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Estudos de Mercado dos Vinhos Portugueses Icep|portugal Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 LISBOA Tel.: 217 909 500 Fax: 217 940 826 E-mail: [email protected] www.icep.pt

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Estudos de Mercado

dos Vinhos

Portugueses

Icep|portugal Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 LISBOA Tel.: 217 909 500 Fax: 217 940 826 E-mail: [email protected] www.icep.pt

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Índice Índice...............................................3 Mercado Alemão.......................................5 Mercado global .....................................5 Mercado de importação ..............................8 Principais fornecedores...........................9 Posicionamento de Portugal.......................11

Evolução estrutural do consumo de vinhos ..........12 Compras de vinhos dos agregados familiares.......14 Países de origem.................................15 Nivéis de preço..................................16 Nivéis de preço..................................17 Canais de distribuição...........................19

Mercado Britânico...................................21 Introdução ........................................21 Principais evoluções nas importações em 2002/2003 .22 Principais Fornecedores ...........................22 França...........................................24 Austrália........................................25 Itália...........................................25 Alemanha.........................................26 EUA..............................................26 África do Sul....................................27 Chile............................................27 Espanha..........................................28 Argentina........................................28 Nova Zelândia....................................29 Bulgária.........................................30 Hungria..........................................30

Desempenho de Portugal ............................31 Regulamentação ....................................36 Canais de distribuição ............................37 Padrões de consumo e tendências ...................40 Recomendações para aceder ao mercado ..............42

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Mercado Norte Americano.............................47 Análise sobre a evolução do mercado do sector dos vinhos de mesa nos EUA durante o ano de 2002. .....47 Factos sobres os EUA:............................47

Contexto global dos EUA e o mercado do vinho. .....49 A Importância das importações nos EUA. ............50 O comércio dos vinhos 1997 – 2002 .................51 Valor das Importações............................52 alor das Exportações.............................52 As importações...................................52

O sector dos vinhos no mercado dos EUA ............54 Tendências de consumo .............................55 O desempenho da concorrência ......................59 A distribuição e a comercialização do produto .....61 Alguns dos vinhos referência produzidos na Califórnia e que o consumidor americano tem mostrado preferência .......................................65 Disposições Legislativas e Regulamentares .........86 Regime Geral de Importação.......................86

Direitos Alfandegários/ Bioterrorismo nos EUA. ....90

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Mercado Alemão

Mercado global

Com um volume comercializado na ordem dos 16,75 milhões de

hl de vinhos tranquilos e de 3,28 milhões de espumantes, a

Alemanha, ultrapassou em 20021 pela primeira vez, a

barreira dos 20 milhões de hectolitros (hl), situando-se

assim no quarto lugar do ranking dos maiores mercados de

vinho no mundo, a seguir à França (34 milhões de hl),

Itália (30 milhões de hl) e os EUA (21 milhões de hl).

Com um volume de importação na ordem dos 12,4 milhões de

hl, por outro lado, o mercado alemão apresentou-se como

sendo de longe o maior importador de vinhos mundial,

colocando os produtores alemães perante uma forte

concorrência internacional sem comparação nos outros

países produtores de vinhos, quer em termos qualitativos

quer em termos de preços. A Alemanha tornou-se o mais

importante mercado de exportação para praticamente todos

os países produtores.

Já há anos que a produção alemã de vinhos - que

actualmente ronda os 9 a 9,5 milhões de hl - não chega

para satisfazer o crescente consumo de vinhos dos alemães.

Dada a preferência do consumidor por vinhos mais baratos

em 2002, o mercado foi sujeito a alterações profundas e

1 Os dados referem-se ao período de Agosto de 2001 a Julho de 2002.

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6

inesperadas. Ao contrário das previsões de experts, os

produtores alemães conseguiram afirmar-se no mercado

interno também com vinhos tintos, com taxas de

crescimento, em volume e valor, superiores ao que

geralmente foi esperado. Com uma quota superior a 65% do

vinho branco consumido no mercado alemão, os produtores na

Alemanha têm uma posição dominante, contudo decrescente.

A procura total por vinho e espumante na Alemanha, com um

acréscimo de 1,5% do volume comercializado em relação ao

ano anterior (vinhos de origens alemã e importada, no

consumo doméstico e na restauração), é motivo de muito

agrado, quer para os produtores alemães quer para os do

restante mundo, ainda mais que todos os produtos

concorrentes na área das bebidas continuaram a sofrer

diminuições tanto no consumo bem como nas vendas. Em 2002,

vinho tranquilo conseguiu afirmar-se consideravelmente

melhor do que vinho espumante.

Por trás desta evolução positiva, têm lugar nos diversos

segmentos, rápidas e parcialmente profundas alterações

estruturais, que exigem uma análise especificada conforme

será demonstrado a seguir. Quantidades de compras bem como

números de lares que adquirem vinhos crescentes, a par de

valores médios decrescentes, são importantes dados

económicos que manifestam uma nova evolução no mercado.

Desta forma os levantamentos quantitativos dos painéis dos

agregados familiares, efectuados pelo instituto GFK,

reflectem melhor as tendências na evolução do mercado que

as análises globais a partir do balanço da campanha de

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7

vinho, baseadas nas estatísticas nacionais de produção e

de comércio externo, dado estes elementos não incluirem as

pequenas importações individuais dos agregados familiares.

No que diz respeito aos concorrentes dos produtores

alemães regista-se, apenas no grupo dos pequenos países e

dos países extra-europeus („Novo Mundo“), alterações. As

quotas da França e da Itália e à excepção de pequenas

oscilações, mantiveram-se geralmente constantes. A procura

por vinhos do „Novo Mundo“ continua a crescer

significativamente.

A avaliação da evolução do mercado alemão de vinhos em

2002 exige uma análise pormenorizada. De uma forma geral,

o mercado mantem-se crescente, mais em termos de

quantidade do que de qualidade, oferecendo múltiplas

oportunidades para produtores e comerciantes dinámicos que

pretendem afirmar-se na Alemanha.

Page 7: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

8

Mercado de importação

Representando um aumento na ordem dos 5,1%, a Alemanha, em

2002, importou 10,2 milhões de hl de vinhos tintos e

brancos tranquilos, a um valor de 1.367 milhões de euros

(-3,3%). Destes, 60% foram tintos e rosés e 40% brancos, e

em termos de categorias, 31% vinhos de qualidade (VQPRD) e

69% vinhos de mesa. A relação dos vinhos engarrafados face

ao granel foi de 51% / 49%.

A comparação detalhada com o ano anterior (2001) apresenta

resultados muito pouco homogéneos. Os aumentos com

diferentes acentuações nos volumes - nos tintos +2,1% e

nos brancos +10,1% - que se devem essencialmente aos

aumentos na categoria dos vinhos de mesa, contrastam com

diminuições nos valores destes vinhos ou seja: -3,8% nos

tintos e –1,8% nos brancos.

Em relação aos outros tipos de vinho que a Alemanha

importa em volumes significativos, constatam-se claras

retracções na importação de espumantes na ordem dos 11,9%,

em termos de quantidade, e de 14%, em termos de valor. Nos

vinhos aromatizados, depara-se com um aumento de 24,5% no

volume e de 5,6% no valor dos mesmos. Na importação dos

fortificados, verifica-se um forte incremento na ordem dos

18,6%, em termos de volume, e de mais acentuados 22,6%, em

termos de valor.

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9

Principais fornecedores

A análise da estatística de importações de 2002,

especificando-se por países de origem, demonstra

nitidamente que os êxitos mais significativos são obtidos

principalmente pelo grupo dos países do „Novo Mundo“.

Contudo, o forte crescimento das importações de vinhos

destes países (compreendemos neste grupo os EUA, o Chile,

a Austrália e África do Sul) parte de uma base

quantitativa ainda relativamente baixa, tratando-se, em

soma, de 938 mil hectolitros (7,6% do volume das

importações alemãs de todos os tipos de vinho; 2001:

7,1%), a um valor de 184 milhões de euros (10,2% do valor

destas importações; 2001: 10,1%). Itália, França e Espanha

continuam claramente a dominar o mercado, representando,

no seu conjunto, 75,5% (2001: 76,2%) das importações

alemãs de vinhos. A um nível ligeiramente superior situa-

se a quota destes países em termos de valor, nomeadamente

79,6% (2001: 80,3%).

Os principais fornecedores do Leste da Europa,

nomeadamente Grécia, Macedónia, Hungria, Bulgária e

Roménia, apesar de serem responsáveis por 9,4% da quota em

volume (2001: 10,6%), representam apenas 5% do valor das

importações de vinho (2001: 4,9%), o que corresponde a

menos da metade do grupo além-mar. Esta situação deve-se

principalmente ao facto dos vinhos do além-mar serem

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10

essencialmente vinhos engarrafados, os do leste europeu

serem fornecidos maioritariamente a granel.

A par destes grupos distinguem-se, com excepcionais

comportamentos, a Austria mas também Portugal. Com taxas

de cresimento de consideráveis 84,6%, em volume, e de

21,7%, em valor, a Austria sobressai. Portugal, com

respectivas taxas de +33,6% e de +13,4%, apresenta o

segundo melhor comportamento no que diz respeito à

evolução dos seus fornecimentos de vinhos para a Alemanha.

Especificando esta análise por tipos de vinho dos três

principais fornecedores, constata-se, no caso da Itália -

de longe o principal fornecedor de vinhos brancos (quota

de mercado nos brancos: 55%, em volume, e 49%, em valor) -

, um substancial aumento de 22,7% no volume dos brancos de

mesa (+4,1%, em valor), no caso da França - o segundo

maior fornecedor de vinhos tintos (quota de mercado nos

tintos: 29%, em volume, e 34%, em valor) -, um crescimento

significativo nos tintos de mesa na ordem dos 10,9% (-

0,4%, em valor) e, no caso da Espanha, fortes aumentos nos

tintos de mesa (+29,1%, em volume, e 20,8%, em valor) e

nos brancos de qualidade (+194,9%, em volume, e 72,4%, em

valor). De salientar por outro lado e, no caso da Espanha,

um decréscimo na ordem dos 40,8% no volume dos brancos de

mesa (-30,4%, em valor) deste país.

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Posicionamento de Portugal

No contexto concorrencial alemão, Portugal continua a

ocupar uma posição relativamente modesta, melhorando

contudo as suas quotas de mercado em todos os tipos de

vinhos (vinhos tranquilos e fortificados) de 2001 para

2002, de 0,8 para 1,1%, em volume, e de 1,2 para 1,5%, em

valor. Com taxas de crescimento de 33,6% e 13,4%, em

volume e valor respectivamente, Portugal exportou para o

mercado alemão 130,4 mil hl de vinhos, a um valor de 26,2

milhões de Euros, posicionando-se no 10.° lugar no ranking

dos fornecedores. Assim, o comportamento das importações

de vinhos portugueses para o mercado alemão contrastaram

positivamente com as importações globais que cresceram

4,8%, em volume, tendo contudo sofrido um decréscimo na

ordem dos 4,2%, em valor.

Os vinhos portugueses exportados para o mercado alemão têm

a seguinte estrutura:

Relativamente às cores dos vinhos, dominam claramente os

tintos, os quais são responsáveis por 80,4% (2001: 77,1%)

dos vinhos tranquilos. Nestes verifica-se, em relação a

2001, um forte incremento na ordem dos 51%, em termos de

volume, por outro lado, um decréscimo de 7,8% no valor dos

tintos. Os brancos, que representam 19,6% (2001: 22,9%)

dos vinhos tranquilos exportados para a Alemanha,

aumentaram consideráveis 23,6%, em volume, e menos

acentuadas 9,7%, em valor.

Page 11: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

12

No que diz respeito à categoria dos vinhos portugueses

exportados para o mercado alemão – 30,1% são VQPRDs e

69,9% são „vinhos de mesa“ -, depara-se com taxas de

crescimento nos „vinhos de mesa“, de 100,9% e 29%, em

volume e valor, respectivamente. Julgamos que este

fenómeno se deve ao forte aumento de exportações

portuguesas de vinhos regionais que, em termos

estatísticos, são considerados „vinhos de mesa“. Nos

VQPRDs verificam-se, por outro lado, decréscimos na ordem

dos 12,2% e 15,4%, em volume e valor respectivamente.

Nos fortificados, segmento com enorme interesse para o

sector nacional de vinhos, 2002 foi um ano excepcional

para Portugal. Enquanto que as importações de vinhos

licorosos portugueses cresceram 18,9%, em volume, e 24,1%,

em valor, as importações específicas de Vinho do Porto

atingiram um volume de 43 mil hl, no valor de 15 milhões

de Euros, o que corresponde a taxas de variação de +23,6%,

em volume, e 27%, em valor.

Evolução estrutural do consumo de vinhos

Para uma análise especificada da evolução estrutural do

consumo privado na Alemanha recorremos aos dados dos

painéis do insituto GFK, baseados em levantamentos

efectuados sobre as compras de vinhos de 17.000 agregados

familiares.

Infelizmente, estes dados apenas servem para retratar o

consumo de vinhos doméstico, que representa ca. 80% do

Page 12: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

13

consumo de vinhos total. O consumo „fora de casa“, cujo

volume se estima em ca. 20%, não é considerado. Para este

segmento não estão disponíveis dados actuais. Contudo,

parte-se do princípio ter havido no sector da restauração

em 2002, fortes quedas no consumo de vinhos e, em

consequência, nas vendas.

De uma forma geral, os dados disponíveis demonstram

algumas importantes alterações, comprovando uma dinâmica

persistente neste segmento de mercado. Em comparação com

perdas, em parte, profundas nos mercados de outras

bebidas, o sector de vinhos pode continuar a partir de um

bom crescimento de mercado. O volume de compras de vinhos,

que foi levantado pela GFK e que serve como indicador da

compra total de vinhos, em 2002 continuou a crescer a um

ritmo de 2,4%.

A seguir passamos a indicar detalhadamente as estruturas e

tendências na aquisição dos vinhos, por tipo de vinhos,

agregados familiares consumidores de vinhos, países de

origem, níveis de preço e locais de compras.

Tipos de vinho

A quota de vinhos brancos em 2002, pela primeira vez,

aumentou 0,2%, para uma quota de mercado de 41,2%,

enquanto que a quota dos tintos se manteve estável a um

nível de 51%. Os rosés, por outro lado, foram responsáveis

por 7,8%.

No caso dos vinhos alemães, a posição dos tintos tem vindo

a subir continuamente para, entretanto, 33%.

Page 13: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

14

Esta mudança é causada por profundas alterações na escolha

dos locais de compras e nos preços médios, como será

demonstrado mais adiante.

Compras de vinhos dos agregados familiares

A tendência positiva no consumo de vinhos torna-se

particularmente clara ao analisarmos o „alcance“, no que

diz respeito à compra de vinhos: Mais de 2/3 dos lares

inquiridos compraram vinho em 2002. Em comparaçao com

2001, esta quota subiu 1,3% para 69,5%. Aparentemente

conseguiu-se suscitar o interesse por vinhos por parte de

maiores círculos da população e de os motivar a comprar

vinho. Enquanto que no passado se constatava uma

intensificação do consumo (maior consumo por consumidor de

vinho), tem se vindo a assisitir nos últimos anos, a um

aumento do número de pessoas consumidoras de vinho.

Quotas dos tipos de vinhosnas compras dos agregados familiares

(Volume em %)

26 24 23 27

68 64 61 59

65 68 69 66

25 28 31 33

89877889

1999 2000 2001 2002 1999 2000 2001 2002

Branco Tinto Rosé

Page 14: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

15

O volume de vinho comprado subiu 2,4% em relação a 2001.

Assim a evolução positiva dos últimos anos perdura com

aumentos de ano para ano.

Países de origem

Em termos quantitativos, vinhos alemães beneficiaram menos

do que vinhos importados, da mais forte procura de vinhos,

dado estarem menos presentes no segmento das lojas

discount, cuja gama de produtos se caracteriza por preços

baixos e cuja importância tem vindo a aumentar. A quota

dos vinhos da Alemanha baixou para 45,3% do volume de

compras constatado, tendo o crescimento da procura

atingido exclusivamente vinhos baratos.

A quota de vinhos importados, no seu total, subiu para

54,7%. Vinhos franceses, com uma quota de 16%, ocupam o

2.° lugar, seguidos pelos vinhos de origem italiana, com

13%. Os vinhos das „restantes origens“ subiram 3 pontos

percentuais para uma quota de 26%, no seu conjunto. Em

comparação com 2001, a estrutura das proveniências dos

vinhos mudou a favor dos países com uma oferta de vinhos

de baixos preços.

Page 15: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

16

A análise em termos de valores, orientada nas despesas

totais para vinhos dos agregados familiares, atribui aos

vinhos alemães uma quota superior àquela baseada no

volume, ou seja de 52%. Este facto deve-se à quota

crescente dos vinhos tintos de produção alemã e aos preços

estáveis dos vinhos alemães.

Quotas de Mercado dos Países de Origemnas compras dos agregados familiares

(em % do volume)

50

1712

21

49

16 1322

48

16 13

23

45

16 13

26

0

10

20

30

40

50

60

Alemanha França Itália Restantes

1999 2000 2001 2002

Quotas de Mercado dos Países de Origemnas compras dos agregados familiares

(em % das despesas)

50

1712

21

52

1713

18

52

16 1319

52

15 1221

0

10

20

30

40

50

60

Alemanha França Itália Restantes

1999 2000 2001 2002

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17

Nivéis de preço

Para um litro de vinho alemão, o consumidor, em 2002, teve

de gastar em média 3,36 Euros, vinho importado custou em

média 2,84 Euros. O preço médio de todos os vinhos baixou

5,2% para 2,94 Euros.

Para vinhos tintos gastou-se em média 3,12 Euros, para

brancos 2,77 Euros.

Vinhos alemães conseguiram afirmar a sua posição liderante

nos preços, se bem que perdendo quota nas vendas.

Evolução dos Preços dos Vinhos(preços médios em EUR/litro)

2,60

2,80

3,00

3,20

3,40

3,60

EUR

Vinho total 3,10 3,11 3,10 2,94Vinho alemão 3,35 3,32 3,48 3,36Vinho importado 2,85 2,92 2,97 2,84Vinho branco 2,92 2,92 3,05 2,77Vinho tinto 3,32 3,36 3,29 3,12

1999 2000 2001 2002

Page 17: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

18

Vinhos tintos alemães gozam de uma grande preferência por

parte do consumidor alemão, atingindo estes vinhos preços

médios na ordem dos 4,02 Euros. Em comparação com a média

dos tintos importados, os tintos alemães custam mais 1,27

Euros por litro.

No gráfico seguinte especifica-se os preços em função dos

principais locais de compras. Ressalta a agressividade em

termos de preços praticada por parte de cadeias de

desconto, demonstrada através do caso específico da cadeia

Aldi. Seguem os hipermercados que, com um preço médio por

litro de 2,71 euros para vinho importado e de 2,86 euros

para vinho alemão, praticam também um nível de preços

comparativamente baixo. A 4,24 e 4,19 euros, para vinho de

origens importada e alemã, respectivamente, e assim num

segmento de preços significativamente superior, situa-se o

preço médio do vinho adquirido directamente ao produtor.

Com 5,73 euros para vinho importado e 5,24 para vinho

alemão, os preços mais elevados são praticados pelo

retalho especializado.

Preço s M éd io s p o r Lo cais d e Co m p ras d as Co m p r as d o s Co n su m id o r es ( em eu r o s/ l i t r o )

5,73

2,40

2,71

4 ,24

2,8 6

2,24

4 ,19

5,24

0 ,00 1,00 2,00 3,00 4 ,00 5,00 6 ,00

Co m p r a d i r ec t a ao p r o d u t o r

Ret a lh o Esp ec ia l i z ad o

Cad eia d isco u n t " ALDI"

H ip er m er cad o s

Vin h o s im p o r t ad o s Vin h o s a lem ães

Page 18: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

19

Canais de distribuição

As tendências no sector dos vinhos têm como ponto de

partida o comércio especializado e a restauração. As

grandes quantidades são, contudo, cada vez mais vendidas

através do comércio do retalho alimentar. A importância

central deste canal para as vendas de vinhos é patente no

seguinte quadro, segundo os quais 73% dos vinhos em 2002

foram adquiridos no comércio do retalho alimentar. Com um

peso de 43% nas compras de vinhos destacam-se as lojas

discount e, neste segmento, a cadeia Aldi que é

responsável por 22% do volume total de compras de vinhos

no mercado alemão. De 2001 para 2002, o peso deste canal

subiu 4 pontos percentuais.

Page 19: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

20

Com 18%, quase cada sexta garrafa de vinho é comprada

directamente ao produtor (produtores-engarrafadoes,

cooperativas). O comércio especializado em vinhos, por sua

vez, é responsável por apenas 5%. Os restantes 3% recaem

em outros locais de compras.

Locais de Compras de Vinhos(Quota dos locais em % do volume de compras)

8 8 6 7 7 6 5

3 32 2 2 1

1

21 2120 19 19 19

18

13 1417 17 18 19

21

17 17 18 18 19 20 22

24 23 23 23 24 23 22

8 7 8 8 7 7 7

354556 70%

20%

40%

60%

80%

100%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Comércio do retalhoalimentar tradicional

Hipermercados

Aldi

Outros lojasdiscount

Produtores ecooperativas

Cash & Carry

Lojas especializadasem vinhos

Outros locais decompra

Page 20: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

21

Mercado Britânico

Introdução Possuindo uma população de 56 milhões de habitantes, o

Reino Unido é o maior mercado importador de vinho do mundo

(em valor). Tendo apresentado um crescimento constante de

cerca de 5% ao ano nos três últimos anos, importou, em

2002, cerca de 10 milhões de hectolitros (hl) de vinho de

mesa, representando um valor de cerca de 1,600 milhões de

libras (2.400 milhões de Euros)

Evolução das importações globais

(‘000

hl)

1997 1998 1999 2000 2001 2002

Branco 3.682 4.014 4.160 4.214 4.713 5.065

Tinto+R

osé

3.504 3.874 4.060 3.999 4.528 4.999

TOTAL 7.186 7.889 8.219 8.213 9.242 10.064

Fonte: AC Nielsen The Drink Pocket Book 2004

O valor total das vendas atingiu £7 mil milhões em 2002

(cerca de 10.500 mil milhões de Euros), representando um

aumento de cerca de 50% entre 1996 e 2002.

Page 21: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

22

Em termos de consumo per capita, os Britânicos ainda estão

bastante aquém da média Europeia com apenas 17.5 litros em

2001 (em Portugal é de 50 litros), apresentando assim este

mercado um potencial de crescimento enorme

Principais evoluções nas

importações em 2002/2003

• A importação de vinho de mesa para o Reino Unido

aumentou ligeiramente em 2002 em relação a 2001, tendo

pela primeira vez ultrapassado os 10 milhões de

hectolitros. Em termos da variação homóloga nos

primeiros 9 meses do ano, em 2003 registou-se um aumento

em cerca de 10% em volume em relação a 2002.

• As importações de vinho branco em 2002 (5 milhões de hl)

ultrapassaram as importações de vinho tinto e rosé (4.9

milhões de hl), embora a tendência desde há vários anos

seja para um maior crescimento das importações dos

vinhos tintos que dos brancos, o que reflecte a mesma

tendência a nível do consumo.

Principais Fornecedores

Em termos de países concorrentes, a França (quota 24% em

2002) continua a ser o principal fornecedor deste mercado,

seguindo-se a Austrália (20%), Itália (11%), Alemanha (9%)

e Estados Unidos (9%). De notar que a Austrália

ultrapassou pela primeira vez em 1999 a Itália em termos

Page 22: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

23

de volume de importações, tendo já ultrapassado a Alemanha

em 1998.

Note-se a tendência para o decréscimo, nos últimos anos,

do volume das importações provenientes de países Europeus

como a França, Itália, Espanha, em favor dos aumentos dos

países do Novo-Mundo como a África do Sul, o Chile, a

Argentina e a Nova Zelândia.

O sucesso dos países do Novo-Mundo explica-se pela

qualidade consistente e simples (“fácil”) dos seus vinhos,

produzidos ao estilo leve e frutado. Por outro lado, o

vinho destes países é proveniente de novas vinhas

plantadas em locais cujo custo de exploração é

relativamente baixo e o rendimento por vinha elevado. A

capacidade de produção destes países tem vindo a aumentar

todos os anos, podendo fornecer em grandes quantidades o

mercado internacional. Além disso, a maioria dos

investimentos realizados nestes países tiveram em vista o

mercado internacional. Em países como o Chile ou a

Argentina, pertencem na sua grande maioria a empresas

europeias, fornecedoras desde longa data de vinhos para

este mercado.

Page 23: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

24

Importação por Países

0

500

1,000

1,500

2,000

2,500

França

Austr

alia Italia

Alemanh

a

Estado

s Unid

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Nova

Zelan

dia

Bulga

ria

Hung

ria

Portug

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Romeni

aGre

ciaOutr

os

'000 hl

1998 1999 2000 2001 2002

Fonte: AC Nielsen The Drink Pocket Book 2004

França

O Reino Unido importa cerca de 2.4 milhões de hl de vinho

Francês, sendo assim a França o maior fornecedor em

volume. No entanto, a quota de mercado da França em termos

de valor de vendas no off-trade foi de 21,1% em 2002,

tendo sido ultrapassada pela primeira vez pela Austrália.

No entanto, no on-trade mantém a liderança com uma quota

de 40%.

Pode-se observar recentemente uma nova vaga de vinhos

Franceses neste mercado, produzidos ao estilo Novo-Mundo

(e destinados a concorrer com estes), tanto em termos da

qualidade do vinho como da sua apresentação.

Page 24: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

25

Austrália

O sucesso da Austrália neste país tem sido um feito sem

paralelo, e nem o crescimento do preço médio por garrafa

tem afectado o mesmo. O volume das importações da

Austrália passou de 480.000 hl em 1995 para mais de

2.000.000 hl em 2002. A sua quota de mercado em termos de

valor de vendas no off-trade atingiu 23,6% em 2002,

ultrapassando pela primeira vez a França. A Austrália tem

uma imagem junto do consumidor como país produtor de

vinhos com excelente relação preço/qualidade, sendo fáceis

de entender pelo consumidor e oferecendo consistência de

qualidade ao longo dos anos.

Itália

A Itália é o 3º país fornecedor deste mercado, com uma

quota de mercado de valor de vendas no off-trade de cerca

de 10,3% em 2002, sendo de 16% no sector horeca. O sucesso

explica-se em parte pela presença no Reino Unido de uma

grande comunidade de Italianos e de restaurantes

Italianos.

Em anos recentes, os produtores Italianos deram-se conta

da importância de produzir vinhos adaptados ao gosto do

consumidor Britânico. Assim, mantendo a qualidade, os

vinhos Italianos têm conservado a sua quota de mercado ou

mesmo aumentado, contrariamente aos vinhos da maioria dos

Page 25: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

26

outros países Europeus. O que dificulta o sucesso do vinho

Italiano neste mercado é a falta de posição comum dos

produtores em termos de promoção, bem como as

nomenclaturas complicadas nos rótulos.

Alemanha

A quota de vendas no off-trade da Alemanha neste mercado

tem vindo a baixar nos últimos anos, tendo atingido o seu

nível mais baixo em 2002 com 5,8%. Esta tendência explica-

se sobretudo pelo decréscimo em popularidade do estilo dos

vinhos Alemães, tendo o consumidor Britânico deixado de

gostar de vinhos brancos doces e pouco frutados, para

passar a gostar mais de vinhos brancos frutados e frescos,

nomeadamente aqueles produzidos pelos países do Novo-

Mundo. Outro problema é o baixo preço médio dos vinhos no

retalho. Este facto terá consequências a curto/médio prazo

já que o consumidor dificilmente aceita um aumento abrupto

de preços.

No entanto, os vinhos Alemães têm vindo a adaptar-se ao

gosto do mercado, alguns produtores produzindo agora

vinhos mais frutados e secos, nomeadamente vinhos

produzidos com a casta Riesling, que têm vindo a ganhar

popularidade junto dos especialistas/compradores

Britânicos.

EUA

Page 26: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

27

A seguir à Austrália, os EUA (sobretudo Califórnia)

registaram um dos maiores crescimentos neste mercado em

recentes anos, tendo vindo a aumentar em cerca de 20% ao

ano, nos últimos 4 anos, as suas exportações para este

mercado, tanto em termos de volume como de valor. A sua

quota em termos de valor de vendas no mercado atingiu

10,2% em 2002.

Tendo começado a vender vinho neste mercado no início dos

anos 80, os vinhos Californianos têm agora a imagem de

vinhos caros, ainda que com uma relação qualidade/preço

inferior aos Australianos, mas igualmente fáceis de

entender pelo consumidor. São apreciados pelos compradores

das principais cadeias de retalho por garantirem

consistência na qualidade.

África do Sul

Os vinhos de mesa Sul-Africanos são outro caso de sucesso

neste mercado (quota de valor de vendas no off-trade em

2002: 9,3%), apesar do conservadorismo dos produtores e

dos problemas políticos do país. Os vinhos são produzidos

ao estilo Novo-Mundo e um dos factores que estimula as

vendas é a presença no Reino Unido de uma grande

comunidade de sul africanos.

Chile

Page 27: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

28

Os vinhos Chilenos têm vindo a captar uma importante quota

de mercado, possuindo actualmente cerca de 6,2% do mercado

em termos de valor de vendas no off-trade. O sucesso dos

seus vinhos reside no facto de possuírem uma excelente

relação preço/qualidade mesmo no segmento alto e médio do

mercado e serem produzidos com castas “internacionais”

(sobretudo Cabernet Sauvignon e Merlot). São vinhos

adaptados ao gosto do consumidor e consistentes em termos

de qualidade.

Espanha

O volume de importações de vinhos provenientes de Espanha

tem-se mantido relativamente constante nos últimos anos.

Tem-se notado um ligeiro decréscimo da quota de valor de

vendas no off-trade, que atingiu apenas 7% em 2002. No

entanto, tem havido um aumento da qualidade generalizada

dos vinhos Espanhóis disponíveis neste mercado.

Após uma descida no volume das importações de Espanha

entre 1997 e 2000, a Espanha está agora a recuperar. O

maior problema foi o aumento dos preços dos Riojas em

1999, na sequência de uma colheita reduzida nesta região.

A consequência foi a quebra de exportações de Rioja para

este mercado em 2000 em cerca de 27%.

Argentina

Page 28: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

29

O Reino Unido é o principal mercado importador de vinhos

Argentinos. É no sector do off-trade que a Argentina

concentrou os seus esforços de promoção, tendo conseguido

1,5% de quota de mercado em termos de valor vendas em

2000. Esta quota sofreu um ligeiro decréscimo em 2001

(1,4%) e 2002 (1,3%) devido sobretudo às dificuldades

financeiras no próprio país, mas tudo indica que pode vir

a recuperar rapidamente.

Com 12 milhões de hectolitros de vinho produzido em 2000,

este é um país com um grande potencial vinícola. As

principais vantagens são o clima excelente para o cultivo

de vinha e a diversidade das castas utilizadas. Esta

diversidade actual e os respectivos esforços de promoção,

apoiados na casta Malbec que foi durante alguns anos a

casta com que se associavam os vinhos Argentinos, tem-se

mostrado especialmente eficiente para o sucesso dos vinhos

no sector horeca, por se tratarem de vinhos que acompanham

bem as refeições. Em pouco tempo, a Argentina conseguiu

assegurar 0,5% da quota de mercado neste sector, e esta

quota continua a crescer.

Nova Zelândia

Com uma quota de 1,4% em termos de valor de vendas no off-

trade, a Nova Zelândia não parece ser um fornecedor muito

importante, mas este país tem uma invejável reputação pela

qualidade dos seus vinhos. O preço médio por garrafa é

também um dos mais altos. A proximidade geográfica à

Page 29: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

30

Austrália é um factor que ajuda nas vendas, sendo

conhecido sobretudo pelos seus vinhos brancos de casta

Sauvignon Blanc, tendo começado recentemente a apostar

mais na promoção dos seus vinhos tintos.

Bulgária

Os vinhos Búlgaros têm vindo a sofrer um decréscimo

significativo da sua quota de mercado nos últimos 5 anos

neste mercado, embora esta se mantenha acima da de

Portugal. Em volume de importações, a sua quota desceu de

quase 5% em 1996 para menos de 2% em 2002. O Reino Unido é

o principal mercado importador de vinhos Búlgaros (100,000

hl em 2002).

A principal razão das dificuldades dos vinhos Búlgaros

neste mercado é a imagem. Em 1995/6, tiveram sucesso com

os seus vinhos varietais a £3-4, de boa qualidade e

baratos. Actualmente, a concorrência dos vinhos do Novo-

Mundo afectou este segmento e a Bulgária necessita

reposicionar-se urgentemente. As propriedades só foram

convertidas para o sector privado em 1999, e desde então

já houve algum investimento estrangeiro que veio

beneficiar alguns produtores. Os efeitos desse

investimento podem vir agora a materializar-se num futuro

próximo.

Hungria

Page 30: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

31

Com cerca de 100,000 hectares de vinha plantada e 3,8

milhões de hl de vinho produzido em 2000, a Hungria tem

cerca de 1% de quota nas vendas ao off-trade neste

mercado, o que a põe à frente de Portugal. Esta quota tem-

se mantido constante nos últimos 4 anos, graças em parte

aos vinhos Tokaji, bastante apreciados pelo consumidor

Britânico. Não tendo o factor histórico a jogar a favor

deles, a Hungria luta com a criação de uma imagem que a

distinga dos outros países produtores da Europa de Leste.

Os compradores gostam dos vinhos mas a imagem global não é

muito boa

Desempenho de Portugal

A quantidade de vinhos de mesa engarrafado importado de

Portugal em 2002 situou-se em cerca de 70.000 hl (10

milhões de libras), representando uma quota de mercado de

cerca de 1%. Os vinhos Portugueses têm boa aceitação pelos

compradores e jornalistas mas pouca notoriedade a nível

dos consumidores.

Page 31: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

32

Importações de Portugal - Quantidade

0

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

70,000

80,000

90,000

1997 1998 1999 2000 2001 2002

hl

Tinto+RoséBrancoTotal

Importações de Portugal - Valor

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1997 1998 1999 2000 2001 2002

MilhõesLibras

Tinto+RoséBrancoTotal

Fonte: AC Nielsen The Drink Pocket Book 2004

O Reino Unido é, em termos de exportações Portuguesas, o

principal mercado em termos de volume e valor. As nossas

exportações de vinho branco para este mercado têm vindo a

ser grandemente afectadas pela crescente concorrência dos

países do “novo mundo” neste sector, que face a um

Page 32: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

33

crescimento menos significativo deste segmento do mercado

e a uma crescente capacidade de oferta competitiva, têm

vindo a prejudicar as importações provenientes de todos os

países europeus.

O decréscimo das exportações portuguesas de vinho branco

para o RU tem vindo a ser compensado pelas exportações de

vinho tinto, embora as estatísticas não permitam tirar

conclusões definitivas, em razão da inclusão do vinho rosé

nos dados relativos ao vinho tinto. No entanto, isto não

tem sido suficiente para possibilitar a manutenção da

quota de mercado no que diz respeito às quantidades totais

importadas.

Vantagens

• País com história e tradição na produção de vinhos

• Boa imagem dos vinhos Portugueses junto dos compradores

e jornalistas

• Existência de castas nacionais: diferentes das mais

utilizadas a nível internacional, produzindo vinhos

diferenciados e por isso apelativos para o consumidor

mais conhecedor

• Nos últimos anos, modernização generalizada dos centros

de vinificação e introdução de novas técnicas de

produção

• Nos últimos anos, melhoria generalizada da qualidade dos

vinhos

Page 33: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

34

Desvantagens

• Por vezes, os consumidores têm ainda a imagem,

ultrapassada, de Portugal ser um país produtor,

sobretudo, de vinho verde e rosé

• Muitos produtores, a maior parte pequenos: dificuldade

em obter economias de escala na produção, obrigando a

margens mais reduzidas

• Existência de castas nacionais: diferentes das mais

utilizadas e por isso mais “complicadas” para o

consumidor

• Falta de consistência na qualidade e quantidades, o que

os tornam menos apreciados pelos compradores dos

supermercados e cadeias de retalho

• Idade média da vinha encontra-se estimada acima dos 25

anos (face a idades médias de 12 anos, nos novos países

produtores).

Oportunidades

• Os vinhos com um estilo “moderno”, frutado, com taninos

equilibrados e produzidos com castas nacionais ou com

mistura de castas internacionais são adaptados ao gosto

do consumidor Britânico e por isso têm um grande

potencial neste mercado

• Sendo que a taxa de compra após prova é satisfatória,

será benéfico continuar esforços de promoção junto dos

consumidores, por forma a dar a conhecer os vinhos

• A maturação do mercado Britânico, com um cada vez maior

consumo de vinhos tintos

Page 34: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

35

Ameaças

• Vinhos de países como a Argentina, com boa relação

qualidade-preço e produzidos com castas “diferenciadas”,

mas com o “carimbo” do Novo-Mundo

Page 35: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

36

Regulamentação

A legislação em vigor provém do regulamento do Conselho

Europeu Nº 1493/99 que inclui, entre outros, regras

relativas aos mecanismos de mercado, à designação,

denominação, apresentação e protecção dos produtos, aos

vinhos de qualidade produzidos em regiões determinadas e

ao comércio com países terceiros.

Por outro lado, o regulamento da Comissão Europeia Nº

753/02 fixa certas normas de execução relativamente à

designação, denominação, apresentação (rotulagem) e

protecção de determinados vinhos. As seguintes menções no

rótulo são obrigatórias para todos os tipos de vinho (DOC,

Regional e Vinho de Mesa): país de origem, nome do

produtor, quantidade nominal, nº do lote e volume

alcoólico. Além destas, outras menções são obrigatórias em

função do tipo de vinho.

Em termos de direitos alfandegários, os vinhos

provenientes de Portugal estão sujeitos a taxas aduaneiras

de GBP158.69 por 100 litros e à taxa de IVA no valor de

17.5%.

As taxas aduaneiras para as diferentes categorias de

vinhos são as seguintes, por garrafa:

• Vinho (75cl): £1.19

• Vinho Espumante de 8.5% ou mais (75cl): £1.65

Page 36: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

37

• Produtos intermediários e.g. Vinho do Porto e Madeira

(75cl): £1.59

Canais de distribuição

A importação directa de vinho do Reino Unido é muito rara.

Apenas as grandes cadeias de retalho, supermercados, off

licence e cash & carry procedem a esse tipo de operação e

mesmo assim apenas com carácter pontual. No entanto, em

função da racionalização dos custos de distribuição,

existe uma tendência cada vez maior para se proceder à

importação directa, mesmo por parte das pequenas

empresas/retalhistas. A importação directa pelos

retalhistas é geralmente feita através de encomendas

colocadas aos importadores, que por sua vez, actuam apenas

como agentes-comissionistas. No entanto, a sua figura é

essencial para a concretização do negócio.

A importação através de grossistas e importadores é a

forma mais utilizada.

A distribuição de vinho pode realizar-se de várias formas:

• distribuição directa ao retalho por parte do importador

• distribuição através de empresas distribuidoras

• distribuição através de armazéns locais.

Em virtude da dimensão geográfica do mercado, a maioria

dos importadores utiliza os vários sistemas de

distribuição consoante a sua conveniência.

Page 37: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

38

No retalho, existem duas classificações de distribuidores:

• Off-trade: supermercados, cooperativas, off licences,

cash & carries

• On-trade: pontos de venda da restauração (hoteis,

restaurantes, bares, pubs)

A distribuição por catálogo também é importante, devido ao

alcance geográfico assim como à qualidade do sistema de

entregas. Destacam-se nesta área, as empresas Direct Wines

e Wine Society.

Os vinhos de mesa representam actualmente (2002) cerca de

70% das vendas de bebidas alcoólicas a nível do retalho. O

sector de off-trade foi responsável em 2002 por 85% das

vendas em volume enquanto que o sector da restauração (on-

trade) foi responsável por 15% das vendas em volume.

Dentro do sector de off-trade, os Supermercados detêm 72%

da quota de mercado, os retalhistas não especializados

6,5%, as cadeias especializadas na venda de bebidas

alcoólicas (cadeias off-licence, p.ex Oddbins, Thresher)

14% e retalhistas especializados independentes detêm 3% da

quota do mercado.

Nos últimos anos tem-se assistido a um forte crescimento

das vendas a nível das grandes superfícies, através das

grandes cadeias tais como Sainsburys, Safeway e Tesco, com

contrapartida do decréscimo das vendas em retalhistas

especializados e cadeias off-licence, como o Oddbins ou a

cadeia do Thresher Group.

Page 38: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

39

Apesar do retalho especializado oferecer serviços

adicionais ao cliente como o aconselhamento personalizado

e uma gama maior e mais diversificada de vinhos, os

consumidores tendem cada vez mais a adquirir os vinhos

como parte das compras semanais nos supermercados, como

resultado do fenómeno “one-stop-shop”. Assim, os

supermercados oferecem uma larga gama de vinhos, com gamas

de preços para todo o tipo de consumidor. Para além disto,

o poder comercial dos supermercados, a crescente aquisição

directa dos vinhos aos produtores, actuando o importador

como um mero agente intermediário e a sua preferência por

grandes volumes, permitem a estes apresentarem vinhos a

preços competitivos.

O papel da restauração no consumo de vinhos de mesa no RU,

especialmente nos de topo de gama, tem também sido

bastante importante. Este resulta do sucesso de grandes

grupos de restaurantes topo de gama, como por exemplo os

grupos Conran, Hartford, Chez Gerard e Belgo, da

popularidade nacional dos chefes dos principais

restaurantes e do grau de especialização no serviço

prestado pelos escanções no aconselhamento dos seus

clientes.

Quanto ao e-commerce, a explosão de empresas nesta área no

final dos anos 90 e princípio desta década foi seguida

pela falência rápida de muitas delas. A maioria dos casos

de sucesso relacionam-se por um lado com empresas de

prestígio na área de vinhos, em que o e-commerce é um

Page 39: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

40

negócio paralelo, como é o caso da Berry Bros. & Rudd

(www.bbr.com), da joint-venture Oddbins/Sainsbury’s

(www.taste.co.uk) e da Direct Wines/Laithwaites

(www.laithwaites.co.uk) ou então empresas de prestígio

noutros sectores em que este sector é subsidiário, como o

grupo Virgin (www.virginwines.com).

Padrões de consumo e tendências

Com excepção da cerveja, o vinho de mesa é a bebida

alcoólica com maior número de consumidores, contando com

cerca de 2/3 da população adulta (cerca de 29 milhões em

1999). Nos últimos 10 anos, o consumo de vinho per capita

aumentou em cerca de 40% embora a percentagem de

consumidores que compram pelo menos uma garrafa de vinho

por mês reduziu. Isto significa que os distribuidores

Britânicos vendem mais vinho mas não conseguem atrair

novos consumidores.

Dados de 2001 revelam que o perfil do consumidor de vinhos

de mesa é o seguinte:

• Distribuição por sexos: 42% Homens e 58% Mulheres;

• Faixas etária predominantes: 35-49 anos (33%) e + de 50

anos (41%);

• Classes sociais predominantes: AB e C1;

• Regiões predominantes: Londres, Midlands e Lancashire.

Em termos de hábitos de consumo, observa-se no mercado do

Reino Unido uma tendência cada vez mais forte para uma

Page 40: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

41

sobreposição do vinho tinto sobre o branco. Por outro

lado, são as castas internacionais que mantêm a

supremacia em termos de vendas (Chardonnay, Cabernet

Sauvignon e Merlot representam cerca de 75% das vendas)

Isto demonstra que este mercado está cada vez mais maduro,

não significando no entanto a alteração radical dos

hábitos de consumo por parte do consumidor, que prefere

vinhos frutados, leves e com taninos suaves. Cerca de 75%

dos vinhos são consumidos em casa. O preço é o factor mais

importante na decisão de compra, sendo que um vinho começa

a ser considerado caro a partir das £5 por garrafa.

Embora as castas internacionais mantenham a supremacia

(por serem fáceis de reconhecer pelo consumidor), o gosto

dos consumidores Britânicos está a tornar-se cada vez mais

aventureiro. A evolução do mercado aponta para um

crescente interesse por castas ou regiões “diferentes” a

curto/médio prazo, relacionado com a procura da novidade.

Por outro lado, prognósticos vários indicam também o

aumento do consumo de vinhos biológicos nos próximos anos,

fruto do crescente interesse dos consumidores por este

tipo de produtos.

Nos próximos anos, Portugal poderá acompanhar o

crescimento do mercado, mas será difícil aumentar a sua

quota de vendas se não houver um aumento significativo de

promoções genérica e por parte dos exportadores e

Page 41: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

42

retalhistas, nomeadamente junto dos consumidores. Os

investimentos realizados no âmbito da viticultura e das

técnicas de vinificação dos últimos 10 anos em Portugal

modificaram substancialmente o panorama dos vinhos

produzidos. Em consequência, e graças também aos esforços

de promoção dos últimos anos, os vinhos Portugueses,

principalmente os tintos, têm uma boa imagem junto dos

compradores, jornalistas e líderes de opinião. Interessa

agora e no futuro apostar na promoção junto dos

consumidores, tanto a nível de campanhas genéricas no

retalho e restauração, como a nível de marcas específicas.

O reforço da imagem dos vinhos Portugueses, especialmente

os tintos, como vinhos de qualidade, com boa relação preço

qualidade e vinhos com castas “diferentes”, favorecerá as

empresas Portuguesas a implantarem-se nas maiores cadeias

de retalho e no sector Horeca.

Recomendações para aceder ao

mercado

A seguir damos algumas indicações práticas para empresas

que não têm agente no mercado e que desejam começar a

exportar os seus vinhos para o Reino Unido, bem como para

aquelas que procuram reforçar a sua posição no mercado.

Para quaisquer esclarecimentos, contacte a Delegação do

ICEP em Londres.

Page 42: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

43

• Calcule o preço de venda do seu vinho neste mercado, não

esquecendo de acrescentar ao preço à saída da adega

todos os custos de transporte, impostos, IVA e margem do

retalhista.

• Desloque-se ao Reino Unido e visite os pontos de venda,

tais como supermercados e Off-Licences:

• Veja o número de marcas disponíveis e observe a

disposição do produto

• Verifique as mensagens e aspecto dos rótulos

• Observe o tipo de garrafas existentes

• Compare a apresentação de vinhos de preço semelhante

ao seu vinho

• Pergunte nas lojas de retalho e/ou nos restaurantes

quais os vinhos mais populares e adquira algumas

garrafas para prova

• Determine a que tipo de retalhista estará o seu

vinho vocacionado de acordo com o preço e

quantidades disponíveis. Os supermercados estão

mais interessados em grandes quantidades a baixo

preço, enquanto que os retalhistas independentes

interessam-se mais por vinhos com pequenas

quantidades produzidas e de qualidade superior

• Consulte o ICEP e solicite uma lista de

importadores. Analise bem a lista e investigue

quais as marcas que cada um comercializa e se

essas poderão estar ao mesmo nível da sua. Deverá

Page 43: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

44

encontrar um importador que seja adaptado ao tipo

de vinhos que produz. Por exemplo, se o

importador é especialista em vinhos de marcas de

grande qualidade e o seu vinho não atinge estes

padrões, este poderá não estar interessado. Por

outro lado, no caso de o seu vinho ser de grande

qualidade e produção limitada, não vale a pena

contactar um importador especialista em

supermercados

• Seleccione um conjunto de importadores que,

segundo o seu critério, poderão potencialmente

estar interessados no seu vinho e contacte-os por

carta ou visite-os. Aproveite para enviar

informação sobre a empresa, mercados para onde

exporta, informação sobre o produto e quantidades

disponíveis para exportação assim como preços a

que estará interessado em vender o seu produto.

Indique sempre que possível preços negociáveis,

dependendo das quantidades encomendadas

• Caso identifique interesse por parte do

importador, envie-lhe uma amostra do seu vinho

(em embalagem bem acondicionada e em perfeito

estado de conservação) e mostre-se disponível

para o visitar

• Participe em eventos como a London Wine Trade

Fair em Maio (www.londonwinefair.com) ou a Prova

Anual de Vinhos Portugueses em Londres (Abril) e

Page 44: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

45

aproveite para organizar as suas visitas. Apesar

de serem caras, as feiras e mostras de produtos

continuam a ser um dos principais veículos para a

promoção de uma empresa

• O mercado Britânico é muito extenso e visitas a

potenciais importadores poderão tornar-se morosas

e dispendiosas pelo facto de estes se encontrarem

espalhados pelo território. Ambos os eventos

acima indicados congregam uma quantidade

apreciável de importadores, possibilitando-lhe

realizar diversas reuniões num mesmo local

(Londres) sem necessidade de perda de tempo para

os seus negócios

• Por outro lado, planeie os seus contactos ou

deslocações ao mercado em função dos períodos de

compras aos fornecedores. O pico é atingido no

final do Verão, devido ao armazenamento e

preparação para a forte altura de vendas que é o

Natal. O 2º pico de compras surge entre Fevereiro

e Abril, altura em que as colheitas do ano

anterior são lançadas no mercado

• Consulte revistas do sector para se manter

informado sobre o que se passa neste mercado.

Neste campo, as revistas Harpers Wine & Spirit

(www.harpers-wine.com), The Drinks Business

(www.thedrinksbusiness.com) e o jornal Off

Licence News poderão ser de grande utilidade.

Page 45: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

46

Verifique no entanto se o conteúdo dos mesmos é

do seu interesse.

• Visite o Reino Unido regularmente e aproveite

para visitar retalhistas e outros contactos que

possui, incluindo jornalistas a quem foi

apresentado ou que o visitaram. Poderá assim

recolher informação sobre a situação actual do

mercado que lhe poderá ser preciosa.

• Reuna-se periodicamente com o seu importador e

mantenha-o informado sobre os seus produtos e as

suas investigações. Verifique o que necessita de

ser alterado e discuta com o mesmo os seus pontos

de vista mas também esteja aberto às suas

sugestões. Tome atenção ao cumprimento dos

prazos; num mercado altamente competitivo e sendo

a proximidade uma das vantagens portuguesas, um

atraso pode significar o fim de uma relação

comercial

• Certifique-se que quaisquer folhetos, catálogos,

brochuras ou sites na internet estão em inglês

correcto e com boa apresentação. O

profissional/consumidor britânico está habituado

a padrões elevados de qualidade dos materiais de

promoção

• Mantenha o ICEP informado da existência do seu

importador. Este será beneficiado com o envio de

Page 46: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

47

informação sobre as actividades de promoção realizadas.

Envie ao ICEP, sempre que possível, informação sobre

novos produtos. Estes poderão ser alvo de “press

release” a enviar aos jornalistas e revistas

especializadas. Em contrapartida, habilitar-se-á a

receber informação actualizada sobre o mercado do Reino

Unido assim como avaliação do grau de colaboração e

dinamismo mostrado pelo seu importador.

Mercado Norte Americano

Análise sobre a evolução do

mercado do sector dos vinhos de

mesa nos EUA durante o ano de

2002.

Factos sobres os EUA:

Área: 9 159 115 km2

População: 288,4 milhões de

habitantes (estimativa Julho

2002)

Densidade populacional: 31,5 hab./km2

Designação oficial: Estados Unidos da América

Page 47: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

48

Forma de Governo: República Federal

Chefe de Estado: Presidente George W. Bush (desde 7 de

Novembro de 2000, tendo tomado posse a 20 Janeiro de

2001).

Vice-Presidente: Dick Cheney

Data da actual Constituição: 17 de Setembro de 1787

(adoptada em 4 de Março de 1789).

Principais partidos políticos: Partido Democrata

(Democratic National Committee); Partido Republicano

(Republican National Committee). As últimas eleições

decorreram a 5 de Novembro de 2002 (Câmara dos

Representantes e um terço do Senado) e as próximas serão

realizadas a 2 de Novembro de 2004 (presidenciais, Câmara

dos Representantes e um terço do Senado).

Capital: Washington, D. C. (572 059 habitantes) (2000).

Outras cidades importantes: Nova Iorque (8 milhões hab.);

Los Angeles (3,69 milhões hab.); Chicago (2,90 milhões

hab.); Houston (1,95 milhões hab.); Filadélfia (1,52

milhões hab.); Phoenix (1,32 milhões hab.); São Diego

(1,22 milhões hab.); Dallas (1,19 milhões de hab.);

Detroit (951 270 hab.); São Francisco (776 733 hab.) e

Boston (589 141 hab.) (2000).

Religião: A maioria da população é cristã, predominando os

protestantes (56%) e os católicos (28%).

Língua: A língua oficial é o inglês. No entanto, há

minorias significativas que falam o espanhol.

Unidade monetária: Dólar americano (USD)

1 EUR = 0,8924 USD (Dezembro de 2001 -

valores médios)

Page 48: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

49

1 EUR = 1,0183 USD (Dezembro de 2002 -

valores médios)

1 EUR = 1,1139 USD (Agosto de 2003 -

valores médios

Contexto global dos EUA e o

mercado do vinho.

Os vinhos portugueses apresentam uma equilibrada relação

qualidade-preço, mas não se pode ainda dizer que haja uma

imagem forte e consolidada dos nossos vinhos de mesa junto

do consumidor americano.

Na categoria de vinhos fortificados, Portugal apresenta-se

como o primeiro fornecedor para os EUA com o Vinho do

Porto que exporta na ordem dos 4% do total da sua

produção para os EUA, tendo sido vendidas 420,000.00

caixas durante o ano de 2002.

Durante o ano de 2002 e continuando a mesma tendência em

2003 a economia americana tem tido uma modesta

“performance”, resultado dos ataques terroristas de 2001.

A despesa pública e privada tem diminuído e os mercados

financeiros têm tido resultados ao nível dos anos 90 e a

confiança dos consumidores também tem sido fortemente

Page 49: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

50

atingida, resultando em resultados menos positivos as

vendas na categoria de produtos de consumo.

Neste conexto os homens de negócios têm visto os seus

planos de investimento adiados, as suas viagens canceladas

e as suas despesas reduzidas.

As indústrias mais afectadas por esta conjuntura têm sido

as do Turismo (aviação, hoteis, tempos livres) e o sector

financeiro.

As vendas do retalho têm sido tem sido pouco

significativa, tendo apenas nas áreas da construção

conseguido uma “performance” com tendência positiva.

Em 2003 a guerra com o Iraque não fez co que houvesse uma

mudança dramática neste panorama.

Segundo alguns analistas espera-se que a economia venha a

subir lentamente, tendo os economistas previsto um aumento

de 2,2% em 2003 e 3,6% para 2004.

No panorâma dos vinhos portugueses, estes apresentam uma

equilibrada relação qualidade-preço, mas não se pode ainda

dizer que haja uma imagem forte e consolidada dos nossos

vinhos de mesa junto do consumidor americano.

A Importância das importações nos

EUA.

Dados macro-económicos

Page 50: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

51

Dados macro-económicos

EUA

2000 2001 2002

Produto Interno Bruto

(USD biliões)

9,824.6 10,028.

2

10,446.2

Crescimento do produto

interno bruto (%)

5.9% 2.6% 3.6%

Inflação (%) 3.38% 2.83% 1.59%

Taxa de desemprego (%) 4.00% 4.7% 5.8%

Nível de poupança das

famílias (%)

2.8% 2.3% 3.9%

Consumo interno pessoal

(USD biliões)

6,683.7 6,987.0 7,300.9

Rendimentos pessoais (USD

biliões)

8,406.6 8,685.3 8,948.1

Fonte: Bureau of Economic Analysis

O comércio dos vinhos 1997 – 2002

1997 1998 1999 2000 2002

Quantidade (milhares de Galões)

Page 51: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

52

Importações

Exportações

120,06

1

58,680

109.73

0

71,106

113,2

49

74,24

7

128,8

87

77,77

6

159,59

7

73,318

Trade Deficit

Racio: Importações

e Exportações

61,381

2.1:1

38,624

1.5:1

39,00

2

1.5:1

51,11

2

1.7:1

86,261

2.2:1

Valor das Importações

Valor total

($Milliões)

Valor por Galão

($)

$1,715

.90

$14.29

$1,880

.80

$17.14

$2,20

9.70

$19.5

1

$2,25

9.00

$17.5

3

$2,740

.42

$17.17

alor das Exportações

Total Value

($Millões)

Valor por Galão

($)

$414.6

0

$7.07

$531.9

0

$7.48

$540.

90

$7.29

$550.

50

$7.08

$541.0

9

$7.38

Deficite comercial

($Milhões)

Racio: Importações

e Exportações

$1,301

.30

4.1:1

$1,348

.90

3.5:1

$1,66

8.80

4.1:1

$1.70

8.50

4.1:1

$2.199

.33

5.1:1

Fonte: U.S. Department of Commerce

As importações

Page 52: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

53

Ano Importações

(biliões

USD)

PIB

(biliões

USD)

Importações

vs.

PIB

2000 $ 1,218.0

$ 9,824.6

12.4%

2001 $ 1,140.9

$ 10,082.2

11.3%

2002 $ 1,161.4

$ 10,446.2

11.1%

Além de toda a conjuntura adeversa ao crescimento, os EUA

depois de viverem momentos de grande expectativa

relativamente aos ataques do 11 de Setembro, desde então

verificam um ligeiro melhoramento da sua situação

económica, com a bolsa de valores e subir cautelosamente.

O PIB tem vindo a aumentar desde 2000 a uma taxa média

anual de 4%, embora em 2001 o seu crescimento tenha sido

lento, indicador do abrandamento da economia durante

aquele periodo. A taxa de desemprego têm vindo a aumentar

gradualmente contando com uma taxa de 5.8%, em 2002,

reflectindo-se no acautelado aumento do nível de poupança

das famílias.

No entanto, a inflação tem baixado consecutivamente com um

valor mínimo de 1.59% em 2002.

O consumo interno pessoal embora tenha registado valores

inferiores ao rendimento disponível (USD 8,941.1 biliões,

em 2002) tem vindo a crescer a uma média de 3% / ano,

Page 53: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

54

justificado pelo poder de compra conferido pelo aumento

dos rendimentos pessoais.

O sector dos vinhos no mercado dos

EUA

Na categoria de vinhos fortificados, Portugal apresenta-se

como o primeiro fornecedor para os EUA com o Vinho do

Porto que exporta na ordem dos 4% do total da sua

produção para os EUA, tendo sido vendidas 420,000.00

caixas durante o ano de 2002.

A instabilidade económica e o excesso de uva em conjunto

com uma excedente quantidade de vinho que não foi

comercializada durante o ano 2001, não foram razões

suficientes para parar o melhoramento da performance dos

produtores de vinhos dos EUA e por surpreendente que seja

este facto, devido à conjuntura adversa ao crescimento das

actividades económicas, o sector dos vinhos neste mercado

terminou o ano com um nivel de consumo nunca visto nos

últimos 16 anos.

Page 54: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

55

Tendências de consumo

Foi na categoria dos vinhos de mesa que se deu um aumento

mais significativo, aliàs é também nesta categoria que se

tem vindo a crescer nos últimos 20 anos e neste contexto

tem sido a principal responsável pelo aumento do volume de

vendas do vinho.

O consumo de vinho de mesa nos EUA tem sido associado a

temáticas que defendem o seu consumo por razões de saúde e

qualidade de vida, como também a questões de melhoramento

da oferta por parte dos produtores nacionais e

internacionais neste mercado tem contribuido para o

sucesso deste produto junto do consumidor americano.

Page 55: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

56

Assim, neste mercado sofisticado e dinâmico, o consumidor

está cada vez mais informado sobre os produtos que consome

e no caso do vinho esse interesse confirma-se como uma

tendência forte de cada vez mais conhecer o mundo atravéz

dos vinhos que consome, sendo neste contexto um consumidor

aberto a conhecer novos vinhos e de origens até então

desconhecidas.

Em associação com esta tendência de consumo, temos que

salientar o aumento do número de clubes de vinho e de

provas de vinhos que se realizam por todos os estados,

salientando-se assim o interesse geral pelo produto como

também a alargamento deste conhecimento à comida tipica do

pais de origem do vinho.

Ao mesmo tempo que os americanos descobrem os prazeres do

vinho, descobrem também as suas diferenças e variedades

dentro do globo, sendo o Chardonnay o tipo de vinho mais

consumido nos EUA durante o ano de 2002, mas saliento o

aumento do Pinot Grigio (nos brancos) e Shiraz (nos

tintos) como as variedades com mais forte crescimento

neste mercado, actualmente.

Estes vinhos(Pinot Grigio e Shiraz) oferecem ao mesmo

tempo uma qualidade excepcional, uma óptima relação

qualidade/valor e além de tudo, são fácies de beber e

complementam fácilmente qualquer refeição.

Uma das caracteristiscas mais importante para os

produtores que querem ter sucesso no mercado dos EUA é os

seus vinhos serem de fácil compreensão para a palete do

Page 56: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

57

consumidor. Se o consumidor conseguir traduzir os sabores

e as sensações dos vinhos que prova, estes mesmos vinhos

têm sucesso garantido.

O vinho espumante em 2002 aumentou 2.2% ou seja, 11.9

milhões de caixas em 2002.

As marcas americanas aumentaram as suas vendas cerca de

0.5% enquanto as marcas importadas aumentaram 5,6% em

2002.

As marcas dos três mais exportados, Itália, França e

Espanha contribuíram para estes aumentos significativos.

Por exemplo a Espanha 5,6% seguidos de 5,5 % dos Astis e

da oferta Francesa.

Os vinhos de sobremesa e fortificados caíram na

preferência dos consumidores, As as excepções foram o Sake

e os Portos importados e Sherris que tiveram uma evolução

positiva em 2002.

A influência do gosto pela comida Asiática irá sustentar o

aumento de vendas do Sake, e mais consumidores se

interessam pelos Portos e Sherris.

Com esta conjuntura, os vinhos fortificados importados

perderam de 1.3% enquanto os importados ganham mais de

0.3%.

Page 57: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

58

Page 58: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

59

O desempenho da concorrência

Muitos dos produtores da Califórnia e no Novo Mundo têm

seguido esta linha estratégica, complementando-a com

campanhas de comunicação e conceitos de embalagens que vão

de encontro com as necessidades do consumidor, pois este

só vai aderir ao produto se compreender a mensagem que o

mesmo emite.

Por exemplo, a Gallo criou uma “joint-venture” com a

McWilliam’s wines, Australiana para comercializar Hanwood

nos E.U.A.

O mesmo aconteceu com os produtos Luis Martini e Mirassou,

dois emblemáticos produtos de Napa Valley.

Mas o grande negócio de 2002 foi a compra de parte da

empresa Constelation quando comprou BRL Hardy – Oz’s, que

é o maior produtor de vinho em volume de caixas.

O Wine Group foi até Itália e comprou Casarsa e a

Ronasutti, duas das marcas maiores do mercado americano.

A França por exemplo tem vindo a descer a sua cota de

mercado, para países como a Austrália durante os últimos

10 anos, pois não seguiram uma linha de rótulos que o

consumidor consiga aderir, sendo este mais um factor para

o consumidor não aderir aos vinhos de origem frencesa.

Neste contexto, a Itália continua a ser o maior exportador

para os EUA, com os seus vinhos de mesa, ultrapassando a

França, conquistando em 2002 o segundo lugar do ranking.

Page 59: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

60

Saliento assim que o consumo global de vinhos em 2002 nos

EUA aumentou cerca de 5%, ou seja, foram consumidos 246,3

milhões de caixas neste mercado, sendo este o maior

aumento desde 1996.

Por exemplo nos vinhos rosé importados, temos 55,6 milhões

de caixas importadas contra 190.7 milhões de produção

doméstica, sendo o aumento dos vinhos rosé importados

cerca de 14,6 %.

De facto estes valores vêm mais uma vez reforçar a ideia

de que os vinhos importados têm ganho quota de mercado, em

detrimento da produção doméstica, e sem sinais de

abrandamento tendo como factores favoráveis de conjuntura,

os cambios e o melhoramento da oferta internacional que

tem, sem margens de dúvida, melhorando e contribuindo para

a qualidade da oferta de vinhos importados nos EUA, isto é

ainda mais verdade se tivermos em consideração os níveis

da economia internacional e a procura por parte do

consumidor estar cada vez mais orientada para valorizar a

melhor relação qualidade/ preço do mercado.

Page 60: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

61

A distribuição e a comercialização

do produto

Page 61: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

62

A ideia de que o vinho não precisa de ser caro para ser

bom, está a dominar a mensagem dos retalhistas junto dos

seus clientes.

A massificação da venda deste produto por redes de

retalho a nível nacional, promovem a democratatização da

compra do vinho e abriram a possibilidade a conjunto de

marcas e países menos conhecidas no mercado de entrarem no

mercado com uma distribuição de grande escala, dando ao

seu “brand” uma exposição num segmento de mercado que nos

últimos 10 anos tem modificado a estrutura de restalhos

dos EUA.

Exemplo disto é o Walmart (maior retalhista do mundo) ter

introduzido na sua linha de produtos, o vinho da marca

Alcott Rigde produzido pela E&J Gallo em 2000.

No ano de 2001, o Target ( segundo maior retalista no EUA)

também seguio a mesma linha estratégica.

Temos também o exemplo da Trader Joe’s que vendeu cerca de

dois milhões de caixas apenas na Califórnia em 2002, do

vinho Charles Shaw e Two Buck Chuck ao preço de USD$ 1,99

e agora estendeu a venda deste produto pelos EUA a um

preço máximo de USD$2,99.

Aumento da distribuição no retalho e o aumento da

qualidade nos vinhos de preço médio devido ao excesso de

uvas de primeira, resultou numa subida de 6,1% no consumo,

tendo sido consumidas nos EUA 221,o milhões de caixas de

vinho.

O mercado da produção interna ganhou 3,5%, chegando ao

valor de 171,1 milhões de caixas vendidas.

Page 62: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

63

Neste mercado as marcas “premium” e superpremium”

obtiveram melhores resultados do que o segmento

“ultrapremium” e como resultado da vontade do consumidor

previligiar o aumento de qualidade do produto por um preço

justo é cada vez mais uma realidade.

Os resultados das vendas das marcas Australianas foram bem

claros neste mercado, como um aumento global de 47% das

suas exportações para este mercado.

A Itália ficou apenas aumentou 14,7% nos EUA, mas podemos

salientar que empresas como Much Aussie, na California

estão a importar da Itália como também as que têm firmado

parcerias entre empresas como Gallo, Constellation /

Canandaigua e The Wine Group respondendo às necessidades

do mercado a às exigências do consumidor, tendo que

aumento a sua oferta e organizando as suas estratégias

numa arena já bastante competitiva.

Page 63: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

64

O exemplo do Vinho do Porto em relação à forma como as

marcas se têm implementado no mercado é bastante positivo

para a imagem do sector neste país.

Page 64: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

65

Alguns dos vinhos referência

produzidos na Califórnia e que o

Page 65: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

66

consumidor americano tem mostrado

preferência

Vinhos da Região da Califórnia

Chardonnay

2001 Far Niente, Napa Valley

seco, encorpado,médio teor de madeira, elevada acidez

1994 Kalin Cellars Cuvee LV, Sonoma County

seco, encorpado, médio teor de madeira, elevada acidez

2000 Mer Soleil, Central Coast

seco, encorpado, elevado teor de madeira, elevada acidez

2000 Rudd Bacigalupi Vineyard, Russian River Valley

seco, encorpado, médio teor de madeira , elevada acidez

2001 Cakebread Cellars, Napa Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira , elevada

acidez

2000 Chalk Hill, Chalk Hill

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevada

acidez

2001 Chateau Montelena, Napa Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

Page 66: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

67

1999 Gallo of Sonoma Estate, Northern Sonoma

seco, encorpado, elevado teor de madeira , elevada acidez

2000 Kunde Estate Winery Reserve, Sonoma Valley

seco, encorpado, elevado teor de madeira, elevada acidez

2000 Newton Unfiltered, Napa Valley

seco, encorpado, médio teor de madeira , elevada acidez

2001 Au Bon Climat Sanford & Benedict Vineyard, Santa Ynez

Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

2001 Babcock Grand Cuvee, Santa Ynez Valley

seco, meio encorpado, médio teor de madeira , elevada

acidez

2001 Clos LaChance, Santa Cruz Moutains

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, meia acidez

2001 Foxen, Santa Maria Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

2001 Hess Collection, Napa Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira , elevada

acidez

Page 67: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

68

2000 Kendall-Jackson Great Estates, Santa Barbara County

seco, encorpado, médio teor de madeira, elevada acidez

2001 Sebastiani Dutton Ranch, Russian River Valley

seco, encorpado, fraco teor de madeira, média acidez

2001 Heitz Cellars, Napa Valley

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevada

acidez

2000 Chateau St.Jean Robert Young Vineyard, Alexander

Valley

seco, encorpado, médio teor de madeira, média acidez

2001 Clos du Bois Reserve, Alexander Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

2001 Freemark Abbey, Rutherford

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

2000 Gloria Ferrer, Carneros

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

2001 Gundlach Bundschu Rhinefarm Vineyard, Sonoma Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevada

acidez

Page 68: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

69

2001 La Crema, Sonoma Coast

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, média acidez

2000 Murphy-Goode Island Block, Alexander Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2001 Silverado Vineyards, Napa Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2000 Thomas Fogarty, Santa Cruz Mountains

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava

acidez

2001 Fetzer Vineyrds Barrel Select, Mendocino County

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava

acidez

2001 Pepi, Napa Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Santa Barbara Winery, Santa Barbara County

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2001 Wente Vineyards, Livermore Valley

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava

acidez

Page 69: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

70

2001 Cartlidge & Browne, California

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, média acidez

2001 Dunnewood, Mendocino County

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2001 Hess Select, California

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

*Sauvignon Blanc

2001 Rudd, Napa Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2001 Cain Musqué Ventana Vineyard, Monterey

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2002 Gary Farrel Redwood Ranch, Sonoma County

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Chalk Hill, Chalk Hill

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, média acidez

2001 Spring Mountain Vineyard, Spring Mountain

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava

acidez

Page 70: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

71

2002 Cakebread Cellars, Napa Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Grgich Hills Private Reserve Style Fumé Blanc, Napa

Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2001 Matanzas Creek Winery, Sonoma County

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Mayacamas, Napa Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Robert Mondavi Winery Fumé Blanc, Napa Valley

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2002 Beckmen Vineyards, Santa Ynez Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2002 Davis Bynum Fumé Blanc Shone Farm, Russian River

Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2000 Dry Creek Vineyards Reserve Fumé Blanc, Dry Creek

Valley

seco, meio encorpado, médio teor de madeira, elevava

acidez

Page 71: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

72

2001 Frogs’s Leap, Rutherford

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevava acidez

2001 Beringer Appellation Collection, Napa Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, média acidez

2002 Bogle Vineyrds, California

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, média acidez

2001 Chateau Potelle. Napa Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

2001 Chateau Souverain, Alexander Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

2000 Pepi Two-Heart Canopy, California

seco, meio encorpado, fraco teor de madeira, elevava

acidez

2001 Santa Barbara Winery, Santa Ynez Valley

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, média acidez

2002 Shenandoah Vineyards, Amador County

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

2001 Dynamite Vineyards, North Coast

seco, meio encorpado, sem teor de madeira, elevada acidez

Page 72: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

73

*Cabernet Sauvignon

2000 Arns, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Fisher Vineyards Coach Insignia, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1998 Heitz Cellars Martha’s Vineyard, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Kathryn Kennedy, Santa Cruz Mountains

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Miner, Oakville

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Ridge Monte Bello, Califórnia

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Caymus Vineyrds, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Chalk Hills, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Clos Pegase Hommage, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Grgich Hills, Napa Valley

Page 73: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

74

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Nickel & Nickel Dragonfly Vineyard, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Sebastini Cherryblock, Sonoma Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Silverado Vineyards, Stags Leap District

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Cakebread Cellars, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Carmenet Moon Mountain Reserve, Sonoma Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1998 Davis Bynum Laureles Estate Vineyard, Russian River

Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Fife Reserve, Spring Mountain District

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Freemark Abbey, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1998 Gallo of Sonoma Stefani Vineyard, Dry Creek Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

Page 74: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

75

1999 Hess Collection, Mount Veeder

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Louis M.Martini Monte Rosso Vineyard, Sonoma Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Rabbit Ridge Winemaker’s Grand Reserve, Sonoma County

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Rodney Strong Alden Vineyards, Alexander Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Shafer, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Stonestreet, Alexander Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 William Hill Winery Reserve, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1998 Marcelina, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Sequoia Grove, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Terra Valentine Spring Mountain District, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

Page 75: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

76

2000 Benziger Family Winery, Sonoma County

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Kendall-Jackson Vinter’s Reserve, California

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Lake Sonoma Winery, Alexander Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Bogle Vineyards, California

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Fetzer Vineyards Five Rivers Ranch, Central Coast

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

*Merlot

2000 Rutherford Hill Reserve, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Fisher Vineyards RCF Vineyards, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Chalk Hill, Chalk Hill

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Newton Unfiltered, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Thomas Fogarty, Santa Cruz Mountains

Page 76: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

77

seco, meio encorpado, ton escuro, elevada acidez

1999 Trefethen Vineyards, Napa Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Atalon, Napa Valley

seco, meio encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Benziger Family Winery, Sonoma County

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Clos du Bois Reserve, Alexander Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Clos Du Val, Napa Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

1999 Freemark Abbey, Rutherford

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Gainey, Santa Ynez Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Markham Vineyards, Napa Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Rabbit Ridge Erich Russell Stagecoach Vineyard, Napa

Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

Page 77: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

78

2000 Marcelina, Napa Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Dynamite Vineyards, North Coast

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Chateau St. Jean, Sonoma County

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Kendall-Jackson Vintner’s Reserve, California

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Rodney Strong, Sonoma County

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2001 Echelon, Central Coast

seco, meio encorpado, tom escuro, elevada acidez

2001 Cartlidge & Browne, California

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Dunnewood Vineyrds, Mendocino County

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

* Pinot Noir

2000 Etude Heirloom, Carneros

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

Page 78: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

79

2000 Gary Farrel Rochioli-Allen Vineyards, Russian River

Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

1995 Kalin Cellars Cuvee DD, Sonoma County

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 ZD Wines Reserve, Carneros

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Joseph Swan Vineyards Steiner Vineyard, Sonoma

Mountain

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Acacia Beckstoffer Las Amigas Vineyard, Carneros

District

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Iron Horse Vineyrds Thomas Road, Sonoma County/ Green

Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Barham Mendelsohn, Russian River Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Belle Glos, Santa Maria Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Foxen Bien Nacido Vineyard, Santa Maria Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

Page 79: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

80

2000 Morgan Double L Vineyard, Santa Lucia Highlands

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Hartford, Sonoma Coast

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Navarro Vineyerds Méthode à lÁncienne, Anderson

Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Domaine Carneros, Carneros

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Edmeades, Anderson Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Handley, Anderson Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 La Crema, Anderson Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Edna Valley Paragon, Edna Valley

seco, meio encorpado, tom médio, média acidez

2001 Indigo Hills, North Coast

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Beringuer Founders’Estate, California

Page 80: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

81

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Cartlidge & Browne, California

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

*Zinfadel

2000 Limerick Lane Collins Vineyard, russian River Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Ridge Lytton Springs, California

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Joseph Swan Vineyards Zeigler Vineyards, Russian

River Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Gary Farrel Maple Vineyards, Dry Creek Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Rancho Zabaco Chiotti Vineyard, Dry Creek Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2001 Robert Biale Spenker Vineyard, Lodi

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Rosenblum Cellars Monte Rosso Vineyard, Sonoma Valley

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Fife Old Vines, Napa Valley

Page 81: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

82

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Grgich Hills, Napa Valley

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Joseph Swan Vineyards Late Picked, Sonoma County

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Kunde Century Vines Shaw Vineyard, Sonoma County

seco, encorpado, tom escuro, elevada acidez

1999 Mazzocco Quinn Vineyard, Dry Creek Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Jepson Poma Ranch, Mendocino

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Louis M. Martini Monte Rosso Vineyard, Sonoma Valley

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

NV Rosenblum Cellars Vinter’s Cuvee XXV, California

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Rabbit Ridge, Sonoma County

seco, meio encorpado, tom escuro, elevada acidez

2000 Sebastiani, Sonoma County

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2000 Wild Horse, Paso Robles

Page 82: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

83

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Buena Vista, California

seco, encorpado, tom médio, elevada acidez

2001 Cartlidge & Browne, California

seco, meio encorpado, tom médio, elevada acidez

As despesas na promoção também aumentaram cerca de 8.6%

Turning Leaf --------------- $ 12.0 Milhões

Bella Serra ---------------- $ 11.5 Milhões

A imprensa escrita representa cerca de 47.1% do total

gasto na promoção.

Revistas ---------------- 14.3%

Jornais ---------------- 7%

Outdoors --------------- -51%

Televisão --------------- 39,4%

Rádio ------------------ 13,5%

Page 83: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

84

Nesta conjuntura podemos afirmar que o futuro dos vinhos é

promissor e segundo o Adams Wine Handbook prevê que o

consumo nos próximos 5 anos aumente até 276.2 milhões de

caixas vendidas até 2007, ou seja um aumento anual de

2.3%.

A grande tendência no aumento das vendas dos vinhos de

mesa, espera-se que continue, ou seja projecta-se cerca de

2.6% de aumento até 2007 nesta categoria.

Em relação ao Shiraz/ Syrah e Pinot Noir prevê-se um

aumento ainda maior.

Pinot Grigio e o Sauvignon Blanc, no vinho branco têm o

maior aumento.

Os vinhos espumantes e champanhe também irão aumentar,

cerca de 1.7%.

Os Vermoutes e os os vinhos aperitivos cresceram cerca de

0.8%.

O recente relatório do U.S. Treasury Dept. Tax and Trade

Bureau eram positivos para a Indústria.

As consolidações entre as distribuições vão ser uma

realidade no sector, como também é esperado a criação de

uma “jointventure” com empresas americanas e

internacionais no sentido de tornar o vinho com uma

distribuição global.

Page 84: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

85

Page 85: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

86

Disposições Legislativas e

Regulamentares

Regime Geral de Importação

Embora a maioria dos bens possa entrar livremente nos EUA,

a importação de

certas categorias de produtos provenientes de alguns

países pode ser proibida ou

condicionada, de modo a proteger a economia e a segurança

do mercado,

salvaguardar a saúde e o bem estar dos consumidores e

preservar a vida animal

e vegetal.

Apesar de este país apresentar uma economia de mercado

aberta ao exterior existe, ainda, um acentuado pendor

proteccionista sobre o comércio de mercadorias. A

complexidade da regulamentação técnica e a exigência de

procedimentos “standard” podem também constituir entraves

no acesso ao mercado.

A entrada de determinadas mercadorias neste território

(como sejam os produtos

agrícolas, lacticínios, cervejas e vinho, chocolates,

amendoins, açúcar, xarope,

melaço, queijo, trigo, algodão, têxteis e artigos de

vestuário, tabaco e veículos

Page 86: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

87

motorizados) pode encontrar-se, temporariamente,

condicionada à aplicação de

um sistema de quotas - absolutas ou tarifárias –

administradas pelos serviços

alfandegários.

A importação das bebidas alcoólicas, animais vivos e seus

produtos,

medicamentos, vegetais, frutos frescos e secos e

lacticínios está sujeita a

emissão de uma licença por parte dos organismos

governamentais competentes

como sejam o “Department of Commerce”, o “Department of

Agriculture”

ou a “Food and Drug Administration”.

Por razões de saúde e segurança públicas e do meio

ambiente, é exigida a

apresentação de um certificado veterinário quando se trate

da importação de

animais vivos, carnes e produtos derivados, e

fitossanitário para plantas e

produtos de origem vegetal. Poderá ser exigido, também, um

certificado de

inspecção, que será emitido pelo “Animal and Plant Health

Inspection

Service”, do Departamento da Agricultura.

Há que atender que os bens que se destinem ao consumo

devem observar as

Page 87: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

88

regras vigentes em termos de rotulagem. Os géneros

alimentícios devem,

obrigatoriamente, conter um rótulo nutricional, no qual se

encontram inscritos os

principais nutrientes utilizados na sua composição.

As mercadorias encontram-se classificadas de acordo com o

“Harmonized Tariff

Schedule of the United States” (HTSUS). A maioria dos bens

importados

(incluindo os provenientes da UE) estão sujeitos às

imposições aduaneiras

decorrentes da aplicação da “Cláusula da Nação Mais

Favorecida”, ao abrigo da

qual os países contratantes se comprometem a alargar às

suas trocas comerciais

recíprocas as vantagens aduaneiras que venham a conceder a

um país terceiro.

Os EUA são signatários do “Acordo de Valoração Aduaneira”,

celebrado no âmbito

da OMC. Este acordo estabelece regras precisas quanto à

determinação do valor

dos bens, com vista à aplicação de um sistema justo,

uniforme e neutro.

No âmbito do mesmo são aplicados três métodos

diferenciados de tributação:

taxa “ad valorem” (percentagem sobre o valor das

mercadorias – actualmente o

valor médio dos direitos aduaneiros “ad valorem” cifram-se

em 5%); taxa

Page 88: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

89

específica (cujo montante é determinado por unidade ou

peso dos produtos); e

taxa composta (combinação das taxas anteriores).

Os EUA não aplicam o Imposto sobre o Valor Acrescentado

(IVA), à semelhança

do que se verifica na Europa. No entanto, em certos

Estados e Colectividades

Locais existe um encargo denominado – Sales Tax – que

incide sobre o preço de

venda de bens e serviços.

Se os bens não tiverem sido tributados pelo "Sales tax",

há lugar ao pagamento

da "User Tax" que tributa a utilização, no território de

um determinado Estado,

de bens ou serviços adquiridos no exterior.

Os Impostos Especiais que são aplicados sobre a produção,

venda e/ou

consumo, incidem nomeadamente, no alcóol, tabaco,

combustível e na maioria

dos automóveis, assim como em certos serviços como o do

transporte aéreo e de

comunicações.

Para além dos encargos aduaneiros, incidem, também, sobre

as mercadorias

importadas os seguintes tributos: “Merchandise Processing

Fee" e o "Harbor

Maintenance Tax".

De referir que não existe uniformidade relativamente aos

vários impostos

Page 89: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

90

existentes, pelo que as taxas variam em função da

localidade e do Estado.

Direitos Alfandegários/

Bioterrorismo nos EUA.

FDA - Food and Drug Administration

"Facts Sheets" - EUA - Novas Regras para a importação de

produtos alimentares

No âmbito das Novas Regras para a importação de produtos

alimentares nos EUA, recomendamos aos exportadores

nacionais interessados a consulta ao site

http://www.fda.gov/oc/bioterrorism/furls, nomeadamente

poderá consultar neste artigo o link da Notificação Prévia

no que concerne ao Bioterrorism Act.

Chama-se a atenção para o facto que estas provisões têm

carácter interino, o que permite ao FDA continuar a

aceitar comentários sobre a implementação desta Lei.

Os "Fact Sheets" contêm os elementos principais dos

regulamentos e seu período de implementação.

O Gabinete de Assuntos Agrícolas, da Embaixada dos EUA, em

Portugal, continuará a divulgar novas informações acerca

desta matéria assim que disponibilizadas por Washington.

Para quaisquer esclarecimentos sobre os novos regulamentos

contactar Leonor Ramos do Gabinete de Assuntos Agrícolas

Page 90: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

91

da Embaixada dos EUA (Av. Das Forças Armadas - Lisboa),

telefone 217702354 e/ou [email protected] ou

[email protected]. ou contactar a Delegação do ICEP, em

Nova Iorque, [email protected] / 212.354.4610.

Page 91: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

92

Os mais visitados websites relacionados com o vinho.

1. Wine Spectator Magazine

www.winespectator.com

2. Robert Parker Online

www.robertparker.com

3. Local Wine Events.com

www.localwineevents.com

Page 92: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

93

4. Karly Wines

www.karlywines.com

5. Jefferson Vineyards

www.jeffersonvineyards.com

Acções de Promoção para os Vinhos de Mesa no contexto da

parceria ICEP/ANDOVI(2004)

European Wine Council

A promoção dos vinhos no contexto do European Wine Council é um

bom exemplo de como levar a mensagem da qualidade e diferenciação dos vinhos portugueses

junto dos segmentos de mercado com alto potencial de consumo e da imprensa especializada.

Vinexpo Americas

Esta feira dos sector será sem dúvida um evento de

referência pora os produtores mostrarem os seus vinhos aos

profissionais do sector dos vinhos, tanto ao retalhista

como à imprensa.

Boston Wines Expo

Sensibilizar o consumidor, e permitir o conhecimento dos

vinhos portugueses num evento que tradicionalmente é uma

referência para o sector na costa Este dos EUA.

Page 93: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos

94

Visita de Retalhista Americanos a Portugal

Visita de Jornalistas Americanos a Portugal

A estratégia de levar a Portugal líderes de opinião,

jornalistas, retalhista e educadores de vinho pode

permitir uma maior atenção sobre Portugal como fornecedor

alternativa para o mercado americano.

Miami Wine Festival

O mercado da Florida está identificado como um estado com

alto potêncial para a venda e promoção dos nossos vinhos.

Seminários especializados devem ser um prioridade junto

dos retalhista e imprensa.

Prova de Vinhos

Em 2004 Wines of Portugal tem planeado provas nas cidades

de Chicago, S.Francisco, Miami e Nova Iorque.

Elaboração de Brochura

Já foi iniciada a elaboração de uma brochura de promoção

de vinhos de mesa para o mercado dos EUA.

Page 94: ICEP_EstudoMercadoSectorVinhos