Igreja Luterana 1962 nº2

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Milagres: Sinais e Prodígios

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IGREJA LUTEREVISTA TEOLóGICA

da Igreja Evangélica Luterana do Brasil(t.rin18stral)

Autorizada a eircul8T por Qespaello do D. 1. P. - Proc. 9.651-4C

N" 2Pôrto Alegre 1962

Ü. A. Goerl

,

o CONTEXTO

sôbre o 3~ Domingo depois da TrindadeLucas 15.1-10.

ESTUDO HOMILETICO

Ano XXIII

Jesus ainda se encontrava no "território da Judéia, além doJordão" (cf. o evangelho anterior), sem que pudéssemos precisaro lugar exato, pois o evangelista apenas observa (13.22): "PassavaJesus por cidades e aldeias, ensinando, e caminhando para Jerusa­lém." Chama atenção o fato de terem os fariseus motivado amaior parte das exposições reitas por Jesus nos capítulos 14a 16, a começar pelo convite para uma ceia na casa de umdos principais dos fariseus. Agradecemos assim aos fariseus ­bem como aos escribas - um dos mais belos capítulos da Bíblia.Destaca-se o "capítulo dos perdidos" no livro sagrado como o cân­tico dos cânticos do amor divino, unindo-se céus e terra para pro­clamar a glória de nosso· Deus - um Deus "que é rico em perdoar".1s 55.9. Sintetiza o trecho, numa singeleza impressionante, o que areligião cristã tem de genuíno, de característico - em contrastecom tôdas as religiões e crenças pagãs do mundo. Enquanto queestas colocam o homem no centro, indu:t:indo-o a aplacar a ira deseus deuses por meío de oferendas e de méritos pessoais, o próprioFilho de Deus descortina um quadro bem diverso: Deus ocupa ocentro, seu amor e sua misericórdia procuram o pecador perdido,que não se apercebe de sua situação trágica e se afasta sempre maisrumo à perdição eterna. É a ovelha que anda desgarrada no deser­to, a esmo, prêsa de cruel destino. É a moeda que rolou debaixode um móvel para ficar deitada no pó de um canto escuro. Éü filho pródigo que, longe do aconchego da casa paterna, perde-seno lodaçal do pecado e vê a miragem dos prazeres carnais desman­char-se em ignomínia e miséria. Mas algo vela pelos perdidos e nãoos abandona em sua desgraça: é a misericórdia divina que segue ospassos dos transviados e procura reconduzi-Ios à comunhão comDeus.

Redatores: Prof. DI'. H. Rott!nann Eilitôra: Casa Publicadora Concórdia S....-\..Prof. O. .c~. G-üBrI Tiragem: 350

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o TEXTO

1- Aproxirrwram-se de Jesus todos os publicanos e pecado­res para o ouviT.

2 - E murmuravam os tariseus e os escribas) dizendo: Êsterecebe pecadores e come com êles.

Evidentemente, Jesus não se encontrava "em boa companhia".Estava cercado de "publicanos e pecadores". São personagens fre­qüentes no cenário evangélico. Convém olhá-los de perto.

Tanto na literatura profana como na do Nôvo Testamento ospublicanos não gozavam de bom conceito. Não só que sua profissãonão fôsse de molde a criar amizades, concorriam três fatôres paratorná-Ia odiosa aos olhos dos judeus sempre que se tratasse deum publicano de sua raça. Uma vez era a ganância desenfreadaque caracterizava a maioria dêles, levando-os a cometerem arbi­trariedades chocantes, com seus reflexos imediatos no encarecimen­to das mercadorias e, por conseguinte, na major ação dos preçospara o consumidor. Em segundo lugar, visto que na própria Pa­lestina o comércio estava mais nas mãos de elementos estranhos(em outras plagas eram os judeus que monopolizavam o comér­cio), os publicanos tinham contato permanente com círculos gen~tios, privando com êles e desrespeitando a cada passo as ordenan­ças que estabeleciar.:'1 o isolamento do povo de Deus. Acresceainda que os publicanos estavam a serviço de senhores estrangei­ros, sendo considerados, portanto, colaboradores das fôrças opres­soras de sua gente, isto é, aliados dos inimigos da nação.

A fim de compreendermos melhor esta situação, torna-se mis­ter conhecermos um pouco mais o sistema alfandegário daquelaépoca. Roma não nomeava funcionários encarregados da arreca­dação das taxas sôbre a entrada e a saída das mercadorias, e, sim,aceitava as propostas mais vantajosas em forma de leilão, feitaspor pessoas categorizadas (na maioria eqüestres romanos) que as­sumiam o compromisso de canalizar para o tesouro do Estado umadeterminada quantia, devendo, por isso, oferecer ao Estado as ga­rantias exigidas por lei. Êstes coletores) denominados "publicani" ,geralmente vendiam os seus direitos, ou parte dêles, a subcontra­tantes) ou ainda empregavam agentes subordinados. E êstes, porsua vez, colocavam os cobradores nas determinadas áreas para ar­recadarem as taxas provenientes da passagem das mercadorias.Cidades com maior movimento, como Jericó, provàvelmente tinhamencarregados fiscais, pois Lucas chama a Zaqueu de "maioral dospublicanos". Grande parte dos subcontratantes e talvez a maioriados cobradores eram judeus. E O nome "publicani" passou paratodos êles.

Admite-se que os tetrarcas, no gôzo de uma certa indepen­dência que Roma lhes proporcionava, serviam-se de um sistemaidêntico para a arrecadação de impostos.

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de uma certa indepen­,'iam-se de um sistema

Finalment~ é preciso lembrar que um detalhe neste sistemagerava sobremodo o clima de mal-estar em tôrno da classe dospublicanos, constituindo-se pràticamente a raiz do mal: o fato denão haver sido fixada por lei a porcentagem de lucro a que estastrês categorias de "pllblicani" tinham direito. Cada um agia comobem entendia, procuxando por todos os meios elevar a taxa ao má­ximo, a fim de locupletar-se à custa do suor alheio. Eram, nagrande maioria, homens gananciosos e sem escrúpulos, com famade extorquidores do povo. Em se tratando de judeus, eram classi­ficados como homens fora da lei, transgressores manifestos dospreceitos divinos. O próprio Nôvo Testamento compartilha do con­ceito geral em que êles eram tidos, quando os equipara aos ímpiose pecadores manifestos. Assim fala em "publicanos e gentios", Mt5.46,47; 18.17; em "publicanos e meretrizes", Mt 21.31, 32; em "pu­blicanos e pecadores", Mt 11.19; Lc 7.34.

Em nosso evangelho os "pecadores" estavam realmente pre­sentes. Não há, no texto indícios que apontas:em uma determinadacategoria de contraventores da lei, tanto divina como humana. Tra­tava-se, sem dúvida, de homens moralmente desqualificados, ele­mentos negativos da sociedade, e, no caso de serem judeus, trans­gressores notórios das leis de Moisés e das tradições dos anciãos.Levavam vida escandalosa e eram proscritos dos círculos de suasrelações.

O evangelista diz que "todos" os publicanos e pecadores vie­ram ter com Jesus, como se quisesse chamar atenção para o fatoalgo fora de comum. Alguns comentaristas mostram-se um poucopreocupados com o "todos" e lembram o emprêgo corrente da hipér­hole pelos evangelistas nos relatos desta natureza, por exemplo,em Mt 3.5; 9.35; Mc 1.5 ("Saíam a ter com êle tôda a provínciada Judéia e todos os habitantes de Jerusalém"). Todavia, não hárazão não se tomar o têrmo em seu sentido exato, pelo menos emrelação aos publicanos daquela regiáo, componentes de uma classepor todos conhecida. Bem poder-se-á imaginar êste quadro: todosos publicanos da vizinhança e os pecadores mais notórios da zonareuniram-se em tôrno de Jesus.

E vieram com o desejo manifesto de o ouvir. Fica excluída,portanto, outra intenção qualquer, escusa e pouco lisongeira, comoera, muitas vêzes, o caso dos escribas e fariseus. E queriam ouvira Jesus porque suas almas eram sequiosas do bâlsamo que as palavrasdo Nazareno destilavam ~ palavras tão diferentes de tudo a queestiveram habituados até então. Enfim, tudo neste homem eradiferente: suasprédicas, sua conduta pessoal e,sobretudo, a ma­neira de tratar Os "marginais" da sociedade. Enquanto que os re­presentantes da igreja se mantinham à distância e olhavam com frie­za e desprêzo para aquelas criaturas, êste homem os recebe em suacompanhia, senta-se à mesa e come com êles ~ prova de amizadee consideração pessoal. Enquanto que aquêles os condenavam e osrejeitavam sumàriamente, êste os recebe amàvelmente para falar-

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-Ines sôbre os seus problemas. Enquanto que aquêles se portavamcomo juízes ímpassíveis e arrogantes, êste apresenta-se como mé­dico amoroso e condoído. Os publicanos e pecadores descobrem umhomem que Ines quer ajudar. Um homem? .Porventura não correm110lÍcias estran113.s a 521..1respeito que callsan1 alvoroço entre opovo? Faz milagres d'L1TenllCOS; diz-se Filho de Del1s; oferece-seC'omo Mediador e tala tanto em misericórdia divina e em perdãorara. os pecados. I';ada se ouvia de normas detalhadas da lei queci.eviam ser curnpridas, nada de exigências semelhantes ao ema­ranhado de ordenanças da seita dos fariseus." rudo era oferta, eraprOll1.eSS3.J era expressáo de amor e compaixão.

E lá está um colega de ofício, entre os mais chegados de Jesus,1--1€vi OlI IvlateLls, o ex-publicano de Cafarnaum;: que l1á quase doisanos vinha acompanhando o Mestre como seu dedicado discípulo ­feliz e satisfeito, apesar de ter ren.unciado à vida folgada deprõs­pero coletor. Achara êle tesouro maior do que as moedas cintilan­tes que ficavam sôbre a mesa da coletaria. Sua alma encontraraa paz com Deus que o perclào dos pecados proporciona ao arrepen­dido.

E l1ào seria tão füra de propósito admitir que entre êstes pLI~blican,os havian.1 alglu1s (rue: três anos e meio atrás, haviar.oprocll­rado a João Batista que pregava e batizava nesta regiào, conformelemos em Lc 3.12;13 ("Foram também publicanos para serem ba­tlzados.~.n) .. _I\. sementeira do pregador do deserto :não teria sidoe111, vão~

"E murmuravam os fariseLlse escribas .." Não é a primeira ve?:qtle êles se insurgelTI COl1tra a atitllde de Jeslls. Enl Lc 5.30 tiveramprocedimento idêntico. São coerentes em sua reação, pois defendema tese da autojustiça. e da jlJstificaçã.o por prõprios méritos. AqLlêlerariset.l no templo qLle se coloca diaJ1te' de Deus, COI1Victo de suaintegridade moral perante o código divino e humano, bem repre­senta a classe de todos os que timbram por responder êles própriospelo cumprimento das leis de Deus através de uma vida apal'ente­n'lente honesta evirtllosa. Como só acontecer, tal COTI\licçáo re­força o orgulho inato e conduz ao desprêzo do próximo que nãocompartilhar as mesmas idéias e práticas, ou, pior ainda, que ti­ver tropeçado e cometido delito grosseiro. Escandalizam-se, porisso, os fariseus e escribas com o costume de Jesus de aceitar acompanhia de pecadores; ao invés de rejeitá-Ias e apontar~lhes ocaminho da lei e das ordenanças. Que aqui vêm homens arrepen­didos em busca de lenitivo para suas consciências atormentadas,isso um fariseu vaidoso não compreende e nem aprova. Afogado emsua autojustiça parece desconhecer sua condição de pobre pecadorque chama sôbre si a ira do Deus justo e punidor. Desconheceainda que homem algum é capaz de aplacar esta ira por meio decumprimento integral dos santos mandamentos e adquirir assim ajustiça exigida. E ainda desconhece que o pla.110de salvação esta­helecido por Deus fundamenta-se exclusivamente na graça reden-

tara de Deus ­sionante insistere nos escritos d~,c -

Mais de en;-e::

verdades subiL::,:::::Palavras das :F 2-,da Bíblia e sL::que proferem ccs

P, em tom 2'.:::';­

com êles."Uma reSL'ê,?,7=

lnesmo tem,y;aos publica nusLevi fêz umcanos e Oln:l-~":::

"Os sãos r:à,::;c.hamar justC:i.jesus sereconhecem s,, ,lêS, porem~justos, hãJ) d,~ça divina elU,::,

mEnte asituação da --,-..:.~trará o eanl~,~c,~,:­ainda um

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: aquêles se portavam,presenta-se como mé­cadores descobrem um)orventura não correm;am alvoroço entre oo de Deus; oferece-sea divina e em perdãodetalhadas da lei quesemelhantes ao ema­

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nais chegados de Jesus,um, que há quase dois1.1 dedicado discípulo ­~ vida folgada de prós­:1ue as moedas cíntilan­c. Sua alma encontrara)roporriana ao arrepen-

itír que entre êstes pu­,ia atrás, haviam procÚ­

nesta regiào, conforme)licanos para serem ba­deserto não teria sido

." Não é a primeira vezsus. Em Lc 5.30 tiveramIa reação, pois defendempróprios méritos. Aquêle? Deus, convicto de sua) e humano, bem repre­r responder êles próprioss de uma vida aparente­ltecer, tal convicção 1'e­~zo do próximo que não, ou, pior ainda, que ti­co. Escandalizam-se, porle de Jesus de aceitar aeitá-Ios e apontar-Ihes o[ui vêm homenS arrepen­msciências atormentadas,nem aprova. Mogado em

)ndição de pobre pecadoro e punidor. Desconhece.car esta ira por meio delentos e adquirir assim ao plano de salvação esta­\'amente na graça reden-

tara de Deus - tudo isto exarado com clareza e ênfase e impres­~ionante insistência no Antigo Testamento, mormente nos salmosc nos escritos dos profetas.

Mais de uma vez os inimigos do evangelho sabem formularverdades sublimes, e mesmo sem o quererem.· Haja vista J o 11.50.Palavras das mais preciosas por abrigarem o conteúdo máximoda Bíblia e sintetizarem a essencia da religião cristã, são essasque proferem os fariseus e escribas em forma de murmúrio, istoí';, em tom acre de repreensão: "Êste recebe pecadores e comecom êles."

Uma resposta já fóra dada a esta cdtíca, uma resposta que aomesmo tempo explica e justifica o proceder de Jesus em relaçãoaos publicanos e pecadores. F'oi na ocasiáo, acima citada, em queLevi fêz um grande banquete em sua casa, "e numerosos publi­canos e outros estavam com êles à mesa". Aí Jesus respondeu:"Os sàos nào precisam de médico, e, sim, os doentes. Não vimchamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento." Lc 5.29-32.Jesus se oferece como médico para ajudar a todos aquêles quereconhecem seu estado desesperador e aceitam a sua ajuda. Aquê­les, porém, que, como os esc1'ibas e rariseus, se julgam sãos ejustos, hão de perecer em seus pecados, porque desprezam a gra­ca divina que os quer salvar.

A resposta que Jesus dá aqui em nosso texto é essencial­mente a mesma, pois lembra que todo pecador encontra-se nasituação da ovelha e da dracma: é um perdido que jamais encon­trará o caminho da salvação se a graça não o procurar. Ressaltaainda um traço sobremodo alentador: há alegria e jÚbilo no céupor um pecador que se arrepende. Com êste traço; que é um ele­mento nôvo na discussão com os adversários, Jesus acentua o con­traste que existe entre céu e terra, entre os pensamentos de Deuse os pensamentos do homem, entre o critério da misericórdia di­vina e o critério da razão humana. Enquanto que esta censura aaceítação dos pecadores por parte da graça divina, Jesus acolhecom alegria os arrependi dos. É o que as duas parábolas nos vàocontar.

.'] - Então lhes propôs J eS1tS esta parábola:

4 - Qual) dentre vósy é o homem que) possuincw cem ove­lhas e perdendo urna delas) não deixa no deserto as nO'uenta e no­ve e vai em busca da que se perdeu, até encontra-lar

5 - Achando-a) põe-na sôbre os ombros .. cheio de júbi1o.

6 -. E) indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo­-lhes: Alegrai-vos comigo) porque já achei a minha ovelha perdida .

"Qual, dentre vós, é o homem ..." - Jesus emprega, como cos­tumava fazê-Ia em tantas outras oportunidades, o argumento "de

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terceiroE", invocando a probabilíssima. atitude que qualquer pes­soa de são juizo iria tomar em condições idênticas. Somente máfé e espírito de obstrução poderiam discordar desta maneira deagir.

Para a parábola Jesus escolhe um quadro bastante familiar,o de um pastor e seu rebanho. Nos "desertos" da Palestina, quenem sempre eram desertos no sentido usual da palavra e, sim,simplesmente zonas ermas ou pouco habitadas, muitas das quaiscom boa pastagem, desenrolava-se a vida pastoril dos judeus, ofe­recendo à vista do viandante, aqui e acola imagem pacífica dopastor velando o seu rebanho. O mais importante era o desertode Judâ, que ia desde Anatote, terra do profeta Jeremias, nãomuito distante de Jerusalém, para o sul, entre o Mar Morto e oplanalto de Judá, numa extensão de aproximad:Hnente cinqÜentaquilômetros de comprimento por vinte e cinco de largura. Tecoa,onde Amós pastoreava o seu rebanho, fica à margem dêste deser­to, ao sul de Belém. João Batista apareceu, "pregando no desertode Judéia" (Mt 3.1), e sem dúvida é êsse o deserto para ° qualJesus fôra levado pelo Espírito para ser tenta.do. E êsse mesmodeserto não ficava longe do lugar onde Jesus, agora, está contandoa história da o\lelha perdida.

Meditando na parábola em si, não encontraremos destaquesexegéticos em virtude da singeleza da narrativa, razão porque pas:"samos desde já a abordar alguns elementos preciosos que o textooferece ao pregador em matéria de aplicação. Confornle o arranjohomilético, poder-se-á salientar um e outro dos aspectos que oquadro apresentado por Jesus sugere, sem que a seqÜência nu­mérica, observada a seguir, obedeça a um esquema lógico, prontopara ser aproveitado na íntegra.

Eis o que a parábola sugere:

1) É importante ressaltar o fato de ser o homem no evan­gelho o dono das ovelhas, pois êle possuía as cem ovelhas referi­das no texto. Portanto não é mercenário a quem as ovelha.s nãopertencem (Jo 10.12) e pelas quais não nutre aquêle afeto e aque­la dedicaçã.o que caracterizam o bom pastor. Foi alto o preço queo homem pagou pela aquisição das ovelhas, conforme lembra oapóstolo Paulo: "Por preço fôstes comprados!' 1 Co 7.23. Nãofomos resgatados mediante cousas corruptíveis, como prata ououro, "mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem défeito esem mácula, o sangue de Cristo." 1 Pe 1.18,19. Esta verdade trans­cedental fica expressa na visão do Cordeiro, o qual é declaradopelos anciãos digno de tomar o livro e abrir-lhe os selos, "porque,dizem, fôste morto e com o teu sangue compraste para Deus osque procedem de tôda tribo, língua, povo e nação." Ap 5.9.

Empresta relêvo às condições de rebanho adquirido a parti­cularidade de as ovelhas em nada poderem contribuir para tal

privilégio. ="'~;;=amor que 2;:no rebanho. "['7somos o S2'.- '>_c

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Estudo Homilético 71

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"pregando no desertoo deserto para o qualentado. E êsse mesmo:s, agora, está contando

lcontraremos destaques,ti • - 'c uva, razao porque pas-, preciosos que O texto"o. Conforme o arranjoro dos aspectos, que o1 que a seqÜência nu­esquema lógico, pronto

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a quem as ovelhas nãotre aquêle afeto e aque­)1'. Foi alto o preço que1as, conforme lembra o'ados." 1 Co 7.23. Nãoptíveis, como prata ou, cordeiro sem défeito e:, 19. Esta verdade trans­'ira, o qual é declaradorir-lhe os selos, "porque,:ompraste para Deus ose nação." Ap 5.9.anho adquirido a parti­rem contribuir para tal

privilégio. Não que fôssem merecedores de tamanha ventura - éamor que as acolhe, é graça, é favor que as envolve e as integra]10 rebanho. Diz o salmista: "Foi ele quem nos fêz e dêle somos;somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio." SI 100.3. E Joãoafirma em sua primeira epistola (4.10): "Nisto consiste o amor,não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nosamou, e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados."

Compreendemos agora porque aquêle homem devota todo ca­rinho ao rebanho: é seu, escolheu-o ele próprio, pagou caro porêle, ama-o de coração.

2) Perde-se uma das ovelhas. Apesar de todo o desvêlo dopastor, ocorre a desgraça de desviar-se uma das ovelhas e tomarrumo ignorado no deserto.

Possivelmente se tratava de um animal que já por váriasvêzes estivera em perigo de isolar-se dos outros, desprezando acompanhia dêles e escolhendo caminhos próprios. É que sentiadentro de si um desejo irreprimivel de procurar outras paragensque lá ao longe pareciam acenar com fôrça irresistível, prome­tendo - aquela colina verde lá à frente, ou aquêle vale lá embaixo ~ pasto mais farto e mais saboroso e águas mais puras edeliciosas, a par de descanso refrigerador debaixo de um juníperoou de uma acácia (árvores que abundavam naqueles "desertos").A ovelha deixa-se enganar pela aparência e o fascínio das cousasdistantes e dá o passo fatídico. Ela desconhece também os perigosque envolvem um animal incauto na solidão do deserto. Atrásde uma moita a espreitam os olhos ávidos de um lobo faminto,que vê sua ronda silenciosa coroada de êxito ao defrontar-se coma prêsa fácil. Ou um abismo profundo abre sua garganta disfar­çada em pequeno declive, onde basta o pé escorregar no pedre­gulho do trilho para o animal precipitar-se no espaço. Ou o ema­ranhado dos galhos do espinheiro prende, qual tentáculos gulosos,a lã da ovelha, imobilizando sua vitima na medida que ela se de­bate na desesperada tentativa de libertar-se. Ou fome e sêde cons­tit.uem a ameaça constante numa jornada sem rumo certo emterra desconhecida. Realmente, a ovelha desgarrada é ovelha per­dida.

Uma ovelha perdida é todo homem por natureza. Com a que­da no pecado perdeu-se o rebanho inteiro. Todavia, a parábolasugere o quadro em que vemos uma ovelha desprender-se do re­banho de Cristo. É o filho pródigo que abandona a casa paternapara, longe dos cuidados do pai, satisfazer os apetites da carne.É a grande pecadora que se atola no lodaçal do pecado. São aquê­les discípulos que acham "duro" o discurso de Jesus e se afastamdêle (Jo 6.60). É o homem - Jesus o chama de louco - que dosceleiros faz seu templo (Lc 12.20). É Demas que amou "o pre­sente século" em troca da eternidade (2 Tm 4.10). São os muitosjovens que, após o compromisso solene diante do altar, escolhemo caminho largo que promete prazeres segundo o paladar do velho

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homem. São todos aquêles cujo amor à palavra de Deus começaa esfriar e cujo zêlo pela causa do Senhor definha na proporção emque seus corações são dominados pelo espírito dêste mundo, umespírito materialista e anticristão. - Ovelha perdida é, pois, ohomem que se afasta de Jesus e seu rebanho para seguir seus pró­prios caminhos.

3) É trágica a situação da ovelha perdida: ela não concebeo risco que está correndo. Antes sente-se liv.ce da guarda do pastore faz o que bem entende. Não se preocupa com perigos e ameaçasporque ignora sua existência. Vive feliz até o momento em que adesgraça é consumada.

Faz parte do estratagema do maligno de dar aos perdidos, quetrilham o caminho largo, a sensação de paz e alegria. Gozam daliberdade ambicionada. Não se importunam com as barreiras er­guidas pelos pronunciamentos de Deus. Entorpecem a voz da cons­ciência que, vez por outra, emite sinais de alerta. Sufocam os es­crúpulos que querem incomodar. Sobretudo, não vêem ou não que­rem ver o juízo divino que paira sôbre êles. Não tomam a sério3. presença de Deus em sua palavra e não acreditam em suasameaças. Longe de se considerarem perdidos e objeto da condena­ção divina, julgam-se seguros e donos de seu destino. - Jesuschora ante a cegUeira do povo de Jerusalém que não reconheciao que à sua paz servia, pois estava oculto aos seus olhos. (Lc 19.42)

4) Das cem ovelhas que o homem possui, U1JW se perde, e estauma ovelha torna-se a figura central da história. Sobram aindanoventa e nove animais. A perda parece ser insignificante, compa­rando-se os dois algarisrílos um e noventa e nove. Não seria tã.oestranháveJ se o homem dissesse de si para si: bem, lamento muitoa perda da ovelha, mas ainda me restam tantas, devo conformar­-me como ocorrido.

Deus jamais se conforma com a perda de uma única alma.No seu proceder pessoal bem como em seus ensinamentos, Jesusmanifesta sua constante preocupação pela salvação do indivíduo,daquela Ul1W alma que está em perigo. É nota característica nosrelatos evangélicos o encontro, o contato de Jesus com pessoasdeterminadas, sejam homens, ou mulheres, ou jovens, ou crian­ças. Não que desprezasse a massa do povo, mas êle quer ser oPastor, o Salvador de cada um em particular, identificando-se comos seus problemas, conhecendo-lhe as necessidades, antevendo osperigos iminentes, em suma, êle ama e preza a cada alma e estápronto a socorrê-Ia. Por isso Jesus deixa os noventa e nove nodeserto e passa pela coletaria de Cafarnaum, onde um publicano,Levi, precisava dêle. Por isso êle chega ao poço de Sicar, na Sa­maria, onde uma mulher deverá encontrar a água da vida. E Ni­codemos que o procura em Betânia, e aquêle cego no templo, e oparalítico deitado no leito aos seus pés, e Zaqueu trepado num si­cômoro, e o criminoso pendurado ao seu lado - todos êles têmalmas preciosas que não podem perder-se.

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que delineGu110mens. Qui::do FilhoÜças epor suasdaria ineSCT'_F~,­todos oscom a Pêl"d.~da renÚncl3.do SenhoLte na poltT"T::Servir a J e::~­fine: "O FYservir e dL- ::.

Portant~,

6) O h-~'"::·não setar para C20,:;

Page 10: Igreja Luterana 1962 nº2

Estudo Homilético 73

avra de Deus começaEinha na proporção emrito dêste mundo, umha perdida é, pois, oi para seguir seus pró-

::lida: ela não concebe'e da guarda do pastor~omperigos e ameaçaso momento em que a

, dar aos perdidos, que~ e alegria. Gozam da

com as barreiras er­rpecem a voz da cons~alerta. Sufocam os es­não vêem ou não que­3. Não tomam a sérioiO acreditam em suas, e objeto da condena­seu destino. - Jesusm que não reconheciaseus olhos. (Lc 19.42)

i, urna se perde, e estalistória. Sobram ainda

insignificante, compa­e nove. Não seria t8.0;i: bem, lamento muitomtas, devo conformar-

J. de uma única alma.1S ensinamentos, Jesussalvação do indivíduo,nota característica nosde Jesus com pessoas

ou jovens, ou crian­), mas êle quer ser or, identificando-se comssidades, antevendo osza a cada alma e estáos noventa e nove noTI, onde um publicano,poço de Sicar, na Sa­

a água da vida. E Ni­le cego no templo, e oaqueu trepado num si~ado - todos êles têm

Quanto vale uma alma? O mundo com tôdas as suas rioue­zas não representa o valor que pudesse comprar uma única al~a.:IVít 16.26. Foi preciso que o Filho de Deus vertesse o seu sangueem resgate dela. -,- Apre:ndan1os a apreciar mais as almas indi=dduais ao nosso alcance, ao planejarmos grandes empreendimen­tos na igreja. Há tantos que vivem na periferia da comunidade,h_á arnigos e conhecidos e colegas de serviço que poàiEnn ser ga­nhos, um por um, se náo houvesse, muitas vêzes, o interêsse exclu­sivo pelos noventa c nove que já pertencer:.'1 ao rebanho. "Cadaum procure um'"

5) O homem reri em busca da ovelha que se perdeu, Ao lan­çar um olhar sôbre o rebanho e verificando a falta de uma ove­lha, Um pensamento se apoderi, dêle que não mais o larga, o deprocurar o animal desgarrado. Bem poderia consolar-se com o fa­to de que a ovelha merecia o destino por ela meSHla invocada,Desligara-se por culpa própria e não tinha com que Se queixar.Ou (I homerrl poderia até àa'r vazão.à sua ira eirldignação ·ante aconduta da ovelha de agradecer tão mal o bom trato que lhe eradispensado. Ou o homem poderia ainda, na melhor das hipóteses,aguardar simplesnlente até que o animal voltasse de livre vontadeao convívio do rebanho, já que por livre vontade o abandonara.

E olltroo procedimento do l'lomem.Êle Hvai em busca da quese perdeu." Sem hesitar por UiYl só instal1teoll cogitar, por "\/en­tlIra, da possibilidade de assalariar jOI'Ilaleiros par'aêsse firn, ohomem adentra-se no deserto para em pessoa sujeitar-se à difíciltarefa de procurar a ovelha perdida. ~ Não diz Jesus de si pró­prio: "O Filho do homem veio salvar o que estava perdido" '?

Deus poderia muíto bem ter executado plano diferente daqueleque delineou desde a eternidade, para levar a efeito a salvaç8.o doshomens. Quis, porém, o amor incomensurável o sacriÍÍcio pessoaldo Filho de Deus, q'Lle baÍxoLl a êste Hdeserto", ao vale de injus­tiças e pecados com o fim de lutar por hÓS, de sofrer e de morrerpor suas ovelhas que andavam desgarradas. E quis ainda a sabe­doria inescrutável traçar um exemplo luminoso a ser imitado portodos os verdadeiros filhos de Deus sempre que se defrontassemcom a perda de uma ovelha - o exemplo do empenho pessoal,da renúncia pessoal, do sofrimento pessoal no trabalho pela causado Senhor. Servir a Jesus não significa refestelar-se cômodamen­te na poltrona e pagar para que outros façam o serviço da igreja.Servir a Jesus significa imitar o seu exemplo. Eis como êle o de­fine: "O Filho do homem não veio para ser servido, mas paraservir e dar a sua vida em resgate por muitos." Mt 20.28.

Portanto, busquemos nós a ovelha perdida.

6) O homem insiste na procura iJ.,aovelha até achá-lu. Êlenão se contenta com algumas tentativas para depois desistir e vol­tar para casa. Enfrenta adversidades de monta no curso de suas

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74 Estudo Homilético

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investidas no deserto inóspito. Galga altos penhascos por cami­nhos íngremes; atravessa desfiladeiros perigosos; arrisca descidasdifíceis; anda, corre, tropeça, e chama pela ovelha, o dia todo,desde os primeiros albores até o pôr do sol - e não cansa, nãodesanima, não desiste. Até achá-Ia!

Tornamo-nos pessimistas muitas vêzes e consideramos certoscasos de antemão casos perdidos, que "não valem a. pena", porconstituírem simplesmente desperdício de tempo e de energias ­conforme opinamos. Que podemos esperar de alcoólatras, de zom­hadores, de escravos do vício, de adversários manifestos do evan­gelho? Achamos impossível ou pelo menos pouco provável que asemente da palavra de Deus possa germinar em solo tão duro eárido. E por isso deixamos de tentá-Ia. E desistimos antes de co­meçar.

7) Ao achar a ovelha perdida, o homem aceita-a de imediato.A primeira palavra em casos semelhantes- por falar como

os homens costumam proceder - seria uma queixa amarga, umasevera repreensão ante o ocorrido. E ainda ouyiríamos um rosá­rio de advertências e admoestações com respeito ao futuro. Quiçátestemunharíamos uma estipulação de condições para readmissão,condições a serem preenchidas, a título de reparo e penitência, an­tes de qualquer solução final ou quitaçào do caso.

O homem no evangelho nào pensa em formular a mais levecensura e muito menos ainda em exigir um prazo de recuperação.Êle toma a ovelha em seus braços, assim como a encontra, faminta,ferida e esgotada para então deitá-Ia sôbre os seus ombros. Nãoagiu assim o pai do filho prÓdigo quando da volta dêste ao larpaterno? Não foi o pai correndo, ao avistá-Ia ainda longe, paraabraçá-Io e beijá-Io e levã-lo para dentro de casa? sem com umasílaba sequer ferir o passado ou exigir satisfação? São estas ce­nas a expressào mais legítima da misericórdia divina. O perdãonão exige reparo da parte do pecador. O perdão exatamente ex­tingue a culpa em virtude da morte expiatória de Jesus. A dívida jáf6ra resgatada no alto do Gólgota, conforme o apóstolo escreve aoscolossenses: "Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contranós ... removeu-o inteiramente encravando-o na cruz." Assim Jesusaceita os pecadores e publicanos que aqui vêm arrependidos comomais tarde aceitaria a Zaqueu, sem cláusulas ou restrições, e comoaceitaria, nas mesmas condições, o malfeitor na cruz.

8) Cheio de júbilo o homem põe a ovelha sóbre os seus ombros.Era essa a maneira característica de um pastor carregar uma ove­lha fraca e doente ou por qualquer outro motivo impossibilitada deacompanhar o rebanho por próprias fôrças. Revela carinho e dedi­cação da parte do pastor êste seu procedimento de levar sôbre osombros a ovelha transviada para casa, percorrendo o longo trajeto,com todos os seus perigos e obstáculos, sob.o pêso adicional do ani­mal exausto. Seu coração se compadece do estado em que encontroua ovelha e êle sabe que jamais ela poderia voltar ao rebanho. Êsse

carregar só:::,::­seração,lhos pr6djg:~tôrno. PreÓ": =firmes noquando se ~:'-~.;:-':_sofram reo:."":·:o.placência (L:pulsos darando um:c erÍcórdi a

9) De-;;:qria dova-a para C2 ==,

nhas e devida seus 2,,:;quete do rsicomigo, pc'rTC'2­zão visível e.gria

EvidETic:c=.. =~c:ovelhaCiplicaçãü,

7­pecador q,~não neces,,:-'

O "dlE:~.estendido e:cseu munl:'-:':·i:..~haviam cri:>~·em côrese tudo faz .-=

próximo. >,.::plicam a Ti'.Z.;

plitude ds.revolta-se:(4.2) ,salvação";.=

causase desfaT2,·c',lado catjo,

Cony,jl.lstos q:~::

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Estudo Homilético 75

penhascos por cami­;osos; arrisca descidasa ovelha, o dia todo,1 - e não cansa, não

e consideramos certos) valem a pena", pormpo e de energias ­te alcoólatras, de zom­)5 manifestos do evan­pouco provável que a

1.1' em solo tão duro elesistimos antes de co-

n aceita-a de imed.iato.ntes- por falar comoa queixa amarga, uma1 ouyiríamos um rosá­;peito ao futuro. Quiçáições para readmissão,'eparo e penitência, an­:1.0 caso.

formular a mais leveLprazo de recuperação.110 a encontra, faminta,~ os seus ombros. Não

da volta dêste ao lar:á-lo ainda longe, parale casa? sem com umatisfação? São estas ce­Srdia divina. O perdãoperdão exatamente ex­'ia de Jesus. A divida já? o apóstolo escreve aosdívida, que era contrana cruz." Assim Jesus

vêm arrependi dos comoiS ou restrições, e como, na cruz.w sôbre os seus ombTOs.istor carregar uma ove­LOtiVOimpossibilitada de

Revela carinho e dedi­nento de levar sôbre osorrendo o longo trajeto,o pêso adicional do ani­?stado em que encontrouvoltar ao rebanho. Esse

carregar sôbre os ombros, mais do que um simples gesto de comi­seração, constitui uma fase importante da ação salvadora. Os fi­lhos pródigos requerem um cuidado especial mesmo após o seu re­tórno. Precisam de uma mão segura que os ajude a darem passosfirmes no nôvo caminho. Precisam de estímulo e encorajamentoquando se sentem acossados pelos pecados antigos, a fim de que nãosofram recaída. Precisam de muita compreensão e de muita com­placência da parte dos "noventa e nove", pois a luta contra os im­pulsos da carne nunca cessa e, às vêzes, torna-se assaz difícil, ge­rando um sentimento de completa frustração. - A verdadeira mi­sericórdia nunca se esgota.

9) Deve impressionar a ênfase com que Jesus ressalta a ale­gria do l1.mnern 00 achar a ovelha lJerdida. Cheio de júbilo êle le­va·a para casa, e seu contentamento é tal que precisa de testemu­nhas e de co-participantes de seus sentimentos, razão por que con­vida seus amigos e vizinhos para uma festa especial (cI. o ban­quete do pai do fiEla prÓdigo) com esta finalidade: "Alegrai-voscomigo, porque já achei a minha ovelha perdida." Ele quer dar va­zão visível e concreta ao que lhe passa no coração e com sua ale­gria transbordante quer contagiar a outros.

Evidentemente é êste o ponto culminante na parábola daovelha perdida, porque Jesus nesta altura faz sua única e grandeclplicação, como lemos no versículo que segue.

'/ -. Digo-t·os que assim haverá maior júbilo no céu por umpecador que se an'epende) d.o que por noventa e nove justos quenão necessitam de Cf/TC1)enclimento.

O "digo-vos" leva enderêço certo. Talvez o reforce um dedoestendido em direção ao grupo de fariseus e escribas que, com oseu murmurar contra a aproximação dos publicanos e pecadores,haviam criado o fundo negro sôbre o qual se acaba de projetar,em côres luzentes, o quadro do homem que ama a ovelha perdidae tudo faz para a reaver. Arrogância, autojustiça e, em relação aopróximo, repulsa e desdém das condições do coração natural e ex­plicam a razão por que o homem não concebe a grandeza e a am­plitude da misericórdia divina. Revoltam-se os escribas e fariseus,revolta-se o irmão do filho pródigo, revolta-se o proreta Jonas(4.2), porém nos céus os anjos de Deus celebram festivamente asé11vaçãode uma alma perdida. Pode haver maior contraste?

Não podem alegrar-se aquêles que não sabem chorar. E seum não sabe chorar a sorte alheia é porque desconhece sua pró­pria situação perante Deus. O profeta Jeremias soube chorar, poisdiz ao povo de Judá: "A minha alma chorará em segrêdo, porcausa da vossa soberba; chorarão os meus olhos amargamente, ese desfarão em lágrimas, porquanto o rebanho do Senhor foi le­vado cativo." 13. 17.

Como entender a observação referente aos noventa e novejustos que não necessitam de arrependimento? No rigor da pala-

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76 Estudo Homilético

\ra, não existem justos sôbre a terra que não necessitassem dearrependimento. Trata-se, porém, de uma verdade relativa quedeve ser compreendida pelo que a própria parábola contém. Asnoventa e nove ovelhas continuavam no rebanho e só aquela umahavia-se desligado. Para esta havia a necessidade de retôrno e nãopara aquelas. Por conseguinte, arrependimento aqui significa oretôrno de uma alma transviada a Deus e ao convívio dos "justos",isto é, daqueles que vestem o manto da justiça de meu Salvador.Precisamos assim distinguir entre o arrependimento diário dos"iustos" e a volta do filho pródigo.

8 - On qual é a mulher que) tendo dez dmcmas) se perderU11ut) não acende a candeia,varre a casa e a pTOC1tradiligente­1!wnte até encontrá-Ia?

9 - E) tendo-a achado) reúne as arn:igas e vizinhas) dizen­do: Alegrai-vos comigo) porque achei a dracma. que eu tinha pe1'­d-ido.

10 - Eu vos afinno que) de igual modo) há júbilo diante dosanjos de Deus pot um pecador que se arrepende.

o tema é tão palpitante e de importância tào transcendental~ - - ,- 't " 1qu_e Jesus 11ao se co:nr:enla em con -ar apel13s uma paraDo_a, a que

aCabalTIOS de ouvir. Êlecontinua com mais duas parábolas sÔbreo mesmo assunto, a da dracma perdida e a do filho pródigo, quesegue de imediato ao nosso texto, Acêrca dêstes três elementoscentrais: ovelha, dracma e filho, houve tentativas da parte de co­rnentaristasde atribtÜr a Jesus a intenção de querer retratar pormeio de cada figura um caso específico, diferente, de desligamentoda ig-.ceja de Cristo. Não nos aventuramos a tanto, visto que astrês parábolas focalizam com tôda intensidade o mesmo tema: agraça divina que recebe pecadores e se rejubila com a salvaçãodas almas perdidas.

Todavia nada impede que o pregador aproveite certos aspec­tos que cada parábola em particular oferece na meditação, des­de que tenham fundamento em outros pronunciamentos inequívo­cos da Escritura. A figura do pastor e a ovelha perdida já forne­ceram detalhes valiosos a serem aplicados no sermão, no entanto,poderemos registrar mais alguns traços na história da dracma queda mesma forma serão de grande proveito. Entende-se que as duasparábolas não devem ser estudadas em separado no sermão e, sim,em conjunto, enquadrando-se na primeira os aspectos particularesda segunda.

1) A dracma que cai ao chão é dracma perdida, independen­temente da natureza do chão, se é terra batida ou tapete caríssi­mo. Seja o pecador decente, da alta sociedade, honrado e ilustre,ou seja o anônimo da sarjeta - não há diferença, "porque não há

distinção,3.2.2, 23.

21 'pagar ~:~-,-,,"

tura,nadaS·Ó

Tôda a l'c

pode sez' .por llm~ 2i~.'õ =" =_

1.. Todo;: _~

a)

Gn 8,2lRm T ,E

SI 143.2

18 64

c)

Rm 8 -

113 53.i}

Ef 2.E

2 Pd 2,25

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Estudo Homilético 77

não necessitassem deverdade relativa queparábola contém. As

mho e só aquela umadade de retôrno e nãoento aqui significa oconvivio dos "justos",

!iça de meu Salvador.,endimento diário dos

ez dracmas) se perdere a proc1-tTadil'igente-

i

distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus." Rm3.22, 23.

2) A dracma perdida não conta mais, pois a mulher só podepagar nove dracmas pelas compras que pretender fazer. Dinheiroperdido pràticamente não tem mais valor. Títulos, posição, cul­tura, saber, por mais brilhantes que sejam aos olhos do mundo,nada podem garantir ao homem em sua situação perante Deus.Só a graça divina valoriza ° homem e todo o seu atuar. Mt. 10.42.

3) As casas no oriente eram casas escuras, por isso a mu­lher deve acender uma candeia para procurar a .moeda. Na escu­ridão do pecado só a luz divina é capaz de alumiar a mente e var­rer as trevas espirituais. É a "palavTa pTofética" a "candeia quebrilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrêla daalva nasça em vossos corações". 2 Pe 1.19.

gas e vizinhas) dizen­cnw que eu tinha per-

SÚMIJLA DOiJTRINARIA

c) Eternos rebeldes.

d) Separados de Deus.

a) Corrompidos de nascença.

b) Faltos da justiça divino.

E mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade.Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bemnenhum.

o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não estásujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.

Não entres em ]UlZO com o teu servo, porque à tua vista nãohá justo nenhum vivente.Todos nós somos como o imundo, e tôdas as nossas justiçascomo trapo da imundícia,

Is 64.6

Rm 8.7

Gn 8.21Rm 7.18

SI 143.2

Is 53.6 - Todos nós andá vamos desgarrados como ovelhas; cada umse desviava pelo caminho.

Ef 2.12 - Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comuni­dade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não ten­do esperança, e sem Deus no rnundo.

2 Pd 2.25 - Porque estáveis desgarrados como ovelhas.

A - Os perdidos

1. Todos os homens são por natureza ovelhas e dracmas perdidas.

Tôda a matéria do evangelho contida na parte narrativa e nas cluas parábolaspode ser resumida nestes tópicos: Os perdidos, A graça salvadora, A alegriapor uma a!ma que se salva.

'O) há júbilo diante dospencle~

-leia táo transcendentallS uma parábola, a que; duas parábolas sôbrei do filho pródigo, que

dêstes três elementostativas da parte de co­de querer retratar porerente, de desligamento

a tanto, visto que aslade o mesmo tema: aejubila com a salvação

aproveite certos aspec­ece na meditação, des­munciamentos inequívo­lVelha perdida já forne­no sermão, no entanto,história da dracma queEntende-se que as duas

:trado no sermão e, sim,os aspectos particulares

na perdida, independen­Jatida ou tapete caríssi­dade, honrado e ilustre,ferença, "porque não há

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78 Estudo Homilético

d) Muitas vêzes sofrem ClS conseqÜências ele urna rná educação.

e) Outra cau,'w.lJode ser a incúT'Ía dos gtdas espi,rituais.

15. ~=

Deu;::, '=­

a sua SE

LcLc

Mt 18.-

AtRm

1 Pe l.-

18 54 .s

Lc 18.

b) Eit

Ez

2 eu 5.

Todoaceito.

a) (1

lVIt i"

At

SI '>~

At 16.82 '...ê ~ ..

1.

;). Jesus,

4.

dinheiro.

Obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus porcausa da ignorância em que vivem, pela dureza de seus co­rações.

A fraca (ovelha) não fortalecestes, a doente não curaste. aquebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazere a perdida não buscastes ... Assim se espalharanl, por nãohaver pastor.Se eu disser ao perverso: Ô perverso, certamente morrerás;e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, mor­rerá êsse perverso na sua iniqüidade, mas o seu sangue euo demandarei de ti.

Quem ama o dinheiro, jamais dêle se farta.

ic(,Cmpamosos seus laços e sacudalTlos de nós as suas algenlas.Somos descendência de Abraã,o e jamais fomos escravos dealguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus:Em verdade, enl verdade vos digo: Todo o que comete peca­do é escravo do pecado.Eu, todavia, sou carnal; vendido à escravidã,o do pecado.

Ef 4.18

Ez 33.8

Ez 34.4,5 ~

c) Su.cu/rrl.ben~ à seâ'ução d-o

Ec 5.10

1 Tnl 6.9 - Os que querern ficar ricos Ca,elTI em tentação e cilada, e en1muítas concupiscências insensatas e perniciosas, as quats afo­gaIll os hOIl1ensna rl1.lna. e perdiGão.

Lc 12.15 - i~_· vida de un1 homem não consiste na abundância. dos bensque êle possui.

1 Sln 2.29 f-Ionl'as a teus filhos rllais do que a rnitn (Eli).Ef 6. 4 ~ "\76s, pais~ não provoqueis vossos filhos à ira, mas cl'iai-os

na disciplina e :na adlnoestação do Senhor.Pv 13.24 O qU.eretém a vara. abol'ece a seu filho, mas o que o ama,

cedo ° disciplina.

b) Deixa?n-se enlevar pelos encantos que o rnundo oferece.

a) ErnbTiagCl1n-secom a falsa liberdade para caírem na maishum1/ilhante escra'vidão.

2 Tm 4.10 Demas. tendo amado o presente século, me abandonou.1 Jo 1.15 - Não allleis o 111undo nern as cousas que há no 111undo.2 Tm 2.22 Foge ... das paixões da mocidade.

Por engano do maligno tornam a perder-se membros do re­banho de Cristo.

SI 2.3Jo 8.33.34

Rm 7.14

:i. Os perdidos não só ignoram sua situação como também nãoreencontram o caminho.

Page 16: Igreja Luterana 1962 nº2

er-se membros do re-

para caírem na mais

Lc 19.42Lc 19.44

Estudo Homilético

Mas isto está agora oculto aos teus olhos.Não reconheceste a oportunidade da tua visitação.

B - A graça saivadora

79

SI 78.38

Ne 9.31

10S de nós as suas algemas.jamais fomos escravos de

vres? Replicou-lhes Jesus·;: Todo o que con1ete peca-

escravidão do pecado.

. O mundo oferece.

éculo, me abandonou.as que há no Hmndo.

1. Deus, em lugar de abandonar o perdido em sua desgraça, quera sua salvação.

Êle. pOl'ém, que é misericordioso. perdoa a iniqüidade, e nãoclestl-ói.Mas pela tua grande misericórdia não acabaste com êles nemo" desamparaste; porque tu és Deus clemente e misericor­dioso.

Mt 18.14 -- :;\;,"o é a vontade de vosso Pai celeste que pereça um só dês­téS pequeninos.

2. A graça estabelece por meio de Jesus Cristo o plano da salvação.

em tentação e cilada, e eme perniciosas, as quais afo·

ia.ste na abundância dos bens

At 15.11Rm 3.24

1 Pe 1.13

18 54.8

Cl'ernos que fonlossalvos pela graça do Senhor Jesus.Somos justificados gratuitamente por sua graça, mediantea redenção que há em Cristo Jesus.Esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida narevelação de Jesus Cristo.Com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o Senhor,a teu Redentor.

3. Jesus, O bom Pastor, busca os perdidos.

a) Êle o fêz pessoalmente.

b) ÊZe O faz através do 1JÚnistério da pregação.

4:. Todo pecador que arrependido se achega a Jesus é por êleaceito.

a) O verdadeiro arrependimento consiste em sincero pesar só­bre o pecado, e fé no SaZ,vador.

'le se farta.

'5) ele wna má educação.

a mim (Eli).filhos à ira, mas criai-os

:10 Senhor.seu filho, nl.as o que o ama,

gtdas espirituais.

tes, a doente não curaste, a·rada não tornastes a trazersim se espalharam, por não

,·verso, certamente morrerás:erverso do seu caminho, mor­\idade, mas o seu sangue eu

ação como tamb€m não

alheios à vida de Deus porvem, pela dureza de seus co-

Ez 34.16

Lc 19.10

2 Co 5.20

Mt 10.6

At 3.19

SI 38.18

At 16.31,32

A perdi.da buscarei. a desgarrada tornarei a trazer, a que­brada ligarei e a enferma fortalecerei.POl'que o Filho do homem veio buscal' e salvar o perdido.

Em nome de Cristo, pois rogamos que vos reconcilieis comDeus.De preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa deIsrael.

AITependei-vos, pois, e convel'tei-vos para serem canceladosos vossos pecados.Confesso a minha iniqüidade; suporto tristeza por causa domeu pecado.Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Respondera..lu­-lhe: Crê no Senhor Jesus. e serás salvo, tu e tua casa,

- -- -------~---~-----.

Page 17: Igreja Luterana 1962 nº2

b) Jesus aceita o pecador arrependido incondicionalmente.

Lc 5.20]vrt 11.28

80

1s 44.22

Jo 6.37

Estudo Homilético

Desfaço as tuas transgressões como a névoa. e os teus pe­cados como a nuvem; torna-te para mim porque eu te remi.Homem, estão perdoados os teus pecados.

---- Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarrega­dos, e eu vos aliv~arei.O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.

c - A alegria por uma alma que se salva

Lc 5.30Lc 15.28

3. Há júbilcarrepend2.

a) Os (JJ

hom e,'-'-

J. Para Deus uma alma é algo precioso.

a) Deus a deu ao hornem de 1tma maneira tôda especial.

b) Anio,

b) A alma enfrenta a eternidade) é imortal.

Gn 2.7

Ez 18.4

Hb 9.27

Lc 12.2

Deus lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homerüpassou a ser alma vivente.Eis que tôdas as almas são minhas.

Aos homens está ordenado morrerem Ul11.asó vez e, depoisdisto, o juizo.Louco, esta noite te pedirão a tua alma.

c) Assim

c) Jesus a resgatou com o seu sangue.

d) É manifesta a preocupação de Detts em tôrno do be1n-estal'eterno da alrrw.

SI 49.81 Jo 1.71s 38.17

Fi 2.12Lc 13.2431' 51.6SI 68.20

A.. redenção da alma dêles é caríssima.O sangue ele Jesus, seu Filho, nos purifica ele todo pecado.Tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova dacorrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meuspecados.

Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.Esforçai-vos por entrar pela porta estreita.Fugi do meio de Babilônia; e cada um salve a sua vida.O nosso Deus é o Deus libertador; com Deus, o Senhor, estáo escaparmos ela morte.

JESCS

1. Os qlkdivina

2. Os quede Jesus

,-= -~--,::.~::::.-;:::-~~" "-"------ ---- -

-

2. Os homens nem sempre reconhecem o valor de uma alma. 1. Não no;::2. Deixemc-~>'

a) Negligenciam sua própria alma.Lc 7.30

Gn 19.26Gn 25.32Mt 26.15

Os fariseus e os intérpretes da lei rejeitaram, quanto a simesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por êle.(A mulher ele Lá perdeu sua alma olhando para trás).(Esaú vende sua primogenitura por um prato de lentilhas).(Judas vendeu sua alma por trinta moedas de prata),

1. PODe-o

~ --,,­-,. _.~.- .-.-- -

b) Não se alegmrn com o Tetôrno da ovelha perdida.

Jn 4.2 Ah! Senhor! não foi isso o que eu disse, estando ainda naminha terra? Por isso me adiantei, fugindo para Társis.pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, tardio emirar-se e grande em benignidade, e que te arrependes domal. (E Jonas quer morrer de desgôsto).

Contém 1 ~--

Page 18: Igreja Luterana 1962 nº2

Estudo Homilético 81

3. Há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que searrepende.

a) Os anjos são inteirados do plano da salvação e levam aoshomens mensagens importantes:

incondicionalmente.

mo a névoa, e os teus pe­l'a mim porque eu te remi.pecados.

, cansados e sobrecarrega-

"um o lançarei fora.

Lc 5.30Lc 15.28

Os fariseus e seus escribas murmuravam.Êle (o irmão mais velho do filho pródigo) se indignou e nãoqueria entrar.

le se salva

ira tôda especial.

fôlego de vida, e o homem

as.

.ortal.erem uma só vez e, depois

na alma.

;sima.s purifica de todo pecado.na e a livraste da cova dal trás de ti todos os meus

em tónw do bem-estar

)m temor e tremor.,,'ta estreita.ida um salve a sua vida.)1'; com Deus, o Senhor, está

valor de uma alma.

1 lei rejeitaram, quanto a si) tendo sido batizados por êle.ma olhando para trás).L por um prato de lentilhas).inta moedas de prata).

n:elha perdida.

.e eu disse, estando ainda na:liantei, fugindo para Társis,:e, e misericordioso, tardio emade. e que te arrependes dodesgôsto).

Advento, Natal, Páscoa.

b) Anjos assisten" o Filho de Deus em momentos difíceis:",a. 4.11; Mc 1.13; Lc 22.43.

c) Assim jubilam por cadavitÓ'ria sóbre Satanás.Cf o côro de todos os anjos, rodeando o trono do Cordeiro:"Amém. O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações degraça, e a honra, e o poder, e a fôrça sejmn ao nosso Deuspelos séculos dos séculos. Amém.» Ap 7.12.

DISPOSIÇõES

JESUS RECEBE PECADORES

1. Êle os procura carinhosamente2. Êle os aceita com alegria

JESUS NÃO VEIO CHAMAR OS JUSTOS E, SIM, OSPECADORES AO ARREPENDIMENTO

1. Os que se consideram justos desprezam a riqueza da graçadivina

2. Os que reconhecem e deploram seu estado refugiam-se no amorde Jesus

QUE FAZEMOS COM OS PERDIPOS?

1. Não nos mostremos indiferentes à sua sorte2. Deixemo-nos contagiar pela misericórdia divina

QUANTO VALE A TUA ALMA?

1. Pouco ela vale para o mundo. 2. Muitíssimo para Deus.3. E para ti?

A HISTÓRIA DOS PERDIDOS

Contém 1. Séria advertência contra o poder do pecado2. Expressiva exaltação da graça salvadora3. Eloqüente apêlo aos noventa e nove do rebanho

QUE O EVANGELHO DIZ

1. Àquela uma ovelha 2. Às noventa e nove

Page 19: Igreja Luterana 1962 nº2

82 Der Christ und die Arbeit ...

Der Chrlst unddie Drbeii unter dem Ersten Gabot

'Wilhelm Rehr. Frankfurt/Nl:ain

EINLEITUNG: ABGRENZUNGEN UND BEGRJ[i'F'E

Das Thema heisst nicht: "Die Arbeit", sondern: "Der Christund die Arbeit". Diesen Unterschied gilt es von vornherein zu5ehen. - Die Darlegung ist kein Beitl'ag zu einem sozial- oderparteipolitisehen Programm. Es gilt vielmehr, die Fragen um die"Arbeit" in der nüchternen Sachlichkeit anzugehen, die wir ausGottes Wort schopfen, um von daher dann aueh die Vleisungen zuIlehmen, die unser Leben in den betl'effenden Fragen bestimmenund zu bestimmen haben.

Dazu ist als €rstes n6tig, derJ. Ort ll11d die Grerlzen des Then1Hsrecht 21.1 fasse11. Beides - Ort l1nd Grenzen der Frage un1 die""i\rbeit - ist fijr ltnS in der FormtÜierlu1g des Themas gegeben.Dal)ei ist der· theologisclle Ort oder der Bereich der Therllafrageinnerl1alb llnseres Glallbenslebens bestimnlt durch das lllortHCllrÍst". \Vobei unteI' àem Christen 1)ier nicht der landU:iufigeb10ss2 r~en.l1christ gemeint ist7 sonàern a]lein deI"~'der \virklieh anJesLunChristum gléUlbt lU1dals solcher BUrger des Reiches Gottes

Steht das einmal fest, dann ist allch der ()rt unserer Frageinnerhalb LlDseres C~laubenslebe:ns bestimmt. - uDer Cl1rist llTId

- die Frage gehort in deul. dritten ArtiJ.;-~elurlter dasTCatechisrrl1.1sstück: '~die Heil.igLrngim besol1deren'j. Es stehe:n dal"i..l­ber ·diese und ,ahrJicheSchriftvv'orte: 1. Tl1ess. 4:1-3: "'VVeiter, liebenBrÜder~ bittel1\~lir eV,Ctl tHld ermahnen in den1 HerrTI JeSll (nach­den1 i11I' vo:n uns empfa11gen habt, \-vie ihr sollet v/arldeln Llnct Gottgefallen), dass ihr inlr!1er volliger\verdet. Denl1 i11r vvisset, v!elcheGebote \vir euch gegeben habel1 dlJrcl1 Jesuril C:hristuill. D e TI TIdas i s t d e r VI i 11 e G o t t e s , eure H e i 1i g 1.1. n g !" ~

Roro.. 12~1-2: "Ich ermahne eLlcb., lieben Brüder; clurch die Barrnher­zigkeit Gottes,dass ihr eureLeiber begebet zum Opfel\ das da le~be:ndigj heilig und Gott \vohlgefãllig sei, \velches sei ev.er verrlünfti­ger Gottesdienst. Und stellet el1ch nicht dieser \7\leltgleich~ so:ndernverandert euch, durch Verneuerung eures Sinnes, auf dass ihr prÜ­fen moget, welches da sei der gute, der wohlgefãl1ige und dervollkommene Gotteswille!" - Hebr. 12,14: "Jaget nach der Heili­gung, ohne welche wird niemand den Herrn sehen!" - Gerade ancEeser letzten Stelle spÜl'en wir den ganzen Ernst der Heiligungunseres ehristlichen Lebens: Ohne die Heiligung wird niemandden HeI'rn sehen! Dahin gehort auch der Sprueh aus dem Philipper­brief, Kap. 2,12-13: "Sehaffet, dass ihr selig werdet mit Fureht undZittern!" - wo dann abel' auch gleich folgt: "Denn Gott ist's, derin eueh wirket beide, das W ollen und das Vollbringen, naeh seinemWohlgefallen." - UnteI' diesen und anderen Schriftstellen steht UB-

sere Fraze:einiger BeTe<-:~(lls unteI' ie:- ­~dles - cL

auf dern

Clem Ort. ht· ,-WIC 19, Si". '..':_--

müssten. ­gehen, dassauf- die Fr2~·­"vVie konm:.'Cligkeit?" ­die ich viell",~:stentum im

Es zilt.Gesetz undZlleinanàer 2Uf=vangeliurnRechtferti;u-: ~

\Vie \'\-eT>~i.es Gottes"AHein 2,U;::

'3,23ff.28 :SÜnder uniund weroei1Erlosum:.. s~es nun, 00.S"811ein dUlT+unseI' TUlldie Arbeitbesol1derel:unserenicht dieI...;eistl.lng "'~'~~f.~die Seligkei:,-, S 10-~"L . ~ ),JI'j

Sindsind ",vira1s- àiese

Page 20: Igreja Luterana 1962 nº2

iem Ersten Gebot

7rankfurt!~iain

)lD BEGRIFFE

sondern: "Der Ch1'istes 'lon 'lornherein zuzu einem sozial- oder

11', die Fragen um dienzugehen, die wir aus'tuch die VI eisungen zu:len Fragen bestimmen

ie Grenzen des Themas~en der Frage um dieé des Themas gegeben.ereich {ler Themafragemt durch das Wort

nieht der landlãufige~nder; der \virlclichan§fel'des Reiches GottesderOrt ·Ünserer Fragec. - ffDer Christ unditten Artikel unter das=teren~i. Es stehen darÜ­s. 4,1-3: "\Veiter, lieben=lem Herrn JeSlt (ll8.ch­'ol1et wandeln und. Gott~)enn ihr '\visset, vvelchesum Cbristum. D e n n]'e R e i1ig u n g!" -. d h d' B hCier, ure A le arm~_er-t zum Opfer, das da 1e­lches sei euer 'lernünfti­ser WeU gleich, sondemjnnes, auf dass ih1' prü-

wohlgefallige und der"Jaget naeh der Reili­

n sehen!" - Gerade an"n Ernst der Heiligungieiligung wird niemand,ruch aus dem Philipper­~werdet mit Fureht undt: "Denn Gott ist's, der·ollbringen, nach seinem1Schriftstellen steht un-

Der Christ urrd die Arbeit ...

sere Frage: "Der Christ und die Arbeit". Nur hier darf sie miteiniger Berechtigung gestellt werden. Wird sie anderswo gestellt,aIs unter der Frage nach der Heiligung, dann ist alles 'lerloren, ­alles - d. h, auch und gerade dann steht unsere1' SeeIen SeligkeitauE dem Spiel!

Die Frage 11m diesen Zusammenhang, namlich die Frage nacl1.dem Ort unse1'es Thernas inne1'balb unseres Glaubens1ebens, ist zuwichtig, aIs dass wir meht noch einen Augenbliek dabei 'le1'weilenrnüssten. - Es kann und darf bei unserm Thema nicht darumgehen, dass wir bei seiner Erorterung eine Ant\vortzu Íinden suchenauf die F1'agen: "\Vie werde ich 'lar Gott gerecht und selig?" ­"Wie komme ich zu1' Gewissheit meiner Rechtfertigung und Se­Hgkeit?" - Oder: Wie komme ich w i e d e r zu der Gewissheit,clie ich vielleicht gerade hier durch ein hinkendes und halbes Ch1'i­stentum im Alltag der Arbeit ver10ren habe?

Es gilt, Rechtfe1'tigung und Heiligung 1'echt zu untc1'scheiden,Gesetz und Evangelium in ihrem von Gott bestimmten Verhaltniszueinander zu belassen. Die rechte Unte1'seheidung 'lon Gesetz undEvangelium hangt dabei zunachst an der rechten Lehre von derRechtfertigung.

\i\1ie\verde ich ge1'echtfertigt vor Gott? Die Antwort des Wor­lêS Gottes und l.mseres lutherischen Bekenntnisses da1'auÍ lautet:"i\.11ein érus Gnaden - allein UIU· Christi. "vvillen, allein durch denGlauben!" l'-JUI' so \verden vi/ir vaI' C;ott gerecht lU1d selig. Rljln~3.23f1.28: "Denn es ist hier kein Unterschied, sie sind allzumalSünder und rnangeln des Ruhü1êS, àen sie an C;ott 11aben solltenund werden ohne Verdienst gerecht aus seiner Gnade, durch dieErlosung, so duré:h Christum Jesum geschehen ist... 50 halten '01ires nun, dass der Mensch gerecht werde ohne des Gesetzes vVerke,211ein dureh den Glauben!" Hier ist nichts, aber auch gar nichtsurrser Tun und VJerk! Das muss auch gerade bei dem Thema überaie Arbeit festgehalten werden. "Arbeit" führt uns ja in ganzbesonderer "Weise in den Bereich des Tuns urrd der V/e1'ke. Nichtunse1'e Arbeit, nicht die treueste Pflichte1'fÜllung bei alIer Arbeit,nicht die selbstloseste und aufopferndste Arbeit konnen wir aIsLeistung 'lar Gott bringen, um c1afür gerechtfertigt zu werden unddie Seligkeit zu bekommen. Es gilt das Wort Luthe1's: (WA 17, I,2 5, 10Sf)

,<'i;Venndu jemand hOl'st, der da sa.gt: 50 und so mus5t du tun, und\viU dasselbige Tun oder "V'vT erk auf dein Ge.vy'issen treiben ur.J.lgegenGott stellerr, .so ,visse, dass es gewiss des Teurels Lehre ist, undsondere diese zweÍ>-'> - nanllich Glaube und V!erke -«so\veitvoneinander wie Himmel und Erden!»

5ind wir gerechtfertigt aus Gnaden durch den Glauben, dannsind wir auch gerechtfertigt a11ein um Ch1'isti willen. Eine andereais diese Rechtfertigung gibt es nicht. Um Christi willen gerecht-

Page 21: Igreja Luterana 1962 nº2

84 Der Christ und die Arbeit ...

fertigt, d. h. Christi Gerechtigkeit wird und ist dem Glauben zu­ge1'echnet. 1st aber Christi Gerechtigkeit dem Glauben zugerechnet,so sind wir g a n z gerecht, da feh1t kein Stück Gerechtigkeit meh1',weil Christus nicht nur alIe S t r a f e n fü1' unsere Sünden aufsich genommen und g e 1i t t e n hat, sondern auch das ganze Ge­setz mit seine1' Forderung nach der gottlichen Gerechtigkeit undHeiligkeit e r f Ü 11t hat. Gal. 4,4f.: "Da aber die Zeit erfülIetward, sandte Gott seinen SOhll, geboren von einem Weibe und unterdas Gesetz getan, au:f dass e1' die,so unter dem Gesetze waren, er10­sete, dass wir die Kindschaft empfingen."

Es gibt für den gerechtfertigten Christen kein Gesetz mehr,das zur Erlangung unserer Seligkeit irgendwelche Forderungen anuns steIlen dürfte. Das gilt auch für unsere Themafrage. DurchChristus sind wir von dem Gesetz freigemacht, das uns verf1uchenund verdammen will. An Christus hat das Gesetz seine Grenze undsein Ende: Rom. 10,4: "Christus ist des Gesetzes Ende, wer an denglaubt, der i s t gerecht." - Wir sind nicht mehr unter demGesetz: Gal. 5,18: "Regieret euch aber der Geist, so seid ihr nichtmehr unter dem Gesetz." - Rom. 6,14: "lhr seid nicht unter demGesetz, sondem unter der Gnade." - Dazu Luther: (WA 17, I, S.1550: "Dies ist das Hauptstück das wir zu lernen haben, ... dass\vir dennoch" - namlich trotz Sünde - "dürfen sprechen: Ichwill dennoch des Gesetzes los sein, habe auch kein Gesetz nochSünde, sondem bin fromm und gerecht. Kann ich das nicht sagen,so muss ich verzweifeln und verderben! Das Gesetz sagt: Du hastSünde. Sprech ich 3a, so bin ich verloren; sprech ich Nein, so mussich einen starken Grund haben, darauf ich stehe, dass ich wider1egenkann und das Nein erhalten. Wie kann ich's aber sagen ...? Tnmeinem Busen werde ich's freilich nicht finden, sondem in Christo,da muss ich's holen, dem Gesetz vonverfen und sprechen: Siehe,der kann Nein sagen wider alles Gesetz, hat auch seinen Grund,denn er ist ja rein und ohne Sünde. Das Nein gibt er mir auch!"

So kann Paulus geradezu sagen, dass "dem Gerechten keinGesetz gegeben ist", 1. Tim. 1,9. Wir sind frei von dem Gesetz(Rom. 8,2). 1n dieser Freiheit gilt es zu bestehen, wo wir nichtChristus und die Seligkeit wieder verlieren wollen: Gal. 5,1: "Sobestehet nun in der Freiheit, damit uns Christus befreit hat undlasset euch nicht wiederum in das knechtische Joch fangen!"

Luther (\VO nicht anders darauf verwiesen wird, immer die1. Auflage von Walch. - 3,422) :

«Die Freiheit ist, die Christus erworben hat und uns befreiet, deskein Werk noch Gesetz das Gewissen bindet; denn Christushat für uns alles genug getan, durch den Heiligen Geist habenwir es gar, sind hinfort nichts schuldig, denn dass wir einanderlieben und dienen.»

ln diesem Zusammenhang ist besonders Luthers Schrift Zu be­achten: "Von der Freiheit eines Christenmenschen", die wir gerade

in der heuti;2~ ­konnen dort SCc

wissheit unse2'2-0-Diese

hedeutet abeyund nicht,(Mit diesemnoch naheI'Ernst davon

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Zunachst _einer, der frei -~"lhr seid \-c,:,ist unser nec';eco -­

alI unser Hal:i{i2­Verhãltnis T'keiner Zeit 2:,~­nisse unsere;;:neuendienst, diezu Gott 1st

Page 22: Igreja Luterana 1962 nº2

Der Christ und die Arbeit ... 85

ist dem GIauben ZU­l GIauben zugerechnet,ck Gerechtigkeit mehr,Llr unsere Sünden aufrn auch das ganze Ge­hen Gerechtigkeit undaber die Zeit erfüllet

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ten kein Gesetz mehr,velche Forderungen anre Themafrage. Durch:ht, das uns verfluchen~esetz seine Grenze undetzes Ende, wer an dennicht mehr unter demGeist, so seid ihr nichtlr seid nicht unter demLuther: (WA 17, I, S.

m Iernen haben, ... dass"dürfen sprechen: Ich

auch kein Gesetz nochnn ich das nicht sagen,'.s Gesetz sagt: Du hastprech ich Nein, so muss:ehe, dass ich widerlegenich's aber sage11....? 111.

,de11.,sonder11.in Christo,'n und sprechen: Siehe,hat auch seinen Grund,ei11.gibt er mil' auch!"s "dem Gerechte11. keinld frei von dem Gesetzbestehen, wo wir nicht

n wollen: Gal. 5,1: "So:hristus befreit hat und;che Joch fangen!"\viesen wird, immer die

,en hat und uns befreiet, des'sen bindet; denn Christus:h den Heiligen Geist habenldig, denn dass wir einander

1's Luthers Schrift zu be­1enschen", die wir gerade

in der heutigen Zeit des Materialismus mehr Iesen sollten. Wirkannen dort so vieles für unsere Zeit lernen, gerade, was die Ge­wissheit unseres Handelns im christlichen GIaubensIeben anIangt.

Diese Freiheit von dem Gesetz und seinem Verdammungsurteilbedeutet aber keine Ungebundenheit. 1. Petr. 2,16: "AIs die Freienund nicht, aIs hãUet ih1' die Freiheit zum Deckel der Bosheit."(Mit diesem "Deckel der Bosheit" werden \vir uns weiter untennoch nãher auseinandersetzen müssen.) Luther hat mit grossemErnst davon geredet: (\Valch 6,284)

"Das Reich Christi ist ein Reich der Freiheit und die Freiheit selbst;aber es ist eine Freiheit von der Sünd, vam Gesetz, vam Tade undvam Teufe!. Es ist nicht eine Freiheit des Fleisches, welches sichdie WeIt zu wünschen pflegt: und auch die anjetzo, weIche fürEvangelisch wollen gehalten sein. bnllml1en und toben, wenn sieauch nur ein wenig getadelt werden. und konnen die. so sie strafenund erinnern. nicht h.oren. Sie \voIlen haben. die Freiheit soll nurgepredigt, die Laster aber und Übeltaten von uns r:icht gestraftwerden.»

Zunãchst also ist das die Bestimmtheit eines Christe11.: AIsei11.er,der frei ist vom Gesetz, wird er zu Gottes Knecht. Ram. 6,22:"Ihr seid von der Sünde frei und Gottes Knechte geworden." 'Dasist unser neues Verhãltnis zu Gott. Unte r diesem Verhãltnis hatalI unser HandeIn aIs Christ zu geschehen. Aus diesem "Dienst" ­Verhaltnis zu Gott hin ist der Christ a11.keinem Ort und zukeiner Zeit entlassen, wie sich die aussere11.Umstande und Verhãlt­nisse unseres Lebens auch gestalten magen. - Die Grundlage diesesneuen Verhaltnisses zu Gott ist Jesus Christus mit seinem Ver­die11.st,die gestalte11.de Kraft dieses stets lebendige11.Verhãltnisseszu Gott ist der Glaube an Jesus Christus. Luther (Walch 4, 1242):

«Der Glaube muss Ursprung und der Ul'hebel' aIlel' Wel'ke sein;und aus demseIben alle Werke gehen soIlen; ja, dass der GIaubeder Anfang und das Ende, das Erste und das Letzte in unseremganzen Leben und bei aIlen guten Werken sein soIl.»

Dazu die bekannten Lutherworte (Walch 14,114):

«o es ist ein Iebendig schafftig, tatig, machtig Ding um denGlauben. dass unm6glich ist, dass er nicht ohn Unterlass sollteGutes wirken. Er fragt auch nicht, ob gute Werke zu tun sind,sondern ehe man fragt, hat er sie getan und ist immer im Tlm.Wer aber nicht solcher vVerke tut, der ist ein glaubloser Mensch,tappet und siehet um sich nach dem Glauben und guten \Verkenund weiss weder, was GIaube noch gute vVel'ke sind, waschet undschwatzet doch vieIe Worte vom Glauben und guten \Verken. Glau­be ist eine lebendige erwegene Zuversicht und Erkenntnis gottlicherGnade, machet frohlich, trotzig und Iustig gegen Gott und alleKreaturen, weIches der Heilige Geist tut im Glauben. Daher derMensch ohne Zwang willig und lustig wird, jedermann Gutes zutun. jedermann zu dienen und allerlei zu leiden, Gott zu Liebeund zu Lob, der ihm solche Gnade erzeigt hat. Also dass unmoglichist, Werke vom Glauben zu scheiden, ja so unmoglich. aIs Brennenund Leuchten vom Feuer mag geschieden werden.5)

."~

Page 23: Igreja Luterana 1962 nº2

86 Der Christ und die Arbeit...

Ja, wenn es da nicht brennt und leuchtet, dann ist alles ver­geblich. Dann zeigt sich ganz klar, dass da kein Glaube ist, wiees Paul Speratus in dem Lied singt: "Es ist das Heil uns kommenher" : "Die Werk, die kommen gwisslich her aus einem rechtenGlauben, denn das nicht rechter Glaube war, wollst ihn der Werkberauben." Dabei bleibt immer der Schlussatz bestehen: "Dochmacht allein der Glaub gerecht, die Werk, die sind des NãchstenKnecht, dabei wir'n Glauben merken.

Hier haben wir nach den Stellen von der herrlichen Freiheitder Kinder Gottes Jakobus zu horen, der in seinem 2. Kapitel gleichdreimal darauf hinweist: Vv. 17.20.26: "AIso auch der Glaube,wenn er nicht Werke hat, ist er tot an ihm selber." Dazu schreibenunsere Bekenntnisschriften (Augsburgische Konfession, Art. 20:'Von Glauben und guten Werken") :

Ferner wird gelehret. dass gute Vllerke sollen und mUssen geschehen,nicht, dass man darauf vertraue, Gnade damit zu verdienen, son­dern um Gottes willen und Gott zu Lob. Der Glaube ergreifetallezeit allein Gnade und Vergebung der SUnden. Und dieweil durchden Glauben der Heilige Geist gegeben wird, so wird auch dasHerz geschickt, gute vVerke zu tun. Denn zuvor. dieweil es ohneden Heiligen Geist ist, 80 ist es zu schwach; Dazu ist es ins Teu­fels Ge'Nalt, der die arme menschliche Natur zu viel SUnden trei­bet ... Derhalben ist diese Lehre vom Glauben nicht zu scheltem,- wie es die Ri:imischen taten --- «dass sie gute Vverke verbietesondern vielmehr zu rUhmen. dass sie lehre, gute "\Yerke zu tunund Hilfe anbiete, wie man zu guten \Yerken kommen moge. Dennausser clem Glauben und ausserhalb Christo ist mensehliehe Naturunel Vermogen vlel zu sehwaeh gute Vverke zu tun, Gott anzurufen,Geduld. zu haben im Leiden, den Nii.chsten zu lieben, befohleneAmter fleissig auszurichten, gehorsam zu sein, bose Lüste zu meidenusw. Solehe hohe und ).'echte vVerke mogen nicht gesehehen ohnedie Hilfe Christi. wie er selbst spricht: Joh. 15,5: «Ohne michkonnt ihr niehts tun.;)

Zwischen Glaube und Werken, Rechtfertigung und Heiligungbesteht ein unzertrennlicher Zusammenhang. Und so sehr wir heider Rechtfertigung durch den Glauben darauf zu achten haben,dass die Werke dort ganzlich ausgeschlossen bleiben, so sehr giltes hier bei der Hei1igung darauf zu sehen, dass allein der Glaubedie Quelle der guten Werke bleibt. Wo er dle Quel1e nicht ist, dasind keine guten Werke, ja; da sind dle besten Werke - so schonsle von aussen aussehen mõgen - nichts aIs Sünde. Dazu LutherVlalch 3,1597

«Wo der Glaube nieht ist, so ist den Werken der Kopf ab und alleihr Leben und Gutes ist niehts, wie Paulus lehret Ram 14,23: Alles,was nieht aus oder im Glauben geschieht, das ist SÜnde.»

Dabei ist dle schaffende Kraft des Glaubens nicht von uns.Gott selbst schenkt uns die erneuernde Kraft des Heiligen Geistes,dass wir nun gute Werke ttun konnen .. Phil 2,13: "Gott ist's, derin euch wirket beide, das Wollen und das Vollbringen nach seinem

\Vohlgefallen ...hang zWischer:(ier \iVerke nc-:c:'- -=­

"Aus Gnadeno"._~hige nicht RUo'auf dass ~ichgeschaffen ir-:uns zuvor be:-2_\Verk sind \'.i:­Kraft zu gllf.='ein solehesdurch die dSlo =fbens streicht:> _~__Arbeit anlan€,2:::'Hei1igen Geio', ":-__Wirksamkeir c;,::::,;

heit des alter:.üher Paulusmeinem Fleisc:-:2V011bringendas tue ichich usw."

Wãre de;-Adam, sound willig u'.Leben langalten Mensch2:_für die \VerL: =-=_7,.C'é

dies den 3.brauch triffr .~.-=.=-

der neue l\Ier,,--"'--

ner Hand hãl.,-Zwang desfür den neu"'­Schriften

Ivlit ~'­"Stecken

Page 24: Igreja Luterana 1962 nº2

Der Christ und die Arbeit... 87

ltet, dann ist alles ver­.a kein Glaube ist, wiet das Heil uns kommenl1er aus einem l'echtenlr, wollst ihn der \Verklssatz bestehen: "Doch. die sind des Nachsten

der herrlichen Freiheitseinem 2. Kapitel gleich

'AIso auch der Glaube,selber." Dazu schreiben

.2 Konfession, Art. 20:

,ollen und müssen geschehen,'de damit zu verdienen, son-

Lob. Der Glaube ergreifet21' Sünden. Und dieweil durchoen wird, so wird auch dasDenn zuvor, dieweil es ohneclnvach; Dazu ist es ins Teu­e Natur zu viel Sünden trei­':1 Glauben nicht zu schelten»:ass sie gute vVerke verbiete:e lehre. gute \7Iferke zu tUll\Verken kOnl111enmoge. Denn'::hristo ist m.enschliche Natur.'."erke zu tun, Gott anzurufen."8.chsten zu lieben, befohlene. zu sein, bose Lüste zu meidenD10gen nicht geschehen ohne:eM: Joh. 15.5: «Ohne mich

,tfertigung und Heiligungmg. Und so sehr wir bédarauf Zu achten haben,3Sen bIeiben, SO seh1' gilt

011. dass allein der GIaube~l' die Quelle nicht ist, dabesten \Verke - so schonos aIs Sünde. Dazu Luther

\Verken der Kopf ab und alle?aulus lehret Rom 14,23: Alles.chieht, das ist Slinde.)?

GIaubens nicht von uns.h:raft des Heiligen Geistes,?hil 2,13: "Gott ist's, der

;s Vollbringen nach seinem

'Nohlgefallen." Vgl. Hebr 13,21. Diesel' unzertrennliche Zusammen­hang zwischen GIaube und vVerken wird uns nach dem Ursprungder Werke noch einmal ganz deutlich an der Stelle Eph. 2,8-10:PAus Gnaden seid ihr selig worden durch den GIauben, und dassel­hige nicht aus euch, Gottes Gnade ist es; nicht aus den WeTken,uuf dass Eich nicht jemand rühme. Denn wir sind sein \Verk,geschaffen in Christo Jesu zu guten "\\1erken, zu welchen Gottuns zuvor bereitet hat, dass wir darinnen wandeIn sol1en." - Sein\\'erk sind wir, von Gott geschaffen, voll gattlichen Lebens undKraft zu guten \Verken. Wie oft aber erweisen wir uns nicht alst:in solches \\7 erk, sondern aIs eine baufallige und brüchige Ruine,durch die der Ivloderduft eines siechen und sterbenden Glaubensle­bens streicht! Gerade auch auf den Gebieten des Lebens, die unsereArbeit anIangen. Wir Ieben nicht in der siegenden und durch denHeiligen Geist entfalteten neuen und lebendigen Wirklichkeit undVvirksamkeit des neuen Menschen, sondern unterliegen der Trãg­heit des alten Menschen, der ja unser stetiger Begleiter isto Dar­über Paulus Rom 7,18ff: "Denn ich weiss, dass in mir, das ist inmeinem Fleische, wohnet nichts Gutes. Wollen habe ich wohl, aberVollbringen das Gute finde ich nicht. Denn das Gute, das ich will,das tue ich nicht, sondem das Base, das ich nicht will, das tueich usw."

Wãre der Christ nun ohne das sündliche Fleisch und den altenAdam, so brauchte er gar kein Gesetz, weil er Gottes Willen freiund willig tun \vÜrde. Weil aber der alte Adam uns unser ganzesLeben lang begleitet, so brauchen wir auch das Gesetz, das demglten Menschen ZügeI, dem neuen Menschen aber Richtschnur istfür die Werke seiner Heiligung. Unsere Bekenntnisschriften nennenc1iesden 3. Gebrauch des Gesetzes. Das Gesetz nach seinem 3. Ge­brauch trifft den alten Menschen stets aIs zÜchtigender Zau..rn,­der neue Mensch ist dabei der, der diesen Zaum und Zügel in sei­ner Hand hãlt. Der Christ aIs neuer lVlensch bleibt dabei frei vamZwang des Gesetzes und der Gebote. Diese Freiheit vom Gesetzfür den neuen Menschen fordert Luther immer \vieder in seinenSchriften (\VA 17, I, 122 f)

«Den neuen Menschen lass nur gar unverworren mit Gesetzen; denalten treibe ohn Unterlass m.it Gesetzen und lass ihm nur keineRuhe davon; so hast du es recht und wohl gebraucht. Dem neuenMenschen ist gar nichts zu helfen mit vVerken, er muss etwasHoheres haben, namlich Christum; der ist kein Gesetz nochWerk, sondem eine Gabe und Geschenk, lauter Gnade und GüteGottes. Wenn der ins Herz durch den Glauben kommt, wel'den wirvor Gott fromm. Wenn du aber darauf geratst, dass du ein Wel'ktust, einen Orden oder Stand führest, damit vor Gott fromm zuwerden, hast du schon des rechten Brauchs des Gesetzes gefehletund Christum verleugnet ..... Da treibest du Christum aus denHerzen, da er aUein sitzen und regieren soU, und setzest das Gesetzund dein Werk an seine Statt .. ,)'

Mit dem gleichen Emst abel' dringt Luther dann auf den"Stecken und Treiber" gegenQber dem alten Menschen, Wa1ch 6,284:

Page 25: Igreja Luterana 1962 nº2

88 Der Christ und die Arbeit... ~

«Nach dem neuen Menschen ist es betrübt, die Lehre des Gesetzes zuhi:iren; aber dem groben VoIk, dem aIten Menschen, dem EseI musses geprediget werden. Nach dem Fleisch bist du in Sünden, im Todeetc. Dem Fleische so11 keine Gerechtigkeit, keine Freiheit gepre­diget, sondern der Stecken des Treibers auferIegt werden. Denn wirsollen gebessert werden, damit der Leib der Sünden aufhi:ire. Welcheskann nicht genug erinnert werden wegen der Geilheit und desMutwillens des Fleisches, welches überall nach Freiheit trachtet,da es doch notwendig dem Gesetz muss unterworfen werden. Dubist nicht frei vom Gesetz, sovieI den alten Menschen anbetrifft,welcher unter dem Stecken des Treibers sein muss, auf dass ergeti:itet werde. Aber über den neuen Menschen sol1 diesel' Steckennicht herrschen; denn diesel' ist frei, ist ein Ki:inig und Herr überdie Sünde, den Tod, den TeufeI, wie ich gesagthabe, wegen desSohnes, der uns gegeben, der die Freiheit auf seinen Schultern hat.»

(Anmerkung zum 3. Gebrauch des Gesetzes: Wir haben nachunserem Katechismus im Konfirmandenunterricht diesen dreifachenGebrauch des Gesetzes gelernt: 1. das Gesetz aIs Riegel, 2. aIsSpiegel, 3. aIs Regel. Es geht in diesem Zusammenhang unsererDarlegung um den 3. Gebrauch des Gesetzes, das Gesetz aIs Regel.Ps 119,9: "Wie wird ein Jüngling seinen Weg unstrãflich gehen?Wenn er sich hãlt nach deinen VVorten.")

Der neue Mensch kann das Gesetz anfãngIich erfüllen. Zu einerVol1kommenheit bringt er es nicht. Phil 3,12: "Nicht dass ich'sschon ergriffen habe oder schon vol1kommen sei; ich jage ihmaber nach ob ich's auch ergreifen mochte, nachdem ich von 3esuChristo ergriffen bin." Auch der gerechtfertigte Sünder muss aisder "Knecht Gottes" im neuen Gottes-Dienstverhãltnis noch immermit David beten urid bekennen, Ps 143,2: "Gehe nicht ins Gerichtmit deinem Knecht, denn vor dir ist kein Lebendiger gerecht."- Die guten Werke des glaubigen Christen bleiben noch unvoll­kommen, aber es sind gute Werke und gefallen Gott insofern aIsder glãubige Christ Gott gefallt um Jesu Christi willen. Es lieg ander Person oder dem Baum, wie Luther sagt. 1st die Person, ­ist der Baum gut, - so sind es die Früchte und Werke auch, umder gerechtfertigten Person willen sind sie Gott angenehm undgelten ihm ais gute Werke. Man vergIeiche in dem Zusammenhangunsere Konkordienformel, Artikel VI: "Vom dritten Gebrauch desGesetzes", Solida Declaratio, 16-23. - Die Bekenner der Konkor­c1ienformel haben auch hier nur von dem Reformator gelernt,Walch 19,1225:

«Darum sind diese zwei Sprüche wahr: Gute fromme Werkemachen ninLTller einen guten frommen Mann; sondern ein guterfrommer Mann macht gute fromme Werke.»

Darin liegt für Luther auch gerade der ganze Trost, WA45,671 zu 30h 15,5:

«Es ist ein machtig grosser Trost und Trotz, wenn ein Menschweiss, dass er nicht umsonst lebt unnd wirket, sondern seine Werke

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Gefahr daz::­zIalisiert,der briLc"Wort desEngel VOlT.wir euch

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Der Christ und die ArbeiL. 89

die Lehre des Gesetzes zu::Ylenschen,dem Esel mussoist du in Sünden, im Tode:eit, keine Freiheit gepre­.uferlegt werden. Denn wir~I'Sünden aufhol'e. Welches~en der Geilheit und des;11 nach Fl'eiheit trachtet,s unterworfen werden. Dualten Menschen anbetrifft,,'S sein muss, auf dass er,nschen so11 diesel' Stecken: ein Kêinig und Herr übel'h gesagthabe, wegen des. auf seinen Schultel'n hat.»

etzes: Wir haben nachTicht diesen dreifachen-setz aIs RiegeI, 2. aIs;>;usammenhang unserers, das Gesetz aIs Regel.Veg unstrãfIich gehen?

19Iich erfüllen. Zu einer3,12: "Nicht dass ich'snen sei; ich jage ihmnachdem ich von Jesu

'rtigte Sünder muss aIs;tverhãltnis noch immer'Gehe nicht ins Gerichtn Lebendiger gerecht."en bIeiben noch unvoll­tallen Gott insofern aIs'hristi willen. Es lieg ansagt. 1st die Person, ­te und 'Verke auch, umde Gott angenehm und, in dem Zusammenhang>fi dritten Gebrauch des? Bekenner der Konkor­?m Reformator geIernt,

ahI': Gute fromme WeI'ke'n Mann; sondel'n ein guter,VeI'ke.»

: der ganze Trost, WA

md Trotz, wenn ein Mensch\ wirket, sondern seine Werke

..,

Gott wohlgefallen und rechte Früchte heissen, und voI'. Grundedes Herzens kann sagen! ich bin ja auf Christum getauft, dashab ich nicht selbst erdacht noch durch meine Regel oder Men­schenwahl gemacht, sondern mein HerI' Jesus selbst, das weiss ichgewiss. Zum andern weiss ich und bekenne es, vor alieI' YVelt,dass iCh durch Gottes Gnade an den Marm glaube, und denke beiihm zu bleiben und zu lassen belde, Leib, Leben und alles, ehe lchlhn wollt verleugnen; ln so1chem Glauben stehe und lebe lch, DaI'­nach gehe lch heraus, esse und trinke, schlafe und wache, l'egiere,diene, arbeite, tue )md leide alies in dem Glauben des, darauf ichgetauft. Und weiss, dass es gute Früchte sind und Gott gefiiJlig- Denn ein solcher Mensch, was er lebt und tut, es sei grossodeI' gering und heisse wie er wolie, so slnd es eltel Früchte undkann ohn Früchte nicht 8'ein, und wird elnem solchen alies, so ertut. leicht und ohn saure Arbeit oder VerdI'uss, ist lhm nichts Z\lschwer oder zu gross, das er nicht Jeiden und tragen kêinne.»

Das ist nun der Ort, wo wir mit unserer Themafrage stehen:"Der Christ und die Arbeit unteI' dem gõttlichen Gebot". Von die­sem bestimmten theologischen Ort heI' will auch nur der zweiteTeil des Themas verstanden sein "... unteI' dem... Gebot". Es kannund darf damit nm das Gesetz aIs die Regel füI' die Heiligung desChristen gemeint sein, was nach diesem 3. Gebrauch des Gesetzesa11erdings manchen Schmerz für den "alten Esal" , den alten Adam,bedeutet, dessen Tragheit und StoI'rigkeit durch das Gebot gezü­gelt und gezahmt vveI'den sol1. Es mag verwundern, dass so vieleAusführungen dem einleitenden Teil gewidmet wurden. Es war hieraber der breite Grund zu legen, auf dem die Behandlung unseresThemas nicht Gefahr lãuft, zu einem neuen Gesetz zu werden oderdie christliche Botschaft zu einem sozialen Evangelium zu ver­fãIschen. Es ist leider SO, dass die Evangelische Kirche diesel' Ge­fahr hãufig erlegen ist und auch noch erliegt. Der Fehler liegt beieiner falschen Unterscheidung von Gesetz und Evangelium. Diesrechte Verhãltnis und die rechte Unterscheidung von Gesetz undEvangelium gilt es gerade bei unserem Thema stets im Auge zubehalten, neben dem rechten Verhãltnis von den beiden Reichen,vom Reich Gottes und dem Reich der Welt. Auf dies letzte Ver­hãltnis wird noch \veiter unten einzugehen sein.

Aus Christus ist schne11ein soziales Evangelium gemacht, aberdann haben wir Überhaupt keinen Christus mehr. Das darf unsnicht hindern, - wie es das vie11eicht gerade in unserer Ev. Luth.Freikirche getan hat und tut, - es darf uns nicht hindern, fürunsere Gemeinden und ihre Glieder ein Wo1't der Weisung in denvorliegenden Fragenbereich hineinzusprechen. Die Grenze ist dabeistets zu sehen und einzuhalten: vVe1'Ch1'istus sozialisiert - dieGefahr dazu ist wegen der Nachfrage gross, - wer Christus so­zialisiert, õkonomisiert oder politisiert, der neutralisie1't Christus,der bringt ein anderes Evangelium und steht somit unteI' dem\Vort des Apostels Paulus Gal 1,8: "Aber so auch wir oder einEngel vom Himmel euch würde Evangelium predigen anders, denn,vir euch gepredigt haben, der sei ve1'flucht." - Ein anderes, ein

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90 Der Christ und die Arbeit ...

s0ziales Evangelium, dann kónnte man für Christus ebensogutBuddha oder Konfuzius setzen. Des Mensehen Sohn ist nicht ge­kommen, um ein soziales Evangelium, ein Wirtsehaftsprogrammoder eine neue Gesellschaftsordnung zu verkündigen und zu ver­wirklichen, sondern "des Mensehen Sohnist gekommen zu suchenund selig zu maehen, was verloren ist."

Diesel' Mensehensohn verpflanzt allerdings den gefundenenSünder, den gereehtfertigten und schon seligen Christen nicht so­gleich in den Himmel, sondem er lasst ihn auf der Erde. Unserhimmlischer Beruf bringt uns keine Ferien von der Erde und derWeIt. So sagt Paulus ausdrucklich 1. Kor 7,20.24: "Ein jeglicherbleibe in dem Beruf, darin er berufen isto - Ein jeglicher, liebeErüder, worin er berufen ist, darin bleibe er bei Gott." Das gleiehesagt Paulus im ganzen Philernonbrief, wo der AposteI den durehihn in Rom bekehrten Sklaven Onesimus zu seinem Herrn PhilemonzurÜckschickt. Und Jesus selbst bittet im Hohenpriesterliehen Ge­bet Joh 17,15: "lch bitte nicht, dass du sie von der Welt nehmest."- Und wenn auch das gilt, was der HebraeI'brief uns sagt Kap.13,14: "Wir haben hieI' keine bleibende Statt, sondem die zukünftige~~uchen wir", und Kap. 11,13. die Glaubigen bekennen, dass sie"Gaste und Fremdlinge avi Erden waren", so ist damit doch nochlange nicht gesagt, dass ,vir Christen uns in der Urlaubsstimmungeines Ferien-Gastes \veltfremd auf diesel' Erde benehmen düI'fen.Der Christ bleibt stets Bürger in zwei Reichen, und zwar mit vollemBüI'geI'reeht im Reich Gottes und mit vollem Bürgerreeht und Bür­gerpflicht im Reich der Welt... Allerdings hat die Bürgerschaft desChristen im Reich der Welt durch seine Bürgerschaft im ReichGottes eine ganz neue, ja ihre entseheidende Dimension und Bestim­mungen bekommen: "Unser \Vandel aber, d. h. unsere Bürger­schaft ist im Himmel, von dannen wir auch warten des HeilandesJesu Chl'isti, des Herm." (Phil. 3,20). Diesel' Wandel im Himmelso11sich dann abeI' eben in unserem Wandel auf Erden bestatigenund erweisen. ln das getroste Warten auf den wiederkommendenHerrn Jesus Christus ist unser ganzes Leben und Handeln, und soauch unsel'e Arbeit hineingenommen und wird von diesem Wartenbestimmt. Weil wir aber in diesemWartestand die feste Gewissheitder Vergebung der Sünden und der Seligkeit sowie die gewisseHoffnung des ewigen Lebens haben, darum darf und sollte unserLeben mit allem Tun und Arbeiten immer bestimmt sein durch diegrosse Doxologie: "Dem aber, der übersehwenglieh tun kann überalles, was wir bitten oder verstehen, naeh der Kraft, die da in unswirket, dem sei Ehre in der Gemeinde, die in Christo Jesu ist, zuanel' Zeit, von Ewigkeit zu Ewigkeit. Amen." (Eph 3,20f) Ja, daist unsere Arbeit selbst Dankopfer und Lobgesang, womit wirGott preisen und rühmen.

(Fortsetzung folgt)

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VIas ist zulassige Kirchengemeinschaft? 91

jr Christus ebensogutlen Sohn ist nicht ge­

Wirtschaftsprogrammckündigen und zu ver­e gekommen zu suchen

dings den gefundenen.gen Christen nicht so­Cl auf der Erde. Unservon der Erde und der7,20.24: "Ein jeglicher- Ein jeglicher, liebe, bei Gott." Das gleicheder AposteI den durchseinem Herrn Philemon-iohenpriesterlichen Ge­\'on der Welt nehmest."·ãerbriefuns sagt Kap., sondem die zukünftige;en bekennen, dass sieso ist damit doch noch

11 der UrIaubsstimmungE:rde benehmen dürfen.?TI, und zwar mit vollemn Bürgerrecht und Bür­at die Bürgerschaft desBürgerschaft im ReichDimension und Bestim-

>, d. h. unsere Bürger­11 warten des Heilandesser Wandel im Himmelel auf Erden bestãtigen

den wiederkommenden~11und HandeIn, und so'ird von diesem Wartenmd die feste Gewissheit'keit sowie die gewisse11 darf und sollte unserbestimmt sein dureh dieiVenglieh tun kann über'ler Kraft, die da in uns

in Christo Jesu ist, zu,n." (Eph 3,20f) Ja, daLobgesang, womit wir

Was ist zulassige Kirchengemeinschaft im Sinnevon Kanzel- und Abendlnahlsgemeinschaft?(Stellungnahme des Synodalausschusses der Freien El'. Luth.

Synodein Südafrika) *)

Die Stellung einer Iutherisehen Kirehe muss gegründet seinauf Aussagen des Neuen Testaments (NT) und der LutherisehenBekenntnissehriften (LB). Um die Frage naeh zulãssiger Kirehen­gemeinschaft beantworten zukünnen, müssen wir auf die Aussa­gen des NT und der LB horen, sÍe auf unsere kirchliche Lageanwenden und dazu die Folgen für unser kirchliches HandeIn ziehen.

I. Welche Aussagen des NT sind eníscheidend für die Beantwortungder Frage nach zulassiger Kirchengemeinschaft?

a) Das NT Iehrt, dass jeder, der getauft wird, in den LeibChristi, d. h. in die ehristliehe Kirehe hineingetauft, bezW. «hinzu­getan» wird; (1. Kor. 12, 13; Apg. 2,41)

b) ..., dass jeder, der das Heilige Abendmahl empfangí, immerwieder aufs Neue der Gemeinschaft des Leibes Christi teilhaftig\vird; (1. Kor. lO,16f.)

e) ..., dass jeder, der das recht verkündigte Wort Gottes imGlauben hort und annimmt, sowohl in die Gemeinschaft des LeibesChristi hineinversetzt wird, aIs aueh in diesel' Gemeinsehaft erhaltenbIeibt (Joh. 5,24; 8,31; 8,51; Phil. 1,5; Eph. 3,17).

1. Diese Aussagen des NT lehren uns, dass der Vollzug und dieglãubige Annahme von Wort und Sakrament uns i m m e r nicht nurin die volle Gemeinsehaft des Leibes Christi, sondem· auch in dievolle Gemeinsehaft d e r Kirehe hineinversetzt, in der wir am Wortund Sakrament teilhaben oder sie verwalten.

2. Das NT wamt uns deshaIb immer wieder vor falscher Lehre,die ja aueh gerade falschen Gnadenmittelvollzug in sich schliesst. Fal­sehe Lehre und faIscher Vollzug der Gnadenmittel gefãhrdet die Ein­verleibung in den Leib Christi, und das NT ruft uns deshalb zurTrennung auf (Rom. 16,17; 2. Kor. 11,3ff.; 1. Tim. 6,3ff.; Gal. 1,6ff.;Hebr. 13,9).

3. Dagegen ruft uns das NT auf, wahre Einigkeit im Geist zusuehen. Diese wahre Einigkeit im Geist besteht in der g 1e i e h e n

'") Die «Freie Ev. Luth. Synode in Südafrika» steht in Bekenntnisgemein­schaft mit allen Kirchen. die mit der Missouri-Synode verbunden sind. Die vor­liegende «Stellungnahme» wurde notwendig wegen der Vereinigungsverhandlun­gen unteI' lutherischen und evangelischeri Kirchen Südafrikas, namentlich auch·nÜt der lutherische,n Kirche Südafrikas, die mit der Hermannsburger Missioneng verbunden ist, und die einer Vereinigung mit unionistischen Kirchenkorpernnicht unbedingt abgeneigt isto (H. R.)

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92 Was ist zuJassige Kirchengemeinschaft? ----------.;~;Lehre und dem g 1e i c h e n Vollzug der Gnadenmittel (Eph. 4,3;2. Tim. 3,14f.; Hebr. 10,23).

H. Welche Aussagen der LB sind entscheidend für die Beantwortungder Frage nach zuIassiger Abendmahlsgemeinschaft?

a) ReineI' und schriftgemãsser Gnadenmittelvollzug begründendie Kirche «constituentes ecclesiae}), Conf. Augustana V) .

b) ReineI' und schriftgemãsser Gnadenmittelvollzug machen diewahre Kirche erkennbar im Gegenzatz zu falschlehrenden KiI'chen(<<confinientes ecciesiae}) (CA VII; vergl. Apol. zu CA VII. VIII;Müller 154).

1. Aus den Aussagen der LB wird deutlich, dass sie sich mitdenen des NT über die Eingliederung in den Leib ChI'isti decken.Wo die LB von dem Wesen der Kirche reden, legen sie allen Nach­druck darauf, dass man nnr am rechten und schriftgemãssen Gna­denmittelvollzug erkennen kann, wo wahre Kirche isto

2. Die LB betonen, dass die schriftgemãss und recht vollzogenenGnadenmittel nicht nm Kennzeichen der rechten Kirche, sondem auchdie l\iIittel sind, durch die wir dem Leibe ChI'isti einverleibt, aiso Glie­der der Kirche weI'den.

3. Die LB nehmen abeI' auch die vielen Warnungen des NTauf und legen grossen Nachdruck auf reinen und schriftgemassenGnadenmittelvollzug. Sie Betonen in ihren Antithesen und Verwerfun­gen nachdri.kklich die Notwendigkeit der Abwehr falscher Lehrennd fordern Trennung und Scheidung von ihr (vgl. Thesen undAntithesen der FC: Müller, S. 519ff.; S. 572,14).

4. Besonders zu beachten ist die s e eIs o r g e r 1i c h eVer a n t w o r t u n g, aus der die LB sowohI die Verwerfungenaussprechen, ais auch sie den Jetztlebenden und ihren Nachkommenbestimmen und bezeugen (MUller S. 572,16), Wichtig ist in diesemZusammenhang auch, was die CA am Schluss des ersten Teiles inbezug auf den Bekenntnisstand der Kirche sagt: «... wie wir dennunsere eigenen Seelen und Gewissen je nicht gern wollten füI' Gottmit Missbrauch gottlichen Namens oder Wartes in die hochste,grosste Gefahr setzen oder auf unsere Kinder und Nachkommeneine andere Lehre, denn so dem reinen gottlichen Wort und christ­licherWahrheit gemass fã11en oder erben.»

IH. Welche theologisch-kirchliche FoIgerungen ziehen wir aus deuAussagen des NT und der LB?

1. Wir sind davon überzeugt, dass weder das NT noch die LBirgendeinen Anhaltspunkt geben für die Unterscheidung zwischenvoller Kirchengemeinschaft im Sinne von Kanzel- und Abendmahls­gemeinschaft und einer «kirchlichen Gemeinschaft», die von karita­tiven Hilfeleistungen bis hin zur geleger:lt1ichen Sakramentsgemein­schaft reichen sol1, mit einer Kirche, der man aus Bekenntnisgrün-

den die 1.-;~~:~die LB 1a",-2'-:­

in einem E: c­

nicht meh:odeI' zubringt uns ~_­Wir korIen ­rnittelvüllr-,~ "chengernelT;<t~,,:=

2. \Vildie eine _und bedinSêdurch eLe«rem unoKirchenk0,,~_lich ode1'einhellJg

\Virunsere Y'Õ'_

des Kirche~-~'--:rechts ir:lium rem ~-:-_gelü gereL::~,­der L1.JthEr~:'_:-~'~=die Grenz:::­tragt, lieg'Õ'L :.ger oaer g"_Einzelgen,,,,:,"-,,fãIlen. Eh'"müssen ineiner sO]c'he,-das NT '-'r.~fordern. nu,der SUbje-"••: _dern den 12TO."

Kirche

3. Desind und ScT"-'::

auch mitnicht vonein amtlkZ-:2::dern obgemeip..5C'h2f,gen, die "ir" :2.'-"-= -"---_

chengemeiL'C-h'"c"~

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chaft ? Was ist zuHissige Kirchengemeinschaft? 93

ladenmittel (Eph. 4,3;

d für die Beantwortungmeinschaft?

:Üttelvollzug begrÜnden19ustanaV) .itteIvollzug machen die3.lschIehrenden KirchenI..pol.zu CA VII. VIII;

tlich, dass sie sich mitn Leib Christi decken.1, legen sie allen Nach­:1. schriftgemãssen Gna­Cirche istos und recht vollzogenenen Kirche, sondern auch;;:ti einverIeibt, also Glie-

2n Warnungen des NT211 und schriftgemassentithesen und Verwerfun­Abwehr falscher Lehre

ihr (vgl. Thesen und572,14) .

seelsorgerliche\\'ohl die Verwerfungenund ihren Nachkommeni. Wichtig ist in diesemuss des ersten Teiles insagt: «c •• wie wir denn

1t gern wollten für GattVlortes in die hochste,lnder und Nachkommentlichen Wort und christ-

ngen ziehen wir aus deu

:ler das NT noch die LBünterscheidung zwischen(anzel- und Abendmahls­nschaft», die von karita­chen Sakramentsgemein­nan aus BekenntnisgrÜn-

den die volle Kirchengemeinschaft versagen muss. Das NT unddie LB Iassen keine Moglichkeit offen, geIegentlich oder gastweisein einem Kirchenkorper, in dem der rechte GnadenmitteIvollzugnicht mehr voll gewãhrleistet ist, die Gnadenmittel zu verwaltenoder zu empfangen. Auch der gelegentliche GnadenmitteIvollzugbringt uns in volle Kirchengemeinschaft mit diesem Kirchenkorper.Wir k6nnen nicht geIegentlich oder ausnahmsweise am Gnaden­mitteIvollzug einer faIschIehrenden Kirche teilhaoen, ohne volle Kir­chengemeinschaft mit diesel' Kirche aufnehmen zu wollen.

2. Wir k6nnen auch keine Gnadenmittelgemeinschaft gutheissen,die eine Kirche mit Einzelgemeinden aufrichtet, in denen zeitweiligund bedingt durch den guten Bekenntnisstand des Amtstragers oderdurch eine gute Bekenntnistradition das von den LB geforderte«rein und lauter» vorhanden ist, die aber ihrerseits ei;nem solchenKirchenk6rper einverIeibt sind, dessen Kirchenregiment,· sei es recht­lich oder praktisch, das «rein und lauter» von CA VII nicht mehreinhellig in Wort und Sakrament vollzieht.

Wir müssen den Vorwurf entschieden ablehnen, dass dieseunsere Stellung durch eine Überbetonung oder ialsche Pravalenzdes Kirchenrechts bestimmt isto Es ist eine Funktion des Kirchen­rechts in der Lutherischen Kirche mitzuhelfen, dass das Evange­lium rein gepredigt und die heiligen Sakramente laut des Evan­gelii gereicht werden. Es ist Aufgabe des Kirchenrechts, dem Gliedder Lutherischen Kirche erkennbar und deutlich zu machen, wodie Grenzen der Kirche, die die in CA VII genannten Kennzeichentragt, liegen. Es ist illusorisch und absurd, dem einzelnen Amtstra­ger oder gar dem Gemeindeglied zuzumuten, ein Urteil über eineEinzelgemeinde, ihren Amtstrager und ihren Bekenntnisstand zufãllen. Eine solche Praxis üffnet der Willkür Tor und Tür. WirmÜssen in diesel' Hinsicht wirklich nüchtern sein und die Folgeneiner solchen Praxis ganz deutlich sehen.Wir künnen das, wasdas NT und die LB in bezug auf zulãssige Kirchengemeinschaftfordern, nur da rechtmãssig vollziehen, wo wir uns nicht von dender Subjektivitãt unterworfenen GefühIsurteilen Ieiten Iassen, son­dern den tatsãchlichen und rechtlich gültigen Bekenntnisstand einerKirche beachten und demgema.ss handeln.

3. Da allein Wortund Sakrament für die Kirche konstitutivsind und sowohl in die Gemeinschaft mit dem Herrn Christus aIsauch mit den andern Gliedern der Kirche bringen, darum ist esnicht von entscheidender Bedeutung, 00 Kirchengemeinschaft durchein amtliches Dokument aufgerichtet worden ist oder nicht, son­dern ob Kirchengemeinschaft im Sinne von Kanzel- und Abendmahls­gemeinschaft wirklich durchgeführt wird. Gemass den Folgerun­gen, die wir aus dem NT und den LB ziehen müssen, ist es Kir­chengemeinschaft im vollsten Sinne des Worts, wenn wir .gelegent-

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94 Milagres: Sinais: Prodígios

lich oder gastweise die GnadenmitteI in einer anderen Kirche ver­walten oder empfangen. Auch diese GnadenmitteIgemeinschaft darfnur d e n Kirchen zugestanden werden, die mit der eigenen KirchesowohI dem Rechte nach aIs auch in der Praxis in voller Bekenntnis­gemeinschaft stehen.

Milagres: Sinais: ProdígiosElmer Flor

Que é milagre?"Ein 'iVunder wird der Mensch empfangen und gezeugt;Ein Wunder lebt er, wird geboren und gesaugt;Ein Wunder wachst er foli: und sieht und fühlt sein \Vunder;Ein Wunder, dass er denkt, und was er denkt, ein Wunder.Ein Wunder steht er da in aller YV'under Mitte,Und Wunder gehn ihm vor und na.ch auf Tritt und Schritte.An\Vunder wird er so allmãhlig unwillkürlichGewohnet, dass sie ihm erscheinen ganz natürllch.Und wunderbar erscheint ihm Ungewohntes nur.Der unverwundert sieht das vVunder der Natur." IF. Rückert)

"Vinde, e vêde as obras de Deus: tremendos feitos para com os filhos doshomens!" (SI 66.5) Tudo que nos cerca é um grande milagre. A obra daCriação. tão magnificamente estruturada, sustentada e conservada, é por sium empreendimento sumamente incompreensível. Se logo mais definirmos mi­lagre, e falarmos de "curso da natureza", devemos encarar esta mesma na­tureza já "a priori" como um grandioso milagre. Agostinho completa esta.idéia, afirmando que "maior é o milagre de nascerem diàriamente tantos sê­res que até então não existiam. que o de ressuscitarem da morte uns poucosque antes existiram."

Muitas são as definições que encontramos para elucidar o vasto pro­blema.' Tôdas se reduzem, pouco mais ou menos, aos seguintes conceitos (ecle­siásticos): ~ São obras divinas efetuadas por intervenção direta de Deusno curso das leis naturais, por êle próprio estabelecidas. (Th. Claus) - Dá-seLlm milagre quando Deus ou pelo uso de meios ou ultrapassando-os, ou vindoao encontro da natureza dos meios, ou, o que redunda no mesmo, quandoopera fora ou além da ordem por êle estabelecida. (Quensted) - Baier acres­centa o elemento: "inteiramente e apenas podem ser apresentados pelo poderde Deus." Cientificamente, não é necessária uma anulação das leis naturais,mas uma suspensão delas. Voltaremos a falar no têrmo mais adiante.

Como os diciónários definem -

MILAGRE - (miraculum, miracle, Wunder, teras) - Primeiro senti­do: sucesso que não se explica por causas naturais. Caso extraordinário, cuja,O1igem ainda que não sobrenatural. é difícil de se explicar. Sentido secun-

dário: esfôrç::deza e peU:2~:c~,~sagacidade edo natural.

SINALsentido:

parece sobrer_,,-'com o fato:'" :~não os adr.n.i t. ~ :::-..

em "Quem r-::<:~PORTL':~ .

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nifestaçã(, .~.Jonas o ic·,pos" ­sinais" '~::õ:;-:~gc do 1'\. T :"'­portuguê",. ~,'e-=-,,-,c:-'

chen) , SITx'batólio ; 2.."."-,,

Page 32: Igreja Luterana 1962 nº2

Milagres: Sinais: Prodigios 95

anderen Kirche ver­ttelgemeinschaft darft der eigenen Kirchein voller Bekenntnis-

odígiosEImer Flor

l gezeugt;

ühlt sein Wunder;ein Wunder.

~te.und Schritte.

x1ich.

11',

c." (F. Rückert)

para com os filhos dosnde milagre. A obra daL e conservada, é por silogo mais definirmos mi­encarar esta mesma na­Agostinho completa estam diàriamente tantos sê­'em da morte uns poucos

1'a elucid",r o vasto pro­seguintes conceitos (ecle­ervenção direta de DeusIas. (Th. Claus) - Dá-seütrapassando-os, ou vindoiunda no mesmo, quando~uensted) - Baier acres­l' apresentados pelo poderrmlação das leis naturais,ermo mais adiante.

t8ms) - Primeiro senti­Caso extraordinário, cuja

, explicar. Sentido secun-

dário: esfôrço extraordinário e sôbre-humano; coisa admirável por sua gran­deza e perfeição, Fazer milagres: exercer certos misteres com suma perícia,sagacidade e penetração, q1Mlse além do natural. (No sentido próprio é alémdo naturaL)

SIN AL (signum. sign, Zeichen, semeion), também typos. Primeirosentido: manifestação, prova, marca. Depois. qualquer fenômeno aparente.

PRODíGIO ---- (prodigium) ~ Milagre, portento, assombro. Coisa queparece sobrenaturaL (Quer-me parecer que os enciclopedistas ou não deramcQm o fato de haver milagres e prodígios em sentido absoluto e perfeito, ounão os admitem como tais. Discordamos dêles, baseados no que iremos exporem "Quem pode fazer milagres ?")

PORTENTO - (portentum, mighty works, poder) - Prodígio, (mara­vilha). coisa rara, singular, extraordinária, insólita. Insinue ênfase de expres­são.

PODER, "OBRAS" -- (dynamis, erga) - É a causa eficiente dos mi­lagres.

MARAVILHA (mirabilia, wonder, thanmásion, parádo.TfJ, - coisas ines­peradas). ,-, É o resultado do milagre, efeito subjetivo no objeto ou nos assis­tentes.

MISTÉRIO - Conceito próprio: verdades da religião, impenetráveis pe­Ja razão, Sentido secundário: qualidade oculta e desconhecida. ato inexplicável.

Os têrmos que a Bíblia usa

SINAL ~ Evidentemente o têrmo mais vêzes empregado no N. '1'. pelooriginal grego, é semeion, e em conseqüência a tradução portuguêsa traz "si­nal". Três palavras aparentadas descrevem o quadro completo do milagrenôvo-testamentário, num plano superior: tem.'!, dyna.mis, 8emeion (cf. Ro­bertson, Gram. N. T. 176).

Em língua portuguêsa, como ficou exposto nas definições que entece,demo a palavra 8inal tem um primeiro sentido muito menos próprio e demenOl' fôrça de expressão, além de exprimir apenas uma faceta de menorimportância da imponencia de um têrmo como prod'íg'ío, portento, ou mila.gre.Yerdade é que êste último é por demais geral, abrange muitos sentidos, masnão obstante, se insistir no seu sentido absoluto, milagre coincide com Oni­potência. divina.

O têrmo sinal, de tantos sentidos em que é empregado na revisão, per­deu, a meu ver, sua fôrça intrinseca para dar a idéia da magnificêncía de ummilagre de Cristo. Vejamos alguns dos muitos sentidos de semeion no N. T.:"Isto vos servirá de sinal" (dado, pista - Lc 2.12); o "sinal de Jonas" (ma­nifestação da verdade. exemplo - Mt 12.39,40) - advertência: assim comoJonas o foi aos ninivitas. Jesus aos israelítas; "discernir os sinais dos tem­pos" -. (sentido próprio, Mt 16.13); e enfim "deu Jesus princípio aos seussinais" (milagres, 30 2.11). Em todos êsses casos temos semeion, que no gre­go do N. '1'. tem uma semântica muito mais expressiva que sinal a tem emportuguês. Vemos definido semeion (SchenkI) como sinal distintivo {Kennzei,chen) , sinal verossímil (Wahrzeichen), testemunho (Zeugnis), sinal compro­batório (Beweis). A mesma fôrça de expressão de semeion viria expressa em

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96 Milagres: Sinais: Prodígios

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português, se se aClrescentassem tais adjetivos ao têrmo sinal, conforme ocaso. O simples sinal não apresenta tôdas essas nuances do pensamento gre­go, nem as mesmas figuras de sentido. Em português o têrmo atrofiou-se,não corresponde aos fortes significados de semeion. (Um Nicodemos bem por­tuguês antes diria (Jo 3.2) : Ninguém pode fazer êsses estrondosos portentos ...)

Assim que em certos casos que a tradução atual, usando "sinal", nãodiz o que poderia expressar se usasse um adjetivo como os acima mencionados,ou se encontrasse um têrmo que expresse o sentido restrito que tem o. origi­nal em alguns casos. Ora, quanto mais numerosos forem os sentidos de umar.alavra empregada num trecho por diversas vêzes, tanto menos essa palavrame diz. E o caso de sinal. Notemos ainda que é usada em português até ondenão temos o se?neion grego, o que torna tanto menos próprio o seu uso. "Fize­ram sinais aos companheiros do outro barco ..." (Lc 5.7) ~ neuó, winkên, ace­nar) "Se (Tomé) eu não vir nas mãos o sinal dos cravos ..." (30 20.25 ­typos, marca, golpe).

Creio, portanto. que é até de certo modo perigoso usar-se sinal para ex­pressar a "fôrça miraculosa divina", pois a verdade escrituristica pode seratacada e negada à base do sentido lingüístico que, conforme expusemos,nada diz em primeira linha com respeito a milagres, e inda menos com refe­rência a milagres divinos,

MILAGRE ~ PRODíGIO - (tevlls, dynamis) são dois têrmos querealmente atingem o ponto central do problema com mais propriedade. Terast.em o sentido primeiro de real milagre, e pode ser diretamente aplicado aDeus com a restrição "no sentido absoluto", porque a palavrá tem largo usoí não absoluto) em outros grandes acontecimentos.

Dyna"mis apresenta o milagre do ponto de vista da causa: fôrça (divina).

MARAVILHA - (tha'umásion) tem sentido subjetivo: apresenta o mi­lagre do ponto de vista do efeito que produz nos expectadores. Parádo;1;a.

igualmente, em face do inesperado que proporciona o milagre. (Thaumwnão usado no N. T. mas pelos pais gregos, tem sentido semelhante).

Os outros têrmos, FôRÇA, PODER, OBRAS, são menos usados, esó em conexão direta com o milagre têm o mesmo sentido.

A passagem de Mc 2.12 (cura do paralitico) foL portanto, um mila­.ore (cura inexplicá vel por leis naturais); foi um sinal (de que aquêle teurgoera Filho de Deus); foi um portento, ou poder (a cura foi uma conseqüên­cia do poder divino em Jesus); foi uma maravilha. ( os homens que virama cura, exclamaram: Jamais vimos coisa assim!).

E se a tradução em Jo 4.48 diferencia entre sinais e prodígios (mila­gres) - semeia kai téveita., deveria ela diferencíar em outros casos si'nalde milagre, como em 30 2.11 e 3.2, onde com evidência se fala em portentodivino.

A possibilidade de milagres

«Seria horrível' se nunla dogmática primeiramente tivesse de ser pro"vado que milagres são possíveis!" (Walther) Conquanto que a possibilidade

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Milagres: Sinais: Prodígios 97

têrmo sinal, conforme onces do pensamento gre­-,lês o têrmo atrofiou-se.Um Nicodemos bem por­, estrondosos portentos ...):ual, usando "sinal", nãono os acíma mencionados,restrito que tem o, ongl­orem os sentidos de umatanto menos essa palavraia em português até onde

próprio o seu uso. "Fize­5.7) - neuó, winken, ace­)s cravos ..." (Jo 20.25 -'

050 usar-se sinal para ex­de escriturística pode serlue. conforme expusemos.s. e inda menos com refe-

\ - são dois têrmos que11 mais propriedade. Teraser diretamente aplicado a, a palavra tem largo uso

i da causa: fôrça (divina).

subjetivo: apresenta o mi­expectadores. Parádoxaia o milagre. (Thaumw ­entido semelhante).:"'S, são menos usados. e;fiO sentido.); foi, portanto, um mUa­,inaZ (de que aquêle teurgoa cura foi uma conseqüên­1 (1 ( os homens que viramI.e sinais e prodígios (mila­:,iar em outros casos si.nal[dência se fala em portento

amente tivesse de ser pro­nquanto que a possibilidade

de se realizarem milagres tenha já sido atacada pelos faríseus, saduceus edoutôres da lei, e mais tarde pelo racionalismo, materialismo, e ateísmomodernos, continua firme e de pé ° testemunho da História, e, acima detudo, o relato das Sagradas Escrituras. Além disso, para combater os opo­sitores com suas próplias armas, afirmou destacado cientísta: No âmago danatureza não penetra espírito criado! E Brockhaus: Onde impera o mila­gre, cessa a ciência,

Quem pode fazer milagres?

Só Deus pode operar milagres em sentido absoluto. Diz o SI 72.18:Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só êle opera prodígios.E ainda o SI 136.4: "Ao único que opera grandes maravilhas.» Em sentidorelativo, outros grandes da fé fizeram milagres, como vemos por êsse es­C!uema:

MILAGRES(Sentido Próprio;imedicdos - diretamente efetuados por Deus (Jesus)

Dilúvio. BabeI, Mar. Vermelho ...rnediatosp01' anjos (Dn 6.22; Jo 5.4)por hotnensp. profetas (lVIoisés. Elias)p. apóstolosp. verdadeiros crentes

Além do sentido próprio, o têrmo, como é usado, oferece a possibili­dade de outros assim chamados milagres, mas que não passam de apenastentativas, ou que são imprõpriamente chamados pelo povo dessa maneira.Temos

MILAGRES\ Sentido impróprio)permitidos p. Deus \Dt 13.3 -~ "vos prova"; Jo 1. 12)tolerados p. Deus (Êx 7.22)condenados p. Deus (lI Ts 2.8: O Senhor Jesus o matará ...)

Afirmado que foi que só Deus é quem pode fazer milagres, devemospyovar que mesmo os anjos não o podem. Êles são espíritos poderosos, minis­tros de Deus, que fazem a sua vontade (SI 103.21). Se tomarmos o Si 136.4,podemos fazer diferença entre "mirabilia magna" (para o que anseio porencontrar um têrmo adequado em português: maravilhas de magnitude di­vina) - realizáveis apenas por Deus, - e "mirabilia parva", que não dei­xam de ser maravilhas, e realizáveis pelos anjos, diabo e seus instrumentos."Há mirabilia parva que o diabo e seus instrumentos podem fazer; mas quan­do se trata de mirabilia magna, que por sua magnitude coincidem com a na­tureza de um milagre, com o seu poder intrínseco, só Deus pode realizá-Ios,Donne).

Se. em Ap 13.13 as obras satánicas são taxadas de "grandes sinais", são­-110 aos olhos de seus adeptos, mas não em realidade perante Deus.

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Milagres: Sinais: Prodígios

"Deus reservou para si mesmo o poder de milagres, como prerrogativasua; porque o demônio não faz milagres; êle e seus instrumentos, o que po­dem fazer é apressar a natureza, impedi-Ia, antecipá-Ia, ou adiá-Ia, fazer comque coisas se dêem com prioridade, ou retardá-Ias; e seja qual fôr a ma­neira pela qual pretendem obstacularizar a natureza, não será sôbre a na­tureza. Os feitos de Satanás e seus profetas (Anticristo, II Ts 2) não sãomeros truques ou imposturas. Vêm cercados de "todo o poder e sinais e pro­dígios da mentira". Mas é aí que está o "punctum quaestionis": são da menU­Te!) segundo a eficácia de Satanás, e esta é controlada por Deus, conforme jáexpusemos. Acham-se em esfera rigidamente definida e cercada pela pala­vra de Deus!

A relação entre milagres mediatos e imediatos - Diferença dos milagresde Jesus com os dentais.

Para estudarmos êste aspecto, torna-se necessário estabelecer o propó­sito dos milagl'e8. Antes de tudo, revela de maneira enfática e real o poderde Deus. Os sinais e milagres de Jesus tiveram os seguintes propósitos prin­cipais: a) Assinalar sua procedência e autoridade divinas; b) Manifestar asua glória e a de seu Pai; c) Confirmar sua palavra; d) Firmar a fé dos fracos;e) Praticar atos de amor. Ademais, eram planejados, e não libertavam o lio­rnem dos efeitos do pecado e de sua condição de pecador.

Partindo-se do estabelecido, podemos dizer que milagres mediatos po­dem ser efetuados também por homens, mas que sempre persiste uma dis­tinção efetiva. A semelhança é apenas a causalidade divina. reconhecida pe­los próprios adversários de Cristo, em Jo 9.33: "Se êste homem não fôssede Deus, nada poderia ter feito", ou a afirmação de Nicodemos (Jo 3.2):<~Ninguém pode fazer êstes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com êle.>'A distinção evidente, portanto, é que os instrumentos de Deus ( anjos. homenscrentes, como os apóstolos e Estêvão) sempre apontam para a autoridade di­vina, que por êles opera; manifestam não a própria glória, mas a de Deus;confirmam a palavra divina. Êles, ainda, se credenciam como enviados porDeus, e confirmam a veracidade da sua doutrina. Isso é o que a Biblia sem­pre tem presente ao relatar qualquer milagre extra-divino, divino-mediato.

A atualidade dos milagres

Tantos taumaturgos têm surgido na época pós-bíblica, até aos nossosdias, que se torna necessário discorrer sôbre a. duração do dom de milagres.

Jesus, entre outros, conferiu êsse dom "aos que crêem" (Mc 16.17).Em 1 Co 12.10 são citados os diversos dons espirituais que Deus conferiu,corpõreamente, apenas à igreja apostólica, mas que não se verificaram maisdepois, ao menos não mais durante muito tempo e com tanta evidência. Pelotestemunho dos pais da igreja podemos estabelecer a queda de Jerusalém(70 A. D.) e a conseqüente diáspora como encerramento da época áurea dosmilagres. Até ao séc. III, Justino Mártir, Irineu e Origenes ainda encontra­ram pistas de poderes miraculosos. Já Agostinho e Crisóstomo não encontra­ram tais vestígios.

Figuraram-se os milagres da primeira igreja como "andaimes para aconstrução do edifício da igreja" (Th. Claus), ou ainda como "crepúsculo (pôr

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Milagres: Sinais: Prodígios 99

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com tanta evidência. Pelo'1' a queda de .Jerusalémnento da época áurea dosOrígenes ainda encontra-Crisóstomo não encontra-

como "andaimes para aida como "crepúsculo (pôr

do sol) da estada de Cristo na terra (Tholuck), ou "miracles are the swaddl­ing clothes of the infant church" (FuHer). Quando devia firmar-se a igre­ja do A. T. (Egito, deserto. Canaã), aconteceram milagres imediatos, (quedepois cessaram por longo tempo até aos profetas) quando os milagres tive­l'am por finalidade "para que os povos vejam que Deus está com seu povoe batalha por êle."

Concordes com Gregório, afirmamos; A santa igreja faz hoje espiritual­mente o que então se fazia pelos apóstolos corporalmente. Isto porque hojetemos uma base sólida em que basear a nossa fé, a Palavra de Deus. O re­forço de crença da primeira igreja eram os milagres, de maneira enfática.

Há os que interpretam os "sinais que hão de acompanhar aquêles quecrêem." (Mc 16.17) em sentido espiritual. Expulsar o pecado de alguém émaior obra do que o exorcismo. Falar novas linguas acontece pelo nôvohomem. Se não damos vazão à ira, evitamos o veneno das serpentes. Outrosainda querem afirmar que a faculdade de milagres foi dada por .Jesus nesseversículo sômente aos doze e aos setenta. que estavam presentes. Não. Nemuma nem outra explicação são corretas. A concessão foi geral. Aqueles quecrêem. Até ao fim do mundo. Qualquer cristão, desde que tenha a fé verda­deira, tem o poder latente de pl'aticar sinais, potencialmente. Confirma-o .Jo14.12 - "aquêle que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e ou­tras maiores fará ...".

Isto. porém. nào quer dizer que o cristão precise fazê-Ios. Os sinais nãop; eC'isurão ser realizados, mas hão de acompanhar pCírakolovithesai - immer:<n1' Seite sein. Os apóstolos não fizeram abuso dêsse dom, e nem Jesus ofêz. Não temos necessidade de milagres, Inas se· houvesse, e se se quer atribulare derrotar o evangelho. diz Lutero, teríamos que nos perfilar, e fazer sinais,antes que o evangelho nos seja arrebatado, e dominado. O poder em questãoé antes de tudo luna fÔl'ça estática; latente dentro de cada crente. que não serevela sem a vonta.de de Deus.

A teurgia fanática e desenfreada que inunda a igreja de tempos em tem­pos procura "enganar. se possível, os próprios eleitos" (Mt 24.24). Que dizerportanto de um taumaturgo que se apresenta com muitos sinais e milagres?Devemos examinar o caso detidamente. Concordamos com a possibilidade deo legislador divino intervir nas leis naturais ainda hoje, por meio de verda­<1eiroscrentes.Êle é todo-poderoso. e ainda pf)(ie, como no caso de .Jonas, criarum peixe capaz de engulir um homem. Ê, no entanto, certo, que milagres nãol,odem produzir a fé. 11::Deus quem o faz pelos meios por êle estabelecidos.Também não se deve confundir fé com poder de milagres.

Quando nos defrontarmos com qualquer milagre, devemos sempre e se­guramente aplicar o critério das conseqüênC'ias dogmáticas) isto é, procu­rar ver que ensinamentos êste ou aquêle milagre nos insinua. Ou é prove­njente de Deus, e confirma a sua Palavra. Ou vem do diabo, e confirma a"operação do êrro" (2 Ts 2).

A dificuldade está justamente nesta distinção, que é de vida ou mortena teurgia. Nem sempre podemos afirmar contra os milagreiros que ou suaatividade é burla, fraude, ou são fenômenos naturalmente explicáveis, ou ape­llas curas de ordem funcional, eliminável temporàriamente, ou é uma reg-res­são espontânea do mal, ou por simples sugestão. Os que pedem sinais, ou se

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100 Milagres: Sinais: Prodígios-~

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fiam nêles, tentam a Deus, e Deus prova os homens, mandando-Ihes a "opera­ção do êrro". Deus mesmo deu-nos um critério seguro em Dt 13.1ss: Quandoum profeta ou sonhador se levantar no meío de ti, e te anunciar um sinal ouprodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, e dis­ser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-Ios, não ouvi­rás as palavras dêsse profeta ou sonhador; porquanto o Senhor vosso Deusvos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração,e de tôda a vossa alma."

Segundo essa passagem, a conseqüência dogmática do milagre pelo pro­feta em questão é clara: desviar o povo de Deus. Os milagres que efetuar,fá-Ios como instrumento do Tentador, permitidos por Deus apenas para pro­var o povo.

Se um taumaturgo qualquer prega o nome de Jesus, como Salvador,ainda que o faça e pregue a fé verdadeira, o povo terá mais fé nas curas porêle praticadas, e assim êle poderá desviar o objeto da fé para essas curas, oque será abominação ao Senhor. E os que operam "em nome do Senhor" edêle ouvirão no dia do Juízo? Nunca vos conheci? São os "vestidos deovelhas"!

O caso torna-se mais fácil quando o pretenso teurgo faz dos milagreso centro de sua atividade; se tem uma emprêsa organizada, e comercializao "dom"; se o faz para a honra de seu próprio nome; se usa a emoção dosassistentes como motor de fé; tudo isto é sinal evidente de falso profeta, es­pecialmente êste último, pois que a fé é certeza, é confiança, é equilíbriomental, enquanto que o homem em estado emocional perde o perfeito domíniopróprio.

Na taumaturgia espírita taxamos os sinais de' mistificação conscienteou incosciente, com a intervenção satânica, visto dispensarem a Trindade.

Por outro, as pessoas que procuram taumaturgos acham-se geralmenteem situação de sofrimento exacerbado, têm o estado psíquico perturbado ouo sistema nervoso desequilibrado. Nem sempre o mal desaparece inteiramente,nem sempre desaparece definitivamente.

Enfim, a palavra de Deus não é finalidade. m meio. Não imuniza o ho­mem dos males do corpo, e, em geral, não das contrariedades da vida. Nãopode, portanto, ser usada como talismã de milagres. E os sinais e milagresnenhum proveito trazem para a vida futura. "Se não ouvem a Moisés e aosp!"ofetas, (a PaI. de Deus), tâo pouco se deixarão persuadir, ainda que res­suscite alguém dentre os mortos." (Lc 16.31)

Os muitos milagres de que hoje se fala são, antes de tudo. um bradode alerta para que nos mantenhamos em vigilância, bem como quanto aosseus praticantes. Se a aplicação do critério das conseqüências dogmáticas fórevidente à luz da palavra de Deus, clara será a nossa posição.

Quanto a todo o problema dos teurgos que por ai se levantem, não éverdade que inflacionam o valor dos milagres? Claro! Os grandes milagresque Deus quer operar em e. através de cada um de nós se desvalorizam. Deve­mos pregar contra os milagres atuais, porque não depende dêles a veracidadeda doutrina, e sim da Bíblia.

Nós vamos anunciar o mais estupendo milagre: a conversão de um fi­lho do diabo em filho de Deus. A Escritura o compara à ressurreição dos

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Albert Schweitzer und die Unitarier 101

:nandando-Ihes a "opera­) em Dt 13.1ss: Quandote anunciar um sinal ou[e houver falado, e dis­e sirvamo-Ios, não ouvi­[O o Senhor vosso Deusde todo o vosso coração,

ica do milagre pelo pro­)s milagres que efetuar,

Deus apenas para pro-

e Jesus, como Salvador,rá mais fé nas curas poria fé para essas curas, o"em nome do Senhor" e'i? São os "vestidos de

teurgo faz dos milagrescganizada, e comercializane; se usa a emoção dosente de falso profeta, es­é confiança, é equilíbrioperde o perfeito dominio

e mistificação conscientepensarem a Trindade.'gos acham-se geralmenteio psíquico perturbado ouI desaparece inteiramente,

meio. Não imuniza o ho­ltrariedades da vida. Nãos. E os sinais e milagresão ouvem a JVloisés e aospersuadir, ainda que res-

antes de tudo. um bradoia, bem como quanto aos,seqüências dogmáticas fôr,ossa posição.)01' aí se levantem, não é

iaro! Os grandes milagresnós se desvalorizam. Deve­:iepende dêles a veracidade

l'e: a conversão de um fi­,mpara à ressurreição dos

mortos. E Deus não quer que nossa fé dependa de milagres, nem devemosjamais condicional' o efeito espiritual de sua palavra a sinais puramente ma­teriais.

Nosso papel no problema dos milagres deve ser o de pedir que nossavontade seja sintonizada com a de Deus, e que nos disponhamos a servir deinstrumentos para a transmissão dos milagres de Deus aos homens. E nos­sa atividade, com a pregação do evangelho, será a de remover pedras, de­senlaçar ataduras e desvestir mortalhas ao homem pecador, e prepará-Io parareceber em si a "mirabilia magnissima" do evangelho salvador.

Albert Schweitzer ünd die UnitarierH. R.

VaI' einiger Zeit ging durch viele Zeitschriften die Meldung,dass Albert Schweitzer, der weltbekannte Arzt von Lambarene, dersich unglücklichenveise auch immer wieder einmal mit seine1' ra­dikalen Meimmg zu theologischen Fragenaussert, sich den Uni­tariern angeschlossen habe. Diese Meldung wuI'de Z'war offizie11wideI'rufen. Sch"\veitzer seIbeI' erklãrte, dass er sich nach wie vorzur evangelischen KiI'che seiner Heimat Elsass rechne. Das Luthe­rische Kirchenamt in Hannover gab auf diese Erklãrung Schweit­zers hin das folgende bekannt: "UnteI' der Voraussetzung, dassman nicht zugleich Mitglied einer evangelischen KiI'che und bei derSekte der Unitarier sein kann, dürfte damit die MeIdung von dem(íbertritt DI'. Schv\~eitzers zu den UnitaI'ieI'n aIs falsch eI'wiesen8ein."

Zunãchst einmal wird ganz naWI'lich bei dem Ruf, den AlbertSchweitzer eben auch in lutherischen KI'eisen geniesst, danach ge­fragt: Wer sind die Unitarier, zumaI es diese Gruppe hier in Bra­si1lien wenigstens offiziell nicht gibt? Die Unitarier 5tehen nichtnu1' liam aussersten linken Flügel" der ganzen Christenheit, wieEin Schreiber vor einiger Zeit feststellte, sie stehen vielmehr ganzund gar ausserhalb des Christentums. Die Geschichte der heutigenUnitarier begann vor etwa 400 Jahren. Servetus, der von Calvinverfalgte IrrIehrer, der, obwohl spanischer Hel'kunft, doch in Deut­schland seine anti-trinitarischen Schriften, besonders sein Wel'k"De Trinitatis Errorib1is", herausgab, war der eigentliche Vorlãu­fel' des heutigen UnitaI'ismus. Er wurde ja bekanntlich, nachderne1' der kathalischen Inquisition entgangen war, im Jahre 1553unteI' Calvins direktem Einfluss in Genf aIs Haretiker lebendigverbrannt. Von da ab hatten die Anhanger der Lehre Servets einwechselvolles Schicksal. Von der Schweiz wurden die Unitarier,die konsequenterweise die gõttliche DI'eieinigkeit ablehnen, überItalien nach Siebenbfugen in Rumanien und nach Polen verschlagen;von dort drangen ih1'e Ideen auch nach EngIand und 'lar allen Din-

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102 Albert Schweitzer urrd clie Unitarier

gen nach Nordamerika. - Diese Ideen aber waren nichtei:rlmalim 16. J ah1'hundert neu. 1h1' Ursprung liegt viel weiter zurück

Die Idee, dass Gott unipe1'sonal ist, wurde schon von den so­genannten Monarchianern gehalten, die dann auf dem Konzil inNicaa im J ahre 325 veru1'teilt wurden. Die Kirche wurde sBitdemnicht mehr von diesen Ideen gestort bis in die Zeit der Renaissan­ce, und voI' allen Dingen im 16. .Tahrhundert. Ausser dem schongenannten Michael Servetus müssen aIs Antitrinitarier diesel'Zeit Faustus Socinus, der Begründer der Socinianer, und FrancisDavid genannt werden. Immer waren es doch verhaltnismassigvvenige Einzelne, die diese Ideen inner11a1bder I'eligiosen BewegLm­gen vertraten. Eine Organisation der Antitrinitarier fand erstAnfang des 19. .Tahrhunderts in EngIand statt, von wo aus danndiese Gl'uppen nach New England, also nach den Oststaaten Nol'd­amerikas verschlagen v;rü.rden.

Hier in Neu England waren es zunachst kongregationalisti­sehe Gemeinden, die von den antitrinitarischen Ideen ergriffen wur­den. Es war ja eines der ursprÜnglichen Grundsatze des Kongre­gationalismus, dass jede einzelne Gemeinde die Freiheit habenmüsse, sich ihren eigenen Lehrstandpunkt zu wahlen und jede aufihre VIeise nach der Aufklarung und dem Licht zu suchen. Sowurden die kongregationalistischen Gemeinden Neu Englands zueinem Sammelbecken der sogenannten "Licht-Suchel'''. Mehr undrüehr nahmen diese überhand, vI/as natÜrlich von der Philosophieder Aufklarung stark befordert wurde. 1\l[ankann feststellen, dassdie ursprünglich durchaus kalvinistischen kongregationalistischenGemeinden der Oststaaten Nordamerikas, namentlich des Staatesl\!Iassachusetts, um etwa 1785 herum fa8t vollkommen antitl'inita­rlsch eingestellt waren. AIs der Führel' diesel' antitrinitarischenBewegLll1g,Henl'Y Ware, im Jahre 1805 Professor der Theologiean der Universitaet Harvard wurde, an der VaI' allen Dingen dieGeistlichen der Kong1'egationalisten ausgebi1det wurden, erhobsich ein Sturm gegen diese Ernennung von seiten der trinitarischdenkenden und lehrenden kongregationalistischen Gemeinden. Diesel'Protest führte schliesslich bis 1819 zur Trennung der Antitrinita­rie1' von den Kongregationalisten in Neu England und im Jahre1825 wurde in Boston die amerikanische unita1'ische Gemeinschaftgegründet.

\l\1enn wir nun nach der Lehrbasis der Unita1'ier f1'agen, somüssen wir feststellen, dass sie eigentlich kein Bekenntnis besitzen.Die Unitarier gIauben, dass jeder Einzelne die Freiheit haben muss,nach 8eine1' Vermmft seinen Glauben zu formulieren. Alle Unitarieraber sind sich darin einig, dass sie die folgenclen gruncllegenclenr:hristlichen Lehren ve1'neinen: Sie leugnen die Dreieinigkeit Goites,da sie durchaus der Vernunft widersinnig ist; sie leugnen die Gott­heit Christi, obwohl sie die Geschichtlichkeit der Persan Jesu nichtverneinen konnen; sie leugnen die Sündhaftigkeit und die darausfolgernde Verantwortlichkeit alIeI' Menschen var Gott; sie Ieugnen

die gottliche A',,:::-"-.-=sie überhauFtstehen,

Die ünÍT&li-=.:ale wesentlicne1hr HauptinTelo:-:oC­sondern be\,'ejo~ken und Inséi:unheilvoIlen Etgehabt und h3.b'~"liberale" Th2':~_ ..:.~-

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Albert Schweitzer und die Unitarier 103

waren nicht einmaIie] weiter zurück.ie schon von den so-

auf dem Konzil in:irche wurde s~itdem? Zeit der Renaissan­t. Ausser dem schon~ntitrinitarier diesel''Ínianer, und Francisoch verhãltnismãssig" religiosen Bewegun­trinitarier fand ersttt, von wo aus dannden Oststaaten Nord-

st kongregationalisti­1 Ideen ergriffen wur­Jndsãtze des Kongre-

die Freiheit habenwahlen und jede aufLicht zu suchen. Soen Neu Englands zut-Sucher". Mehr und

von der Philosophiekann feststellen, dassongregationalistischenlmentlich des Staates,llkommen antitrinita­~ser antitrinitarischen)fessor der Theologievor allen Dingen dieJildet vmrden, erhobseiten der trinitarisch1en Gemeinden. Diesel'mung der Antitrinita­ng1and und im Jahretarische Gemeinschaft

Unitarier fragen, son Bekenntnis besitzen,, Freiheit haben muss,ulieren. Alle Unitariergenden grundZegendene Dreieinigkeit Gottes,: sie leugnen die Gott­der Person Jesu nichtigkeit und die darausvor Gott; sie leugnen

die gottliche Autoritat der Heiligen Schríft. ln Wirklichkeit Iassensie überhaupt keine einzige der spezifisch christlichen Lehrenstehen.

Die Unitarier sind ausgesprochene Humanisten und glauben andie wesentliche Würde und Vol1kommenheit der menschlichen Natur.1hr Hauptinteresse liegt also nicht eigentlich auf religiosem Gebiet,sondern beweist sich in phiIanthropischen uneI erzieherischen Wer­ken und lnstitutionen. - Die Ideen der Unitarier haben einenunheilvollen Einfluss auf die Theologie des Ietzten Jahl'hundertsgehabt und haben es noch heute überall da, 'wo sich die sogenannte"liberale" Theologie bemerkbar macht.

1n den letzten Jahrzehnten haben sich die Unitarier der Gruppeder sogenannten Universalisten angeschlossen. Wie die UnitariergJauben namlich auch die Universalisten an die Einpersonlichkeit(;ottes und an die schliessliche Seligkeit anel' Menschen. Ein in­teressanter Untel"schied, der Ietzten Endes zum se1ben Zie1 führt,besteht z\vischen ihnen in der Begl'ündung der letzteren Lehre:Die Universelisten glauben, dass Gott 2U gut ist, um die Menschenzu verdalnlTICn~ clie Unitarier glauJ)en,dass der Mensch zu gutist, um verdc-unmt ',verden zu konnen, - Die Unitarier 2ah1en heutein Nordamerika et\va 100.000 Anhãnger.

Damit abe:" sind natürlich Hingst nicht aHe diejenigen erfasst,dje antitrinit.cü"i::.ch lehrel1. Und hier ist nun der Punl{t, an demi\lbert Sc11yveitze~t miL Recht Ztl den lJnitarier:n. in Verbindung ge ...setzt \verden. kcll~:n ~Ssist \vohl al1ZUnehll"1en) dass s~i11e Versiche':'l"lIng', er sei }'~::::in L}nitarier~ insofern au! Wahrheit berll11tj alserkeirl direkte-s (~lted der U111tariscrteTl Gesellschaft 1St. Er ist alsode11 1Jnitariern nicht forrrllicll ~<beigetreten". -vVie aber kommtLG.an de11n dazll _l~~r:;ertSclr\:veitzer direkt mit ihnen in VerbindungZU. bri11gen. Es ist se11r \val1rsc11einlicht dass· die Unitarier (lembekarlnten IJhila:nt~JT'c)pen eine EhrenmitgIiedschaft angeboten 11aben,so yvle man eben Ehrenlnitglied eil1es 'riereins v?erden kann. DieseEhrenn1itgliedsc11aft hat Schv-leitzer sehr \~vaI1rsclleinlich ange­nonllnen. 80 hat Sch\veitzcr 'lor eínigen Jahren ja auch den Ehren­doktorhut der kormnunistischen Ostberliner Universitat ange­nommen, obwohl er nich1 direktes Glied der kommunistischen Parteiisto Dass die ostdeutschen Kommunisten aus dieser Annahme na­türlich eine gevvaltige Propaganda-Aktion machen \vÜrden, hãtteSchweitzer wissen mÜssen. - Trotzdem aber kann man Schweitzergewiss nicht direkt kommunistischer Ideen beschuldigen.

Anders aber liegen die Dinge, wenn man nach einer Verbindungzwischen Albert Schweitzer und den Unitariern fragt. Bei Schweitzerbesteht der christliche Glaube aus nichts anderem als aus einerhochgespannten Ethik,lihnlich wie bei den Unitariern. Seine theo­logischen Werke lassen es ganz und gar klar werden, dass er zwaran der historischen Personlichkeit Jesu von Nazareths festhaltenwíll, und er wíll auch die ihm in den Evangelien zugeschriebeneEthik aIs für ihn vorbildlich und verbindlich annehmen. Nirgendwo

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104 Albert Schweitzer und die Unitarier

in seinen Werken oder auch in seinen Ãusserungen aber finden wirirgendeine Bemerkung, die es zuIãsst, dass wir ihn aIs christlichenTheologen anerkennen müssten. Er Ieugnet ganz offenbar die Gott­heit Christi. Und wenn er diese Ieugnet, muss er konsequenter­\veise auch die gottliche Dreieinigkeit Ieugnen. Er glaubt mchtan eine Er10sung des lVIenschen durch das Blut des GottmenschenJesus Christus, sondern vieImehr vollzieht sich diese ErIosungdurch humanitãre Werke und durch das innerliche Gutsein deseinzelnen Menschen.

Aus diesel' "Theologie" heraus ist es für Schweitzer aIso durch­aus keine Gewissensfrage, wenn er zuIãsst, dass die Unitariersich auf ihn berufen. 1m Gegenteil muss er sich ihnen durchaus ver­wandt fühIen. Er hat auch durchaus enge Beziehungen zu denkIeinen unitarischen Gruppen in DeutschIand; die FrankfurterGruppe ZoB. hat ihn schon VaI'Iãngerer Zeit zu ihrem Ehrenmitgliedernannt. Die ErkIãrung Schweitzers, dass er auch weiterhin sichaIs Glied der evangelischen Kirche seiner elsassischen Heimat an­sehe, ist nur ein Beweis dafür, dass Schweitzer ein - gelinde ge­sagt - recht grosszügiges Bild von der evangelischen Kirche hat.Das sollte die evangelische Kirche eigentlich aIs AnkIage gegensich empfinden, dass sie einen Mann aIs Glied duldet, der ganz ohneZweifel grosse humanitare Verdienste hat, aber durchaus kein evan­gelischer Christ ist und es in der Praxis auch eigentlich gar mchtsein will. Schweitzer hatte langst aus der evangelischen Kircheausgeschlossen werden müssen. Solch eine Forderung ruft bei denmeisten allerdings ein Entsetzen hervoro Leider ist die "evange­lische" Kirche vieIerorts so unevangelisch geworden, dass einMensch, der Inhalt und Lehre der Evange1ien durchaus leugnet,trotzdem ein Glied der "evangelischen Kirche" sein kann, zumalwenn es sich um solch eine bekannte Personlichkeit wie um AIbertSchweitzel' handelt.

Wir fanden eine recht sanfte und vorsichtige Beurteihm.gAIbert Schweitzers in epd von Siegfried von Kortzfleisch, die ei­gentlich charakteristisch ist für die allgemeine Beurteilung Schweit­zers, seIbst bei solchen, die bewusst evangelisch sein wollen. Esheisst dort Uoa.: "Diesel' Ruhm (Schweitzers) ist so gewaltig, dasskaum jemand zur Kenntnis nimmt, wie weit sich AIbert Schweitzervom christlichen GIauben entfel'nt hat. AIs el' ein Jahl' VaI' clemersten Weltkrieg nach Lambarene (im heutigen Staat Gabun) inden Busch zog, war das damals unerhõrt und bewegend. Aberman kann kaum noch sagen, ob man darin mehr den Rückzug ausder Zivilisation ins primitive Leben romantisch bewunderte oderden Aufbruch des bel'ühmten GeIehrten zum schlichten selbstlosenDienst an den Afrikanern. Tatsachlich wurde Schweitzer, der unteI'dem Eindruck eines Jesus-Wortes aufgebrochen war, in den IetztenJahl'zehnten für vieIe ein Vorbild, ein Idol der Humanitãt. ZahlloseveI'ehl'en ihn, und sicher hat Schweitzers Vorbild auch viele guteTaten ausgelost. AbeI' in den gleichen Jahl'zehnten hat auch die reine

Humanitãt Scbiff,:,c _Iistische Diesseitizk~­scheinen dabei eLAlbert-Sch\vei tz>'~ -F-:­

\venn die Vel~eL.:-~des Gewissens d:7~drigt. - P,lb·ê.:lunsere Achtung~:den es ihm,da.s:",uns noch trsge,-_

o k ~. ~seln anno ::Sel::e::::-:"._lichen Gl'uppe,lSoweit die mEde

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Unser

von

fIardie dort, --. -naran rnSE:::::2:S=~-"=:"

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'iriel' Unser Theologisches Bantu-Seminar 105

mgen aber finden wirr ihn aIs christlichennz offenbar die Gott­uss er konsequenter­1en. Er gIaubt nichtut des Gottmenschensich diese Erlõsungnerliche Gutsein des

;chweitzer aIso durch­dass die Unitarier

h ihnen durchaus ver­Beziehungen zu dennd; die Frankfurterl ihrem Ehrenmitglied

auch weite1'hin sichiissischen Heimat an­:er ein - gelinde ge­gelischen Ki1'che hat.h aIs Anklage gegenduldet, der ganz ohner durchaus kein evan·:1 eigentlich gar nichtevangelischen Kirche)rderung 1'uft bei denider ist die "evange-

gewo1'den, dass ein,en durchaus Ieugnet,18" sein kann, zumal,chkeit wie um Albert

ifsichtige Beurteilung1 Kortzfleisch, die ei­~Beurteilung Schweit­~lisch sein wollen. Es) ist so gewaltig, dass;ich AIbe1't Schweitzerer ein Jahr vor demLgen Staat Gabun) inund bewegend. Aber

1ehr denRückzug ausisch bewunderte oderschlichten selbstIosenSchweitzer, der unter

en war, in den Ietztenr Humanitat. Zahllose}rbild auch vieIe gute1ten hat auch die reine

Humanitat Schiffbruch erlitten. Eine nüchterne, gar nicht idea­listische Diesseitigkeit ist an ihre Stelle getreten. Manche Menschenscheinen dabei ein schIechtes Gewissen zu haben. Für sie mag derAlbert-Schweitzer-Kult aIs psychoIogischer AusgIeich dienen. AbeI'\\"enn die Verehrung fü1' den g1'ossen alten Mann aIs BlitzabIeiteI'des Gewissens dient, dann wird der so Verehrte in Wahrheit ernie­d1'igt. - Albert Schweitze1' ist jetzt 87 Jahre alto E1' verdientunsere Achtung; e1' wiII aber nicht verhimmelt werden. Wi1' schul­den es ihm, dass wir kritisch p1'üfen, ob seine geistigen G1'undlagenuns noch tragen und ob er für uns heute wirklich noch Vorbildsein kann. Seine F1'eundschaft zu seh1' abseitigen, kaum noch christ­1ichen Gruppen ist ehrenwert, aber sie gibt erneut zu denken." ­Soweit die milde Beu1'teilung in epd.

Wa1'um also wollen wir Albert Schweitzer trotz seiner Erklã­rung zu etv'las anderem machen aIs was er isto Er fühlt sich nichtnu1' hingezogen zu den Unitariern. Er ist t1'otz seiner vielleichtnoch nicht offiziellen Mitgliedschaft innerlich einer der ihren. SeineLehren decken sich mit denen der Unita1'ie1'. Seine Ethik ist nichtch1'istlich sondem unitarisch. Seine Humanitãt ist die Religion derUnitarier. - Wir verachten ihn und sein We1'k gewiss nicht, wenn\vir Albert Schweitzer nach seine1' 1'eligiõsen - oder wenn manwill kirchlichen - Verbindung zu den Unitariern rechnen; aberwir sprechen ihm eine Position in den Reihen evangelischer Theo­logen ab.

Onser Theologisches Bantu-Seminar3Iissionar Dr. Johannes Schrõder

(Das "Missionsblatt Evangelisch-Lutherischer Freikirchen", dasvon lVIissions-Inspektor Fr. W. Hopf redigiert wird, bringt monatlichinteressante und oftmals bewegende Berichte aus dem blühendenJ'vIissionsfeld in Südafrika, das von unsern Schwesterki1'chen, denlutherischen Freikirchen in Deutschland, ve1'sehen wird. Das Bleck­marer Missionshaus, in dem die Missionare für Südafrika ausgebil­det werden, hat unter der Leitung vonFriedrich Wilhelm Hopf inden letzten Jahren einen ganz bedeutenden Ausbau erfahren. Nunaber wird, wie übe1'all in den l\1issionsgebieten, auch in Südafrikadaraufhin gearbeitet, dass die junge Missionskirche mehr und mehrselbstãndig wird. Einer der wichtigsten Schritte zu zukünftigerSelbstãndigkeit ist die theologische Ausbildung der eingeborenenkirchlichen Arbeiter. So wurde vor mehreren Jahren dann auchvon der Bleckmarer Mission in Südafrika ein theologisches Semi­nar eingerichtet. Das folgende ist nun ein schlichter Bericht überdie dort getane Arbeit aus der Feder eines der Missionare, diedaran massgeblich beteiligt sind. - H. R.)~.

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Unser Theologisches Bantu-Seminar

1m Prediger Salomo 1,4 le.sen wir: "Ein Geschleeht vergeht,das andere kommt!" Mõgen Geschleehter vergehen und mogen Ge­schlechter kommen, über a11en GeschIechtern steht in leuehtenderGrõsse das ewige Wort Gottes. Es ist Aufgabe der alten, vergehen­den Geschlechter, an neu kommende Geschleehter diesen einenSchatz über alle Schãtze weiter zu Überliefern. 1m Zeitalter derUrchristenheit standen die AposteI und ersten Gemeinden Christiin heiliger Erwartung des nahen Weltendes. TI'otzdem \vussten sie,dass Gottes Masse andere Masse sind aIs unsere menschlichenN1asse, und in diesem Bewusstsein, dass niemand die Stunde weiss,sondern a11ein der Vater (Mark. 13,32), wurde das Wort Gottesdureh geordnete Mittel und mensehliehe Krãfte kommenden Gene­l'ationen weiter überliefert. Besonders vom AposteI Paulus wissen\vir, dass er sich mit einem grossen Kreis junger Mitarbeiter umgab.1n seinen Pastoralbriefen, den Briefen an Timotheus und Titus, hater eine feste Ordnung fUr solehen Weiterbau in den ehristliehen Ge­meinden aufgeste11t. 1n a11en ehristlichen Kirehen ist es von jehere1ne der wichtigsten Arbeiten gewesen, dureh Lehre und Sehulungdie christliehe \Vahrheit an kommende Generationen weiter zu über­1iefern. BesondeI's wo Gefahren drohen, das Leben junger Ge­meinden zu ersticken, wird es \vichtig sein, dass Führer, die festim vVorte Gottes gegründet sind, vorhanden sind, um getragen vonder Gnade Gottes fest zu stehen im Sturm der Zeiten. Aueh füI'die jungen Missionskirehen im sehwarzen Kontinent Afrika sindjetzt solehe Zeiten der Unruhe und Gefahr angebroehen. 1m Sturm­\vinde des sehwarzerr Nationalismus richtet sich aueh der Satan\vieder auf und versueht, der Ki1'ehe Christi den Todesstoss zu ve1'­setzen. Nicht nur die kommenden Jahre, sondern die vor uns lie­genden Jahrzehnte werden alleI' vVahrseheinliehkeit naeh Zeitenschweren Kampfes urrd Zeiten der Siehtung für die Kirehe Christiauf der ganzen Welt, aber besonders aueh im sehwarzen Kontinentwerden.

Dass wir trotz der Rassentrennung vor Gott alle Brüder sind,und dass dazu sich aueh ein grosser TeU der weissen Bevõlkerungdieses Landes bekennt, dafür ist ein deutliehes Denkmal die Missions­arbeit in Südafrika, die gerade von den weissen ehristliehen Ge­meinden, reformierten sowohl als lutherisehen, mit grossem Eiferbetrieben wird. Dafür ist aueh ein aufgerichtetes Zeiehen das Theolo­gische Seminar auf EnhIanI-Jeni, das, vor wenigen Jahren ange­fangen, sehon stark ausgebaut worden ist gerade dureh die grosseRUfe, die wir von den weissen Gemeinden unserer freikirehlichenIutherischen Synode erhalten haben und noeh fortwãhrend erhalten.Es ist hauptsãchlich naehst der Gnade Gottes dem Wirtsehaftsaus­schuss für unser Theologisches Seminal' zu verdanken, der vai'cinigen Jahren ins Leben gerufen \vurde und jedes Jahr einmalavi Enhlanhleni unteI' dem Vorsitz des Missionssuperintendententagt, und aus Vertretern unserer \veisserr Gemeinden besteht, dassdureh die starke Rilfe, die wir dadureh aus unseren weissen Ge-

meinden erhalten, di~ .~.so weit ausgebaut V,=

Bantugemeinden iSTin letzter Zeit.

Wenn wirriehten, dass in dEr.eine Reihe einfacl12lFamilie haben; err:~'rnit Gras gedeckte ',C.

erriehtet worden. L= =

Baeksteinen errich'.='Schü1er. Es folgtEr:sowie ein miteinen Bantu-LehI0­Kirche auch die 81-:=-::..gJiedert war, freil'atete Schüler. Zc_=-­

dritte europaiscLe:wird damit nic1,- ,,~.den letzten JalL",rgestanden. So ~.?-c:__._-'aIlmãhlieh der: c:·

Noch \vic:l,' .auf an, dassden AnfordcIT";.c..einer jungen I·~"Ideal noeh \'e'­sind uns darL _ihrer ,geistlic};,:-:'--~ ~_;nt Ostern 1~.':'Ausbildung T.'­Evangelisten\vo sie m.mSehülern Te'L80 waren E"lern oestei',

cfoffne­zani S.::h'..:' ~~ __1\.:Teh.173 h_I

konnten\\TerC1en~ ~ieI -=-'"',_

nicht eirlÍach2iBantuspracllerware anehgliseh und

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inal' Unser Theologisches Bantu-Seminar 107

1 Geschlecht vergeht,~ehen und mogen Ge-

steht in leuchtendere der alten, vergehen­llechter diesen einenem. 1m Zeitalter der;:>nGemeinden ChristiTrotzdem wussten sie,unsere menschlichen

iand die Stunde weiss,lrde das Wort Gottesfte kommenden Gene­AposteI Paulus wissen:;er Mitarbeiter umgab.notheus und Titus, hatin den christlichen Ge­rchen ist es von jeherh Lehre und Schulungationen weiter zu über­as Leben junger Ge-dass Führer, die fest

sind, um getragen vonder Zeiten. Auch für

Kontinent Afrika sindngebrochen. 1m Sturm­- sich auch der Satanden Todesstoss zu ver­

mdern die vor uns lie­'inlichkeit nach Zeitenfür die Kirche Christi

fi schwarzen Kontinent

Gott alIe Brüder sind,er weissen Bevolkerung'8 Denkmal die Missions­("eissen chl'istlichen Ge­hen, mit grossem Eifel'etes Zeichen das Theolo-wenigen J ahren ange­

serade dul'ch die grosseunserer freikirchlichen

:11fortw1ihI'end erhalten.tes dem Wirtschaftsaus­zu verdanken, der voI'und jedes Jahr einmal

\IissionssuperintendentenGemeinden besteht, dassi.U8 unsel'en weissen Ge-

meinden erhalten, diese so wichtige Arbeit für unsere Junge Kirche50 weit ausgebaut werden konnte. Die wirtschaftliche Hilfe von denBantugemeinden ist demgegenüber noch minimal, wachst aber auchin letzter Zeit.

Wenn wir zunachst über Bauten sprechen wollen, so ist zu be­richten, dass in den letzten fünf Jahren auf Enhlanhleni zunachsteine Reihe einfacher Wohnhauser für Evangelistenschüler, die schonl<'amilie haben; errichtet worden isto Dann sind zwei grosse stabilemit Gras gedeckte Wohnrondavel für die unverheirateten SchülerFrrichtet worden. Das nachste war ein schones modernes, aus rotenBacksteinen el'richtetes Seminarlehrgebaude mit Lehrraum für 24Schüler. Es folgten ein mit Zink gedecktes Waschhaus mit Küchesowie ein mit Gras gedecktes dreizimmeriges Wohngebãude füreinen Bantu-Lehrer. Endlich wurde durch den Bau einer neuenKirche auch die alte Kapelle, die einem grossen Nebengebãude ange­gJiedert war, frei aIs weiterer SchIaf- und Wohnraum für unverhei­ratete Schüler. Zuletzt wurde ein gl'osseres Wohnhaus für einedritte europaische Lehrkl'aft am Seminal' gebaut. Die Bautatigkeitwird damit nicht aufh6ren, sondem noch weitergehen. Sie tat inden letzten Jahren besondel's unter Leitung von Missional' Stallmanngestanden. So gewinnt unsere Missionsniederlassung auf EnhIanhIeniaIlmahlich den Charaktel' eines kleinen Dorfes.

Noch wichtiger ist natürlich der inneTe Atbfbau. Es kommt dal'­auf an, dass hier' \vi1'klich Manner ausgebildet werden, die spaterden Anfol'derungen gewachsen sind, die das VI el'den und Wachseneiner jungen Kirche em sie stellt. Da sind wir natürlich hinter demIdeal noch weít zurÜcK. Auch '?ias die aussere Bildung betrifft, sopind uns darin andere IVIissionenin diesem Lande in der Ausbildung]h1'er geistlichen Krafte scl10n betrachtlich voraus. Und doch konnte7U Ostern 1960 schon der erste Kursus nach mehI' ais fünfjãhrigerAusbildung zum Abschluss gebracht werden und die ersten siebenEvangelisten in den allgemeinen Dienst der Jungen Kirche treten,V/o sie nun eifrig i11der Arbeit stehen. War unteI' diesen siebenSchülern nur einer, der eine etwas hatere Schulbildung mitbrachte,80 waren es im nãchsten Kursus, der augenblicklich aus zetn Schü­lern besteht, schon einige mehl', und wir hoffen, auch diesen Kursusvielleicht schon zu Ende des Jahres 1962 zum Abschluss bringen zukonnen. Anfang 1961 ist der dritte Kursus an diesem Seminal'erOffnet worden. Erfreulich ist, dass nunmehr eine gl'ossel'e An­zahl Schüler aus dem Batswana-Gebiet gekommen ist und dass dieMehrzahl diesel' Schüler schon eine bessere Schulbildung hat. Sokonnten verschiedene gleich in den theologischen Kurs eingereihtwerden, der fül' sie voraussichtlich vier Jahre dauern wird. Einnicht einfaches Problem für unser Seminal' ist, dass nunmehr in zweiBantuspl'achen, Zulu und Tswana, unterrichtet wel'den muss. Esware auch gut, wenn in mindel'em Masse auch Vorlesungen in. En­g1isch und Afrikaans gehalten werden, damit die künftigen Geist-

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108 Lesepredigt

lichen der Jungen Kirche doch auch in den offizielIen Landesspra­chen etwas zu Hause sind.

Das alIerwichtigste ist natürlich, dass die jungen Studenten festim christlichen Glauben gegründet werden und wirklich christlichePersonlichkeiten werden, die in der Führung der jungen Gemeindenfeststehen gegen alle Versuchungen sowohl des alten HeidentumsaIs auch moderner Sekten und anderer Stromungen. Heidentum istZuchtlosigkeit, und gerade mit Zuchtlosigkeit erleben wir leiderunter unseren jungen Bantustudenten manche Not. Die alte Sittein der Missionsarbeit, moglichst alte reife, verheiratete Manner zumEvangelistendienst und zur Ausbildung heranzuziehen, lasst sichim Fortschritt der Zeit nicht mehr allein aufrecht halten. Dasssolche Note am Seminal' mit Zucht, Gebet und Flehen um Kraftvon oben in den mancherlei sehr schweren Anfechtungen des Missio­nars und Lehrerberufs am Seminal' überwunden werden müssen,das gehort mit zu unserm Beruf aIs Christen auf diesel' Welt, woder Satan, wie Luther sehr richtig auch zu seiner Zeit erkanntund gesagt hat, immer wieder versucht, "das Windlicht Gottes"auszublasen. Wir hoffen, dass viele uns durch ihre Fürbitte unter­stützen werden. Moge Gott der AlImãchtige in seiner grossen Gnadeund Güte geben, dass wie alIe unsere Missionsarbeit auch die beson­dere Arbeit am Theolagischen Bantuseminar zu Enhlanhleni Früchtetragen moge für die Ewigkeit!

LESEPREDIGT(Text Ps. 69,1-19)

Joh. Forchheim, Hannover

Lied: Herzliebster Jesu, was hast du verbrochen? (Gesangb. Nr. 75)Gebet: Herr Gott, himmlischer Vater! Du hast aus vaterlicher Gnade deinen

eingeborenen Sohn nicht verschont, sondern ihn für uns in den Todund an das Kreuz dahingegeben. Wir bitten dich, gib deinen HeiligenGeist in unsere Herzen, dass wir solcher Gnade uns herzlich trosten,vor Sünden uns Íerner hüten und, was du uns zu leiden auflegst, ge­duldig tragen, auf dass wir durch ihn ewig dir leben. Amen.

Liebe Mitchristen! - Das Leiden und Sterben des BeUandesist Mittelpunkt seines ErlOsungswerkes und fü1' uns die QuelIe desBeils und des Trostes, der Grund des Glaubens und Anke1' derHoffnung im Leben und Sterben. Meines Jesu Kreuz und Pein soUmein hochstes Wissen sein, weiss ich das im wahren Glauben, wer willmil' den Himmel rauben? 1n unserem Text lasst uns der Heiland einenBlick tun in sein Leiden, seine Liebe und sein Gebet.

ln den Versen 2-4 hol'en wir seine Klage, die aber nicht Murren,Ungeduld, Verzweiflung, sondern Offenbarung der Grosse und Bitter-

keit seines Leidec-"ist der Mann. T:".ª- ..

hat, der niema2ê::.'Freund und Reli",=­um BUfe. lmseine Klage.

Die Leidell :<:­ist kein Entrin:-.::-"des Zarnes GOl I6Seine Seele ist '..'2~:"schreckendass sein Sch;,',::-:'::"seine ZungeUnd da e1' "-ede. --­licht schier \'d~2-­und auf Hilknacht: Mein ;::;II~

Wenn wÜ'tigen begehre::.gestraft, Lmddes Todes und 1::·

Er leide, .mãchtig. E",bissie ihn ~:-.hassen. ErRichte1' finc'e IGatt. Chris,.'"schuldig,

\;Va;::; i::,~was er nkho.er Schuldschuldig'; Sl:~allel' SÜnd,::~bezahlen. E:ihm ZU2eI"e<~

\V s.s ::'=- c,·nahe an: :E;c--=Sünde lei::-':Leiden setec­Hier 1Stdamit tl1:.~=I=

Tod, d2,S C~l·sei diL te:.::,'

mit

und

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Lesepredigt 109

ffiziellen Landesspra-

nngen Studenten fest1 wirklich christlicheer jungen Gemeindenes alten Heidentumslmgen. Heidentum istt erleben wir leider; Not. Die alte SiUeleiratete Manner zumt1zuziehen, lasst sichufrecht halten. Dassnd Flehen um Kraft2chtungen des Missio­lden werden müssen,

auf diesel' Welt, woseiner Zeit erkannt

3.5 Windlicht Gottes"ihre Fürbitte unter­

seiner grossen Gnadelrbeit auch die beson­Enhlanhleni Früchte

!;T

'orchheim, Hannover

iGesangb. Nr. 75)vaterlicher Gnade deinenihn für uns in den Toddich, gib deinen Heiligenade uns herzlich trosten,,s zu leiden auflegst, ge­ir leben. Amen.

:terben des Heilandes.ir uns die QueIle desbens und Anker derl Kreuz und Pein sol11ren Glauben, wer willuns der Heiland einenGebet.

lie aber nicht Murren,:ler Grosse und Bitter-

keit seines Leidens ist; denn er betet: Gott hilf mir! Der so klagt,ist der Mann, machtig von Taten und Worten, der vielen geholfenhat, der niemand vergeblich hat bitten lassen, der noch heute treueI'Freund und HeIfeI' der 8einen isto Der ist hier selbst in Not, ruftum HUfe. 1m Garten Gethsemane siehst du seineNot und horst duseine Klage.

Die Leiden schlagen wie Wassenvel1en über ihm zusammen. Daist kein Entrinnen, er versinkt im tiefen Sündenschlamm. Die Flutdes Zornes Gottes hat ihn überschwemmt und droht ihn zu ertranken.Seine Seele ist betrübt bis an den Tod und mit Finsternis und Todes­schrecken erfüllt. Sein Leib zittert und zagt im Wasser des Elends,dass sein Schweiss ward wie Blutstropfen. Seine Stimme ist heise1',seine Zunge klebt an seinem Gaumen, dass er ruft: Mich dürstet!Und da er weder Hilfe noch Trot vor sich sieht, will sein Augen­licht schier versagen, weil er so lange harren muss auf seinen Gottund auf Hilfe, und wir horen seinen Angstruf aus tiefster Leidens­nacht: Mein Gott, mein Gott, warum hast du mich verlassen?

\Venn wir rufen zu Gott, so h6rt er und tut, was die Gottesfürch­tigen begehren; aber ihm ist Gott terno Er ist im Gericht, wirdgestraft,und die Blitze des Zornes Gottes treffen ihn. Die Schreckendes Todes und der Holle schlagen wie Fluten über ihm 2Usammen.

Er leidet auch von Menschen, V. 5. Sie sind ihm feind und zumachtig. Es sind die Obersten des Volkes, die nicht eher ruhen,bis sie ihn am Kreuz sehen. Sie haben aber keine Ursache, ihn zuhassen. Er hat nlchts getan, was des Todes wert war. Der obersteRichter findet keine Schuld an ihm, und dazu bekennt sich auchGott. Christus ist der Heilige unteI' den Sündern, und er leidet un­schuJdig, unverdienterWeise.

Was ist aber die Ursache alIeI' seiner Plagen? Er muss bezahlen,was er nicht geraubt hat. Aber sagt er nicht selbst in Vers 6, dasser Schuld hat? Wie reimt sich das zusammen: unschuldig und dennochschuldig? Schau in die Schrift, da steht es: Der Herr warf unseranel' Sünde auf ihn. Wir raubten Gott die Ehre, der Heiland mussbezahlen. Er steht an unserer Ste11eim Gericht. Unsere Schuld wirdihm zugerechnet, er macht unsere Sünde zu der seineD.

Was sagst du nun zu seinem Leiden? Geht es dich nicht ganznahe an? Kannst du noch sicher und sorglos dahinleben, es mit derSünde leicht nehmen? Was Sünde bedeutet, kannst du aus seinemLeiden sehen. - Aber siehe und erkenne hier auch Gottes Gnade:Hier ist Rettung, Himrnel, Seligkeit. Jesus bezahlt. Das glaube,damit troste dich, wenn dich das Gesetz verklagt und dein Herz, derTod, das Gericht dich schrecken wollen. - Tausend-, tausendmalsei dir, liebster Jesu, Dank dafür.

Die Vernunft meint, mancher hatte so gelitten, sei im Kampfmit menschlicher Torheit und Bosheit unterlegen und zum Martyrergeworden. Ware das mit Christus so, was ware dann mit unsermGlauben, unserm Trost und unserer Hoffnung? Er sagt aber V. 7.8und 10, dass er um Gottes willen und um der Sünder willen leidet.

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10 Lesepredigt

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Erhorung vert'.:~bitten, so ,'visse,':haben.» 1.Jat.:.c =

versohnt sind. ~2-'ben Kinder ih';-

Lied: O ', nu

(NI. 83)

- Er steht in seines Vaters Dienst aIs Gesandter an die Elenden. tutseinen Wien ger, volendet sein Werk und bringt ihm das Opferseiner Lebe, gehorsam zu sein bis zum Tode am Kreuz. Unbegreif­lch ist diese Eriedrigung, diese Lebe. Das Opfer, das er demVater bringt, git uns; er leidet um der SÜnder wien und ruft Gotan aIs den Bundesgott: Rerr, Rerr Zebaoth, Got Israels, der Bundund Zeugnis halt und sih selbst nicht untreu werden kann.

Den SÜndern war eine Erlésung verheissen, und sie wartetendrauf. Fal, unterlegt Christus, so sind sie veroren, ihre Hoffnuglegt im Staube. Dann ist aber auch Gotes Ehre geschandet. SeineEhre und der Sünder Hei steht auf dem Spiel So steht der Heiandzu den Sündern, er lebt sie, gibt sein Leben zur Bezahlung, sucht ihrHei, ihre Selgkeit - Wir würden es veIstehen, wenn sich einerfr die Guten opferte. AbeI niht Gute, sonder Sünder sind es, fIdie Jesus leidet. Weisst du, was Sünder sind? Dann schaue die ein­zelnen Personen in der Leidensgeschihte: Petrus, Kaiphas, Herodes,Judas, Piatus, Hannas, die Kregsknechte, das Volk, und hinterihnen die ganze Menschheit. Oder meinst du. so schlecht seien siedoch nicht ale? Wo sind denn die Besseren? Komm, blcke in denSpiegel des Gesetzes Gottes. «Es ist hie kein Unterschied, sie sindalzumal Sünder und mangeln des Ruhmes, den sie vor Got habensolen.» AIso gehéren \vir ale zu diesel Geselschaft, sind feisch­lch gesinnt, sind Gott feind, Abgefalene. Und dann sieh die LiebeJesu, wie wunderbar sie ist und freue dih darüber, denn sie gidir - und pIeise sie.

ln den Versen 14 bis 19 haben wir das Gebet des Erlsers. Esist késtch vor Gott und ein angenehmes Opfer und darum auchwihtig und trostch fr uns. Wenn jemand die Erhorung seinesGebets auf seinen Gehorsam, seine Lebe zu Gott und Menschen, aufseine guten Werke, seine Heigkei und Gerechtgkei hãte gründenkénnen, so \vare es Chrstus mit seiner volkommenen Gesetzeser~fHung gewesen. Jedoch, wei die Sünde anel auf seinen Schulter lag,erfleht er Hife und Eretung um der Güte, Treue und Barmher­zigkeit Gottes wien. Er wi ale Gerechtigkeit erülen und stehtvor Got wie ein armeI Sünder, der Zorn verdienet hat, und demHife und Erretung aus Gnaden zutei wird. - Und wie gnadig istdies Gebet um unsertwien erhõrt woIden. Nachdem der HeiandGotes ZoIn gebüsst haUe und ales volbracht war, was zu unsererSelgkeit nõtig war, wandte sein Vater ihm das Angesiht seinervolen Lebe wieder zu, bis der Sohn im SteIben seine Seele in dietreuen Hande seines himmlschen Vaters befahl

Der Heiand betet mit felsenfester Zuversiht, im Vertrauen aufGotes Zusage, Treue und Wahrhaftgkeit, der halt, was er verspriht,der sih selbst niht untreu werden kann. Er betet mi uner­schütterlcher Siegesgewissheit. - Wie wihtig ist dies Gebet fürane, die an Jesum glauben. Nun wird keiner zuschanden, der denVater im Himmel im Namen des SQhnes anuft; und keiner brauchtschamrot zu werden, der mit kindlchem Glauben seine Zuver-

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Katholische Sorge um Lateinamerika 111

;1'an die Elenden, tutíringt ihm das Opferm Kreuz. Unbegreif-

Opfer, das er demwillen und ruft Gott

ott Israels, der Bund\verden kann.en, und sie wartetenl'loren, ihre Hoffnunglre geschãndet. SeineSo steht der Heiland

. Bezahlung, sueht ihrhen, wenn sich einern Sünder sind es, fürDann sehaue die ein­us, Kaiphas, Herodes,[as Volk, und hinterso schleeht seien sieKomm, blicke in denUnterschied, sie sind

'n sie vor Gott haben~llschaft, sind fleiseh­:l dann sieh die Liebelarüber, denn sie gilt

~ebet des Erlosers. Es)fer und darum aueh

die Erhorung seines)tt und Menschen, auf1tigkeit hãtte gründen:ommenen Gesetzeser­lf seinen Schultern lag,Treue und Barmher­

eit erfüllen und steht1'dienet h8,1, und dem- Und wie gnãdig ist'\ achdem der Heilandt war, was zuunsererdas Angesicht seiner

ben seine Seele in die, 111.1...

:cht, im Vertrauen auflÊilt,was er verspricht,

Er betet mit uner­tig ist dies Gebet für, zuschanden, der den:t; und keiner brauehtSlauben seine Zuver-

sicht auf den Herrn setzt. Jesu Gebet gibt uns den Trost, dass dieErlosung aller dureh sein Leiden und Sterben wirklich vollbracht istoEr hat es für uns gebetet, seine Erlosung ist unsere Erlosung, seineFreiheit unsere Freiheit, sein Leben unser Leben. Durch seine Auf­erweekung sineI wir gewiss, dass Gott mit uns versohnt, dass unsereSehuld getilgt, dass die Feinde überwunden sind und der Himmelaufgetan isto Wer an Jesum Christum glaubt, wird nicht verlorengehen.

Wir sind noeh in der Welt. Die Not drüekt; Gefahren umgebenuns; aber wir wissen nun, wohin wir uns wenden konnen. DasVaterherz Gottes steht uns offen. Wir haben seine VerheissungenuneI konnen mit allen Sorgen uneI Anliegen zu dem gnãdigen, treuen,wahrhaftigen, allmãchtigen Gott und Vater kommen. \lVir wissen,dass wir nicht vergeblieh bitten; in Christi Erhorung ist unsereErhorung verbürgt. «80 wir wissen, dass er uns hort, was wirbitten, 80 wissen wir, dass wir erlangen, was wir von ihm gebetenhaben.» 1.Joh.5,15. Nun konnen und sollen wir, die wirmit Gottversohnt sind, getrost und mit aller Zuversicht bitten, wie die lie­ben Kinder ihren lieben VateI'. Amen.

Lied: O grosser Schmerzensmann, vom Vater sehr geschlagen(NI'. 83)

MISCELÂNEA

Katholische So:rge um .LateinamerBm

I.Hirtenwort der deutschen Bischofe)

Eine massive katholische Hilfsaktion für den südamerikanischen Konti­nent haben die deutschen Bischofe zum i'·~dvent 1961 mit einem Hirtenbriefeingeleitet, den wir \vegen eler besonderen Bedeutung dieses Vorgangs fastvollsUindig abdrucken. In Bonn wurde eín eigenes Informationsbüro «Bischof­liche Kommission für Lateinamerika-Inforrfiation» gegründet, das eine umfang­reiche publizistische Arbeit einleiten soll. Man muss übrigens zur Kenntnisnehmen, dass in der Beschreibung der Situation Lateinamerikas mit keinemWort die Existenz evangelischer Kirchen und Missionen in diesem Kontinenterwa.hnt wird. - Der Hirtenbrief der deutschen katholischen Bischofe lautetin seinem Hauptteil:

«Zum ersten Adventssonntag dieses Jahres 1961 richten wir deutschenBischõfe Euren Blick auf den Erdteil Mittel- und Südamerika, genannt Latein­amerika. Diesel' Erdteil ist mehr aIs zweimal so gross wie Europa und Russ­[and zusammengenommen, und in ihm wohnen ungefa.hr 200 Millionen Men­schen. Etwa die Ralfte von diesen ist in wenigen, meist Riesenstadten zusam­mengeballt, die andere Ralfte lebt zerstreut über das weite Gebiet hin, beiEntfernungen und Wegeschwierigkeiten, wie wir sie uns kaum vorstellenkonnen.

--~

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112 Katholische Sorge um Lateinamerika

1hr wisst aus den Zeitungen, dass zahlreiche Lander dieses Erdteils vonRegierungsablOsungen, Aufstanden und Revolutionen in Atem gehalten werden.Der tiefere Grund dafür sind die fast unertr,aglichen soziaIen Spannungen:in den SUldten die Arbeitermassen mit ungenügenden Lohn" und Versor­gungsverhaItnissen; ausserhalb der Stadte ein mehr aIs armseliges Land­proletariat. Dazu eine kleine Schicht von Reichen, ja überreichen. Wenn ir­gendwo, dann gilt in Lateinamerika das 'Vort aus der jüngsten SozialenzyklikaPapst Johannes' XXIII., dass es mancherorts einen Gegensatz gebe zwischenaussersten Elend breiter Volksschichten und hemmungslosem Luxus wenigerPrivilegierter, so dass er schreiend sei und beleidigend, Der Erzbischof vonGuatemaIa ruft aus: «Wenn die Reichen nicht aufl1oren. die Armen auszunut­zen, wird der Kommunismus unaufhaltsam wie ein Pa.nzer über aUe Volkerunseres Kontinents kommen.» Dabei kann die Halfte der BevOlkerung ,vedeI'lesen noch schreiben, vcm der andern Halfte hat ein grosser Teil nur zweiJahre massigen Unterricht genossen. \Vahrhaftig ein Entwicklungsland!

Dem entsprechen auch die kirchlichen VerhaItnisse. Zwa.r sind fast 90

Prozent der Bevi:ílkerung katholisch, und es gibt kein Land auf diesel' Erde,das so vieIe Katholiken hatte w1e Brasilien mit seinen fast 60 Millionen ka­tholischen Einwohnern. Aber die Kinder wachsen heran, von einer dünnenSchicht abgesehen, ohne gute SchuIe und ohne Unterricht im Glauben. DasSekretaria.t der Iateinamerikanischen Bischofe schatzt, dass von zehn Frauenund Madchen nur e1ne sonntags die heilige Messe besuche, und bei den Mannernund Knaben gehe von dreissig nur ein einziger zum Sonntagsgottesdienst!Ein grosser Teil der katholischen Kinder kommt überhaupt nichtzur ersten heiligen Beichte und zur ersten heiligen Kommunion. Die meistenKatholiken gehen in den Tod ohn8 Sterbesakramente. \oVahrhaftig, ein Entwick­lungsland, nein, sagen wir es deutlich, ein unterentwickeItes Gebiet in derkatholischen Kirche. Und dabei wohnt in Lateiname1'ika ein Drittel der gesamtenkatholischen Christimheit.

vVo liegt die Ursache? Es g1bt deren mehre1'e. Entscheidend aber istein für unsere Begriffe unvorstellbarer Priestermangel. Wahrend in Deutschlandim Durchschnitt auf eintausend Katholiken ein Priester kommt - und wirklagen schon, und das mit Recht _, kommt in Lateinamerika auf fünftausendGlaubige 1m Durchschnitt ein Priester. Es gibt Gebiete von der Grosse einesdeutschen Bistums, ja von der Grosse etwa des Landes Nordrhein-\Vestfalen,in denen 10 000 oder 20 000 Menschen wohnen und unteI' ihnen ein einzigerPriester. In den grossen Stadten entstehen neue Stacttteile: ohne Kirche, ohnePriester, ohne \Vort Gottes. Wer soU taufen? \oVer soU unterrichten? WersoU zur ersten heiligen Beichte, wer zur ersten heiligen Kommunion führen?Wer soU den Eheschliessungen assistieren? Wer soU die Sterbenden versehen?Was sind die Folgen? Tür und Tor sind geoffnet dem Aberglauben, demSpiritismus mit seinem GeisterkuIt, den Sekten und nicht zuletzt dem Bolsche­wismus. Jahr um Jahr verliert die Kirche in Lateinamerika So viele ihrerGlieder wie in Afrika durch Missionen gewonnen werden.

Und was steht auf dem 8piel? Alle dreissig Jahre verdoppelt sich dieBevolkerung Lateinamerikas. vVenn nichts Aussergewohnliches eintritt, wer­den unsere Jugendlichen noch erleben, dass in Lateinamerika 600 MillionenMenschen gezahlt werden, d. h. sovieIe, wie heute China umfasst.

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-rika Katholische Sorge um Lateinamerika 113

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J ahre verdoppelt sich dieewohnliches eintritt, wer­einamerika 600 Millionen~hina umfasst.

vVen ergreift da nicht die Not der vieIen, vielen Seelen? Und wennjemand von diesel' Not nicht ergriffen würde: was bedeutete es für die ganzeWeIt, wenn diesel' Erdteil dem Eolschewismus verfiele!

1st keine Hoffnung? Die Vereinigten Staaten von Amerika und andereLandeI' der freien vVeIt sind aufmerksam geworden und wollen in ihrer WeiseheIfen. Für die nachsten zehn Jahre ist eine Hilfe vorgesehen ahnlich elemMarshallpIan, eler vor 15 Jahren Europa und uns Deutschen geholfen hat.Was nutzt aber die Entwicklung wirtschaftlicher Art, wenn die EntwickIungsoziaIer, erzieherischer und seelsorgerlicher Art nicht Schritt haIt! Dannschafft sie nur neue lndustrialisierung, neue Grosstadte, neues Proletariat.

ln den katholischen Kreisen, bei Bischõfen, Priestern und Laien, sind diesozialen Kriifte wach geworden. Auch die Mittel, die lhr in den Ietzten dreiJahren für das Bischofliche Werk Misereor gegeben habt, sind schon imKampfe gegen EIend und soziale Not zur vVirksamkeit gekommen. ln denmeisten Landern Lateinamerikas gibt es heute starke und vieIversprechendekatholische soziaIe Bewegungen und Parteien.

Auf religiOsem Gebiet ist ein Marl,stein geworden der EucharistischeKongress, der 1955 in Rio de Janeiro, der damaligen Hauptstadt Brasiliens,stattfand. 1m AnschIuss an eliesen Kongress traten zum ersten Male dieBischofe eles gesamten lateinamerikanischen Erdteils, elas sind 110 Bischofeaus 23 Nationen, zu einer gemeinsamen Konferenz zusammen. Diese KQnferenz,genannt Ceiam, befasste sich vor allem mit den oben geschilderten HauptübeIn:der ungelOsten soziaIen Frage und dem Priestennangel.

Zu letzterem beschlossen die Bischofe u. a., wie iu den :Missionsgebietensogenannte Regionalseminarien Zu gründen. Zu diesem tatkraeftigen Anpackeneler schwersten und wichtigsten Aufgabe hat die Bischofe eiu Schreiben desdamaIigen Heiligen Vaters Pius' XII. ermutigt. ln dem e1' sich leidenschaftlichdagegen wehrt, dass man eine Panikstimmung aufkommen lasse. Der HeiligeVater gibt seiner überzeugung Ausdruck. es konne bei richtigem Einsatz allergegebenen Moglichkeiten dem Priestermangel in Lateinamerika abgeholfenwerden, und zwar in relativ kurzer Zeit. Ja. er hege in seinem Herzen eli<eHOffnung, Lateinamerika werde balcl imstande sein, sogar Missionare in andereLander zu senelen. Prophetisch fahrt der Heilige Vater fort, es habe denAnschein, dass die gõttliche Vorsehung eliesem grossen Kontinent einen hervor­ragenden P!atz in eler grossen Aufgabe der Vleltmission vorbehalten habe.

ln der Tat, wie die wirtschaftlichen und sonstigen sind ja auch die reli­giOsen Reserven dieses Erdteils ungeheuer. Bei all dem geschilderten Elendund bei anel' Priesternot ist er im Herzen l<"..atholisch.

So steht ein doppeltes Zukunftsbild Lateinamerikas vor unsern Augen.Das eine: diesel' Riesenkontinent, an soziaIem EIend und Priestermangel ge­scheitert, eine Beute des Spiritismus und der Bolschewisten. Das andere: diesel'Riesenkontinent, aus seiner jetzt noch gleichsam schIummernden katholischenSubstanz wieder erholt, ein religios lebendiges Glied der Kirche Christi, sozialgeordnet und selbst volI missionarischer Kraft.

... Was sollen wir tun? "Vir deutschen Bischofe rufen unsere Diõzesanenaur, Uber .alIer eígenen Not nie dieses grosse Anlíegen der Kirche Zu vergessen.ln unseren Gebeten dürfen wir Lateinamerika nicht mehr übersehen, heute das

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114 Observador

am meisten gefahrdete, aber morgen vie11eicht schon das bedeutendste Gliedunserer Kirche.

Wir konnen gewiss nicht in genÜgender Zahl DiOzesanpriester nach Latein­amerika schicken. AteI' wir konnen die BemÜhungen der lateinamerikanischenBischofe und der Orden unterstÜtzen, die unteI' unsagbaren MÜhen Priesternach­wuchs heranbilden. Wir konnen den Missionaren helfen, die unteI' heroischemEinsatz um die Seelen der Lateinamerikaner ringen.»)

(Aus "Lutherische Monatshefte,,)

OBSERVADOR

Religionsersatz. -- Wie wenig der Kommunismus- ohne religiOs verbramteHandlungen fertig werden kann, beweisen die immer sUirkerbetriebenen Weihe­handlungen zu allen moglichen Gelegenheiten, mit denen er versucht, diechristlich ldrchlichen Handlungen zu ersetzen. Und da es freiwillig nichtgeht, müssen die Menschen eben dazu gezwungen werden. \Ver nicht daranteilnimmt, verfallt der staatlichen und bürgerlichen Ãchtung. Das ist diegrosse und herrliche Freiheit, die das "Paradies auf El'den», das der Kommu­nismus verheisst, mit sich bringt. In letzter Zeit haufen sich die NachrichtendarÜber, dass die atheistischen \Veihehandlungen in der Sowjetzone Deut­schlands immer provozierender gehandhabt werden, 80 sollte z. B. am 18.Marz zum erstenmal eine atheistische Jugendweihefeier auf der \íllartburgstattfinden, Die Wahl diesel' Luthel'-Gedenl,stiitte verrat ganz deutlich, dassnach und nach, das Gedachtnis an alles, was christlich ist, im VolkeausgelOscht werden soll. Im übrigen sind die Nachrichten darüber, wie hochdie Zahl der Teilnehmer ist, sehr verschieden. Selbst wenn sie vel'haltnis­massig hoch ist, so sind das doch keine echten Zahlen, denn dahinter stehtder moralische und wirtschaftlíche Zwang. - Gott hat dem Volke Israel nach70 Jahl'en die Freiheit wiedergegeben. Es ist derselbe Gott, der heute nochim Regimente sitzt. Wir dürren darllm bitten, dass die Zeit nicht so langedauert und dass den BrÜdern in Mitteldeutschland und wo immer sie unteI'der Knute des Atheismus Ieiden. die Kraft geschenkt wird zum Durchhaltenund zum Bekenntnis. H. R.

Katholische Sorge um SÜdamerika. - Der mangeInde Priesternachwuchsstellt die katholische Kirche vor schwere PI'obleme. Nach Angaben des katholi­schen MissionsbÜros «Fides» kommt auf 5.000 lateinamerikanische Gliiubigenur jeweils ein Priester; in manchen Gebieten aber ist das Verhiiltnis nochwesentlich ungÜnstiger. Auf dem gesamten Kontinent SÜdameI'ika bereitensich gegenwiirtig nuI' 5200 Studenten aur das PriesteI'amt vor. Da die Zahlder einheimischen Theologen orfensichtlich noch lange Zeit nicht ausl'eiehenwird, sol1 dem Priestermangel sowohl dUI'ch die Entsendung europaischer undnoI'damerikanischer Priester aIs auch duI'ch die Bereitstellung hoher SummenfüI' die einheimische Priesterausbildung begegnet werden. So hat Spanien be­reits 20.000 kirchliche Mitarbeiter für Lateinamerika gestellt. Die Weih­nachtskollekte der deutschen Katholiken zugunsten der Seelsol'ge in Lateina­merika, die über 23 Millionen DM (ca. 1.840 Millionen Cruzeiros) erbracht hat.soU dem Bau von Priesterseminaren und Stipendien rül' 500 Theologiestu­denten aus Südamelika dienen,

(Nach «Sonntagsblatt»)

Warteliste für zukünftige «Heilige». - Nach der Katholischen Nach­richtenagentur stehen auf der «\Varteliste» der Heiligen und Seligen dieNamen von insgesamt 2.270 Personen. Bekann'tlich geht jeder Selig- llnd

HeiligsprechungSeit dem Jahbe :C5S' ­

urrd 116 Selige pé_:'~,.'wollte, dass :leite, :O.C,_>und selig ist, ir"::c:::'"

Offenes ,-ii}':-LS?,-,-,=in der kirchlichter :Gemeinden in E~::~~Kirche bei ihre:'noch in Kraft .':"->":i.ihren Gemeinde::, ~-­gI'ündet wurdenach dem HeiLs =c_\vachsendes .~:-e::-l~~worden sei. E:r":diesel' Praxis ir,'okumerrischelldenen KirehenfeieI't wurde. A~:...cten Kirche da~lungsschI'eiben f.2.. ~

ein auf diechristlichen Ei~'":~::111einde anstreh~:- :::.:solle das ~4.be:-_ .-:-- -~­

}(irche zu ~7unteI' UmstiL:,:=._Begründung '::,--_dass es dem B::":"~nichtvon ::]2:"ZU führen,,·. -.Heilandes Sr,:,::-­in Neu De}:::.Jesus Chl'ist:_~~~::-=

Religionen ge"Praxis nieh: ,"c_-

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Observador 115

das bedeutendste Glied

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ltherische Monatshefte»)

ohne religiOs verbram.tearkeI'betriebenen Weihe­denen er versucht, die

da es freiwillig nicht·erden. Wer nicht daranL Ãchtung. Das ist die~l"den», das der Kommu­fen sich die NachrichtenL der' Sowjetzone Deut­80 sollte Z. B. am 18.

feier auf der Wartburgrrat ganz deutlich, dasshristlich isto im Volkechten darüber. wie hoch)st wenn sie verhaltnis­.len, denn dahinter stehtlt dem Volke Israel nachbe Gott, der heute noch

die Zeit nicht so langemd Wo immer sie unteI't wird zum DUl'chhalten

H. R,

gelnde Priesternachwuchsach Angaben des katholi­cnamerikanische Glaubige

ist das Verhaltnis nochent Süclanierika bereitenteramt vor. Da die Zahlg'e Zeit nicht ausreichen;endung europaischer und,itstellung hoher Summen,·den. 80 hat Spanien be­'ika gestellt. Die Weih­der Seelsorge in Lateina­, Cruzeiros) erbracht hat.,n fUI' 500 Th.eologiestu-

(Nach. «Sonntagsblatt»)

der Katholischen Nach­-ieiligen uncl Seligen die1 geht jeder Selig- und

Heiligsprechung sei tens der Romischen Kirche ein langer Prozess vorauf.Seit. dem Jahre 1588 hat die réimisch-katholische Kirche insgesamt 155 Heiligeund 116 Selige proklamiert. - vVenn man es doch damit bewenden lassenwollte, dass jeder Mensch heilig wird durch den Glauben an Jesus Christusund selig ist, in dem Augenblick, in dem er im Glauben stirbt! .H. R.

Offenes Abendmahl in Holland. - Wohin éikumenistische Traumereienin der kirchlichen Praxis führen ki:innen, demonstrieren neuerdings reformierteGemeinden in Holland. 80 hat die Synode der Niederlarrdischen ReformiertenKirche bei ihrer diesjahrigen Versammlung, trotzdem die fuer diese Kirchenoch in Kraft stehende Kirchennordnung anders lautet, fast einstimmig allenil1ren Gemeinden empfohlen, das «offene» Abendmahl zu praktizieren. Be­gründet wurele diesel' Beschluss damit, dass in letzter Zeit das Bedürfnisnach dem Heiligen Abendmahl bedeutend sUi.rker und damit zugleich einvvachsendes "verlangen nach sichtbarer christlicher Einheit bemerkbar ge­worden sei. Eine 8tudentengemeinde in Utrecht waI' schon seit 1960 mitdiesel' Praxis in Erscheinung getreten, indem in wochentlichen sogenannten<!'l>kumenischen Gottesdiensten» bei abwechselnder Mitwirkung der verschie­denen Kirchen unteI' Zulassung allel" die es begehrten, das Abendmahl ge­feiert \v'Urde. Amtlich steht auch jetzt noch in der Niederlandischen Reformier­ten Kirche das Abendmahl nur den Konfirmierten offen. ln ihrem Empfeh­lungsschreiben an die Kirchenvorstande erklart nun aber die Synode, dassein auf die einzelne Gemeinde beschranktes Abendmahl der allumfassendenchristlichen Einheit nicht genügend Ausdruck gebe, und dass darum jede Ge­Hleinde anstreben lTIoge;auch Glieder anderer Kirchen zuzulassen, ja, lTlansol1e das Abendmahl auch denjenigen reichen. «die, o h TI e G 1i e 0. e i n e rK i r c h e z use i n in der Gemeinschaft mit Christen leben wollem>. 80 darfl.mter Umstar,den elas Abendmahl auch Ungetauften gereicht werden. DieBegrUndung dafür wird in den vVorten gegeben. ,:es kéinnte denkbar sein,dass es den1 Heiligen Geist gefãllt .. hier und daaucheinmal einen Menschennicht von der Taure zun1. --.Abendmahl, sondel'nvom Abendmahl zur Taufezu führem>. - Hiel' wird ganz klar mit dem heiligen VernÜichtnis unseresHeilandes Spielball getrieben. Da man aber auf der grossen Versammlungiu Neu Delhi auch kein klares V{ort dafür fand, dass das Heil allein inJesus Christus sei, sondern zu verstehen gab, dass auch in den heidnis.chenReligionen gewisse Rettungsmoglichkeiten vorhanden seien, ist eine solehePraxis nicht gal' zu tief verwunderlich, zumal ja die refoI'mierten KiI'chendas Abendmahl an sich schon entwertet haben. 6kumenische Traume konnenÜberaus gefahrlich werden! H. R.

Thlusik ln der Kirche ~ Wie das ":Sonntagsblatt» mitteilt, wenden sichneue Richtlinien fUI' die evangelisch-lutherische Kirche Bayel'ns gegen elenGebrauch kirchlich fragwUrdiger Texte und MusikstUcke bei Taufen, Trauun­gen und Beerdigungen. Diese Handlungen der Kirche seien keine «stimmungs­vollen Familienfeierm>. ihre musikalische Gnmdlage habe wie bei jedemGottesdienst der Gemeindegesang aus dem Gesangbuch zu sein. UnteI' dennichterwünschten Musikalien werden genannt: der «Hochzeitsmarsch» vonMendelssohn, der «Brautchor» aus Lohengrin von Wagner, das «Ave Maria»von Schubert. Ebenso seien nicht empfehlenswert «Harre meine Seele», «DieHimmel rühmem, und «80 nimm denn meine Hande». - :Das sind ohne FrageRichtlinien, die von allen lutherischen Kirchen beach.tet werden sollten. lndiesel' Hinsicht ist auch in unsern Kreisen noch viel grundlegende Musikerzie­hung notig. und nicht nur das; wer die ursprüngliche Bestimmung der obengenannten Hochzeitsmusiken kennt, wird sie in einem ch.ristlichen Got­tesdienst unteI' keinen Umstanden dulden wollen. Vvir mochten zu den ge­nannten Stücken auch noch das «berühmte Largo» aus der Oper «Xerxes»von Handel zãhlen. H. R.

750· anos Côro dos Tomanos. - Os Tomanos, os famosos meninos can­tores de Leipzig, podem festejar uma tradição de 750 anos da sua escola,

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116 Observador

da «Schola Thomana Lipsiensis». Foi na primavera do ano 1212, quando osagostinos criaram a escola dos Tomanos junto com a fundação do mosteiro deS. Tomás, em Leipzig. A instituição foi destinada ao ensino de órfãos quereceberam também instrução no canto sacro. - A escola permaneceu nosmesmos moldes, durante todos os séculos. Também a Reforma em nada a mo­dificou, a não ser que a escola ficou a cargo da cidade de Leipzig. No correrdo tempo a escola ficou equiparada a um curso clássico, e todos os Tomanoscontinuaram sempre o ensino musical. cada um apreendendo a tocar um ins­trumento. - A fama do coro dos Tomanos trasbordou oS lim.ites regionais,quando foi dirigido pelo seu mais importante cantor Johann Sebastian Bachque apresentou o côro de 1723 a 1750 na igreja de S. Tomás, onde foram es­treadas pelos meninos cantores a Paixão de S. João e de São Mateus.

(Fôlha Dominical)

ausgegeben unddie E~,erschienene «Septembe>-::abgezogen. Es istgegangen. 1m Jahre 14'2:in Leipzig das Drucke;'~ oDruck heraus,' Nachdrucker und Buchhan,l'=:Leipzig war, ist in die":<~merksam geworden.bis 1520 mit über ::'hauptsachlichennicht Erfinder, der 2':' '"

die sioh bald danact, _

- -.. ---- -_ .._~- _ .. _>_ ~ __'0_"..•... '----". -."';"'-- .•

Qumrau-Schrift"demie der Wissens'.:.~~denen .Rollen vom T,~é-,­

danien. Nachdem "~"'~kostbare ManuskI'j,­Iem zur Verfi.igungdass die Rollen d2.2c1en aramaischenwurde. Ein T8X0-­jedenfalls einige~'unserer ZeltreCI::-"'­Teile des Buch'Osbereitet, weil de:bekanntgegeben.Ministeriums rÜ-

scm,,,-§: ~,_Fin2'er 2:JJf(8. 42 r.einen Blick

Unce::im LuthE':':=-',o­und Er:-'~t ".­Peters ',''-22=.:.. ~aussel~::::"::~:"'-=-=-_Platz "'~~ -=­

za.nr:_'·;;sentl'..àL.

AIbre('ht f'~-~~im Abendrr:a:-..

Luthel'is.:.i~="

Ein interessanter Fund .. - In der agyptischen vVüste hat ma.'l jetzt dieRuinen einer auf den Anfang unserer Zeitrechnung zurückgehenden Stadtentdeckt, in der auch die Fundamente einer chi'istlichen .Kathedrale ausgegrabenwurden. Damit bewahrte sich eine alte überliefenmg, dass dort das Grabeiner Martyrerin aus dem 3. Jahrhundert liege. Koptische Christen treffensich dort jahrlich zum Gebet. ]\/fan hatte aber bisher den Steinen, die aus demWüstensande herausragten, wenig Beachtung geschenkt.

(<<UnteI' dem Kreuze»)

Noch eiue Stimme 2:U Neu-DeIhi. - Zu den von uns in der vorigenNummer diesel' Zeitschrift vermerkten «Stimmen zu Neu-DeIhi>/ (1gr. Lut.1962, 5ff.) mochten wir an diesel' Stelle noch auf eine andere Ausserung dazuhinweisen, namlich auf die des Bischofs DI'. Hans Lilje; eine Stimme diedoch unverdachtig sein sollte, da Bischof Lilje selbst in Neu-Delhi dabeiwar. Auf einer Tagung in Arnoldshain bezeichnete namlich Dr. Lilje dieArt und \Veise, wie sich die \Veltkirchenkonferenz zur Deutschlandfragegeaussert habe aIs eine ernsthafte Versuchung zum Neutraiismus: vor derzu warnen sei. Ein schwerer Fehler sei es gewesen, die Aufnahme derRussisch-Orthodoxen Kirche ohne jede Kommentierung zu vollziehen. Diekritische Funktion des Protestantismus, die zeitweise der õkumenischen Be­wegung ihren Schwung verliehen habe, sei auf diesel' dritten Weltkirchen­lwnferenz zu1'i.ickgetreten, und aus diesel' Tatsache erwachse den TheoIogenjener Kirchen, die auf die Reformation zurückgehen, eille grosse Veranhvor­tung. - Zunachst einmal legt diese Kritik -- vielleicht ungewollt - denFinger in die eigentliche Wunde diesel' grOSSen Tagung, namlich dass diePolitik der grosse Schatten war, der über der ganzen Konferenz gelagerthat. Es handelte sich hie1' weniger um wirkliches Ringen nach der Wahrheitdes Wortes Gottes aIs um organisatorische Fl'agen und Dinge, die nuI' duI'chOI'ganisationen betrieben \verden konnen, Dass bei der heutigen Weltlagedabei die Politik eine mehr oder weniger grosse Rolle spielt, liegt in derNatur der Sache. Auf die Gefahr der zu starken Assoziierung mit derRussisch-Orthodoxen Kirche haben wir verschiedentlich aufmerksam gemacht,da auch wir glaubeu, dass eine der Triebfedern, die hinter c1em Antrag aufAufnahme in den Weltrat der Kirchen seitens diesel' Kirche stand, auf po­litischem Gebiete zu suchen isto H. R.

Der Mann, der Martin Luthers Thesen drnckte. - Die Drucker, derensich Martin Luther zur Verbreitung seiner Schriften bedient hat, sind kaumweiten Kreisen bekannt geworden. Und doch ist ihr Dienst, den sie dem Werkdes Reformators taten, von grosster Bedeutung gewesen. Dass die Reformationin dem bekannten Ausmass sich durchsetzen konnte, ist zu einem gutenTeilder damals eben aufkommenden Buchdruckerkunst unc1 den Mannern, die sieausübten, zu danken. - Die ersten bedeutsamen Lutherpublikationen sind voneinem Drucker, dessen Name sich klanglich fast mit clem des Reformatorsdeckt, heI'ausgebracht worden, von Melchior Lotter dem Alteren. Lotter hatneben anderen Luther-Schriften auch Luthers 95 Thesen aIs Plakatdruck her-

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Livros 117

'o ano 1212, quando osEundação do mosteiro deo ensino de órfãos queescola permaneceu nos

'êeforma em nada a mo­le de Leipzig. No correr'20. e todos os Tomanos:1clendo a tocar mll ins­ou os limites regionais,Johann Sebastian BachTomás, onde foram es-

e de São Mateus.(Fôlha Dominical)

\-üste hat man jetzt diezurückgehenden Stadt

Kathedrale ausgegrabeng, dass dort das Grabeotische Christen treffenlen Steinen, die aus demlzt.(<<UnteI' dem Kreuze»)

,con uns in der vorigenNeu-Delhb; (Igr. Lut.

andere Ausserung dazuLilje; eine Stimme dieast. in Neu-Delhi dabei

namlich DI'. Lilje diezur Deutschlandfrage

Neutralismus: vor der,en, die Aufnahme derung zu vollziehen. Die, der ókumenischen Be­;er dritten Weltkirchen­erwachse den Theologen

eine grosse Verantwor­leicht ungewo11t - dengung, namlich dass die,zen Konferenz gelagertngen nach der Wahrheitnd Dinge, die nur durch

der heutigen Vveltlage.011e spielt, liegt in der1 Assoziienmg mit der'h aufmerksam gem.acht,hinter dem Antrag auf

r Kirche stand, auf po­R. R.

- Die Drucker, derenbedient hat, sind kaum

)ienst, den sie dem Werk·n. Dass die Reformationist zu einem guten Teil

nd den Mannern, die siecerpublikationen sind vonIt dem des Reformators1em Alteren. Lotter hat3en aIs Plakatdruck her-

ausgegeben unddie ersten Bibelübersetzungen Luthers gedruckt. Das 1522erschienene «September-Testament» wurde in Lotters Druckerei gesetzt undabgezogen. Es ist allerdings ohne Luthers und des Druckers Namen ins Landgegangen. 1m Jahre 1495 brachte er, nachdem er bei dem Drucker Kachelofenin Leipzig das Druckerhandwerk erlernt hatte, dort auch seinen ersten eigenenDruck heraus.· Nach und nach arbeitete er sich zum ersten Leipziger Buch­drucker und Buchhandler empor. Luther, der von 1512 bis 1517 wiederholt inLeipzig war, ist in diesen Jahren mit seinen gelehrten Freunden auf ihn auf­merksam geworden. Nach dem Druck der 95 'fhesen wurde Melchior Lotterbis 1520 mit über 20 Drucken lateinischer und deutscher Schriften zumhauptsachlichen Luther-Drucker seiner Zeit. Er war der erste Anwender, wennnicht Erfinder, der sogenannten «Wittenberger SchI'ift», eine Druckschriftart,die sich bald danach in ganz Mitteldeutschland durchsetzte.

(Nach L\VB Pressedienfit - H. R.)

Qumran-Sehriftrolle erworben. --- Die Koniglich Niederlandische Aka­demie der Wissenschaften hat das Recht erworben, eine der berühmt. gewor­denen .Rollen vom Toten Meer zu kaufen. Die Rolle bleibt allerdings in Jor­danien. Nachdem der Text studiert und verÜffentlicht sein wird, sol1 daskostbare Manuskript aIs ein niederlandisches Geschenk deul Ivluseum in Jerusa­lem zur Verfügung geste11t werden. Die jordanische Regierung erlaubt nicht,dass die Rollen das Land verlassen. Bei dem Manuskript handelt es sich umden aramiÜschen «Targum» des Buches Hiob, das bei Qumran aufgefundenwurde. Ein Targum ist eine Paraphrase und Exegese eines Bibelbuches oderjedenfalls einiger Kapitel. Die Rolle muss aus der Periode etwa zu Beginnunserer Zeitrechnung stammen. Es ist 1110glich, da.s darin »....uIschluss überTeile des Buches Hiob zu finden ist, deren Interpretation Schwierigkeitenbereitet, weil der heutige Text verstümmelt isto Der Kaufpreis wurde nichtbekanntgegeben. Der Kauf ist dUl'ch eine Zuwendung des niederlandischenMinisteriums für' Unterricht, Ki.inste und Wissenschaften moglich geworden.

«(Universitas»)

LIVROSAlbrecht Peters: Realprãsenz. Lutners Zeugnis von Christi Gegenwart

im Abendmahl. Arbeiten zur Geschichte und Theologie des Luthertums, Bd 5Lutherisches Verlagshaus, Berlin, 1960, 211 Seiten, broschiert - DM 15.80.

UnteI' den "Arbeiten zur Geschichte und Theologie des Luthertums», dieim Lutherischen Verlagshaus von \Vilheim NTaurer, Karl Heinrich Rengstorfund Ernst Sommerlath herausgegeben werden, nimmt die Arbeit von AlbrechtPeters wegen ihrer Aktualitat, abeI' auch wegen der Methode, mit der derausserordentlich weitreichende Gegenstand gemeistert wird, einen besonderenPlatz ein. Es sei hier gleich vorausgeschickt, dass die Literatur, deren Auf­zahlung 6 vo11e Druckseiten einnimmt, wohl So ziemlich alles Wesentlicheenthalt, was in den let.zten etwa 120 Jahren Zu diesem Thema geschriebenwurde. (Die altesten Titel, die in der Liste der Literatur angeführt sind,stammen aus dem Jahre 1839 und haben die bekannten Theologen Rudelbachund Rettberg zu Verfassernj. Die Quellen bei Luther sind nach der WeimarerAusgabe angegeben; ihre Aufzahlung umfasst. auch etwa zweieinhalbe Druck­seiten. Diese Hinweise deuten schon an, dass die Arbeit wirklich in die Tiefegeht.

Peters beginnt seine Arbeit mit einer Rückschau auf die Lutherfor­schung zu seinem Thema vom vorigen Jahrhundert ab. Dabei legt er denFinger auf 12 Fragen, die ihm bisher nicht klar genug beantwortet scheinen(S. 42 f.). A11ein diese Fragen sind schon aufschlussreich und lassen unseinen Blick tun in den Umfang dieses ganzen Fragenkomplexes:

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118 Livros

Estudo HomilE':i::

ObSelT8.,:L:

Was ist zulass:,2''émahlsgel-':ê" -_~C

Der Christ und __c

Milagres: Si::",: =

wobei der beschr1inkt", E-,-"Daten und Ereigniss", ::=""Kirchen, und zwar leg-',schen Bekenntnisse ­behandeIt sodann,zwar nament!ich:fertigung durch der:.gute Werke, die K',,~,cAuferstehung der TéC'-:­bung lutherischer C:.c',',uns die Griechische cccc~

die reformierten k8..l-­arminianischensechste Unionskirch::-,Darunter sind nam,2:2.~,'rier, die MOrmOl1E",Logen und Jehov8.sMitteilungen überKirchen, und zwa, ~:-:Orthodoxie, evan,,2e, =

FundamentalismU3 '-""....1e von Informatkn'=-=' _wird. Die Frager: ::.=und die reichha1::;:-: :=:

Studie steht. \y~:,­englischen Spra'c.Le -

Lesepredig:

Lewis \V. Spitz: Our Church and Others. Beliefs and Practises of Ame·rican Churches. - Concordia Publishing House, St. Louis, 1960. - 160 Seiten,geheftet. US$ 0.60.

1. Wie ordnet sich Luthers Bekenntnis zur ReaIpr1isenz ein in seine Lehrevom Heiligen Geist?

2. Wie ordnet sich Luthers Jazul' ReaIpr1isenz ein in seine Christologie?3. Wie verh1iIt sich Luthers Ja zur ReaIpr1isenz Zu seiner Exegese der Abend-

mahlsworte ?4. 1st die Gabe des Sakramentes eine andere aIs die des Wortes ?5. Wie verh1ilt sich das Wort zum Leib Christi?6. Wie verh1iIt sich der Leib Christi zum EIement '?

7. Wie verh1ilt sich die Sündenvergebung im Glauben an das Wort zumleiblichen Gegebensein des Leibes und BIutes Christi unteI' den EIementen?

8. Wie müssen wir das Zueinander von Leib Christi und Sündenvergebungsehen?

9. Wie verh1ilt sich die Wirkung des Christusfleisches zum personalen Han­deln des Herrn?

10. Wie gehoren Herz und Mund, innerer und 1iusserer lV[ensch zusammen imSakramentsempfang?

li. Wie gehi.iren Sakrament und Ethos zusammen?12. Wie gehi.iren Sakrament und Eschatologie zusammen?

Für Peters spitzen sich alle diese Fragen letztlich zu in der Hauptfrage:«Wie verhãIt sich der totus Christus zum corpus Christi, wie das Wort zumElement, wie das Herz zum Mund des Menschen im Sakramentsempfang?»- Diese Frage versucht der Verfasser dann im Hauptteil der Arbeit -­«Luthers Zeugnis von Christi Gegenwart im Abendmahl» - zu beantworten- und, wie wir glauben feststellen zu konnen, sie wird hier beantwortet.Dabei sind vom Verfasser sechs Gesichtspunkte herausgestellt worden: 1.Pneumatologische Begründung der Gegenwart des Herrn in Wort und Sa­krament; 2. Christologische Begründung der Gegemvart des Herrn in Vlortund Sakrament; 3, Die Art und vVeise der Gegenwart des Herrn im Sakrament;4. Das Zueinander von «leiblichen und <zgeistlichen Gegenwart; 5. DieWirkung der Gegenwart des Herrn; 6. Das Verh1iltnis zwischen dogmatischerund exegetischer Begründung der Sakramentsgegenwart Christi.

1m Schlussteil der Arbeit bringt der Verfasser eine knappe, aber sehrtreffende Zusammenfassung des Ergebnisses unteI' dem Titel «Luthers Sa­kramentszeugnis». Man ist versucht, diese Zusammenfassung ganz nachzu­schreiben, da wir uns nicht besinnen konnen, je so klar und in so knappen S1itzendas Gesamtzeugnis Luthers zur Realprasenz gesehen zu haben. - Wenn Petersdann im Schlusskapitel «die Arnoldshainer Abendmahlsthesen im Licht derAbendmahlslehre Luthers/? beleuchtet, so muss er sich dort natürlich denKritikern diesel' zum Teil so vi.illig undurchsichtigen Thesen anschliessen, undWir fühlen, dass er hier, trotz seiner eindeutigen Stellung bei Luther, dochsehr milde urteilt.

Wir mochten diese Arbeit neben Hermann Sasses fundamentales Vierk«This is my Body» - das leider immer noch nicht in die Muttersprache desverehrten Verfassers übertragen worden ist - stellen und dazu wünschen, dasssie in diesel' Zeit der immer weiter um sich greifenden Verwischung der klarenGrenzen, die Luthers Zeugnis vom Abendmahl auf Grund der Schrift gesetzthat, wirklich studiert werde. Dann würde so manches, was auch in lutheri­schen Kreisen nicht mehr klar gesehen wird, neue Klarheit erhalten und dieganze Diskussion um das Abendmahl von lutherischer Seite aus neu befruchtet.

, H. Rottmann

Wir haben hier ein kurzgefasstes Textbuch, Íll dem in trefflicher WeiseBekenntnisgrundlagen und gleichzeitig auch die Praxis der haupts1ichlichenin den Vereinigten Staaten vertretenen Kirchen uncJ.kirchlichen Gruppen behan­delt werden. Das empfehlenswerte Büchlein beginnt mit einem kurzen grund­satzlichen überblick über die Geschichte der christlichen Kirche überhaupt,

Livros

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Livros 119

enz ein in seine Lehre

ln seine Christologie?ler Exegese der Abend-

des Wortes?

en an das Wort zum. unteI' den EIementen?

und Sündenvergebung

3 zum personalen Han-

Mensch zusammen im

len?zu in der Hauptfrage:

sti, wie das Wort zumSakramentsempfang? »

mptteil der Arbeit ­fi1» - zu beantworten··.vird hier beantwortet.lusgestellt worden: 1.,nn in \Vort und Sa­(rt des Herrn in Vfort·s Herrn im Sakrament;

Gegenwart; 5. Diezwischen dogmatiseher

[1't Christi.?ine knappe, aber sehr,m Tite1 «Luthers Sa­1fassung ganz naehzu­1d in so knappen Satzenhaben. -- Wenn Peters

llsthesen im Lieht dereh dort natürlieh denhesen anschliessen, undllung bei Luther, doeh

wobei der beschrankte Raum natürlich auch Beschrankung auf die wesentlichenbaten und Ereignisse fordert. Das zweite Kapitel behandelt die lutherisehenKirehen, und zwar Iegt es zuerst ku1'z und doeh mit g1'osse1'Prazision die 1utheri­sehen Bekenntnisse in ihrem jeweiligen gesehichtliehen Zusammenhang vor ímdbehandelt sodann, ebenfalls kurz, die Hauptlehren der Iutherisehen Kirehe, undzwar namentlich: Gott,. Sehopfung, Menseh und Sünde, Erlosung, Recht­fertigung dureh den G1auben, Bekehrung, die Gnadenmittel, Heiligung undgute Werke, die Kirehe, das Predigtamt, Kirehe und Staat, Pradestination,Auferstehung der Toten und Ewiges Leben. Darauf folgt eine kurze Beseh1'ei­bung Iutheriseher Gottesdienste und Gebrauehe. - Das dritte Kapitel führtuns die Grieehisehe und die Romisehe Kirehe vor. Das vierte Kapitel behandeltdie reformierten kalvinistischen Ki1'chen und Gemeinsehaften; das fünfte diea1'minianisehen refo1'mie1'ten Kirehen, namentlieh die Methodistenki1'ehe; dassechste Unionskirehen und Kirehenbünde; das siebte die niehtehristliehen Kulte.Darunte1' sind namentlieh bea1'beitet die Soeinianer, aie ame1'ikanisehen Unita­1'ie1', die Mo1'monen, die Ch1'istliehe Wissensehaft, Theosophie, Spiritismus,Logen und Jehovas Zeugen. 1m Ietzten Kapitel finden wir aufsehlussreieheMitteilungen über Bewegungen und Tendenzen innerhalb der amerikanisehenKirchen, und zwar sind besonders behandelt der religii::ise Liberalismus, Neu­Orthodoxie, evangelistisehe Bewegung, die von dem Verfasser aIs neuerFundamentalismus da1'gestellt wird. - Man muss staunen, welch eine Fül­1e von Informationen in diesem verhaltnismassig sehmalen Büehlein gebotenwird. Die Fragen am Sehluss eines jeden Kapitels zwingen zu Wiederholungund die reichhaltige Bibliographie zeugt von der breiten Basis, auf der dieseStudie steht. Wir konnen dies Büchlein allen Pastoren und Lehrern, die derenglisehen Spraehe maehtig sind, ganz he1'zlieh empfeh1en. H. Rottmann

ÍNDICEEstudo Homilétieo 65

Der Christ und die Arbeit unteI' dem Ersten Gebot , 82

\Vas ist zuUissige Kirehengemeinschaft im Sinne von Kanzel- und Abend-mahlsgemeinsehaft ; 91

Katholische Sorge um Lateinamerika 111

,s fundan'entales 'VVeI'kdie Muttersprache des

nd dazu wünschen, dassVerwischung der kIaI'enmd der Sehrift gesetzt" was auch in lutheri­'iI'heit eI'ha1ten und dieeite aus nel1 befruchtet.

H. Rottmann

and Practises of Ame­Üs, 1960. - 160 Seiten,

em in trefflicher Weise:is der hauptsachliehen'hlichen Gruppen behan­it einem kurzen grund­'hen Kirche überhaupt,

Milagres: Sinais: Prodigios .

Albert Sehweitzer und die Unitarier

Unser Theologisehes Bantu-Seminar

Lesepredigt

Observador

Livros

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I

l-

IiII

II

o ANO DO SENHOR é de autoria do ProL Hans-GerhardRottmann.Contém cantos a 4 vozes para corais das congregações en1língua portuguêsa e aIen1ã. hen1 selecionados par::! n anoeclesiástico.Brochura. no formato 23 x 15 em., 32 páginas.Preço: Cr$ 250.00.

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