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PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDAS

I SEMINÁRIO ESTADUAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Mariceli Barbosa de Souza

Inspetora sanitária

AGEVISA/PB


IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

PRÁTICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

EM SERVIÇOS DE SAÚDE

CIRURGIA SEGURAPRESCRIÇÃO E

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO (UPP)

PREVENÇÃO DE QUEDAS

Metas Internacionais de segurança do paciente

FINALIDADE

Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de

assistência e o dano dela decorrente, por meio da

implantação/implementação de medidas que contemplem a

avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado

multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a

educação do paciente, familiares e profissionais.


➢ As quedas representam um grande problema de saúde pública em todo

mundo;

➢ Estudos indicam que a taxa de queda de pacientes em hospitais de países

desenvolvidos variou entre 3 a 5 quedas por 1.000 pacientes-dia.

➢ Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que

6% a 44% desses pacientes sofrem danos de natureza grave, como fraturas,

hematomas subdurais e sangramentos, que podem levar ao óbito.

➢ Estudo realizado em hospital privado localizado na cidade de São Paulo

apresentou uma taxa de queda reduzida em 2008 - 1,45 por 1.000 pacientes-

dia, que estava associada à implementação de um protocolo de

gerenciamento de quedas.

JUSTIFICATIVA



GVIMS/GGTES/ANVISA: Boletim Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde

nº 15. Dez/2017

O QUE É QUEDA?

Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição

inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em

dano. Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou

quando, durante o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não

chegue ao chão. A queda de pacientes em hospitais está associada a

fatores vinculados tanto ao indivíduo como ao ambiente físico.



IMPACTO NEGATIVO

AUMENTO DO TEMPO DE

PERMANÊNCIA HOSPITALAR

AUMENTO DOS CUSTOS

ASSISTENCIAIS

ANSIEDADE NA EQUIPE DE

SAÚDE

CREDIBILIDADE DA

INSTITUIÇÃODE ORDEM LEGAL

FATORES DE RISCO DE QUEDAS

Idade Doenças crônicas

e cond. de saúde

Medicamentos Ambientais e

organizacionais

Idosos > 65 anos acidente vascular

cerebral prévio tontura;

convulsão;

antipsicóticos;

antidepressivos;

Piso desnivelados e

molhados

Crianças < 5 anos artrite;

osteoporose;

alterações metabólicas

(hipoglicemia).

Polifarmácia (uso

de 4 ou mais

medicamentos).

Vestimentas a

adequadas

História de queda

anterior

amputação de membros inferiores; Antiarrítmicos; Acomodação e

mobiliários

Deficit cognitivo e

Comprometimento sensorial

Anticoagulante Uso de dispositivos

Praticas educativas


INTRÍSECOS EXTRÍNSICOS

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDASCOMO AVALIAR OS FATORES DE RISCO

➢ É recomendado o uso de escalas específicas desenvolvidas para aplicação diária na

assistência;

➢ A Escala de Morse é a mais utilizada no Brasil e já foi traduzida para o português;

➢ Este protocolo não adota nenhuma escala em particular e teve como foco intervenções

de prevenção norteadas pelo risco de queda do paciente

Paciente com alto risco de queda

➢ Paciente independente, que se locomove e realiza suas atividades sem ajuda de terceiros,

mas possui pelo menos um fator de risco.

➢ Paciente dependente de ajuda de terceiros para realizar suas atividades, com ou sem a

presença de algum fator de risco. Anda com auxílio (de pessoa ou de dispositivo) ou se

locomove em cadeira de rodas.

➢ Paciente acomodado em maca, por exemplo, aguardando a realização de exames ou transferência, com ou sem a presença de fatores risco.

Paciente com baixo risco de queda

➢ Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de terceiros,

com ou sem fatores de risco.

➢ Indivíduo independente e sem nenhum fator de risco.

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE QUEDASCLASSIFICAÇÃO DO RISCO DE QUEDA

Fatores de risco do pacienteX

Medidas de prevenção


MEDIDAS PREVENTIVAS CONFORME FATORES DE RISCO

PACIENTES IDOSOS PACIENTES PEDIÁTRICOS

Histórico de

queda

Alocar próximo ao posto de

enfermagem;

Avaliar independência e

autonomia para deambular;

Acomoda

ção

Berços ou camas com grades elevadas

Cognitivo Orientar paciente e

acompanhante para somente

levantar do leito acompanhado

por profissional;

Histórico de

queda

Alocar próximo ao posto de

enfermagem;

Não levantar do leito sozinho.

Medicaçõe

s

Orientar o paciente e

acompanhante sobre os efeitos

colaterais que aumentam o risco;

Cirurgia/

Sedação/

Anestesia

Orientar o paciente e/ou

familiar/responsável a levantar

progressivamente

(elevar a cabeceira 30°, sentar-se no

leito com os pés apoiados no chão

por 5 a 10 minutos, antes de sair da

cama

Equipamen

Tos/disposit

i

vos

Alocar equipamentos e

dispositivos de maneira a facilitar a

movimentação do paciente;

Medica

ções

O profissional responsável pode solicitar

a avaliação do farmacêutico

clínico quanto ao uso dos

medicamentos e ao risco de queda.

EDUCAÇÃO DOS PACIENTES COMO FATOR PREVENTIVO DE QUEDAS


Educação do paciente é qualquer combinação de adquirir experiências voltadas ajudar os

indivíduos a melhorar sua saúde aumentando seu conhecimento ou influenciando suas

atitudes, conforme a OMS.

Admissão do

Paciente

Material educativo

Comprometimento dos envolvidosEnsinamento individual

Desconforto para o paciente

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS (POP):

➢ Definir o(s) profissional(ais) responsável(eis) por avaliar o risco de queda e definir as ações de

caráter preventivo para pacientes que apresentem tal risco;

➢ Avaliar, no momento da admissão, o risco de queda do paciente (pacientes internados,

pacientes no serviço de emergência e pacientes externos);

➢ Orientar pacientes e familiares sobre as medidas preventivas individuais, e entregar material

educativo específico quando disponível;

➢ Implementar medidas específicas para a prevenção de queda conforme o(s) risco(s)

identificado(s);


PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS (POP):

➢ Reavaliar o risco diariamente, e também sempre que houver transferências de setor,

mudança do quadro clínico, episódio de queda durante a internação ajustando as medidas

preventivas implantadas;

➢ Colocar sinalização visual para identificação de risco de queda, a fim de alertar toda equipe

de cuidado. Anotar no prontuário do paciente todos os procedimentos realizados;

➢ Prestar pronto atendimento ao paciente sempre que este solicitar ou necessitar;

➢ Avaliar e tratar pacientes que sofreram queda, notificar e investigar o evento.



Monitoramento de desempenho:▪ A criação de um instrumento de notificação de quedas,;

▪ Avaliação de suas causas e gerar de informações

▪ Produção de indicadores para monitorar o desempenho

Indicadores

▪ Proporção de pacientes com avaliação de risco de queda

realizada na admissão.

▪ Número de quedas com dano.

▪ Número de quedas sem dano.

▪ Índice de quedas [(nº de eventos / nº de paciente-dia)*1000]:

ESTRATÉGIAS DE NOTIFICAÇÃO DE QUEDAS E MONITORAMENTO DE DESEMPENHO

COMO CONDUZIR A IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE

QUEDAS


Implantação do protocolo assistencial

Avaliação do risco

Prevenção e tratamento do evento

Mensuração dos dados

Mensuração dos dados

Avaliação de processo

REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde/ANVISA. Resolução - RDC nº. 36, de 25 de

Julho de 2013, Brasília, 2013.

Ministério da Saúde/ANVISA/FIOCRUZ. ANEXO 1. Protocolo para

prevenção de quedas, Brasília, 2013.

Proqualis Segurança do Paciente. Uma prática de prevenção de

quedas . Sociedade Hospital Samaritano. Disponível em:

https://proqualis.net/diretrizes/prevenção - Acesso em: 07/11/2018

Repositório de materiais dos hospitais participantes do projeto

paciente seguro. HMV/PROADI-SUSProjeto PACIENTE SEGURO –

01,Disponível em: http://edx.hospitalmoinhos.org.br/.Acesso em :

05/11/2018

https://proqualis.net/diretrizes/prevenção

http://edx.hospitalmoinhos.org.br/.Acesso

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