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Gestão de Pessoas no Modelo Gerencial de Administração Judiciária Prof. Antônio Ernani Pedroso Calhao 24.11.2009 I SIMPÓSIO NACIONAL DE GESTÃO DE PESSOAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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Gestão de Pessoas no Modelo Gerencial de Administração Judiciária

Prof. Antônio Ernani Pedroso Calhao

24.11.2009

I SIMPÓSIO NACIONAL DE GESTÃO DE PESSOAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO

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Roteiro

1. Administração Judiciária: fundamentos no direito comparado

2. Marcos legais e teóricos: direito internacional e direito interno

3. Governança Judicial brasileira nas Emendas Constitucionais 19/98 e 45/2004. A gestão de Recursos Humanos

“Neste diálogo, a pretensão é teorizar a prática e praticizar a teoria”. Flávia Piovesan

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1. Administração Judiciária: fundamentos e seu âmbito de atuação no direito comparado

Administração Judicial: modo de administração da justiça baseado na atividade planificadora, visando à execução e avaliação de políticas públicas judiciais. (Fix-Fierro)

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1.1 O Modelo Gerencial e sua projeção no Judiciário

Sistemaangloamericano

Enfoque operacional

de Fabri

New Public Management.

Gerencialismo na

administração judicial

Court Management

Case Management

Políticas de governança

Prioridades/

planos

Políticas estruturais

Recursos Humanos e financeiros

Políticas processuais

Gerencia-mento

de casos

Políticas de gestão: processos, liderança,

comunicação e tecnologia

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2. Marcos legais e teóricos2.1 No direito internacional

• Convenção Européia (art.6.1) Tribunal Europeu de Direitos Humanos

• Convenção Americana (art. 8.1) Corte Interamericana de S. José da Costa Rica

Direito ao julgamento em prazo razoável (proteção aos direitos humanos)

Projeção da lógica de resultados na Justiça, como vetor de governabilidade judicial.

• “civil law” e “common law”.

A teoria dos direitos humanos como pontes de transição (transconstitucionalismo) entre sistemas

Standards de celeridade e efetividade. Hibridismo constitucional X universalismo

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2. Marcos legais e teóricos2.2 No direito interno

As Reformas do Estado (E.C 19/98) e do

Judiciário (E.C 45/2004) :

interesse da sociedade

Eficiência: produzir resultados com economicidade. Administração

art.37,caput,CF.

Razoável duração processo:

Celeridade e efetividade.

Jurisdição. Art. 5º, inciso LXXVII,CF.

Participação:relação

administração / administrado. Art.37, §3º CF.

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2.3 Do controle da vontade ao controle de resultados

• Constitucionalização dos resultados – Direito subjetivo dos administrados ao serviço público e dever de eficiência do Estado à uma “boa administração”.

• Juridicização do desempenho dos agentes político-administrativos. Além dos aspecto formal inerente à legalidade (eficácia) a obrigação de eficiência(obrigação de produzir resultados visados na escolha político-administrativa).

• Judicialização do controle dos resultados na Constituição Federal. A inobservância ao dever da “boa administração” sujeita à improbidade administrativa (arts. 10 e 11 da Lei 8.429/92) na figura do malbaratamento ou omissão

Novo

referencial no

Direito Adminis-trativo

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2.4 Natureza e escopo dos princípios

• Textura aberta

• Objetivos Metas Indicadores de desempenho

Eficiência (efficiency) e razoável duração do processo (speed trial)

• Planejamento

• Avaliação de resultados Art. 37/8º CF Quantidades e qualidades

Escopo: Implementação de políticas públicas de justiça

• Celeridade e efetividade

• Acessibilidade, aprimoramento e governança

Novos paradigmas:

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2.5 Dimensão extrínseca da eficiência

• .

Planeja-mento

e

Gestão Estrate-

gica

Lide-rança

Estra-tegias/Plan

Sociedade

Pes-soas

Pro-ces-sos

Informa-ções

Resultados

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3. A gestão de recursos humanos no modelo gerencial em 3 dimensões

GRH• COMO

ESTRATÉGIA

GRH• COMO

GESTÃO

GRH

• COMO UTILIZAÇÃO PLENA DAS

PESSOAS

Integração da estratégia de RH à estratégia da organização.

Competências individuais x metas estratégicas x metas individuais

Integração da estratégia com a gestão de linha

Integração de cultura, filosofia, políticas e práticas de RH concebidas

para garantir o compromisso das pessoas e a utilização de seu potencial

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3.1 A gestão pelo desempenho baseada em competências e metas

(Rosângela Crédico e Rosane Schimann)

Plano estratégico fornece competências organizacionais e individuais

Competências e metas alinhadas

As expectativas e o processo de avaliação devem ser construídos com o servidor

O monitoramento do desempenho é sistemático durante o ano com o respectivo feedback

O alcance de metas deve estar ligado a um sistema de recompensas

Indicadores de desempenho de competência e de metas garantirão a consistência do modelo com objetividade e

transparência

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3.2 Exemplos de metas organizacionais desdobradas em metas individuais

(Rosângela Crédico e Rosane Schimann)

Metas organizacionais Metas individuais

1. Diminuir o número de reclamações em 70% até o final do período.

• Capacitar o servidor responsável pelo atendimento •Reorganizar a seção objetivando facilitar a localização de documentos• Capacitar os servidores na utilização dos sistemas de informação disponíveis

2. Diminuir de 2 horas para 30 minutos, o tempo de espera na fila, até o final do período avaliado.

• Colocar um funcionário para triagem de fila• Melhorar o processo de trabalho de atendimento• Rever o processo informatizado de apoio ao atendimento

3. Diminuir o tempo de ciclo do processamento de feitos em um Tribunal

• Melhorar a capacitação dos funcionários nas atividades técnicas e TI;•Rever o fluxo de tomada de decisão• Padronizar procedimentos

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3.3 Do modelo hierárquico-funcional para gestão por resultados. Um novo pacto

A administração subordinativa (unilateral, hierarquizada, linear) converte-se em

administração coordenativa – multilateral, horizontal e celular. (Moreira Neto)

•Administração passa a ser instância dialogal; via de mão dupla•Interesse público como bússola do dever-agir

•Participação como contra-parte do Estado contratual com atuação de corpos politicamente neutros

•Capacidade de decisão distribuído aos longo dos processos•Maior autonomia gerencial aos agentes

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I Simpósio Nacional de Gestão de Pessoas da Justiça do Trabalho”

Referências consultadas1.Antônio Ernani Pedroso Calhao

1.1 O princípio da eficiência na administração da justiça. RCS Editora. SP 2007

1.2 Justiça célere e eficiente: uma questão de governança judicial. Tese dedoutoramento. LTr (Publicação março 2010)

2.Rosângela Crédico e Rosane Schikmann

2.1 Utilização de indicadores de desempenho nos processos de avaliação dedesempenho individual. Revista do Tribunal de Justiça do Estado de SãoPaulo.

3. Diogo de Figueiredo Moreira Neto

3.1 Mutações do Direito Administrativo. Renovar. Rio 2007

Contatos:

TRT-SP – Assessoria de Planejamento e Gestão Estratégica –[email protected]

[email protected]