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IdentificacaoQuadricas
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Quádricas
Definição 1: Seja
ℝ, n = 2,3 o espaço euclidiano real com base ortonormada e
∈ ℳ × uma matriz real, não nula e simétrica, ∈ ℳ× ∈ ℳ×. Uma
quádrica de ℝ, n = 2,3 é um conjunto de pontos ∈ ℝ , n = 2,3 que satisfaz uma
equação cartesiana da forma
+ 2 + = 0
Definição 2: Uma quádrica de ℝ, n = 2,3 de equação +2 + = 0
relativamente a uma base ortonormada diz-se central se e só se o sistema
= − é
possível. Caso contrário diz-se não central.
Definição 3: Considere-se uma quádrica central em que o sistema = − tem
solução única. Essa solução designa-se por centro da quádrica.
Propriedades das Matrizes Reais e Simétricas
1. Os valores próprios de uma matriz real e simétrica são reais.
2. Seja A uma matriz real e simétrica e e valores próprios distintos de Aassociados a vectores próprios u e v. Então u e v são ortogonais.
3. Seja ∈ ℳ × uma matriz real e simétrica. Então existem n vectores próprios
de A que formam uma base ortogonal de ℝ.
4. Seja ∈ ℳ × uma matriz real e simétrica. Então a matriz A é diagonalizável,
isto é, é semelhante à matriz diagonal = (,… . ), o que significa que
existe S, invertível, tal que = . Para o caso particular das matrizes
simétricas, é possivel tomar para matriz diagonalizante a matriz cujas colunassão n vectores próprios unitários e nesse caso = e temos = ou
= . A matriz S diz-se matriz ortogonal e representa uma rotação.
Estas propriedades das matrizes reais e simétricas permitem escrever qualquer quádrica
numa base em que possa ser facilmente identificada. Classificar uma quádrica reduz-se
a um problema de mudança de coordenadas. Isto pode ser obtido por rotação dos eixos
coordenados de forma a alinhá-los com os eixos da quádrica correspondente, o queelimina os termos cruzados de segunda ordem, seguida de uma translação destinada a
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 2
eliminar, se possível, os termos de primeira ordem, operação que pode ser efectuada
completando os quadrados. De facto, se considerarmos a parcela respeitante aos termos
de segunda ordem, , e o facto de A ser tal que , obtemos
Considerando agora a mundaça de base definida por , ou seja, ′
obtemos
′′
Pelo que a mudança de coordenadas definida pela rotação, , permite eliminar
os termos cruzados de segunda ordem.
Quádricas em
Definição 3: Uma quádrica de é um conjunto de pontos , ∈ que satisfaz
uma equação cartesiana da forma
a 2 2 2 0
com a, a, a, diferentes de zero.
Uma equação deste tipo define sempre uma secção cónica (elipse, hipérbole, parábola)
ou uma cónica degenerada (uma ou duas rectas, um ponto, o conjunto vazio). Os termos
de segundo grau definem o tipo de cónica.
Figura 1: Secções Cónicas, elipse, hipérbole, parábola
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 3
Exemplo 1: Escrever sob a forma matricial as seguintes quádricas de ℝ
a) + + 1 = 0
b)
+
− 1 = 0
c) + = 0
d) 4 + 9 − 25 = 0
e) 4 − 9 − 25 = 0
f) 4 + 9 − 8 − 36 + 4 = 0
g) 7 − 9 + 28 +54 −116 = 0
h) 4 − 8 − 36 + 4 = 0
Resolução:
a) 1 00 1 + 1 = 0, ou seja, e = 1 00 1, = 0 0 e = 1.
b) 1 00 1 − 1 = 0, ou seja, e = 1 00 1, = 0 0 e = −1.
c) 1 0
0 1
= 0, ou seja, e = 1 0
0 1, = 0 0 e = 0.
d) 4 00 9 − 25 = 0, ou seja, e = 4 00 9, = 0 0 e = −25.
e) 4 00 −9 − 25 = 0, ou seja, e = 4 00 −9, = 0 0 e =−25.
f) 4 00 9 + 2−4 −18 + 4 = 0, ou seja, e = 4 00 9, =
−4 −18 e = 4.
g) 7 00 −9 + 214 27 − 116 = 0, ou seja, e = 7 00 −9, = 14 27 e = −116.
h) 4 00 0 + 2−4 −18 + 4 = 0, ou seja, e = 4 00 0, =
−4 −18e
= 4.
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 4
Classificação de quádricas de ℝ
Quádricas em
ℝna forma canónica.
A tabela 1 apresenta em resumo e na forma canónica as equações das quádricas em ℝ,não degeneradas. Vejamos alguma definições que permitem deduzir as equações
cartesianas das quádricas em ℝ, na forma canónica.
Definição 4: A elipse é o conjunto dos pontos P no plano tais que a soma das distâncias
de P a dois pontos fixos e designados por focos é constante, ou seja, se =
2, então a elipse é o conjunto dos pontos P tais que
+ = 2
em que a > c.
Proposição 1: A equação da elipse cujos focos são = (−,0) e = (, 0) é
+
= 1
A equação da elipse cujos focos são = (0,−) e = (0, ) é
+ = 1
Em ambos os casos = + .
Figura 2: Elipse com focos = (−,) e = (, ) 0
0
x
y
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 5
Figura 3: Elipse com focos = (,−) e = (, )
Definição 5: A hipérbole é o conjunto dos pontos P no plano tais que o módulo da
diferença entre as distâncias de P a dois pontos fixos e designados por focos é
constante, ou seja, se = 2, então a hipérbole é o conjunto dos pontos P tais
que
− = 2
em que a < c.
Proposição 2: A equação da hibérbole cujos focos são = (−,0) e = (, 0) é
− = 1
As assímptotas são as rectas de equação
y = ∨ y = −
A equação da hipérbole cujos focos são = (0,−) e = (0, ) é
− + = 1
As assímptotas são as rectas de equação
=
∨ = −
Em ambos os casos = + .
0
0
x
x
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 6
Figura 4: Hipérbole com focos = (−,) e = (, )
Figura 5: Hipérbole com focos = (,−) e = (, )
Definição 6: A parábola é o conjunto dos pontos P no plano equidistantes de uma recta
designada por directriz e de um ponto designado por foco, ou seja, é o conjunto dos
pontos P tais que
d(P,r) =
Proposição 3: A equação da parábola com = (0, ) e directriz = − é
= 4
0
0
x
y
0
0
y
x
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 7
Figura 6: Parábola com = (, ) e directriz = −, p>0
A equação da parábola com = (, 0) e directriz = − é
= 4
Figura 7: Parábola com = (, ) e directriz = −, p>0
Quádricas em ℝ: Caso geral
Para classificar uma quádrica de ℝ definida por +2 + = 0 , ou seja, por
a + 2 + + 2 + 2 + = 0.
é necessária uma mudança de coordenadas. Isto pode ser obtido por rotação dos eixos
coordenados de forma a alinhá-los com os eixos da quádrica correspondente, o que
elimina os termos cruzados de segunda ordem, seguida de uma translação destinada a
0
0
x
y
0
0
y
x
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 8
eliminar, se possível, os termos de primeira ordem, operação que pode ser efectuada
completando os quadrados.
A rotação fica definida determinando os subespaços próprios associados aos valores
próprios e da matriz real e simétrica = . Numa base formada por
vectores próprios ortogonais e unitários obtém-se uma equação cartesiana do tipo
(′) +(′) + 2′+2′ + = 0
Para escrevermos a equação cartesiana na forma canónica necessitamos de definir uma
mudança de base que elimine, se possível, os termos de primeiro grau. Se tal for
possível, o que sucede quando
( ) = ( |
), considera-se uma nova mudança de
coordenadas que define a translação
= − e = −
e obtém-se uma equação cartesiana do tipo
(′′) +(′′) + ′′ = 0
que permite a sua classificação. Não sendo possível, o que sucede quando a quádrica
não é central, obtém-se uma equação cartesiana do tipo
(′′) − 2′′ = 0
ou
(′′) − 2′′ = 0
que representam uma parábola ou uma das suas degenerações.
Propriedade: Considere-se a equação cartesiana da forma
+2 + = 0.
Sejam e os valores próprios da matriz simétrica = . Então:
1. Se > 0 a equação representa uma elipse ou uma das suas degenerações (um
ponto ou o conjunto vazio)
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 9
2. Se < 0 a equação representa uma hipérbole ou uma das suas degenerações
(duas rectas concorrentes)
3. Se = 0 a equação representa uma parábola ou uma das suas
degenerações(duas rectas paralelas, uma recta ou o conjunto vazio)
Exemplo 2: Identifique a quádrica de ℝ definida por
4 + + 16 − 8 + 32 = 0.
Neste caso = 4 00 1, logo os valores próprios são = 4 e = 1 ambos positivos
e portanto a quádrica é uma elipse ou uma das suas degenerações. Os subespaços
próprios são gerados pelos vectores da base canónica, pelo que os eixos da cónica estão
alinhados com os eixos coordenados. Para além disso
4 + + 16 −8 + 32 = 0 ⟺ 4( + 2) + ( − 4) − 36 + 32 = 0⟺ ( + 2)1 + ( − 4)2 = 1
Logo por translação de coordenadas de acordo com
= + 2e
= − 4obtém-se
(′)1 + (′)2 = 1
que é a equação de uma elipse de centro na origem e eixos coincidentes com os eixos
coordenados, de semi-eixo maior ao longo do eixo dos ′ de comprimento = 2 e
semi-eixo menor ao longo do eixo dos ′ de comprimento = 1, tal como a figura 8
ilustra.
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 10
Figura 8: Elipse com centro em (−,) e semieixos = , =
Exemplo 3: Identifique a quádrica de ℝ definida por
+ 4 + 8 − 20 = 0.
Ora, = 1 00 0, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da diagonal,
ou seja, = 1 e = 0. Como zero é um valor próprio, a equação representa uma
parábola ou uma das suas degenerações (duas rectas paralelas, uma recta ou o conjunto
vazio). Como
+ 4 +8 − 20 = 0 ⟺ ( + 2) + 8 − 24 = 0 ⟺ = 3− ( + 2),
verificamos que se trata de uma parábola invertida com eixo em = −2 e vértice em
(−2,3) tal como a figura 9 mostra.
-4 -3 -2 -1 0 1 2
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
x´
y '
y
x
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 11
Figura 9: Parábola de equação = − ( + )
Exemplo 4: Identifique as quádricas de
ℝ definidas por:
a) + + 1 = 0
b) + − 1 = 0
c) + = 0
d) 4 + 9 − 25 = 0
e) 4 − 9 − 25 = 0
f) 4 + 9 − 8 − 36 + 4 = 0
g) 7 − 9 + 28 +54 −116 = 0
Resolução:
a) = 1 00 1, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja, = 1 e = 1, ambos positivos e iguais pelo que a cónica é
uma circunferência ou um ponto ou o conjunto vazio. Neste caso facilmente se
verifica que é um conjunto vazio pois + + 1 ≠ 0, (, ) ∈ ℝ.
-8 -6 -4 -2 0 2 4-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
x
y
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 12
b) = 1 00 1, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja,
= 1e
= 1, ambos positivos e iguais pelo que a cónica é
uma circunferência ou um ponto ou o conjunto vazio. Neste caso facilmente se
verifica que é a circunferência de centro na origem e raio 1.
c) = 1 00 1, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja, = 1 e = 1, ambos positivos pelo que a cónica é uma
elipse ou um ponto ou o conjunto vazio. Neste caso facilmente se verifica que é
um ponto,
+
= 0 ⇔ = 0∧ = 0.
d) = 4 00 9, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja, = 4 e = 9, ambos positivos pelo que a cónica é uma
elipse ou um ponto ou o conjunto vazio. Neste caso facilmente se verifica que é
a elipse de equação reduzida,
+
= 1.
e) = 4 00 −9, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja, = 4 e = −9, de sinais contrários pelo que a cónica é
uma hipérbole ou duas rectas concorrentes. Neste caso facilmente se verifica que
é a hipérbole de equação reduzida,
−
= 1.
f) = 4 00 9, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja, = 4 e = 9, ambos positivos pelo que a cónica é uma
elipse ou um ponto ou o conjunto vazio. Como
4 + 9 − 8 − 36 + 4 = 0 ⟺ 4( − 1) + 9( − 2) = 36,
Facilmente se verifica que se trata da elipse() + ()
= 1.
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 13
g) = 7 00 −9, matriz diagonal, logo os valores próprios são os valores da
diagonal, ou seja, = 7 e = −9, de sinais contrários pelo que a cónica é
uma hipérbole ou duas rectas concorrentes. Como
7 − 9 + 28 +54 − 116 = 0 ⟺ 7( − 2) − 9( − 3) = 63⟺ ( − 2)2(3)2 − ( − 3)2√ 72 = 1
resulta que a quádrica é uma hipérbole centrada no ponto (−2,3)com eixos
paralelos aos eixos coordenados. As assímptotas são as rectas que passam pelo
ponto (−2,3) e têm declive m = √ ∨m = − √ , respectivamente.
A classificação de quádricas reduz-se a uma mudança de coordenadas de modo a que a
equação se possa escrever na forma canónica. Como se pode verificar no exemplo 4 as
matrizes A são diagonais pelo que as bases canónicas são bases de vectores próprios.
Deste modo a mudança de coordenadas envolve apenas uma translação. Vejamos agora
que quando os vectores próprios da matriz simétrica A não são a base canónica é
necessário uma rotação para alinhar os eixos.
Exemplo 5: Identifique a quádrica de ℝ definida por
5 − 4 + 8 − 36 = 0
Neste caso a equação da quádrica na forma matricial é
5 −2−2 8
− 36 = 0
,
ou seja, e = 5 −2−2 8 , = 0 0 e = −26 . Como A é simétrica e det = 36 >0, os valores próprios são reais e do mesmo sinal ( observe que det = ) pelo que
a quádrica é uma elipse ou uma das suas degenerações. Procuremos uma base de ℝ em
que o endomorfismo representado pela matriz A se possa representar por uma matriz
diagonal. Determinemos primeiramente os valores próprios de A, calculando as raízes
do polinómio característico. Ora
det( − ) = 0 ⟺ 5 − − 2− 2 8 − = 0 ⟺ − 13 +36 = 0 ⟺ = 4 ∨ = 9
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 14
Os vectores próprios associados a = 4 são os vectores ≠ 0 ∶ 1 −2−2 4 = 00.Logo são vectores próprios os vectores = (, ) ≠ 0 ∶ = 2. Consideremos por
exemplo o versor
=√ (2,1)
. Os vectores próprios associados a
= 9são os
vectores ≠ 0 ∶ −4 −2−2 −1 = 00. Logo são vectores próprios os vectores =(, ) ≠ 0 ∶ −2 = . Consideremos por exemplo o versor =
√ (−1,2). A rotação
que permite alinhar os eixos coordenados com os eixos da elipse é dada pela matriz
ortogonal de transformação
= 1
√ 5
2 −11 2 Em que A = PDP, sendo D = 4 00 9 . As novas coordenadas correspondem a
transformar X = (x,y) em X = (x′,y′) de acordo com X = X′P , ou seja,
= √ (2 − ′) e =
√ ( +2′)
Substituindo na equação dada obtemos
(2 − ′) − 45 (2 − ′)( +2′) + 85 ( +2′) − 36 = 0
A equação cartesiana nas novas coordenadas é
4() + 9(′) − 36 = 0
Ou ainda
()
9+ ()
4= 1
que é a equação de uma elipse de centro na origem e eixos coincidentes com os eixos
coordenados, de semi-eixo maior ao longo do eixo dos ′ de comprimento = 3 e
semi-eixo menor ao longo do eixo dos ′ de comprimento = 2, tal como a figura 10
ilustra.
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Figura 10: Elipse do exemplo 5
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 16
Quádricas em ℝ
Exemplo 6: Escreva a quádrica
+ 2 + 3 + 2 + 2 + 4 + 2 + 2 + 2 = 0
na forma matricial e determine, caso exista, o seu centro.
Neste caso a quádrica escreve-se na forma matricial + 2 + = 0 com
= 1 1 11 2 21 2 3, = 1 1 1 e = 0. Como det() = 1 ≠ 0 o sistema = −
tem solução única pelo que a quádrica é central e o centro da quádrica fica definido
determinando a solução uníca do sistema. O centro é (−1,0,0).
A tabela 2 mostra a identificação de quádricas em ℝ na forma canónica.
Tal como no caso de
ℝestamos interessados em mudar coordenadas de forma a
transformar equação numa forma que corresponda a uma quádrica de eixos alinhados
com os eixos na origem. Isso pode ser feito com uma rotação que faça com que os eixos
fiquem paralelos aos eixos coordenados. A diagonalização da matriz A permite a
eliminação dos termos de segunda ordem cruzados. Depois basta completar os
quadrados para identificar a quádrica, o que se obtém por uma translação.
Exercício 2: Use a tabela 2 e identifique e esboce as quádricas em ℝ definida por
a) 4 + 4 − = 0
b) 4 − + 2 − 4 = 0
c) 4 + 2 + − 1 = 0
d) − 9 − 9 = 0
e) − 4 = 0
f) + 4 − 8 = 0
g)
4
+ 4 +
− 3 = 0
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 17
Resolução:
a) + =
, superfície cónica
b)
−
+
= 1, hiperbolóide de uma folha
c) + + = 1, elipsóide
d) − = 1, superfície cilindrica hiperbólica
e) − 4 = 0, dois planos x = 2 ∨ x = −2
f) + − 2 = 0, parabolóide elíplico
g)
4
+ 4 +
− 9 = 0 ⟺ (2 + )
− 3
= 0 ⟺ 2 + = 3 ∨ 2 + =−3, dois planos paralelos ao eixo dos zz.
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 18
Identificação de Quádricas em ℝ na forma canónica
Circunferência
+ =
Elipse
+ = 1
Hipérbole
− = 1
Hipérbole
− + = 1
Parábola
− = 0, > 0
Parábola
− = 0, > 0
Tabela 1: Identificação de Quádricas em ℝna forma canónica
0
0
x
y
0
0
x
y
0
0
x
y
0
0
y
x
0
0
x
y
0
0
y
x
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 19
Identificação de Quádricas em ℝ na forma canónica
Quádricas Centrais
Elipsóide
+ + = 1
Superfície Cónica
+ − = 0
Hiperbolóide de uma folha
+ − = 1
Hiperbolóide de duas folhas
− − + = 1
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Identificação de Quádricas-MIEC-FEUP Maria do Carmo Coimbra 20
Superfície Cilindrica Elíptica
+
= 1
Superfície Cilindrica Hiperbólica
− = 1
Quádricas não centrais
Parabolóide Eliptíco
+ − z = 0, > 0
Parabolóide Hiperbólico
− − z = 0, > 0
Superfície Cilindrica Parabólica
= , > 0