Identidade

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Curso de Especialização em Fundamentos da Educação (Práticas Pedagógicas e Interdisciplinares) Módulo: Sujeito, Cultura e Contemporaneidade Polo: João Pessoa(PB) Ministrante: Profª Dnd. Eliete Correia dos Santos E-mail: [email protected] CV: http://lattes.cnpq.br/ 3267723385743006 http:// generosnoensinosuperior.blogspot.com.br /

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Curso de Especialização em Fundamentos da Educação (Práticas Pedagógicas e Interdisciplinares)

Módulo: Sujeito, Cultura e Contemporaneidade Polo: João Pessoa(PB)

Ministrante: Profª Dnd. Eliete Correia dos SantosE-mail: [email protected]

CV: http://lattes.cnpq.br/3267723385743006http://generosnoensinosuperior.blogspot.com.br/

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• Articula o psicológico (o que o indivíduo/grupo tem de único que o distingue de outros indivíduos/grupos) com o social (o que o grupo tem de comum com outros grupos).

• É uma estratégia de relação. Ela se constrói na dialética entre auto-identidade e heteroidentidade.

IDENTIDADE•Do latim escolástico IDENTITATE. A palavra foi formada a partir de IDEM, o mesmo, a mesma, ENTITAS, significa entidade, ser.

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A crise das identidades: o que é isso?

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A crise da identidadeSujeito composto por várias identidades,

descentradas, contraditórias, incompletas, inconclusas, provisórias, problemáticas.

(Máximas de Maluf).

Se está com desejo sexual, estupra, mas não mata. Obs.: Na campanha para prefeito de São Paulo, em 1992.

Nem mesmo Juscelino Kubitschek foi tão injustamente investigado.

Não se pode comprar deputados. Porque eles saem por aí contando e você se desmoraliza com o eleitorado.

No Julgamento Final, quando chegar perante Deus, e ele me perguntar o que você fez lá, naquele mundo terrestre. Eu vou dizer que, ajudado pelos meus amigos e pelo meu partido, eu fiz isso, isso e isso. Vou tomar uns dois meses de Deus contando o que eu fiz. Aí ele vai dizer: Maluf, seus pecados são pequenininhos. Fica uns dez minutos no purgatório e depois vai pro céu.

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CONCEPÇÕES DE IDENTIDADE

A) SUJEITO DO ILUMINISMO•Sujeito dotado de razão, autônomo, unificado.•Identidade é algo interno ao sujeito, permanente ao longo do tempo.•Identidade pertence à pessoa.

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A UTOPIA (CHAMO TOTALITARISMO) DA MODERNIDADE ILUMINISTA.

(HARVEY, 2011, P. 20).

1. “A humanidade vai ter que ser forçada a ser livre”(Rosseau).2. A Nova Atlântida, proposta por Bacon defende a existência da Casa dos Sábios, que seriam os guardiães do conhecimento, os juízes éticos, os verdadeiros cientistas.

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PROJETO INTELECTUAL DA MODERNIDADE

ILUMINISTA (HARVEY, 2011, p. 23)

Libertação das irracionalidades do mito, da religião, da superstição, da arbitrariedade do poder, além do lado sombrio humano.

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Anunciação (Alceu Valença)Na bruma leve das paixões que vem de dentro Tu vens chegando prá brincar no meu quintal bis No teu cavalo peito nu cabelo ao vento E o sol quarando nossas roupas no varal 

Tu vens tu vens bis Eu já escuto os teus sinais 

A voz do anjo sussurou no meu ouvido E eu não duvido já escuto os teus sinais Que tu virias numa manhã de domingo Eu te anuncio nos sinos das catedrais 

Tu vens tu vens bis Eu já escuto os teus sinais 

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Grande utopia do projeto da

modernidade iluminista

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Segundo Harvey (2011, p. 23)1. Só através deste projeto modernista poderão ser reveladas as qualidades universais, imutáveis e eternas de toda a humanidade2. O pensamento iluminista vestiu a camisa do progresso, da mudança, e via o passageiro, o fugidio, o momento e o fragmentário como condição necessária por meio da qual o projeto modernizador poderia ser realizado: LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE E FÉ NA INTELIGÊNCIA HUMANA E RAZÃO UNIVERSAL. (Uma boa lei deve ser boa para todos). (Condorcet)As artes e a ciência poderiam gerar o controle de tudo (Condorcet): desde as forças naturais, passando pela compreensão do eu e do mundo, até o progresso moral, a justiça das instituições e até a felicidade dos seres humanos.

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SUJEITO SOCIOLÓGICO1.Prenúncio do caos. Crise do projeto iluminista.2. A identidade é uma interação do sujeito com outros sujeitos e com a cultura na qual está inserido.3. O eu interior não é imutável, ao estabelecer contato com outras pessoas e com o meio cultural onde se insere.

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O que é ser moderno?

Universo paradoxal.Unidade da desunidade.Eterna desintegração e renovação; de luta e contradição, de ambiguidade e angústia em que tudo que é sólido se desmancha no ar.

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A passagem dos séculos me assombra. Para onde irá correndo minha sombra Nesse cavalo de eletricidade?! Caminho, e a mim pergunto, na vertigem: — Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem? E parece-me um sonho a realidade. Poema negro (A Santos Neto). Autor: Augusto dos Anjos

A esperança não murcha, ela não cansa, também como ela não sucumbe a crença. Vão-se sonhos nas asas da descrença, voltam sonhos nas asas da esperança.Augusto dos Anjos

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SUJEITO PÓS-MODERNO

1.Nega completamente o projeto iluminista: triunfo da racionalidade burocrática, proposital-instrumental (Weber).2.Identidade multifacetada.3.Sujeito dividido.4.O MODERNO ERA UMA ENERGIA VITAL, A VONTADE DE VIVER E DE PODER, NADANDO NUM MAR DE DESORDEM, ANARQUIA, ALIENAÇÃO INDIVIDUAL E DESESPERO. (NIETZSCHE, reatualizando BAUDELAIRE. apud. HARVEY, 2011, p. 25)

Metamorfose ambulante  Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amorlhe tenho horrorlhe faço amor.Raul Seixas, Metamorfose ambulante

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PÓS-MODERNIDADEUm conceito atrevido

É um conceito multifacetado que chama a nossa atenção para um conjunto de mudanças sociais e culturais profundas que estão acontecendo neste final do século XX em muitas sociedades “ avançadas “. Tudo está englobado: uma mudança tecnológica acelerada, envolvendo as telecomunicações e o poder da informática, alterações nas relações políticas, e o surgimento de movimentos sociais, especialmente os relacionados com aspectos étnicos e raciais, ecológicos e de competição entre os sexos. Mas a questão é ainda mais abrangente: estará a modernidade em si, como uma entidade sociocultural, desintegrando-se e levando consigo todo o suntuoso edifício da cosmovisão iluminista ?David Lyon

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Eis uma das facetas de um dos espetáculos do mundo pós-moderno

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O eu tinha que reagir, querer mudar, no turbilhão da criação destrutiva e da destruição criativa.

Dizimar o antigo, espetacularizar o novo.

A força da estética.

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NAS ARTES EM GERAL:1. Concentrava a sua visão em elementos comuns da vida a cidade, compreendendo suas qualidades fugidias e ainda assim extrair, do momento fugaz, passageiro, todas as sugestões de eternidade nele contidas. (BAUDELAIRE, apud. HARVEY, p. 29)2. “O artista moderno devia ser alguém capaz de desvelar o universal e o eterno, ‘DESTILAR O SABOR AMARGO OU IMPETUOSO DO VINHO DA VIDA’, A PARTIR DO EFÊMERO, DAS FORMAS FUGIDIAS DA BELEZA DE NOSSOS DIAS.” (OPUS CIT. p. 29)3. O ARTISTA MODERNO TINHA QUE CHOCAR, VIOLAR A CONTINUIDADE ESPERADA.TINHA QUE, PRÁ FALAR DO ETERNO, DE CONGELAR O TEMPO E TODAS AS SUAS QUALIDADES TRANSITÓRIAS. (IDEM).

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Ser consciente é não ser no tempoMas só no tempo pode o instante no canteiro de rosas,O instante na pérgola onde a chuva cai,Ser lembrado, envolvido no passado e no futuro.Só pelo tempo é o tempo conquistado (T.S. Eliot, apud. Harvey, 2011, p. 30)

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A casa é uma máquina para a vida moderna (Le Corbusier)A cidade é, simultaneamente, o maquinário e o herói da modernidade 

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E A CIDADE PÓS-MODERNA? COMO FICA?

Assim, nos labirintos da cidade pós-moderna encontramos contradições bastante acentuadas entre seus habitantes, entre crescimento e qualidade de vida, e entre o planejamento e seus resultados. Seguindo as palavras de Michel de Certeau, temos a "coincidência entre os extremos da ambição e da degradação, das oposições entre as pessoas, dos contrastes entre os edifícios construídos ontem e transformados já hoje, em caixotes do lixo e das erupções urbanas do dia que barram os céus". Portanto, estes labirintos representam o fluxo e a transição constantes, resultado da obsolescência de todas as coisas, do impacto das novas tecnologias e das transformações ecológicas, mas principalmente da afluência de indivíduos que carregam consigo conhecimentos, ideias e crenças as mais variadas.