IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE …...... o governador do Estado do Paraná, Exmo Sr. Ney...
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IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
1 – Denominação da instituição
Escola Estadual do Campo Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental
Código: 00052
2 – Endereço
Rua: Eugênio Varoto, 29
3 – Bairro/Distrito
Quinzópolis
4 – Município
Santa Mariana
Código: 2410
5 – NRE
Cornélio Procópio
Código: 08
6 – CEP
86355-000
7 – DDD
43
8 – Telefone
3582-1132
9 – FAX
(43) 3582-1132
10 – E-mail
[email protected] ou [email protected]
11 – Entidade mantenedora
Governo do Estado do
Paraná
12 – Zona
Urbana
17 – Número de turmas
ANOS TURMAS ALUNOS 6º 1 18 7º 1 22 8º 1 23 9º 1 16
TOTAL 4 71
1 – APRESENTAÇÃO
Em concordância com a LDB, Lei nº 9394/96, que prevê em seu art. 12, inciso
I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do sistema de
ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental,
entende que este preceito legal sustenta a ideia de que uma das principais tarefas da
escola é a reflexão sobre sua intencionalidade educativa. Alicerça o trabalho pedagógico
escolar enquanto processo de construção contínua: nunca é pronto e acabado.
Fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita
suas relações com as transformações mais amplas (econômica, social, política,
educacional e cultural). É o anúncio do que foi sonhado coletivamente e que pode
passar do sonho a ação, através do trabalho em equipe, pois, fazer da educação um
instrumento amplo de luta pelos direitos da cidadania e da emancipação social, bem
como, fazer da escola uma unidade de produção e distribuição de conhecimentos,
articulados aos reais interesses da maioria da população brasileira e centro de decisão
sobre o que é mais importante para todos, é a missão essencial desta instituição.
Neste sentido, admitir a necessidade de transformar as práticas educativas,
requer clareza teórica e política na organização do trabalho pedagógico.
A construção desse Projeto Político Pedagógico foi uma tarefa que envolveu
todos os componentes da escola, numa ação coletiva mediada pela discussão e diálogo.
Foi elaborado através de reuniões, estudos, pesquisas bibliográficas,
pesquisas com os alunos, garantindo assim uma participação afetiva em tudo aquilo que
aqui está representado, sendo essa uma representação de estrutura escolar em todos os
seus aspectos.
A realização dessa tarefa foi produtiva, proporcionando um ambiente de
reflexão e ação no processo educacional, o que trouxe para a escola melhorias
significativas.
Sabemos que pensar o futuro não é tarefa fácil, mas acreditamos que aquilo
que está aqui representado, servirá como um guia para a busca de um horizonte cada dia
melhor.
ASPECTOS HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental,
situada à Rua: Eugênio Varotto, 29, no Distrito Quinzópolis, município de Santa Mariana –
Paraná, teve sua inauguração no dia 11 de dezembro de 1992.
Em 13 de maio de 1963, pelo decreto nº 11.613, o governador do Estado do
Paraná, Exmo Sr. Ney Braga, usando de suas atribuições e mediante propostas da
Secretaria de Educação e Cultura, decreta a criação do Grupo Escolar Luiz Massan –
Distrito Quinzópolis – Município de Santa Mariana – Paraná, ofertando as quatro primeiras
séries do 1º grau. O nome Luiz Massan é uma homenagem ao dono das terras do Distrito
e do doador do terreno onde se localiza o estabelecimento de ensino.
A 1ª diretora foi a Senhora Irma Cafieiro Massan, direcionou a escola de maio
de 1963 a 28 de janeiro de 1986.
No dia 21 de março de 1983, pela Resolução nº 3.884/82, foi autorizado o
funcionamento da Escola Estadual Luiz Massan – Ensino de 1º grau. A autorização de
funcionamento incluía as seis primeiras séries do 1º grau, implantando-se a 5ª e 6ª série a
partir do ano letivo de 1983 no período noturno, resultante da reorganização do Grupo
Escolar Luiz Massan. Em decorrência do disposto nesta resolução, a extensão da
Escola Estadual Drº Antonio Pereira Lima – Ensino de 1º grau, da localidade do Distrito
Panema – Município de Santa Mariana, foi desativada. A partir da Resolução nº 8320/84,
houve a inclusão da 7ª e 8ª série, passando a escola a ofertar o ensino de 1º grau
completo no período noturno.
Pela Resolução nº 553/86 do dia 28 de janeiro de 1986, o Diretor Geral da
Secretaria de Estado da Educação designa a professora Olinda Massan Lima, para
exercer a função de Diretora do Estabelecimento de Ensino.
Pela Resolução nº 2.240/86, no dia 15 de maio de 1986, é homologado o
Parecer nº 62/86, do grupo de Estrutura e Funcionamento do Departamento de Ensino de
1º grau aprovado o Plano de Implantação apresentado pelo Estabelecimento de Ensino.
No dia 14 de agosto de 1986, pela Resolução nº 3532/86 é reconhecido o
Curso de 1º grau, mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
Pela Resolução nº 541/92, do dia 21 de fevereiro de 1992, pela Resolução nº
4611/92, o Diretor Geral da Secretaria de Estado da Educação resolve a pedido da
comunidade escolar que a Escola Estadual Luiz Massan – Ensino de 1º grau, do Distrito
Quinzópolis – Município de Santa Mariana, passe a denominar-se Escola Estadual Carlos
Augusto Miranda Nichols – Ensino de 1º grau em homenagem póstuma a Carlos Augusto
Miranda Nichols, por ter sido uma pessoa que tinha grande respeito pelas pessoas menos
favorecidas, abrindo frentes de trabalho em época de crise liderando campanhas de
fraternidade.
Pela Resolução 4.860/92 de 16 de dezembro de 1992, o Diretor Geral da
Secretaria de Estado da Educação e considerando a intenção da Prefeitura Municipal em
assumir os encargos de 1ª a 4ª séries da Escola Estadual Carlos Augusto Miranda
Nichols – Ensino de 1º grau, resolve suspender a partir do início do corrente ano letivo,
em caráter definitivo, as atividades escolares relativas ao ensino das quatro primeiras
séries do 1º grau, ficando revogada a autorização de funcionamento, anteriormente
concedida. Toda a documentação escolar das séries extintas passa para a guarda da
responsabilidade da Escola Municipal Luiz Massan – Ensino de 1º grau, que passará a
ser compartilhada.
A Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols, passa a ofertar o ensino de
5ª a 8ª séries do 1º grau.
No dia 24 de agosto de 1993, pela Resolução, nº 3901/93, a Professora Maria
Helena Inácio Massan é designada para exercer a função de Diretora da Escola Estadual
Carlos Augusto Miranda Nichols, ficando dispensada a pedido a Professora Olinda
Massan Lima, dos compromissos da direção.
No dia 10 de agosto de 1995, o Conselho Escolar do Estabelecimento se reúne
com a finalidade de indicar a professora Presilina Pereira Lima, para exercer o cargo de
Diretora da Escola, em virtude da aposentadoria da professora Maria Helana Inácio
Massan. Ficando então, pela Resolução 0326/95, a professora Presilina Pereira Lima,
respondendo pela direção do estabelecimento.
No dia 01 de fevereiro de 1996, por meio de eleição direta realizada em outubro
de 1995, fica designado o professor Edson dos Santos Reis para exercer a função de
Diretor do Estabelecimento de Ensino através da Resolução nº 4631/95.
No dia 01 de janeiro de 1998, novamente por eleição realizada em outubro de
1997, é reeleito o professor Edson dos Santos Reis, para continuar exercendo a função
de Diretor do Estabelecimento através da Resolução nº 4282/97.
Em 1999, através do Ato Administrativo nº 298/98 a Escola Estadual Carlos
Augusto Miranda Nichols – Ensino de 1º grau, passa a utilizar a nomenclatura: Escola
Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols – Ensino Fundamental – Distrito Quinzópolis –
Santa Mariana – Paraná.
NO dia 01 de janeiro de 2000, novamente por eleição o professor Edson dos
Santos Reis, continua exercendo a função de Diretor do estabelecimento.
No ano de 2002, o professor Edson dos Santos Reis continua na direção do
estabelecimento através de prorrogação feita pelo Governo do Estado, sob a Resolução
294/02.
No ano de 2006 o professor Edson dos Santos Reis assume novamente a Direção deste
estabelecimento, novamente por eleição realizada em novembro de 2005 e exercendo
está função através da Resolução nº 058/06.
ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Na estrutura organizacional do estabelecimento temos o Conselho Escolar que
é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativo e fiscal, com objetivo de
estabelecer para a Proposta Pedagógica da Escola, critérios relativos a sua ação,
organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, tendo como finalidade
promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores
da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade de seu funcionamento. À equipe de
Direção, formada pelo Diretor, cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, definidos na
Proposta Pedagógica. A Equipe Pedagógica, que é formada pela Supervisão de Ensino,
Corpo Docente, Conselho de Classe, responsável pela Biblioteca Escolar, compete a
coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes
pedagógicas emanadas do mantenedor..
O estabelecimento de ensino manterá de acordo com a especificidade de cada
um, o Ensino Fundamental de 2º Segmento de freqüência mista, em um turno: matutino.
Neste período as aulas se iniciam às 7:20 horas e terminam às 11:40 horas, o intervalo é
de dez minutos e acontece depois de duas aulas. Este horário de funcionamento atende
aos interesses da aprendizagem favorecendo a todos indistintamente. Este
estabelecimento de ensino possui 04 turmas no período matutino, sendo uma 6º ano com
24 alunos, uma 7º ano com 22 alunos, uma 8º ano com 25 alunos e uma 9ºano com 24
alunos. Num total de 95 alunos atendidos pela escola. Podendo este número sofrer
pequenas variações de um ano para outro ou durante o ano letivo por conta de
transferências recebidas, expedidas e evasão escolar.
As classes estão organizadas de modo a favorecer a aprendizagem; mas
sente-se falta de um período extra para que o professor dê atendimento individual para os
alunos que apresentam maiores dificuldades. O horário semanal das disciplinas é feito
pela Pedagoga da Escola, procurando fazer com que as aulas sejam geminadas, e
procurando não colocar as disciplinas que apresentam maiores dificuldades no mesmo
dia.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didáticos - pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e
aprendizagem na relação professor - aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
Haverá tantos Conselhos de Classe quantos forem às turmas do estabelecimento de
ensino.
A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à
disposição de toda a comunidade escolar, durante o horário de funcionamento da escola.
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os
setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos
cumprem suas reais funções.
Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado. Os componentes dos serviços
gerais deste estabelecimento de ensino são serventes e merendeiras.
O órgão cooperador formado pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários
(APMF) é destinado a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores e o
Diretor do Estabelecimento, propondo medidas que visam o aprimoramento do ensino
ministrado e assistência de modo geral, ao corpo discente.
CONDIÇÕES FISICAS E MATERIAIS
A escola compatibiliza as instalações físicas, o mobiliário e a organização do
espaço com a escola de 1ª à 4ª séries, que funciona no período vespertino, procurando
da melhor maneira possível proporcionar um ambiente agradável e acolhedor propício à
aprendizagem. Com isso, o espaço acaba tornando-se pouco. Pois a secretaria e sala do
diretor ocupam o mesmo espaço. A sala dos professores também é utilizada pela
pedagoga, a qual existe um banheiro que utilizado para o sexo masculino e feminino.
Temos uma cozinha, um depósito, um almoxarifado, um pátio coberto e cinco salas
de aula. O prédio dispõe de mais quatro salas, porém são utilizadas pela escola municipal
de 1ª à 4ª séries, que as utiliza da seguinte forma: uma para a diretora e secretária, uma
para professores e contra-turno, uma para depósito e vídeo e uma para a cozinha. A
escola de 1ª à 4ª séries também está utilizando uma das salas de aula para contra-turno.
Contamos também com um banheiro masculino para os alunos: com dois vasos
sanitários, um mictório e duas pias. Um banheiro feminino para as alunas: com três vasos
sanitários e duas pias. Um banheiro para os professores de 5ª à 8ª séries com um vaso
sanitário e uma pia, e um banheiro adaptado para os alunos com necessidades especiais.
Todas as classes estão funcionando de acordo com o quadro de ocupação. O
número de alunos matriculados em cada classe atende a capacidade legal: 6º --- máximo
de 35 alunos, 7º à 9º ano --- máximo de 40 alunos.
Para recreação a escola possui duas quadras, sendo uma coberta e outra sem
cobertura, mas ainda não possuem banheiros e nem vestiários.
As carteiras das salas de aulas são adequadas e a iluminação e ventilação das
salas são aceitáveis, pois em todas as salas de aula estão instalados ventiladores.
As medidas de higiene e limpeza estão sendo atendidas.
A escola tem procurado proporcionar um ambiente de trabalho acolhedor e
agradável, colocando em pratica a gestão compartilhada; utilizando apropriadamente as
instalações e os equipamentos existentes em beneficio do seu projeto pedagógico e da
criação de um ambiente de aprendizagem e cidadania.
A escola conta com laboratório do Paraná Digital e todas as salas possuem a TV
multimídia.
A responsável pela biblioteca, organizou uma pasta com todo o acervo da
biblioteca separado por área, para que professores e alunos consultem, sempre que
necessário, visando fazer com que os alunos fiquem motivados a freqüentar a biblioteca,
estimulando-os a ler mais e melhor, auxiliando-os a selecionar assuntos. A biblioteca
constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está a disposição de toda comunidade
escolar, destinada a atender professores deste estabelecimento de ensino, para
conhecimento e lazer. O horário de atendimento da Biblioteca é somente no período
matutino. O acesso a biblioteca é franqueado a comunidade com fim exclusivo de
pesquisa local, mediante a autorização do Diretor.
Esta Escola atende a clientela deste Distrito e das fazendas vizinhas que,
trabalham na lavoura como bóias-frias. A maioria dos pais são analfabetos, sem nenhuma
formação escolar, e os que possuem alguma, só possuem o Ensino Fundamental do 1º
segmento.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Esta Escola atende as crianças deste Distrito e das fazendas vizinhas que,
trabalham na lavoura como bóias-frias. A maioria dos pais são analfabetos, sem nenhuma
formação escolar, e os que possuem alguma, só possuem o Ensino Fundamental.
A visão que a comunidade tem da escola é que esta tem a incumbência de tornar
seus filhos cidadãos.
A comunidade apresenta situação precária, pois a maioria das famílias é pobre,
não tendo acesso ao lazer e a cultura.
E como conseqüência deste perfil apresentado pela comunidade à escola constrói
o seu Projeto Pedagógico usando as características dos alunos, trabalhando os seus
problemas, conjugando todos os esforços para promover a sua aprendizagem,
envolvendo os pais, para que estes participem, se atualizem, adquiram conhecimentos
através dos projetos desenvolvidos pela escola, pois além de trabalhar com a formação
do aluno, ainda tem que fornecer aos pais o acesso a cultura e ao lazer, aconselhando-os
no tratamento que deve dar aos filhos, ajudando no seu relacionamento familiar.
RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO, COMUNIDADE/ESCOLA
O perfil da comunidade se reflete sobre os nossos alunos, fazendo com que a
escola construa a sua Proposta Pedagógica usando as oportunidades oferecidas pelas
características dos alunos e trabalhando os problemas que eles trazem, conjugando todos
os esforços para promover a aprendizagem, envolvendo os pais, para que estes
participem, se atualizem, adquiram conhecimentos através de projetos elaborados e
colocados em prática pela escola, uma vez que, na realidade a escola além de trabalhar
com a formação do aluno, nos seus diversos aspectos, ainda tem que, fornecer aos pais o
acesso à cultura e ao lazer.
Tendo em vista a Lei 9394/96 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, os profissionais de Educação sentem a necessidade de uma reflexão para
mudança de paradigmas; mudando-se a ênfase do ensino para a aprendizagem,
deslocando-se o eixo da “liberdade de ensinar” para o “direito de aprender”.
O mundo de hoje emerge de profundas transformações, de uma desigualdade
social e econômica acentuada, de um progresso tecnológico que não gera empregos, de
mudanças nos valores sociais, culturais e econômicos, que alteram comportamentos, de
despreparo para o domínio da automação, sobressaindo-se à razão, para as
transformações exigidas no mundo globalizado.
Neste sentido, a escola precisa ser organizada para que possa dar conta deste
novo contexto.
Considerando-se que o homem que existe para a referida concepção de mundo é
um homem despreparado para a realidade atual, mas em busca de uma nova
perspectiva, então necessário se faz que a Educação atenda as necessidades do homem
e também as da sociedade onde este vive e busca sua realização pessoal.
Concebendo-se sociedade como construção humana em ambiente coletivo, ao
longo de gerações, conclui-se que a construção é um processo contínuo dentro do mundo
e da vida, permitindo-se assim se situar na realidade pós-moderna de maneira consciente
e construtiva, criando vínculos produtivos e realizadores.
Já que o papel do Sistema Educacional é o de receber este aluno, fazê-lo passar
por um processo e retorná-lo de forma coerente com o momento histórico-social, o aluno
há de estar preparado para enfrentá-lo. A definição de sociedade que temos é a de
valores degradados, conseqüência dos problemas políticos, sociais e econômicos, da
inversão de valores, da necessidade de resgate da honestidade, respeito, cultura e dos
valores morais, éticos e espirituais. Uma sociedade que convive com a ausência de
projetos educacionais estáveis, com o abuso dos meios de comunicação de massa,
ausência de auto-estima, com a descontinuidade de políticas governamentais, com
desemprego e corrupção desenfreada.
Na velocidade em que os fatos estão acontecendo, o mundo precisará de homens
conscientes de seu papel como cidadãos autônomos intelectualmente, críticos, éticos e
capazes de adaptarem-se com flexibilidade às novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamento posteriores. A educação é a atividade mediadora no seio da prática
social global, ou seja, em que o aluno passa de uma visão inicialmente confusa e
fragmentada, mas ligada de forma indissociável à sua significação humana e social, a
uma visão mais sintética, mais organizada e unificada fornecendo-lhe um instrumental
para uma participação ativa na democratização da sociedade.
ESTRUTURA DO CURSO
O Ensino Fundamental, segundo degrau da Educação Básica é ofertada por este
estabelecimento de Ensino de 6º ao 9º ano no sistema seriado. De acordo com o Artigo
24 da LDB n.º 9394/96, com a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por
um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar. O
curso deve garantir uma Base Nacional Comum, de maneira a legitimar a unidade e a
qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A Base Nacional Comum e sua
Parte Diversificada devem integrar-se em torno do paradigma curricular que visa
estabelecer a relação entre a Educação Fundamental e a vida cidadã.
A escola, para desenvolver sua proposta pedagógica, contempla no seu currículo:
A) Base Nacional Comum: com as áreas de conhecimento de: Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Educação
Artística, Educação Física e Educação Religiosa. Esta disciplina obrigatória
de matrícula facultativa, conforme artigo 33 da LDB.
B) Parte Diversificada: compreendendo conteúdos complementares,
integrados à Base Nacional Comum, escolhidos por cada sistema de
ensino e estabelecimentos escolares, de acordo com as características
regionais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Fazem
parte da Parte Diversificada a disciplina de Língua Estrangeira Moderna
(Inglês).
OBJETIVOS GERAIS
Esta Escola atenderá a modalidade de Ensino Fundamental, de 5ª à 8ª série, em
função da demanda existente e de acordo com a carga horária fixada em lei.
O Estabelecimento se propõe para o Ensino Fundamental os seguintes objetivos:
I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
II – A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
V – Formação do cidadão, fornecendo ao aluno, ainda, subsídios necessários à sua
melhor inclusão social.
VI –Formar num clima solidário, indivíduos críticos e participativos desenvolvendo o
potencial criativo visando uma sociedade igualitária.
VII –Desenvolver atividades sócio-esportivo-culturais para desenvolver o senso de
cidadania e o espírito de equipe, propiciando uma maior interação a comunidade escolar.
VII – Promover estudos de conteúdos tanto de forma contextualizada quanto pela
utilização de pesquisa e experimentação para favorecer o desenvolvimento da
capacidade crítica, criativa e o conhecimento científico.
MARCO SITUACIONAL
Temos uma sociedade historicamente organizada em camadas sociais, de
forma desigual, com diferenças socioeconômicas e culturais.
A sociedade brasileira está constituída por um grupo reduzido de pessoas que
detém o poder, que usufrui todos os benefícios produzidos coletivamente pela grande
maioria de cidadãos sobreviventes às margens dessa sociedade. A realidade social e
educacional atual de nosso país; requer o enfrentamento e a superação da contradição da
estrutura que existe entre declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles a
educação) e a negação da prática desses direitos.
Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado estes
quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênia e
fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo – classe, etnia,
gênero, religião, etc. - que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais.
Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades””, como
costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído
e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser “re-convertido” em termos
laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos.
Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras foi
por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto
sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
Temos uma escola que transmite conhecimentos, desenvolve a socialização,
busca sempre a valorização pessoal de cada educando, concomitantemente com os
conhecimentos sistematizados, garantindo assim o acesso à educação.
Uma escola onde a comunidade em que está inserida deposita confiança,
credibilidade, respeito e seriedade no que diz respeito ao processe de ensino
aprendizagem e na construção de valores nos educandos que aqui estudam.
Quanto a formação dos professores, todos possuem cursos de especialização
em suas áreas. E fazem capacitações através de simpósios, grupos de estudos, GTR e
outros.
Os professores estão preocupados com a melhoria da qualidade do ensino-
aprendizagem e buscam sempre melhorias nas metodologias que contribuam para a
melhoria do ensino-aprendizagem.
O processo educativo compromissado com a mudança social, busca garantir a
formação e identidade do cidadão, requer um educador que assegure a inter-relação
contínua do educando com o sistema de ensino, propondo coletivamente as ações de
intervenção quando necessárias, acompanhando e avaliando sistematicamente o trabalho
a ser realizado.
A hora-atividade é organizada conforme as possibilidades dos horários
distribuídos semanalmente, mas por ser uma escola de pequeno porte não conseguimos
favorecer o encontro de professores que atuam com as mesmas turmas.
Nos Conselhos de Classe, contamos com os professores, membros do
conselho escolar, a direção, o pedagogo e secretário.
A questão Avaliação, eixo do processo de trabalho do Conselho de Classe é
discutido os critérios, o processo, os instrumentos avaliativos, salientando e ressaltando a
sua importância no processo ensino- aprendizagem, relembrando que ela deve ser
democrática, favorecendo o desenvolvimento da capacidade do aluno apropriar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser
resultante de um processo coletivo de avaliação diagnostica.
O Professor Edson dos Santos Reis, atual diretor deste estabelecimento. Atua
com liderança, mobilizando os professores, alunos e demais funcionários da escola para
que juntos atuem, de forma que seja uma instituição de aprendizagem constante e de
qualidade.
O Diretor dentro de suas atribuições, tanto administrativas, como pedagógicas
envolve a comunidade escolar na tomada de decisões e na implementação de ações
voltadas ao bem estar de toda comunidade escolar.
O Professor Pedagogo tem seu trabalho pautado na prática pedagógica, dando
ênfase na dimensão humana social da aprendizagem e a organização da escola como
ambiente educativo. Acompanhamento pedagógico para com o professor no processo
ensino/ aprendizagem. Todas as ações desenvolvidas são em parceria com educadores
e familiares. Contamos ainda com a parceria da , Conselho Tutelar e Ministério
Público que nos auxiliam na busca da qualidade e não da quantidade.
O trabalho desenvolvido no setor administrativo está voltado a uma
melhor organização do ambiente escolar sempre buscando qualidade e melhor
atendimento aos educandos e pais.
MARCO CONCEITUAL
Em nossa sociedade, as relações entre os homens, são desiguais, onde alguns
detêm o poder e vivem do produto do trabalho de uma grande maioria que ficam à
margem dessa sociedade. Sabendo que o homem não vive isoladamente, que precisa de
outros para sobreviver, altera aquilo que é necessário à sua sobrevivência, transforma as
velhas necessidades, cria novas necessidades às quais passam a ser fundamentais,
produz idéias, elaboram conhecimentos, costumes, valores e se organizam. É nesse
momento histórico por qual atravessamos que podemos e temos que criar possibilidades
de uma Sociedade democrática, justa e igualitária.
Assim, queremos formar educandos críticos e criativos, motivados e interessados em
adquirir conhecimentos, que a escola desenvolve e cria boas perspectivas quanto ao
futuro promissor, buscando sua melhor integração e transformação da sociedade. O
educando deve descobrir-se como construtor desse mundo do conhecimento e da cultura
e sabendo que para isto nosso trabalho deve estar pautado em situações reais concretas
e objetivas.
Queremos formar alunos para uma sociedade com menos desigualdades, com
melhor distribuição de renda e resgate às diferenças culturais, mais crítica com relação às
informações veiculadas pela mídia, com indivíduos educados e capazes de transformar a
sociedade em si, e que esses indivíduos sejam reconhecidos como cidadãos revestidos
de direitos e deveres.
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de
relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do
homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,
desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo
bens que: “A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,
transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e
recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua
comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si “.
( Pinto, 1994), a sociedade é mediadora do saber e da educação presente no
trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social
a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto, aquela
na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade
de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios
que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).
Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa
conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há
verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que estas se
fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma
democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade
social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.
Sendo o homem um ser de relações, ele se relaciona com a natureza, com os
outros homens e consigo mesmo. Como essas relações são fundamentalmente práticas,
nosso acesso ao ser do homem só se dá através de suas atividades concretas, ou seja,
quando nos perguntamos o que é o homem a resposta só pode ser encontrada nos
elementos que expressam sua realidade, aos quais podemos ter algum acesso. A imagem
que podemos construir do homem será aquela que pudermos apreender de sua
manifestação.
A primeira esfera da ação dos homens é aquela que os coloca em relação com a
natureza e tem a ver mais diretamente com sua própria vida biológica, com sua existência
material. Como qualquer outro ser vivo, o homem só vive se for atravessado por um
intenso intercâmbio com o mundo natural. É da natureza que ele retira tudo aquilo que
necessita para manter sua existência material.
No entanto, as atividades pelas quais o homem estabelece essas relações com a
natureza é o que o diferencia dos demais seres vivos, que têm que adaptar as “ofertas”
feitas pela própria natureza. Enquanto que os homens além de se apropriarem desses
elementos, eles passaram a intervir na natureza. É a natureza que vai se adaptando às
necessidades e aos interesses dos homens. A essa ação transformadora do homem, para
atender as suas necessidades, chamamos, modernamente, de trabalho. Pelo trabalho, o
homem garante sua vida material, assegura sua reprodução e a conservação da espécie.
O homem não se relaciona com a natureza, no esquema indivíduo – mundo
material, como ocorre com os demais seres vivos. O esquema é essencialmente
grupo/natureza, ou seja, embora sejam os indivíduos que ajam concretamente, sua ação
é sempre uma ação coletiva. O homem é em sua essência um ser social. Temos então,
uma segunda esfera da prática humana, que é a prática social. Vemos que a espécie
humana organiza-se coletivamente realizando uma divisão técnica do trabalho, ou seja,
diversas funções que devem ser realizadas são atribuídas a diferentes indivíduos. A essa
divisão técnica do trabalho sobrepõe-se uma divisão social do trabalho, cujas funções são
hierarquicamente distribuídas e marcadas pelo poder, já que essas unções se diferenciam
pelas posições que têm na hierarquia social, onde os indivíduos ou grupos detêm uma
espécie de força sobre os que estão em lugares inferiores.
As relações que os homens estabelecem entre si no contexto dessa
hierarquização social, constituem a esfera da sociabilidade, o âmbito da prática política.
Nem a prática produtiva nem a prática política dos seres humanos teriam
especificidade se não fossem atravessadas e permeadas pelos efeitos de uma terceira
dimensão de seu agir: a prática subjetiva.
Mediante os signos elaborados no plano da subjetividade (conceitos, valores,
imagens, juízos, raciocínios e seus correspondentes objetivados como expressões
culturais), “explica-se” a própria realidade e os demais elementos com ela relacionados.
Por essa cultura simbólica os homens produzem e usam os bens materiais.
Esses elementos simbólicos sobrepõem-se a todos os aspectos da prática
produtiva e da prática social e sobre todas as relações que os homens estabelecem entre
si.
O homem vai se construindo e conservando sua existência concreta na exata
medida em que, através de sua prática, vai se relacionando com a natureza, pelo
trabalho; Com a sociedade pela sociabilidade; e consigo mesmo, pelo cultivo de sua
subjetividade.
São essas três dimensões inter-relacionadas e complementando-se que
constituem as efetivas mediações da existência humana.
As formas de atividade que os homens desencadeiam para produzir sua
existência concreta vão configurando igualmente sua maneira de ser. São as atividades
práticas que vão possibilitando ao homem, construir sua própria condição de ser
especificamente humano.
Dessa maneira, trabalhar é condição imprescindível para que o indivíduo se
humanize e, conseqüentemente, sua ausência ou a deturpação de suas condições
constituem mediações sub-humanas. Assim, tanto o trabalho pode humanizar, como
também degradar, desumanizar o homem dependendo das condições em que é realizado
histórica e concretamente.
Quando o trabalho degrada, desumaniza, ele é um trabalho alienado, ou seja,
leva o indivíduo a perda de sua própria essência, reduzindo-o a simples condição de
animal ou de máquina.
A alienação pelo trabalho é componente comum na atual estrutura social
capitalista, onde o homem se transforma em “coisa” que produz coisas, onde o salário mal
consegue repor as energias gastas pelo indivíduo no exercício de suas atividades.
Esse ser humano, muitas vezes, despreparado para a realidade atual, está em
busca de uma nova perspectiva que possa libertá-lo de sua alienação.
Se não se é humano fora de um tecido social e, portanto, o conhecimento, a
cultura, o trabalho e a educação pressupõem um solo de relações sociais que nutre toda
e qualquer atividade realizada pelos indivíduos.
A educação é uma prática social e, portanto política vai contribuir ou para a
conservação e reprodução da sociedade e de seus conteúdos ideológicos, ou atuar no
sentido de criticar e superar esses conteúdos e, conseqüentemente, agir na linha de
resistência à dominação e de transformação da sociedade. Ela pode se constituir, então,
em uma prática transformadora.
Assim, se de um lado a educação contribui para a reprodução da sociedade por
meio da produção, da sistematização e da divulgação de uma ideologia, do outro, ela
pode contribuir para a transformação da mesma sociedade através da produção, da
sistematização e da divulgação de uma contra – ideologia. Ela pode proceder a uma
crítica da ideologia vigente, desmascarando – a, denunciando seus compromissos com os
interesses dos grupos dominantes no interior da sociedade e gerando, então, uma nova
consciência social entre os sujeitos.
Daí, a importância que os conhecimentos teóricos assumem na âmbito do
trabalho educativo. A apropriação dos bens culturais é imprescindível para que os
indivíduos se tornem humanos, para que superem o imobilismo que a própria estrutura
social impõe, para se tornarem protagonistas da sua história e da história dos homens.
Tendo em vista os objetivos intrínsecos da Educação numa sociedade
historicamente determinada, o trabalho docente deve assegurar aos aprendizes
o domínio firme e consolidado dos conhecimentos científicos, técnicos e culturais;
oportunizar meios e condições para que os alunos adquiram métodos e posturas com
vistas a uma aprendizagem pessoal e a um pensamento autônomo; propiciar condições
para que os elementos mediadores da aprendizagem convirjam para os objetivos
essenciais da Educação.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história -- ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado
pela suas ações na sociedade e nas suas relações de trabalho.
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual
do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo constitutivo
do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a sociedade,
num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de
transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000, p.77) se faz necessário desenvolver
uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de
desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano para
construir uma democracia aberta. São eles:
_ “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para
pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizada da realidade
que o possa orientar em sua vida”.
_ A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político,
cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a satisfação de
suas necessidades e realizar suas aspirações;
_ “A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos
conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humana...”
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem
suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para
constituir-se e transformar a realidade.
A função fundamental da educação é criar condições político- pedagógicas para o
desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e ajudá-lo a tornar-se um ser humano
completo, em suas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.
A educação liberta o homem do desconhecido, colocando-o como “dono da
situação”, pois a partir do domínio do conhecimento o sujeito poderá progredir e lutar por
sua autonomia. A educação deve ser entendida como um processo que se caracteriza por
uma atividade mediadora no seio da prática social global .
Para que exista a educação autêntica é preciso superar a relação vertical que
eleva o educador acima do educando, e instaurar uma relação dialógica entre ambos. O
diálogo supõe troca, não imposição. Dessa maneira, o educador já não é o que apenas
educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser
educado, também educa, como afirma Paulo Freire.
Portanto, para a Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols - Ensino
Fundamental, um dos principais papéis reservados à educação consistem, antes de mais
nada, em dotar o indivíduo da capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento,
fazendo com que cada um tome o seu destino nas mãos e contribua para o progresso da
sociedade em que vive, baseando o desenvolvimento na participação responsável dos
indivíduos e das comunidades. É a educação contribuindo para o desenvolvimento
humano e, portanto, para a evolução da sociedade. Não deve ser apenas uma
reprodução, mas, principalmente, uma produção e uma adaptação do conhecimento e da
cultura.
As relações entre professor e alunos, as formas de comunicação, os
aspectos afetivos e emocionais, a dinâmica das manifestações na sala de aula fazem
parte das condições organizativas do trabalho docente.
A interação entre professor-aluno é um aspecto fundamental da organização da
situação didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino: a
transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e habilidades.
Deve ser um relacionamento de cumplicidade, interatividade e construção de uma
parceria onde ninguém seja mais e nem menos que o outro na aquisição e assimilação
dos conhecimentos.
Sendo o Ensino Fundamental a fase inicial da vida escolar do educando, acreditamos
que ele é acessível e garante a permanência é responsabilidade de todos nós, para tanto
deve:
Valorizar ainda mais a socialização, o contato pessoal e individual com trocas de
experiências, proporcionar da melhor forma possível condições mínimas necessárias para
o atendimento de alunos com necessidades especiais, valorizar o ser humano em sua
totalidade e buscar parcerias com grupos sociais existentes na comunidade em que a
escola está inserida, para realização de programas culturais, esportivos e sociais.
Algumas ações podem ser tomadas para evitar o afastamento dos
estudantes da escola como:
- Ajudar o aluno a identificar o valor e a utilidade do estudo em sua vida por meio de
atividades ligadas ao seu cotidiano;
- Elaborar aulas dinâmicas e estimulantes;
- Mostrar que a aula é um momento de troca entre todos e saber que o professor não é
mais importante que o dele;
- Valorizar e utilizar os conhecimentos e as habilidades de cada um. Isso pode mudar o
seu planejamento no meio do caminho, mas as aulas vão ficar mais interessantes;
- Promover entre os colegas o sentimento de grupo. Quando criam vínculos, eles se
sentem estimulados a participar das atividades;
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre o
homem e a natureza. O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e
das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente
nova forma de ver a realidade.
O conhecimento científico é uma conquista relativamente recente da humanidade,
onde todos têm direito ao acesso, ele é intencional e está sempre direcionado para
alguma coisa.
O conhecimento não ocorre somente na individualidade, ele acontece no social
gerando mudanças internas e externas no indivíduo e nas relações sociais, sem esquecer
sua intencionalidade.
E, quando falamos em conhecimento, estamos designando o ato de conhecer
como uma relação que se estabelece entre a consciência que conhece e o objeto a ser
conhecido, mas podemos também estar nos referindo ao produto, ao resultado desse ato,
ou seja, ao saber adquirido e acumulado pelo homem.
Embora os dois aspectos sejam importantes, costuma-se enfatizar o segundo
aspecto quando se atribui à escola a tarefa de transmissão dos conhecimentos,
descuidando-se muitas vezes das questões relativas às formas pelas quais é construído o
saber. Aqui nos interessa examinar o primeiro aspecto, o ato de conhecer, onde se
coloca a questão da realidade do mundo e a capacidade do homem em conhecê-la.
Na perspectiva dialética do conhecimento, o que se visa é chegar à síntese, que
é uma rica totalidade de determinações e de relações numerosas. Conhecimento consiste
numa representação mental das relações.
O que se espera do educando é que seja capaz de construir representações
mentais das relações que definem o objeto. Essas representações, que o sujeito constrói,
na medida em que correspondem efetivamente a relações constituintes do objeto, são os
chamados conceitos, o saber objetivo, a ciência, a filosofia.
A psicologia cognitiva e a epistemologia dialética nos trouxeram importantes
contribuições em relação ao processo de construção de conhecimento no sujeito:
a) Condição necessária para conhecer:
· o sujeito precisa “querer”, sentir necessidade;
· o sujeito precisa ter estrutura de assimilação para aquele objeto (quadro
conceitual correlato);
· precisa ter certos conhecimentos anteriores relacionados aos novos.
b) O conhecimento novo se constrói a partir do anterior/prévio/antigo
(seja para ampliar ou negar, superando).
c) O conhecimento conceitual (em particular o científico e o filosófico) é construído
a partir da linguagem verbal.
d) O conhecimento é estabelecido no sujeito por sua ação sobre o objeto.
e) Esta ação pode ser, em termos predominantes, motora, perceptiva ou reflexiva.
f) Dois sujeitos podem estar fazendo a mesma atividade, mas com graus de
interação com o objeto de estudo bastante diferente.
g) O processo de construção do conhecimento no sujeito passa por “momentos”:
Cínclise (mobilização para o conhecimento), Análise (construção do conhecimento) e
Síntese (elaboração e expressão da síntese do conhecimento).
h) O conhecimento não se dá de uma vez (não é linear), mas por aproximações
sucessivas (sínteses em níveis cada vez mais elevados).
i) Para poder captar as relações de constituição do objeto, o sujeito precisa analisá-
lo, o que significa dizer que deve “decompô-lo” em suas partes constituintes. No processo
de análise, o sujeito precisa ir além da aparência.
j) Diante de situações problemas, o sujeito elabora hipóteses explicativas.
Os pólos sujeito-objeto, homem-mundo, professor-aluno, encontram- se integrados,
inter-relacionados, sem que se busque enfatizar um dos lados, já que ambos têm
importância no processo.
Além disso, o ato de conhecer é dinâmico, já que o ser humano passa por estágios
progressivos de auto – organização nos quais as estruturas formadas se sucedem,
alternando mobilidade e estabilidade.
O que propomos é promover a socialização do saber por meio da apropriação do
conhecimento produzido histórica e socialmente, ou seja, pelo trabalho educativo produz-
se intencionalmente nos alunos o que a sociedade produziu coletivamente no decorrer do
tempo, a sua herança cultural: a ciência, as artes, a filosofia, as técnicas etc.
Valorizamos a educação formal, pois, é o domínio dos conteúdos, a formação de
habilidades, hábitos e convicções – proporcionados pela escola – que permitirá o acesso
do indivíduo á participação social enquanto um cidadão consciente, eficiente, responsável
e autônomo.
A escola necessária para fazer frente a realidade em que estamos vivendo é a que
provê formação cultural e científica, que possibilita o contato dos alunos com a cultura,
àquela cultura provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética, pela ética.
Especialmente, uma escola de qualidade é aquela que inclui, é uma escola contra a
exclusão econômica, política, cultural e pedagógica.
Para essa escola ser concebida como espaço de construção da democracia social e
política, precisa ter o pleno desenvolvimento de capacidades cognitivas e operativas dos
alunos, tais como: processos mentais, estratégias de aprendizagens, habilidades
do pensar, pensamento crítico por meio dos conteúdos escolares.
Ao desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a imaginação, assegura a ligação
entre os aspectos cognitivos, sociais e afetivos, da formação do educando. Isso implica
lidar com os sentimentos, respeitar as individualidades, compreender o mundo cultural
dos alunos e ajudá-los a se construírem como sujeitos, aumentando assim sua auto-
estima, autoconfiança e o respeito consigo mesmos.
A escola dos dias atuais precisa atender as demandas produtivas e de empregos,
promover a inserção competente e crítica no mundo do trabalho, incluindo a preparação
para o mundo tecnológico e da comunicação, para as complexas condições do exercício
profissional no mercado de trabalho. A escola precisa tornar o cidadão capaz de interferir
criticamente na realidade e não apenas integrar-lo ao mercado do trabalho.
O processo Ensino/Aprendizagem está fundamentado na relação de interação
professor/aluno, onde o docente posiciona-se como mediador entre o conhecimento do
senso comum e o conhecimento cientifico, em um processo contínuo na construção do
conhecimento.
Nosso estabelecimento entende que um ensino de qualidade é aquele capaz de
formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas
para que se integrem no mercado de trabalho.
Tirar o cidadão da escuridão do analfabetismo, com práticas pedagógicas voltadas
ao estímulo para o conhecimento sistematizado, respeitando sempre a história individual
e social do educando.
Queremos conscientizar nossos alunos sobre a importância de dar continuidade
aos seus estudos e, com isso adquirirem uma qualidade de vida melhor e com mais
expectativas quanto ao futuro.
Para nós Gestão Democrática, deve ser entendida como fenômeno educativo,
que se firma como exercício participativo do processo decisório escolar, efetivando uma
prática de democratização i nstitucional, buscando estratégias viáveis à concretização dos
objetivos da comunidade escolar, passa a ter um natural efeito pedagógico sobre cada um
dos integrantes da comunidade escolar.
Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir
coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,
percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades e
necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto.
A escola que valoriza a prática da gestão democrática, com competência técnica,
política e social supera as dificuldades do acesso, permanência dos educandos, bem
como, promove aos educadores o incentivo e estímulo à formação continuada, refletindo
assim o sucesso e qualidade no ensino e aprendizagem.
Com o comprometimento da escola pública e a sociedade que se quer construir –
solidária e inclusiva – tanto o conteúdo quanto a metodologia de trabalho precisam
ser projetados, viabilizados e praticados. Para isto, faz-se necessário a reestruturação
curricular incluindo, portanto, o fazer e o pensar cotidiano sobre os conteúdos trabalhados
e sobre as atividades escolares.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com
as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. A avaliação deve dar
condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento
das situações de aprendizagem. A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao
Estabelecimento de Ensino promover a reformulação do Currículo com adequação dos
conteúdos e métodos de ensino. A avaliação deve possibilitar novas alternativas
para o planejamento do Estabelecimento de Ensino e do Sistema de Ensino como um
todo.
Os critérios de avaliação, de responsabilidade dos Estabelecimentos de Ensino,
devem constar do Regimento Escolar obedecido à legislação existente. A avaliação do
aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes
situações de aprendizagem. Utilizar técnicas e instrumentos diversificados.
É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade
de aferição.
A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação
com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos
alunos entre si.
Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos
qualitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade e a
multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e a elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação deverá obedecer a ordenação e a seqüência do ensino e da
aprendizagem, bem como a orientação do Currículo.
Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante o período letivo,
expressões em notas de 0,0 à 10,0 (zero vírgula zero a dez vírgula zero), por disciplina e
por conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, num processo contínuo cujo o
resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.
Os resultados obtidos durante o período letivo preponderarão sobre os da prova final.
Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do processo de avaliação da
série, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.
O órgão será composto, obrigatoriamente pelos Professores, pelo Diretor e
Professor Pedagogo.
A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser
assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação. A avaliação do Ensino de
Educação Física e Arte será voltada ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno.
O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação
mediante recuperação de estudos paralelos, proporcionados pelo estabelecimento. A
proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da
disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,
permanente e cumulativa.
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
Este Estabelecimento de Ensino proporciona recuperação de estudos paralela,
preferencialmente concomitante ao período letivo., assegurando as condições
pedagógicas definidas no Artigo 1o da Deliberação no 007/99 – CEE. A recuperação de
estudos constituindo um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar
às dificuldades dos alunos.
É a preocupação da escola pública com o atendimento à diversidade cultural
existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente para a
inclusão de todos os sujeitos. Entretanto, para que isso se efetive e ocorra a
universalização do ensino, é imprescindível assegurar o acesso, a permanência e a
aprendizagem de todos os alunos.
São experiências socializadoras, motivadas e que possibilitam o crescimento
pessoal. O educando deve estar em busca de informação e aplicação daquilo que
aprende em seu dia-a-dia, procurando ser leitor da realidade em que está inserido.
Ao construir o PPP, devemos realmente nos preocupar com a descrição da
realidade total da escola, sem ser um mero cumprimento de normas burocráticas, todos
são atores principais desta construção, podendo contribuir efetivamente para as
mudanças que almejamos no interior da escola, registrando as ações voltadas para a
melhoria na qualidade do processo ensino/aprendizagem. Quando há entrosamento entre
todos interessados nesta mudança, o trabalho pedagógico gradativamente aparece, pois
se cada um trabalhar separado, nada pode mudar no âmbito escolar.
O PPP é constituído com a finalidade de compreensão e formação humana,
qualificando e disponibilizando recursos humanos e tecnológicos para auxiliar no
desenvolvimento e formação completa do indivíduo.
MARCO OPERACIONAL
A escola deve ser lugar de apropriação crítica, criativa e sistematizada, lugar de
questionamento do saber instituído e de produção criativa de conhecimentos novos,
vinculados às necessidades populares.
Portanto, temos como meta desenvolver um trabalho através do diálogo, um
trabalho coletivo, onde juntos, os educadores, desenvolverão suas práticas tendo como
partida, os mesmos objetivos, trabalhando em prol dos educandos (uma formação
construtiva) e pela escola.
O convívio escolar pretendido depende do estabelecimento de regras e normas
de funcionamento e de comportamento, para tanto, é elaborado no começo de cada ano
um contrato, entre alunos e professores que deverão ser seguidos durante todo o ano,
onde são expostos todos os deveres e direitos de todos. A comunicação clara dessas
normas possibilita a compreensão pelos alunos das atitudes de disciplina demonstradas
pelos professores dentro e fora da classe.
Queremos ressaltar que, a melhoria da qualidade de ensino pode ser
conseguida com mais eficácia se for fruto de ações conjuntas e bem coordenadas pela
equipe técnico-pedagógica, sobretudo pelo diretor, como líder do processo corporativo. A
escola, sem perder sua vinculação ao sistema, é que toma decisões sobre a melhor
maneira de ser dirigida.
PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR GESTÃO 2009-2011
OBJETIVOS GERAIS
Uma gestão democrática não se constrói sozinho, mas com a colaboração e
participação de uma comunidade, num trabalho pautado em objetivos e estratégias ações
bem definidas. O compromisso e a competência de implantação de um modelo de
instituição na qual as classes populares possam ter direito ao acesso e à permanência
numa escola pública, gratuita e de qualidade firmamos algumas metas de ação.
AÇÕES
- Promover ajustes no Projeto Político Pedagógico, adequando-o à nova realidade da
escola.
- Analisar e adotar medidas preventivas para a diminuição da reprovação e a
reclassificação para a diminuição idade/série.
- Fortalecer as ações de recuperação paralela.
- Favorecer a realização de aulas de campo.
- Promover a realização de eventos científico, culturais e desportivos.
- Viabilizar o acesso de pessoas portadoras de necessidade especiais a todos os
ambientes acadêmicos e administrativos.
- Manter e orientar o acesso de todo a biblioteca virtual.
- Incentivar a participação dos educadores e educando no “Fera com Ciência”.
- Valorizar a capacitação dos docentes e funcionários.
- Apoiar a participação dos estudantes e servidores em eventos esportivos (gincanas e
jogos escolares).
- Intensificar a participação da APMF.
- Ofertar a alimentação escolar com higiene e qualidade a todos os estudantes.
- Promover reuniões Pedagógicas.
- Promover reuniões pedagógicas (Direção, equipe pedagógica, professores) sempre
que for necessário para discutir e buscar soluções dos problemas dos alunos.
- Divulgar e valorizar o programa Atividade de Complementar – contra turno.
O diretor é o representante do Poder Público na unidade escolar para articular
as políticas educacionais macros com a proposta pedagógica da escola. A ele compete:
- Implementar, com a equipe escolar, as políticas educacionais e fornecer, com precisão e
correção, retro informações à Secretaria da Educação e a outros órgãos centrais e
regionais;
- Atuar técnica e politicamente para que a escola possa cumprir sua missão institucional a
partir do conhecimento de sua realidade local;
- Induzir às inovações necessárias, com base na legislação e em objetivos e metas,
estabelecidos pela política educacional, pela experiência profissional e por conhecimentos
gerais e específicos atualizados.
A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação
e implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas
emanadas do mantenedor. Sendo o Pedagogo um profissional qualificado para atuar em
vários campos educativos para atender demandas sócio-educativas de tipo formal e, não-
formal e informal, decorrentes de novas realidades – novas tecnologias, novos atores
sociais, ampliação das formas de lazer, mudanças nos ritmos de vida, presença dos
meios de comunicação e informação, mudanças profissionais, desenvolvimento
sustentado, preservação ambiental – não apenas na gestão, supervisão e coordenação
pedagógica das escolas, como também na pesquisa, na administração dos sistemas de
ensino, no planejamento educacional, na definição de políticas públicas educacionais, nos
movimentos sociais, nas empresas, nas várias instâncias de educação de adultos, nos
serviços de psicopedagogia e orientação educacional, nos programas sociais, nos
serviços para a terceira idade, nos serviços de lazer e animação cultural.
O trabalho do professor abrange funções pedagógicas, sociais e políticas além
da transmissão do conhecimento aos alunos. Para representar as funções do professor,
escolhemos a proposta apresentada por Nóvoa (1996) que é configurada como relação
triangular:
professor
conhecimento aluno
Assim, a dinâmica da aula é centrada na relação permanente entre o professor,
os alunos e o conhecimento. A prática didática está na possibilidade de o professor
realizar a“ensinagem”, como propõe Anastasciou (1998), um processo em que o professor
ao realizar o ensino produz com os alunos, a aprendizagem.
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte o funcionamento de
todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os
mesmos cumpram suas reais funções, sendo composta por secretário e serviços gerais.
A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do estabelecimento.
Os Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino.
RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS
As relações entre os aspectos pedagógicos e administrativos devem se fazer
presentes no interior das escolas, é o que procuramos desenvolver em nosso dia a dia na
escola. No entanto, é preciso fazer com que a direção seja confiada a profissionais
qualificados, portadores de formação específica, sobretudo em matéria de gestão.
É fator primeiro que a equipe pedagógica deve estar mais intimamente associada
às tomadas de decisões relacionadas com a educação. E é evidente que melhorar a
qualidade dos professores, do processo pedagógico e dos conteúdos de ensino não deixa
de levantar diversos problemas cuja solução não é fácil.
É preciso dar-lhes os instrumentos de que necessitam para poderem
desempenhar melhor as suas várias funções. Em contrapartida, os alunos e a sociedade
no seu conjunto têm o direito de esperar deles que cumpram a sua missão com
compromisso e com um profundo sentido de suas responsabilidades.
O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
• Conselho Escolar
O Conselho Escolar desempenha um papel importante em assegurar que toda
a comunidade seja envolvida em todas as decisões importantes tomadas pela escola.
A atuação e representação de qualquer dos integrantes do CONSELHO
ESCOLAR visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades da Educação
Pública, para assegurar o cumprimento da função da ESCOLA que é ensinar.
É importante ressaltar que o Conselho deste estabelecimento, procura atender
a todas as solicitações da escola, seus membros se fazem presentes nas reuniões e
procuram ajudar a escola como podem.
• Conselho de Classe
Um dia por bimestre é destinado a encontros para avaliar as estratégias de
melhoria de resultados, de acordo com as necessidades educacionais individuais e
coletivas de alunos e entrega de boletins e reunião com os pais.
Verificamos que a ação de educar tem se tornado bastante complexa quando
o objetivo é a transformação, pois o processo educativo está calcado na transmissão
de conteúdos, aferição do grau de aquisição dos conteúdos dados através de provas,
testes e outros instrumentos de avaliação.
O Conselho será um instrumento de transformação da cultura escolar sobre
avaliação e, consequentemente, da prática da avaliação em sala de aula. Enquanto
espaço de avaliação o Conselho servirá para a busca de alternativas e além disso,
ajudará para que:
. O grupo se conheça como grupo;
- Avalie sua ação como grupo que interage com os alunos;
- Descubra meios, mais eficientes e eficazes para que os alunos cresçam como
pessoas e como estudantes, pessoal e coletivamente.
- Para que os professores busquem novas metodologias.
Para tanto o Conselho de Classe deste estabelecimento, começa com a auto
avaliação do professor, sobre seu trabalho Pedagógico, pois é de fundamental
importância que seja desenvolvido o hábito da autocrítica, pois necessitamos:
- Da tomada de consciência de nossa própria ação e o sentido que ela tem no
contexto pedagógico:
- Ajuda a quebrar um poder discricionário herdado culturalmente pelos
professores;
- Ajuda a criar a consciência da força da ação coletiva pela revelação da
fragilidade da ação individual;
- Ajuda a tornar o professor mais humilde, aberto às mudanças e possibilita uma
interação mais sincera franca e amorosa com os alunos, pois a partir da compreensão
de suas próprias limitações e compreende melhor as limitações dos alunos e se relativiza
o rigor de julgamento.
A auto avaliação do professor no Conselho mostra:
- Como colocou em prática as linhas de ação comuns propostas no bimestre
anterior etc;
- Em que avançou, que dificuldades teve;
- Que inovações na metodologia ou avaliação conseguiu pôr em prática;
- A que causas atribui o sucesso ou a falha nas tentativas que fez.
Logo após a auto avaliação do professor, é analisada a turma em geral, sendo
definida as estratégias para uma ação pedagógica eficaz, através das seguintes ações:
- Registrar os problemas encontrados;
- Colocar por escrito no quadro os objetivos do trabalho no início de cada
bimestre, etc;
- Ao pedir trabalho e pesquisa aos alunos apresentar um roteiro por escrito das
etapas que devem ser cumpridas;
- Reorganizar os grupos de trabalho para aumentar a interação e criação de
novas amizades da turma;
- Estabelecer em conjunto normas de convivência ou regras de disciplina;
- Refletir sistematicamente com os alunos sobre atitudes que tem prejudicado a
turma;
- Dialogar sempre;
- Incentivar e valorizar o progresso que os alunos apresentam;
- Fazer valer as decisões tomadas em conjunto com a turma (Normas de
convivência, datas de entrega de trabalhos e pesquisas etc);
- Ajudá-lo a refletir sobre os limites que devem Ter em suas atitudes em sala.
Logo após a análise das turmas, o Conselho se detém na análise dos casos
mais significativos de cada turma. Não se trata de verificar notas ou conceitos que os
alunos obtiveram. Mas de tentar ver o aluno como um todo, vendo além de
notas/conceitos.
Não se trata de só analisar o aluno nos vários aspectos de sua realidade como
pessoa e estudante, passar a mão na cabeça ou ter pena por seus problemas. Trata-se
de ter uma visão de conjunto sobre cada caso, para se tomar atitude que sejam
adequadas para cada situação (Para uma paciência outro limite, para uns há que ter mais
tolerância, outros mais firmeza; mas todos devem ser tratados com afetividade. Sem
afetividade, pode haver ensino de conteúdos, mas não há educação).
E não se pode ter uma atitude comum a todos. Pois cada um tem sua
individualidade e não se trata a todos da mesma forma, procuramos tratar cada aluno
como se ele fosse único, pois assim, ele se sente especial, e com certeza irá retribuir a
atenção, com compromisso e prazer em suas atividades.
• Associação de Pais e Mestres (APMF)
A A.P.M.F, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos
pais e professores do Estabelecimento e não tem caráter político, religioso, racial e
nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.
A A.P.M.F. tem por objetivo geral colaborar na assistência ao educando, no
aprimoramento do ensino e na integração família-escola-comunidade, mediante ação
integrada ao Conselho Escolar.
É importante destacar que a APMF deste estabelecimento, tem membros
atuantes, que não medem esforços em ajudar a escola, estão sempre presentes
procurando ajudar dentro de seus limites.
CRITÉRIOS PARA REALIZAÇÃO a) Elaboração do Calendário Escolar
A escola obedece instruções da Secretaria de Estado da Educação
Superintendência de Educação para elaboração do calendário escolar para a rede Pública
Estadual de Educação Básica com o propósito de assegurar à oferta da Educação Básica
com qualidade considerando.
- A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional no9394/96, de 20/12/96 (LDB/96) e o artigo 56 da Lei Complementar nº 07, de 23/12/76; - Estatuto do Magistério do Paraná.
- A política de autonomia escolar adotada pelo Governo do Paraná, que garante ao
estabelecimento de ensino a elaboração de calendário próprio para atender às
necessidades da comunidade onde a escola está inserida, desde que cumpridas as
exigências da legislação educacional em vigor;
b) Horários letivos e não letivos, 800 horas distribuídas por um mínimo de 200 dias de
efetivo trabalho escolar, entendendo por efetivo escolar todas as atividades pedagógicas
programadas pela Escola, cuja participação dos alunos seja obrigatória. No Calendário
escolar constam: a data fixa do início e término das aulas, dias para encontro pedagógico,
antes do inicio das aulas, dias para encontros pedagógicos bimestrais, feriados oficiais
(nacionais e municipais) e capacitações.
c) Férias escolares e período de recesso De acordo com o Art. 56 da Lei Complementar no07, de 23/12/76, o período de
férias dos professores está fixado em 60 dias por ano, sendo 30 dias consecutivos e 30
alternados. Na contagem do período de férias são considerados todos os sábados,
domingos e feriados existentes no período compreendidos entre o 1o dia de afastamento
e o dia de retorno ao trabalho.
d) Feriados nacionais e municipais. Serão obedecidos os feriados oficiais nacional e municipal, o Estabelecimento
Estadual deverá considerar também a possível ocorrência de fatos ou incidentes que
possam vir a impedir a realização das aulas. Assim sendo, como margem de segurança,
convém estabelecer no calendário 3 (três) a 4 (quatro) dias a mais do que o mínimo de
200 dias letivos exigidos por lei.
d) Planejamento. Dois dias antes do inicio das aulas, deverão ser destinados a encontros para
ano letivo de acordo com o Art. 12 e 13 da LDB/96.
e) Capacitação de professores e funcionários Os professores e funcionários seguem o Programa de Capacitação do
Estado do Paraná, que dispõem de simpósios, grupos de estudos, formação específica
para cada área, Semana Pedagógica, NRE Itinerante, Grupos de Estudos, GTR, Pró-
funcionário, além de buscarem por conta própria Congressos, e vários outros eventos,
que lhes proporcionará um melhor aperfeiçoamento profissional, é claro, tendo dentro dos
limites permitidos por lei, todo o apoio da direção.
Sabendo da importância da formação de um profissional da educação a escola
deve estimulá-lo a aprender o tempo todo, a pesquisar, a investir na própria formação,
utilizando a inteligência, a criatividade, a sensibilidade e a capacidade de interagir com
outras pessoas – alunos, colegas, comunidade – de que dispõe. Nessa perspectiva, a
Escola Estadual Carlos Augusto Miranda Nichols procura oportunizar e apoiar os
professores e funcionários interessados na participação de Congressos, Simpósios,
Palestras, Grupos de estudos, GTR e etc.
f) Organização da Hora-Atividade A Hora-Atividade é o momento em que o professor dispõe para realizar algumas
atividades dentro da escola, atividades estas, que dizem respeito à sua disciplina, pois
corresponde a 20% de sua carga-horária. É organizada por área, conforme cronograma
sugerido pelo NRE; sendo que são poucos os professores e trabalham em outros colégios
da cidade não foi possível contemplar todos nos respectivos dias. A equipe pedagógica
procura atender os professores na Hora-Atividade quando solicitada ou quando se faz
necessário o repasse de informações, ou na elaboração de algumas ações da escola,
pois na maioria das vezes os professores corrigem ou elaboram avaliações, atividades
e/ou exercícios diferentes para suas aulas.
O acompanhamento da hora-atividade é feita através de uma ficha-relatório,
que é entregue no começo de cada mês aos professores, para que fique claro, quais
atividades o professor desempenhou em sua hora-atividade.
O ENSINO FUNDAMENTAL O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos obrigatório e gratuito
na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema, político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
A Escola enquanto espaço educativo, é por essência lugar social a
comunicação humana e reciprocidade e reversibilidade. A construção do Projeto
Pedagógico se faz, vivenciando isso, pelo diálogo, pelo falar das aspirações e práticas
relativas ao ensino aprendizagem e ao fazer pedagógico global.
A discussão é a estratégia básica para a publicação daquilo que os professores
e alunos fazem na escola, do que pensam, sabem e experimentam de seus valores
devida e convivência.
A teoria não é por si só a solução para práticas novas logo, não basta, se
tomada em si mesma, e não se pode trocar de uma para outra, aleatoriamente. Ela está
no âmago de qualquer prática. Devem as teorias iluminar e conduzir as práticas e nelas
devem encontrar explicações e fundamentação. Daí, a necessidade da atitude de
constante reflexão e teorização das práticas escolares por seus atores.
O importante não é chegar a um plano acabado, mas é o planejar de
organização e articulação dos professores e alunos para as atividades de ensino
aprendizagem é um instrumento estratégico básico uma condição intrínseca ao projeto
pedagógico. É preciso dar muita atenção a forma de como conduzi-lo. O procedimento
essencial é a participação de todos os envolvidos no e como o trabalho escolar, em
igualdade, na condição de parceiros interagindo desde a decisão, passando pela
operacionalização até a avaliação do que se propõe, realiza e aprende.
A pedagogia presente nas salas de aulas precisam ser conhecidas e
articuladas. E assim tomadas, são definidoras dos eixos básicos da pedagogia da escola
seu Projeto Pedagógico.
Para entender o que é educação, o papel da escola e seu projeto deve-se fazer
o questionamento cooperativo acerca do entendimento do que seja conhecimento,
sociedade, ciência, aprendizagem, currículo, qualidade de ensino e competência.
O redimensionamento dos espaços-tempos da escola (Séries, carga horária,
ano letivo, disposição de horário e das disciplinas no todo do currículo) deve ocupar a
discussão permanente e recorrente dos educadores para que os processos organizativos-
operativos escolares sejam democratizados, abertos e criativos. É preciso desconfiar de
que o modelo de escola que se tem pode não ser o suficiente para a tarefa educativa que
se precisa realizar. Pensar a função e identidade de cada série ou grupo delas, conceituar
currículo de 1o grau são tarefas de construção do Projeto Pedagógico.
Como organizam- se os professores na dimensão curricular
daescolaridade que a escola põe a disposição dos alunos que a ela ocorrem? Quais as
possibilidades efetivas que os alunos tem de perceber a proposta global da escola, pois
dela participam, de modo a situar-se em cada etapa de sua aprendizagem, vizualizando a
em continuidade? E os Pais como interlocutores, que possibilidades lhe são postas para o
entendimento e acompanhamento participativo do e no que fazer escolar que orienta e
conduz a educação dos seus filhos?
Enfim, os pressupostos e instrumentais teóricos- metodológico de como
construir o Projeto Pedagógico da escola geram-se no coletivo escolar pelo processo de
discussão, que cada escola é capaz de implementar no seu ritmo e tempos próprios e na
dimensão das vontades dos coletivos nela atuantes. Construir um Projeto Pedagógico de
escola, é mantê-la em constante estado de reflexão e elaboração numa esclarecida
recorrência as questões relevantes do interesse comum e historicamente requeridas.
Não existe, na construção do Projeto Pedagógico, um ponto ótimo (final) senão
pontos de partida sempre renovados, ritualizados e ampliados em sintonia com o mundo
vivido numa incessante busca de significados novos para viver .
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO FUNDAMENTAL – LEI Nº 9394/96 ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL CARLOS AUGUSTO MIRANDA NICHOLS ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ LOCALIDADE: SANTA MARIANA NRE: CORNÉLIO PROCÓPIO ANO DE IMPLANTAÇÃO: TURNO: MATUTINO
DISCIPLINAS/ANOS ANOS
6º 7º 8º 9º CIÊNCIAS 3 3 3 4 ARTES 2 2 2 2 EDUCAÇÃO FISICA 3 3 3 2
*ENSINO RELIGIOSO 1 1 - - GEOGRAFIA 3 3 3 4 HISTÓRIA 3 3 3 4 PORTUGUÊS 4 4 4 4 MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUBTOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
2 2 2 2
SUBTOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 25
* NOTA FACULTATIVA PARA O ALUNO SERVIÇOS DE APOIO SALA DE RECURSOS
Aos alunos regularmente matriculados da 6º a 9º ano, egressos da Educação
Especial, ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com
atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência
mental e que necessita de apoio especializado para obter sucesso no
processo de aprendizagem na classe comum, é realizado o encaminhamento a sala de
Recursos, com serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o
atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental, de
acordo com a Instrução nº 05/04 da Secretaria de Estado da Educação.
A Sala de Recursos está organizada para atender no máximo 30 alunos em 20 horas
semanais, com atendimento por intermédio de cronograma, e sempre em período
contrário ao que o aluno está matriculado e freqüentando a classe comum. Nestas salas
os alunos têm atendimento individual ou em grupo de até no máximo dez alunos, sendo
organizados por faixa etária ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos
mesmos. Recebem acompanhamento de duas à quatro horas diárias por semana, porém,
nunca ultrapassando duas horas diárias.
A metodologia utilizada na Sala de Recursos parte dos interesses, necessidades e
dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno. Os conteúdos pedagógicos
defasados, das séries iniciais, são trabalhados sempre com estratégias diferenciadas,
pois a programação prevista engloba as áreas do desenvolvimento (cognitivo, motor,
sócio -afetivo-emocional) de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no
processo de aprendizagem, para atingir o currículo da classe comum.
Quanto ao acompanhamento pedagógico do aluno, os resultados são registrados em
relatório semestral elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a
equipe técnico pedagógica, e sempre que possível ou se fizer necessário, com o apoio
dos professores da classe comum.
O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.
SALA DE APOIO A APRENDIZAGEM
ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE APOIO
Para colaborar com o trabalho docente dos professores do 6º e 9º ano fim de
desenvolver o cognitivo dos alunos e desenvolver o cognitivo dos alunos e colocá-los em
uma situação de igualdade com o nível em que os demais se encontram e seguindo a
LDB nº 9,394/96 que diz que “ o direito à aprendizagem seja garantido ao aluno” foi criada
a Sala de Apoio a Aprendizagem para as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática
amparada pela Resolução nº 371/2008 e Instrução nº 022/2008, a escola, em todo início
de ano, aplica aos alunos do 6º e 9º ano avaliação diagnóstica elaborada pelos docentes
das áreas com a finalidade de identificar os alunos que apresentam defasagem de
aprendizagem. Após a aplicação e seleção, são formadas as turmas que não ultrapassam
15 alunos em cada.
Dentro deste ambiente o professor procura desenvolver atividades que visem sanar as
dificuldades diagnosticadas durante a seleção dos alunos. As atividades da sala de apoio
são, pelo número menor de alunos, diferenciadas das aplicadas pelo professor regente.
São trabalhados jogos, resolução de problemas envolvendo as quatro operações
fundamentais e geometria, leituras, oralidade, produções de texto, refacções e
reestruturações de texto.
De acordo com o progresso cognitivo do aluno e, em consenso entre a equipe
pedagógica, professor regente e professor de sala de apoio, este é dispensado deste
ambiente de aprendizagem (sala de apoio) e substituída por outra
criança cujas dificuldades foram diagnosticadas posteriormente à avaliação do inicio do
ano.
Neste estabelecimento de ensino, os materiais produzidos pelos professores são
reproduzidos, contando sempre com a colaboração da escola que sempre colaborou para
que esse projeto se desenvolvesse e obtivesse êxito em sua realização.
Todas as decisões, sejam de seleção, dispensa ou acompanhamento, são tomadas em
conjunto entre professores regentes, da sala de apoio e equipe pedagógica e família do
aluno. No caso dos pais a comunicação é feita através de carta ou telefonema.
No início do trabalho com a sala de apoio é realizada uma reunião da qual
participam direção, equipe pedagógica e professores da sala de apoio. Esta tem a
finalidade de conscientizar os pais da importância e participação deste apoio para a vida
escolar de seus filhos. Entendemos que esse apoio é de suma importância para a
educação, pois garante ao aluno com defasagem de aprendizagem o direito de superá-
las.
LÍNGUA PORTUGUESA
Conteúdos
a) Leitura:
Conteúdo temático;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Intertextualidade;
Elementos composicionais do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação;
b) escrita:
Produção de textos utilizando adequadamente a criatividade, ortografia, coerência,
coesão, pontuação e concordâncias presentes na Língua Portuguesa, podendo, com
ajuda ou não, ser capaz de rever e reestruturar seus textos.
c) Oralidade:
Informatividade;
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Adequação da fala ao contexto (uso de conetivos, gírias, repetições...)
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Abordagem Metodológica
a) Leitura:
Leitura compreensiva de gêneros discursivos variados que estejam em materiais de
apoio tais como: livros didático da sala de apoio ou paradidáticos, textos em forma de
xerox ou mimiografados de maneira individual ou coletiva;
Conversas, análises coletivas e debates sobre o(s) tema(s) estudados para que o aluno
posicione-se argumentativamente e socialize suas idéias;
Observação da escrita das palavras presentes no texto;
Observação de verbetes encontrados no texto e busca por suas significações em
dicionários;
Observação dos sinais de pontuação presentes no texto bem como sua utilização;
b) escrita:
Produção de textos individualmente e/ou coletivamente;
Utilização de textos dados ou produzidos pelos alunos para que, a partir deles, sejam
trabalhadas as questões ortográficas presentes e vigentes em nossa língua bem como a
pontuação;
Depois de produzidos os diferentes textos, os alunos deverão lê-los e revisálos
(sozinhos ou com o apoio da professora) REFACÇÃO e ou REESCRITA e, caso seja
necessário, sejam refeitos para a norma padrão;
Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos;
Utilização de materiais/jogos/brincadeiras de apoio para colaborar com o
desenvolvimento/aperfeiçoamento da ortografia. Dentre eles: CAÇAPALAVRAS,
CRUZADINHAS (encontradas em materiais de apoio e na
Revista Coquetel Infantil), JOGOS DE LEITURA E ESCRITA, BINGO DE PALAVRAS,
BRINCADEIRA DA FORCA...
Utilização de exercícios (além das produções textuais) para treino do emprego dos
sinais de pontuação;
Pesquisar, observando na fala das pessoas, a maneira como se expressam, a fim de
encontrarem problemas referentes ao domínio da norma culta;
Observação de verbetes de palavras encontradas nos variados textos e busca por suas
significações em dicionários;
Utilização do LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA para produção dos textos, refacções,
leitura de charges, histórias em quadrinhos e demais tipos de textos. Realização de caça-
palavras, cruzadinhas e exercícios de pontuação
virtual...
c) Oralidade:
Debates/discussões a respeito das tipologias textuais lidas ou estudadas;
Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Preparação de apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
Estimulação de contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos como entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas e outros;
Avaliação
Na Sala de Apoio à aprendizagem a avaliação é utilizada para diagnosticar
com a finalidade de aperfeiçoar o trabalho docente e melhorar gradativamente o
desempenho escolar do discente fazendo-o crescer/desenvolver cognitivamente.
Para isto é necessário que o aluno:
a) Leitura:
Leia o texto, solitariamente, buscando sua própria compreensão;
Realize leitura coletiva a fim de melhorar a entonação e capacidade de concentração;
Transforme o texto em imagem mental;
Interaja com o texto refletindo sobre este;
Perceba diferenças entre os diversos entre os diversos gêneros de textos;
Confronte tipologias textuais em vários aspectos (temas, linguagens, estrutura...)
Possa inferir informações e dados relativos ao contexto;
Identifique as informações básicas do texto;
Confronte as informações do texto com dados da realidade;
Reconheça o significado de palavras e expressões nos textos;
Expresse opiniões e argumentações, defendendo ideias com clareza e objetividade;
Utilize textos e atividades tendo como finalidade relembrar e aperfeiçoar os sinais de
pontuação além da ortografia da nossa norma culta.
b) escrita:
Expresse suas idéias com clareza;
Elabore textos atendendo às situações de produção propostas, à continuidade temática,
à utilização adequada da ortografia e concordâncias;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função dos artigos,
substantivos, verbos...
c) Oralidade:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção(formal/informal);
Apresente suas ideias com clareza;
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
Exponha objetivamente seus argumentos;
Organize a sequência da fala;
Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões,...
Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação
nas exposições orais, entre outros elementos linguísticos;
OBS: O Plano de Trabalho que aqui se apresenta não está dividido por bimestres, pois
entendemos que os conteúdos a serem trabalhados neste projeto estão presentes nas
situações de aprendizagem durante o ano todo, não sendo possível ou pertinente dividí-
los em bimestres.
MATEMÁTICA
Conteúdos
Sistema de Numeração Decimal Classificação e seriação numérica; decomposição dos
números naturais em suas diversas ordens;
Operações com números naturais adição e subtração de números naturais sem o uso
de algoritmos formais; estratégias de cálculo mental; multiplicação de números naturais
com um único dígito; construção da tabuada;
Resolução de problemas problemas que não envolvem números e operações, mas
apenas lógica; problemas envolvendo as quatro operações fundamentais; problemas orais
para o desenvolvimento da estimativa; problemas com mais de uma resposta correta;
problemas absurdos – que não podem ser resolvidos; problemas com dados que não
ajudam na solução do problema;
Multiplicação e divisão de números naturais por um único dígito através do cálculo
formal.
Objetivos
Compreensão da classificação e seriação numérica;
Reconhecimento e utilização do Sistema de Numeração Decimal;
Cálculo da adição e subtração por um único dígito sem a utilização dos algoritmos
formais;
Desenvolver estratégias de cálculo mental;
Desenvolver a estimativa através da resolução de problemas;
Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais através do
cálculo formal.
Abordagem Metodológica
Aula expositiva - Conforme o objetivo da atividade poderá haver explicação por parte da
professora sobre o que deve ser feito. Em outros casos, o aluno deverá tentar ler e
entender os enunciados dos exercícios;
Os jogos poderão ser: individuais com direcionamento da professora, em duplas ou em
grupo;
Atendimento individualizado aos alunos que demonstrarem maiores dificuldades;
Retomada das atividades que não puderem ser concluídas no dia;
Atividades diferenciadas para alunos que obtiverem maior êxito;
Intervenções orais: Na medida do possível a professora pretende indagar do
aluno que caminho utilizou para realizar a atividade, caso não possa entender o que ele
fez.
Recursos Didáticos
Problemas e exercícios propostos em folhas de papel sulfite evitando-se que o aluno
perca tempo copiando do quadro de giz;
Jogos com tabuleiro e dados, envolvendo adição de números naturais com um único
dígito a fim de estimular o cálculo mental (jogos de treinamento);
Blocos Lógicos jogos envolvendo classificação e seriação;
Material dourado para representar números e simular operações de multiplicação e
divisão para alunos que demonstram dificuldades;
Método das subtrações sucessivas-algoritmo da divisão por um único dígito.
Proposta de trabalho para o aluno
Realização das atividades propostas: escritas ou orais;
Participação de trabalhos em grupo;
Participação dos jogos;
Sempre concluir qualquer atividade proposta;
Tornar-se responsável por seu próprio aprendizado.
Critérios de avaliação
Autonomia em relação à sua própria aprendizagem;
Conclui suas atividades?
Como lida com seus erros? Abandona as atividades ou insiste para concluílas?
É capaz de testar se seus cálculos estão corretos? Fazer a prova real ,
demonstra utilizar pensamento reversível?
É cooperativo nos trabalhos em grupo interagindo com os colegas?
Os alunos serão avaliados através de observações feitas pela docente, posteriormente
transformados em parecer descritivo acerca do desenvolvimento de cada um. Serão
corrigidas individualmente todas as atividades realizadas pelos alunos que forem
registradas e posteriormente colocadas na pasta do aluno.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRISCULAR
A atividade complementar de contra turno é uma complementação curricular,
aprovado pela Resolução no. 3683/2008 que possibilitará aos educandos atividades
pedagógicas.
A relevância desta proposta implica em priorizar alunos do Ensino
Fundamental, que se encontram em situação de vulnerabilidade social. A relevância
pedagógica propiciará estímulos ao interesse dos educandos pela aprendizagem
ofertada, afastando-os dos riscos existentes no meio social em que estão inseridos, além
do prazer obtido nas atividades e no aprendizado que podera lhe ser útil na sua vida
pessoal.
PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR
MACROCAMPO Aprofundamento da Aprendizagem TURNO Vespertino
CONTEÚDOS - Discurso como prática social: - Textos que denotam ironia e humor – histórias em quadrinhos; - crônicas; - advinhas e anedotas.
OBJETIVOS - -Estimular os alunos do ensino fundamental, à prática da leitura. - Despertar a imaginação, a criatividade, a fantasia, a reflexão e a criticidade. -Oportunizar ao aluno uma participação mais ampla na vida social, garantindo condições de interferir, no meio em que está inserido, podendo, inclusive, transformar a realidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, o trabalho será voltado para o humor e o professor irá instigar e identificar a reflexão dos sentidos de palavras ou expressões figuradas que denotam ironia e humor, e com essas reflexões levar o aluno a perceber que o fato dos textos serem humorísticos trazem mensagens que são críticas.
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO: Espera-se minimizar o desinteresse e que possa contribuir, na formação de leitores competentes e autônomos com hábito e gosto de ler independentemente das obrigações escolares. PARA ESCOLA: Ajudar no desempenho das demais disciplinas. PARA COMUNIDADE: Colabore com a mudança de hábitos e atitudes na transformação de sua comunidade, e que muitas vezes tempo que a criança fica na rua colabora com a destruição de bens públicos e com a participação no programa a criança não fica com tempo ocioso e ao mesmo tempo pode colaborar com as mudanças.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Diretrizes Curriculares Nacionais - Livro Didático Público. - GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metologia do Ensino de Língua Portuguesa . - São Paulo: Saraiva, 2009. - ANTUNES, Irandé. Aula de Português encontro &interações. - São Paulo: Parábola Editorial, 2003. - REVERBEL, Olga Garcia. Jogos Teatrais na Escola. - São Paulo: Scipione, 2009.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 9 de janeiro de 2003 a
Lei 10.639 que altera as diretrizes e bases da educação (LDB) e torna obrigatório o
ensino da cultura afro-brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, públicas e
particulares. A intenção é que os alunos aprendam sobre "a História da África e dos
Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e onegro na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica, política pertinentes à História do Brasil".
Conhecimento e poder caminham juntos e são instrumentos
fundamentais para assegurar a cidadania. A escola representa um espaço privilegiado
que propicia condições para que estes elementos se entrelacem de forma harmoniosa.
Por esta razão deve ser constantemente revisitada a fim de que se torne cada vez mais
democrática na construção do seu currículo, na relação com os alunos e com o mundo
que a cerca.
Neste sentido, julgamos acertada e necessária a posição do governo de
dividir com a escola, a responsabilidade de providenciar meios para inserir a população
negra no projeto político da nação. Com esta medida, alunos e professores,
independentemente de cor, fenotipia e etnia terão a oportunidade de ampliar seus
conhecimentos, reavaliar seu processo de formação quanto à sua identidade étnico-
cultural e se reapropriarem da história de resistência do povo.
Dentro da realidade de nossa escola, além dos conteúdos trabalhados em
sala de aula como: História da África, dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra e suas contribuições nas áreas social, econômica e política. Os quilombos - Zumbi
dos Palmares - Abolição da Escravatura ( Lei Áurea ) - Os negros no Brasil - Religião
Africana - Tráfico de Escravos - Lei do Ventre Livre - lei dos Sexagenários - Mapa da
África - Colonização da África, pelos professores das diversas disciplinas,
principalmente, História, Geografia, Português, Educação Artística, Educação Física.
Dentro do Programa Viva Escola, são trabalhadas a história da cultura afro e os alunos
apresentam teatros e danças referentes a cultura, aproveitando o espaço no calendário
letivo para as apresentações no dia 20 de novembro - “Dia Nacional da Consciência
Negra”.
AGENDA 21 A ONU - Organização das Nações Unidas - através da sua Comissão Mundial
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criou o conceito de
Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de um modelo que preconiza satisfazer as
necessidades presentes sem comprometer os recursos necessários à satisfação das
gerações futuras, buscando atividades que funcionem em harmonia com a natureza e
promovendo, acima de tudo, a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade.
Um grande passo para nortear a prática de ações sob esse conceito foi a
elaboração e lançamento da Agenda 21 Global na Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, conhecida como ECO-92, realizadaem 1992,
no Rio de Janeiro.
A Agenda 21 é um programa de ações para o qual, contribuíram governos e
instituições da sociedade civil de 179 países, que constitui a mais ousada e abrangente
tentativa já realizada de promover em escala planetária um novo padrão de
desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência
econômica.
A Agenda 21 Brasileira tem como opção a criação de Agendas 21 Locais. A
proposta é que cada cidade faça sua Agenda 21 Local com a participação da sociedade
civil. Assim como cada país, cada cidade deve adequar sua Agenda à sua realidade e às
suas diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios
gerais:
- Participação e cidadania;
- Respeito às comunidades e diferenças culturais;
- Integração;
- Melhoria do padrão de vida das comunidades;
- Diminuição das desigualdades sociais;
- Mudança de mentalidades.
Os compromissos assumidos pelos representantes dos países que aprovaram
a Agenda 21 Global são muito claros e objetivos. Preservar as florestas e as nascentes,
buscar substitutos para o CFC e outras substâncias que destroem a camada de ozônio,
proibir a pesca destrutiva, buscar novas fontes de energia renováveis, reduzir o lixo
produzido e encontrar combustíveis alternativos são alguns dos compromissos que
devem ser traduzidos em ações, quando couber, na formulação de cada Agenda 21 Local.
Dentro de nossa realidade, uma comunidade rural, procuramos trabalhar
de maneira simples, começando pela sensibilização da comunidade a respeito da
importância da preservação do meio ambiente, através de palestras, exposição de filmes
a respeito do tema, mostra pedagógica, entrega de panfletos à comunidade, exposição de
cartazes pedindo a colaboração. Entendemos que devemos começar a sensibilização
partindo do nosso local, ou seja, de nossa casa, nossa escola, nosso distrito, nosso
estado e assim por diante. Percebemos que houve uma participação muito boa da
comunidade, mesmo que a princípio timidamente, mas depois, sentimos que a presença
foi aumentando, e algumas pequenas melhoras já foram observadas como: na hora do
recreio já não há tanto papel jogado no chão, as salas de aula estão mais organizadas e
limpas, a própria escola está mais preservada, tudo isso, com a ajuda de nossos alunos,
que apesar de humildes, esforçam-se para sempre melhorar.
EDUCAÇÃO FISCAL Num momento em que o país talvez esteja passando por períodos de
descrença e desrespeito para com o patrimônio público, à medida que parece que a
separação entre o bem comum e o bem privado deixa de existir ou pelo menos de ser
respeitada. Essa descrença talvez seja resultado de um processo de décadas de injustiça
social e de negação da identidade cidadã. Uma nação constituída por pessoas que
defendem e honram os seus direitos e deveres tem melhores condições de diminuir as
injustiças sociais, dentre elas as causadas pela corrupção, e aumentar o nível de
desenvolvimento e progresso.
O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite
informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que torna o
cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo com que o pagamento de
tributos seja entendido e visto como investimento para o bem comum. Com a informação,
o indivíduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização destes
investimentos sociais.
A Educação Fiscal tem por objetivo "Conscientizar a sociedade, através da
escola da função socioeconômica do tributo. Além disso, busca o despertar do cidadão
para acompanhar a aplicação dos recursos postos à disposição da Administração Pública,
tendo em vista o benefício de toda a população".
Procuramos inserir, dentro das disciplinas de Matemática, Português, História
e Geografia alguns temas que serão constantemente trabalhados, como:
• O cidadão e seus direitos: à educação, alimentação, moradia, transportes e saúde; • Os meios de financiar as necessidades da população; • A divisão de tarefas entre municípios, os estados e a União; • Os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições previdenciárias;
• Contribuir para exigir, Contribuinte e cidadão: titulares de direitos e deveres.
DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO O que pretendemos é um projeto e nos, alicerçamos em pressupostos
epistemológicos e metodológicos que serão periodicamente revistados.
Os conteúdos trabalhados assumam papel central, uma vez que é por meio deles
que os propósitos da escola se realizam. Dessa forma, a seleção, a organização e o
tratamento que será dado aos conteúdos é sempre precedido de grande discussão, pela
equipe escolar.
A organização dos conteúdos, tradicionalmente, tem sido marcado pele linearidade e
pela segmentação dos assuntos. No entanto, para que a aprendizagem possa ser
significativa é preciso que os conteúdos sejam analisados e abordados de modo a
formarem uma rede de significados. Se a premissa de que compreender é aprender o
significado, e de que para aprender, os significados de um objeto ou de um acontecimento
é preciso vê-lo em suas relações com outros objetos ou acontecimentos, possível dizer
que a idéia de conhecer assemelha-se à de tecer uma idéia tal fatos evidencia os limites
dos modelos lineares de organização curricular que se baseiam na concepção de
conhecimento como acumulo e indica a necessidade de romper essa linearidade.
A seleção de conteúdo embasados pelas DCES, deve levar em conta sua relevância
social e a sua contribuição Para o desenvolvimento intelectual do aluno. Esses dois
critérios podem guiar as escolhas que precisam ser feitas, em função das capacidades
que se pretende desenvolver e da ampla gama de assuntos possíveis de serem tratados
no âmbito de cada área de conhecimento.
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Art. 1 – A Avaliação será entendida como um dos aspectos de ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
§ 1o - A Avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem e adequação da
postura pedagógica
§ 2o - A Avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de
ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos
de ensino.
Art. 2 – A Avaliação é um processo integral, sistemático, gradual e contínuo
processual, que se inicia no estudo de uma situação e se estende através de todo o
processo educativo.
Parágrafo Único: Dispondo dessas informações é possível adotar procedimentos
para correções e melhorias no processo, planejando e redimensionando o trabalho
pedagógico.
Art. 3 – A Avaliação será realizada em função dos objetos expressos nos projetos
de ensino e/ou programação curricular do estabelecimento, de acordo com as Diretrizes
Pedagógicas emanadas pelo mantenedor.
Art. 4 – A Avaliação permitirá o diagnóstico de seus resultados e a conseqüente
reformulação dos conteúdos e do encaminhamento metodológico empregado, sendo
contínua, progressiva e cumulativa.
Art. 5 – A Avaliação terá como funções: I – auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os meios
de detectar as próprias capacidades e limitações.
II – fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se maior
importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal.
Art. 6 – A Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa: I – Diagnóstica: com o propósito de detectar a presença ou ausência de pré-
requisitos, assim como identificar possíveis causas de dificuldades na
aprendizagem, tendo em vista o avanço e o crescimento do educando e não a sua
estagnação disciplinadora, o que exige do educador uma postura pedagógica clara e
definida.
II – Formativa: realizada no processo: a) oportunizando a avaliação do educando como um ser único, individual,
respeitando suas potencialidades e características pessoais, fornecendo elementos
decisivos para prosseguimento dos conteúdos ou para a retomada de estudos dos
mesmos, evitando-se a comparação dos alunos entre si.
b) Avaliando seu desempenho em relação ao elenco de objetivos propostos para
serem atingidos num período determinado.
III – Somativa: caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que expressa a
totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo, porém, terminal do período
/ ano letivo, sendo esta somativa de conhecimentos adquiridos e de notas.
Art. 7 - A Avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o desempenho do
aluno em diferentes experiências de aprendizagem.
§ 1o - A Avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:
testes orais e escritos, trabalhos práticos, debates de experiências pessoais, participação
em trabalhos coletivos e / ou individuais, tarefas específicas, pesquisas, atividades
complementares em classe, extra-classe e domiciliares, argüições e demais modalidades
propostas pelo professor.
§ 2o - Compete ao professor elaborar, aplicar, corrigir e atribuir notas aos
testes, trabalhos e demais instrumentos de avaliação, referente aos conteúdos
básicos propostos nos projetos de ensino.
§ 3o - A aferição de valor às tarefas apresentadas pelo educando será realizada
ao final de cada período letivo (bimestre)
§ 4o - É vedada a avaliação em que o educando é submetido a uma só oportunidade de aferição. Art. 8 – O resultado da avaliação de aprendizagem é expresso através de notas
graduadas de 0 (zero) a 100 (cem).
Parágrafo Único: O rendimento mínimo exigido para a aprovação é a nota 60
(sessenta) por disciplina ou área de conhecimento.
Art. 9 – Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período letivo serão
registrados em documentação própria, a fim de serem assegurados a regularidade da
vida escolar do aluno.
Art. 10 – A nota dos períodos letivos será resultante da somatória dos valores
atribuídos a cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em vária aferições,
na seqüência e ordenação de conteúdos.
Art. 11 Os resultados das avaliações em cada disciplina, serão lançados
bimestralmente e a média anual (MA) será obtida da média aritmética de cada de cada
bimestre como se segue: 1ºb + 2ºb + 3ºb + 4ºb = MA
4 DA RECUPERAÇÃO PARALELA DE ESTUDOS Art. 12 - A Recuperação Paralela de Estudos, será ofertada
obrigatoriamente ao aluno de aproveitamento escolar insuficiente no decorrer do processo
ensino-aprendizagem, a saber, ao que se distancia em relação aos conteúdos
trabalhados.
Art. 13 – A Recuperação Paralela de Estudos será planejada, constituindo-se
num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos
alunos.
Art. 14 – A Recuperação Paralela de Estudos será oferecida a todos os alunos
com média inferior a 60 (sessenta).
Parágrafo Único: A Recuperação será realizada em todas as áreas do
conhecimento em que se fizer necessária.
Art. 15 – Será ofertado ao aluno as oportunidades possíveis pelo
estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não aprendidos.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS Art. 16 – Após o término das avaliações, será oferecido ao aluno com
aproveitamento inferior ao mínimo exigido, ou seja, média inferior a 60 (sessenta) a
Recuperação de Estudos.
Art. 17 – A convocação dos alunos para a Recuperação de Estudos será
realizada através de edital afixado em lugar próprio.
Art. 18 – Para a Recuperação de Estudos será oferecido uma relação de
conteúdos, elaborados pelos professores, aprovada pela Direção Escolar e pelo serviço
de Supervisão Pedagógica.
DA PROMOÇÃO Art. 20 – A Promoção resultará da combinação do resultado da avaliação do
aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de notas de 0 (zero) a 100 (cem), e
apuração da assiduidade.
I – Será considerado aprovado o aluno que apresentar: a – freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de dias letivos para o Ensino Fundamental, a carga horária do período letivo e Média Anual igual ou superior a 60 (sessenta), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas áreas do conhecimento / disciplinas, como segue: 1º bim. + 2ºbim. + 3º bim. + 4º bim. = M.F. 4 II – Será considerado reprovado o aluno que apresentar: a – freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo e média anual inferior a 60 (sessenta).
b – freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual.
Art. 21 – Encerrado o processo de avaliação, o Estabelecimento registrará na
documentação escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.
Parágrafo Único: O Estabelecimento adotará a seguinte síntese do Sistema de
Avaliação: SINTESE DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO
FREQÜÊNCIA AVALIAÇÃO SITUAÇÃO
= OU > 75% = OU > 6,0 APROVADO
= OU > 75% < 6,0 REPROVADO
< 75% QUALQUER REPROVADO
RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
LÍNGUA PORTUGUESA 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A língua portuguesa é definida como uma base nacional comum para todo o território
nacional de modo a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade
nacional de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental
(DCNEF, 1998).
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade. Ressaltando esse caráter social da linguagem, Bakhtin e os teóricos do
Círculo de Bakhtin formulam os conceitos de dialogismo e dos gêneros discursivos, cujo
conhecimento e repercussão suscitaram novos caminhos para o trabalho pedagógico com
a linguagem verbal, demandando uma nova abordagem para o ensino da língua.
Nessa perspectiva, toda reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades que
possibilitem aos alunos e professores, experiências reais de uso da íngua materna. Os
conceitos de texto e leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita: eles abrangem,
além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com as outras
linguagens (as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a televisão, o vídeo, o rádio,
a publicidade, os quadrinhos, as charges, os multimídias e todas as formas infográficas),
percebendo seu chão comum e suas especificidades (FARACO, 2002, p.101).
De acordo com Fávero e Koch (1988), a palavra texto pode ter a seguinte acepção:
Em um sentido mais amplo, a palavra texto designa toda e qualquer manifestação da
capacidade textual do ser humano, (quer se trate de um poema, quer de uma música,
uma pintura, um filme, uma escultura, etc.), isto é, qualquer manifestação comunicativa
lingüística.
Rojo frisa também que a capacidade de compreender e produzir textos não se
restringe ao trato oral ou escrito, mas à capacidade de colocar-se, em relação as diversas
modalidades de linguagem oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos,
infográficos– para delas, tirar sentido.
Assim, considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho
precisa pautar-se em situações reais de uso da fala, valorizando-se a produçãode
discursos nos quais os alunos se constituam como sujeito do processo interativo.
2- OBJETIVOS GERAIS - Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada
contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no discurso do
cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
- Praticar a leitura de textos diversificados, identificando suas idéias básicas e as idéias
que estão nas entrelinhas;
- Produzir textos coerentes, observando a ortografia, pontuação, parágrafos,
organização de idéias;
- Colocar o aluno em contato com ampla diversidade de estruturas gramaticais que lhe
possibilitem fazer análises e reflexões que contribuam para o aprimoramento de sua
capacidade de comunicação;
- Conduzir o aluno, gradativamente, ao domínio da norma culta, variedade indispensável
para sua participação na vida social letrada;
- Possibilitar que ele, estabelecendo paralelo entre estruturas gramaticais da forma culta e
similares presentes nas demais variedades lingüísticas, relativize o conceito do erro;
- Torná-lo apto a decidir sobre a necessidade de, em função das circunstâncias de
comunicação, utilizar ou não, o padrão da língua culta.
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de
práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratados,
os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção, leitura;
3- OBJETIVOS ESPECÍFICOS A – NO PROCESSO DE ESCUTA DE TEXTOS ORAIS, espera-se que o aluno: - Amplie, progressivamente, o conjunto de conhecimentos discursivos, semânticos e
gramaticais envolvidos na construção dos sentimentos do texto;
- Amplie o conhecimento de reconhecer as intenções do enunciador, sendo capaz de
aderir ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu discurso;
B – NO PROCESSO DE TEXTOS ESCRITOS, espera-se que o aluno: - Saiba selecionar textos segundo seu interesse e necessidade; - Leia de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha construído familiaridade; - Extrair informações não explicitadas, apoiando-se em deduções; - Integrar e sintetizar informações, expressando-as em linguagem própria, oralmente ou por escrito; - Interpretar recursos figurativos; - Compreender a leitura em suas diferentes dimensões – o dever de ler, a necessidade de ler e o prazer de ler.
C – NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS, espera-se que o aluno: - Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências da situação
e dos objetivos estabelecidos;
- Monitore o seu desempenho oral, levando em conta a interação comunicativa; • Quanto à interpretação textual: - Formular frases com sentido completo e capazes de estabelecer a comunicação; - Analisar orações, destacando os seus termos; - Construir textos evidenciando o emprego dos termos essenciais acessórios e integrantes
da oração;
- Realizar desmontagem do texto para evidenciar o emprego dos termos da oração; • Quanto à sintaxe de concordância: - Empregar corretamente as palavras que se relacionam uma com as outras, obedecendo
aos princípios da concordância;
• Quanto à semântica: - Elaborar palavras simples para o estudo do significado das palavras; • Quanto à ortografia: - Empregar adequadamente os sinais e pontuação; - Sistematizar a grafia das palavras quanto à tonicidade; - Ler, escrever e formar palavras e frases através da discriminação auditiva e visual das
palavras com sílabas formadas por determinados sons;
CONTEÚDO – 6º ANO ESTUDOS LINGUÍSTICOS: - Substantivo; - Adjetivo; - Verbo; - Sujeito e Predicado; - Pronomes; - Classificação do Predicado; - Advérbio; - Preposição. ORTOGRAFIA - Fonema e letras; - Encontros vocábulos;
- Emprego do til e da cedilha; - Separação de sílabas; - Sílaba tônica e átona; - Acentuação das palavras: oxítona, paroxítona e proparoxítona; - Ditongo e hiato. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO: - Diálogo; - A fala dos personagens; - Bilhete; - Narração; - Comparação; - Fábula; - Descrição; - Contos folclóricos; - Poesia; - Frase Jornalística. CONTEÚDO – 7º ANO ESTUDOS LINGUÍSTICOS: - Substantivo; - Sujeito e predicado; - Classificação do predicado; - Adjunto Adnominal; - Verbos; - Objeto direto e indireto; - Advérbio; - Locução adjetiva e adverbial;
- Voz passiva ORTOGRAFIA - Fonema e letras; - Encontros vocálicos; - Dígrafo; - Separação de sílabas; - Sílaba tônica e átona; - Acentuação das palavras: oxítona, paroxítona e proparoxítona; - Parônimos e homônimos; - Trema. TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO - Carta; - Código; - Posição do narrador; - Diário; - Fábula; - Poesia; - Discurso direto; - Descrição; - Coesão. CONTEÚDO – 8º ANO ESTUDOS LINGUÍSTICOS: - Oração: sujeito/predicado; - Classificação do predicado; - Verbos; - Pronomes;
- Numeral; - Adjetivo; - Adjunto adnominal; - Adjunto adverbial; - Complemento Nominal; - Vozes do verbo; - Classificação. ORTOGRAFIA: - Fonema e letras; - Encontros vocálicos; - Dígrafo; - Separação de sílabas; - Sílaba tônica e átona; - Acentuação das palavras: oxítona, paroxítona e proparoxítona; - Parônimos e homônimos; - Trema; TÉCNICAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO: - Entrevista; - Teatro; - Narração; - Discurso direto e indireto; - Reportagem; - Coesão; - Descrição; - Foco narrativo; - Poesia;
- Telegrama; - Propaganda. CONTEÚDO – 9º ANO - Estudo de textos variados; - Interpretação dos textos; - Análise lingüística dos textos lidos; - Estudo do vocabulário; - Técnicas básicas para redação; - Produção de textos – descrição – narração – dissertação - Revisão de fonologia; - Revisão de classes de palavras; - Revisão de sintaxe: termos da oração; - Ortografia – regra de acentuação; - Elementos de comunicação; - Palavras parônimas e homônimas; - Elementos estruturais das palavras; - Período simples e composto; - Signo; - Período composto por Coordenação; - Variação lingüística; - Univocidade e polissemia dos signos; - Orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais; - Análise literária; - Figuras de estilo; - Regência verbal; - Crase;
- Concordância verbal; - Concordância nominal; - Colocação pronominal. LITERATURA E CULTURA AFRO 6º AO 9º ANO OBJETIVOS GERAIS: - Conduzir à compreensão de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnicos raciais, distintos, e possuem cultura e história próprias, igualmente, valiosas e que em conjunto constroem na nação - brasileira - sua história; - Reconhecer e valorizar a história dos povos africanos e sua influência na cultura afro- brasileira; - Frisar a tentativa de superação da indiferença lingüística e desqualificação com que os negros, os povos indígenas e também as classes populares são tratadas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS INTERCULTURAIS: - Valorizar a oralidade, a corporeidade e a arte, marcas da cultura de raiz africana, como:
a dança, ao lado da escrita e da leitura;
- Salientar a educação patrimonial, de modo a preservar e difundir o patrimônio cultural
afro-brasileiro;
- Proporcionar o contato com a cultura africana e afro-descendente nos contextos sociais
e familiares;
CONTEÚDOS: - Racismo no Brasil; - A presença do negro na mídia; - Políticas afirmativas de cotas; - Gêneros musicais: samba e rap; * Datas comemorativas envolvidas: - 21 de Março: Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial;
- 13 de Maio: Dia Nacional de Denúncias contra o Racismo; - 20 de Novembro: Dia Nacional da Consciência Negra; * Pesquisas de países africanos que falam a língua portuguesa, sua composição étnica, diferenças na alimentação, na música e religião. • O trabalho com a cultura afro se desenvolverá da seguinte maneira: - Debates e produção textual sobre os temas citados, acima, em contéudos: - análise de ampliação de carga pejorativa atribuídas ao termo “negro”; - leitura interpretação de músicas relacionadas à questão racial; - Produção de textos; - Trabalhos de leitura e pesquisa nos jornais e revistas; - Trabalho em grupo; - Exercícios que requerem respostas do tipo analítico-expositivas; - Exposição de trabalhos realizados; -Teatro; 4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A concepção sociointeracionista pretende uma prática diferenciada, uma vez que considera que a língua só existe em situações de interação e através das práticas discursivas, que assumem a língua em sua história e funcionamento. Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. Sendo assim, as indicações que seguem precisam ser problematizados a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da educação. Para uma nova prática, a visão de linguagem precisa ter como objeto de preocupação a interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos historicamente situados que, via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente acumulada. Assim, desenvolveremos em sala de aula atividades que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como: - histórias da família, da comunidade, um filme, um livro, etc.; - depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio; - uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher e
dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor programações dar
avisos, fazer convites, etc.
É importante ter claro que a compreensão que construímos sobre o real se dá linguisticamente. Assim quanto maior o contato com a linguagem e por decorrência com o real, visto na sua pluralidade, maior a possibilidade de se ter sobre o real, idéias cada vez mais elaboradas. Para tanto trabalharemos: - Leitura silenciosa de textos diversificados; - Debate sobre textos lidos e ouvidos; - Intertextualidade; - Leitura extra classe; - Confronto e análise de textos; - Recitação de poemas; - Palavras cruzadas; - Audição de música e jograis; - Uso de dicionários; - Reestruturação de textos e parágrafos; - Atividades de fixação (orais e escritas); - Produção de textos; - Trabalhos de leitura e pesquisa nos jornais e revistas; - Jogos didáticos; - Trabalho em grupo; - Exercícios que requerem respostas do tipo analítico-expositivas; - Testes objetivos e subjetivos; - Gincana de gramática; - Concurso de frases e textos; - Exposição de trabalhos realizados; - Uso de CD, retro projetor, vídeo, fita; - Teatro; - Contação de histórias;
- Maratona cultural; - Dinâmicas direcionadas; - Produção de textos; - Aulas dialógicas; - Utilização de biblioteca. 5- AVALIAÇÃO
A lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), dá
destaque à chamada avaliação formativa, vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala
de aula e como um grande avanço em relação à avaliação tradicional, denominada
somativa ou classificatória. Considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades,
possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os
sujeitos do processo (professor e alunos), ajuda-os a refletir. Faz com que o professor
procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas,
envolvendo-se realmente no processo de ensino e de aprendizagem.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno
nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a
fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender
seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade apresenta ao defender seus
pontos de vista e,de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos
questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as
estratégias que eles empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o
seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a
partir do texto. Tecidas essas considerações sobre a avaliação como um todo e
reconhecendo a função interativa, dialógica ou discursiva da linguagem, a avaliação será:
• DIAGNÓSTICA - Através de interpretação de textos, composição, normas gramaticais em atividades orais e escritas, a fim de serem identificados os conhecimentos já apropriados pelos
alunos;
• CONTÍNUA - Através da freqüência, participação, comportamento em sala de aula em todas as atividades desenvolvidas no dia-a-dia o que proporciona um acompanhamento de sua evolução cognitiva; • SOMATÓRIA - Para a atribuição de notas que variam de 0 a 10, serão consideradas notas parciais a critério do professor, para cada atividade, durante todo o ano letivo. AVALIAÇÃO PARALELA Para que o aluno tenha oportunidade de recuperar os conteúdos abordados deve-se: - Fazer uma nova abordagem sobre os temas estudados; - Realizar atividades que enfatizem a defasagem apresentada; -Fazer um levantamento das dificuldades e dúvidas que prejudicaram a aprendizagem; - Aplicar técnicas diferenciadas para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. 3.ed.Curitiba, 1997. PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o ensino fundamental. Versão Preliminar, 2006 _____: TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ed. São Paulo: Contexto, 1990. ROJO, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4 ed.Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996. SARGENTIN, Hermínio. Palavras 5o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP) SARGENTIN, Hermínio. Palavras 6o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP) SARGENTIN, Hermínio. Palavras 7o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP) SARGENTIN, Hermínio. Palavras 8o série. 1o ed. São Paulo: IBEP, 2002 (IBEP)
MATEMÁTICA
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A matemática é vista sob duas dimensões: matemática como ciência, ou seja,
compreender a construção do conhecimento matemático, desde suas origens e a
matemática como disciplina escolar que se configurou no currículo escolar brasileiro.
O nascimento da matemática se deu por volta de 2000 a.C. com os babilônios.
Com os gregos no século VI e V a.C. é que a matemática se emergiu como campo do
conhecimento com os filósofos Pitágoras e Platão.
Foi com os sofistas no século V a.C. que ocorreram as primeiras propostas de
ensino baseadas em práticas pedagógicas. No século IV a II a.C. a matemática era
ensinada de forma memorizada e repetitiva.
Já no século V d.C. a matemática era ensinada com caráter religioso a fim de
entender o calendário litúrgico.
Foi no século VIII e IX que surgiram as primeiras escolas e a organização dos
sistemas de ensino.
No século XV o estudo da matemática voltaram-se às atividades práticas.
A educação jesuítica no Brasil no século XVI, contribuiu para que a matemática
fosse introduzida como disciplina nos currículos.
No século XVIII a matemática se voltou para as necessidades do processo de
industrialização e entre os séculos XIX e início do século XX a matemática foi legitimizada
como disciplina escolar.
Entre 1900 a 1914 houve a necessidade de fazer a fusão da aritmética,
álgebra, geometria e trigonometria em uma única disciplina.
As idéias reformadoras do Ensino de Matemática compactuavam com os ideais
da Escola Nova, o estudante era o centro de processo e o professor era o orientador da
aprendizagem.
Até o final da década de 1950 o que prevaleceu no Brasil foi a tendência
formalista clássica, era centrada no professor e no seu papel de transmissor e expositor
do conteúdo, o ensino era conteudista, consistia na memorização e na repetição.
Após 1950, observou a tendência formalista moderna por meio do movimento
da Matemática Moderna onde o ensino era centrado no professor.
Com o golpe de 1964, iniciou-se a tendência pedagógica tecnicista a fim de
preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. Esta tendência não centrava no
professor nem no estudante, mas nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas
técnicas de ensino. O ensino era feito através de memorização de princípios e fórmulas,
o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e expressões
algébricas e de resolução de problemas.
Entre 1960 e 1970 surgiu no Brasil a tendência construtivista, dando mais
ênfase ao processo e menos ao produto do conhecimento.
A tendência sócio-etnocultural, a relação professor estudante era dialógica,
privilegiava a troca de conhecimento de ambos.
A tendência histórico-crítica surgiu no Brasil em 1984, fundamentada no
materialismo histórico. Esta tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído
para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas. A ação do professor é
articular o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida,
da história e do cotidiano.
Em 1987 a SEED/PR iniciou essas discussões da teoria histórico-crítica. A
diretriz curricular resgata para o processo de ensino e aprendizagem, a importância do
conteúdo matemático e da disciplina.
2- FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS
No início do séc. XX, surgiram mudanças no ensino de Matemática, houveram mudanças dos métodos puramente sintéticos para um ensino baseados nas explorações indutivas e intuitivas, surgindo assim uma configuração da Educação Matemática.
A Educação Matemática proporciona ao aluno a oportunidade de desenvolver valores e atitudes de natureza diversas, visando sua formação integral como cidadão.
O papel do professor nesse processo, seria em analisar criticamente os pressupostos ou as idéias centrais que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.
É preciso que o professor reflita sobre a sua concepção de Matemática, levando em consideração dois aspectos: • pode-se conceber a Matemática tal como ela vem exposta na maioria dos
livros didáticos, como algo pronto e acabado, em que os capítulos se encadeiam de
forma linear, sequencial e sem contradições;
• pode-se acompanhar a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de
elaboração, de modo a descobrir-se suas hesitações, dúvidas, contradições, as quais um
longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam outras
hesitações, outras dúvidas, outras contradições no fazer matemático. Isto é, sempre
haverá novos problemas por resolver. (CARAÇA, 2002, p. XXIII)
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado
tanto para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática.
Isso implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do
seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los
(MEDEIROS, 1987).
Espera-se da Educação Matemática possibilidade aos estudantes de analises,
discussões, conjunturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. O homem
aprende Matemática para ampliar seus conhecimentos contribuindo para o
desenvolvimento da sociedade.
Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem
das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da
disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria
científica, cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além
daqueles observados pela aparência da realidade (RAMOS, 2004).
Apontar a perspectiva da Educação Matemática para a elaboração destas
Diretrizes implica em pensar na transposição didática que regula a ligação entre a
Matemática como campo de conhecimento e disciplina escolar.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A proposta das diretrizes é articular os conteúdos estruturantes com os
conteúdos específicos em relação de interdependência que enriqueçam o processo
pedagógico “[...] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de
apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam”
(MACHADO, 1993, p. 28).
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais
destacamos:
• resolução de problemas; • modelagem matemática; • mídias tecnológicas; • etnomatemática; • história da Matemática; • investigações matemáticas. . Resolução de problemas
Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos para a
resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem
oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de
modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003).
O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de
problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais
dinâmicas e não restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. A resolução de
problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um
conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e
aprendizagem (SCHOENFELD, 1997).
Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos
pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas
hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para
chegarem ao resultado. Isso favorece a formação do pensamento matemático, livre do
apego às regras. O aluno pode lançar mão de recursos como a oralidade, o desenho e
outros, até se sentir à vontade para utilizar sinais matemáticos (SMOLE & DINIZ, 2001).
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar
informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano
de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia, se
necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).
Etnomatemática
Na década de 1970, Ubiratã D’Ambrosio, propôs que os programas
educacionais enfatizassem as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas. A
Etnomatemática tem como objetivo reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem o conhecimento matemático que são percebidos por meio de diferentes
teorias e praticas das mais diversas áreas que emergem os ambientes culturais.
Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação
Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo
reconhecimento e respeito a suas raízes culturais: “reconhecer e respeitar as raízes de
um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de
síntese, reforçar suas próprias raízes” (D AMBROSIO, 2001, p. 42), tendo em vista
aspectos como “memória cultural, códigos, símbolos, mitos e até maneiras específicas de
raciocinar e inferir” (id. 1998, p. 18).
Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o aluno é capaz de reunir
situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas
circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sistema de
comunicação, as maneiras e modos de lidar com situações vão sendo compartilhadas,
transmitidas e difundidas” (D’AMBROSIO, 2001, p. 32).
Modelagem Matemática A modelagem matemática é [...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são
convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de
outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou
do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas
circunstâncias. (BARBOSA, 2001, p. 06)
A modelagem matemática contribui para a formação critica do aluno porque ele
trará suas experiências de vida aprimorando-as através do modelo matemático.
Modelagem matemática é o processo que envolve a obtenção de um modelo.
Este, sob certa óptica, pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se
elaborar um modelo, além de conhecimento de Matemática, o modelador precisa ter uma
dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que
conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as
variáveis envolvidas. (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12)
Mídias tecnológicas
É de suma importância o uso de mídias em Educação Matemática, ampliam as
possibilidades de observação e investigação dos estudantes e professores, permitindo
uma melhor construção, interação, trabalho colaborativo, processos de descoberta de
forma dinâmica e o confronto entre teoria e a prática.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de
ações em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os
recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a
experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes argumentam e
conjecturam sobre as atividades com as quais se envolvem na experimentação (BORBA
& PENTEADO, 2001).
História da Matemática
A importância da História da Matemática é necessária para que o aluno possa
entender cada etapa e seu desenvolvimento, tanto nas descobertas matemáticas aos
fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e ás correntes filosóficas que
determinaram o pensamento e influenciaram o avanço cientifico de cada época.
A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos
porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois
propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL & MIORIM,
2004).
Investigação Matemática
Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa
necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do
conhecimento. Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam, para
as quais não temos resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo tanto
quanto possível fundamentado e rigoroso. (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006, p.
09)
A investigação matemática é um método que leva o aluno a grandes
descobertas, pode-se partir da resolução de um simples exercício e se relacionam com a
resolução de problemas. Seus enunciados devem ser claros, para que não haja duvidas.
Na investigação é u problema em aberto, por isso,as coisas acontecem de forma
deferente do que na resolução de problemas e exercícios.
Investigar é procurar conhecer o que não se conhece, esse é objetivo maior de
toda ação pedagógica. Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um
matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente,
porque formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações
matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações
matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-
demonstração” (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2006, p.10).
ARTICULANDO AS DIFERENTES TENDENCIAS
Mesmo com todas as tendências apresentadas nas Diretrizes, nenhuma delas
esgota a possibilidades para realizar com eficácia processo de ensinar e aprender
Matemática, o ideal é promover a articulação entre elas.
O uso das mídias, como softwares com planilhas eletrônicas, possibilitam a
solução em um tempo menor do que o necessário mediante uso de caderno e lápis.
Uma prática docente investigativa pressupõe a elaboração de problemas que
partam da vivência do estudante e, no processo de resolução, transcenda para o
conhecimento aceito e validado cientificamente. A fundamentação para tal prática é
encontrada na etnomatemática.
3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos
de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão.
Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos
Estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede
Pública Estadual, são:
• Números e Álgebra • Grandezas e Medidas • Geometrias • Funções • Tratamento da informação Números e álgebras
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se
desdobram nos seguintes conteúdos:
• conjuntos numéricos e operações • equações e inequações • polinômios • proporcionalidade Grandezas e medidas
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas
englobam os seguintes conteúdos:
• sistema monetário • medidas de comprimento • medidas de massa • medidas de tempo
• medidas derivadas: áreas e volumes • medidas de ângulos • medidas de temperatura • medidas de velocidade • trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos triângulos Geometrias
Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se
desdobra nos seguintes conteúdos:
• geometria plana • geometria espacial • geometria analítica • noções básicas de geometrias não-euclidianas Funções
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os
seguintes conteúdos:
• função afim • função quadrática Tratamento da informação
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da
Informação engloba os seguintes conteúdos:
• noções de probabilidade • estatística • matemática financeira • noções de análise combinatória 4- AVALIAÇÃO
As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão
sobre a prática docente e o processo de avaliação. Historicamente, as práticas avaliativas
têm sido marcadas pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da
aprendizagem (LUCKESI, 2002).
Com o objetivo de superar tal prática, considera-se que a avaliação deve
acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em
encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão,
que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse
conteúdo e compreensão alcançada por ele.
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem
incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas
e equipamentos, tais como materiais manipuláveis computador e calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); • compreende, por meio da leitura, o problema matemático; • elabora um plano que possibilite a solução do problema; • encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; • realiza o retrospecto da solução de um problema. Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a: • partir de situações-problema internas ou externas à matemática; • pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; • perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; • sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; • argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p. 29).
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da
sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas
de Matemática.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a
pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
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Na década de 1970, o ensino de Historia era predominantemente tradicional,
seja pela valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação
em fatos políticos, pela abordagem dos conteúdos históricos de forma factual e linear. A
prática do professor era marcada pelas aulas expositivas e cabia aos alunos a
memorização e repetição do que era ensinado como verdade. As origens dessas práticas
no ensino de História remetem ao período imperial, época em que a disciplina se tornou
parte do currículo escolar.
A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista
como uma extensão da História da Europa Ocidental. Tinha uma proposta de uma
nacionalidade expressa na síntese das raças brancas, índia e negra, predominando a
ideologia do branqueamento. Nesse modelo conservador de sociedade, o currículo oficial
de História tinha como objetivo contribuir para a legitimação dos valores aristocráticos, no
qual o processo histórico conduzido por líderes, excluía possibilidade das pessoas
comuns serem entendidas como sujeitos históricos.
O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no
governo de Getúlio Vargas (1881-1954), vinculado ao projeto político nacionalista do
Estado Novo, por meio da Lei Orgânica do Ensino Secundário de 1942. Cabe destacar
que o acesso a essa etapa da escolaridade era restrito à elite que se preparava para
conduzir o povo, contribuindo para a legitimidade do projeto nacionalista, o ensino de
História se ocupava em reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.
A partir do início dos anos 1930, o ensino de História foi marcado pelos debates
teóricos sobre a inclusão dos Estudos Sociais na escola. As experiências norte-
americanas na organização da disciplina de Estudos Sociais passaram a fazer parte dos
debates educacionais por meio da Escola Nova. Visando a viabilização da sua
implantação, Anísio Teixeira (1900-1971), um dos intelectuais desse movimento e à frente
da Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, publicou uma proposta de Estudos
Sociais para a escola elementar, em 1934, denominada Programa de Ciências Sociais,
com vistas à inserção desta disciplina nos currículos escolares.
Na década de 1950 é instituído o Programa de Assistência Brasileiro-
Americano ao Ensino Elementar (PABAEE), resultado do convênio entre os governos
federal, de Minas Gerais e norte-americano, com o objetivo de implantar o ensino de
Estudos Sociais.
Essas experiências servirão de referência para a posterior implantação dos
Estudos Sociais no Ensino de Primeiro Grau, por força da Lei número 5.692 em 1971.
Após a implantação do regime militar (1964), o ensino de História manteve seu
caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do
ponto de vista factual.
O ensino não tinha espaço para análises críticas e interpretações dos fatos,
objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da Pátria. O
Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes feitos da
nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país.
A partir da Lei número 5692/71, o Estado organizou o Primeiro Grau de oito
anos e o Segundo Grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista,
voltada à preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho.
No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas
como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária com Educação Moral e
Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de
Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a compor o currículo.
O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos
seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação à
realidade.
O ensino de Estudos Sociais foi radicalmente contestado no início dos anos
1980, tanto pela academia, quanto pela sociedade organizada, principalmente pela
Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH). Esses
defendiam o retorno da disciplina de História como condição para que houvesse uma
maior aproximação entre a investigação histórica e o universo da sala de aula.
No Paraná, também houve uma tentativa de aproximação da produção
acadêmica de História com o ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na
pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado
do Paraná (1990). Essa proposta de renovação do ensino de História tinha como
pressupostos teóricos a historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético,
indicando alguns elementos da Nova História.
Para o Primeiro Grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História
do Brasil e História Geral.
Houve uma tendência de uma supervalorização dos conteúdos em detrimento
dos temas, sub-temas que tinham como orientações as formações sociais do processo
histórico.
No contexto das reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da
Educação divulgou entre os anos de 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental e Médio. Em consonância com as propostas das Diretrizes
Curriculares para o Ensino Médio, os parâmetros organizaram o currículo em áreas do
conhecimento. Faziam parte da área de ciências humanas e suas tecnologias: as
disciplinas de Geografia, Sociologia, Filosofia e História. No Ensino Fundamental, os
PCNs apresentaram as disciplinas como áreas do conhecimento, a História foi mantida
em sua especificidade, integrada às demais pelos temas transversais.
O Estado do Paraná incorporou, no final nos anos 1990, os Parâmetros
Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular de toda a rede
pública estadual. Os programas educacionais do Governo Federal, como as avaliações
institucionais destinadas ao Ensino Fundamental (Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica–SAEB) e ao Ensino Médio (Exame Nacional do Ensino Médio- ENEM),
bem como a definição de critérios para a seleção do livro didático pelo Programa Nacional
do Livro Didático (PNLD), tiveram como referência os PCNs.
O reconhecimento dos novos cursos, tais como o PNLD, a TV Escola, PCN em
Ação, PCN +, projetos interdisciplinares e publicações periódicas elaboradas pelo MEC.
Teve implicações no currículo de história na medida em que os PCNs têm como
preocupação formar cidadãos preparados para exigências científico-tecnológicas da
sociedade contemporânea, pois estas são consideradas necessárias à adaptação do
indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.
A aprovação da Lei número 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, os conteúdos de História do
Paraná; além da Lei 10.639/03, que altera a Lei número 9394/96, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira, seguida das
“Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”.
Levando em consideração que a história é um conhecimento que está em
constante construção, o seu ensinamento contribuí significativamente para que o
aluno possa refletir sobre suas vivências e suas inserções históricas.
O ensino da história sendo considerado relevante para preparação do indivíduo
para a vida e a prática da cidadania, deverá proporcionar ao aluno a reflexão, permitindo
o envolvimento do conhecimento histórico, favorecendo as direções do processo dinâmico
e contraditório das relações entre os povos. Assim, o contato com diferentes experiências,
possibilitará a reflexão, em que propiciará a reconstrução dos seus conhecimentos,
passando a adquirir conceitos de consciência histórica favorecendo para a
construção da identidade social e coletiva o que deverá contribuir para o sentimento de
pertença diante da sua comunidade a partir de que estará inserido a história do seu
Estado e município.
A sociedade nacional e mundial vive um momento de transformações
estruturais: globalização, formação de blocos econômicos e revolução tecnológica.
Atualmente, as mudanças ocorrem com tamanha velocidade que muitas vezes a
dimensão humana fica relegada a um segundo plano. Por essa razão, é necessário o
repensar constante de nossas atitudes, em uma perspectiva mais humana, propiciando a
inclusão com vistas ao momento histórico em que vivemos.
Diferentes linguagens, inclusive a tecnológica, compõem o universo cultural das
sociedades contemporâneas. O observar curioso e atento a necessidade de democratizar
os recursos lingüísticos, bem como o empenho para que os diferentes grupos sociais
possam deles fazer uso, são ações que contribuem para uma educação mais humana,
fraterna e solidária.
Conforme orientam as Diretrizes Curriculares de História para o ensino
Fundamental, as práticas educacionais deverão respeitar as variedades curriculares
existentes e estabelecer, como norteadores de suas ações pedagógicas, os seguintes
princípios: Dimensões Política, Econômico-Social e Cultural
2- OBJETIVOS GERAIS
♦ Propiciar a construção de elementos fundamentais para o pensamento crítico e
autônomo do sujeito, permitindo-lhe refletir e criticar seus condicionamentos pessoais
e coletivos favorecendo a compreensão do sentimento de pertença a diferentes estruturas
que estão permanentemente sendo discutidas e modificadas, o que deve colaborar para o
dimensionamento da ação individual e coletiva do indivíduo que instrumentalizado para
o hábito de ler a história vivida, possa continuar aprendendo a discutir além dos bancos
escolares.
♦ Compreender a necessidade e a finalidade do estudo da História reconhecendo-se
como participante da História.
♦ Entender o processo histórico como resultado de fatores econômicos, sociais, políticos e
culturais relacionando as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais das
diversas épocas históricas;
3- CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE DIMENSÕES ECONÔMICA-SOCIAL CULTURAL
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS,
DIFERENTES CULTURAS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Produção do conhecimento histórico
- Historiador e a produção do conhecimento
histórico
- Tempo e temporalidade
- Fontes, documentos
- Patrimônio material e imaterial
- Pesquisa
Articulação da História com outras áreas do conhecimento
- Arqueologia, antropologia, paleontologia,
geografia, geologia, sociologia, etnologia e
outras.
- Observação: o estudo da produção do
conhecimento histórico e articulação da
História com outras áreas do conhecimento
se faz necessário em todas as séries do
ensino fundamental, não necessariamente
no início do ano letivo como será posto
para a 5ª série.
A humanização e a História
- De onde viemos, quem somos, como
sabemos?
Arqueologia no Brasil
- Lagoa Santa (MG)
- Serra da Capivara (PI)
- Sambaquis (PR)
Surgimento, desenvolvimento da
humanidade e grandes migrações
- Teorias do surgimento do homem na
América
- Mitos e lendas da origem do homem
- Desconstrução do conceito de Pré-história
- Povos ágrafos, memória e história oral.
Povos indigenas no Brasil e no Paraná
- Ameríndios do território brasileiro
- Kaigang, Guarani, Xetá e Xokleng
As primeiras civilizações na América
- Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, maias,
Incas e Astecas
- Ameríndios da América do Norte
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia
- Egito, Núbia, Gana e Mali*
- Hebreus, Gregos e Romanos*
*Observação: não se trata aqui, de
“esgotar” a história destas civilizações, mas
sim, levantar alguns aspectos como
religiosidade, organização social.
A chegada dos europeus na América
- (des) encontros entre culturas
- Resistência e dominação
- Escravização
- Catequização
Península Ibérica nos séculos XVI e XV:
- Reconquista do território
- Religiões: judaísmo, cristianismo e
islamismo
- Comércio (África, Ásia, América e Europa)
Formação da sociedade brasileira e
americana
- América portuguesa
- América espanhola
- América franco-inglesa
- Organização político-administrativa
(capitanias hereditárias, sesmarias)
- Manifestações culturais (sagrada e
profana)
- Organização social (família patriarcal e
escravismo)
- Escravização de indígenas e africanos
- Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e
minérios)
Os reinos e sociedades africanas e os
contatos com a Europa
- Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa,
(Zimbabwe) e outros
- Comércio
- Organização política-administrativa
- Manifestações culturais
- Organização social
- Uso de tecnologias: engenhos de açúcar,
a batea, construção civil.
Diáspora Africana
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DIMENSÕES POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL E CULTURAL
7º ANO DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Expansão e consolidação do território
- Missões
- Bandeiras
- Invasões estrangeiras
Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina
- Reforma e contra-reforma
Colonização do território “paranaense”
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização política-administrativa
Movimentos de contestação
- Quilombos (Bre PR)
- Irmandades: manifestações religiosas –
sincretismo
- Revoltas Nativistas e Nacionalistas
- Inconfidência mineira
- Conjuração baiana
- Revolta da cachaça
- Revolta do maneta
- Guerra dos mascates
- A chegada da Família Real ao Brasil
Independência das treze colônias
inglesas da América do Norte Diáspora africana
Revolução Francesa
- Comuna de Paris
Invasões napoleônicas
O processo de independência do Brasil
- Governo de D. Pedro I
- Constituição outorgada de 1824
- Unidade territorial
- Manutenção da estrutura social
- Confederação do Equador
- Província Cisplatina
- Haitianismo
- Revoltas regenciais
O processo de independência das Américas
- Haiti
- Colônias espanholas
- Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem,
Farroupilha
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
DIMENSÕES POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL E CULTURAL 8º ANO
PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
A constituição da Nação - Governo de D. Pedro II
- Criação do IHGB
- Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz –
1850.
- Início da imigração européia
- Definição do território
- Movimento Abolicionista e
emancipacionista.
Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)
- Ludismo
- Socialismo
- Anarquismo
Relacionar: Taylorismo, Fordismo e
Toyotismo
Emancipação política do Paraná (1853)
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização político-administrativa
- Migrações: internas (escravizados, libertos
e homens livres pobres) e externas
(europeus)
- Os povos indígenas e a política de terras
A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança
O processo de abolição da escravidão
- Legislação
- Resistência e negociação
- Discursos:
Colonização da África e da Ásia
Guerra Civil e Imperialismo estadunidense
- Abolição
- Imigração – Senador Vergueiro
- Branqueamento e miscigenação (Oliveira
Viana, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha,
Silvio Romero, no Brasil, Sarniento na
Argentina
Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé
Os primeiros anos da República
- ideias positivistas
- Imigração asiática
- Oligarquia, coronelismo e clientelismo.
- Movimentos de contestação: campo e
cidade
- Movimentos messiânicos
- Revolta da vacina e urbanização do Rio
de Janeiro
- Movimento operário: anarquismo e
comunismo
- Paraná:
- Guerra do contestado
- Greve de 1917 – Curitiba
- Paranismo: movimento regionalista –
Romário Martins, Zaco Paraná, Lange de
Morretes e João Turin
Questão Agrária na América Latina
- Revolução Mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DIMENSÕES POLÍTICA ECONÔMICA-SOCIAL E CULTURAL
9º ANO REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI –
CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
A semana de 22 e o repensar da
nacionalidade
- Economia
Crise de 29
- Organização social
- Organização política-administrativa
- Manifestações culturais
- Coluna Prestes
A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945) - Leis trabalhistas
- Voto feminino
- Ordem e disciplina no trabalho
- Mídia e divulgação do regime
- Criação do SPHAN, IBGE
- Futebol e carnaval
- Contestação à ordem
- Integralismo
- Participação do Brasil na II Guerra
Mundial
Ascensão dos regimes totalitários na Europa
Movimentos populares na América Latina Segunda Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América Latina
- Cárdenas – México
- Perón – Argentina
- Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart
– Brasil
Independência das colônias afro-asiáticas Guerra Fria
Construção do Paraná Moderno
- Governos de: - Manoel Ribas, Moysés
Lupion, Bento Munhos da Rocha Neto e
Ney Braga
- Frentes de colonização do estado, criação
da estrutura administrativa
- Copel, Banestado, Sanepae, Codepar...
- Movimentos sociais no campo e na cidade
- EX: Revolta dos colonos década de 50 –
Sudoeste
- Os Xetá
Guerra Fria
O Regime Militar no Paraná e no Brasil - Repressão e censura, uso ideológico dos
meios de comunicação
- O uso ideológico do futebol na década de
70: - o tricampeonato mundial
- a criação da liga nacional
(campeonato brasileiro)
- Cinema novo
- Teatro
- Itaipu, Sete Quedas, e a questão da terra.
Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina - Política da boa vizinhança
- Revolução Cubana
- 11 de setembro no Chile e a deposição de
Salvador Allende
- Censura aos meios de comunicação
- O uso ideológico do futebosl na década de
70
- A copa da Argentina – 1978
Movimentos de contestação no Brasil
- Resistência Armada
- Tropicalismo
- Jovem Guarda
- Novo sindicalismo
- Movimento Estudantil
Movimentos de contestação no Mundo
- Maio de 68 – França
- Movimento Negro
- Movimento Hippie
- Movimento Homossexual
- Movimento Feminista
- Movimento Punk
- Movimento Ambiental
Paraná no contexto atual
Redemocratização
- Constituição de 1988
- Movimentos populares rurais e urbanos:
MST (Movimentos dos sem Terra), MNLM
(Movimento Nacional de Luta pela
Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos
Palmares, etc.
- Mercosul
- Alca
Fim da bipolarização mundial
- Desintegração do bloco socialista
- Neoliberalismo
- Globalização
- 11 de setembro nos EUA
África e América latina no contexto atual
O Brasil no contexto atual - A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.
4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tendo como pressuposto que os conhecimentos históricos tornam-
se significativos para os estudantes , como saber escolar e social, quando contribuem
para que eles reflitam sobre suas vivências históricas. Por essa razão os conteúdos
elencados tem como finalidade instigar o aluno a pensar criticamente de forma que possa
analisar situações do seu cotidiano a partir de um conhecimento amplo, o que possibilitará
novas visões de mundo.
A necessidade de incorporar conhecimentos históricos pertinentes a uma
sociedade que a cada dia se torna mais exigente. Os conteúdos propostos têm como
finalidade estudos sobre a origem histórica da humanidade e suas trajetórias, priorizando
a do Brasil, regional e com outros contextos e espaços (Ásia, África, América e Europa),
com o objetivo de estimular a mudança de valores, crenças e culturas do indivíduo, na
perspectiva da formação de um ser humano integral, como meio de possibilitar o pleno
exercício de cidadania e propiciar transformações nas dimensões política, econômica e
cultural. na sociedade tem como objetivos específicos:
- Levar o aluno a pensar de forma autônoma para saber intervir; - Identificar os princípios que fundamentam as práticas sociais e o respeito às normas
democráticas.
- Reafirmar valores culturais e artísticos sejam eles locais, regionais, nacionais e globalizado que possibilite o resgate da dignidade humana por meio de novos saberes. - Articular as áreas do conhecimento e os aspectos da vida cidadã. - Os conteúdos estruturantes aqui apresentados (político, econômico-socil e cultural), em
suas respectivas dimensões, articulações ou inter-relações, estão em consonância com
os fundamentos teóricos-metodológicos da disciplina, propostos na Diretriz Curricular.
A dimensão política na História: na Antiguidade greco-romana já era visível
preocupação, estudiosos buscavam a compreensão de sua época nos fatos políticos, nas
guerras, nos governos, nos Estados.
Na Idade Média, a dimensão do político também é apropriada principalmente
pela Igreja Católica. Eclesiásticos e escribas leigos a serviço da Igreja, escreveram texto
hagiográficos (História de santos, narrativas sobre translados, milagres), anais e crônicas,
ressaltando os valores e idéias daquela instituição. Política e poder se confundem.
A historiografia do século XIX consolida tendo no Estado sua expressão política.
A promoção do Estado-nação à condição de objeto da produção histórica
política, onde o poder é o poder do Estado, onde os acontecimentos são sempre os
acontecimento políticos, dignos de atenção dos historiadores.
Nesse momento a História é incorporada como disciplina escolar trazendo para
a sala de aula a tradição de uma historiografia metódica, também denominada positivista.
Também a partir desta tradição, passam a compor o universo escolar as chamadas festas
cívicas.
Este conteúdo estruturante, dentro da concepção apresentada nestas
Diretrizes Curriculares, visa, a partir de conceitos como: práticas,
representações hegemonia, entre outros, propor uma nova forma de trabalhar com a
dimensão política, rompendo com o ensino tradicional da História, até então centrado nos
chamados “grandes homens”, nas batalhas, tratados, datas, etc. Para que isto ocorra,
ressalta-se a importância de inserir o sujeito comum na História a partir do estudo de
espaços e de relações sociais, pautadas pelas relações de poder.
A dimensão econômico-social da História se faz presente, desde o início do
século XX, em estudos como de Marc Bloch (1886-1944) e Lucien Febvre (1878-1956),
influenciados pelo marxismo, procuraram desenvolver uma teoria que superasse a visão
essencialmente política da História.
Historiadores optaram por aproximar a História de outras áreas das ciências
humanas como a sociologia, a geografia, a psicologia, a economia, incorporando outras
dimensões e articulando, assim, diversos aspectos da sociedade na análise do processo
histórico.
Intelectuais brasileiros de formação marxista como Caio Prato Jr (1907- 1990),
Celso Furtado (1920-2004), Ciro Flamarion Cardoso (194 ), entre outros, criaram modelos
explicativos para a História do Brasil, a partir do viés econômico, influenciando toda uma
geração de historiadores.
Uma apropriação reducionista e mecanicista gerou uma interpretação que
subordinava todas as relações (políticas, sociais, culturais) ao invés economicista.
A partir destes ciclos econômicos, organizados em torno de produtos agrícolas e de
extração, produzidos para o mercado externo, é que se buscava explicar a formação da
sociedade brasileira.
Uma das possibilidades de superar esta abordagem economicista e
reducionista que tem marcado o ensino de História, é a busca de ampliação de seu
referencial teórico- metodológico, o novo olhar sobre essa dimensão.
Ao se propor a cultura como uma das dimensões para o estudo da História,
entende-se essa dimensão como aquela que permite conhecer os conjuntos de
significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o mundo.
O conceito de cultura hoje é um conceito polissêmico, tal a quantidade de
contribuições e reinterpretações permitidas pelas relações com as ciências sociais ao
longo dos séculos XIX e XX.
A dimensão cultural é múltipla e complexa, assim sendo, quando articulada ás
outras dimensões, amplia as possibilidades de explicação do passado e a construção de
novas interpretações históricas na escola, em consonância com os pressupostos já
apontados na fundamentação teórica.
Para estabelecer uma relação dialética entre o aprender os conteúdos a
estudar e o ato político de estudar temos as seguintes atividades: Visita a espaços
histórico-culturais; Observação dos espaços públicos; Conversa com as lideranças locais;
Entrevistas com os mais velhos da cidade a cerca da cultura popular local; Verificação da
presença ou ausência de ações do governo na comunidade. Os saberes da Educação
Fiscal poderão ser trabalhados de forma articulada com as diversas áreas do
conhecimento, por meio de diferentes linguagens: - Colóquios-Textos-Músicas-poesias,
artes visuais, artes cênicas, entre outras. Ainda, pensando sobre os recursos na
aprendizagem, temos o livro didático como um recurso em sala de aula, mas temos muito
a refletir sobre seu uso. O apoio do livro didático se faz necessário a medida que este é
uma forma de registro que facilita o ponto inicial do trabalho, porém, deve-se pensar no
complemento para o enriquecimento dos conteúdos através de outros instrumentos que
possam criar novas condições de ensino.
5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos serão avaliados através dos resultados obtidos com a
aprendizagem apropriada. Os alunos serão observados em variadas situações de
aprendizagem, levando em consideração o desempenho na realização das atividades
propostas. Para melhor apreciação dos resultados serão analisados os acréscimos
adquiridos com a aprendizagem, respeitando as individualidades do educando, assim
como a forma de aplicação dos seus conhecimentos . Para atribuição de notas será
realizado a somativa de diferentes instrumentos de avaliação.
REFERÊNCIAS _______________________Diretrizes Curriculares para o Ensino de História – Ensino Fundamental- 2004 - 2006
BEZERRA,Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro (org.). História em sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto,2003. _______________________Currículo Básico para a Escola Pública Paranaense,1990. RUY, Cristovam Wachowicz. História do Paraná. Curitiba. SHIMIDT, Maria Auxiliadora. História do Cotidiano paranaense. Letrativa, Curitiba,1996. NADALIM, Sérgio Odilon. Paraná: Ocupação do território, População e Migrações. ______________________Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana Brasília DF junho 2005 TREVISAN, Leonardo. Abolição – Um suave jogo político. São Paulo. Editora Moderna, 1988 FERREIRA, João Carlos Vicente, O Paraná e seus Municípios, Maringá Pr. Memória Brasileira 1996 VALLE,Ciro Eyer, LAGE, Henrique. Meio Ambiente: acidentes, lições soluções. São Paulo. Editora SENAC, 2003. MORAIS,Fernando Corações Sujos, São Paulo, Editora Companhia das Letras, 2000 BELOV, Graça, Diálogos com a Cidadania, Rio de Janeiro , Editora Forense, 2000 ________________________ História do Brasil. Os 500 anos do país em uma obra completa, ilustrada e atualizada – Folha de São Paulo. 2000 ________________________ Constituição , República Federativa do Brasil 1988, Curitiba, Departamento Oficial de Imprensa do Estado, 1988 ________________________ 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948 – 1998 – Conquistas e Desafios, Ordem dos Advogados do Brasil, Comissão Nacional de Direitos Humanos Conquistas e Desafios, Brasília, OAB, Conselho Federal, 1998. www.educaçãofiscal.gov.br www.esaf.fazenda.gov.br.
Geografia. 1-Fundamentação Teórica.
A historia da geografia como ciência e disciplina escolar demonstra que a
compreensão do objetivo de estudo e a construção do quadro conceitual de referência
variam nos diferentes períodos históricos da sociedade e estiveram sempre vinculados a
interesses políticos e econômicos.
No Brasil,o pensamento geográfico esteve presente desde o período
colonial,devido ao interesse de descrever o espaço e a necessidade de mapeamento fiel
da colônia e a localização exata de portos para exportação da produção.A geografia no
Brasil foi considerada conhecimento cientifico a partir de 1920.O ensino e a pesquisa de
geografia no Brasil só se institucionalizaram após a Revolução de Trinta,nesta década
houve a criação do Instituto Brasileiro de geografia e estatísticas - IBGE,a primeira
instituição a reconhecer o fazer geográfico além do objetivo didático,a criação da
associação dos geógrafos brasileiros - AGB e a criação dos primeiros cursos de
licenciatura em geografia .
Mas a geografia escolar teve durante ao longo do tempo um caráter decorativo
focada apenas na descrição do espaço,após a segunda guerra houve a formação de uma
nova ordem mundial,modificando as relações políticas,econômicas,ambientais e culturais
essas mudanças refletiram diretamente no ensino da geografia fazendo com que a
mesma sofresse um intenso processo de renovação de seus postulados teóricos –
metodológicos.É por isso que a disciplina tem reunido instrumentos de análise e de
prática social que colocam no centro do debate questões referentes ao espaço e a
sociedade.
2-Objetivo geral da disciplina.
A geografia tem como objetivo formar um cidadão crítico e pensante com uma visão
mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive, enfocando em
todas as séries o Estado do Paraná, capacitando-o a entender as diversidades e as
mudanças que acontecem no espaço geográfico,tornando-o capaz de “pensar” esse
espaço e se perceber como parte integrante dele.
3-Encaminhamento metodológico.
Considerando os principais conceitos geográficos os conteúdos devem ser trabalhados
de forma crítica e dinâmica,interligando teoria,prática e realidade,analisando dessa forma
o conhecimento teorizado sobre a relação homem – natureza,homem –
homem,construindo o conhecimento e a compreensão do espaço geográfico.
4-Conteúdos estruturantes e básicos:
-Dimensão econômica do espaço geográfico.
-Dimensão política do espaço geográfico.
-Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
-Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos básicos 6º ANO
-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
-A formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
-As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista.
-A evolução demográfica,a distribuição espacial da produção e os indicadores
estatísticos.
-A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos básicos 7º ANO
-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
-As diversa regionalizações do espaço brasileiro.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-A evolução demográfica da população,sua distribuição espacial e indicadores
estatísticos.
-Movimentos migratórios e suas motivações.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
-A formação,o crescimento das cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico.
-A circulação de mão – de – obra ,das mercadorias e das informações.
Conteúdos básicos 8º ANO
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente
americano.
-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do estado.
-O comércio em suas implicações socioespaciais.
-A circulação da mão – de – obra,do capital,das mercadorias e das informações.
-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico.
-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
-O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A evolução demográfica da população ,sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
-Os movimentos migratórios e suas motivações.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-Formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
Conteúdos básicos 9º ANO
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do Estado.
-A revolução tecnocientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
-O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
-A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
-Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
-O espaço em rede:produção,transporte e comunicações na atual configuração territorial.
3- FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Os conteúdos propostos têm como finalidade, estudos sobre o mundo em sua
diversidade, identificando e avaliando as ações humanas em sociedades diversas, a fim
de possibilitar uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais, na
perspectiva da formação de um ser humano integrado, compreendendo a espacialidade e
temporalidade dos fenômenos geográficos.
Os conhecimentos geográficos tornam-se significativos, na medida em que
contribuem para valorizar e respeitar a sociodiversidade, levando os educandos a se
reconhecer como parte integrante e formados da sociedade.
De acordo com as Diretrizes Curriculares, o objeto de estudo da Geografia é o
espaço geográfico onde é aplicada a metodologia histórico-crítico, onde é entendido como
o espaço produzido e apropriado pela sociedade.
“O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também
contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados
isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a
natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao ongo da história vão sendo
substituídos por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que
a natureza artificial tenda a funcionar como uma máquina “ (SANTOS, 1996, p. 51)
Para a geografia é relevante a construção de conceitos e a leitura política do
espaço foram marcados pelo olhar estatal sobre o espaço.
Os conceitos de paisagem, região e território, por exemplo, foram inicialmente
tratados pela chamada geografia tradicional, no final do século XIX e início do XX. Por sua
vez, o conceito de lugar ganhou destaque com a chamada geografia humanística, em
meados do século XX. Já os conceitos de sociedade e natureza perpassaram, de formas
diversas os quadros teóricos da Geografia. Em casa linha teórica, o enfoque foi distinto,
porém como par conceitual, eles compõem o pensamento e ultrapassam a condição de
conceitos básicos da Geografia, de modo que se tornam categoria de análise do espaço
geográfico.
Ao considerar que esses conceitos se constituíram e reconstituíram em
diferentes momentos históricos, em função das transformações sociais, políticas e
econômicas que definem e redefinem maneiras e ritmos de produzir o espaço e elaborar o
pensamento, é fundamental que se explicitem quais referenciais teóricos são adotados
nestas Diretrizes.
Segundo a DCEs, a Geografia histórico-crítica diz que o conceito de região já
era tomada para designar a relação entre uma determinada área e o poder político
administrativo exercido sobre ela, “nos tempos do Império Romano [região] era a
denominação utilizada para designar áreas que, ainda que dispusessem de uma
administração local, estavam subordinadas às regras gerais e hegemônicas das
magistraturas sediadas em Roma (GOMES, 2005, p. 50).
No início do século XX, o pensamento da escola francesa elaborou de forma
sistemática o conceito de região geográfica, que se diferenciava da idéia de região natural
e tornou-se, naquele momento, um conceito central para a geografia profundamente
vinculado ao conceito de paisagem.
Enquanto a região natural era compreendida como “uma parte da superfície da
Terra, dimensionada segundo escalas territoriais diversificadas, e caracterizadas pela
uniformidade resultando da combinação ou integração em área dos elementos da
natureza”, a região geográfica envolvia “uma paisagem e sua extensão territorial, onde se
entrelaçam de modo harmonioso componentes humanos e natureza” (CORRÊA, 1986, p.
23).
A região geográfica tornou-se o fundamento paradigmático da Geografia no
início do século XX porque, de certa forma, explicava a organização política territorial
mundial, ainda fortemente compartimentada, na qual cada Império colonial tinha poder
soberano e determinava os arranjos socioespaciais de seu próprio território e do território
de suas colônias.
As DCEs define o conceito de lugar desenvolvido pela vertente critica da
Geografia, porque por um lado é espaço onde o particular, o histórico, o cultural e a
identidade permanecem presentes, revelando especificidades, subjetividades e
racionalidades. Por outro lado, é no espaço local que as empresas negociam seus
interesses, definem onde querem se instalar ou de onde vão se retirar, o que afeta a
organização socioespacial do(s) lugar(es) envolvido(s) pela sua presença/ausência.
Alguns lugares se destacam economicamente por seus (conteúdos) objetos –
equipamentos e conhecimentos – e pelas ações que neles se realizam, como, por
exemplo, os centros financeiros das grandes cidades, as áreas de importante
concentração industrial ou os centros de pesquisa e desenvolvimento científico.
Outros lugares caracterizam-se por suas configurações sócioespeciais simples,
pouco atraentes para os interesses econômicos, por se situarem à margem das intensas
relações de produção e exploração. Entretanto, essa diferenciação entre os lugares como
espaços econômicos pode ser transitória, porque a qualquer momento outro lugar pode
oferecer ao capital atrativos maiores quanto a equipamentos, localização, recursos
naturais, humanos, etc.
Segundo as Diretrizes Curriculares o conceito de território de ser abordado a
partir das relações políticas que, nas mais variadas escalas, constituem territórios,
cartografados ou não, claramente delimitados ou não, desde os que se manifestam nos
espaços urbanos, como os territórios do tráfico, da prostituição ou da segregação
socioeconômica, até os regionais, internacionais e globais.
Por isso, diz-se que hoje, o conceito de território é fundamental para a análise
do espaço geográfico e a compreensão da relação entre o global e o local, da tensão que
existe entre a vontade dos interesses hegemônicos constituírem territórios globais
(desterritorializados para muitos sujeitos sociais que neles se movimentam), gerenciados,
por exemplo, pelo Banco Mundial e pelo FMI, e a vontade dos interesses locais, da
sociedade territorializada, estabelecida no lugar.
Em sala de aula, é importante abordar as diferentes territorialidades espaciais,
desde os micros até os macroterritórios. Analisar como as relações de poder
institucionalizadas ou não, exercidas por grupos, governos ou classes sociais,
espacializam-se. Como ocorrem as disputas territoriais em diferentes escalas que
interferem na (re)organização do espaço.
Ainda de acordo com a DCEs a geografia crítica como corrente teórica afirma
que a natureza é anterior e exterior ao homem, mas também o cosntitui. É, a um só
tempo, um dado externo à vontade humana, constituída da humanidade quando tomada
nas relações de produção (CAVALCANTI, 1998).
A interação entre sociedade e natureza ocorre por meio do trabalho, ação
humana, social e econômica que transforma a primeira natureza em segunda natureza,
objeto de uso ou de consumo, que vai circular socialmente. A natureza natural não é
considerada trabalho, mas a natureza artificial sim é fruto do processo de trabalho. Assim,
a paisagem de um lugar é a materialidade das intervenções humanas sobre a natureza.
Inicialmente, essa paisagem guardava as singularidades das relações Sociedade ⇔
Natureza, locais, mas atualmente, com a mundialização, as paisagens são compostas por
diferentes quantidades de técnica e artificialização produzidas e/ou importadas de outros
lugares (SANTOS, 1988).
Com relação as bases críticas da Geografia adotadas nestas Diretrizes,
entendem a sociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas
relações que ela estabelece com a natureza para produção do espaço geográfico, bem
como no estudo de sua distribuição espacial.
A sociedade produz um intercâmbio com a natureza, de modo que a última se
transforma em função dos interesses da primeira. Ao mesmo tempo, a natureza não deixa
completamente de influenciar a sociedade, que produz seus espaços geográficos nas
mais diversas condições naturais. Os aspectos naturais são, inegavelmente,
componentes das paisagens e dos espaços geográficos, e na sociedade capitalista
contribuem com a distribuição espacial das diferentes classes sociais, uma vez que
interferem na determinação do preço dos solos urbano e rural.
Assim, as desigualdades, conflitos e contradições, próprias da sociedade
capitalista, materializam-se nas paisagens e podem ser reveladas sob uma análise crítica
dos espaços ocupados pelos diferentes segmentos sociais, culturais, étnicos que
compõem a sociedade.
É necessário ainda que o conceito de Sociedade continue associado aos
estudos demográficos e as estatísticas de diferentes tipos, como as econômicas,
importantes para as discussões políticas sobre o planejamento ambiental, rural, industrial
e urbano. Tais estudos permitem que sejam evidenciadas as contradições sociais – etnia,
religião, gênero, faixa etária, densidade demográfica, migrações, entre outros – existentes
numa mesma sociedade.
Com o objetivo de auxiliar e facilitar a compreensão dos conteúdos utiliza-se
recursos tecnológicos como:
• TV Escola;
• DVD;
• TV Paulo Freire;
• Internet;
• Retro-projetor;
• Palestras;
• Mapas;
• Vídeos;
• Livro Didático;
• Jornais;
• TV Multimídia
. Pendrive
5-Avaliação.
Sendo a avaliação parte do processo de ensino – aprendizagem não deve servir
apenas para acompanhar o desempenho do aluno mas também do professor,ela deve ser
continua e de maneira que não torture o aluno mas sim o ajude na percepção de suas
dificuldades e assim possa melhor agir sobre as mesmas.
REFERÊNCIA
- Both, L.J.R.G. O Quilombo como patrimônio cultural: uma proposta educativa. In.:
História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais.
Paraná. Secretaria de estado da Educação, Superintendência da Educação.
Departamento de Educação . Departamento de Educação Fundamental. Curitiba: SEED-
PR, 2006 – (Cadernos Temáticos).
KAERCHER, N. A. Quando a Geografia Crítica é um pastel de vento e nós, seus
professores, Midas. Disponível em : http://www.ub.es/geocrit/9porto/nestor.htm.
KAERCHER, N. A. Práticas geográficas para lerpensar o mundo, converentendersar
com o outro e entenderscobrir a si mesmo. In.: REGO, N.; CASTROGIOVANNI, A. C.;
KAERCHER, N. A. (orgs). Geografia: práticas pedagógicas para o ensino médio . Porto
Alegre: Artmed, 2007. p. 15-33.
KATUTA, A. M. Uso de mapas = alfabetização cartográfica e/ou leiturização
cartográfica? In.: Nuances: Revista do Curso de Pedagogia. Presidente Prudente.
Volume 03, n° 03, 1997. p. 41-46.
-SEED.Diretrizes curriculares de geografia,ensino fundamental – Secretaria de Estado de
Educação.
-SEED.Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.Secretaria de Estado de
Educação.Departamento de Ensino de Primeiro grau.Curitiba,1990.
CIÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino de Ciências Naturais na escola fundamental tem sido como objeto de
estudo “Fenômeno da Natureza” praticado de acordo com diferentes propostas
educacionais, que se sucedem ao longo das décadas como elaboração teórica e que, de
diversas maneiras, se expressam nas salas de aula.
Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, ministravam-se
aulas de Ciências Naturais apenas nas duas últimas séries do antigo curso ginasial.
Essa lei estendeu a obrigatoriedade do ensino da disciplina a todas as séries
ginasiais e a partir de 1971 com a Lei 5692, Ciências passou ater caráter obrigatório nas
oito séries do primeiro grau. Quando foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação em 1961 o cenário escolar era dominado pelo ensino tradicional. Aos
professores cabia a transmissão de conhecimento acumulados pela humanidade, por
meio de aulas expositivas, e aos alunos a reprodução de informações. No ambiente
escolar, o conhecimento científico era considerado um saber neutro, isento, e a verdade
científica, tida como inquestionável.
A partir dos anos 80, o ensino de ciências naturais se aproxima das Ciências
Humanas e Sociais reforçando a percepção da Ciência como construção humana e não
como “verdade natural”.
Historicamente, as reformas curriculares para o ensino de Ciências tiveram
como premissa principal a preparação científica dos jovens, de modo a permitir-lhes
prosseguimentos dos estudos nas universidades, e a formação de novos cientistas.
Estas reformas afirmavam a necessidade da educação científica dos cidadãos em série,
padronizando o ensino de Ciências.
Ao longo do tempo, outras reformas foram propostas inserindo novos métodos
e modelos para o ensino da disciplina. No entanto, as mudanças não evidenciaram uma
reforma curricular eficiente que tenha proporcionado marcos firmes e objetivos a serem
implementados pelo professor na prática pedagógica, que considerasse o próprio
processo de produção do conhecimento científico e as novas demandas curriculares
constantemente apresentadas.
Assim ao elaborar a proposta das Diretrizes Curriculares da Educação os
professores preocuparam-se com o que, como e o porquê ensinar Ciências a todos os
alunos no início deste novo milênio.
Ao propor as DCEs, para a disciplina de Ciências é preciso refletir a respeito da
vasta abrangência da Ciência, que perpassa todas as dimensões da existência humana
em nossa sociedade. Somos todos afetados pelas relações da ciências, com a cultura e
com os problemas éticos e filosóficos. A Ciência não só interfere como tem afetado nosso
modo de vier, pensar e agir. São incontestáveis os avanços da Ciência e da Tecnologia na
sociedade e o lugar que esta ocupa na vida e na cultura atual. Tudo isso acaba refletindo
no contexto escolar.
Esse processo explica a complexidade do ensino de Ciências que a cada
momento configura novas demandas para a disciplina. Esses novos saberes na escola
está condicionado a um conjunto de fatores que compõem a cultura escolar
(organização do tempo, espaço escolar, material didático-pedagógico, formação do
professor), entre outros. Estas condições evidenciam a impossibilidade de tratar todos os
conteúdos na escola, exigindo a definição de princípios, eixos norteadores, noções e
conceitos que favoreçam a instrumentalização dos alunos da contemporaneidade e do
processo de produção do conhecimento científico.
Dessa forma, a disciplina de Ciências não pode ser vista no aspecto relativo ao
conhecimento científico, mas sim como uma disciplina que possibilita espaços efetivos de
discussão e reflexão a respeito de uma identidade científica ética, cultural, enfim ma
disciplina que instrumentalize o aluno para compreender e interferir no mundo deforma
consciente.
O ensino de Ciências, na atualidade, tem como desafio de oportunizar a
todos os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura
crítica de fatos e fenômenos relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da
produção científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a compreensão
das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local, regional e global), bem
como instigará reflexões a respeito das tensões contemporâneas, como por exemplo, a
preservação do meio ambiente x necessidades oriundas da produção industrial, a ética x
produção científica.
Além dos princípios gerais do ensino fundamental estabeleceu também os
princípios da disciplina que orienta o ensino de Ciências na rede pública. São eles:
- A historicidade dos conhecimentos.
- A inter-relação entre os sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, o objeto de
estudo da disciplina e o conhecimento.
- A intencionalidade da produção científica.
- A aplicabilidade das noções e conceitos científicos.
- A provisoriedade da produção científica.
Nas aulas da disciplina de Ciências os aspectos relacionados à Ciência, à
Tecnologia e a Sociedade serão abordados, concebendo a ciência como um processo
social, histórico e não dogmático: a Tecnologia como aplicação das diferentes formas de
conhecimento para atender as necessidades sociais e a sociedade como um meio, no
qual sujeitos podem perceber o poder e a influência que elas tem como cidadãos, com
enfoque a Cultura Afro-brasileira.
Temas Sociais e contemporâneos também serão desenvolvidos e terão a
finalidade de contribuir para o enriquecimento dos conteúdos da disciplina de Ciências.
2. OBJETIVOS GERAIS
- Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade, como
agente de transformação do mundo em que vive em relação essencial com os demais
seres vivos e outros componentes do ambiente.
- Entender as transformações da matéria e energia, de questões ligadas ao corpo humano
e a saúde, de noções básicas de astronomia e dos recursos tecnológicos presentes na
vida atual, assim como o estabelecimento de relações entre conhecimento científico,
produção tecnológica e condições de vida no mundo de hoje.
- Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos, como sua produção intelectual e
também como ponto de partida para o desenvolvimento do saber.
- Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de posicionar-se frente
as situações de seu tempo.
- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que
devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais e a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e
atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações.
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos que compõem o currículo da disciplina de Ciências foram
organizados de acordo com as Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino
Fundamental que tem como concepção de ciência; um processo de construção humana,
provisória, falível e intencional e dos conteúdos estruturantes: Corpo Humano e Saúde,
Ambiente, Matéria e Energia e Tecnologia, que se desdobram nos conteúdos específicos
da disciplina.
Esses conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,
considerando as relações entre a ciência a tecnologia e a sociedade estabelecendo
relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos dentre outros.
4. CONTEÚDO ESPECÍFICOS DE 6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA.
Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente - Conhecimentos Físicos
- População: taxas, densidade demográfica e fatores que influenciam;
- Conhecimentos Químicos
- Comunidade: Transferência de matéria e energia (ciclos biogeoquímicos, teias e cadeias
alimentares);
- Fotossíntese: Importância do processo de produção e armazenamento de energia
química (glicose);
- Conhecimentos Biológicos
- Relações de interdependência;
- Seres vivos – Seres vivos;
- Seres vivos – Ambientes;
- Conceitos básicos;
- Biosfera – Ecossistema – Comunidade – População – Indivíduo;
- Hábitat e nicho ecológico;
- Divisões da Biosfera: biociclos terrestre, marinho e de água doce;
- Teias e cadeias alimentares: produtores e consumidores e decompositores;
- Alimentação e saúde: tipos e funções dos alimentos, nutrientes;
Água no Ecossistema - Conhecimentos Físicos
- Estados físicos da água;
- Forças de atração e repulsão entre as partículas da água;
- Pressão e temperatura;
- Densidade;
- Pressão exercida pelos líquidos;
- Empuxo;
- Água como recurso energético;
- Conhecimentos Químicos
- Composição da água;
- Potencial de hidrogênio (PH);
- Salinidade;
- Água como solvente universal;
- Pureza;
- Soluções e misturas heterogêneas;
- Conhecimento Biológicos
- Ciclo da água;
- Disponibilidade da água na natureza;
- Água e os seres vivos;
- Hábitat aquático;
- Contaminação da água: doenças – preservação e tratamento;
- Equilíbrio ecológico;
Ar no Ecossistema
- Conhecimento Físicos
- Existência do ar: Ausência do ar: vácuo;
- Aplicação do vácuo;
- Atmosfera: camadas;
- Propriedades: compressibilidade. Expansão, exercer pressão;
- Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de vento, brisa terrestre e marítima;
- Velocidade e direção dos ventos;
- Resistência do ar;
- Pressão atmosférica e umidade;
- Meteorologia e previsão do tempo;
- Eletricidade atmosférica;
- Ar como recurso energético;
- Tecnologia aeroespacial e aeronáutica;
- Força de atrito;
- Aerodinâmica;
- Deslocamento de veículos automotores;
- Velocidades;
- Segurança no trânsito: prevenção de acidentes;
- Conhecimentos Químicos
- Composição do ar;
- Oxigênio (O2) e Gás Carbônico (CO2) – fotossíntese, respiração e combustão;
- Ciclos biogeoquímicos;
- Outros elementos presentes no ar;
- Gases nobres: suas propriedades e aplicações;
- Conhecimentos Biológicos
- O ar e os seres vivos;
- Pressão atmosférica e a audição;
- Contaminação do ar: doenças causadas por bactérias e vírus
– prevenção e tratamento;
- Poluição do ar: agentes causadores;
- Causas e conseqüências: efeitos nocivos resultantes do contato com esses agentes;
- Medidas para diminuir a poluição do ar;
Solo no Ecossistema - Conhecimentos Físicos
- Tecnologia utilizada para preparar o solo para o cultivo;
- Conhecimentos Químicos
- Composição do solo;
- Tipos de solo: arenoso, argiloso, calcário e húmus;
- Agentes de transformação do solo: água, ar, seres vivos;
- Utilidades do solo;
- Adubação: orgânica e inorgânica (compostagem e fertilizantes);
- Correção do PH dos solos;
- Processos que contribuem para o empobrecimento do solo: queimadas, desmatamento
e poluição, dentre outros;
- Conhecimentos Biológicos
- Combate à erosão: tipos de erosão;
- Mata ciliar;
- Contaminação do solo: doenças – prevenção e tratamento;
- Condições para manter a fertilidade do solo: cursas de nível, faixas de retenção,
terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas;
CONTEÚDOS ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DE 7º ANO Biodiversidade – Características básicas dos seres - Conhecimentos Físicos
- Temperatura;
- Calor;
- Diferenças entre os conceitos de calor e temperatura;
- Equilíbrio térmico;
- Transferência de calor;
- Transmissão de calor;
- Isolamento Térmico;
- Movimento e Locomoção;
- Conhecimento Químicos
- Metabolismo – Transformação da matéria e da energia fotossíntese;
- Respiração;
- Fermentação;
- Decomposição;
- Combustão;
- Conhecimentos Biológicos
- Características básicas que diferenciam os seres vivos dos não-vivos;
- Relações de interdependência: seres vivos-seres vivos;
- Seres vivos - ambiente;
- Adaptação e controle da temperatura corporal nos organismos;
- Interações da pele com o meio: proteção do organismo, regulação de água e
temperatura;
Níveis de organização dos seres vivos – Organização celular - Conhecimentos Físicos
- Unidade de medida;
- Equipamentos para observação e descrição de células: microscópio e lupas;
- Conhecimentos Químicos
- Unidades de medida;
- Conceitos básicos: colóides, osmose, difusão, substâncias orgânicas e inorgânicas;
- Conhecimentos Biológicos
- Aspectos morfo-fisiológicos básicos das células;
- Células animais e vegetais (membrana, parede celular, citoplasma e núcleo);
- Divisão celular: mitose (células somáticas) – câncer;
- Divisão celular: meiose (gametogênese) – anomalias cromossômicas;
- Aspectos morfo-fisiológicos básicos dos tecidos animais e vegetais;
- Conceitos básicos: biosfera – ecossistema – comunidade – população – indivíduo –
sistemas – órgãos – tecidos – células – organelas – moléculas – átomos.
Biodiversidade – Classificação e adaptações morfo-fisiológicas - Conhecimentos Físicos
- Capilaridade;
- Fototropismo;
- Geotropismo;
- Movimento e locomoção: referencial, impulso, velocidade, aceleração.
- Conhecimentos Químicos
- Osmose;
- Absorção;
- Fotossíntese;
- Respiração;
- Transpiração;
- Gutação;
- Fermentação;
- Decomposição;
- Hibridação;
- Conhecimentos Biológicos
- Modos de agrupar os seres vivos;
- Critérios de classificação;
- Cinco reinos dos seres vivos;
- Biosfera: adaptação dos seres vivos (animais e vegetais) nos ambientes terrestres e
aquáticos;
- Biotecnologia da utilização industrial de microorganismos e vegetais: indústria
farmacêutica, química e alimentícia (organismos geneticamente modificados) dentre
outras;
- Vegetais: raiz, caule, folha, flor, fruto e semente;
- Vegetais: reprodução e hereditariedade – polinização, fecundação, formação do fruto e
semente, disseminação;
- Animais: digestão (alimentação), respiração, circulação, excreção, locomoção,
coordenação, relação com o ambiente, reprodução e hereditariedade;
CONTEÚDOS ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DE 8º ANO Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo - Conhecimentos Físicos
- Diagnósticos: exames clínicos por imagens;
- Tratamento: radioterapia;
- Intoxicação por agentes físicos: elementos radioativos, pilhas, baterias, dentre outros;
- Conhecimentos Químicos
- Imunização artificial: soros, vacinas, medicamentos;
- Diagnósticos: exames clínicos;
- Tratamento: quimioterapia;
- Intoxicação por agentes químicos: agrotóxicos, inseticidas e metais pesados, dentre
outros;
- Conhecimentos Biológicos
- Doenças causadas por animais: parasitose, zoonoses e verminoses;
- Doenças causadas por microrganismos: parasitoses, infecções bacterianas, viroses,
protozooses e micoses;
- Intoxicações causadas por plantas tóxicas;
- Diagnósticos: exames clínicos;
- Prevenção e tratamento: alopatia, homeopatia, fitoterapia, dentre outros;
- Efeitos da intoxicações causadas por agentes físicos e químicos no organismo;
- Sistema imunológico: imunidade, barreira mecânica, glóbulos brancos (fagocitose),
anticorpos;
Corpo Humano como um todo integrado - Conhecimentos Físicos
- Ação mecânica da digestão: mastigação, deglutição, movimento peristáticos;
- Transporte de nutrientes;
- Pressão arterial;
- Inspiração e Expiração;
- Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;
- Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTS - AIDS;
- Tecnologias envolvidas na manipulação genética: clonagem e células tronco;
- Tecnologias associadas ao aconselhamento genético como forma de prevenção à má
formação gênica;
- Tecnologia envolvida na doação de sangue e de órgãos;
- A luz e a visão;
- Propagação retilínea da luz e a formação de sombras: Reflexão da luz e as cores dos
objetos;
- Olho humano como instrumento óptico;
- Modelo físico do processo de visão;
- Espelhos, lentes e refração;
- Poluição visual;
- Propagação do som no ar;
- Velocidade do som;
- O som e a audição;
- A qualidade do som;
- Reflexos sonoros: eco, poluição sonora;
- Próteses que substituem parte e funções de alguns órgãos do corpo;
- Aparelho e instrumentos que o homem constrói para corrigir algumas deficiências dos
órgãos dos sentidos;
- Tecnologias utilizadas para diagnosticar problemas relacionados aos sistemas sensorial,
nervoso, endócrino, locomotor (esquelético e muscular), genital, digestivo, respiratório,
cardiovascular e urinário;
- Tecnologias que causam danos ao sistema nervoso central: radiação, metais pesados,
drogas, acidentes com armas de fogo, acidentes de trânsito, automedicação, dentre
outras;
- Correção de lesões ósseas e musculares: traumatismos, fraturas e lesões.
- Conhecimentos Químicos
- Nutrição: necessidades nutricionais, hábitos alimentares;
- Alimentos diet e light;
- Ação química da digestão: transformação dos alimentos;
- Aproveitamento dos nutrientes;
- Reações químicas;
- Equações químicas;
- Transformações energéticas;
- Eliminação de resíduos;
- Hemodiálise;
- Sabores, odores e texturas;
- Ácidos e bases: identificação, nomenclatura e aplicações;
- PH de diversos produtos e substâncias;
- Óxidos e sais;
- Substâncias tóxicas de uso industrial: soda cáustica, cal e ácido sulfúrico, dentre outro;
- Substâncias tóxicas de uso agrícola: agrotóxicos, fertilizantes e inseticidas, dentre
outras;
- Substãncias tóxicas de uso doméstico: detergentes, sabões, ceras, solventes, lustra-
móveis, tintas e colas, dentre outras;
- Composição química do álcool;
- Teor alcoólico das bebidas;
- Reações que ocorrem no sistema nervoso e no organismo com a liberação de
neuromônios, como por exemplo, a adrenalina;
- Conhecimentos Biológicos
- Sistema digestivo (digestão);
- Disjunção do sistema digestivo: prevenção;
- Aspectos preventivos da obesidade da anorexia e da bulimia, dentre outros;
- Sistemas cardiovasculares;
- Disfunções do sistema cardiovasculares: prevenção;
- Aspectos preventivos do Acidente Vascular Cerebral (AVC), do enfarte, da hipertensão e
da arteriosclerose, dentre outros;
- Sistema respiratório;
- Disfunções do sistema respiratório: prevenção;
- Aspectos preventivos do enfisema pulmonar, da asma e da bronquite, dentre outros;
- Sistema urinário;
- Disfunções do sistema urinário: prevenção;
- Aspectos preventivos da nefrite, da cistite e da infecção urinária, dentre outros;
- Sistema Genital feminino;
- Disfunções do sistema genital feminino: prevenção;
- Sistema Genital Masculino;
- Disfunções do sistema genital masculino: prevenção;
- Métodos anticoncepcionais – tipos, ação no organismo, eficácia, acesso, causas e
consequências do uso;
- Tecnologia de reprodução in vitro, inseminação artificial;
- Tecnologias associadas ao diagnóstico e tratamento das DSTS – AIDS;
- Manipulação genética: clonagem e células tronco;
- Aconselhamento genético como forma de prevenção à má formação gênica;
- Doação de sangue e órgãos;
- Reprodução – hereditariedade;
- Causas e conseqüências da gravidez precoce – prevenção;
- Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTS) – Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS): prevenção;
- Defesa do organismo;
- Sistema Sensorial: visão, audição, gustação, olfato e tato;
- Portadores de Necessidade Educacionais Especiais: deficiência congênita e adquirida
(causas, conseqüências e prevenção);
- Sistema nervoso: central, periférico e autônomo;
- Disfunções do sistema nervoso: prevenção;
- Efeitos das drogas (lícitas e ilícitas) no sistema nervoso;
- Prevenção ao uso de drogas;
- Sistema Endócrino;
- Glândulas: exócrinas, endócrinas e mistas;
- Disfunções do sistema endócrino: prevenção;
- Sistema esquelético;
- Disfunções do sistema esquelético: prevenção;
- Sistema Muscular;
- Disfunções do sistema muscular: prevenção.
CONTEÚDOS ESTRUTURAIS: CORPO HUMANO E SAÚDE, AMBIENTE, MATÉRIA E ENERGIA, TECNOLOGIA. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DE 9º ANO
Poluição e contaminação da água, do ar e do solo. - Conhecimentos Físicos
- Poluição térmica;
- Poluição sonora;
- Medidas contra a poluição – fontes alternativas de energia: energia eólica, hidrelétrica,
solar entre outras;
- Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio
(alteração de temperatura e mudanças de estado físico da matéria).
- Conhecimentos Químicos
- Gases tóxicos, resíduos industriais, metais pesados, chuvas ácidas, elementos
radioativos, entre outros;
- Causa e conseqüências da poluição e contaminação da água, do ar e do solo: efeitos
nocivos nos seres vivos e no ambiente;
- Prevenção e tratamento dos efeitos nocivos resultantes do contato com agentes
químicos;
- Prevenção e recuperação de áreas degradadas por agentes químicos;
- Substâncias puras, mistas homogêneas e heterogêneas;
- Densidade das substâncias;
- Separação de misturas;
- Fase química do tratamento da água;
- Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e
poluentes responsáveis;
- Conhecimentos Biológicos
- Equilíbrio e conservação da natureza: fauna, flora, ar, água e solo;
- Agentes causadores da contaminação e poluição da água, do ar e do solo;
- Agentes causadores e transmissores de doenças;
- Prevenção e tratamento das doenças relacionadas à poluição e contaminação do ar, da
água e do solo;
- Saneamento básico: estações de tratamento da água (ETA), de esgoto (ETE) e do lixo
(aterros sanitários, reaproveitamento e reciclagem do lixo);
- Doenças relacionadas à falta de saneamento básico e prevenção;
- Biodigestor;
- Fenômenos: superaquecidos do planeta, efeito estufa, buraco na camada de ozônio e
seus efeitos nocivos aos seres vivos e ao ambiente.
Transformações da matéria e da energia
- Conhecimento Físico
- Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;
- Eletricidade: condutores – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção;
- Magnetismo: imãs;
- Bússola;
- Conhecimentos Químicos
- Fotossíntese;
- Fermentação;
- Respiração;
- Decomposição;
- Combustão;
- Conhecimentos Biológicos
- Energia na célula: produção, transferência, fontes, armazenamento, utilização;
- Nutrientes: tipos e funções;
Astronomia e Astronáutica - Conhecimentos Físicos
- Sol: Fonte de luz e calor;
- Radiação;
- Instrumentos construídos para estudar os astros: astrolábio, lunetas, telescópio,
satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio;
- Planeta Terra: movimento de rotação (dias e noites) e movimento de translação (estação
do ano);
- Inclinação do eixo da terra em relação ao plano da órbita;
- Força gravitacional;
- Medidas de tempo – instrumentos construídos pelo ser humano para marcar os dias no
tempo e no espaço: relógio de sol, ampulhetas, relógios analógicos, digitais e calendários;
- Desenvolvimento da astronáutica e suas aplicações;
- Telecomunicações: satélites, internet, ondas, fibras óptica, dentre outras;
- Exploração aerofotogramétrica (monitoramento por imagens de satélites);
- Utilização dos satélites na meteorologia;
- Investigação do espaço sideral por meio do foguete, sondas espaciais, ônibus espacial e
estação espacial;
- Estrelas: constelações e orientação;
- Sistema solar: posição da Terra e dos demais planetas;
- Conhecimentos Químicos
- Sol: composição química;
- Sistema solar: composição da Terra;
- Conhecimentos Biológicos
- Planeta Terra: Biosfera;
- Sol: produção de vitamina D;
- Movimentos da terra e suas conseqüências – ritmos biológicos;
- A lua como satélite natural da terra;
- Influências sobre a biosfera, marés;
- Diagnóstico, tratamento e prevenção dos efeitos das radiações do sol sob o corpo
humano: queimaduras, insolação e câncer de pele;
- P ser humano no espaço: astronautas;
- Relações de adaptação do homem às viagens espaciais;
- Sol: fonte de luz e energia;
- Fotossíntese: processo e armazenamento de energia;
- Estrutura da Terra – atmosfera, litosfera e hidrosfera;
Segurança do Trânsito - Conhecimentos Físicos
- Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;
- Velocidade, velocidade média e aceleração;
- Distância;
- Tempo;
- Inércia;
- Resistência do ar;
- Força de atrito, Aerodinâmica, Equipamento de segurança nos meios de transporte;
- A relação entre força, massa e aceleração;
- Máquina simples;
- Conhecimentos Químicos
- Teor alcoólico das bebidas e suas conseqüências no trânsito;
- Conhecimentos Biológicos
- Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas (álcool) – causas e conseqüências;
- Tempo de reação e reflexo comparado entre um organismo que não ingeriu drogas
(álcool) e um embriagado;
- Efeitos do álcool e outras drogas no organismo;
- Prevenção de acidente.
5. METODOLOGIA E RECURSOS
Ao longo do ensino fundamental, o ensino de Ciências, tem o objetivo de
instrumentalizar o educando para compreender a interação existente entre o mundo físico
e social, coordenar informações, posicionar-se diante delas e construir seus
conhecimentos. O ensino de Ciências, desta forma deve possibilitar ao sujeito a:
Capacidade de entender a realidade, de situar-se no mundo participativo de forma ativa
na sociedade, ser capaz de compreender criticamente uma notícia, de ler um texto
científico, de entender e avaliar questões de ordem social e política.
Ao considerar a concepção e os princípios de Ciências (a inter-relação, a
intencionalidade, a aplicabilidade e a provisoriedade), julga-se necessário a
implementação de atividades que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito
ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento.
As aulas práticas podem ser desenvolvidas de acordo com os recursos
disponíveis, inclusive envolvendo materiais alternativos, desde que os conceitos a serem
trabalhados não sejam simplificados de forma extrema e que os recursos alternativos
garantam a interpretação de fatos e conceitos, tendo como principal referência os
princípios da disciplina (inter-relação, intencionalidade, aplicabilidade e provisoriedade).
As atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula, por
demonstração, em vistas, saídas de campo e por outras modalidades, com objetivo de
permitir a apropriação de noções e conceitos e de suscitar a reflexão sobre o objeto
estudado, o fenômeno envolvido e, ainda, sobre a conjuntura em que este se insere.
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos,
na medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de
ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer
que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré
e pós atividade (vinculando teoria e prática) visando à construção das noções e conceitos.
É papel do professor criar oportunidades de contato direto de seus alunos com
fenômenos naturais e artefatos tecnológicos, em atividade de observação e
experimentação, nas quais, fatos e idéias interagem para resolver questões
problematizadoras estudando suas relações e suas transformações, impostas ou não pelo
ser humano.
Como apoio nas aulas de Ciências pode ser utilizado alguns recursos, como:
ler textos científicos, experimentar e observar, fazer resumos, esquematizar idéias, ler
matérias jornalísticas, valorizar a vida, respeitar os colegas e o espaço físico. Assim, o
conhecimento científico, que também é construção humana, podem auxiliar os alunos a
compreenderem sua realidade global ou regional.
O professor pode oferecer oportunidades de contato com ambientes reais,
através de visita, excursão que permitam ao estudante obter informações do meio
ambiente para elaboração/reelaboração de suas idéias e atitudes, para o
desenvolvimento de autonomia com relação à obtenção do conhecimento.
Serão, utilizados, portal Dia-a-Dia Educação, Projeto Educação com Ciência.
Terão jogos colegiais, Educação de campo. Educação Fiscal, Agenda 21, para
informações que envolvem seu cotidiano em seu enriquecimento.
É necessário construir instrumentos que permitam a aquisição de
conhecimentos do aluno como a utilização de vídeo, DVD, retro-projetor, microscópio,
termômetro, planetário, episcópio spinlight, torso, esqueleto, Atlas, Internet, e outros
materiais.
6. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento do processo ensino aprendizagem que deve ser
considerado em direta associação com os demais, informando ao professor o que foi
aprendido pelo estudante; informando ao estudante quais são seus avanços dificuldades
e possibilidades; encaminhando o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua
prática educativa e, desse modo orientando o ajuste de sua intervenção pedagógica para
que o estudante aprenda. Possibilitando também a equipe escolar definir
prioridades em suas ações educativas.
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação se
inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se
evidenciar durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de
um período de trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e
sistemático pelo professor como de momentos de formalização, ou seja, a demonstração
de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.
Ao avaliar o professor utiliza-se de todos os instrumentos possíveis que
permitem verificar as diferentes aprendizagens quais sejam:
- Atividades de observação;
- Registro;
- Entrevistas;
- Experimentos;
- Pesquisas;
- Avaliação paralela de estudos.
A recuperação no processo ensino-aprendizagem tem como finalidade
reintegrar o aluno no processo de aprendizagem, abrindo espaços para que o mesmo
possa repensar o conteúdo, descobrir seus próprios erros e construir o conhecimento.
REFERÊNCIAS
- ANDREOLLI, Francisco – Ciências Ed. Brasil S/A
- BAGLIOLI, Osmar, GONÇALVES, Jane T. Santos, KUCERA, Lia, MACHADO, Lise,
Ciências, Ed. Módulo.
- BARROS, Carlos, Ciências, Ed Ática.
- Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Secretaria Estadual de
Educação, Superintendência da Educação.
- Coleção Educação Ambiente
- CRUZ, Daniel. Ciências, Ed. Ática.
- Ensinar e Aprender 1,2,3, MARCONDES, Ayrton C., SARIEGO, José Carlos, Ciências,
Ed. Scipione.
- FARIAS, Romildo P., Visão para o universo, Ed Ática.
- GOWDAK, Demétrio, MATTOS, Neide S. de, FRANÇA, Valmir de, Ciências, Ed FTD.
- LAGO/ E.N.S. Ciências. O homem , IBEP.
- MACHADO, Lise – Ciências Ed. Módulo.
- OLIVEIRA, Emanuel C., Ciências e Vida, Ed. IBEP.
- Portal Dia-a-Dia Educação.(www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br)
- REVISTA, Super Interessante.
- SONCINI, Maria Izabel, lório. Ensinar e Aprender. Ciências. CENPEC.
- VALLE, Cecília, Ciências. Ed. Positivo.
ARTE
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No Ensino Fundamental a proposta de Arte, consiste em analisar seu papel na
formação da percepção e da sensibilidade do aluno através do trabalho criador, da
apropriação do conhecimento artístico e do contato com a produção cultural existente;
como também colher significação da arte no processo de humanização do homem, visto
que, como ser criador, pode transformar a natureza através do trabalho, produzindo
assim, novas maneiras de se sentir; e, concomitante, exercitando sua cidadania cultural
com qualidade vinculado com os temas transversais: solidariedade humana, meio
ambiente, saúde, trabalho e consumo, pluralidade cultura.
O conjunto de conteúdos está articulado dentro do processo de ensino e
aprendizagem (domínio do conhecimento artístico e estético) e explicitado por intermédio
de ações em três eixos norteadores: produzir, apreciar e contextualizar.
Em artes visuais o aluno deverá ser capaz de: expressar, construir, reconhecer
e diferenciar variedades de materiais, representando idéias, emoções, sensações por
meio de articulação poética pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e grupais;
identificar a diversidade de inter-relações de elementos da linguagem visual que se
encontram em múltiplas realidades (vitrines, cenário, roupas, adereços, objetos
domésticos, movimentos corporais, meios de comunicação); perceber e analisá-los
criticamente.
2. Objetivos gerais
- Pesquisar, explorar, improvisar, compor e interpretar sons de diversas naturezas e
procedências, desenvolvendo a autoconfiança, senso estético crítico, concentração;
capacidade de análise e síntese; trabalho em equipe com diálogo, respeito e cooperação;
utilizar a voz como meio de expressão; fazer uso de formas de registros convencionais ou
não.
- Conhecer e distinguir momentos da História do Teatro, os aspectos estéticos
predominantes, a tradição dos estilos, e a presença dessa tradição na produção teatral
contemporânea; entender e reconhecer a relação palco e platéia.
- Apreciar, experimentar, investigar e utilizar diferentes estímulos de improvisações à
composição coreográfica e observação; e também conhecer, reconhecer e valorizar as
diferentes manifestações de danças étnicas (folclóricas e populares).
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Técnicas para uso do lápis de cor
- Traçado de margem
- Letras tipo bastão
- O Ponto
- A Linha; Forma; Volume: Proporção
- Histórias em quadrinhos; elementos da história em quadrinhos
- Estudo da Cor; cor luz; cor pigmento
- Decomposição da Luz Branca; Disco de Newton
- Círculo cromático
- Cores primárias e cores secundárias
- Cores quentes e cores frias
- Monocromia e policromia
- Cores complementares e análogas
- Cores neutras
- Matriz, saturação e brilho no estudo da cor
- Composição básica das tintas: pigmento, aglutinante ou veículo
- Luz e sombra
- Sombra própria e sombra projetada
- Simetria e Assimetria
- Perspectiva crônica e paralela (traçado PF e LH)
- Desenho de Observação, Memorização, Geométrico, Abstrato, De Computador,
Projetivo, de Criação (Livre e Dirigido)
- Textura própria e gráfica
- Rachaduras e pontilhismo no desenho
- Gravura e suas modalidades
- Mosaico
- Ilustração de textos
- Importância da ilustração de textos
- As diferentes modalidades de ilustração de textos
- Dicas para uma boa ilustração
- Grafite
- Design e Publicidade
- Logotipo e Slogan
- Caricatura
- Charge e Cartum
- Definição de Mural e Painel
- A importância do mundo virtual no mundo moderno
- Sinais e símbolos
- Símbolos nacionais e sinalização
- O símbolo na arte
- Evolução da escrita
- Alfabeto surdo-mudo
- Linguagem do corpo
- História da Arte: Pontilhismo, Fauvismo, Op-Arte, Arte Barroca e Rococó no Brasil
- História da maquiagem
- Folclore Brasileiro: festas, danças folguedos, lendas, arte e artesanato
- Brincadeiras folclóricas
- O mundo de Monteiro Lobato
- Literatura de Cordel
- Classificação dos sons - naturais e culturais
- Classificação da voz humana – uso correto da voz
- Música Popular Brasileira – compositores e intérpretes
- Instrumentos Musicais – classificação
- Histórico da dança
- A dança na educação
- Estudos étnicos de dança (folclóricas e populares)
- História do Teatro
- Jogos teatrais
- Expressão Corporal
- Dramatização
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Criar conjuntos de situações e oportunidades que proporcionem ao aluno
vivências que o levem à realização de determinados (ou indeterminados) aprendizados
através de: exercícios que permitam diferenciar vários tipos de arte; explicação do
conteúdo teórico; aplicação de várias técnicas para execução do trabalho artístico, tais
como: pintura, colagem, desenho, gravura, fotografia, painel, dramatização, encenação,
etc.; exercícios de fixação e percepção; pesquisas em revistas, jornais, televisão e/ou
Internet; análises de reproduções e seleção de composição; exposição dos trabalhos;
visita à exposição de artistas da cidade e região; auxílio de vídeo, como complementação
e subsídio para criação; propor debates sobre conteúdos dentro da contextualização.
5. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Avaliação através da comparação do aluno, consigo próprio, e que se baseia
na convicção de que cada indivíduo tem capacidade de desenvolver os conhecimentos de
base que poderão ser sempre alargados. E em alguns momentos, avaliar o esforço que o
aluno fez para representar os conteúdos ministrados, seja na forma de linguagem ou nas
ações revelando suas possibilidades de interpretação através de produções artísticas, tais
como: pintura, colagens, desenhos, pesquisas, testes objetivos, argüição oral,
dramatizações, provas, e outras atividades que por ventura se fizerem necessárias no
decorrer do curso.
REFERÊNCIAS - CANTELLE, Bruna R. – Arte e Linguagem Visual. Coleção Horizonte, Ed. IBEP. Ano –
2001. Vol. 1 e 2
- CARVALHO, André e QUINTELLA, Ary – Arte: coleção pergunte ao José. Ed.
Lê. Ano – 1995.
- FLEITAS, Ornaldo. Arte e Comunicação. Ed. FTD. 1ª Ed. – 1993. Vol. A, B, C, e D.
- HADDAD, Denise e MORBIN, Dulce G.. A Arte de fazer Arte. Ed. Saraiva, 1ª Ed., Ano –
1999. Vol. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.
- Apostila de Música – Seminário de Educação Artística. Umuarama – 1997.
- Internet site UOL, MetaMiner.
- Diretriizes de artes.
EDUCAÇÃO FÌSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA Fundamentação Teórica A educação física no Brasil passou por diversos períodos que, por sua vez,
possuíam diversas concepções relacionadas à função da própria educação física, da
necessidade, da maneira de trabalhar e ver o corpo. As tendências podem ser
reconhecidas e divididas em:
Educação Física Higienista (1889-1930) – Propunha uma ênfase na saúde,
cabendo no papel da educação física a formação de indivíduos fortes, saudáveis e
propensos à aderência a atividades boas em detrimento de maus hábitos. Tinha por
finalidade: “[...] proporcionar aos alunos o desenvolvimento harmonioso do corpo e do espírito, formando o homem física e moralmente sadio alegre e resoluto”. (MARINHO, 1953, p. 177.) Educação Física Militarista (1930-1945) – De forte influência dos militares, foi decretado no país o “Regulamento n. 7”, tornando de caráter oficial a utilização do “Método do Exército Francês”. Tinha por objetivo o “desenvolvimento harmônico do corpo. Desenvolvimento da personalidade. Aperfeiçoamento da destreza. Emprego da força e espírito de solidariedade”. (MAZZEI & TEIXEIRA, 1967, v. IV, p. 143) Educação Física Pedagogicista (1945-1964) – Com uma visão que pode ser traçada ao liberalismo, a vertente pedagogicista propunha a educação física como um meio de formação do indivíduo. “A educação física, acima das “querelas políticas”, é capaz de cumprir o velho anseio da educação liberal: formar o cidadão.” (GHIRALDELLI JÚNIOR, 1989, p.29) Educação Física Competitivista (1964-1985) – Marcada pelo forte apelo aos
esportes de competição oficiais, por um “culto do atleta-herói”, essa visão foi a
predominante no regime militar. Foi o período que houve o maior investimento na
educação física como um todo. O professor deveria preparar esses futuros atletas.
“Quer-se dar ao professor de educação física a convicção de que ele, por força da
profissão é condutor de jovens, um líder e não pode aceitar ser conduzido por minorias
ativas que intimidam, que ameaçam e, às vezes, conseguem, pelo constrangimento,
conduzir a maioria acomodada, pacífica e ordeira.” (FERREIRA, 969 apud GHIRALDELLI
JÚNIOR, 1989, p.31)
Educação Física Popular (1985-) – Movimento de cunho ideológico que pretende
udar o paradigma da educação física, saindo do competitivismo para uma visão
em direção a “[...] ludicidade, a solidariedade e a organização e mobilização dos
trabalhadores na tarefa de construção de uma sociedade efetivamente democrática”.
(GHIRALDELLI JÚNIOR, 1989, p.34). Outro exemplo que mostra o viés ideológico é o do
Coletivo de Autores que fala que “[...] o aluno sistematiza o conhecimento sobre os
saltos e os conceitos que explicam o conteúdo e a estrutura do objeto salto, desde as
leis físicas e características no nível cinésio/fisiológico, até às explicações político-
filosóficas da existência de modelos de salto”. (COLETIVO DE AUTORES, 1993, p.65)
Propomos uma Educação Física articulada ao Projeto Político Pedagógico da
escola com o objetivo a formação crítica do aluno aliada a Cultura Corporal de forma
histórica, social, política, econômica e cultural, sem preocupações com aptidão física,
performance esportiva, etc.
Ao longo da história a Educação de Jovens e Adultos a principio esteve centrada
nos processos de alfabetização e mais recentemente nas outras modalidades de ensino.
No final do século XIX através de aprovações de projetos de leis a educação de
adultos tonava-se obrigatória, em prol de interesses eleitorais já que o voto do analfabeto
era impedido. Em 1925 surgiu o ensino no noturno para jovens e adultos para atender um
movimento contra o analfabetismo precedido pela classe dominante.
Até a década de 60 as ofertas de ensino de Jovens e Adultos eram exclusivamente
do ensino primário e a partir desta data estendeu-se ao ginasial. Porém com o golpe
militar o governo criuo o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). Possuir um perfil
centralizador e doutrinário este processo não teve muito sucesso, já que dos 40 milhões
de pessoas que frequentaram o mobral apenas 10% foram alfabetizadas.
A lei n°5692/71 apresentou um capítulo para a educação de jovens e adultos
denominado ensino supletivo ao qual ofertava cursos seriados e os exames com
certificação. Seguia-se uma proposta curricular do ensino regular de forma simplificada.
Tinha como objetivo atender aqueles que precisasse comprovar a escolaridade no
trabalho para os analfabetos, contudo tornou-se ensino permanente.
Em 1985 o governo federal criou a Fundação Educar, restinguindo o mobral. O
estado do Paraná criou o Centro de Estudo Supletivo, hoje conhecidos como Seebejas,
postos avançados do Seebejas (PAC).
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da educação a EJA passou a ser
uma modalidade da educação básica de forma própria no ensino fundamental e médio.
No ano de 2000 foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacionais de Jovens e Adultos,
assim esta modalidade de ensino deve fazer parte de uma formação equivalente às oito
séries do ensino fundamental com materiais didáticos e técnicas pedagógicas adequadas,
centrado em uma pedagogia que privilegie o acesso, a permanecia e o exito educacional
dos alunos.
A Educação de Jovens a Adultos deve permitir que os alunos estudem em tempos
não padronizados respeitando seu próprio ritmo na apropriação do conhecimento, levando
em consideração que o aluno é também um trabalhador, objetivando um compromisso
com a formação humana e acesso à cultura geral, despertando sua consciência critica,
tornando-se sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos.
Quanto ao perfil dos alunos jovens e adultos o professor deve conhecer sua
história cultura e costumes levando em consideração levando-se em conta todas as
diversidades existentes, na elaboração do seu currículo escolar, além de respeitar o
tempo de aprendizagem de cada aluno, usando de uma flexibilidade de conteúdos e
métodos se for o caso, em um atendimento a um aluno com necessidades educacionais
especiais por exemplo.
Assim o compromisso dar-se-a com o acesso, a permanência e o exito do aluno no
espaço escolar.
A Educação física no Brasil teve seus primeiros registros embasados em teorias
europeias, centrado em conhecimentos médicos e militares cujo principal objetivo era o
desenvolvimento da saúde e formação moral dos brasileiros, visando aprimorar
capacidades e habilidades físicas, da disciplina e do respeito aos dominantes da pátria.
Somava-se ainda a estes conceitos ideais para a formação de corpos fortes e preparados
para defender o Brasil.
Assim no início do século XX, a Educação Física tornou-se obrigatória nas escolas
para crianças a partir de 6 anos de idade, com utilização de métodos militaristas e
ginástico Frances.
Com a popularização do esporte na década de XXX a Educação Física passou a
trabalhar este conteúdo com o objetivo de promover a política nacionalista. Nas aulas de
Educação Física pautava exclusivamente o rendimento, a competição, comparação de
recordes, disciplina rígida e o uso de técnicas especificas, almejando formar atletas,
consolidando o país como uma potencia olímpica.
Neste mesmo período em que a Educação Física escolar teve caráter esportivo
surgia uma forte corrente pedagógica como psicomotricidade que tinha em seus aspectos
teóricos metodológicos contrários ao da esportivização, valorizando a formação integral
do aluno. Mesmo assim o esporte continuou a ser tratado como meio de educação e
disciplina dos corpos e a Educação Física ainda assumiu um papel como disciplina
colaboradora a outras disciplinas.
Somente com o fim do período da ditadura militar a Educação Física assumiu uma
nova roupagem embasadas em correntes progressistas como a Desenvolvimentista e
Construtivista e mais tarde embasadas em tendencias Crítico-superadora. A tendencia
Crítico-superadora baseia-se na pedagogia da cultura corporal.
No início da década de 90 teve início a elaboração do Currículo Básico do Estado
do Paraná, documento voltado para as demandas sociais e históricas da educação
brasileira, preocupado com a formação de alunos críticos e transformadores. Inseria-se
então ideais pautados na pedagogia histórico-crítica, onde o aluno tomasse consciência
sobre seus próprios corpos em relação ao meio social em que vivem e não em um sentido
biológico ou anatômico. Contudo o documento do currículo básico permaneceu
privilegiando aspectos desenvolvimentista, construtivista e psicomotora, fugindo
totalmente dos pressupostos da pedagogia histórico-crítica.
Mesmo com todos estes documentos que priorizavam mudanças na Educação
Física escolar, esta ainda se manteve em seus aspectos tradicionais visando aptidões
físicas, aspectos psicomotores e prática esportiva.
Com a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física,
documento que passou a subsidiar a disciplina logo após a aprovação da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional em 1996. Contudo os Parâmetros apresentavam em seu
referencial um currículo mínimo, além de conter elementos da pedagogia construtivista e
na relação de saúde e aptidão física, representando propostas incoerentes. Atualmente,
com a elaboração das Diretrizes Curriculares da Educação Física no Estado do Paraná
busca-se garantir ao aluno o conhecimento produzido historicamente, tendo na cultura
corporal acesso ao conhecimento crítico das inúmeras práticas corporais sendo elas
históricas, políticas, sociais e culturais.
Objetivo Geral
Conduzir o aluno a reflexão crítica das diversas manifestações e práticas corporais,
contribuindo para a formação de um ser humano crítico e reflexivo, agente transformador
histórico, político, social e cultura.
Conteúdos Estruturantes e Básicos
Conteúdos para 6º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Individual e coletivo Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos
Ginástica Rítmica Circense Geral
Lutas Capoeira Dança Folclóricas, de rua e criativas Conteúdos para 7º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Individual
Coletivo Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos
Ginástica Rítmica Circense Geral
Lutas Capoeira Dança Folclóricas, de rua e criativas e circulares Conteúdos para 8º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Coletivo
Radicais Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos Organização de festivais e gincanas
Ginástica Rítmica Circense Geral
Lutas Capoeira Organização da roda de capoeira
Dança Criativas e circulares Conteúdo 9º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Coletivo
Radicais Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro
Jogos cooperativos Organização de festivais e gincanas Jogos dramáticos(mimicas)
Ginástica Rítmica Geral
Lutas Capoeira Organização da roda de capoeira
Dança Criativas e circulares Conteúdo Ensino Médio Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esportes Coletivo
Individual Radicais
Jogos e Brincadeiras Jogos Dramáticos Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos Organização de festivais e gincanas
Ginástica Condicionamento Físico Geral
Lutas Capoeira Organização da roda de capoeira
Dança Folclóricas, salão e de rua Encaminhamento Metodológicos Embasado na cultura Corporal onde o conhecimento é transmitido e discutido com
o aluno, numa relação com as práxis, levando em consideração a cultura local e
conhecimento que o aluno traz da sua realidade.
Fica proposto uma metodologia na educação da EJA considerando os três eixos
articuladores: cultura, trabalho e tempo.
A cultura embasará a ação pedagógica e deverá estar extremamente relacionada
com conhecimento e currículo levando em consideração ao propor uma ação pedagógica
a diversidade cultura existente, tornando-a mais próxima da realidade dos nossos alunos.
O trabalho deve ser compreendido como fator essencial da vida do educando da
EJA, afinal e através dele que surge melhorias na qualidade de vida destes alunos, assim
a importância de se promover discussões e reflexões sobre a função do trabalhos com a
produção de saberes.
O terceiro eixo, o tempo significa que a escola deva valorizar os diferentes tempos
necessários a aprendizagem do aluno, principalmente o tempo pedagógico. Assim o
tempo escolar passa a adaptar-se ao tempo pedagógico de cada aluno, de foram
equilibrada.
Com relação a lei 11.645/08 da cultura indigena será proposto uma pesquisa sobre
danças indigenas dentro do conteúdo danças folclóricas ao qual os alunos irão reproduzir
aquilo que pesquisaram.
Para a lei 9795/99 relativa ao meio ambiente será proposto a construção de
brinquedos com materiais reciclaveis como garrafas petis, latas entre outros.
E a lei 10.639/03 da história de cultura afro-brasileira e africana será proposto uma
palestra com mestre de capoeira da comunidade ao qual explicará a origem desta luta e
realizará junto com os alunos movimentos práticos da mesma. Esta atividade, se dará no
conteúdo lutas.
Avaliação
A Avaliação vista como um processo contínuo, permanente e cumulativo, deve
estar em total sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, vinculados com os
objetivos e metodologia.
Deve ser dada prioridade ao comprometimento e envolvimento do aluno à atividade
proposta, se houve assimilação dos conteúdos, se consegue resolver problemas de forma
criativa, respeitando a si mesmo e aos seus colegas. As provas e trabalhos escritos são
utilizados como avaliação dentro de uma ação pedagógica.
Referências
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do tensino da Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed., São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica
– Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Educação Física Progressista. 2. ed. São Paulo: Loyola,
1989.
MARINHO, I. P. História da Educação Física e dos Desportos no Brasil. 1. ed. Rio de
Janeiro: Imprensa Nacional, 1953.
MAZZEI, J.; TEIXEIRA, M. Coleção C.E.R. 05 Volumes. 1. ed. São Paulo: Fulgor, 1967.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
1- Apresentação Geral da Disciplina
Atualmente, a língua inglesa, como disciplina, é muito importante para nossos
alunos, pois dá acesso à ciência e à tecnologia moderna, à comunicação intelectual, ao
mundo de negócios e a outros modos de se conceber a vida humana.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna deve proporcionar ao aluno uma
aprendizagem diferenciada, através da flexibilidade e adaptação curricular, planejamento
específico e atendimento especializado, visando à preservação da dignidade,
fortalecimento da identidade social e o exercício da cidadania de cada um dos envolvidos
no processo ensino / aprendizagem.
A LEM (inglês) representa, para o aluno, a possibilidade de transformá-lo em
cidadão ligado à comunicação global, ao mesmo tempo em que pode compreender com
maior clareza seu vínculo como cidadão em seu espaço social mais imediato,
possibilitando o acesso à cultura geral para que esses sujeitos tenham condições de
participar política e produtivamente das relações sociais, de forma ética e comprometida
politicamente com seu tempo.
O ensino de uma língua estrangeira moderna deve ser voltado para a
comunicação que se realiza, pela linguagem, nas práticas existentes nos diversos grupos
sociais situados históricos e socialmente.
2- Objetivos Gerais da Disciplina
Os objetivos pelos quais os conteúdos foram selecionados foram com a finalidade
de:
- praticar um ensino de língua estrangeira voltada não somente à teoria gramatical, mas
ao conhecimento e prática efetiva do falar, ler e escrever.
Dessa forma, esse conhecimento e prática ocorrerão de maneira crescente e
contínua, de acordo com o grau de complexidade de cada turma.
A oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas juntas, tendo os conteúdos
propostos adaptados ao nível lingüístico à turma, tornando-se detalhadas a medida dos
avanços conquistados ao longo do período estudado.
3- Conteúdos Estruturantes
- Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
- Para o trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos como:
-Carta Pessoal
- Relatório
- Cartão Postal
- Sinopses de filme
- Convites
- Letras de música
- Currículo Vitae
- Textos
Autobiografia
- Narrativas
- Histórias em quadrinhos
Debate
- Resumo
- Palestra
- Vídeo VIP
- Pesquisas
- Músicas
- Cartazes
- Exposição Oral
- Filmes
- Bulas
- Manual Técnico
4- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Quanto as oralidades serão trabalhados os seguintes pontos:
- Conteúdos temáticos;
- Informatividade;
- Marcas lingüísticas;
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrita.
Leitura:
- Finalidade do texto;
- Tema do texto;
- Intertextualidade;
- Temporalidade;
- Léxico.
Escrita:
- Discurso direto e indireto;
- Tema do texto;
- Informatividade;
- Elementos composicionais do gênero
5- Metodologia
O trabalho de LEM em sala de aula precisa partir do entendimento do papel
das línguas na sociedade, com mais do que meros instrumentos de acesso à informação.
O texto apresenta-se como um espaço para a discussão de temáticas
fundamentais para o desenvolvimento intercultural, manifestados por um pensar e agir
crítico, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças e
valores. O texto, nesta proposta, apresenta-se como principio gerador de unidades
temáticas e de desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas.
O trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se como importante na
medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas.
Na medida em que os alunos sujeitos reconheçam que os textos são
representações da realidade e que tais representações são construções sociais, eles
terão maior oportunidade de assumir uma posição mais critica em relação a tais textos.
Eles poderão rejeitá-los ou construí-los à partir de seus universos de sentidos, os quais
lhe atribuem coerência através da negociação de significados. Na LEM, é necessário um
trabalho mais elaborado com o texto, para que, ao menos, o aluno saiba enfrentar uma
situação de leitura com sucesso, sabendo reconhecer, por exemplo, a informação
essencial de um artigo curto de jornal, de uma publicidade, de uma pagina de instrução de
um produto importante, etc.
6- Avaliação
A condição necessária para que a avaliação da aprendizagem assuma seu
verdadeiro papel. É que ela deixe se ser utilizada como um recurso de autoridade, que
decida sobre os destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o crescimento,
deixando de ser punida e de controle e passe a ser um instrumento facilitador na busca
de orientações e intervenções pedagógicas, uma avaliação basicamente processual.
A avaliação será contínua, somativa e diagnostica. Para tanto será utilizado
como instrumentos de avaliação a produção e a participação dos alunos em seus
relatórios ou pesquisas, podendo ser individualmente ou em dupla, uma vez que a
avaliação em dupla permite a socialização do conhecimento.
· PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO PARALELA
Cabe ao professor fazer um levantamento das dificuldades e duvidas que
prejudicaram o aprendizado do aluno; valendo-se de técnicas diferenciadas para facilitar
seu entendimento; fazer nova abordagem sobre os conteúdos estudados; realizar
atividades em situações novas para recuperar o aluno que demonstrar defasagem na
aprendizagem dos conteúdos ministrados.
Referências
Diretrizes Curriculares de Inglês para Ensino Fundamental – Secretaria de Estado da
Educação – Superintendência da Educação, 2006.
PARANÁ ELT PROJECT. Relatório dos seminários do Currículo. Disponível em:
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SILVEIRA, Maria I. M. Línguas Estrangeiras: uma visão histórica das abordagens,
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