III Congresso Consad de Gestão Pública CONSAD/paineis... · Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD)....

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III Congresso Consad de Gestão Pública ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS ORIENTADAS PELA ESTRATÉGIA: A EXPERIÊNCIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Claudio Sarian Altounian Leonard Renne Guimarães Lapa

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III Congresso Consad de Gestão Pública

ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS ORIENTADAS PELA

ESTRATÉGIA: A EXPERIÊNCIA DO TRIBUNAL DE

CONTAS DA UNIÃO

Claudio Sarian Altounian Leonard Renne Guimarães Lapa

Painel 33/130 Experiências concretas da implantação e execução da estratégia em Organizações Públicas (OP): dificuldades, benefícios e lições aprendidas

ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS ORIENTADAS PELA ESTRATÉGIA: A EXPERIÊNCIA DO

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Claudio Sarian Altounian Leonard Renne Guimarães Lapa

RESUMO Os modelos de gestão de desempenho destinados a implementar a estratégia da organização devem ser capazes de traduzi-la para todos os níveis da instituição, tornando-a capaz de atuar efetiva e conscientemente em prol da realização dos objetivos definidos. A implementação da estratégia exige que unidades e servidores estejam alinhados e compromissados com o referencial estratégico institucional. Para assegurar tal conexão, a organização deve dispor de processo de comunicação eficaz que retrate a forma pela qual as ações da organização se convertem em resultados que maximizam o cumprimento da missão institucional. Diante desse cenário, são essenciais a construção, a compreensão e a comunicação de estratégias corporativas que assegurem resultados capazes de atender às expectativas do Estado, do Congresso Nacional e da sociedade em relação à atuação e ao papel conferido, ao longo da história, ao Tribunal de Contas da União. O sistema de planejamento e gestão do Tribunal de Contas da União (TCU) tem por objetivo implantar e disseminar a utilização de metodologia e de ferramentas destinadas a promover a convergência dos esforços despendidos para a consecução das estratégias do Tribunal, permitindo e viabilizando desdobramentos subseqüentes de planos estratégicos e de metas aos níveis hierárquicos inferiores e o estabelecimento, execução, controle e análise dos planos de ação. Entre os sistemas de gestão existentes, o Tribunal de Contas da União utiliza de forma integrada e complementar o Balanced Scorecard, para o planejamento de longo prazo, e o Gerenciamento pelas Diretrizes, para o planejamento de curto prazo, os quais se destacam pela proposta explícita de auxiliar a implementação da estratégia nas organizações. O modelo contempla a implementação da estratégia nos diversos níveis organizacionais por meio da utilização de um sistema claro e participativo.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 03

2 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS E CONCEITOS BÁSICOS........................ 04

3 ESTRATÉGIA E GESTÃO ESTRATÉGICA............................................................ 07

4 REFERENCIAL ESTRATÉGICO............................................................................ 08

5 DIAGNÓSTICO DE AMBIENTE.............................................................................. 09

6 MAPA ESTRATÉGICO........................................................................................... 10

7 PERSPECTIVAS..................................................................................................... 11

8 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS............................................................................... 13

9 INDICADORES, METAS E INICIATIVAS ESTRATÉGICAS................................... 15

10 SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.................................................................................................................. 16

10.1 Formulação da estratégia.................................................................................. 18

10.2 Implementação da estratégia............................................................................. 24

10.3 Controle da implementação da estratégia......................................................... 28

11 CONCLUSÃO....................................................................................................... 32

12 REFERÊNCIAS..................................................................................................... 34

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1 INTRODUÇÃO

A apresentação de temas relacionados à gestão pública é um dos

mecanismos mais efetivos para subsidiar a todos na busca de um caminho que leve

o Brasil a construção de uma sociedade justa.

Nessa diretriz, o presente trabalho pretende apresentar as principais

ações empreendidas pelo Tribunal de Contas da União – TCU, no âmbito de seu

sistema de Planejamento e Gestão, para que sua missão de “assegurar a efetiva e

regular gestão dos recursos públicos em benefício da sociedade” seja cumprida.

De plano, cabe destacar que o presente texto retrata o conteúdo do Guia

de Referência do Sistema de Planejamento e Gestão do TCU e que, portanto, deve

ser dado o devido crédito a todos os servidores e autoridades que participaram em

sua elaboração por meio de preparação de textos e apresentação de sugestões.

A formalização do sistema de planejamento e gestão em documento

específico tem como função padronizar, implantar e disseminar a utilização de

tecnologia e de ferramentas destinadas a promover a convergência dos esforços

para o alcance dos objetivos do Tribunal, por meio de seu desdobramento nos

diferentes níveis hierárquicos.

Ao abranger os diversos segmentos da estrutura organizacional, o

sistema de planejamento e gestão propicia a participação de todos, autoridades,

dirigentes e servidores, no processo de planejamento do Tribunal de Contas União.

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2 FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS E CONCEITOS BÁSICOS

Um sistema de planejamento e gestão deve fundamentar-se em princípios

que objetivem a identificação e a prevenção de problemas e o alcance da visão de

longo prazo como estratégia para o desenvolvimento da organização.

Consubstancia-se em um conjunto de decisões e ações estratégicas que

determinam o desempenho da organização. Inclui análise de ambiente, formulação

da estratégia organizacional e implementação, avaliação e controle da estratégia

traçada.

O processo de planejamento tem como foco principal a definição dos

objetivos de longo e médio prazos da organização e a forma de alcançá-los. O

principal produto do processo de planejamento é o plano estratégico, que contempla

a estratégia global da organização para o alcance dos objetivos traçados.

Por sua vez, a estratégia pode ser conceituada como o caminho pré-

definido a ser seguido para garantir a legitimidade e a sobrevivência da organização

no longo prazo. É o conjunto de ações necessárias ao cumprimento da missão

institucional e ao alcance da visão de futuro da organização. Surge, assim, a

necessidade de definir sistemas de gestão da estratégia que suportem sua

implementação. Entre os existentes, destacam-se o Balanced Scorecard (BSC) e o

Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD).

O BSC é um sistema de gestão por meio do qual visualiza-se, em uma

ferramenta chamada mapa estratégico, o conjunto de objetivos estratégicos da

organização, com indicadores de desempenho vinculados, balanceados em

diferentes perspectivas e ligados por relações de causa-e-efeito. Aos objetivos

traçados está vinculada uma série de iniciativas estratégicas que versam acerca das

ações prioritárias da organização para determinado período, as quais,

necessariamente, referem-se a inovação, sejam implementadas por meio de projetos

ou pela definição de ações de melhoria.

Já o GPD é um sistema de gestão que conduz o estabelecimento e a

execução de um plano anual de diretrizes, de modo que as estratégias se

concretizem na forma de mudanças nas atividades da rotina tendo como resultado a

melhoria de processos de trabalho, produtos e serviços. O GPD traduz em metas

anuais a estratégia definida pelo BSC.

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A figura 1 ilustra a estrutura do modelo de planejamento e gestão adotado

pelo Tribunal de Contas da União.

O planejamento estratégico é um processo utilizado para formulação de

estratégia organizacional de longo prazo no qual se busca o conhecimento do

ambiente ao qual a organização está inserida. Confere maior racionalidade às ações

da organização no alcance da sua visão de futuro e no cumprimento da sua missão

institucional.

O planejamento tem por objetivo o desenvolvimento de processos,

técnicas e atitudes administrativas que possibilitem avaliar as implicações futuras de

decisões presentes de modo a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e,

conseqüentemente, aumentar a probabilidade de alcance dos objetivos e desafios

estabelecidos para a organização, maximizando resultados e minimizando

deficiências. Para tanto, utiliza-se de princípios como os da eficiência, da eficácia e

da efetividade, que são os principais critérios de avaliação da gestão.

Sua elaboração deve contar com a participação de toda a equipe de

gerentes. O processo de elaboração contempla a realização de reuniões para

diagnóstico e análise de ambiente e para elaboração dos elementos constituintes do

plano estratégico. Esse processo pressupõe questionamentos sobre: onde estamos;

onde queremos chegar; o que fazer; por quê; como; quando; quanto; para quem; por

quem; e onde.

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No que diz respeito ao aspecto participativo, Albuquerque (2002, p. 41)

ressalta que a formulação da estratégia trata-se de um processo, de uma seqüência

de etapas que permite à instituição refletir, discutir e definir/redefinir seus propósitos

e suas estratégias.

Ao fim desse processo, o plano estratégico responde a essa série de

questionamentos, explicitando o rumo a ser seguido pela organização e priorizando

as ações estratégicas a serem empreendidas. Na fase de formulação do plano

estratégico, são delineados os objetivos institucionais para se cumprir a missão e

alcançar a visão de futuro da organização, a partir de questões identificadas numa

detalhada análise de ambiente. Assim, o plano estratégico deve contemplar os

objetivos e iniciativas estratégicos e as relações de causa-e-efeito entre tais

objetivos, bem como a análise dos ambientes interno e externo e o referencial

estratégico da organização.

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3 ESTRATÉGIA E GESTÃO ESTRATÉGICA

Segundo Mintzberg (2000, p. 22), funcionamos melhor quando podemos

conceber algumas coisas como certas, ao menos por algum tempo. E este, segundo

o autor, é um papel importante da estratégia nas organizações: ela resolve as

grandes questões para que as pessoas possam cuidar dos pequenos detalhes.

A estratégia pode ser conceituada como o caminho pré-definido a ser

seguido para garantir a legitimidade e sobrevivência da organização no longo prazo.

É o conjunto de ações necessárias ao cumprimento da missão institucional e ao

alcance da visão de futuro da organização. Assim, pode-se afirmar que a visão de

futuro cria a imagem de destino e a estratégia define a lógica de concretização

dessa visão.

Se a estratégia refere-se ao caminho para o alcance da visão de futuro, é

necessário que se gerencie essa estratégia, surgindo daí o conceito de gestão

estratégica, que é o conjunto de decisões que determinam o desempenho da

organização no longo prazo. Esse tipo de gestão inclui uma análise dos ambientes

interno e externo, a formulação de um referencial estratégico e a formulação,

implementação, avaliação e controle da estratégia.

Surge, assim, a necessidade de definir sistemas de gestão que suportem

a elaboração, implementação, avaliação e controle da estratégia, de modo que a sua

formulação não seja apenas um evento pontual, mas sim um verdadeiro guia rumo à

visão de futuro da organização. Dentre os sistemas de gestão existentes, o TCU

utiliza, com as devidas adaptações, o Balanced Scorecard (BSC) para o

planejamento de longo prazo, e o Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD), para o

planejamento anual.

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4 REFERENCIAL ESTRATÉGICO

A construção do referencial estratégico representa o estágio inicial do

planejamento organizacional. Compreende um conjunto de passos onde são

identificados o negócio (ramo de atividades no qual a instituição atua, indicando o

foco dos benefícios que ela irá gerar para sua clientela), a missão (da existência de

uma organização), a visão de futuro (situação futura desejada para a instituição) e os

valores institucionais da organização (princípios éticos que devem nortear as ações

e a conduta da organização).

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5 DIAGNÓSTICO DE AMBIENTE

O diagnóstico ambiental pode ser conceituado como o monitoramento e a

avaliação dos ambientes externo e interno à organização.

Analisar o ambiente externo consiste em identificar variáveis

(oportunidades e ameaças) que estão fora da organização. Essas variáveis formam

o contexto no qual a corporação está inserida.

O ambiente interno de uma corporação consiste em variáveis (forças e

fraquezas ou pontos fortes e fracos, respectivamente) presentes na própria

organização. Essas variáveis formam o contexto em que o trabalho é realizado.

Incluem a estrutura, a cultura e os recursos da corporação.

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6 MAPA ESTRATÉGICO

A implementação da estratégia exige que unidades e servidores estejam

alinhados e compromissados com o referencial estratégico organizacional. Para

assegurar tal conexão, a organização deve dispor de processo de comunicação

eficaz que demonstre a forma pela qual as ações da organização se convertem em

resultados que maximizam o cumprimento da missão. Para tanto, constrói-se um

mapa estratégico – ferramenta que apresenta, de forma lógica e estruturada, a

estratégia da organização. O mapa aponta, por intermédio de conjunto de objetivos

estratégicos balanceados em diversas perspectivas, interligados por relações de

causa-e-efeito e gerenciados por indicadores, a forma pela qual ativos intangíveis da

organização produzem resultados tangíveis. O mapa estratégico traduz a missão, a

visão e a estratégia da organização em conjunto abrangente de objetivos que

direcionam o comportamento e o desempenho organizacionais.

A tradução da estratégia por meio desse mapa cria referencial comum de

fácil compreensão para unidades e colaboradores, proporcionando a clara

percepção de como as atividades de cada um estão ligadas aos objetivos gerais da

organização e possibilitando, desse modo, o trabalho coordenado e colaborativo em

prol das metas traçadas. Assim, os propósitos do mapa estratégico são definir e

comunicar, de modo claro e transparente a todos os níveis da organização, o foco e

a estratégia de atuação escolhidos, a forma como as ações impactam no alcance

dos resultados desejados, subsidiar a alocação de esforços e evitar a dispersão de

ações e de recursos.

Enfim, o mapa estratégico é capaz de traduzir declarações de estratégias

genéricas em hipóteses, objetivos, indicadores e metas específicas, possibilitando

que a organização perceba sua estratégia de maneira coesa, integrada e

sistemática.

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7 PERSPECTIVAS

O BSC traduz a missão e a estratégia em objetivos e iniciativas,

organizados segundo diferentes perspectivas. São “pontos de vista” referentes ao

negócio e que representam os fatores-chave para uma visão ampliada da

organização. Cada perspectiva engloba um conjunto de objetivos estratégicos que

retrata o que a organização pretende alcançar mediante o “olhar” de cada público de

interesse como sociedade, clientes, governo, processos internos e empregados,

assim como os principais desafios a serem enfrentados para o alcance da visão e o

cumprimento da missão institucional. As perspectivas, quando vistas em conjunto,

permitem uma visão completa da estratégia da organização e contam a história da

estratégia de uma forma clara e de fácil compreensão.

No âmbito do Tribunal de Contas da União, o mapa estratégico foi

estruturado com base em quatro perspectivas: resultados, processos internos,

pessoas e inovação, e orçamento e logística. Essas perspectivas representam o

encadeamento lógico da estratégia de atuação do TCU.

A perspectiva de resultados define o que o Tribunal deve gerar para

maximizar o cumprimento de sua missão institucional, atender às expectativas do

Estado, da sociedade, do Congresso Nacional e dos gestores públicos e alcançar a

imagem desejada perante seus clientes.

Na perspectiva de processos internos, o TCU identifica os processos

críticos nos quais deve alcançar a excelência e concentrar esforços a fim de

alcançar os resultados desejados. Define o modo de operação para implementação

da estratégia institucional.

A perspectiva de pessoas e inovação identifica ações e inovações de

gestão de pessoas, de sistemas de informação e de comportamento organizacional

necessárias para assegurar o crescimento e o aprimoramento contínuo da

organização. Define os ativos intangíveis necessários ao desempenho das

atividades organizacionais em níveis de qualidade cada vez mais elevados.

Descreve como pessoas, tecnologia e clima organizacional se conjugam para dar

suporte à estratégia. É o ponto de partida para qualquer mudança sustentável a

longo prazo.

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A perspectiva orçamentária e logística retrata a necessidade da inovação

e do desenvolvimento de novas tecnologias, ao aprimoramento dos processos de

trabalho e às iniciativas de capacitação, desenvolvimento e bem-estar das pessoas.

Nela é identificada a infra-estrutura que a organização deve construir para gerar

crescimento e melhoria a longo prazo.

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8 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Os objetivos estratégicos são os fins a serem perseguidos pela

organização para o cumprimento de sua missão institucional e o alcance de sua

visão de futuro. Constituem elo entre as diretrizes de uma instituição e seu

referencial estratégico. Traduzem, consideradas as demandas e expectativas dos

clientes, os desafios a serem enfrentados pela organização num determinado

período.

Segundo a metodologia do BSC, os objetivos estratégicos encontram-se

distribuídos pelas perspectivas definidas no mapa estratégico da organização.

As relações de causa-e-efeito representam a correlação causal existente

entre os objetivos listados no mapa estratégico da organização e demonstram o

impacto de um objetivo em outro.

A estratégia pode ser definida também como conjunto de hipóteses sobre

causas e efeitos, sobre como um objetivo impacta no alcance de outro. Segundo

esse prisma, o sistema de medição deve tornar explícitas as relações (hipóteses)

entre os objetivos nas várias perspectivas, para que elas possam ser gerenciadas e

validadas. Desse modo, a cadeia de causa-e-efeito deve permear todas as

perspectivas do mapa estratégico.

A seguir é apresentado o Mapa estratégico do Tribunal de Contas da

União com perspectivas, temas estratégicos, objetivos e relações de causa e efeito.

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PERSPECTIVA

TEMA ESTRATÉGICO

Relações de causa e efeito

OBJETIVO ESTRATÉGICO

Tribunal de Contas da União

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9 INDICADORES, METAS E INICIATIVAS ESTRATÉGICAS

Os indicadores são padrões utilizados para avaliar e comunicar um

desempenho alcançado frente a um resultado esperado. Mostram a situação relativa

de um determinado item considerado relevante em função do que lhe é possível

estabelecer, orientando a tomada de decisão, as ações e as atividades. Possuem,

sempre, unidades de medidas associadas, a exemplo de quantidade, percentual,

dias etc. Os indicadores podem ser de resultado ou de tendência.

Os indicadores de resultado medem se os objetivos foram alcançados

após um período de tempo suficiente para confirmar seus efeitos. São medidores do

desempenho da organização no que se refere a um determinado objetivo estratégico

ao final de um período ou atividade, refletindo sucessos ou insucessos do passado,

e não atividades e decisões atuais. Esses indicadores são objetivos, facilmente

coletados e geralmente tratam-se de um padrão utilizado por organizações de um

mesmo setor de atuação.

Já os indicadores de tendência medem os meios, as ações e as causas

antes de o efeito se confirmar. Medem os processos e as atividades que compõem o

caminho estratégico escolhido pela organização para atingir o resultado esperado.

Permite que as organizações ajustem os comportamentos ao desempenho e são

mais preditivos por natureza. Estes indicadores direcionam para uma conclusão,

mas não são conclusivos por si só e, geralmente, são difíceis de serem coletados.

São normalmente atribuídos a objetivos estratégicos das perspectivas de processos

internos ou de pessoas e inovação.

As metas representam os níveis de desempenho ou de melhoria

requeridos para o alcance de um objetivo estratégico, servindo como vínculo entre

este e os colaboradores da organização. As metas são estabelecidas em unidades

específicas (moeda, número, percentual) e estão vinculadas aos indicadores. Devem

incluir periodicidade (anual, semestral, mensal). As metas devem orientar o

comportamento esperado do negócio. Em essência, são valores atribuídos a

indicadores que representam padrão de sucesso e indicam resultados a serem

alcançados.

As iniciativas estratégicas podem ser definidas como o conjunto de ações

necessárias ao alcance dos objetivos estratégicos e ao preenchimento das lacunas

de desempenho existentes entre a performance atual e as metas futuras.

Freqüentemente são projetos e programas, enfim, ações de caráter estratégico.

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10 SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃO

O sistema de planejamento e gestão do Tribunal de Contas da União

(TCU) tem por objetivo implantar e disseminar a utilização de metodologia e de

ferramentas destinadas a promover a convergência dos esforços despendidos para

a consecução das estratégias do Tribunal, permitindo e viabilizando

desdobramentos subseqüentes de planos estratégicos e de metas aos níveis

hierárquicos inferiores e o estabelecimento, execução, controle e análise dos planos

de ação.

Entre os sistemas de gestão existentes, o Tribunal de Contas da União

utiliza de forma integrada e complementar o Balanced Scorecard, para o

planejamento de longo prazo, e o Gerenciamento pelas Diretrizes, para o

planejamento de curto prazo, os quais se destacam pela proposta explícita de

auxiliar a implementação da estratégia nas organizações.

O modelo contempla a implementação da estratégia nos diversos níveis

organizacionais por meio da utilização de um sistema claro e participativo.

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O modelo de planejamento e gestão adotado contempla cinco fases

distintas, a saber:

1. Definição do referencial estratégico

2. Formulação da estratégia

3. Implementação da estratégia

4. Controle da implementação da estratégia

5. Avaliação da gestão

As etapas que compõem estas fases perpassam os três níveis

organizacionais do TCU, que podem ser expandidos conforme a necessidade e

peculiaridade de cada unidade: 1) corporativo; 2) unidades básicas; 3) unidades

técnicas e de apoio estratégico.

É importante destacar que este trabalho aborda, apenas, as etapas de

dois a quatro, sendo a sendo a quinta conduzida segundo critérios definidos pelo

Programa Nacional de Desburocratização.

Na fase de definição do referencial estratégico, são definidos o negócio, a

missão, a visão de futuro e os valores da organização. Na fase de formulação da

estratégia, são delineados os objetivos estratégicos para a manutenção do negócio,

o cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro. Ainda, nesta fase, é

realizado diagnóstico de ambiente, ou seja, estudo sobre as oportunidades,

ameaças, pontos fracos e fortes da organização, com a finalidade de subsidiar a

formulação da estratégia. A formulação da estratégia é baseada na metodologia do

Balanced Scorecard.

O Plano Estratégico do Tribunal de Contas da União (PET-TCU), principal

produto do processo de planejamento, é o plano de longo prazo, contemplando as

fases 1 e 2 anteriormente descritas. O plano estratégico explicita o rumo maior a ser

seguido pela organização e prioriza as ações estratégicas a serem empreendidas. O

PET-TCU aborda os seguintes aspectos: referencial estratégico; análise de

ambiente; mapa estratégico; objetivos estratégicos; indicadores vinculados aos

objetivos e iniciativas estratégicas.

A implementação da estratégia (planejamento de curto prazo), refere-se

ao Plano anual de Diretrizes do TCU e de seus desdobramentos quando da criação

dos planos diretores das unidades da Secretaria do Tribunal, utilizando-se da

metodologia do Gerenciamento pelas Diretrizes e a Gestão por Projetos.

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Nesta fase ocorre a escolha e priorização de objetivos estratégicos que

irão compor o planejamento anual. Também são definidas as iniciativas e as ações

que serão implementadas visando o alcance das metas definidas para o período.

A fase de controle da estratégia consiste na verificação da efetiva

implementação das ações priorizadas no planejamento anual e da alocação dos

recursos de acordo com os planos de longo e curto prazos.

Nesta fase é monitorado o nível de implementação das ações priorizadas,

e realizado, caso necessário, o realinhamento das ações à estratégia. Também,

nessa fase é realizada a análise dos motivos que ensejaram o sucesso ou fracasso

no alcance das metas pactuadas.

A avaliação de gestão consiste em procedimento regular, anual, para

obter diagnóstico interno, tendo por objetivo quantificar e qualificar os principais

fatores relacionados a sua gestão, por meio da identificação de práticas e da

avaliação dos resultados institucionais

Trata-se de exame crítico das práticas existentes no TCU, classificadas

em cada um dos critérios de excelência do Gespública, visando à implantação de

melhorias que o impulsionem rumo a um referencial de excelência.

10.1 Formulação da estratégia

Esta fase do planejamento compreende o diagnóstico de ambiente e a

definição dos objetivos institucionais para a manutenção do negócio, o cumprimento

da missão e o alcance da visão de futuro. Nesta fase, é realizado, em primeiro lugar,

o diagnóstico de ambiente, ou seja, um estudo sobre as oportunidades, ameaças,

pontos fracos e fortes da organização, que tem por finalidade subsidiar a construção

do painel de desempenho. Após a análise de ambiente, é iniciada a etapa de

formulação da estratégia propriamente dita com a construção do mapa estratégico;

objetivos estratégicos; indicadores vinculados aos objetivos e iniciativas

estratégicas. As etapas de formulação da estratégia são as seguintes:

� diagnóstico de ambiente;

� definição da estratégia de longo prazo;

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DIAGNÓSTICO DE AMBIENTE

Análise de ambiente externo

O objetivo dessa etapa é realizar estudo acerca do ambiente externo

(oportunidades e ameaças) à organização. São analisados fatores externos que

podem vir a afetá-la positiva ou negativamente. Para tanto, o trabalho é

desenvolvido de acordo com os seguintes passos:

1. conceituar e exemplificar ambiente externo, oportunidades e ameaças;

2. identificar, analisar e descrever as oportunidades e ameaças à

organização em grupos por meio da técnica de brainstorming;

3. apresentar, em plenário, as oportunidades e ameaças identificadas

pelos grupos.

Análise de ambiente interno

O objetivo dessa etapa é aprovar as oportunidades e as ameaças

identificadas na fase anterior e realizar estudo acerca do ambiente interno (forças e

fraquezas) da organização.

O trabalho é desenvolvido de acordo com os seguintes passos:

1. apresentar, debater e aprovar as oportunidades e ameaças

identificadas e consolidadas no encontro anterior, segundo o critério de

priorização adotado;

2. conceituar e exemplificar ambiente interno, forças e fraquezas;

3. identificar, individualmente, as forças e fraquezas da organização;

4. consolidar formulários distribuídos;

5. apresentar, em plenário, as forças e fraquezas identificadas.

Consolidação do Referencial Estratégico

O objetivo dessa etapa é a consolidação final do referencial estratégico.

Após a realização das etapas anteriores pode-se perceber que há a necessidade de

ajuste em algum dos produtos formulados até o momento. Essa reunião é utilizada

para analisar, debater e aprovar o negócio, a missão, a visão de futuro e os valores

institucionais, uma vez que algum fator não considerado nas etapas anteriores pode

vir à tona com a análise de ambiente.

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DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA DE LONGO PRAZO

O objetivo da fase de planejamento de longo prazo é traduzir a estratégia

do TCU e de suas unidades básicas de forma estruturada e sintética em objetivos,

indicadores, metas e iniciativas, de modo a facilitar o seu entendimento, execução,

acompanhamento e avaliação. As etapas do planejamento de longo prazo,

baseadas na metodologia do Balanced Scorecard, são as seguintes:

1. construção do mapa estratégico;

2. definição dos indicadores de desempenho;

3. definição das metas de longo prazo;

4. definição das iniciativas estratégicas.

Construção do mapa estratégico

O mapa, por meio de seus objetivos estratégicos e respectivos

indicadores e das relações de causa-e-efeito, aponta de que forma os ativos

intangíveis da organização, tais como servidores qualificados e sistemas de

informações bem estruturados, se traduzem em resultados tangíveis, como aumento

de produção e produtividade.

A construção do mapa estratégico requer o cumprimento de duas etapas:

a definição dos objetivos estratégicos e das principais relações de causa-e-efeito

entre esses objetivos.

Anteriormente à definição dos objetivos estratégicos é preparado

documento contendo os fatores críticos para o sucesso da organização, os principais

desafios a serem enfrentados, as oportunidades de melhoria a serem aproveitadas,

os resultados a serem gerados para assegurar a satisfação dos principais clientes,

os processos de trabalho que precisem de aprimoramento e as competências

técnicas e gerenciais a serem desenvolvidas, bem como o suporte logístico e

orçamentário ideal à consecução das atividades do Tribunal. Para tanto, são

utilizados entrevistas e questionários aplicados junto aos principais dirigentes e/ou

a análise de ambiente elaborada na fase de definição do referencial estratégico.

Após aplicação dos questionários/entrevistas e/ou da análise de

ambiente, a equipe de concepção se reunirá para preparar uma relação preliminar

de objetivos estratégicos que servirão de base para as reuniões de construção e

validação do mapa estratégico. Dá-se, então, início ao processo de obtenção de

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consenso em relação à estratégia de atuação da organização, por intermédio da

validação de documentos previamente elaborados pela equipe de concepção.

O documento previamente elaborado pela equipe de concepção deverá

ser discutido e validado pelos participantes. Eventuais pontos de vista conflitantes

quanto aos pontos previamente identificados deverão ser pacificados. Ressalta-se

que o referido documento deve ter por base o entendimento dos dirigentes quanto

à estratégia ideal de atuação do Tribunal, o referencial estratégico e a análise de

ambiente.

Depois da validação, o facilitador dará início ao processo de definição das

perspectivas e dos objetivos estratégicos da organização. A relação preliminar dos

objetivos estratégicos, acompanhados das citações que a motivaram, deverá ser

apresentada previamente aos participantes.

Cada objetivo deve ser discutido individualmente, sem compará-los a

outros objetivos potenciais, para que sua relevância, seus pontos fortes e suas

deficiências possam ser totalmente explorados. Nessa ocasião, não é fundamental a

redução das opções, embora possam ser feitas votações para verificar se alguns do

objetivos propostos são vistos como de baixa prioridade pelo grupo, ou ainda, se os

objetivos podem ser agrupados entre si.

Definidos os objetivos estratégicos que comporão o mapa estratégico,

uma descrição detalhada dos mesmos deverá ser formulada pela equipe de

concepção e validada pelo grupo.

Definição das principais relações de causa-e-efeito entre os

objetivos estratégicos

A estratégia da organização é um conjunto de hipóteses sobre causas e

efeitos. As relações de causa-e-efeito podem ser expressas por uma seqüência de

afirmativas do tipo “se-então”. Um scorecard adequadamente elaborado deve contar

a história da estratégia da organização por meio dessa seqüência de relações de

causa-e-efeito. O sistema de mensuração deve explicitar as relações (hipóteses)

entre os objetivos estratégicos nas diversas perspectivas, de modo que possam ser

gerenciadas e validadas. Todo objetivo selecionado para um scorecard deve ser um

elemento de uma cadeia de relações de causa-e-efeito que comunique o significado

da estratégia da organização.

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Assim, a etapa seguinte à definição dos objetivos estratégicos é a

formulação da proposta de relações críticas de causa-e-efeito, momento no qual

devem ser discutidas as relações entre os objetivos estratégicos de uma mesma

perspectiva e entre perspectivas diferentes.

Nessa etapa, podem ser identificadas falhas na hipótese estratégica, isto

é, objetivos que não contribuem para hipótese traçada ou ausência de objetivos que

dêem suporte à estratégia. Neste caso, as falhas detectadas devem ser sanadas

antes da próxima etapa.

Definição dos indicadores de desempenho

Após a definição das perspectivas, dos objetivos estratégicos e das

relações de causa-e-efeito, devem ser definidos os indicadores de desempenho que

melhor captem e comuniquem o grau de alcance de cada objetivo estratégico. É

necessário que cada objetivo tenha ao menos um indicador vinculado, de modo que

objetivo sem indicador associado deve ser revisto ou descartado, pois o que não

pode ser medido também não pode ser gerenciado.

Após definir os indicadores, deve-se verificar se as relações de causa-e-

efeito traçadas para os objetivos estratégicos também são válidas para os

indicadores de desempenho (nova validação da hipótese estratégica). Não sendo

válidas, as relações de causa-e-efeito, os objetivos estratégicos e/ou os indicadores

de desempenho deverão ser revistos.

Um bom mapa estratégico deve ser uma combinação de indicadores de

resultado (indicam os efeitos das ações realizadas, como, por exemplo: benefícios

financeiros das ações de controle, índice de aderência às competências

organizacionais e imagem junto aos principais clientes) e indicadores de tendência

(indicam a tendência de resultados futuros, como, por exemplo: tempo de

julgamento, horas de treinamento, esforço em fiscalização e instrução de

processos).

Definição das metas de longo prazo

Nesta etapa, a partir dos indicadores de desempenho previamente

definidos e coletados, deve-se realizar análise da situação atual da organização e da

situação futura desejada. Para cada indicador, deverão ser levantados dados que

permitam identificar a situação atual e definir metas de superação de longo prazo

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que representem o salto de qualidade que a organização deseja dar em relação à

situação atual identificada.

A partir das metas de longo prazo, são estabelecidas as metas ano a ano

até o fim do período desejado. Assim, se o período for de cinco anos, estabelece-se

a meta para o último ano, depois se estabelece o progresso desejado da situação

atual (primeiro ano) até alcançar a meta do último ano.

Ao final dessa etapa, têm-se as metas no horizonte de planejamento de

longo prazo para cada indicador, sendo que o progresso ano a ano para se alcançar

as metas auxiliará a organização a escolher as prioridades no planejamento anual e

a gerenciar o desempenho geral da organização.

Definição das iniciativas estratégicas

Iniciativas estratégicas são ações que dão suporte aos objetivos

estratégicos e que têm como objetivo principal a redução de lacunas existentes entre

a situação atual e a situação desejada pela organização.

Definidos os indicadores, devem ser traçadas as “grandes” iniciativas

estratégicas da organização. Nesta etapa, devem ser identificadas as iniciativas

estratégicas necessárias ao alcance das metas definidas. São fornecidas apenas

linhas gerais destas iniciativas, as quais são priorizadas e eventualmente detalhadas

no planejamento anual, por meio do plano de Diretrizes e seu desdobramento no

âmbito das unidades do Tribunal, ou por meio da gestão de projetos caso a

complexidade e a relevância da iniciativa justifique sua implementação por meio de

projeto formalmente constituído.

Ao final do processo, tem-se o mapa estratégico composto por diversas

diretrizes (objetivos + indicador + meta + iniciativas) distribuídas em perspectivas e

organizadas segundo uma relação lógica de causa-e-efeito.

A construção do mapa com todos os seus elementos constitui a base para

o desdobramento das diretrizes e garante que a alta administração não perca de

vista toda a hipótese estratégica ao realizar a fase de planejamento de curto prazo

(anual), que irá priorizar ações e focar os esforços organizacionais.

A soma do painel de desempenho da organização, consubstanciado no

BSC, com o referencial estratégico e a análise de ambiente, formam a base do

Plano Estratégico do TCU (PET-TCU).

24

10.2 Implementação da estratégia

A fase de implementação da estratégia, que corresponde ao

planejamento anual, está apoiada na metodologia do gerenciamento pelas diretrizes

– GPD, e tem como objetivo principal o estabelecimento de foco anual para a

execução da estratégia da organização definida no mapa estratégico, corresponde à

transformação da estratégia em ação. Nessa fase é demonstrado detalhadamente

como manter alinhadas as ações nos diversos níveis hierárquicos aos objetivos

estratégicos da organização.

Com o estabelecimento de prioridades anuais, definidas a partir do mapa

estratégico, a organização aproveita de maneira ordenada os recursos disponíveis e

consegue estabelecer a seqüência lógica de execução de sua estratégia, garantindo

foco às ações da organização e o alinhamento de todas as unidades à estratégica

do Tribunal. As etapas de implementação da estratégia são as seguintes:

a) nível corporativo: elaboração do Plano Anual de Diretrizes;

b) nível de unidades: desdobramento das diretrizes para as unidades

básicas.

É preciso destacar que neste trabalho será abordada apenas a primeira

etapa do processo.

O Plano de Diretrizes, produto principal do planejamento anual, contém as

prioridades institucionais estabelecidas para determinado exercício. Representa o

ponto de partida, dentro do processo de desdobramento anual da estratégia

organizacional, para elaboração dos planos das unidades básicas do Tribunal que

admitem, também, desdobramentos subseqüentes até o nível de plano de ação. O

nível operacional encerra a última etapa do desdobramento das diretrizes por meio

da elaboração de planos de ação.

A partir dos objetivos presentes no mapa estratégico do Tribunal são

definidas diretrizes para o TCU, que, posteriormente, são desdobradas em todos os

níveis gerenciais de forma a assegurar a implementação da estratégica institucional.

Cada diretriz é constituída por metas e pelas medidas prioritárias e suficientes para

seu alcance. Na seqüência dos desdobramentos, dependendo do método utilizado,

as metas ou as ações superiores constituirão metas para os desdobramentos

subseqüentes.

As etapas de planejamento anual são baseadas no Gerenciamento pelas

Diretrizes (GPD) e são descritas a seguir.

25

ETAPA PARA O NÍVEL CORPORATIVO

A etapa da fase de implementação da estratégia para o nível corporativo

contempla a elaboração do plano anual de diretrizes da organização, contendo:

objetivos estratégicos e iniciativas estabelecidos no planejamento de longo prazo

priorizados, definição das ações necessárias à consecução das iniciativas

estratégicas e dos indicadores de desempenho que permitirão aferir o nível de

sucesso da implementação do plano.

A elaboração do Plano anual de Diretrizes envolve primeiramente a

escolha das diretrizes organizacionais a partir do mapa estratégico corporativo. A alta

administração prioriza ano a ano suas diretrizes com base nos seguintes fatores:

a) nível de esforço demandado pelas metas de longo prazo estabelecidas,

ou seja, da lacuna existente entre as metas estabelecidas e a situação

atual;

b) possibilidade de alcance das metas somente com o gerenciamento da

rotina (com pequenas melhorias), não necessitando grandes alterações

nos processos já executados pela organização;

c) resultados decorrentes da auto-avaliação de gestão;

d) reflexão acerca da atuação institucional ao longo do tempo;

e) negociação da proposta orçamentária;

f) dados gerenciais a respeito do desempenho do Tribunal;

g) projetos em andamento que contribuam para o alcance das metas

pactuadas;

h) recursos disponíveis;

i) conhecimento intra-institucional;

j) pesquisas de clima e de satisfação dos servidores.

São priorizados os objetivos presentes no mapa estratégico que:

demandam maior esforço da organização; não são contemplados pela rotina; são

exigidos para a manutenção do atendimento às demandas apresentadas pela

sociedade; mais contribuam para o alcance dos resultados pretendidos ou obtiveram

desempenho insatisfatório em exercícios anteriores, comprometendo o alcance da

estratégia traçada. Os demais objetivos continuarão sendo tratados pelo

gerenciamento da rotina e/ou poderão ser priorizados nos demais anos do horizonte

de planejamento de longo prazo, caso necessário.

26

A figura a seguir ilustra, no mapa do TCU, os objetivos priorizados para

um determinado ano.

Devem ser priorizados apenas objetivos das perspectivas sobre as quais

o Tribunal possui gerência, ou seja, perspectivas em que se dá a gestão tático

operacional das atividades da organização, não devendo ser priorizados objetivos da

perspectiva de “Resultados”. Os objetivos de resultado são conseqüência dos

esforços despendidos pelo TCU na gestão de seus recursos orçamentários e

logísticos, na capacitação de seu corpo técnico e no aprimoramento contínuo de

seus processos internos de trabalho, ou seja, o alcance dos resultados desejados

decorre da implementação dos objetivos estratégicos das outras perspectivas.

Definidos os objetivos estratégicos que serão executados durante o

período do planejamento anual, são selecionadas as iniciativas estratégicas que

mais contribuem para o sucesso dos objetivos priorizados. Devem ser selecionadas,

preferencialmente, duas iniciativas por objetivo estratégico.

O grau de impacto das iniciativas estratégicas sobre os objetivos é

previamente definido na matriz de correlação elaborada durante o processo de

construção do mapa estratégico da organização.

As iniciativas estratégicas indicam, em linhas gerais, as ações a serem

implementadas a curto e médio prazos para assegurar a realização dos objetivos

estabelecidos no mapa estratégico e para preencher as lacunas existentes entre a

performance atual da organização e a situação desejada.

PE SSO A S E IN O VA Ç Ã O

PR O C ES SO S IN TER N O S

R ES U LTA D O S

Punirresponsáveis com

efetividade etem pestividade

C oib ir aocorrência de

fraude e desviode recursos

Com bate à corrupção, ao desvio e à fraude

A m pliar o usode TI nasações decontro le

Atuar emcooperação comórgãos públicos e

com a rede decontro le

P arcerias estratégicas

Intensificar ore lacionam ento

com o C ongressoN acional e a

sociedade

Aperfe içoarinstrum entos de

contro le eprocessos de

trabalho

Aperfe içoar aestrutura legal e

norm ativa desuporte ao

contro le externo

T em pestiv idade e se letiv idade

A tuar de form aseletiva em

áreas de risco ere levância

R eduzir otem po de

apreciação dosprocessos

Am pliar a d ivu lgaçãode resultados da

gestão pública e dasações de contro le

Estim ular o contro lesocia l

Transparência

O tim izar autilização do

conhecim entoorganizacional

D esenvolvercom petênciasgerencia is eprofiss ionais

D esenvolvercultura

orientada aresultados

M ISSÃ O : assegurar a efetiva e regu la r gestão dos recursos públicos, em benefíc io da sociedade.

C om bater odesperdício de

recu rsos

Contribu ir para am elhoria do

desem penho daadm inistração

pública

E stim ular atransparência da

gestão pública

A perfe içoam ento da gestão pública

Ser reconhecido pelacontribu ição ao com bate

a corrupção , desvio,desperdíc io e fraude eao aperfe içoam ento daadm inistração pública

M odernizar aspráticas degestão depessoas

Prom over am otivação e o

com prom etim ento

Assegurar recursosorçam entários para

adequadofuncionam ento e

m odernização do TC U

O R Ç A M EN TO E LO G ÍS TIC AA sseguraradequado

suporte logísticoàs necessidades

do TC U

27

Toda iniciativa estratégica possui um conjunto de ações a ela associadas.

Para cada período do planejamento anual, devem ser selecionadas apenas algumas

ações por iniciativa a serem implementadas, de forma a conferir foco às ações da

organização, evitando a dispersão de esforços e de recursos. Para cada ação, deve-

se definir um responsável por sua implementação.

A figura a seguir demonstra o grau de impacto das iniciativas estratégicas nos

objetivos definidos no mapa.

A existência do mapa estratégico e de indicadores e metas de longo

prazo auxilia a alta administração a acompanhar o impacto das ações anuais

(priorizadas) na estratégia como um todo e a adotar correção de rumos, caso

necessário.

A próxima etapa do processo de formulação do Plano de Diretrizes do

TCU (PD-TCU) é a definição dos indicadores de desempenho que comporão o

plano. Os indicadores estratégicos devem estar diretamente vinculados aos

objetivos estratégicos priorizados, ou seja, devem ser indicadores de desempenho já

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22

Iniciativas que têm impacto direto no objetivo e contêm elementos suficientes para cobrir a lacuna entre a situação atual e a desejada.Iniciativas que têm impacto direto no objetivo, mas não contêm todos os elementos para cobrir a lacuna entre a situação atual e a desejada.Iniciativas que possuem pequena contribuição para o alcance do objetivo.

Compatibilizar o orçamento anual com o PET

Definir e implantar gestão de contratos e planos de aquisição e manutenção

Definir e implantar plano de sustentabilidade

Aprimorar sistemática para promoção de saúde e qualidade de vida no trabalho

Aprimorar processo de gestão do desempenho por resultados

Instituir e implantar política de gestão de pessoas

Disseminar o uso de TI para apoio ao controle externo

Aperfeiçoar o processo de capacitação gerencial e profissional

Implantar modelo de gestão por competências

Estruturar e integrar práticas de gestão do conhecimento

Assegurar a qualidade das informações das bases de dados corporativas do TCU

Promover o intercâmbio de informações, conhecimentos e metodologias de trabalho e a realização de trabalhos conjuntos com órgãos públicos e entidades que subsidiem o exercício do controle

Utilizar, de forma sistemática, informações constantes das bases de dados de órgãos e entidades públicos

Atuar proativamente no aperfeiçoamento da legislação de suporte ao controle externo

Mapear e racionalizar os principais processos de trabalho do TCU

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

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GIC

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Aperfeiçoar o processo de identificação e divulgação dos resultados das ações de controle e das melhores práticas da administração pública

Ampliar e aprimorar o Diálogo Público com a sociedade, gestores públicos e o Congresso Nacional

Estimular e facilitar os procedimentos de denúncia e de captação de informações junto a servidores públicos, conselhos sociais e sociedade

Ampliar e facilitar o acesso e a compreensão às informações sobre a gestão pública

Aperfeiçoar, aplicar e avaliar metodologias de priorização das ações de controle

Melhorar o atendimento às demandas do Congresso Nacional quanto ao tempo e à qualidade das respostas

Definir e implantar ações que contribuam para o aperfeiçoamento da administração pública e da legislação que a rege

28

definidos no Plano Estratégico do Tribunal. O plano anual deve conter, também,

indicadores de manutenção que afiram se o Tribunal está cumprindo as demandas

de rotina que lhe são apresentadas pela sociedade (por exemplo, processos de

controle externo julgados, atos de pessoal julgados, recursos julgados, homens-dia

de fiscalização etc.)

Resumindo, o plano anual é compostos por um ou mais objetivos do

mapa estratégico, seus indicadores, iniciativas estratégicas e ações com os

respectivos responsáveis por sua implementação. A figura 12 ilustra o modo pelo

qual o plano de Diretrizes do TCU é estruturado.

COMUNICAÇÃO DAS DIRETRIZES

As diretrizes definidas devem ser comunicadas para os gestores e os

servidores do Tribunal. Estes terão, assim, o conhecimento claro e completo de

quais são as prioridades da organização, de modo que possam analisar a

contribuição que podem prestar ao alcance da estratégica institucional (definição de

suas próprias metas e ações).

As diretrizes priorizadas e já negociadas pelas unidades são comunicadas

às equipes para que, caso necessário, sejam transformadas em planos de ação,

com as atividades sob responsabilidade das equipes ou dos indivíduos. Nesta etapa,

as equipes terão claramente identificados os objetivos da organização e da unidade

que deverão ser trabalhados no ano e o que deverá ser feito para atingi-los.

O principal objetivo do processo de comunicação consiste em esclarecer

todas as dúvidas que porventura existam no que se refere as diretrizes

estabelecidas, assim como em criar o comprometimento de toda a equipe

responsável pela execução do plano da unidade.

Contempla também a comunicação do resultado da negociação para as

equipes, para que possam desdobrar os planos das unidades em ações específicas.

10.3 Controle da implementação da estratégia

Tão importante quanto a elaboração e comunicação do planejamento é o

controle da implementação da estratégia por ele descrita.

Existe, ainda hoje, uma grande confusão nas organizações entre controle

e acompanhamento. Muitas vezes a organização apenas verifica, ao final do

29

período, se os objetivos classificados como estratégicos foram ou não alcançados,

ou acompanham o fracasso e o sucesso sem preocupação de analisar os motivos

de eventuais fracassos, propor ações corretivas que possibilitem o realinhamento do

objetivo à estratégia, bem como a análise de motivos que ensejaram o sucesso no

alcance das metas pactuadas.

O controle de implementação da estratégia se diferencia do simples

acompanhamento uma vez que a intenção nesse caso é monitorar a implementação

das ações, iniciativas e objetivos estratégicos ao longo do período de vigência do

plano, a tempo de ter ingerência sobre os acontecimentos, a fim de realinhá-los em

relação ao plano e, além disso, identificar uma série de informações gerenciais,

como por exemplo a cadeia de causa-e-efeito entre as ações, iniciativas e objetivos,

boas práticas e motivos de fracasso ou sucesso de implementação.

A sistemática de controle, realizada após a comunicação das diretrizes

aos gestores, tem por finalidade monitorar a implementação das ações, iniciativas e

objetivos estratégicos. As etapas que compõem a sistemática são as seguintes:

1. orientações aos gestores;

2. monitoramento e análise;

3. reuniões de análise da estratégia – RAE;

4. implementação de ações corretivas e disseminação de boas práticas e

lições aprendidas.

Orientação aos Gestores

A fim de sensibilizar e divulgar a cultura do planejamento, são realizadas

reuniões presenciais com os gestores para explicar a importância da implementação

das ações sob sua responsabilidade e o impacto dessas ações no plano estratégico

do TCU. Neste momento, são entregues relatórios gerenciais, onde constam todas

as ações previstas no Plano da Unidade Básica a qual a unidade técnica é

subordinada que envolvem diretamente sua unidade, seja como responsável pela

ação, seja como colaborador.

Para facilitar o monitoramento o gestor é orientado a desmembrar a ação

que sua unidade é responsável em etapas, quantas forem necessárias, com

previsão de início, término e produto/benefício esperado com sua implementação.

Cada etapa terá, necessariamente, um responsável que deverá fornecer

informações mais detalhadas quanto ao seu andamento. Para isso, serão fornecidos

30

formulários à unidade para melhor organizar o processo de desmembramento. Após

o planejamento das etapas, o gestor encaminhará o formulário à unidade

responsável para que as informações sejam incorporadas ao banco de dados de

ações estratégicas. Todo o processo de orientação aos gestores é coordenado pela

unidade de planejamento do TCU.

Monitoramento e análise

Após a apresentação de cronograma de execução das ações, formulados

pela própria unidade técnica, a unidade de Planejamento e Gestão alimenta sistema

informatizado (Sisplan) criado para o monitoramento da implementação das ações.

Após a inclusão dos dados os dirigentes recebem relatório consolidado com o

cronograma definido para implementação das ações previstas nos planos diretores.

De posse dessas informações são agendadas visitas periódicas de

acompanhamento, onde será feita a certificação de que a etapa foi iniciada ou

finalizada conforme o cronograma planejado, assim como se os produtos e/ou

benefícios foram alcançados.

Os dados referentes a implementação das ações são informados pelos

gestores coletados por meio do Sisplan

Caso a ação não seja implementada na data programada, é solicitado ao

gestor os motivos que ensejaram o atraso ou impossibilitaram a implementação da

ação, além das ações definidas para corrigir eventuais problemas.

As ações não implementadas ou atrasadas são levadas ao conhecimento

da alta administração, que receberá, também, os dados estatísticos quanto a

implementação de todas as ações estratégicas.

Após a coleta dos dados é realizado levantamento estatístico quanto à

quantidade de ações implementadas, não implementadas, em atraso e outros dados

relevantes solicitados pelos dirigentes.

Os dados coletados são analisados pela unidade de planejamento e

gestão e o resultado da análise é apresentado à alta administração. A análise é

subsidiada por comentários e informações fornecidos pelos gestores.

31

Reunião de Análise da Estratégia (ERA)

A RAE, realizada após a coleta dos dados, pode ser conceituada como

uma ferramenta adicional de comunicação da estratégia, criação de consciência e

pensamento estratégico, revisão de questões estratégicas e diálogo sobre a

performance e o realinhamento da organização.

A reunião de monitoramento estratégico vai além de verificar em quais

objetivos a empresa está com desempenho aquém do esperado. Procura-se

entender o porquê, analisando os projetos estratégicos que dão suporte ao alcance

dos objetivos. Analisa-se como estão sendo implementados, se estão no prazo e se

são suficientes e consistentes com o objetivo estratégico proposto, ou seja, faz-se a

conexão da estratégia à ação.

Antes da realização da RAE deve-se verificar o desempenho da

organização, analisando-se o desempenho atual com relação à estratégia planejada,

procurando entender seu comportamento e enfatizando sua relação com as

iniciativas estratégicas e ações associadas. Deverá ser feita, junto aos responsáveis

pelos indicadores que se encontram acima ou abaixo da meta, uma análise das

causas que influenciaram esses resultados para que essas questões, se necessário,

sejam levadas à reunião.

As RAEs são no TCU são realizadas, no mínimo, três vezes ao ano, ao

término de cada período avaliativo.

32

11 CONCLUSÃO

Os modelos de gestão de desempenho destinados a implementar a

estratégia da organização devem ser capazes de traduzi-la para todos os níveis da

instituição, tornando-a capaz de atuar efetiva e conscientemente em prol da

realização dos objetivos definidos. A implementação da estratégia exige que

unidades e servidores estejam alinhados e compromissados com o referencial

estratégico institucional. Para assegurar tal conexão, a organização deve dispor de

processo de comunicação eficaz que retrate a forma pela qual as ações da

organização se convertem em resultados que maximizam o cumprimento da

missão institucional.

Diante desse cenário, são essenciais a construção, a compreensão e a

comunicação de estratégias corporativas que assegurem resultados capazes de

atender às expectativas do Estado, do Congresso Nacional e da sociedade em

relação à atuação e ao papel conferido, ao longo da história, ao Tribunal de Contas

da União.

Nesse sentido, a exata percepção do ambiente externo é fundamental

para que o Tribunal possa bem cumprir seu papel. A identificação das expectativas

da sociedade, do comportamento dos principais atores e dos fatores determinantes

de mudança no ambiente de atuação institucional, bem assim a avaliação do

impacto das ações do TCU, são aspectos a serem considerados na análise de tal

interação. Dela surgem variáveis que podem favorecer o desempenho de sua

missão e, por isso, devem ser aproveitadas, mas que também podem obstar ou

dificultar o cumprimento dos objetivos e, por isso, precisam ser monitoradas ou

mitigadas.

Como evolução do atual modelo de gestão utilizado pelo TCU, surge

como novo desafio imposto pelo dinâmico ambiente em que a instituição atua, a

elaboração de estratégicas com base em análise de cenários prospectivos. No ano

de 2010, o Tribunal inicia novo ciclo de planejamento estratégico em que o ponto de

partida é a realização de ampla consulta externa a peritos em diversas áreas de

conhecimento de interesse da instituição de modo a que seja identificar

antecipadamente a probabilidade da ocorrência de eventos futuros que possam

afetar significativamente a capacidade de resposta do Tribunal aos desafios do

33

ambiente. Dessa forma, passasse a definição de estratégias de atuação que, antes

mesmo da ocorrência dos fatos, possam minimizar ou anular os efeitos da

ocorrência de eventos indesejáveis.

O TCU não mais terá apenas seu passado como referencia para definição

de sua visão de futuro. A organização passará a contar com importante instrumento

que permite vislumbrar o futuro em que atuará.

34

12 REFERÊNCIAS

CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento pelas diretrizes. 2.ed. Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1996. 334p. CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento estratégico: fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 415p. FLEURY, M.T.L, (org). As pessoas na organização. São Paulo. Editora Gente, 2002. HUNGER, J. David. Gestão estratégica: princípios e prática. 2.ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2002. 272p. JÚLIO, Carlos Alberto. Estratégia e planejamento: autores e conceitos imprescindíveis. São Paulo: Publifolha. 199p. KALLÁS, David. Gestão da estratégia: experiências e lições de empresas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 273p. KAPLAN, Robert S. Mapas estratégicos – Balanced Scorecard: convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 471p. ______. A estratégia em ação: balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 344p. ______. Organização orientada para a estratégia: como as empresas que adotam o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2004. 411p. ______. Alinhamento: utilizando o balanced scorecard para criar sinergias corporativas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 335 p. REDI, Renata. Dissertação de Mestrado. Modelo de implementação da estratégia através do uso integrado do Balanced Scorecard e do gerenciamento pelas Diretrizes. Florianópolis. 2003. 185p. WRIGHT, Peter L. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000. 433p.

35

___________________________________________________________________

AUTORIA

Claudio Sarian Altounian – Secretário de Planejamento e Gestão do Tribunal de Contas da União.

Endereço eletrônico: [email protected] Leonard Renne Guimarães Lapa – Gerente da Divisão de Planejamento e Informações Gerenciais da Secretaria de Planejamento e Gestão do Tribunal de Contas da União.

Endereço eletrônico: [email protected]