III SEMINÁRIO DE AGROECOLOGIA DE MATO GROSSO DO SUL Baner COPRAN

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15/11/2010

III SEMINRIO DE AGROECOLOGIA DE MATO GROSSO DO SUL 18 e 19 de novembro de 2010 Corumb-MS/BRASIL

OBJETIVOS A Cooperativa dos Produtores Rurais da Regio do Pulador de Anastcio - COPRAN, fundada em abril de 2005, tem como objetivos o fortalecimento da agricultura familiar atravs da comercializao, agroindustrializao de seus produtos e a promoo de melhorias na qualidade de vida por meio da gerao de trabalho e renda . CONTEXTO O municpio de Anastcio est localizado no Sudoeste do Estado do Mato Grosso do Sul com uma rea de 2.957,5 Km2 e populao de 21.952 habitantes, sendo 23% moradores da zona rural, distribudos em mdias e pequenas propriedades, incluindo colnias, dois assentamentos da reforma agrria e um do crdito fundirio. A Cooperativa foi constituda, inicialmente, pelos produtores de farinha da Colnia Pulador. Hoje, porm, aberta a todos os produtores oriundos da agricultura familiar, os quais vm trabalhando para fortalec-la, fazendo-a crescer e se organizar, agregando interesses e necessidades comuns dos trabalhadores rurais de Anastcio e regio. Segundo Scopinho (2007), a idia de cooperao ocupa um lugar to importante quanto de agroecologia como diretriz e mtodo do processo organizativo, por ser necessrio dar outro significado ao trabalho rural, revendo-se o modo de organizar a produo para no reproduzir o modelo agropecurio tradicional. Mesmo que iniciado seus trabalhos recentemente, a Copran j foi contemplada em diversos projetos como uma cmara fria, uma balana eletrnica (200 kg), uma empacotadeira pneumtica (tanto para a farinha de mandioca como cereais) figura 01, uma plantadeira de rama de mandioca e um galpo para entreposto de produtos agropecurios da regio, facilitando assim a estocagem e o escoamento de seus produtos e recentemente um projeto aprovado que possibilitar a construo da sede prpria.

Em 2006 a Copran, juntamente com a Prefeitura de Anastcio, com a finalidade de impulsionar a comercializao e o marketing da produo artesanal de farinha do Pulador (logomarca, figura 02), criou a Festa da Farinha a qual so comercializados os diversos tipos de derivados da mandioca e da farinha artesanal com atraes culturais, shows musicais nacionais e regionais e mais uma atrao foi criada na IV edio da festa, o maior saco de farinha do mundo com mais de 3 toneladas.

Figura 02 Logomarca da Farinha do Pulador, COOPRAN A Cooperativa executa vrios projetos sendo um deles o Programa de Aquisio de Alimentos - PAA doao simultnea atravs das aes do Programa Fome Zero, via Companhia Nacional de Abastecimento CONAB. A Cooperativa adquire os produtos de seus associados/cooperados com dispensa de licitao, e faz a doao a pessoas em situao de insegurana alimentar e nutricional, atendidas por programas sociais locais. No projeto em andamento foram atendidos 24 agricultores, sendo que sua continuidade est prevista atender 55 agricultores com mais recursos. Em 2011 a Copran ir desenvolver projetos do Programa Nacional de Alimentao Escolar PNAE, permitindo que os agricultores familiares comercializem seus produtos para a merenda escolar em 30% da necessidade de cada escola facilitando o transporte e diminuindo os custos para o produtor cooperado. Este projeto j esta em andamento no municpio, ms ainda como grupo informal. Coopran conta com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentvel atravs de uma patrulha mecanizada no preparo e conservao de solo, no plantio de rama de mandioca (figura 03) e ainda disponibiliza dois veculos (caminhes) para o transporte da produo dos agricultores familiares do municpio.

Figura 01 Empacotadeira pneumtica (farinha e gros) A Cooperativa funciona regularmente com uma diretoria que se rene ordinariamente esta sediado em um prdio alugado na rea urbana onde funciona o escritrio, alm de galpo para armazenamento, processamento e comercializao dos produtos. Conta ainda com o apoio e acompanhamento da Prefeitura Municipal de Anastcio e assessoria jurdica do Instituto Samaritano. RESULTADOS Os resultados de uma experincia como essa so, indiscutivelmente, mais impactantes na esfera social que naquela econmica. Os agricultores ao longo dos anos mudaram seus pensamentos em relao forma de trabalho individual, onde os custos de produo e comercializao divergem grandemente em relao ao cooperado.

Figura 03 Plantadeira de rama de mandioca acoplado a patrulha agrcola do municpio REFERNCIAS SCOPINHO, R. A. Sobre cooperao e cooperativas em assentamentos rurais. Revista de Psicologia e Sociedade. N. 1, v. 19, p. 84-94, 2007.

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