IDEOLOGIA HISTÓRIA E CONCEITOS Acadêmica : Cristina Lerch Lunardi Orientador : Francisco...
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IDEOLOGIAIDEOLOGIAHISTÓRIA E CONCEITOSHISTÓRIA E CONCEITOS
AcadêmicaAcadêmica: : Cristina Lerch LunardiCristina Lerch Lunardi
OrientadorOrientador: : Francisco Quintanilha Veras NetoFrancisco Quintanilha Veras Neto
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Ideologia: história e conceitos 2
OBJETIVOS DO TRABALHOOBJETIVOS DO TRABALHO
Pretende-se constatar a influência da ideologia nas Pretende-se constatar a influência da ideologia nas sociedades antigas e atuaissociedades antigas e atuais
Apresentar os conceitos de ideologia para certos Apresentar os conceitos de ideologia para certos autoresautores
Compreender a histórica marxistaCompreender a histórica marxista Apresentar a concepção moderna do termo ideologiaApresentar a concepção moderna do termo ideologia
Ideologia: história e conceitos 3
PREOCUPAÇÃO DOS PREOCUPAÇÃO DOS GREGOSGREGOS
Explicação do movimentoExplicação do movimento Entendiam ser o Entendiam ser o
movimento uma mudança movimento uma mudança qualitativa, quantitativa, de qualitativa, quantitativa, de lugar e de lugar e de desenvolvimento de corposdesenvolvimento de corpos
Seria toda alteração de Seria toda alteração de uma realidade uma realidade
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MUDANÇAS QUALITATIVAS MUDANÇAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVASE QUANTITATIVAS
Mudança qualitativa de um corpo seria Mudança qualitativa de um corpo seria caracterizada, por exemplo, por uma caracterizada, por exemplo, por uma semente que se torna árvoresemente que se torna árvore
Mudança quantitativa de um corpo, Mudança quantitativa de um corpo, aumento ou diminuição do volume de um aumento ou diminuição do volume de um corpo dada pela divisão do corpo em corpo dada pela divisão do corpo em outros menoresoutros menores
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MUDANÇAS DE LUGAR E DE MUDANÇAS DE LUGAR E DE CRESCIMENTO DOS CORPOSCRESCIMENTO DOS CORPOS
Mudança de lugar/locomoção de um corpo Mudança de lugar/locomoção de um corpo qualquer determinada, por exemplo, pela qualquer determinada, por exemplo, pela trajetória de uma flecha e o deslocamento de um trajetória de uma flecha e o deslocamento de um barcobarco
A geração e corrupção dos corpos caracterizaria A geração e corrupção dos corpos caracterizaria o nascimento e perecimento das coisas o nascimento e perecimento das coisas
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ARISTÓTELESARISTÓTELES
Filósofo gregoFilósofo grego Elabora a teoria das Elabora a teoria das
quatro causasquatro causas Tenta resolver o Tenta resolver o
problema do movimentoproblema do movimento Descobre quatro causas Descobre quatro causas
existentesexistentes
Ideologia: história e conceitos 7
TEORIA DAS QUATRO TEORIA DAS QUATRO CAUSASCAUSAS
1)Causa material: a matéria do corpo 1)Causa material: a matéria do corpo constituídoconstituído
2)Causa formal: a forma atribuída à matéria 2)Causa formal: a forma atribuída à matéria para constituição de um corpopara constituição de um corpo
3)Causa eficiente ou motriz: trabalho 3)Causa eficiente ou motriz: trabalho efetuado na matériaefetuado na matéria
4)Causa final: a que finalidade a matéria se 4)Causa final: a que finalidade a matéria se destinadestina
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HIERARQUIAHIERARQUIA
Existente na teoria das quatro causas e Existente na teoria das quatro causas e considerado aspecto relevanteconsiderado aspecto relevante
Há causas com valores diferentes, em que, Há causas com valores diferentes, em que, sempre, há uma causa inferior e outra superiorsempre, há uma causa inferior e outra superior
A causa eficiente é a inferior e menos valiosa e A causa eficiente é a inferior e menos valiosa e a causa final, a superior e mais valiosaa causa final, a superior e mais valiosa
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CONCEPÇÃO TEÓRICACONCEPÇÃO TEÓRICA
À primeira vista nada À primeira vista nada concebeconcebe
Teoria de pura metafísicaTeoria de pura metafísica Explicação dos fenômenos Explicação dos fenômenos
naturais e humanosnaturais e humanos Não relacionada com Não relacionada com
realidade social gregarealidade social grega
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CONCEPÇÃO PRÁTICACONCEPÇÃO PRÁTICA
Relação estreita desta teoria e da realidade Relação estreita desta teoria e da realidade social grega ou medievalsocial grega ou medieval
Verificação, nos cidadãos da Grécia e Verificação, nos cidadãos da Grécia e senhores feudais, de uma superioridade e senhores feudais, de uma superioridade e autonomiaautonomia
Verificação, nos servos e escravos, de uma Verificação, nos servos e escravos, de uma inferioridade e subalternidade inferioridade e subalternidade
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CAUSA FINALCAUSA FINAL
Causa final hierarquicamente superior à Causa final hierarquicamente superior à causa eficientecausa eficiente
Correspondente aos senhores e cidadãosCorrespondente aos senhores e cidadãos ReferenteReferente à idéia de uso dependente da à idéia de uso dependente da
vontade de quem ordena a produçãovontade de quem ordena a produção de de alguma coisa (cidadão/senhor)alguma coisa (cidadão/senhor)
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CAUSA EFICIENTECAUSA EFICIENTE
A causaA causa eficiente hierarquicamente inferior à eficiente hierarquicamente inferior à finalfinal
Referente aos servos e escravosReferente aos servos e escravos O trabalho graças ao qual uma matéria recebe O trabalho graças ao qual uma matéria recebe
uma forma e instrumento por que a fabricação uma forma e instrumento por que a fabricação aconteceacontece
Serve ao uso ou desejo do senhor ou cidadãoServe ao uso ou desejo do senhor ou cidadão
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TRABALHO NAS TRABALHO NAS SOCIEDADESSOCIEDADES
Trabalho não-Trabalho não-valorizado nas valorizado nas sociedades antiga e sociedades antiga e medievalmedieval
Trabalho como mero Trabalho como mero instrumento secundário instrumento secundário ou inferiorou inferior
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TRABALHO NA SOCIEDADE TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTACAPITALISTA
Predomínio do homem que Predomínio do homem que se valoriza a si mesmose valoriza a si mesmo
Homem detém poder Homem detém poder econômicoeconômico
Aos poucos, conquista poder Aos poucos, conquista poder político e prestígio socialpolítico e prestígio social
Homem capaz de se Homem capaz de se esforçar, trabalhar, poupar esforçar, trabalhar, poupar
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Surgem e se desenvolvem duas classes Surgem e se desenvolvem duas classes importantesimportantes
Uma, a burguesia, proprietária dos meios de Uma, a burguesia, proprietária dos meios de produção e detentora do poder econômicoprodução e detentora do poder econômico
Outra, os trabalhadores, não detêm os meios Outra, os trabalhadores, não detêm os meios para trabalhar e sujeitos à burguesiapara trabalhar e sujeitos à burguesia
CARACTERÍSTICAS DO CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMOCAPITALISMO
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Busca, reprodução e acúmulo incessante do Busca, reprodução e acúmulo incessante do capitalcapital
Burguesia: detentora da liberdade, o lado livre Burguesia: detentora da liberdade, o lado livre e espiritual do trabalhoe espiritual do trabalho
Trabalhadores: livres da servidão, lado Trabalhadores: livres da servidão, lado mecânico e corpóreo do trabalhomecânico e corpóreo do trabalho
Sistema calcado na separação do trabalhador Sistema calcado na separação do trabalhador e seus meios de produçãoe seus meios de produção
CARACTERÍSTICAS DO CARACTERÍSTICAS DO CAPITALISMOCAPITALISMO
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HISTÓRIA DO TERMO E HISTÓRIA DO TERMO E CONCEITOSCONCEITOS
O termo ideologia apareceu em 1801O termo ideologia apareceu em 1801 Presente no livro Presente no livro Eléments d’IdéologieEléments d’Idéologie de de
Destutt de TracyDestutt de Tracy A palavra vem do grego A palavra vem do grego eidos eidos (idéia) + (idéia) +
logoslogos (conhecimento/estudo) (conhecimento/estudo) Traduz, num primeiro momento, uma Traduz, num primeiro momento, uma
concepção positiva voltada para a ciência concepção positiva voltada para a ciência das idéiasdas idéias
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CONCEITO PARA DE CONCEITO PARA DE TRACYTRACY
Ciência da gênese das idéias tratadas como Ciência da gênese das idéias tratadas como fenômenos naturaisfenômenos naturais
Exprimem a relação do homem com o meio Exprimem a relação do homem com o meio ambienteambiente
Idéias formadas por uma série de faculdades Idéias formadas por uma série de faculdades sensíveis como o querer, o julgar, o sentir e o sensíveis como o querer, o julgar, o sentir e o recordarrecordar
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CONCEITO PARA CONCEITO PARA NAPOLEÃO BONAPARTENAPOLEÃO BONAPARTE
Dá uma conotação negativa ao conceito de Dá uma conotação negativa ao conceito de ideologiaideologia
Distorce o real sentido proposto por De TracyDistorce o real sentido proposto por De Tracy Ideologia concebida como coisa abstrata, Ideologia concebida como coisa abstrata,
artificial e utópicaartificial e utópica Ideais distorcidos, errados, contra a Ideais distorcidos, errados, contra a
segurança do Estadosegurança do Estado
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CONCEITO PARA AUGUSTO CONCEITO PARA AUGUSTO COMTECOMTE
Reaproxima o termo ideologia das suas Reaproxima o termo ideologia das suas propostas originaispropostas originais
A ideologia como um conjunto de idéias de A ideologia como um conjunto de idéias de uma determinada épocauma determinada época
A ideologia como atividade filosófico-científica: A ideologia como atividade filosófico-científica: estuda a formação das idéias a partir das estuda a formação das idéias a partir das relações entre corpo humano e meio ambienterelações entre corpo humano e meio ambiente
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CONCEITO PARA LYRA CONCEITO PARA LYRA FILHOFILHO
Ideologia como crençaIdeologia como crença Caracteriza-se por idéias ou Caracteriza-se por idéias ou
opiniões pré-fabricadasopiniões pré-fabricadas ““Contaminam” a sociedade Contaminam” a sociedade
através do meio, da através do meio, da educação e do lugar que educação e do lugar que ocupamos na pirâmide ocupamos na pirâmide socialsocial
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CONCEITO PARA LYRA CONCEITO PARA LYRA FILHOFILHO
Ideologia como instituiçãoIdeologia como instituição Destaca a origem social do Destaca a origem social do
produto e os processos, produto e os processos, também sociais, de sua também sociais, de sua transmissão a grupos e transmissão a grupos e pessoaspessoas
O homem fatalmente preso O homem fatalmente preso às determinações externasàs determinações externas
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CONCEITO PARA LYRA CONCEITO PARA LYRA FILHOFILHO
Ideologia como falsa Ideologia como falsa consciênciaconsciência
Deformação da realidadeDeformação da realidade Através do discurso Através do discurso
conveniente das classes conveniente das classes dominantesdominantes
O sujeito absorve um O sujeito absorve um repertório de crenças que lhe repertório de crenças que lhe deformam o raciocíniodeformam o raciocínio
Ideologia: história e conceitos 24
Função de integração, um Função de integração, um sistema de ação, crenças ou sistema de ação, crenças ou atitudesatitudes
Integra e justifica uma Integra e justifica uma situaçãosituação
Conjunto de idéias, valores, Conjunto de idéias, valores, maneiras de pensar de maneiras de pensar de pessoas ou grupos sociais: pessoas ou grupos sociais: Liberalismo, socialismoLiberalismo, socialismo
IDEOLOGIA ENQUANTOIDEOLOGIA ENQUANTO
Ideologia: história e conceitos 25
Função de distorção é Função de distorção é entendida como falsa entendida como falsa consciência das relações de consciência das relações de domínio entre as classes ou domínio entre as classes ou forças sociais existentesforças sociais existentes
É uma ilusão, mistificação e É uma ilusão, mistificação e oposição ao conhecimento oposição ao conhecimento verdadeiroverdadeiro
IDEOLOGIA ENQUANTOIDEOLOGIA ENQUANTO
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CONCEPÇÃO MARXISTACONCEPÇÃO MARXISTA
Seu pensamento acerca de ideologia se destaca por não separar a produção das idéias e as condições sociais e históricas em que são produzidas
Categoriza ideólogos franceses e ingleses de forma diversa dos ideólogos alemães
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CONCEPÇÃO MARXISTACONCEPÇÃO MARXISTA
Para os franceses: ideologia é política e jurídica
Para os ingleses: ideologia é econômica
Para os alemães é filosófica
Ideologia: história e conceitos 28
PONTOS HEGELIANOS PONTOS HEGELIANOS CONSERVADOS POR MARXCONSERVADOS POR MARX
Dialética como movimento interno de produção da realidade, cujo motor é a contradição
Contradição estabelecida entre homens reais em condições históricas e sociais reais
São as lutas de classes
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PONTOS HEGELIANOS PONTOS HEGELIANOS CONSERVADOS POR MARXCONSERVADOS POR MARX
Afirmação de que a realidade é histórica e, então, é reflexionante
Religião: forma mais suprema de alienação humana
A alienação dos homens reais em condições reais e não do espírito
Ideologia: história e conceitos 30
PROCESSO POR QUE PROCESSO POR QUE PASSA A MERCADORIAPASSA A MERCADORIA
Alienação: a mercadoria feita pelo próprio Alienação: a mercadoria feita pelo próprio trabalhador não é valorizada como produto trabalhador não é valorizada como produto seu, mas do patrão, responsável pelas seu, mas do patrão, responsável pelas condições de trabalhocondições de trabalho
Fetichismo: a mercadoria passa a ter vida Fetichismo: a mercadoria passa a ter vida autônomaautônoma
Reificação: seres sob forma de coisaReificação: seres sob forma de coisa
Ideologia: história e conceitos 31
EXEMPLO CONCRETO DE EXEMPLO CONCRETO DE ALIENAÇÃOALIENAÇÃO
Trabalho O trabalhador não se
reconhece no produto Ou seja, condições do seu
trabalho, fins reais e valor independem do produtor
Ideologia: história e conceitos 32
EXEMPLO CONCRETO DE EXEMPLO CONCRETO DE ALIENAÇÃOALIENAÇÃO
Trabalho não depende do próprio trabalhador
Depende do proprietário e das condições do trabalho oferecidas por ele
Ideologia: história e conceitos 33
EXEMPLO CONCRETO DE EXEMPLO CONCRETO DE ALIENAÇÃOALIENAÇÃO
Produto surge como poder separado do produtor
Este poder é o que domina e ameaça os trabalhadores
Trabalho do produtor não é valorizado e serve ao desejo do seu patrão
Ideologia: história e conceitos 34
FETICHISMO DA FETICHISMO DA MERCADORIAMERCADORIA
A mercadoria é um fetiche Existe em si e por si Tem vida própria e
relaciona-se com outras mercadorias como se sujeitos sociais
Ideologia: história e conceitos 35
REIFICAÇÃOREIFICAÇÃO
Seres humanos desaparecem
Seres humanos existem sob a forma de coisas
Os homens são transformados em coisas e as coisas transformadas em gente
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CONSEQÜÊNCIA DESSE CONSEQÜÊNCIA DESSE PROCESSO FANTÁSTICOPROCESSO FANTÁSTICO
Alienação, fetichismo e reificação Atividades humanas realizam-se como se
fossem autônomas ou independentes dos homens
Dirigem e comandam a vida dos homens, sem que eles possam controlá-las
Ideologia: história e conceitos 37
CONSEQÜÊNCIA DESSE CONSEQÜÊNCIA DESSE PROCESSO FANTÁSTICOPROCESSO FANTÁSTICO
Em uma palavra: as mercadorias surgem, não porque os homens, através do seu trabalho, fizeram-nas
As mercadorias surgem porque elas, de forma única e independente, surgiram
Ideologia: história e conceitos 38
SURGIMENTO DA SURGIMENTO DA IDEOLOGIA PARA MARXIDEOLOGIA PARA MARX
Quando a divisão social do trabalhador separa o trabalho material do intelectual
Essa separação dá aparente autonomia do trabalho intelectual frente ao material
Idéias autonomizadaS dominantes de uma época
Trabalho intelectual como autonomia dos pensadores, ou seja, suas idéias
Sua origem é a divisão da sociedade em proprietários e não-proprietários, explorados e exploradores
Ideologia: história e conceitos 39
O QUE FAZ A IDEOLOGIA?O QUE FAZ A IDEOLOGIA?
Transforma as idéias particulares da classe dominante em idéias universais. É, portanto, uma ilusão necessária à dominação
Abstrai e inverte as idéias, resultando num conjunto de idéias e valores concatenados, aceitos pelos que se contrapõem à dominação real e que pretendem uma sociedade para tais idéias e valores
Ideologia: história e conceitos 40
Instrumento de dominação de classeInstrumento de dominação de classe Tem por função dissimular e ocultar as Tem por função dissimular e ocultar as
divisões sociais como divisões de classesdivisões sociais como divisões de classes Esconde, assim, sua própria origemEsconde, assim, sua própria origem Se não fosse desse modo os explorados Se não fosse desse modo os explorados
perceberiam a injustiça sofrida e perceberiam a injustiça sofrida e acabariam por revoltar-se acabariam por revoltar-se
CONCEITO DE IDEOLOGIACONCEITO DE IDEOLOGIA
Ideologia: história e conceitos 41
CONCEITO DE IDEOLOGIACONCEITO DE IDEOLOGIA
Corpo explicativo da realidade
Não traz à tona da sociedade sua origem, a divisão social por que essa sociedade é movida, pois perde a razão de ser
Ideologia: história e conceitos 42
CONCEITO DE IDEOLOGIACONCEITO DE IDEOLOGIA
Não consiste em dar explicações racionais e universais
Característica maior é o ocultamento das diferenças e particularidades reais
Ocultamento da realidade real
Ideologia: história e conceitos 43
CONCEITO DE IDEOLOGIACONCEITO DE IDEOLOGIA
Como texto teórico, possui uma coerência racional
É necessário deixar “lacunas” para não dizer e esclarecer tudo, até porque não pode dizer tudo
Impõe a conveniência daqueles que estão no poder
Ideologia: história e conceitos 44
CONCEITO DE IDEOLOGIACONCEITO DE IDEOLOGIA
Forma utilizada pela classe que explora economicamente
Por aqueles que mantêm seus privilégios
Pela classe que domina politicamente
Ideologia: história e conceitos 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAUI, Marilena. CHAUI, Marilena. O que é ideologia.O que é ideologia. 44 44 ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.
LYRA Filho, Roberto. LYRA Filho, Roberto. O que é direitoO que é direito. . 13 ed. São Paulo: Brasiliense, 13 ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.1993.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICASCENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICASCURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITOCURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITODISCIPLINA: INFORMÁTICA JURÍDICADISCIPLINA: INFORMÁTICA JURÍDICA
PROFESSORES: AIRES JOSÉ ROVER E LUIS PROFESSORES: AIRES JOSÉ ROVER E LUIS ADOLFO OLSEN DA VEIGA ADOLFO OLSEN DA VEIGA
Florianópolis, setembro de 1998.