DE WEMBLEY

Desde os primeiros instantes da peleja o Arsenal des-ta feita de camisa ouro e gola branca, pontificou na' can-cna. Mais defesa, embora com um ataque numericamentereduzido pela estratégia de Whittaker, não chegou a Jm-por-se pelo volume maior de ações, entretanto, e fora dequalquer duvida, apareceu como o quadro mais clássicomais coeso, e o que não deixa de ser mais profundamenteimportante ainda, mais cientificamente armado para sus-tentar a vitoria, conquanto os números dessa vitoria fos-sem diminutos.

Whittaker está pondo em prática um sistema terrível-mente objetivo: faz os seus homens jogarem para vitoriasem se esquecerem da retaguarda. E exige, por isso quecada "peça" da frente e cada "peça" de trás. seja capazde mudar de zona, segundo as situações que se criam.O Arsenal, muito comumente, dá a sensação de entrarno gramado só para se defender, mas súbito "carrega" ebasta que a confusão seja estabelecida na zona contraria

para suigir o arremesso mortl. Seus extremas atuam pe-gados à linha — um voltando mais do que outro- Forbes êo "ponta de lança" mis rguto, e Logie geralmente mais halfdo que meia.¦Leslie Coinptem (o "segundo arqueiro" e "stopper"

per-feito), não pôde ir ao Rio por causa do cricket. Tal equal Denis, o irmão da extrema esquerda. Assim comoOne. que tomou a posição de MacPherson, e tal como JoeMercer — o "jogador do ano". São. todos, em efeito. íi-guras sumamente estelares de uma equipe' de "ases" eon-sagrados.

Inegavelmente, porem, quando mais não seja na par-tida decisiva com o Liverpool, o herói não apenas de team.senão das "quatro linhas", foi o "cabelo de fogo" AlexForbes. construtor a uma vez da vitoria de seu team comdois estupendos "rushs", ambos para Lewis.

Está certo que o Liverpool tentou em muitas ocasiõesresistir, e inclusive, ameaçou seriamente a meta de GeorgeSwindin. mas os "gunners". nossos vel*-^ e particularmen-te amigos, souberam tirar melhor proveito da técnica e datática — puro "terceiro-back",

para marcar e ganhar, e.finalmente, para receber ufanosamente das mãos de S. M.George V, o mais valioso, o mais estimado e o mais co-bicado troféu instituído pelo football britânico. Em todasas épocas, diga-se de passagem. Desde que o football existena G rã -B retanha.

IIÍIIIÉS&Bsíí** 1

^^^fe&^-K-<- ,-•¦a *¦¦'-¦¦--¦'..¦-• •-."' ¦¦:v.:'¦¦¦¦;¦ Av'*o. ;:-v::'™ -.-. T*" ¦ .'.....1>-- *

||E_S^_^_!i_gí^_S^t?<Iw ^'^^^^^^Wc'§A%!^*?*^*^!^_S^í*rV'' '$&¦¦'¦¦ ¦

il^l^íl^pyL^^iàà^w^^^.« -m^ y -B~%f-2_______________f__|_.{ _«; . Tf: '«fc-V ¦- ^_, ,

*'' ¦^¦4————— ^mmwm^mmmmummmmmÊLr!

l>elesa de üvrtndiu, num ataque do Lhrerpoll -

r^^tRBWfBBI __H__k^^^^^^rí '¦*§§_"§_"? Á ^^ÊÊÊSaetSSrkyy^ 9____k

•íi^^ttS'-' i^r-í^yTÍ'' 4W^'K'-^":-x ':•

»^^n^G^^^|t|«|^^g^^i__|_____^^poífiliÉÉiiiiPp - ¦¦ iVfHir'

\taque do Uverpot . I

"" '" .,

I^wis, o storer, investindo contra o areo do Liverpool

1

-*»•

AR

;

í !

à3r

'

4? •Ü

«,

**.*

*s duas equipes lutando em campo

¦ •j,ò-PJ"->S ' "*' -_mfry*'*(HÍ^^^^''^^^"'^™i"^^^^^^^^^^ "P>» -.'¦. 9^»HtUi_MU. JEKBSÍa3^KSB9SK ''¦'•:%•', .'''¦"-'¦- :-'''í_í"

MÉdfeiS «BR JBmB ______9__HBfei^H^Í^BsSSnnt '¦*¦.¦'¦ .y'y.

HB8HS :"^^:B8i^y«iiB^^BEPBBBMBj^ _>l___ff ^ "^".v ^ f t><^^^______S[______s:L ^Nbk_i__.<.'-

' ^^MtH BJ^^^^J^*^^y^^^r^^^^3BBAW*^j__S__^M ''<-á;^^$$$' ')i|_»£H__al__i__taV___rarBBy >">»w?___^^^l«^t*l'SlW^ a"' 'r-Á-v^^^Aí^^õ-. :¦ ^3íBBS-WfÊ-W-&$$S8&$SSP^^m^Bt

HE] ^*ffr^JulfPiVwl "'^ SbÍÉ.-MBjM''^* •^H^^B^m^^^^^FTJ^qBa» ^^B'-:*'A. Bw mmí ^B__________H_B' - oBft

" a S^S B A- ^üf-' ffi .0SÊ HK .-. 9R sW' «F

^i-^_UÈÊBÊBÊBÊffl^BK^BBBmBi^ÈmÈBÊ^BÊÍ^BB^^B^B

fBÊS-^^BB^ÊBBSBSBSBSS^^BBS^BBBsSBÍ-^BBS

m~

O rei Jorge VI campri-Eoentanuo os cravc«s 00 Arscatai

m

¦íittfc..

Page 16: i-^^i' i ^BB^Klll-^^^rsra-5¦- ±yffMÚ^ A Ml illl^'flr r lmemoria.bn.br/pdf/104710/per104710_1950_00606.pdf · bate selvaerem, sem quartel, e nor fim CampbcTl foi derrubado à,

¦ ¦.

r mN&TUA*-

lí^^-jSFmh&fi..

O QÜÈ 3AJR. FAZ CON*A. BOLA, A. - GlÈMClADO FOOT-B^LL''MAO

PODE -EXPUCAR ///.

>r-^^Pfec-v,y •-'* ffrr*. '¦'/'•..-•-iffl| WZ^ J&¥ ^Êmmmmmmm^mmWmLaíSSr^,

•--- ggrgy * , vggi!aag>.V ^iat^K^» ^fniluiSaS ^^*^ ^>v V*

': ¦ ffi^*'*- mm%mm-^mr-^JÈÊÊFZmmm\ímm. T-iPflRàiA «tLaW^^Kj*-*^" \ "^ s A* Ttí-^

'¦¦¦¦¦'Kgk*****"'"••' 5^ -^r {sLWmmww^tíkrmíXEwU^h ^-**5^'

^-;-' &. \ Ji m WÊmÈ

. SES^VSsSaT r' Wff' *m ^HnjSR: .*i ' - ' ffljM& ' j^Bt "**fT rmmmr^t^^f^mwKmm^m^mmm^mmm^m^mwmw''À' .'"¦-- ¦)^mmi ^^^^twÊÊr- ¥ ~*"*fr 'XA" i^^Kf í 1 t V 11 IÍ jtE&^rf*^**' 1

f^. v ?í V X»Si"*c: t^lb-Vi

b&c:"

ííâsã

* -^-a1-Í\«á & m

i •*.

* M1

RS.".: *

.E COMO BOM BfâàJSlLElíSO.3MR ESPERA, Taí2NA^-SE

! CAMPE&DDO MUNDO

l"m»««*í-"*'*- .Iesí5,•*;',•

/&

fi<'*,

si ,•0;^t>vO

'¦.Tí*ifir-..iá4.*--