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N. o 1 Outono Outubro | Dezembro 2007 1 HOSPITAL DA LUZ | PROF. JOSÉ ROQUETTE | AS UNIDADES DA ESPÍRITO SANTO SAÚDE Outono 2007 INFORMAÇÃO DA ESPÍRITO SANTO SAÚDE Vida saudável Bons conselhos para toda a família Excelência e inovação A diferenciação do Hospital da Luz i ess INFORMAÇÃO DA ESPÍRITO SANTO SAÚDE Suplemento Vertigem e alterações de equilíbrio Anatomia patológica i esspro DISTRIBUIÇÃO GRATUITA De norte a sul Conheça as unidades onde cuidamos de si

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N.o 1 Outono Outubro | Dezembro 2007

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editorial

Outono 2007 iess 3

Nos últimos sete anos, o Gru-po Espírito Santo Saúde expandiu com sucesso a sua actividade, tendo vindo a concretizar uma intervenção relevante na promoção da medicina de excelência e da inovação na área da prestação de cuidados de saúde.

O posicionamento do Gru-po traduz uma clara orientação para o futuro e, sobretudo, um compromisso de longo prazo para com a socieda-de, os doentes que nos procuram e os nossos colaboradores.

Ciente da relevância social do sec-tor da saúde, o Grupo tem baseado a sua actuação numa gestão profissional pautada por um elevado sentido de

Crescimento responsável

responsabilidade e integridade como princípios fundamentais para melhor servir os interesses dos nossos clientes e dos nossos colaboradores.

Desde a sua fundação, a Espí-rito Santo Saúde cresceu de forma consistente e sustentada, através da aplicação de rigorosos critérios de gestão e solidez financeira, seja por via de aquisições de unidades de saúde já existentes e enquadráveis nos padrões de desenvolvimento do Grupo, seja pela construção de raiz de um conjunto de novas unidades diferenciadoras na sua organização e modelos de gestão.

Com a abertura do Hospital da

Luz, em Lisboa, a Clínica Parque dos Poetas, em Oeiras, e o Hospital Residencial do Mar, em Loures, a Es-pírito Santo Saúde consolida de forma marcante o seu compromisso com o sector, contribuindo de forma deci-siva para a valorização da iniciativa privada em Portugal.

Neste contexto, a revista IESS é dedicada a todos os que participam com dinamismo e entusiasmo na concretização do projecto e valores da Espírito Santo Saúde e se dedicam de alma e coração a quem nos procura, demonstrando todos os dias que a qualidade dos cuidados e a atenção aos doentes é o centro e a razão de ser do Grupo.

ISABEL VAZ PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA DA ESPÍRITO SANTO SAÚDE

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3 Editorial Nota de abertura de Isabel Vaz, presidente da comissão executiva do Grupo

Espírito Santo Saúde

6 Visão, missão e valores Ser um operador de referência na prestação de cuidados de saúde é a visão da

Espírito Santo Saúde

18 Sala de espera Os eventos que acontecem nas unidades da Espírito Santo Saúde

21 ESS em movimento As novidades das unidades da Espírito Santo Saúde

30 Em foco O Presidente da República inaugurou oficialmente o Hospital da Luz

32 Em foco O Hospital da Luz promete fazer a diferença em cuidados de saúde

46 FacESS Os rostos dos nossos colaboradores

50 Visto de fora A opinião de Manuel Delgado, presidente da APAH e presidente do conselho

de administração do Hospital Curry Cabral

64 Opinião Maria de Lurdes Ventura escreve sobre médicos de família

em ambiente hospitalar

66 Histórias da medicina A vida de William Osler, o médico canadiano considerado um dos fundadores

da medicina interna

68 Lazer As Termas de Monfortinho constituem uma excelente alternativa

para um fim-de-semana de puro bem-estar. Conheça-as

72 Passatempos

74 Contactos Onde encontrar as unidades da Espírito Santo Saúde

Sumário

Direcção clínica do Hospital da Luz: Luís Ricciardi, Isabel Neto, João Sá, Maria de Lurdes Ventura, Mário Brito e José Roquette

PROPRIEDADE ESPÍRITO SANTO SAÚDE - SGPS, SAE-mail [email protected] João Paulo Gama | [email protected] Editorial Isabel Vaz, Maria de Lurdes Ventura, Marisa Morais e Mário FerreiraColaboram nesta edição Ana Catarino, Ana Diniz, Fernando Guerra, Luís Filipe Catarino,

João Rebelo de Andrade, João Sá, Jorge Marcelino, Manuel Caldas de Almeida, Manuel Delgado, Manuela Costa, Maria de Lurdes Ventura, Mário Ferreira, Marta Ferreira, Palmira Simões, Paulo Ferreira, Pedro Araújo, Pedro Oliveira, Pedro Guimarães e Susana Coutinho.Infografia Anyforms Design

Ficha técnica iess Informação da Espírito Santo Saúde

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VERTIGEM E ALTERAÇÕES DE EQUILÍBRIOTratamento com programa personalizado de reeducação vestibular

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ANATOMIA PATOLÓGICAWorkfl ow contínuo – A revolução no Hospital da Luz

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CASO CLÍNICOSíndrome de Brugada

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26 Em foco Cuidados ambulatórios de referência

na nova Clínica Parque dos Poetas, em Oeiras

40 Entrevista José Roquette, director

clínico do novo Hospital da Luz

52 Vida saudável Os melhores conselhos

de saúde para toda a família dados por especialistas

8 As nossas unidades Em qualquer das 15 unidades os clientes

sabem que contam com um suporte diferenciado em termos de saúde

A revista IESS - Informação da Espírito San-to Saúde pauta-se por preceitos de rigor, isenção, honestidade e respeito pela pes-soa humana. A IESS valoriza as notícias pelo seu valor informativo, científico e didáctico, tendo em conta eventuais impactos sociais ou económicos.

1.o Acesso à informação

a) Os jornalistas ao serviço da IESS identifi-cam-se como tal quando em trabalho de reportagem.

b) Os jornalistas ao serviço da IESS só po-dem aceder a áreas restritas depois de se terem identificado e obtido as devidas autorizações.

c) Os documentos e fotografias cedidos só poderão ser utilizados com o consenti-mento dos proprietários, salvo se existir interesse geral relevante.

d) Os jornalistas ao serviço da IESS não poderão entrevistar ou obter imagens de menores de 16 anos sobre assuntos que envolvam a sua personalidade ou a de outros menores na ausência ou sem conhecimento dos pais ou do adulto que os tenha à sua responsabilidade.

2.o Rigor da informação

a) A IESS terá o cuidado de não divulgar textos ou imagens susceptíveis de induzir em erro ou distorcer os factos. Se tal ocorrer, tais erros devem ser corrigidos, apresentando desculpas aos visados.

3.o Respeito pelo indivíduo

a) Em assuntos que envolvam dor ou choque emocional, deverá existir sensibilidade por parte dos jornalistas ao serviço da IESS na recolha e na difusão da informação.

b) A IESS respeitará a privacidade de todos os indivíduos.

4.o Direito de resposta

a) O direito de resposta deve ser concedido a qualquer indivíduo ou organização, sempre que devidamente fundamentado, no res-peito pela forma legal exigível.

b) Essa resposta poderá ser objecto de nota de redacção, nos termos da lei e nomeada-mente no caso de conter erros importantes ou distorções graves da verdade.

5.o Confidencialidade a) Os jornalistas ao serviço da IESS têm a obri-

gação ética e deontológica de salvaguardar a relação de confidencialidade com as suas fontes de informação nos casos em que a mesma se justifique.

Lisboa, Outubro de 2007.

Estatuto EditorialInformação da Espírito Santo Saúde

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Contactos Espírito Santo Saúde – SGPS, SAEdifício Amoreiras Square, Rua Carlos Alberto da Mota Pinto, 17, 9.º, 1070-313 Lisboa | tel.: (+351) 213.138.260 Fax.: (+351) 213.530.292 | Internet: www.essaude.ptContribuinte n.º 504.885.367Registo n.º 125.195 de 23-05-2007 na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Projecto editorial Espírito Santo SaúdeProjecto gráfico e produção Divisão de Customer Publishing da EdimpresaA IESS – Informação da Espírito Santo Saúde é uma publicação trimestral da Espírito Santo Saúde que integra o suplemento IESS Pro.Tiragem 42.000 exemplares

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MISSÃODiagnosticar e tratar de forma rápida e eficaz, no respeito absoluto pela individualidade do doente, e construir uma organização capaz de atrair, desenvolver e reter pessoas excepcionais.

Visão, missão e valores da Espírito Santo Saúde

VISÃOSer um operador de referência na prestação de cuidados de saúde, pela prática de uma medicina de excelência e inovação

Excelência

Inovação

Talento

• Colocar os interesses do doente acima dos interesses da organização.• Aderir aos mais elevados padrões ético-profissionais.• Humanizar a medicina, criando uma empatia com os nossos clientes e sua família.• Desenvolver relações de longo prazo com os nossos clientes – doentes e terceiros

pagadores – baseadas na eficácia, integridade e confiança.

• Fornecer os melhores cuidados de saúde possíveis, na medida em que os avanços científicos e tecnológicos o permitam.

• Investir em tecnologia de ponta para a aplicação de tratamentos inovadores.

• Trabalhar com os melhores profissionais.• Gerir uma estrutura de saúde de elevada qualidade e eficiência, formada

por uma equipa de colaboradores competitiva, dinâmica e fortemente comprometida com a organização.

ES Saúde

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ES Saúde

Procura incansável de resultados Estamos determinados a atingir resultados ambiciosos e mensuráveis na concretização da nossa missão. Assim, continuamos a perseguir com empenhamento os nossos objectivos finais, mesmo que encontremos dificuldades e constrangimentos ao longo do percurso.

Rigor intelectual Obrigamo-nos a ser críticos em relação a tudo o que fazemos, abordando cada assunto e decisão com rigor e de forma racional, procurando sempre a melhor ideia ou solução.

Aprendizagem constante Reflectimos e aprendemos com a nossa experiência, por forma a melhorarmos o nosso desempenho futuro.

Responsabilidade pessoal Damos o melhor de nós próprios e assumimos a responsabilidade por atingir os melhores resultados possíveis na nossa área de actuação.

Respeito e humildadeRespeitamos os outros e as suas ideias e contamos com o seu contributo. Assumimos as limitações da nossa experiência e valorizamos outras perspectivas.

Atitude positiva Somos ambiciosos nos objectivos, acolhemos novas ideias com entusiasmo e temos orgulho nos resultados.

IntegridadeSomos honestos, leais e sérios em tudo o que fazemos, tendo sempre presente os valores e expectativas dos nossos accionistas e, acima de tudo, dos nossos clientes.

Espírito de equipaAcreditamos que o esforço colectivo é a melhor forma de alcançar os nossos objectivos e potenciar o impacto da nossa acção na comunidade.

CARTA DE VALORES

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Grupo Espírito Santo Saúde

Oferta diferenciada faz toda a diferença

Em qualquer das unidades da Espírito Santo Saúde os clientes sabem que contam com uma prestação de cuidados de saúde claramente diferente. Saiba o que as distingue a nível nacionalTexto João Paulo Gama Fotografias Arquivo Espírito Santo Saúde

POSICIONADO como um ope-rador de referência na prestação de cuidados de saúde, pela prática de uma medicina de excelência e ino-vação, o Grupo Espírito Santo Saúde já percorreu um importante caminho desde a sua fundação, em 2000. A verdade é que hoje, em qualquer das 15 unidades do Grupo, os clientes sabem que contam com um suporte diferenciado em termos de saúde, dada a articulação e a complementa-ridade entre os diferentes hospitais, clínicas e residências sénior da Es-pírito Santo Saúde.

A actividade do Grupo começou em Setembro de 2000, com a aquisi-ção da Cliria – Hospital Privado de Aveiro, unidade que dispõe das espe-cialidades médicas e cirúrgicas mais relevantes, bem como dos necessários meios complementares de diagnós-tico, entre os quais a endoscopia, a

radiologia convencional, a ecografia geral e diferenciada, análises clínicas e exames de neurofisiologia e cardio-vasculares.

A Cliria surgiu com o objectivo de colmatar uma lacuna sentida na região de Aveiro, onde, até então, não existia qualquer unidade privada de saúde com internamento, área onde o hospital se destaca ao oferecer um total de 36 camas, distribuídas entre quartos individuais e duplos.

Este hospital, localizado perto do centro de Aveiro, está a investir cerca de 10 milhões de euros na cons-trução e equipamento de uma nova unidade, o Pólo 2, que deverá estar concluída no segundo trimestre de 2008 e que vai funcionar de forma integrada com o pólo existente, se bem que com características e mis-sões distintas. Assim, no Pólo 2 a Cliria pretende responder à procura

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O Hospital da Arrábida,em Vila Nova de Gaia,assume o compromissode ocupar um lugarde primeira linha na região do Grande Porto e do Norte do País

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existente, nomeadamente em termos de ambulatório, através da criação de 30 gabinetes de consulta, entre outros recursos. O novo edifício irá ainda dispor de um serviço de imagiologia com TAC, ressonância magnética, as-sim como uma unidade de pediatria e um serviço de saúde e bem-estar da mulher, e um serviço de medicina dentária.

De referir que desde Julho de 2004 a Cliria dispõe de um centro médico em Águeda, onde estão disponíveis consultas de diversas especialidades, meios complementares de diagnós-tico e um serviço de atendimento médico permanente.

Este centro funciona em articula-ção com a Cliria, em Aveiro, assegu-rando, deste modo, a continuidade de cuidados médico-cirúrgicos a nível hospitalar.

ARRÁBIDAAUMENTA RESPOSTAAinda em 2000, o Grupo integra o Hospital da Arrábida, em Vila Nova de Gaia. Esta unidade, localizada no complexo comercial Arrábida Shop-ping, está equipada com a mais re-cente e sofisticada tecnologia médica e com grande enfoque na prestação de cuidados de saúde diferenciados, nomeadamente no diagnóstico e no tratamento das doenças cardíacas, incluindo na sua gama de serviços a cardiologia de intervenção e a ci-rurgia cárdio-torácica.

Este hospital assume o compro-misso de ocupar um lugar de primei-ra linha na região do Grande Porto e

no Norte do País, tendo em 2002 sido concluída a construção de um piso adicional, que permitiu aumentar a sua capacidade de internamento.

No Hospital da Arrábida os clientes encontram praticamente todas as espe-cialidades médicas e cirúrgicas, incluin-do cirurgia cárdio-torácica e neurocirur-gia. A estas somam-se os necessários meios complementares de diagnóstico, como endoscopia, ecografia, radiologia geral, TAC, ressonância magnética e angiografia, entre outros.

As intervenções cirúrgicas realizam--se num bloco operatório composto por quatro salas de operações, equipadas e dimensionadas para grandes cirurgias, existindo uma sala, de menor dimen-são, para cirurgia ambulatória. Para estes casos existe um hospital de dia cirúrgico recentemente remodelado.

Para garantir maior segurança e qualidade técnica no tratamento de

A Cliria – Hospital Privado de Aveiro colmatou uma carência numa região onde não existia uma unidade de saúde privada com internamento

Com o objectivo de melhorar a qualidade do serviço prestado, a Cliria de Aveiro acaba de renovar os pisos de internamento

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doentes em estado crítico, o Hospital da Arrábida dispõe igualmente de uma unidade de cuidados intensivos polivalente, composta por quatro ca-mas. Esta unidade está apetrechada com tecnologia altamente diferen-ciada, de acordo com o estado da arte da medicina intensiva, sendo os cuidados médicos e os de enfer-magem assegurados por profissionais dedicados e experientes.

Neste aspecto, deve salientar-se que muitos dos especialistas fazem do Hospital da Arrábida o seu local de trabalho exclusivo. A dedicação aos clientes é, assim, muito maior do que a habitual em outras unidades de

hospitalização privada.Relevante é ainda o facto da

duplicação das instalações do hos-pital, um projecto já em andamen-to e cuja fase de obra deverá ter o seu início em Fevereiro de 2008. Além da expansão, o hospital vai melhorar a organização e o con-forto dos serviços de ambulatório, nomeadamente as consultas, os meios auxiliares de diagnóstico e o atendimento médico permanente. O projecto inclui ainda a criação de um hospital de dia oncológi-co, estando também prevista a instalação de uma área destinada à saúde da mulher, com bloco de

Recepção do Hospital da Arrábida

O Hospital da Arrábidavai duplicar as instalações, um projecto que arrancano começo de 2008

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partos e internamento próprios, designadamente para as valências de obstetrícia e ginecologia.

Com esta expansão, cujo inves-timento total rondará 15 milhões de euros, o Hospital da Arrábida pas-sará a ter as instalações necessárias para responder à crescente procura gerada pela excelência do seu corpo clínico, diferenciação tecnológica dos equipamentos e profissionalismo do pessoal técnico e de apoio, sendo possível manter actualizada a ambi-ção de ser o melhor hospital privado do Norte.

PARCERIA EM ÉVORAEm 2002, teve início a gestão, em par-ceria com terceiros, do novo Hospital da Misericórdia de Évora, actualmen-te a única unidade privada de saúde com internamento e bloco operatório naquela cidade alentejana. Equipa-do com a tecnologia médica actual e contando com um corpo clínico es-pecializado e experiente, o Hospital da Misericórdia de Évora distingue-se dos seus congéneres pela ênfase posta no relacionamento com os clientes,

diagnóstico que lhes estão associados, casos da endoscopia, da ecografia e da radiologia geral.

O Centro de Medicina Física e de Reabilitação é, por outro lado, uma das grandes apostas do hospi-tal, disponibilizando as valências de fisioterapia (hidroterapia de grupo ou singular, electroterapia, cinesiterapia e massagem), terapia da fala e terapia ocupacional.

Clube de Repouso Casa dos Leões, em Carnaxide Hospital da Misericórdia de Évora

mais personalizada e humanizada.Esta unidade oferece consultas

externas nas mais diversas especia-lidades médicas e cirúrgicas, bem como os meios complementares de

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HOSPOR SOMA MAIS CINCOAo adquirir, em Dezembro de 2005, a Hospor, o Grupo Espírito Santo Saúde integrou mais dois hospitais, a Clipóvoa, na Póvoa de Varzim, e o Hospital de Santiago, em Setúbal, além de três clínicas ambulatórias.

A Clipóvoa é uma unidade hos-pitalar que tem vindo a responder à crescente procura na sua área de influência, tendo expandido a sua ac-tividade através de centros ambulató-rios-satélite localizados em Vila Nova de Cerveira, Amarante e Porto.

Na Póvoa de Varzim, a Clipóvoa tem vindo a consolidar uma posição destacada na prestação de cuidados de saúde de qualidade. Com profis-sionais experientes e especializados e tecnologia avançada, esta unidade distingue-se pela oferta alargada.

O hospital poveiro oferece quase todas as especialidades médicas e cirúrgicas, a que se somam os ne-cessários meios complementares de diagnóstico – endoscopia, ecografia, radiologia geral, TAC, ressonância magnética, angiografia, entre outros.

O bloco operatório desta unidade é composto por duas salas de opera-ções que permitem a realização de todo o tipo de cirurgias. Existe ainda uma sala de pequena cirurgia, des-tinada a cirurgia ambulatória (não requer internamento), uma sala de recobro, com duas camas, e uma uni-dade de esterilização autónoma.

O Hospital da Misericórdia de Évora conta com 34 camas para internamento, distribuídas entre quartos individuais e enfermarias.

REPOUSO NOS LEÕESUm novo conceito residencial, que concilia um completo conjunto de serviços de hotelaria, de lazer e de acompanhamento de saúde, é o que podem encontrar os residentes do Clu-be de Repouso Casa dos Leões, em actividade desde Fevereiro de 2003.

Destinado a pessoas a partir dos 65 anos de idade, o clube oferece co-modidade e segurança, tendo sido projectado a pensar no exclusivo bem-estar dos clientes, que mantêm total liberdade e independência em relação ao seu dia-a-dia. Os residentes benefi-

ciam igualmente de vários serviços de apoio pessoal e de acompanhamento regular de saúde.

Implantado entre jardins amplos, com passeios interiores, o clube locali-za-se em Carnaxide, junto ao Hospital de Santa Cruz, e é composto por 27 unidades habitacionais de tipologia T1 e 30 unidades habitacionais de tipologia T0. O Clube de Repouso Ca-sa dos Leões apresenta um conjunto significativo de áreas comuns e de lazer, tais como salas de estar, de jan-tar, de música e de jogos, biblioteca, bar/cafetaria, ginásio, cabeleireiro, jardins exteriores e interiores e esta-cionamento em garagem.

A oferta da Clipóvoa engloba praticamentetodas as especialidades médicas e cirúrgicas

Na Póvoa de Varzim, a Clipóvoa construiu uma sólida reputação na prestação de cuidados de saúde de grande qualidade

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O bloco operatório é formado por quatro salas de operações dotadas de todas as facilidades para a realização de cirurgias. Existe ainda uma sala para procedimentos cirúrgicos em regime ambulatório. Ao nível do internamento, a Clipóvoa está equipada com quartos privados e duplos.

O serviço de atendimento médico permanente, em funcionamento das 08h00 às 24h00, 365 dias por ano, disponibiliza uma resposta rápida para situações não programadas, com o apoio de enfermagem e exames de diagnóstico, nomeadamente de ima-giologia e de análises clínicas.

Na Clipóvoa têm também sido realizados fortes investimentos ao nível das infra-estruturas, com reno-vação de consultórios, zonas de espe-ra, internamento e bloco operatório. A aquisição de tecnologia médica de ponta tem sido outro dos grandes in-vestimentos realizados na unidade.

ONCOLOGIA EM SETÚBALJá o Hospital de Santiago, em Se-túbal, é a única unidade hospitalar privada na zona sul do País que tem

O Hospital de Santiago, em Setúbal, conta já com uma unidade de cuidados intermédios

O Hospital de Santiago é o único hospital privado no Sul do País dotado de um centro de oncologia com radioterapia

dados intermédios, imprescindível pelo número de cirurgias efectuadas, algumas com situações mais com-plexas no período pós-operatório. Em funcionamento 24 horas por dia, durante todo o ano, esta unidade tem capacidade instalada de cinco camas monitorizadas, duas das quais equi-padas com ventiladores.

Por outro lado, deve salientar- -se que desde 2006 o Hospital de Santiago trabalha em parceria com o Hospital de Nossa Senhora do Ro-sário, no Barreiro, recebendo doen-tes oncológicos para a realização de sessões de radioterapia, salvaguar-dando os interesses dos doentes e potenciando a eficiência dos serviços de saúde da região de Setúbal, quer sejam públicos ou privados.

O Hospital de Santiago dispõe de uma clínica de oncologia, incluindo radioterapia, instalada numa ala au-tónoma do edifício principal, permi-tindo maior privacidade ao doente oncológico. Em termos de equipa-mento específico, este serviço está dotado de um acelerador linear, uma tomografia computorizada, um siste-ma de planeamento computorizado e um sistema de simulação virtual.

A exemplo da parceria com o Hospital do Barreiro, o Hospital de Santiago estabeleceu outras, atra-vés do centro de imagiologia, para o qual são encaminhados os exames de ressonância magnética do Hospital Ortopédico do Outão e do Hospital de São Bernardo. O acordo com este último estende-se ainda às análises laboratoriais.

A DIFERENÇA DO MAREm funcionamento desde Abril de 2006, o Hospital Residencial do Mar, junto ao Parque das Nações, é uma inovadora unidade de saúde espe-

um centro de oncologia com radio-terapia, além de uma oferta bastante alargada de cuidados ambulatórios e de internamento, dispondo de 104 camas, um bloco operatório com quatro salas e uma maternidade com duas salas de partos, berçário e uma unidade de reanimação de recém-nascidos.

Desde Abril, o Hospital de San-tiago conta com uma unidade de cui-

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cializada na prestação de cuidados de convalescença e de reabilitação, sobretudo em situações pós-agudas médicas e cirúrgicas.

Este hospital dispõe de uma unidade especificamente destinada às demências, em particular à do-ença de Alzheimer, para a qual foi desenvolvida uma unidade especí-fica de internamento com diversas especificidades arquitectónicas e funcionais. Esta unidade alia o ob-jectivo de excelência na prestação de cuidados a uma arquitectura ino-vadora – pioneira a nível europeu na unidade de demências – que visa oferecer condições técnico-cientí-

ficas e ambientais que contribuam para a promoção da autonomia dos doentes.

No Hospital Residencial do Mar os cuidados paliativos e de apoio à família, que abrangem pessoas em situação de patologias permanentes ou terminais e que permitem descan-so aos cuidadores informais e fami-liares, merecem particular atenção, encontrando uma resposta que alia a competência clínica aos cuidados humanizados, no respeito absoluto pela individualidade das pessoas.

O hospital tem três unidades de internamento, uma das quais espe-cificamente destinada às demências.

O Hospital Residencial do Mar, junto ao Parque das Nações, em Lisboa, é uma das mais inovadoras unidades de saúde a nível nacional

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Em complemento, destacam-se ainda áreas de zonas médicas e de reabilita-ção, terapia ocupacional e treino de actividades de vida diária. Não foram também esquecidas áreas de conforto e de lazer, com jardim exterior, que permitem conciliar programas tera-pêuticos e estadas agradáveis típicas de uma unidade hoteleira, em regime de internamento ou em centro de dia. Saliente-se que em regime de ambu-latório existem duas áreas distintas: a clínica geriátrica e a clínica da memó-ria, que inclui avaliação neurológica e neuropsicológica.

A filosofia de abordagem dos cui-dados prestados neste hospital implica uma avaliação global e multidisciplinar, que orienta a elaboração de um plano individual de cuidados, sendo a famí-lia convidada a participar na definição de estratégias que possam melhorar o nível de intervenção.

UMA REFERÊNCIAEM IMAGIOLOGIARecentemente integrado no Grupo Es-pírito Santo Saúde, o Instituto de Ra-diologia Dr. Idálio de Oliveira (IRIO) é, desde a década de 50, uma instituição de referência no campo da imagiologia e da radioterapia em Portugal.

O IRIO tem vindo a realizar um forte investimento em equipamentos e em recursos humanos, que permitem apli-

car as mais avançadas técnicas nas suas áreas de actuação. O IRIO dispõe de um acelerador linear, de um equipamento de contactoterapia para tratamento de lesões benignas e malignas, em espe-cial nas áreas da dermatologia, cirurgia plástica e gastrenterologia. A área de imagiologia está equipada com TAC, equipamento de radiologia, ortopan-tomógrafo e osteodensitómetro.

LUZ E POETAS, AS NOVIDADESO Hospital da Luz e a Clínica Par-que dos Poetas são as mais recentes unidades do Grupo. Por isso estão EM FOCO nesta edição da IESS. Ambas concretizam em pleno um novo modelo de gestão, onde a ino-vação tecnológica e de processos se alia ao talento humano na procura constante da excelência na prestação de cuidados de saúde (ver artigos nas páginas 26 e 32).

O Hospital Residencial do Mar dispõe de uma unidade especificamente dedicada às demências, em particular à doençade Alzheimer

No Hospital Residencial do Mar, as áreas de lazer garantem conforto a clientes e acompanhantes

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sala de espera

iess Outono 200718

Pelo segundo ano consecutivo, a Espírito Santo Saúde associou-se ao BESup, programa de estágios de Verão que faz parte da estratégia de actuação do Banco Espírito Santo junto dos estudantes universitários. O programa consiste em proporcio-nar a valorização de estudantes uni-versitários através da participação numa experiência real de trabalho.

A colaboração da Espírito Santo Saúde envolveu duas das suas unidades hospitalares, o Hospital da Luz, em Lisboa, e o Hospital Residencial do Mar, na Bobadela, que acolheram os estagiários en-volvidos no programa. Assim, o Hospital da Luz recebeu 20 esta-giários, distribuídos por diversas especialidades. Por sua vez, o Hos-

CLIPÓVOA FAZ 1008 RASTREIOS GRATUITOS

COM O OBJECTIVO de consciencializar a população para a importância da prevenção das doenças cardíacas, a Clipóvoa – Hospital Privado da Póvoa de Varzim promoveu rastreios cardíacos gratuitos, iniciativa organizada pelo serviço de cardiologia da Clipóvoa e que decorreu entre 13 e 16 de Setembro no Diana Bar, na Póvoa. Além dos rastreios com avaliação do risco cardiovascular, realizaram-se palestras informativas sobre cardiologia, alimentação, diabetes e actividade física. A iniciativa encerrou com a realização de uma caminhada no dia 16.

SANTOS POPULARES NA CASA DOS LEÕES

CHURRASCO a preceito, música ao vivo, almoço ao ar livre e bailarico para animar. Foi assim no passado dia 29 de Junho, no Clube de Repouso Casa dos Leões, em Carnaxide. Susana Malpique, responsável pelas actividades do clube, promoveu a animação. Os residentes do clube fizeram uns gigantones em papier-mache alusivos a Santo António, São Pedro e São João no atelier da Casa dos Leões, coadjuvados pelo Samuel. O resto foi um dia bem animado para quem quis assistir. Notícia do clube foi também o regresso dos cursos de informática no mês de Setembro. Já no âmbito das habituais sessões de leitura, a Casa dos Leões deu início ao projecto “Noites Vadias”, um programa nocturno que consiste em leitura de textos, feita por um convidado, e que teve como moderador o jornalista Pedro Rolo Duarte.

Espírito Santo Saúde no BESup 2007

Da esquerda para a direita: Madalena Torres, Ricardo Salgado, Rui Silveira, Isabel Vaz, Joaquim Goes e os estagiários BESup

pital Residencial do Mar recebeu três estagiários. O Programa BES-up2007 teve início a 16 de Julho último com uma sessão solene de boas-vindas no Hotel Tivoli, a qual contou com a presença de Ricardo Salgado, presidente da co-missão executiva do BES, de Rui Silveira, administrador executivo do BES, de Isabel Vaz, presidente da comissão executiva da Espírito Santo Saúde, de Joaquim Goes, ad-ministrador executivo do BES, de Madalena Torres, directora-coor-denadora do Gabinete de Univer-sidades, e José Roquette, director clínico do Hospital da Luz, além de outros responsáveis das empre-sas parceiras neste projecto.

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sala de espera

iess Outono 200720

ELECTROFISIOLOGIA DA LUZ RECEBE VISITANTES INTERNACIONAIS

Maurício Scanavacca, Pedro Adragão, Eduardo Sosa, Diogo Cavaco, José Luís Faria, François Gaudier, John Lovell, Patricia Kennedy, Paula Cannas da Silva, Graça Costa, Pinheiro Vieira e Paulo Simão

A UNIDADE de Ritmo Cardíaco do Hospital da Luz, coordenada pelo professor Pedro Adragão, recebeu, a 27 de Junho, a visita de dois cardiologistas brasileiros, os professores Eduardo Sosa e Maurício Scanavacca, do Instituto do Coração de São Paulo, que tiveram a oportunidade de ver ao vivo a realização de ablações de fibrilhação auricular por navegação magnética.Este procedimento foi efectuado no Laboratório de Electrofisiologia do hospital, que dispõe de um sistema de angiografia com navegação magnética Stereotaxis, sistema que permite a realização de exames com manipulação dos cateteres a partir de uma sala de controlo. Este tipo de navegação tem vantagens para o doente e para o operador, reduzindo a exposição aos raios X, quando comparada com a técnica convencional até agora utilizada, pois

SELECÇÃO DE RUGBY NO HOSPITAL DA LUZ

O CENTRO de Medicina Desportiva do Hospital da Luz, coordenado pelo Dr. Pedro Granate, recebeu entre 16 e 17 de Julho os 30 pré-convocados da selecção sénior de rugby, que ali realizaram um conjunto de testes médicos de stress físico, entre os quais ecocardiogramas e provas de esforço, destinados a avaliar a respectiva condição clínica e física.Pedro Granate coordenou o trabalho de uma equipa de cinco médicos do Hospital da Luz na realização dos exames, tarefa que foi articulada com os fisioterapeutas da selecção nacional de rugby. Recorde-se que Portugal participou, pela primeira vez no seu historial, na fase final do Campeonato do Mundo de Rubgy, que decorreu em França entre 8 de Setembro e 20 de Outubro. O Hospital da Luz orgulha-se de ter sido o escolhido para avaliar a saúde dos “Lobos”

CLÍNICA PARQUE DOS POETAS APOIA “O MEU 1.º FESTIVAL”

permite também aumentar a manobrabilidade dos cateteres e diminuir a pressão exercida por estes sobre as paredes do coração, aumentando a eficácia e a segurança. Refira-se ainda que a Stereotaxis instalada no Hospital da Luz é a única existente em toda a Península Ibérica.

A CLÍNICA Parque dos Poetas, a mais recente unidade da Espírito Santo Saúde, forneceu o apoio de assistência médica durante os quatro dias de duração do “Meu 1.º Festival”, evento dedicado às crianças e que, entre 28 de Julho e 1 de Julho, animou o espaço verde do Parque dos Poetas, em Oeiras. A clínica disponibilizou todos os meios de intervenção médico-cirúrgica necessários para a

eventualidade de acidentes que pudessem ocorrer, o que, felizmente, não veio a suceder.Quanto ao festival, organizado pela Elec3city, foi um verdadeiro sucesso, tendo assistido ao mesmo cerca de 30.000 pessoas, que ao longo dos quatro dias puderam ver os espectáculos de Noddy, Bob, o Construtor, Ruca, DoceMania, Leopoldina, Bratz e jogar futebol com os campeões Oliver e Benji.

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RENOVAÇÃO EM AMARANTE

A CLIPÓVOA – Clínica de Amarante tem vindo a ser, desde há um ano, objecto de intervenções para a tornar competitiva no que toca à prestação de cuidados de saúde, de modo a tornar- -se uma clínica ambulatória de referência na região. O aumento do corpo clínico foi acompanhado de um grande investimento em equipamentos, nomeadamente no novo equipamento de TAC, e também da instalação de um equipamento de ressonância magnética. A par, a unidade está a aumentar a prestação de vários serviços médicos nas áreas da cardiologia, urologia e dermatologia e a iniciar a realização de exames de gastrenterologia com apoio de anestesia.

ANÁLISES NO CENTRO DE ÉVORA

O HOSPITAL da Misericórdia de Évora, unidade gerida em parceria pela Espírito Santo Saúde, acaba de abrir um laboratório de análises clínicas bem no centro da cidade. Localizado na Rua de Burgos, 3-A e B, bem perto da emblemática Praça do Giraldo, o novo laboratório do Hospital da Misericórdia de Évora está apetrechado para efectuar todo o tipo de análises clínicas, proporcionando uma resposta mais rápida e eficiente aos seus clientes. O horário das colheitas é das 8h00 às 11h00 e o laboratório pode ser contactado através do telefone 266.760.630.

ESS em movimento

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iess Outono 200722

ESS em movimento

CLIRIA VAI TER PÓLO 2

MEDICINA DENTÁRIA E ONCOLOGIA NA PÓVOA E NO PORTO

COM O OBJECTIVO de aumentar o leque de especialidades, a Clipóvoa – Hospital Privado (Póvoa de Varzim) e a Clínica do Foco (Clipóvoa – Porto) passaram a oferecer as especialidades de medicina dentária (de 2.ª a 6.ª feira e sábados de manhã), disponibilizando tratamentos, tais como, de ortodôncia, implantologia ou estética dentária. A entrada em funções de Leal da Silva, médico oriundo do Instituto Português de Oncologia do Porto, marca também o início da consulta de oncologia médica em ambas as unidades, sendo possível efectuar todos os tipos de tratamentos antineoplásicos e de seguimento de doentes com cancro quer em internamento quer em regime de ambulatório. Refira-se, por outro lado, que na Póvoa de Varzim, a Clipóvoa tem agora um serviço de obstetrícia, nomeadamente o bloco de partos, completamente renovado a nível de infra-estruturas e de equipamentos. Por outro lado, de forma a aumentar a transparência e clareza dos preços para as parturientes, refira-se que foram fechados preços para as clientes particulares da ADSE e da Médis.

CLIPÓVOA DE CERVEIRA TEM NOVAS INSTALAÇÕES

A CLÍNICA ambulatória da Clipóvoa, instalada desde 25 de Junho no renovado edifício do Hospital da Misericórdia, bem no centro de Vila Nova de Cerveira, tem vindo a reforçar o seu corpo clínico e técnico e a actualizar os equipamentos médicos, visando oferecer a uma vasta região do Alto Minho cuidados de saúde de excelência, servindo não só os cerveirenses como a população dos municípios de Caminha, Valença, Monção, Melgaço, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima. Para além da vasta oferta de especialidades médicas e de um horário mais alargado de atendimento, a clínica dispõe da tecnologia essencial em meios complementares de diagnósticoe tratamento.

A CLIRIA – Hospital Privado de Aveiro está a investir cerca de 10 milhões de euros na construção e equipamento de uma nova unidade, o Pólo 2, que deverá estar concluído no segundo trimestre do próximo ano e que vai duplicar a capacidade do hospital. A nova unidade deverá implicar o recrutamento de 20 a 25 médicos, aumentando para 130 o total de médicos ao serviço da Cliria. Os dois pólos da Cliria vão funcionar de forma integrada, ainda que tenham características e missões distintas. No Pólo 2, a Cliria pretende responder à procura existente, em termos de ambulatório, através da criação de 30 gabinetes de consulta, entre outros recursos. O novo edifício vai ainda dispor de um serviço de imagiologia com TAC e ressonância magnética, de pediatria, um serviço de saúde e bem-estar da mulher e de medicina dentária.

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iess Outono 200724

ESS em movimento

Catedral?!Tente lá de novo, por favor...

E esse ardor na garganta,há quanto tempo o sente?

Ora então diga lá ROOAAAARRR!!Outra vez, se faz favor.

HUMOR por Mário Foz

ARRÁBIDA AMPLIA INSTALAÇÕES

O HOSPITAL da Arrábida, em Vila Nova de Gaia, vai duplicar as suas instalações, um projecto já em andamento e cuja fase de obra deverá ter o seu início em Fevereiro de 2008. Com efeito, a Espírito Santo Saúde acabou de formalizar um acordo para a aquisição de 5000 metros quadrados ao centro comercial Arrábida Shopping, o que irá permitir expandir e melhorar a organização e conforto dos serviços de ambulatório, nomeadamente as consultas, os meios auxiliares de diagnóstico e

atendimento médico permanente, assim como a criação de um hospital de dia oncológico. No âmbito deste projecto, está também prevista a instalação de uma área destinada à saúde da mulher, com bloco de partos e internamento próprio, designadamente para as valências de obstetrícia e ginecologia. Com esta expansão, cujo investimento total rondará 15 milhões de euros, o Hospital da Arrábida passará a ter as instalações necessárias para responder à crescente

procura gerada pela excelência do seu corpo clínico, diferenciação tecnológica dos equipamentos e profissionalismo do pessoal técnico e de apoio, sendo assim possível manter actualizada a ambição de ser o melhor hospital privado do Norte. Refira-se ainda que com a contratação recente do médico Leal da Silva foi criada a valência de oncologia médica, conseguindo-se assim um ganho qualitativo considerável no tratamento integral do doente oncológico.

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Outono 2007 iess 25

CASAS DA CIDADE ABREM EM BREVE

AS CASAS DA CIDADE, residências sénior promovidas pela Espírito Santo Saúde junto ao Hospital da Luz, em Lisboa, têm abertura prevista para os próximos meses, encontrando-se já em fase de comercialização.Com serviços de restauração, limpeza e lavandaria incluídos, trata-se de um complexo residencial inovador, pensado para uma vida mais simples, cómoda e segura.O empreendimento é constituído por 115 apartamentos T0, T1 e T2, com estacionamento privativo. Para além dos amplos jardins interiores, as Casas da Cidade dispõem de diversas áreas comuns de lazer, bar, esplanada, ginásio e cabeleireiro. Com o apoio de serviços médicos regulares, enfermagem diária e suporte de assistentes especializados.Para além dos serviços disponibilizados no âmbito do empreendimento, estarão ainda acessíveis em condições preferenciais os serviços oferecidos pelo Hospital da Luz e restantes unidades do Grupo Espírito Santo Saúde.Para mais informações contacte o número 217.104.700.

ESS em movimento

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iess Outono 200726

Clínica Parque dos Poetas, a referência em OeirasServida por excelentes acessibilidades, a clínica foi pensada de raiz para oferecer num único local uma oferta completa de cuidados ambulatórios

Texto João Paulo Gama Fotografias Estúdio João Cupertino

A CLÍNICA Parque dos Poetas, em Oeiras, a mais recente unidade da Espírito Santo Saúde, é um centro ambulatório de referência que visa proporcionar uma oferta abrangente de excelência a nível dos cuidados de saúde ambulatórios à população do eixo Cascais-Lisboa.

Servida por excelentes acessibili-dades, a clínica foi pensada e cons-truída de raiz para oferecer aos seus

clientes, num único local e com toda a comodidade, uma oferta completa de cuidados ambulatórios.

A clínica tem como objectivo ser a unidade médica de referência na sua zona de localização, pelo que disponibiliza uma oferta alargada de consultas das diferentes especialida-des médicas e cirúrgicas, de que são exemplo, entre outras, a pediatria, a medicina geral e familiar, a otorri-

em foco

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Outono 2007 iess 27

tempos desnecessários de deslocação para usufruir de cuidados de saúde de elevada qualidade.

Um dos aspectos distintivos da Clínica Parque dos Poetas é a sua interligação com o Hospital da Luz, em Lisboa, garantindo-se desta for-ma aos seus clientes o backup e a segurança de cuidados de saúde mais diferenciados que sejam necessários ou exijam internamento.

A CLÍNICA PARQUE DOS POETAS EM NÚMEROS

• Corpo clínico: cerca de 100 médicos• Enfermeiros: 21• Técnicos de diagnóstico e terapêutica:

15• Administrativos e actividades

de suporte: 49• N.º de consultórios (consulta externa):

16 gabinetes de consulta e oito salas de exames

• Atendimento médico permanente:

quatro gabinetes de consulta, duas salas de observação, uma sala de tratamento de gessos, uma sala de pequena cirurgia;

• Hospital de dia cirúrgico: duas salas de operações, sete boxes de preparação e recobro, uma sala de exames especiais de gastrenterologia e uma sala de adaptação ao meio

• Imagiologia: oito salas de exames

nente (clínica geral), que funciona todos os dias, exames especiais de gastrenterologia e uma unidade de cirurgia ambulatória dotada de duas salas de operações.

Esta novíssima unidade foi criada para responder de forma alargada às necessidades de cuidados de saúde da população circundante, com um critério de proximidade a Oeiras e aos concelhos limítrofes, evitando

nolaringologia, a ginecologia e obs-tetrícia, a cirurgia geral, a ortopedia e a oftalmologia.

INTERLIGAÇÃO COM O HOSPITAL DA LUZDeve salientar-se que a clínica conta também com um centro de imagem e diagnóstico, equipado com a mais recente tecnologia, e um serviço de atendimento médico perma-

A Clínica Parque dos Poetas visa proporcionar uma oferta abrangente de excelência à população do eixo Cascais-Lisboa

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iess Outono 200728

CIRURGIA AMBULATÓRIA EM DESTAQUE

Entre as diversas característi-cas que tornam esta uma unidade diferenciada destaca-se o hospital de dia cirúrgico, que incorpora uma unidade de cirurgia ambulatória e uma unidade de exames especiais de gastrenterologia. O hospital de dia cirúrgico tem capacidade para a realização de cirurgias programadas

DERMATOLOGIA E ESTÉTICA VAI TER CENTRO

Um centro específico de dermatologia e estética vai ser uma das áreas onde a Clínica Parque dos Poetas pretende destacar-se. A oferta irá passar por um conjunto integrado de serviços estéticos (depilação a laser, botox, etc.) com supervisão médica. Mais direccionado para a saúde e bem-estar da mulher, este serviço não descurará o público masculino, colocando ao dispor destes clientes soluções que respondem às respectivas necessidades.A clínica vai também proporcionar um serviço de check-up com capacidade de resposta em tempo e tecnologia às empresas dos parques empresariais da zona de influência, nomeadamente o Lagoas Parque, o Taguspark e a Quinta da Fonte.

A clínica está equipada com a mais recente tecnologia médica, com destaque para o bloco operatório (página seguinte, em baixo) e para o centro de imagem e diagnóstico (a TAC, na página seguinte, em cima)

nas diferentes especialidades, com um conceito de serviço onde todos os pormenores foram pensados para incrementar a qualidade e a comodi-dade da estada dos clientes, os quais usufruem de instalações concebidas para garantir toda a privacidade e o melhor conforto.

Refira-se ainda que o conceito do serviço de ambulatório preconiza que a recuperação do doente seja feita

junto da família, sendo o acompa-nhamento pós-operatório assegurado pela clínica.

Já a unidade de exames especiais de gastrenterologia possui uma sala dedicada à realização de exames e beneficia da restante estrutura de apoio do hospital de dia cirúrgico, nomeadamente das sete boxes indi-viduais de preparação e recobro e de uma sala de adaptação ao meio.

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Outono 2007 iess 29

ATENDIMENTO MÉDICO PERMANENTE DAS 9H00 ÀS 22H00

Outro aspecto inovador da clínica é a existência de um serviço de atendimento médico permanente em funcionamento todos os dias, das 9h00 às 22h00. Este serviço permite uma resposta integrada, com meios complementares de diagnóstico locais, e em caso de necessidade de internamento o mesmo será assegurado pelo Hospital da Luz.

Outra das áreas diferenciadoras da Clínica Parque dos Poetas é a oferta integrada no que diz respeito à imagiologia, disponibilizando-se no centro de imagem e diagnóstico exames de ortopantomografia, raios X, tomografia axial computorizada, ecografia (dois ecógrafos), mamo-grafia, osteodensitometria, exames cardíacos (provas de esforço, electro-cardiogramas, MAPA e holter), para os quais existe uma sala própria. No caso dos exames de ressonância mag-nética, a oferta é articulada com o Hospital da Luz, em Lisboa.

Referência final para os acordos já existentes com seguradoras e diversos subsistemas de saúde. Assim, nesta fase, a Clínica Parque dos Poetas tem acordos com a AdvanceCare, Multi-Care, Portugal Telecom ACS, Serviços Sociais da Caixa Geral de Depósitos, SAMS Quadros e SAMS-SIB.

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iess Outono 200730

O PRESIDENTE da Repúbli-ca, Aníbal Cavaco Silva, inaugurou oficialmente o Hospital da Luz, em Lisboa, a 18 de Abril último, em cerimónia que contou com a presen-ça de António Correia de Campos, ministro da Saúde, e Manuel Pinho, ministro da Economia e da Inovação, entre outras individualidades, con-vidados e colaboradores.

A abertura da sessão solene esteve a cargo de Ricardo Salgado, presidente do conselho de administração da Espí-rito Santo Saúde, o qual, nas palavras que dirigiu aos convidados, começou por referir que a preocupação da famí-lia Espírito Santo com os cuidados de saúde remonta ao ano de 1968, quando foi inaugurada a sede da Companhia de Seguros Tranquilidade, que então com-preendia uma unidade hospitalar.

Mas, continuou Ricardo Salgado, foi só a partir da criação da Espírito Santo Saúde, em 2000, que o Grupo

Presidente da Repúblicainaugura Hospital da LuzO complexo hospitalar da Luz é, até à data, o maior investimento privado no sector da saúde em Portugal, integrando tecnologiade última geração

O Presidente da República ouviu as explicações dos cirurgiões António Setúbal (à esq.) e Carlos Vaz (à dir.) na sala de cirurgia laparoscópica

Texto Palmira Simões Fotografias Luis Filipe Catarino/Presidência da República

Espírito Santo (GES) entra de forma decidida na prestação de cuidados de saúde, ao desenvolver e promover uma medicina de excelência apoiada em inovação tecnológica, posicionamento que mostra uma clara orientação pa-ra o futuro. Actualmente, a Espírito Santo Saúde, subsidiária da holding financeira do GES, já investiu cerca de 400 milhões de euros no sector e está presente nos principais centros

populacionais do País, contando com cerca de 2600 colaboradores.

De acordo com Ricardo Salgado, “o complexo hospitalar da Luz representa o maior investimento privado no sector – 130 milhões de euros –, integrando tecnologia de última geração, muita da qual única no País e até na Europa, desde os processos de construção até aos equipamentos médicos e sistemas de informação instalados. Além dis-

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so, constitui um novo paradigma da hospitalização privada em Portugal e assinala, finalmente, a certeza de que operadores privados exigentes e de qualidade são um alicerce essencial na construção de um melhor sistema de saúde para os portugueses e para todos os estrangeiros que residam ou visitem o nosso País”.

Por seu turno, o Presidente da República afirmou que se associava com muito gosto a esta inauguração, porque a cerimónia representava um significado nacional: “Não é todos os dias que se inaugura um novo hospi-tal em Portugal. O complexo da Luz, uma unidade de saúde moderna e tecnologicamente muito avançada, é fruto do empreendorismo português neste campo, que se tem vindo a afir-mar claramente nos últimos anos. Hoje, no nosso País existem unidades de grande qualidade, competitivas à es-

cala europeia, e isso é também a prova da competência e da capacidade dos profissionais portugueses do sector”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Após os discursos e o descerrar da placa que marcou a inauguração ofi-cial do novo hospital, o Presidente da República e os restantes convidados tiveram a oportunidade de conhecer o Hospital da Luz através de uma visita guiada.

O Presidente da República elogiou a competência e a capacidade dos profissionais portugueses do sector da saúde

em foco

Cavaco Silva, Isabel Vaz, José Roquette, Manuel Pinho, Correia de Campos e Ricardo Salgado inauguram oficialmente o Hospital da Luz

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O novo paradigma da saúde em PortugalAo concretizar o modelo estratégico de prestação de cuidadosde saúde preconizado pela Espírito Santo Saúde, o Hospital da Luz promete fazer a diferença em cuidados de saúde no nosso País

Texto João Paulo Gama Fotografias Fernando Guerra

32 iess Outono 2007

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Outono 2007 iess 33 Outono 2007 iess 33

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O HOSPITAL DA LUZ EM NÚMEROS

N.º de quartos do Hospital: 168N.º de apartamentos: 115 Lugares de estacionamento: 625

N.º de consultas previstas por ano: 270 milN.º de internamentos previstos por ano: 11 milN.º de cirurgias previstas por ano: 13 milPrevisão de quantidade de roupa tratada e limpa diariamente: 750 kg N.º previsto de refeições servidas: 1250/dia.

Áreas de implantação e construção: Área total do lote: 25.624 m2

Área de intervenção: 10.997 m2

Área bruta de construção do Hospital: 72.121 m2

Área bruta de construção dos apartamentos: 25.188 m2

Fundações e estrutura:Estacas: 11.000 metros Betão: 60.000 m3

Aço: 7000 toneladasAparelhos de apoio anti-sísmicos: 315Lajes-cofragens: 108.000 m2

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iess Outono 200734

COMO MUITAS vezes suce-de em projectos vanguardistas, é a génese da própria unidade que de-pois leva à criação da estrutura que lhe servirá de suporte. Assim o Hos-pital da Luz, cujo conceito, assente em pressupostos tecnológicos, arqui-tectónicos e de gestão hoje existentes nesta novíssima unidade privada de saúde, acabou por ser o ponto de par-tida para a criação do Grupo Espírito

a tecnologia e a sofisticação pouco acrescentam. O Hospital da Luz tem, por isso, pela frente o grande desa-fio de assegurar que os seus clientes recebam os melhores tratamentos,

os melhores cuidados médicos, com toda a atenção e humanidade que merece quem o procura, assumindo o compromisso de diagnosticar e tratar de forma rápida e eficaz, através da prática de uma medicina de excelên-cia e de inovação.

A CHAVE DA DIFERENCIAÇÃOO Hospital da Luz disponibiliza todas as valências médicas e cirúrgicas,

Santo Saúde (ESS).Pode, por isso, afirmar-se que o

Hospital da Luz é a concretização ple-na do modelo estratégico de prestação de cuidados de saúde defendido pe-la Espírito Santo Saúde, cujo futuro passa por uma organização hospitalar assente numa grande racionalização dos recursos em benefício da quali-dade dessa mesma prestação.

Neste contexto, a Espírito Santo Saúde acredita que tal só é possível através de uma rigorosa engenharia de processos, quer sejam médicos ou administrativos, engenharia essa que terá de ser suportada por uma forte componente tecnológica de sistemas de informação, vitais para se racio-nalizar com segurança

Mas se estas premissas são im-portantes, a maior humanização da prestação de cuidados é fundamental, pois sem profissionais dedicados e permanentemente atentos ao cliente

A arquitectura do Hospital da Luz – já um ícone na paisagem urbana de Lisboa – foi concebida para facilitar a funcionalidade, a privacidade e o conforto dos clientes

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Outono 2007 iess 35

A cafetaria e o jardim interior são duas zonas distintivas da arquitectura do hospital

Unidade de neonatologia, onde existem todos os recursos necessários aos recém-nascidos

com ênfase em áreas diferenciadas organizadas em centros de excelên-cia, como a oncologia, as doenças cardiovasculares, o aparelho diges-tivo, as neurociências, a cirurgia mi-nimamente invasiva, a medicina e a traumatologia desportiva e a obesi-dade, apostando ainda fortemente na medicina da mulher e da criança.

O corpo clínico do Hospital da Luz é formado por uma equipa de

mais de 200 médicos residentes em diversas especialidades médicas e cirúrgicas e por um corpo de enfer-magem nuclear exclusivamente de-dicado ao hospital, os quais foram

criteriosamente seleccionados de acordo com os mais elevados padrões de qualidade técnica, experiência e consciência social, contando ainda com o apoio de médicos convidados, tanto nacionais como estrangeiros. Acrescente-se ainda que em veloci-dade de cruzeiro o hospital terá perto de 900 colaboradores.

A oferta de serviços do Hospital da Luz é, pois, muito alargada e di-ferenciada, englobando as diversas áreas dos cuidados agudos e ainda os cuidados pós-agudos (convales-cença e reabilitação), continuados e paliativos.

Como já acima referido, a ino-vação tecnológica do Hospital da Luz está presente nos equipamen-tos médicos de última geração e também na utilização de sistemas de informação de vanguarda que ga-rantem a segurança e efectividade

A oferta de serviçosdo Hospital da Luz é muito alargada e diferenciada

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dos cuidados de saúde prestados e que fazem desta unidade um hos-pital tecnologicamente distintivo, ao estarem orientados para a maior qualidade e segurança da prestação dos serviços clínicos. Esses sistemas integram de forma global as diver-sas vertentes do hospital – clínica, operacional e financeira –, permi-tindo a definição e a monitorização dos processos clínicos através da

nibilizarem em todos os quartos cock-pits (terminais de computador) que permitem o acesso individualizado a canais de televisão, rádio, Internet, telefone e videoconferência, além de toda a informação clínica sobre o doente em tempo real, processo esse acessível ao pessoal clínico devida-mente autorizado e credenciado.

LUZ NATURALÉ FUNDAMENTALÚnica e verdadeiramente distintiva, a arquitectura do hospital – já um ícone na paisagem urbana de Lisboa pela es-tética depurada e contemporânea – foi concebida, em parceria, pelos gabine-tes do arquitecto Manuel Salgado e do arquitecto catalão Albert Pineda, para estar ao serviço da funcionalidade e do conforto das pessoas, privilegiando a privacidade dos doentes e das suas famílias e, uma vez que se trata de uma unidade de saúde, para respon-der a elevados critérios de segurança técnica.

Fazendo jus ao nome, a luz (na-tural) predomina como elemento fundamental em todo o hospital,

definição de protocolos clínicos “standardizados”.

Paralelamente, tais sistemas po-tenciam o conforto do cliente em ambiente de internamento ao dispo-

Quarto de internamento: conforto e funcionalidade

ATENDIMENTO MÉDICO PERMANENTE (24 HORAS, 365 DIAS/ANO)

• Medicina geral e familiar• Pediatria• Ginecologia/obstetrícia• Anestesiologia

IMAGIOLOGIA E EXAMES ESPECIAIS

Equipamento para realização de exames de todas as especialidades, com tecnologia full digital, em alguns casos pioneiro em Portugal e na Península Ibérica (TAC de dupla ampola de 64 cortes), na Europa (Rx portáteis digitais) e em Portugal (PET/CT, RM e angiógrafo com Stereotaxia).

CONSULTAS

Consultas de diversas especialidades médicas e cirúrgicas

INTERNAMENTO

• Três unidades de internamento de cuidados de agudos (140 camas)

• Unidade de cuidados intensivos polivalente (com oito boxes individuais)

• Unidade de cuidados intermédios (total de oito camas)

• Unidade de cuidados neonatais (quatro postos) e berçário

• Duas unidades de internamento de cuidados pós-agudos, continuados e paliativos (98 camas)

HOSPITAL DE DIA CIRÚRGICO

• Oito boxes individuais (preparação e recobro) dedicadas à cirurgia ambulatória e exames especiais (p. ex., gastrenterologia, urologia, pneumologia).

• Sala de adaptação ao meio

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Outono 2007 iess 37

Uma das oito boxes individuais da unidade de

cuidados intensivos

HOSPITAL DE DIA MÉDICO

• Unidade vocacionada para tratamentos oncológicos e unidade da dor em regime ambulatório (inclui oito boxes individuais e gabinetes de consulta)

BLOCO OPERATÓRIO

• Oito salas de operações (quatro com fluxo laminar, uma especialmente equipada para cirurgia laparoscópica)

• Equipamento de vanguarda para apoio a diversas cirurgias (neuronavegação e TAC intra-operatório)

• Unidade de recobro• Duplo corredor com iluminação natural e zona de indução anexa

a cada sala de operações

HOSPITAL DA MULHER

• Unidade com integração de cuidados ambulatórios (consultas,

exames e procedimentos ambulatórios) com o bloco de partos e respectivas áreas de apoio (seis salas de dilatação, dois recobros individuais de apoio à sala de técnicas de ginecologia/obstetrícia)

• Duas salas de partos e uma sala de operações para cesarianas

CENTRO DE MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

Centro integrado com capacidade para realizar todas as valências, incluindo a terapia da fala, a terapia ocupacional e o treino de actividades de vida diária

UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS

Cuidados ambulatórios e de internamentoZonas de actividades de suporte, lazer e trabalho de equipa integradas na unidade de internamento

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em foco

iess Outono 200738

incluindo em serviços como a uni-dade de cuidados intensivos, o bloco operatório e a radioterapia, um as-pecto que contribui para um maior conforto e bem-estar de profissionais e doentes, cujos benefícios – mesmo em doentes em estado de coma – são referidos em estudos médicos.

CONFORTO E SEGURANÇAA privacidade dos doentes acama-dos é garantida pelos circuitos de circulação ambulatórios e de público diferenciados dos circuitos técnicos e de acamados, enquanto o ambiente e a decoração do hospital se asseme-lham, por exemplo no internamento, às unidades hoteleiras mais contem-porâneas. Naturalmente, no Hospital da Luz este aspecto procura criar, tan-to quanto possível, uma envolvente e vivência mais agradáveis e confortá-veis do ambiente hospitalar.

numa protecção total anti-sísmica única a nível nacional. Com efeito, o hospital está assente num piso téc-nico dotado de 315 apoios elásticos específicos que permitem a coesão e o normal funcionamento do hos-pital mesmo em caso de ocorrência de um sismo de forte intensidade, além de anular o ruído e a vibração subterrânea provocados pelos túneis do metropolitano.

Piscina de recuperação no centro de medicina física e de reabilitação

Pormenor da área exterior de entrada do hospital residencial

Ligada à componente arquitectó-nica do hospital está também a se-gurança e a estabilidade do edifício. A adopção de uma inovação a nível de engenharia surge materializada

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entrevista

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“ O Hospital da Luz é uma aposta ganhadora”

PARA um médico, qual o significado

da abertura de uma unidade de saúde

como o Hospital da Luz? O Hospital da Luz surge numa fase crucial para a saúde em Portugal. Neste momento, a saúde atravessa um problema de finan-ciamento importante, verificando-se, infelizmente, uma clara degradação do ponto de vista económico. Perante este cenário, o aparecimento de uma unida-de de saúde privada como o Hospital da Luz, pensado e estruturado com tudo o que existe de mais moderno na medicina e que cobre todas as es-pecialidades, constitui um marco para os médicos que foram convidados para participar no projecto.

Naturalmente, os médicos olham para o Hospital da Luz como uma uni-dade onde encontram condições de tra-balho excelentes, podem sentir-se bem e têm a possibilidade de desenvolver o seu trabalho apoiados em tecnologia

Para o professor José Roquette, director clínico do Hospital da Luz, a nova unidade da Espírito Santo Saúde tem todas as condições – tecnológicas, estruturais e humanas – para se tornar uma referência importante na saúde a nível europeu

Texto João Paulo Gama Fotografias Estúdio João Cupertino

“ Os médicos olham para o Hospital da Luz como uma unidade onde encontram condições de trabalho excelentes.”

de grande qualidade, o que não está a acontecer nos hospitais públicos.

Por outro lado, esta unidade pode servir de ponto de referência para as outras, pelo que acho que o Hospital da Luz é uma aposta ganhadora.

Enquanto director clínico, que grandes li-

nhas estratégicas pretende implementar

no Hospital da Luz no que diz respeito

ao seu corpo de profissionais? Um dos aspectos mais importantes foi a pos-sibilidade de termos seleccionado a

equipa, de termos procurado aqueles que achávamos mais adequados, quer pelas suas características técnicas e científicas quer, também, humanas. Esse grupo foi objecto de uma série de reuniões no sentido de o imbuir de um forte espírito de equipa, que conduzisse também à construção da fidelização dos doentes ao hospital.

Do nosso lado, direcção clínica, procurámos dar respostas às solicita-ções dos colegas e, simultaneamente, procuramos estimulá-los no sentido de que olhem para o Hospital da Luz como uma instituição onde queremos que trabalhem em full time, e não como um local onde vêm fazer um trabalho esporádico.

Nesse contexto, os enfermeiros jogam

também um papel importante na liga-

ção com o médico, uma vez que estão

muito próximos dos clientes…

2

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JOSÉ ROQUETTEDIRECTOR CLÍNICO Hospital da Luz

entrevista

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geral, as pessoas estão habituadas a trabalhar com esses equipamentos e pode haver necessidade de uma pe-quena actualização.

Em relação à área de sistemas, a situação é distinta. A maior parte dos colegas estão habituados a trabalhar com sistemas informáticos com apli-cações muitas vezes parcelares. No Hospital da Luz, a informatização é total, e estamos a dar grandes passos nessa matéria.

E como não existem muitos hospi-tais no mundo que tenham o grau de sofisticação que aqui existe, há uma maior necessidade de formação e de actualização, que tem vindo a ser efec-tuada em parceria com os fornecedores de sistemas, que estão também a apren-der com as interacções resultantes do envolvimento de novas técnicas e de equipamentos e que são, compreensi-velmente, complexas.

“Quando chega às unidades da Espírito Santo Saúde, o doente sabe que tem um médico ao qual pode recorrer para o apoiar na procura de soluções.”

Hoje em dia, as pessoas que têm vi-vências hospitalares percebem que os enfermeiros são uma peça crucial de uma equipa clínica.

Há especialidades onde esse im-pacto é maior, como na cirurgia car-díaca, que professo e pratico. Nós, médicos, não conseguimos viver sem os enfermeiros, e raras são as espe-cialidades que hoje conseguem viver isoladamente.

Por isso o corpo de enfermagem do Hospital da Luz foi também escru-tinado baseado numa selecção muito rigorosa, e estou convicto de que irá ser um exemplo para outras unidades e também para unidades públicas.

Aqui, as pessoas são bem formadas sob todos os pontos de vista e, como o conceito de construção da equipa é de hierarquização e de responsabilização sucessiva, torna-se possível ter equipas clínicas de grande qualidade.

SOFISTICAÇÃO ELEVADAO Hospital da Luz aposta na excelên-

cia clínica suportada em tecnologia de

ponta. Acha que os diferentes actores

clínicos estão à vontade com o grande

apport tecnológico? A maior parte dos médicos tem já grande à-vontade no tocante a equipamentos de diagnóstico. Naturalmente, existirão aspectos pon-tuais de equipamentos mais recentes que poderão necessitar de um processo de aprendizagem, mas, de um modo

entrevista

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entrevista

Outono 2007 iess 43

Obviamente, toda esta tecnologia tem

um destinatário – o cliente do Hospital

da Luz. Os médicos, e o professor como

responsável clínico, sentem que este

hospital pode marcar um ponto de vira-

gem na saúde em Portugal? Acho que as pessoas estão suficientemente envol-vidas neste projecto para perceberem que isso é um facto. Numa perspectiva de demonstração de resultados, todos estão motivados para mostrar que esta unidade pode ser exemplar.

Sem dúvida que a partir de agora vai ser diferente a hospitalização no nosso País, quer a pública quer a pri-vada. Da nossa parte, temos a noção de que vamos estar sob muitos olhares e que tudo o que fizermos de bem será somente a nossa obrigação, mas o que correr mal vai provavelmente ser am-pliado. Temos, por isso, a humildade de um diálogo permanente com os clientes e com as suas famílias, no sentido de

explicar o que estamos a fazer, mas estou convicto de que vamos chegar a um ponto a curto prazo e todos iremos ficar contentes com o esforço que está a ser feito e com os resultados, que estão a ser muito interessantes.

É nesse contexto de maior proximidade

com as famílias que se insere a figura

do médico assistente que o Hospital da

Luz vai ter. Que vantagens traz para os

clientes do Hospital? O conceito do mé-dico assistente implica que o doente, quando chega às unidades da Espírito Santo Saúde, sabe que tem um médico ao qual pode recorrer para o apoiar na procura de soluções, para o aconselhar para uma determinada especialidade, e esse médico será o seu médico de família – esse é, no fundo, o conceito do médico assistente. O cliente irá po-der usar essa alternativa sempre que o desejar. Estamos a “transportar” para o

hospital o médico de família que existe no ambiente extra-hospitalar. É isso que queremos – que se crie o hábito que agiliza o relacionamento através desse médico assistente…

Portanto, o Hospital da Luz não será o

local a que as pessoas recorrem quan-

do estão doentes, mas que pode fazer

parte da sua vida em termos de saúde… Exacto, e, ao mesmo tempo, para as ha-bituar a procurar o hospital para outras situações que não seja a cirurgia ou a urgência, mas também em ambiente de consulta. Em lugar de irem ao consul-tório particular do médico, podem vir ao hospital procurar as soluções para as respectivas situações patológicas.

Existe a ideia de que o Hospital da Luz é

muito luxuoso. O que pensa desta ideia? Acho que todas as pessoas que procu-ram esta ou outras unidades de saúde

“Sem dúvida que a partir de agora vai ser diferente a hospitalização no nosso País, quer a pública quer a privada.”

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entrevista

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merecem qualidade. Luxo é uma supra-qualidade por vezes excessiva. Consi-dero que não existe luxo no Hospital da Luz; acho, sim, que existe uma oferta de qualidade ambiental, arquitectónica, de espaço, e depois também a qualidade clínica e técnica dos equipamentos.

A receptividade que temos tido é a de que as pessoas gostam da qualidade e apreciam ser bem tratadas. E, portan-to, penso que isso não é um anátema que vai cair sobre este hospital, prin-cipalmente se tivermos o cuidado – e eu tenho sentido isso da parte desta administração – no sentido de manter os custos dentro de valores aceitáveis e comparativos com outras unidades. Por isso não penso que esse seja um pro-blema e acho que a procura que temos tido é elucidativa nesse sentido.

FAZER A DIFERENÇAAinda que se trate de um hospital ge-

neralista, o Hospital da Luz pretende

diferenciar-se em especialidades muito

específicas. Pode destacar algumas?

Vamos ter quatro ou cinco áreas onde iremos procurar fazer a diferença em relação ao que existe. Na oncologia, por exemplo, vamos ter uma unidade com todas as valências, quer diagnós-ticas quer terapêuticas. Sem hierar-quizar, outras são as áreas da mulher e da criança. Vamos ter uma área que acompanha todo o percurso de vida da mulher, desde a infância, passando

de toda a cardiologia convencional, dos exames complementares, da he-modinâmica, dispomos de um sector inovador – a arritmologia –, dotado de equipamentos de alta capacidade téc-nica e tecnológica, com sistemas que permitem o tratamento de doenças.

Mas não podemos esquecer nunca a estratégia e o conceito inerentes a este hospital, o facto de termos uma unidade de medicina interna. É que hoje o cliente não padece de uma única patologia e, portanto, as interferências de várias patologias numa mesma úni-ca situação tornam indispensável que a medicina interna esteja disponível para nos apoiar.

Um dos pontos fortes do Hospital é a

interdisciplinaridade das equipas. Tam-

bém aí o Hospital da Luz pretende fazer

a diferença. De que forma? Acho que o conceito não existia em unidades privadas. A vantagem é que temos aqui uma grande capacidade tecnológica e a possibilidade de usarmos essa capa-

“ Não existe luxo no Hospital da Luz; existe uma oferta de qualidade ambiental, arquitectónica, de espaço, e depois também a qualidade clínica e técnica dos equipamentos.”

pela fase fértil e a pós-menopausa, vamos também ter uma área muito forte abrangendo a criança, na área da pediatria, na urgência, no acom-panhamento, no desenvolvimento. O Hospital da Luz tem ainda uma estrutura interna, que se designa co-mo hospital do coração, onde, além

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entrevista

Outono 2007 iess 45

Avizinha-se, pode dizer-se, uma fase mais

estimulante para a medicina em Portugal

com a abertura do Hospital da Luz? Acho que sim. É inegável que isso irá aconte-cer e que vamos, de facto, ser escrutina-dos, o que nos traz responsabilidades acrescidas, mas onde nós vamos fazer a diferença. As condições proporcionadas neste hospital obrigam-nos a trabalhar e a ter uma responsabilidade que muitas outras unidades não têm.

Data de nascimento 29 de Outubro de 19461971 – Licenciatura em Medicina com a classificação de Muito Bom1979 – Exame final do internato da especialidade com prestação de provas públicas e a classificação final de Muito Bom, com distinção e louvor1987 – Membro fundador da European Association of Cardio-Thoracic Surgery1991 – Membro da Society of Thoracic Surgeons (EUA)1993 – Apresenta à Faculdade de Medicina de Lisboa a tese de doutoramento intitulada “A Artéria

Endoscopia Ginecológica, operaram aqui os melhores cirurgiões interna-cionais no campo da ginecologia, que ficaram fortemente impressionados com o hospital e com as condições de trabalho que encontraram. Além disso, também estamos a tentar esta-belecer uma parceria com a Cleveland Clinic, que é uma das maiores unida-des de saúde dos EUA, no sentido de fazermos esse tipo de acordo.

Gastroepiploica na Revascularização do Miocárdio”, sendo aprovado, por unanimidade, com distinção e louvor1994-2009 – Presidente da Assembleia Municipal da CM de Fronteira1996 – Nomeado director do Serviço de Cirurgia Cárdio-Torácica do Hospital de St.ª Marta.2000-2004 – Presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Cárdio-Torácica e Vascular.2001 – Coordenador clínico do projecto da Espírito Santo Saúde.2001-2005 – Presidente da Comissão de Ensino do Hospital

de St.ª Marta (Lisboa) e director do internato médico2002-2004 – Presidente da Sociedade Médica dos Hospitais Civis de Lisboa2003-2006 – Presidente do Colégio da Especialidade de Cirurgia Cárdio- -Torácica da Ordem dos Médicos2004-… – Principal investigador e coordenador regional (Portugal e Espanha) do ensaio “Syntax”2006 – Mandatário por Portalegre para a eleição do Prof. Cavaco Silva à Presidência da República2006 – Director clínico do Hospital da LuzHobbies – Os netos, o golfe, a viticultura

cidade para trocar impressões para ver-mos nos nossos ambientes de consulta os exames e, através deles, podermos falar com os colegas, o que também facilita essa interdisciplinaridade.

Depois é o número significativo de pessoas que estão a trabalhar só aqui e que fazem com que a vivência hospi-talar seja uma realidade. E por isso é que nós dizemos sempre: queremos que isto seja um hospital com um conceito de equipas estruturadas, de grupos que funcionem em conjunto, e não uma clínica ou uma casa de saúde onde as pessoas vêm esporadicamente tratar do seu doente e se vão embora.

Este hospital vai estar também aberto

à comunidade médica internacional.

É intenção da Espírito Santo Saúde

trazer aqui médicos estrangeiros para

trabalhar com os médicos nacionais? Efectivamente, temos mantido contac-tos com alguns colegas, com os quais dialogámos sobre a perspectiva de virem aqui realizar, sobretudo, actos cirúrgicos, e a receptividade tem si-do bastante boa. Aliás, no início de Maio, quando realizámos o curso de

CURRÍCULO

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iess Outono 200746

ANA BERNARDOMÉDICA E MEMBRO DA DIRECÇÃO CLÍNICA

Hospital Residencial do Mar (Bobadela)

Ler muito, viajar, pensar em tempos e ambientes apropriados para passar alguns dias em ambientes bucólicos e, de preferência, sem muito que fazer, são algumas das formas que a Ana encontra para relaxar da actividade diária. Mas, entre outras coisas, também se ocupa a coordenar uma equipa de voluntários de visitadores de doentes na paróquia de Loures.

ANA FREIRE DE ANDRADEDIRECTORA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

Hospital da Luz (Lisboa)

Todas as ocupações de tempos livres da Ana são feitas com e para os filhos, tal como andar de bicicleta, jogar ténis e, claro, brincar. Viajar para conhecer novos lugares com História ou com praias paradisíacas, ler, ir ao cinema e jantar com os amigos são outras das formas de lazer que mais gozo lhe dão fazer.

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Outono 2007 iess 47

TERESA ESQUÍVELADJUNTA DA DIRECÇÃO

Clube de Repouso Casa dos Leões (Carnaxide)

A Teresa ainda vai ser uma grande cantora de jazz. Para isso tem aulas de canto, actividade que retomou em Junho de 2006 no curso de Teatro da In impetus, onde ensaiou uma peça na qual dançava e cantava. Como acharam que cantou bem, passou a frequentar as aulas dos Salesianos e no Hot Club de Portugal.

CRISTIANA GUERREIROENFERMEIRA SÉNIOR

Bloco operatório central do Hospital da Luz (Lisboa)

Quando não está no bloco operatório, a Cristiana dedica- -se às artes plásticas, à jardinagem, à patinagem e à dança. Para relaxar de todas estas actividades, gosta de passar bons momentos com amigos e com a família, de ler e de viajar.

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iess Outono 200748

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facESS

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MÓNICA AZEVEDOCENTRO DE GESTÃO, MARKETING E CLIHOTEL

Clipóvoa (Póvoa de Varzim)

A arquitectura e o design são as suas paixões, mas entre os livros e o computador defende que o tempo passado com a família é, sem dúvida, o melhor hobbie do mundo. Como adora animais, tem um husky e uma labrador, os quais – quem conhece bem a Mónica sabe como é… –, entre passeios, corridas e brincadeiras, lhe tiram muito do tempo livre. Já agora, os cães chamam-se Yuk e Mikas.

JOANA AIRESSECRETÁRIA DE ADMINISTRAÇÃO/SERVIÇO DE APOIO AO CLIENTE

Hospital da Arrábida (Vila Nova de Gaia)

A Joana reparte o seu dia entre o hospital e a faculdade. É finalista de Direito na Universidade Lusíada, pelo que os tempos livres são maioritariamente dedicados ao estudo. As actividades lúdicas estão, por isso, diferidas no tempo. Porém, tal não a impede de fazer o que mais gosta: conviver com família e amigos, conhecer pessoas e ler livros, fontes de inesgotáveis descobertas.

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visto de fora

iess Outono 200750

Um grande desafio

A Espírito Santo Saúde apostou no sector de forma estrategicamente organizada, procurando criar, em pouco tempo, massa crítica que lhe garantisse consistência, credibilidade e experiência

Texto Manuel Delgado Fotografias Alexandre Bordalo

DURANTE muitos anos os in-vestimentos privados no domínio da saúde eram marginais face aos inves-timentos públicos: tecnologicamente modestos, economicamente escassos e socialmente limitados. A oferta re-sumia-se, maioritariamente, a pe-quenas clínicas com serviços ambu-latórios pouco diferenciados, uma capacidade de internamento muito limitada (20/30 camas) e pouco so-fisticada (cirurgia geral corrente e obstetrícia).

A procura era essencialmente constituída pelas classes sociais de mais elevados rendimentos, na maioria das situações pagando direc-tamente as despesas de tratamento correspondentes.

A governance dessas iniciativas privadas estava a cargo de alguns grupos de médicos e também de alguns enfermeiros, num modelo eminentemente familiar e com uma gestão muito simples e amadora.

O cenário mudou radicalmente na última década. Há quem considere duas razões fundamentais para essa evolução: por um lado, o desenvolvi-

mento dos seguros privados de saúde e, simultaneamente, a insatisfação crescente de vários e, mais recente-mente, nos cuidados continuados.

O Grupo Espírito Santo apostou neste sector de forma estrategicamen-te organizada, procurando criar, em pouco tempo, massa crítica que lhe desse consistência, credibilidade e experiência. Quer investindo di-rectamente na construção de novas unidades quer iniciando um processo de aquisições em diferentes pontos do País de estruturas ou unidades já existentes.

Deste modo, dispõe hoje de uma rede de cerca de 15 unidades, disper-sas do Minho ao Alentejo, incluin-do unidades hospitalares, centros de consulta e diagnóstico e residências seniores, num total de mais de 500 camas de agudos, cerca de 260 habi-tações para seniores e 100 camas para cuidados de evolução prolongada.

Para além destes activos, o Grupo incorporou ainda na sua estratégia o estabelecimento de parcerias com o SNS para a construção e exploração de futuros hospitais públicos.

MANUEL DELGADO

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visto de fora

Outono 2007 iess 51

Trata-se, com certeza, de um projecto de alto risco, não só pela ambição já documentada de apre-sentar uma oferta geograficamente diversificada mas também porque envolve todos os níveis de prestação de cuidados (primários, hospitalares e continuados) e se baseia num leque de serviços de elevada qualidade téc-nica e hoteleira.

A jóia do Grupo, o Hospital da Luz, é bem o espelho desta ambição, pela sua qualidade arquitectónica, so-fisticação tecnológica, diversificação de serviços e competência dos seus profissionais.

Importa, no entanto, referir que toda a estratégia do Grupo para o sec-tor da saúde acontece num ambiente ainda adverso: o domínio esmagador do SNS em matéria de financiamento e da prestação; a competição feroz que as dinâmicas de desenvolvimen-

to do investimento privado têm de-terminado. E nesta matéria valerá a pena ponderar dois componentes essenciais: o recrutamento de recur-sos humanos e a adesão dos doentes. Se bem que numa primeira fase seja relativamente fácil recrutar os me-lhores, o modelo não é sustentável se não houver, concomitantemente, formação e treino adequados. E todos sabemos que o acesso ao conheci-

mento, o estudo de casos e a prática clínica num volume significativo de doentes é indispensável para os pro-fissionais e elemento incentivador não negligenciável.

Quanto aos doentes, é hoje óbvio que o essencial é ter bons contratos com as entidades financiadoras que os representam: o SNS, os subsis-temas e as companhias de seguros. E para isso há que apresentar preços competitivos. Estes são com certeza os maiores desafios do Grupo nos próximos tempos, ciente de que o projecto merece uma apreciação al-tamente positiva mas precisa de ser rentável e remunerar conveniente-mente o capital investido.

Presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares e presidente do conselho de administração do Hospital Curry Cabral.

A jóia do Grupo, o Hospital da Luz, é bem o espelho desta ambição, pela sua qualidade arquitectónica, sofisticação tecnológica, diversificação de serviços e competência dos seus profissionais

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vida saudável | geral

iess Outono 200752

A LITÍASE vesicular ou “pedra” na vesícula é uma situação patológica frequente, que afecta entre 10% e 15% da população ocidental, ou seja, mais de um milhão de portugueses. No entanto, só 20% desta população irão ter queixas significativas durante a sua vida. Antes de mais, convém saber o que é e como funciona a vesícula.

A vesícula é um pequeno órgão em forma de pêra, situado por baixo do fígado e aderente a este, cuja função é armazenar a bílis produzida pelo fí-gado e libertá-la durante a ingestão de alimentos.

Quando a vesícula é saudável, armazena e concentra a bílis. Quando é ingerido um alimen-to, a vesícula contrai-se, passando a bílis para o duodeno, através do canal colédoco, onde se mistura com os alimentos e com outros sucos digestivos.

A vesícula biliar pode ter um aspecto normal, nomeadamente em exames radiológicos, como a ecografia, mas pode não funcionar correctamente. Nestes casos diz-se que existe uma doença ou pa-tologia funcional. A contracção da vesícula pode ocorrer de uma forma anómala durante ou após uma refeição, quer contraindo-se de mais quer

não se contraindo de todo. Pode surgir então dor abdominal por baixo do rebordo costal direito ou epigastro, acompanhada de enfartamento, náusea, vómitos ou azia. Esta dor tem o nome de cólica biliar e normalmente não dura mais de 30 minutos.

Em alguns doentes, a associação de múltiplos factores, como um mau funcionamento da vesí-cula, uma composição anómala da bílis, a dieta habitual do doente, factores genéticos, como a existência de certo tipo de anemias, ou outros, leva a que se formem na vesícula pequenas pe-dras – cálculos –, que apenas irão ser causa de sintomatologia em 20% dos doentes.

Na grande maioria dos casos as queixas incluem--se num grande grupo de sintomas, a que se dá o nome de dispepsia, como intolerância a certo tipo de alimentos, geralmente a gorduras, eructação, flatu-lência, desconforto pós-prandial, ardor epigástrico, náuseas e vómitos e refluxo gastroesofágico. Oitenta por cento dos doentes com litíase sintomática têm um destes sintomas e é no âmbito do estudo destas queixas que muitas vezes é feito o diagnóstico.

Estes cálculos podem causar apenas este tipo de queixas, mas a sua mobilização e/ou migração para as vias biliares pode levar ao aparecimento de uma cólica biliar ou a situações mais graves, como colecistite aguda, litíase do colédoco com icterícia ou pancreatite aguda litiásica, que nas formas graves pode ter uma morbilidade e mor-talidade significativas.

A “pedra” na vesícula

A litíase vesicular ou “pedra” na vesícula é uma situação patológica frequente, que afecta mais de um milhão de portugueses. Porém, só 20% terão queixas significativas durante a sua vida

O tratamento definitivo da litíase biliar sintomática e de algumas das suas complicações é cirúrgico, com remoção da vesícula biliar

JOÃO REBELO DE ANDRADE

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vida saudável | geral

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O tratamento definitivo da litíase biliar sin-tomática e de algumas das suas complicações é cirúrgico, com a remoção da vesícula biliar – co-lecistectomia –, que na grande maioria dos casos pode ser realizada por cirurgia laparoscópica (ou minimamente invasiva). A decisão de propor uma intervenção cirúrgica a um doente com queixas não é difícil, ao contrário do que sucede nos casos em que o doente não tem queixas.

Quando um doente vem a uma consulta de cirurgia e pergunta ao cirurgião: “Fiz este exa-

me, que mostra que tenho ‘pedras’ na vesícula. O que devo fazer?”, deixa-o numa posição tudo me-nos fácil no caso de o doente ser assintomático.

O que dizer a uma pessoa que não tem qual-quer queixa mas é portadora de uma patologia que pode causar complicações graves, sendo que algumas delas têm uma mortalidade elevada, como a pancreatite aguda litiásica severa (15%)? A res-posta deve ser sempre discutida caso a caso com o doente, que é parte fundamental no processo decisório, cabendo nesta conversa os seguintes pontos:

1.º Frequência de aparecimento de sintomas num doente até aí assintomático.

2.º Frequência de aparecimento de complica-ções mais ou menos graves.

3.º Probabilidades de a primeira manifestação da doença ser uma complicação grave.

4.º Tratamentos médicos vs. cirúrgicos.5.º Comparação da morbilidade e mortalida-

de das complicações vs. as decorrentes de uma cirurgia.

6.º Custos dos diversos tratamentos.Embora existam vários artigos clássicos em

que se procedeu ao seguimento de pacientes com litíase vesicular assintomática durante vários anos sem que se tenha concluído pelo benefício de os colecistectomizar profilacticamente, existem doen-tes que devem o facto de estar vivos ao cirurgião, por ter eventualmente “forçado” uma indicação operatória controversa à luz das evidências cien-tíficas existentes.

Em conclusão, se fez um exame como uma ecografia que revelou a presença de cálculos ou outras lesões na vesícula, como, por exemplo, pólipos, consulte um cirurgião quer tenha ou não queixas. Conversem sobre estes pontos e tomem uma decisão em conjunto.

Departamento de Cirurgia Geral do Hospital da Luz.

A decisão de propor uma cirurgia é difícil nos casos em que o doente não tem queixas

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vida saudável | criança

iess Outono 200754

COM A CHEGADA do Outono e dos dias mais mais frios, as pessoas tendem a ficar mais tempo em casa expostas a factores potencialmente desencadea-dores de alergias, tais como os ácaros, que proliferam particularmente nesta época do ano em ambientes fechados, húmidos e quentes.

Particularmente as roupas guar-dadas há muito tempo (desde o In-verno anterior) constituem os prin-cipais ninhos de ácaros domésticos, que muitas vezes precipitam as quei-xas de asma e de rinite – os princi-pais problemas alérgicos desta al-tura do ano.

A prevenção é, assim, a melhor arma de promover Outonos e In-vernos mais tranquilos. Há várias medidas a pôr em prática em casa, e particularmente no quarto de dormir, tais como:• Manter os ambientes de casa e trabalho limpos.• Lavar as roupas de Inverno, tanto de casa como de vestir, que ficaram guardadas.• Mesmo nos dias frios, deixar as janelas abertas para ventilar o ambiente e deixar o sol entrar.• Evitar fumo de tabaco e odores activos (produtos de limpeza doméstica).• Tentar manter um ambiente doméstico “saudável”, com níveis de humidade relativa entre 50% a 60% e temperaturas de 18o C a 20o C.No quarto de dormir:

• Evitar alcatifas e tapetes grossos. Dar preferência a chão facilmente lavável.• As paredes devem ser, de preferência, lisas, sem papel de parede.• Preferir cortinas simples e facilmente laváveis.

• Os móveis devem ser simples, de superfícies lisas e fáceis de limpar.• Não guardar livros, CD, brinquedos e bonecos de peluche no quarto.• Ventilar e arejar o quarto de dormir sempre que possível.Na cama:• Não usar lençóis de flanela. Preferir os de algodão, que possam ser lavados a temperaturas superio-res a 55o C.• Preferir edredões sintéticos (e não de penas ou cobertores).

• Usar almofadas de espuma ou sintéticas.• Poderá ser útil o recurso a coberturas anti-ácaros para colchão e almofada.

É de toda a conveniência que a limpeza seja efec-tuada quando a pessoa alérgica não estiver em ca-sa. Não haverá medidas perfeitas, mas devem con-jugar-se vários métodos que permitam garantir um ambiente doméstico mais adequado e com menor concentração de ácaros.

O Outono e os ácaros

Com a chegada dos dias mais frios, as pessoas tendem a ficar mais tempo em casa expostas a factores potencialmente desencadeadores de alergias. A prevenção é a melhor arma

Pediatra com competência em imuno-alergologia pediátrica do Hospital da Luz.

ANA CRUZ DINIZ

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vida saudável | criança

iess Outono 200756

A GRIPE é uma doença infecciosa do apare-lho respiratório, altamente contagiosa, manifes-tando-se em Portugal de Outubro até Março, sen-do provocada pelo vírus Influenza.

Existem três tipos conhecidos de vírus da gri-pe (A, B e C), sendo o tipo A o mais prevalente e o que surge associado às epidemias mais graves. O tipo A tem subtipos classificados de acordo com as características dos antigénios de super-fície hemaglutinina H e neuraminidase N (por exemplo: A H1 N1).

COMO SE MANIFESTA E QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS PARTICULARES DA GRIPE NAS CRIANÇAS?Manifesta-se por febre, dores de cabeça, do corpo e da garganta, corrimento e ou obstrução nasal, cansaço, mal-estar geral e tosse seca, podendo ocorrer arrepios e olhos inflamados. As queixas digestivas, como náuseas, vómitos e diarreia, acon-tecem mais frequentemente em crianças.

As crianças com idade inferior a dois anos, mesmo as previamente saudáveis, têm uma maior probabilidade de necessitar de tratamento hospi-talar devido a complicações graves de gripe, como pneumonia, desidratação, sinusite ou otite.

COMO É QUE UMA CRIANÇA FICA COM GRIPE?Se uma criança não se encontrar vacinada e não

tiver tido previamente gripe com o tipo específi-co de vírus, adquire a gripe ao respirar ou tomar contacto com gotículas infectadas que foram vei-culadas de um indivíduo doente, quando este tos-siu ou espirrou.Após o contágio, o período de incubação varia de 48 a 72 horas.

DURANTE QUANTO TEMPO UMA CRIANÇA COM GRIPE SE MANTÉM CONTAGIOSA PARA OUTRAS PESSOAS?Em geral, os doentes são contagiosos desde um dia antes de começarem os sintomas até cinco dias depois, mas as crianças mais pequenas podem manter-se contagiosas mais de uma semana.

É muito importante que os pais estejam aten-tos e não levem a criança para o infantário ou es-cola nos primeiros dias de doença, precisamente quando é mais contagiosa.

O QUE É POSSÍVEL FAZER PARA EVITAR A GRIPE?As crianças devem aprender a lavar frequente e correctamente as mãos com água e sabão ou en-tão utilizar toalhetes, de preferência com álcool.Os lenços de papel e toalhetes devem ser de uti-lização única e colocados em recipientes de lixo com sacos.

As pessoas que cuidam de crianças devem lavar sempre bem as mãos antes de preparar os

Gripe: na prevençãoé que está o ganhoAltamente contagiosa, a gripe requer grande atenção por parte dos pais. A vacinação é um bom método preventivo,a realizar, de preferência, no Outono

JORGE MARCELINO

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vida saudável | criança

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alimentos, antes e depois de mudar as fraldas, e praticar outros cuidados às crianças, como lim-par o nariz, etc.

Os brinquedos e outros objectos partilhados pelas crianças, assim como mesas e objectos de mobiliário, deverão ser adequadamente lavados, pelo menos diariamente.

Os espaços onde estão as crianças, quer em casa quer nas escolas e infantários, devem ser cuidadosamente arejados. Em época de gripe, evite ambientes muito povoados e os serviços de urgência, aos quais deve recorrer só quando ab-solutamente necessário.

Ao espirrar ou tossir, proteja a boca com um lenço de papel ou com o antebraço: não utilizar as mãos.

As pessoas com sintomas de gripe que contac-tam com bebés devem usar uma máscara.

Já a vacina da gripe está indicada para crian-ças a partir dos seis meses de idade, sendo neces-sário proceder a vacinação anual, de preferência em Outubro.

A IMPORTÂNCIA DAS MEDIDAS DE HIGIENE

A gripe é uma doença muito contagiosa e pode trazer complicações graves.As crianças até aos três anos de idade, os indivíduos com mais de 65 anos e os portadores de doenças ou incapacidades crónicas são os grupos de maior risco.As medidas de higiene são muito importantes para diminuir a transmissão do vírus. O tratamento é constituído principalmente por antipirético (paracetamol), ingestão abundante de líquidos e repouso.Devem ser evitados os antibióticos a não ser quando fica provada a existência de infecção bacteriana.A vacinação deve ser orientada para os grupos de risco e gerida cuidadosamente, pois o número de vacinas disponíveis em cada ano é limitado, devendo ser administrada em Outubro ou nos meses seguintes.A informação actualizada sobre a gripe encontra-se na internet em www.dgs.pt

COMO SE DEVE TRATAR UMA CRIANÇA COM GRIPE?A criança deve ser mantida em casa, recebendo medicação para a febre (paracetamol) em dose adequada à sua idade.

Deve beber líquidos com frequência e colocar soro fisiológico em gotas nasais.

Pode ser necessário recorrer a outros tipos de tratamento, como aerossóis, gotas nasais ou xa-ropes anti-histamínicos, sempre por orientação médica.

Em alguns casos específicos poderá ser útil a utilização de um medicamento antiviral.

A administração de antibióticos deverá ser criteriosamente indicada e só em casos de infec-ção bacteriana.

A utilização indiscriminada de antibióticos, ineficaz no controlo da gripe, conduz ao desen-volvimento de resistências bacterianas, um pro-blema de saúde pública com importante expres-são em Portugal.

Pediatra do Departamento de Pediatria do Hospital da Luz.

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vida saudável | mulher

A VISITA anual ao ginecologista é uma exce-lente oportunidade para aconselhamento, avaliação e realização de determinados tipos de rastreio, que permitem não só uma melhoria da qualidade de vida como também evitar muitas situações de-licadas de doença no futuro, pois cada vez mais avançamos na direcção de oferta aos nossos clientes de uma medicina preventiva na área da ginecologia e obstetrícia.

Se a primeira consulta é de extrema importân-cia, até pela informação de comportamentos de risco e métodos anticoncepcionais, a utilização de métodos contraceptivos de barreira, como o preservativo, deve ser incentivada, uma vez que previne as doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, a hepatite B, a sífilis, a gonorreia, o HPV (human papilloma virus ou papiloma vírus humano) e outras, como a infecção por clamídia

A idade fértilna mulherAconselhamento, avaliação e realização de vários tipos de rastreios que permitem melhorias da qualidade de vida. São estes alguns dos aspectos que valorizam a visita anual ao ginecologista

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MANUELA COSTA

(chlamydia), que poderão originar doença inflama-tória pélvica, a qual, por sua vez, poderá provocar infertilidade no futuro.

Actualmente, está já à disposição a vacina para o HPV, que pode ser administrada a partir dos no-ve anos de idade. Esta vacina previne a infecção pelos serótipos mais agressivos deste vírus, que se transmite por via sexual e que está implicado no desenvolvimento de alterações celulares que levam ao cancro do colo do útero.

Após o início da vida sexual activa, está reco-mendado realizar a citologia cervical (vulgarmente denominada por teste de Papanicolau) uma vez por ano e, posteriormente, de dois em dois anos após três citologias negativas consecutivas. Lembramos que a citologia consiste na avaliação microscópica de células colhidas no colo do útero para pesquisa de alterações pré-malignas.

Por outro lado, quando decide engravidar, a mulher deve idealmente marcar uma con-sulta pré-concepcional, onde poderão ser esclarecidas todas as dúvidas relativas ao que envolve uma gravidez e o par-to. Antes de engravidar, a mulher

1.a CONSULTA ENTRE OS 13 E OS 15 ANOS

De acordo com as recomendações do American College of Obstetrics and Gynecology, a primeira consulta de ginecologia deve ocorrer entre os 13 e os 15 anos de idade. A informação sobre métodos contraceptivos e sobre comportamentos de risco é muito importante nesta consulta, que deve ser realizada, de preferência, antes do início da vida sexual.

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vida saudável | mulher

Médica do Dep. de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Luz.

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poderá iniciar a toma de um suplemento de ácido fólico (que diminui a incidência de patologia do tubo neural no feto). Se o desejar, e caso não esteja imunizada relativamente à rubéola, poderá vacinar--se, devendo respeitar um período de três meses entre a administração da vacina e a gravidez. No caso de patologias preexistentes, nomeadamente a diabetes, a hipertensão arterial, a insuficiência renal ou outras, deverão ser ajustadas as medica-ções de forma a obter o melhor controlo possível,

determinando assim o melhor timing para a gravidez.

Salienta-se ainda que após os 40 anos de idade se recomenda a realização de

mamografias com intervalos de um a dois anos para rastreio de cancro da

mama. Pretende-se, assim, dar res-posta a todas as solicitações que

se fazem sentir nas diferentes etapas da vida da mulher, des-de a adolescência até à pós- -menopausa, passando pela gravidez e parto, procurando intervir tanto quanto possí-vel na prevenção.

Pretende-se dar resposta a todas as solicitações que se fazem sentir nas diferentes etapas da vida da mulher

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vida saudável | mulher

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SUSANA COUTINHO

NA MULHER em menopausa impõem-se os rastreios das doenças do foro oncológico que nes-ta faixa etária aparecem com maior frequência. O cancro surge como a primeira causa de mor-te neste período e até aos 65 anos, sendo ul-trapassado a partir dessa idade pela doença cardíaca.

A atitude mais eficaz para evitar a doença é a prevenção, e por isso deverão ser planeadas visitas médicas regulares, ou seja, uma a duas vezes ao ano. Na consulta de ginecologia, além da observação ginecológica e mamária, é mantida a colheita regular da citologia para a prevenção do cancro do colo do útero. A vigilância para o despiste dos tumores da mama torna-se mais apertada, com exames de imagem anuais até aos 65 anos de idade.

Também é feito o rastreio de outros tumores pélvicos (dos ovários e corpo do útero) através do exame pélvico e da ecografia, cuja periodicidade é adequada a cada mulher. Os restantes exames gerais recomendados incluem análises de roti-na, assim como electrocardiograma e avaliações do osso por densitometria óssea quando existam factores de risco de osteoporose.

É importante referir que as pessoas são úni-cas na sua diversidade e que a história pessoal e familiar, a existência de doenças ou outros problemas que interfiram com o estado de saúde vão definir prioridades e adaptar o acompanha-mento. Também a instituição de um tratamento hormonal, quando indicado, obriga a uma in-dividualização da vigilância para que o mesmo tenha sucesso.

A IMPORTÂNCIA DA AUTO-OBSERVAÇÃOA mulher deve estar atenta e, além de proceder regularmente à auto-observação da mama, tem de conhecer os sinais e os sintomas que a devem levar rapidamente ao médico.

Estes incluem alterações nas regiões mamárias (retracção da pele ou do mamilo, nódulo palpável, corrimento mamilar), perda de sangue anormal pela vagina ou pela vulva, nódulos ou tumora-ções genitais, dores ou aumento de volume do abdómen, infecções genitais de difícil tratamento ou mesmo repetidas.

A mulher e o pós-menopausaA atitude mais eficaz para evitar a doença é a prevenção, e por isso deverão ser planeadas visitas médicas regulares ao ginecologista. Mulher prevenida...

ABORDAGEM INTEGRADA NO HOSPITAL DA LUZ

O Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Luz concentrou na área da consulta uma série de recursos para que se faça uma abordagem integrada dos problemas que surgem com maior frequência. Assim,é possível um esclarecimento rápido e eficaz em caso de avaliação de prolapsos, necessidade de exames ecográficos pélvicos, colposcopia, tratamentos do tracto genital inferior e endoscopia ao interior do útero (ou histeroscopia). Integrado num hospital multidisciplinare dispondo de um bloco operatório equipado com tecnologia moderna, o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Luz tem capacidade para proporcionar um acompanhamento médico completoe de grande qualidade à mulher em todas as idades.

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Médica do Dep. de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital da Luz.

Existem ainda duas condições bastante comuns na mulher de idade mais avançada e que afectam negativamente a qualidade de vida e a auto-estima nesta fase: a incontinência urinária e os prolapsos urogenitais. Na origem destas perturbações está o enfraquecimento das estruturas de suporte dos órgãos pélvicos, com a consequente “descida” destes através da vagina.

vida saudável | mulher

De notar que podem estar envolvidos a uretra, a bexiga, o útero e/ou o intestino. Felizmente, os avanços nesta área têm sido promissores, com maior oferta de opções terapêuticas e cirurgias minimamente invasivas.

É importante referir que as pessoas são únicas na sua diversidade e que a sua história pessoal e familiar ou a existência de doenças vão definir prioridades e adaptar o acompanhamento médico

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vida saudável | sénior

iess Outono 200762

Manter a actividade é fundamentalPara os mais velhos é importante promover rotinas de vida que melhor desenvolvam competências físicas e imunitárias para uma vida agradável e saudável através dos períodos mais frios que se aproximam

MANUEL CALDAS DE ALMEIDA

AGORA que estamos no Outono, não devemos deixar de falar nos grandes temas para os quais acor-damos na estação que terminou: alimentação, exercí-cio físico, actividade desportiva, enfim, todas as acti-vidades de vida saudável agradáveis na praia e ao ar livre. Para os mais velhos, agora na preparação para o Outono e Inverno, é importante promover rotinas de vida que melhor desenvolvam competências físicas e imunitárias para uma vida agradável e saudável atra-vés dos períodos mais frios que se aproximam.

Felizmente, ganhámos anos de vida, a esperan-ça de vida, que rondava os 55 anos em 1950, anda agora perto dos 80. Quer isto dizer que vivemos mais anos e, graças às conquistas da medicina e das melhores condições de vida, cada vez com melhor qualidade.

A antiga marca temporal que sinalizava os 65 anos de idade como a data em que se entrava na terceira idade passou a não fazer grande sentido. De facto, cada vez mais pessoas com 65 e mais anos se sentem jovens e fazem uma vida com actividades profissional, social e lúdica em pleno.

Terceira idade e velhice passaram a ser termos que têm menos a ver com a idade cronológica e mais com o grau de dependência e de fragilidades adquiridas e a menor ou maior capacidade de ter uma vida activa.

Parece, assim, importante distinguir este grupo, em que graus variáveis de dependência ou doença

crónica implicam fragilidades adquiridas e recomen-dam condições específicas alimentares e de exercício físico, do grande grupo em que a idade tem cada vez menos importância e se procura individualmente o chamado active aging, ou seja, a aquisição de roti-nas de vida que promovam a manutenção de uma boa forma física.

Em relação ao primeiro grupo, voltaremos em ou-tro artigo, pelo que deixamos agora um conjunto de recomendações básicas para uma entrada saudável nos períodos em que tradicionalmente se diminui o exercício físico, a preocupação com a alimentação e a apresentação física.

AVALIAÇÃO GLOBALO antigo conceito de check-up está hoje substituí-do pela avaliação global, onde às rotinas médicas e laboratoriais se juntam a avaliação funcional, cog-nitiva e sócio-ambiental. Esta é uma boa época para realizar a avaliação global, por forma a detectar al-gum problema que necessite de correcção ou alterar e melhorar o potencial individual.

Deve ser incluída a avaliação do estado imunitá-rio, susceptibilidades individuais e estabelecimento de um programa de vacinas preventivo de infecções respiratórias próprias desta época do ano.

Não esquecer que nas pessoas mais frágeis e com doenças crónicas as vulgares constipações e gripes podem tornar-se bem mais graves, pelo que a me-

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vida saudável | sénior

Outono 2007 iess 63 Outono 2007 iess

lhor maneira de controlar as complicações continua a ser a prevenção.

Uma alimentação variada, com muito peixe, le-gumes coloridos, fruta e com o mínimo possível de sal e de açúcar. Hidratação, muita hidratação, água é o melhor, mas outros líquidos podem servir, sem açúcar e álcool.

O perímetro abdominal (o conhecido “pneu”) não traz só problemas estéticos, sendo hoje considerado um dos principais factores de risco a evitar em ab-soluto, pelo que se recomenda a ingestão de poucas calorias e a realização de exercício físico suficiente.

O exercício físico deve ser orientado e adaptado às capacidades individuais: lembre-se que já não está na fase dos campeonatos. Elasticidade, fle-xibilidade e alongamentos estão na ordem do dia. A musculação deverá ser quanto baste para manter o tónus muscular.

O exercício físico deverá ser feito Médico e director clínico do Hospital Residencial do Mar.

com regularidade e com a duração de, pelo menos, 40 minutos em cada episódio.

Não esquecer a velha máxima “Mens sana in corpus sanus”, pois o exercício é um excelente antidepressivo.

Mas o exercício é também intelectual e social (o isolamento é um dos grandes sinais precoces de velhice frágil). Ler (com ou sem lareira…), jogos, ci-nema, sair com amigos, frequentar tertúlias, clubes, associações. Tudo é bom e faz bem; não se deixe isolar. Lembre-se que o nosso clima, mesmo no In-verno, é ameno. E já que as revistas de época asso-ciam sempre esta época à rentrée, por que não uma

boa rentrée e um real regresso às aulas, à frequên-cia de cursos, de formações em temáticas que sempre tenha querido fazer e para as quais nunca teve tempo?

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Os médicos de família no hospital

A Espírito Santo Saúde, e mais con-cretamente o Hospital da Luz, está a de-senvolver, entre outros, mais um projecto totalmente inovador entre nós com a criação de uma unidade de cuidados primários em ambiente hospitalar polivalente.

Além do Reino Unido, pioneiro neste tipo de or-ganização de prestação de cuidados de saúde, também outros países, entre os quais os EUA, desenvolveram este conceito integrador de cuidados com a criação de Family Doctors (“médicos de família”) na dependência das estruturas hospitalares.

O Hospital da Luz dispõe hoje de um serviço de Medicina Geral e Familiar constituído por seis médicos desta especialidade, vocacionados para prestar cuidados compreensivos e globais orientados para a família (ambos os sexos) e ao longo da vida. Esta unidade tem ligação transversal a todos os outros serviços do hospital e tem como objectivo proporcionar assistência ambulatória com elevada competência técnica, de forma personalizada e com acessibilidade garantida a todos os clientes que assim o desejarem.

Estes médicos garantem cuidados de saúde em horário alargado e com disponibilidade de atendimento, quer pessoal quer telefónico. Por outro lado, assumem a

responsabilidade da resposta a todas as necessidades de cuidados de saúde, numa óptica de gestão integrada desses mesmos cuidados, tendo em conta a qualidade da prestação, a prontidão e a gestão de recur-sos humanos, técnicos e financeiros. Estão ainda especialmente vocacionados para

prestar cuidados preventivos e aconselhamento fami-liar, valorizando em cada caso a dinâmica e a estrutura familiares.

São também atributos específicos deste grupo de médicos a realização de planeamento familiar e o seguimento de crianças saudáveis, bem como a assistên-

cia a idosos e o acompanhamento de doentes em situação terminal, tendo também em atenção a inter-venção na família cuidadora nestas situações de doença.

Estamos decididamente apos-tados em que este tipo de organiza-

ção se revele uma mais-valia do Hospital da Luz e que a valorização destes profissionais, acompanhando perma-nentemente a inovação e simultaneamente procurando a optimização de recursos, se traduza na satisfação das necessidades e expectativas dos nossos doentes.

O objectivo último de um serviço de prestação de cuidados é a melhoria contínua da qualidade em saúde e é seguramente este o nosso compromisso.

MARIA DE LURDES VENTURA

Medicina Geral e FamiliarAdjunta de direcção clínica do Hospital da Luz/coordenadora da qualidade assistencial

O objectivo último de um serviço de prestação

de cuidados é a melhoria contínua da qualidade

em saúde e é seguramente este o nosso compromisso

opinião

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histórias da medicina

iess Outono 200766

WILLIAM Osler nasceu em Bond Head (Ontário, Canadá) a 12 de Julho de 1849 e, por influência do seu mestre de Ciências Naturais no Trinity College de Toronto, interessou-se muito cedo pela Biologia, adquirindo um microscópio com o qual realizou inúmeras observa-ções, tendo aos 20 anos feito a sua pri-meira publicação – Christmas and the Microscope.

Antes de se licenciar em Medici-na (1872), Osler demonstrou a insatis-fação própria do investigador, e nesse mesmo ano atravessou o Atlântico pa-ra visitar e estagiar em centros médicos europeus, tendo estudado Biologia, Pa-tologia, Medicina, Cirurgia, Dermatolo-gia e Neurologia em Londres, Berlim e Viena, que então albergavam algumas das instituições de saúde mais avan-çadas do mundo. Regressado ao Cana-dá em 1874, exerceu medicina, anato-mia patológica e ensino em Toronto e em Montreal, mas em 1878 não hesitou em se submeter ao (ainda hoje) selecti-vo exame de admissão ao Royal Colle-ge of Physicians de Londres, tendo sido aprovado. Em Montreal, a sua activida-de ficou conhecida pela sua presença

Cordato e diplomático, William Osler procurava resolver os atritos entre médicos de diferentes origens

Nesse hospital, ao contrário de ou-tros, Osler não hesitou em exercer nas enfermarias de doentes com varíola, doença de elevada contagiosidade e mortalidade, facto a lembrar hoje, con-frontados que estão os clínicos com a possibilidade de epidemias de doenças virais facilmente transmissíveis para as quais não se dispõe ainda de terapêu-tica eficaz.

Em 1884, William Osler ocupou o lugar de professor de Medicina Clí-nica na University of Pennsylvania. O ensino, até então essencialmente teó-rico, foi deslocado para as enfermarias e para as salas de autópsia, onde se po-diam conhecer a expressão semiológi-ca das doenças, seus fundamentos e consequências anatómicas.

Em 1889 aceitou o convite para um lugar de direcção do Departamento de Medicina de uma nova instituição – o John’s Hopkins Hospital and Medical School, porventura a primeira escola norte-americana capaz de competir com as melhores faculdades europeias.

Em 1892 Osler publicou uma das suas obras essenciais: The Principles and Practices of Medicine, um tra-

A actualidade de William OslerJustamente considerado um dos fundadores da medicina interna, é uma das figuras que está na base dos progressos no diagnósticoe no tratamento de doenças que eram fatais no passado

e personalidade, onde sobressaíam a consensualidade e a atitude cordata e diplomática, que permitiram resolver dissensões profundas que separavam médicos de origem francófona e britâ-nica, envolvidos em conflitos pessoais perturbadores da actividade do Mon-treal General Hospital.

JOÃO SÁ

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tado de clínica médica que influen-ciou gerações de médicos e estudan-tes durante cerca de 30 anos. O seu nome ficou ainda associado a entida-des clínicas como a doença de Ren-du-Osler-Weber (doença hereditária hemorrágica), a doença de Vaquez- -Osler (excesso de glóbulos vermelhos circulantes por proliferação dos seus percussores na medula óssea) ou a do-ença de Osler-Libman (endocardite bacteriana subaguda).

A última fase da sua vida profissio-nal decorreu em Oxford, para onde foi convidado para “Regius Professor of

Medicine”, um cargo menos exigente em actividades pedagógicas e clínicas. Ainda assim, Osler organizou sessões clínicas na Radcliffe Infirmary, fundou sociedades e periódicos científicos.

A sua residência no n.º 13 de Norham Gardens ficou conhecida co-mo Open Arms (“Braços Abertos”), tal o fluxo de visitantes atraídos pela per-

sonalidade e cultura de Osler. Conta-se que deixava em local conhecido uma chave, com a qual os estudantes podiam aceder à sua biblioteca. Era um biblió- filo impenitente e a sua colecção – cer-ca de 8000 volumes – encontra-se na McGill University, onde foi constituí-da em 1929 a Livraria Osler de Histó-ria da Medicina. William Osler faleceu de pneumonia, complicada por um em-piema, em 1919, deixando um último legado: duas linhas de sucessão clíni-ca, em Hopkins e Oxford, onde (entre outros) constam os nomes de Garrod, Janeway e Pickering.

A personalidade e a obra de Wil-liam Osler foram singularmente des-critas por um dos seus amigos de lon-ga data, o patologista Bryson Delavan: “Generoso, bem-disposto, magnético, comunicativo, buscava mérito nos ou-tros e congratulava-se quando o en-contravam. Era, simultaneamente, um grande companheiro e grande líder; ele, mais do que outros, exemplificou a beleza da amizade, o gosto pelo tra-balho e alegria de viver.”

A actualidade de William OslerJustamente considerado um dos fundadores da medicina interna, é uma das figuras que está na base dos progressos no diagnósticoe no tratamento de doenças que eram fatais no passado

Ao contrário de outros, Osler não hesitou em exercer nas enfermarias de doentes com varíola

Osler deixava uma chave de casa em local conhecido para permitir aos estudantes a consulta da sua biblioteca

histórias da medicina

Departamento de Medicina Interna. Director clínico adjunto do Hospital da Luz.

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Termas de MONFORTINHO Terras de bem-estar

Texto IESS Fotografias Monfortur

Não faltam razões para que as Termas de Monfortinho constituam uma interessante alternativa para férias ou fins-de-semana de puro bem-estar. Porém, descrever a região e as termas fica aquém da experiência que só a estada no local pode proporcionar

lazer

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Outono 2007 iess 69

O BALNEÁRIO TERMAL

O Balneário Termal de Monfortinho foi modernizado em 2000, criando um novo ambiente de bem-estar com áreas modernas de repouso e relaxamento.

VOCAÇÕES TERAPÊUTICAS:Problemas crónicos cutâneos, tais como psoríases, eczemas e acnes.Problemas hepato-biliares e intestinais, como colicistites, hepatites crónicas, colites espásticas e átonas.Problemas crónicos do foro ginecológico, reumatismais, rinites e sinusites.Repouso psicossomático.

TÉCNICAS USADAS:Ingestão de água.Balneoterapia.Electroterapia.Pressoterapia.Fisioterapia.Solário.

BALNEÁRIO TERMAL DE MONFORTINHOTermas de Monfortinho6060-072 MonfortinhoTel.: 277.430.320E-mail: [email protected]: www.monfortur.pt

Com a época termal alargada a 11 meses,não faltam oportunidades para passar uns dias em Monfortinho

DEPOIS de alguns anos de esquecimento, as Termas de Monfortinho, localizadas junto à mar-gem direita do rio Erges, afluente do Tejo que delimita a fronteira com terras de Espanha num cenário de grande beleza natural integrado no concelho de Idanha-a-Nova, recuperaram recen-temente todo o seu esplendor, oferecendo terapia natural, para além de férias ou fins-de-semana aliciantes, aos que procuram o contacto com a Natureza no seu estado mais puro.

E se as termas são de novo locais de eleição tanto para a cura natural, através das águas, como para dias de repouso e de lazer, as de Monfortinho, pela paisagem envolvente, onde as agrestes serranias circundantes casam em perfeita harmonia com a pe-neplanície, mas também pelo microclima de reduzido grau de humidade, considerado muito tranquilizante,

e pela excelente oferta hoteleira e de ocupações dos tempos livres, tornaram-se um destino de eleição para quem procura passar uns dias calmos longe do bulício urbano.

Com uma época termal alongada 11 meses por ano, os tratamentos ou simples estadas de bem-estar em Monfortinho exercem um efeito regenerador para pessoas de todas as idades, que podem dedicar-se a desfrutar calmamente a Natureza e a respirar ar puro, relaxar em passeios pelos circuitos turísticos da região, dedicar-se a actividades desportivas ao ar livre, como ciclismo de montanha, tiro desportivo, safaris fotográficos ou canoagem.

CONDE EMPREENDEDORE se a fama das suas águas termais vem de tempos remotos, foi só no início do século XX, durante o

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iess Outono 200770

O MILAGRE DA ÁGUA

Bacteriologicamente puras, as águas, de grande valor terapêutico, facto que valeu à sua nascente termal o nome de Fonte Santa, brotam a uma temperatura de 30,5ºC. A sua composição hipomineralizada, bicarbonatada, sódica, cálcica, magnésica e com alto teor de anidrido carbónico livre, que lhes confere propriedades ácidas (pH de 5,45), tem efeitos positivos em casos de afecções de pele, digestivas e de reumatismo, sendo ainda indicadas para aliviar doenças crónicas do foro ginecológico.

termal era o motor de desenvolvimento que urgia renovar. O balneário foi sujeito a uma profunda re-modelação no ano 2000, oferecendo hoje aos que o procuram os efeitos medicinais das suas águas.

A nova estrutura do balneário proporciona uma oferta de tratamentos bem adaptada às necessidades manifestadas pelos termalistas e melhor pensada para responder à crescente procura de uma faixa de clientes que vê nos estabelecimentos termais um papel importante na prevenção, manutenção e recuperação do equilíbrio físico e psíquico do cres-cente número de pessoas que está sujeito ao stress do dia-a-dia intenso.

Hoje, completamente remodelado e equipado, com uma oferta ajustada aos tempos actuais e pro-jectado para o futuro, inserido num espaço capaz de receber os mais exigentes visitantes, o balneário das Termas de Monfortinho é considerado um dos de melhor nível europeu.

HOTELARIA DE QUALIDADEMas, além do balneário, também os Hotéis Astória e Fonte Santa foram remodelados. Assim, mantendo

Além da paisagem, a qualidade do balneário termal (ao lado, a piscina) satisfaz os gostos mais exigentes

reinado de D. Carlos I, que se concedeu ao médico José Gardete Martins, considerado o pai e o grande impulsionador deste estabelecimento termal, a explo-ração das Águas da Fonte Santa de Monfortinho.

No ano de 1940, as virtudes curativas das águas minerais da serra de Penha Garcia entraram no ro-teiro dos aquistas, e posteriormente, em 1948, um grupo de industriais da serra da Estrela, associados ao padre Alfredo Marques dos Santos, ergueu uma outra importante unidade, o Hotel Astória.

Na década de 90, primeiro em sociedade com os herdeiros do conde da Covilhã e posteriormente assumindo uma posição maioritária, o Grupo Espírito Santo passa a exercer o controlo dos empreendimen-tos existentes, reforçando a ideia de que o balneário

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HOTEL FONTE SANTATrata-se de um hotel de charme com 39 quartos duplos e três suites. Todos têm vistas soberbas, designadamente para a bela paisagem raiana.

6060-072 MonfortinhoTel.: 277.430.300Fax.: 277.430.309E-mail: [email protected]

HOTEL ASTÓRIARemodelado, o Astória dispõe de 72 quartos e 11 suites. Conta com restaurante, bar, piscina, sala de estar, sala de jogos e sala para crianças, discoteca, piscina exterior, campo de ténis, um spa e piscina interior aquecida.

6060-072 MonfortinhoTel.: 277.430.400E-mail: [email protected]

TURISMO RURAL, PESCA E CAÇAMonfortinho dispõe de um Clube de Pesca e Tiro, com uma albufeira com diversas espécies de peixe, apoiado por um bar e um restaurante especializado em pratos de caça. As zonas de caça turística incluem a Herdade de Vale Feitoso e a Herdade da Poupa, esta a integrar um hotel rural com 16 quartos.

Hotel Rural da PoupaHerdade da PoupaIdanha-a-Nova6060-427 RosmaninhalTel.: 277.470.000E-mail: [email protected]

Clube de Pesca e Tiro6060-072 MonfortinhoTel.: 277.434.142

ONDE FICAR

Para diminuir os efeitos do stress, nada melhor que uma massagem relaxante

a sua traça original, o Astória alargou a oferta das termas a vários cuidados com o corpo, com a criação de um Instituto de Hidroterapia, e o Hotel Fonte Santa foi requalificado, proporcionando ambos aloja-mento em quartos e suites modernos e confortáveis, além de infra-estruturas como salas de congressos, restaurantes, com uma variada oferta gastronómica, piscinas (exteriores e interiores), bares e discoteca, campos de ténis e sala de jogos, que tornam a estada em Monfortinho mais agradável.

Monfortinho dispõe ainda do Clube de Pesca e Tiro, com percursos de caça, um pavilhão onde funcionam um bar e restaurante especializado em pratos de caça (veado, javali, lebre e perdiz) e uma barragem com diversas espécies de peixes, onde se pode passear de canoa ou “gaivota” e apreciar uma enorme diversidade de aves.

Não faltam, pois, razões para que as Termas de Monfortinho constituam hoje uma nova e interes-sante alternativa para férias ou fins-de-semana de puro bem-estar. Porém, descrever a região e as Ter-mas de Monfortinho fica aquém da experiência que só a estada no local pode proporcionar. Os aromas florais silvestres, a atmosfera suave, as paisagens tranquilizantes, a calma de espelhos de água de rios e albufeiras ou o canto do rouxinol nas noites de luar transportam-nos para um universo diferente. É por isso que quem visita as Termas de Monfortinho fica sempre com vontade de voltar...

lazer

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passatempos

iess Outono 200772

Olá! Eu sou o Eduardo!

Eu sou a Susana!

E eu, o Sado! Muito prazer!

Somos os três muito bons amigos.

O meu pai e a mãe do Eduardo são enfermeiros.

Trabalham aqui!

Apresentamos-te a Maria e o Luís.

Olá!

Viva!Vais gostar deles. Cá no hospital

estamos sempre a conhecer gente simpática.

Vamos ser amigos também. Aqui nesta página, vamo-nos divertir MUITO.

SABIAS QUE 60% do nosso corpo é água?

Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer.

O que é que uma sala de aula e um bloco operatório têm em comum?Em ambos se fazem operações.

Lembra-te dos três R’s ao tratar daquilo que queres deitar fora: RECICLA o teu lixo. REDUZ a quantidade de lixo que produzes. REUTILIZA certas coisas, como uma folha de papel usada apenas de um lado. Boa!

Vem aí o frio, por isso não te esqueças de tomar a vacina para prevenir a gripe.

DEZEMBRO1 Porque não uma visita ao Museu do Brinquedo,

em Sintra?24 À meia-noite podes finalmente abrir as prendas de Natal. E não abuses dos doces!

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passatempos

Outono 2007 iess 73

1 Já aprendeste os nomes dos teus novos amigos? Junta os nomes às caras certas. Ah, e que tal dares-lhes uma corzinha?

2 Ajuda o Eduardo a encontrar o caminho para o cinema – ele já está atrasado.

3 Qual dos objectos não pertence ao conjunto?

Qual é a coisa, qual é ela, chega a casa, põe-se à janela?

4 En

cont

ra a

s ci

nco

dife

renç

as.

RESPOSTAS

1 Eduardo, Maria, Sado, Susana, Luís

2 Caminho C

3 O lápis

4 A cor da fita; o pente desaparece; o joelho da Maria; a cauda do Sado; símbolo do secador.

Obotã.

SadoSusana

LuísEduardo Maria

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Estatuto editorial

iess Verão 200774

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